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Page 1: Regionalização da avicultura - file.biovet.com.brfile.biovet.com.br/Informativo/Avic/25.pdf · Regionalização da avicultura Para reduzir o impacto econômico ... em pesquisa e

Regionalização da avicultura

Para reduzir o impacto econômico sobre a produção avícola, na eventualidade da ocorrência de um foco de Influenza Aviária, por exemplo, um “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” foi elaborado. Segundo a UBA (União Brasileira de Avicultura) e a ABEF (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos), regionalizar a produção avícola brasileira é medida justificável devido à grande extensão territorial do Brasil.

O documento, redigido a partir de trabalho conjunto da UBA e da ABEF, foi aprovado durante Reunião Plenária da UBA, realizada em São Paulo no dia 30 de junho de 2005. No momento, a proposta tramita no MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento), tendo em vista sua implantação já no próximo ano.

O “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” não é obra do acaso. Uma série de ações dá mostras disso (veja

quadro). Nesta edição, o Informativo Técnico Avícola Biovet traz um resumo deste trabalho, a partir de informações prestadas pelo Médico Veterinário e professor Ariel Antonio Mendes, presidente da FACTA e Vice-presidente Técnico Científico da UBA.

INTRODUÇÃOAté o momento, a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) tem programas de regionalização apenas para febre aftosa e peste bovina. Quanto às doenças das aves, a reunião geral da OIE realizada em maio de 2005, em Paris, aprovou uma proposta de compartimentalização, a qual difere bastante do programa de regionalização da aftosa. No entanto, a implementação do “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” não impedirá que as empresas solicitem ao MAPA seu credenciamento como empresa compartimentalizada, caso o programa da OIE venha ser implementado futuramente no Brasil. Vale salientar ainda que o

“Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” está em conformidade com as ações de defesa sanitária animal propostas pelo PNSA (Programa Nacional de Sanidade Avícola). Em resumo, a regionalização visa:

l Reduzir a vulnerabilidade da produção avícola regional;

l Criar condições para que um eventual foco de Influenza Aviária ou Doença de Newcastle se circunscreva à região onde ocorreu, preservando-se a avicultura de outras regiões;

l Dar garantias aos países importadores, no sentido de assegurar que o risco é insignificante para as importações de produtos avícolas brasileiros de regiões não-afetadas;

l Procurar que os serviços sanitários dos países importadores aceitem essas garantias, permitindo importações com origem de regiões livres.

Confira o que diz a proposta do “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira”, que está sendo apreciada pelo MAPA.

IX Conferência Internacional de Coccidiose tem o patrocínio do Biovet

Encontro técnico-científico, que acontece em setembro em Foz do Iguaçu (PR), é considerado o mais importante sobre o assunto no mundo.

Impresso em

papel reciclado

ExpedienteO Informativo Técnico Biovet/Avicultura é uma publicação mensal dirigida aos clientes, fornecedores e colaboradores do Laboratório. O compromisso de qualidade da publicação é o mesmo firmado diari-amente na nossa planta de produção e repassado a todos os nossos produtos e lançamentos. Os interessados em receber o informativo devem enviar seus dados postais por meio do site www.biovet.com.br

Laboratório Bio-Vet S/A (Rua Coronel José Nunes dos Santos, 639 - Centro - CEP 06730.000 - Vargem Grande Paulista - SP - Tel. 11.4158.8200). Supervisão: Médico Veterinário Marcelo Zuanaze. Editora responsável: EiraCom - Registro especial conforme art. 1º do Decreto-lei nº 1.593, de 21 de dezembro de 1977, concedido pela ARF/Itu sob nº de identificação 13876.000763/2001-92 (Senapro/Ministério da Fazenda/Serpro). Jornalista responsável: Alessandro Mancio de Camargo (MTb 24.440).Diagramação: André Chiodo Silva

“Blindagem” da avicultura brasileiraTanto o governo brasileiro, como a iniciativa privada, realiza há bastante tempo um trabalho de “blindagem” da avicultura brasileira para evitar “sobressaltos” e prejuízos maiores, relacionados a um eventual surgimento de problema sanitário mais grave que inviabili-zasse, por exemplo, a exportação de carne de frango. Em setembro de 2002, a UBA, juntamente com a ABEF e o MAPA, realizaram em Campinas um Workshop sobre Influenza Aviária, o qual foi opera-cionalizado pela FACTA (Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas). A realização de treinamentos para os médicos veterinários privados e oficiais acabou culminando na realização de Seminários

sobre Influenza Aviária e Doença de Newcastle em vários Estados brasileiros, numa parceria do MAPA e Secretarias de Agricultura com a UBA, ABEF e Associações Estaduais de Avicultura. Como se não bastassem, várias reuniões foram realizadas nos últimos anos com a participação de representantes da UBA, ABEF e MAPA para definir as bases de um programa de regionalização da avicultura brasileira. Além disso, a UBA e a ABEF iniciaram uma série de reuniões com os Secretários de Agricultura de alguns Estados. Nessas reuniões estiveram presentes também representantes da área de defesa dos Estados e das Superintendências Federais de Agricultura, bem como das Associações Estaduais de Avicultura, afiliadas a UBA.

Ano 03 | n.25 | 2005

1.74.18.2877-2ECT / DR / SPI

LAB. BIOVET

A avicultura brasileira aguarda com entusiasmo a realização da IX Conferência Internacional de Coccidiose, considerada o mais importante encontro técnico-científico sobre o assunto no mundo. Pela primeira vez o evento acontece no Brasil, entre os dias 19 e 23 de setembro, em Foz do Iguaçu (PR).

Organizada a cada quatro anos, a IXth ICC - International Coccidiosis Conference (nome original da conferência, em inglês) tem nesta edição o Laboratório Biovet como um de seus principais patrocinadores. A empresa lançou no primeiro semestre deste ano aBio-Coccivet R, primeira vacina contra coccidiose aviária desenvolvida com cepas brasileiras.

O mérito da escolha do Brasil para sediar a conferência cabe ao Prof. Dr. Arthur Gruber, Professor Associado da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ele, o convite foi formalizado pela comissão técnica da conferência anterior, realizada na Austrália, em 2001.

“Participei da edição do evento na Austrália como um dos representantes do setor científico brasileiro”, explica o organizador geral da IXth ICC. Ainda durante a conferência na Austrália, o Prof. Dr. Gruber recebeu o convite para trazer o evento ao Brasil.

No País, a organização da IX Conferência Internacional de Coccidiose fica a cargo da FACTA (Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas), WPSA/Brasil (The World´s Poultry Science Association/Brasil) e a coordenação científica está sendo feita por um seleto grupo de cientistas universitários liderado pelo Prof. Arthur.

“Eu espero sinceramente que todos tenham

uma excelente estada em Foz do Iguaçu, com um sólido aproveitamento científico da conferência, e uma ótima integração entre os setores acadêmico e produtivo. Além disso, os participantes poderão desfrutar de imperdíveis passeios turísticos, tais como o Parque Nacional do Iguaçu, o Parque das Aves, as Cataratas do Iguaçu e a mundialmente famosa Hidroelétrica de Itaipu”, conclui o Prof. Dr. Arthur Gruber, organizador geral da IXth ICC. A IX Conferência Internacional de Coccidiose ocorrerá em Foz de Iguaçu (PR) no Mabu Thermas & Resort Hotel. Mais informações no endereço http://www.facta.org.br/icc.

BIO-COCCIVET RBio-Coccivet R, a vacina contra a coccidiose aviária fabricada pelo Laboratório Biovet, é constituída de uma suspensão viável das seguintes Eimerias: E. acervulina, E. brunetti, E. maxima, E. necatrix, E. praecox, E. tenella e E. mitis, isoladas de campo no Brasil e multiplicadas em aves livres de agentes patogênicos específicos (SPF – Specific Pathogen Free).

A Bio-Coccivet R, vacina viva contra a coccidiose aviária para reprodutoras leves e pesadas, traz as seguintes inovações:

n Formulação na forma de suspensão de oocistos de Eimeria em diluente especial, o que permite a administração combinada a outras vacinas virais como Gumbor-Vet, New-Vacin e Bio-Bronk-Vet, entre outras.n Aplicação em dose única, prática e versátil, aproveitando o manejo normal das aves, podendo ser aplicada: via spray no primeiro dia de vida no incubatório; via ocular/nasal na debicagem das aves; ou na primeira vacinação na granja.n É a primeira vacina contra coccidiose aviária

em conformidade com os modernos conceitos de rastreabilidade, cada vez mais indispensáveis à avicultura. Para isso, o Laboratório Biovet desenvolveu em parceria com o Prof. Dr. Arthur Gruber, da Universidade de São Paulo, um teste de DNA que permite a discriminação de cepas de Eimeria por genotipagem molecular. Esta tecnologia, inédita no mundo, é fruto da aposta do Biovet em pesquisa e desenvolvimento próprios, com cientistas e investimentos 100% brasileiros.

LABORATÓRIO BIOVETBiovet é sinônimo de inovação em saúde animal. Fundado em 1957, produz 9 bilhões de doses de vacinas todos os anos para as linhas avícola, pet e pecuária, além de fármacos de uso veterinário. Empresa 100% brasileira possui a maior planta de produção de vacina anti-rábica do País e o

maior laboratório no mundo para produção de vacina contra coccidiose aviária, sendo o primeiro da América Latina. É ainda o único Laboratório a dispor de aviários SPF no Brasil. Com centro de pesquisas próprio, investe em ciência e tecnologia de qualidade, colocando ao alcance dos clientes produtos e serviços que ajudam a superar os desafios de campo. O dinamismo do Biovet resulta em mais de 80 itens de consumo diferentes, à disposição do mercado de saúde animal. São soluções na área de vacinas/diluentes (linhas avícola, pet e pecuária), soros (imunoglobulinas purificadas para parvovirose, cinomose, leptospirose, coronavirose e tétano), antígenos (diagnósticos de pulorose, tifo e micoplasmas aviários) e farmacológicos (vermífugos, recalcificantes, anticoncepcionais e polivitamínicos). Os produtos são comercializados no mercado brasileiro e exportados para diversos países.

Prof. Dr. Arthur Gruber, Professor Associado da USP

Divulgação / Ricardo Pereira

Page 2: Regionalização da avicultura - file.biovet.com.brfile.biovet.com.br/Informativo/Avic/25.pdf · Regionalização da avicultura Para reduzir o impacto econômico ... em pesquisa e

REGIONALIZAÇÃORegionalizar a produção animal significa um país definir no seu território áreas geográficas com diferentes status zoosanitários para efeito de comércio internacional. Tal procedimento está em conformidade com as disposições do Capítulo 1.3.5 do Código Sanitário para os Animais Terrestres da OIE. Mas a implantação de um programa de reginonalização implica em ter alguns pré-requisitos.

As condições requeridas para preservar o status sanitário de uma região devem, por exemplo, ser as apropriadas para a doença considerada. Da mesma forma, dependerão da epidemiologia da doença, dos fatores meio-ambientais e das medidas de vigilância e controle que possam ser aplicadas.

A extensão e os limites de uma região deverão ser determinados pela Administração Veterinária com base em fronteiras naturais, artificiais e legais, e será divulgado pela via oficial. Uma vez definidas, as regiões constituem as unidades geográficas adequadas para a aplicação das recomendações que figuram na Parte 2a. do Código Terrestre da OIE.

JUSTIFICATIVASA regionalização da avicultura brasileira tem uma série de justificativas. Na eventualidade da ocorrência de um surto de Doença de Newcastle ou Influenza Aviária em nosso país, por exemplo, haveria um impacto econômico muito grande.

Entre as perdas passíveis de acontecerem citam-se, entre outras:l Sacrifício de aves na região do foco;l Lucro cessante com o despovoamento e a impossiblidade de alojamento de aves;l Perdas com o não cumprimento de contratos de exportação;l Desgaste político do governo devido à necessidade de implantação de medidas duras de contenção e eliminação de focos e de manutenção da credibilidade do país perante a comunidade internacional.

Com a implementação de um programa de regionalização, ao menos o impacto econômico poderá ser minimizado. Isso acontece, entre outras coisas, porque caso uma doença infecto-contagiosa se estabelecesse em um Estado ou Região, a mesma ficaria restrita a esta área, preservando os plantéis existentes em outros Estados e Regiões.

PRÉ-REQUISITOSMas, de acordo com o “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” elaborado pela UBA e pela ABEF, para que um Estado ou bloco de Estados entre no programa de regionalização, deverá atender a uma séria de pré-requisitos. A saber:l Possuir cadastro eletrônico e georeferenciado de todas as propriedades avícolas comerciais do Estado até 31 de dezembro de 2005 para os Estados do RS, SC, PR, SP e MG; até 31 de dezembro de 2006 para os Estados de MS/

MT/GO/DF, e até 31 de dezembro de 2007 para os demais Estados;l Ter todas as granjas de matrizes, avós, bisavós e de pedigree registradas e monitoradas pelo MAPA, de acordo com a legislação vigente, até 31 de dezembro de 2005, e certificadas até 30 de junho de 2006, para os Estados do RS, SC, PR, SP e MG. Registradas e certificadas até 31 de dezembro de 2006 para os Estados de MS, MT, GO e DF; e até 31 de dezembro de 2007 para os demais Estados. A presença de Micoplasma Sinoviae em lotes de matrizes não será uma limitante para circulação nacional, mas tão somente para exportação, conforme previsto na legislação em vigor;

l Implementar programas eficazes de fiscalização nas fronteiras estaduais com a definição de corredores de trânsito de aves vivas e produtos bem como o estabelecimento de postos de controle nas divisas entre os Estados até 31 de dezembro de 2005 para os Estados do RS, SC, PR, SP e MG; até 31 de dezembro de 2006 para os Estados de MS, MT, GO e DF; e até 31 de dezembro de 2007 para os demais;

l As empresas produtoras de frangas recriadas deverão estar registradas e monitoradas pelo MAPA até 31 de dezembro de 2005, e certificadas para as enfermidades previstas no PNSA até 30 de junho de 2006 nos Estados do RS, SC e PR; até 30 de junho de 2006 para os Estados de SP e MG; até 31 de dezembro de 2006 para os Estados de MS, MT, GO e DF; e até 31 de dezembro de 2007 para os demais;

l Implementar programas de vigilância e seguimento epidemiológico contínuo em nível estadual, de acordo com as normas da OIE e do MAPA, a fim de demonstrar a condição de “livre de Newcastle e Influenza Aviária”, até 31 de dezembro de 2005 nos Estados do RS, SC, PR, SP e MG; até 31 de dezembro de 2006 nos Estados de MS, MT, GO e DF; e até 31 de dezembro de 2007 nos demais;

l Possuir um Grupo Especial de Assistência de Suspeita de Doenças Exóticas – GEASE até 31 de dezembro de 2005 nos Estados do RS, SC, PR, SP e MG, até 31 de dezembro de 2006 nos Estados de MS, MT, GO e DF e até 31 de dezembro de 2007 nos demais;

l Possuir um quadro de profissionais, públicos e privados, devidamente capacitados para identificar e atuar na prevenção e controle dessas enfermidades;

l Implementar programas permanentes de auditoria do sistema de controle no Estado até 31 de dezembro de 2005 nos Estados do RS, SC, PR, SP e MG; até 31 de dezembro de 2006 nos Estados de MS, MT, GO e DF, e até 31 de dezembro de 2007 nos demais.

Da mesma forma, em nível nacional, algumas ações deverão ser implementadas, tais como:

l O Ministério da Agricultura deverá implantar um GTA específico para aves e rever os critérios de credenciamento de veterinários. O GTA para aves de descarte somente poderá ser emitido por veterinário oficial e o sacrifico dessas aves deverá ser devidamente comprovado no abatedouro de destino;

l O MAPA deverá implementar metodologias mais rápidas e modernas para o diagnóstico de Influenza Aviária e Doença de Newcastle, bem como credenciar laboratórios regionais para monitoramento sorológico e realizar convênios com laboratórios de Universidades e Instituições de Pesquisa para a utilização de métodos de diagnósticos através de técnicas moleculares;

l Alterar, adequar e implementar a legislação do

PNSA dotando o governo de instrumentos legais que permitam a implementação do Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira até 31 de dezembro de 2005 em sua primeira fase, ou seja, nos Estados de RS, SC, PR, SP e MG;

l Dotações de recursos específicos para implementação do Programa de Regionalização deverão ser feitas pelo MAPA e pelas Secretarias de Agricultura dos Estados.

TRÂNSITO DE AVES E PRODUTOSO documento aprovado durante Reunião Plenária da UBA também define os critérios para trânsito de aves vivas e produtos avícolas entre as regiões. Para a caracterização plena da existência desses critérios no Estado e/ou Bloco de Estados, alguns pontos devem ficar bem definidos, a saber:

l Os corredores de trânsito e os postos de fiscalização serão implementados a partir de uma definição por parte do MAPA, de comum acordo com os órgãos executores do PNSA, nos Estados;

l Todas as granjas de matrizes, avós, bisavós e de pedigree deverão estar obrigatoriamente registradas, monitoradas e certificadas pelo PNSA, independentemente do trânsito interestadual ou inter-regional dos produtos. Ou seja, mesmo aquelas empresas que produzirem material genético apenas para uso interno dentro do Estado e/ou Bloco de Estados deverão ter suas granjas monitoradas e certificadas pelo MAPA, de acordo com a legislação em vigor;

l A monitoria sorológica para Influenza Aviária e Doença de Newcastle, quando feita pelo órgão executor e/ou pelas empresas obedecerá aos critérios estabelecidos

previamente pelo MAPA, tanto no referente a tamanho de amostras e metodologia de análise como a utilização de laboratórios especialmente credenciados para tal fim. Entretanto, todo e qualquer trabalho relacionado com o isolamento e tipificação de vírus dessas enfermidades continuará sendo realizado pelo LANAGRO ou outro laboratório oficial que

venha a ser definido pelo MAPA.No caso específico de ovos para consumo, os mesmos somente poderão circular entre Estados e/ou Blocos de Estados, desde que sejam acompanhados dos certificados específicos do DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal) e que as embalagens (bandejas e caixas) sejam novas e não reutilizáveis, no caso de embalagens de papelão e/ou material similar. Bandejas e caixas plásticas reutilizáveis poderão ser utilizadas desde que devidamente limpas e desinfetadas, de acordo com as normas estabelecidas pelo DIPOA.

Com a implantação do programa de regionalização, ficará proibido o trânsito de avestruzes para abate. Isso trará como conseqüência imediata quanto à necessidade da estruturação do setor com a construção de abatedouros dentro dos Estados e ou regiões, para abater essas aves, naqueles Estados que ainda não os possuem. O impacto dessa medida não deve ser muito grande uma vez que essas aves não podem ser transportadas por distâncias longas, devido ao estresse.

Quanto aos reprodutores, os mesmos poderão transitar entre Estados e/ou Blocos de Estados, pelos corredores de trânsito, mas as exigências quanto a testes e atestados sanitários serão definidas oportunamente pelo MAPA. Obviamente, as aves deverão proceder de criatórios registrados e controlados pelo PNSA.

CONCLUSÃOO “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” deverá ser misto, ou seja, por Estado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Nas demais regiões, serão estabelecidas regiões constituídas por Estados individualmente ou Blocos de Estados. A definição final desses blocos será feita nos próximos meses, uma vez que alguns Estados das regiões Norte e Nordeste preferem ficar isolados, justificando que eles têm condições sanitárias e de produção adequadas que permitem que os mesmos atendam os pré-requisitos do programa.

Segundo o “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira”, o “setor privado entende que ´regionalizar´ o Brasil representará um avanço no controle das doenças aviárias, pela otimização que promoverá no sistema de trânsito de aves e de defesa sanitária dos Estados. Além disso, esse programa forçará a implantação do PNSA em sua totalidade nos Estados e a manutenção de um alto nível de sanidade a fim de garantir suas permanências e usufruir as vantagens do Programa de Regionalização.”

“O Brasil soube implantar um sistema de produção avícola eficiente e competitivo e agora está na hora de o país dar mais um passo à frente para consolidar a posição de maior exportador mundial de carne de aves.”

Regionalização visa evitar perdas com o não cumprimento de contratos de exportação

Divulgação / Cid Junkes

Programa prevê registro e monitoria de todas as granjas de matrizes

divulgaçãoDivulgação / Eddie

Ariel Antonio Mendes, Vice-presidente Técnico Científico da UBA

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REGIONALIZAÇÃORegionalizar a produção animal significa um país definir no seu território áreas geográficas com diferentes status zoosanitários para efeito de comércio internacional. Tal procedimento está em conformidade com as disposições do Capítulo 1.3.5 do Código Sanitário para os Animais Terrestres da OIE. Mas a implantação de um programa de reginonalização implica em ter alguns pré-requisitos.

As condições requeridas para preservar o status sanitário de uma região devem, por exemplo, ser as apropriadas para a doença considerada. Da mesma forma, dependerão da epidemiologia da doença, dos fatores meio-ambientais e das medidas de vigilância e controle que possam ser aplicadas.

A extensão e os limites de uma região deverão ser determinados pela Administração Veterinária com base em fronteiras naturais, artificiais e legais, e será divulgado pela via oficial. Uma vez definidas, as regiões constituem as unidades geográficas adequadas para a aplicação das recomendações que figuram na Parte 2a. do Código Terrestre da OIE.

JUSTIFICATIVASA regionalização da avicultura brasileira tem uma série de justificativas. Na eventualidade da ocorrência de um surto de Doença de Newcastle ou Influenza Aviária em nosso país, por exemplo, haveria um impacto econômico muito grande.

Entre as perdas passíveis de acontecerem citam-se, entre outras:l Sacrifício de aves na região do foco;l Lucro cessante com o despovoamento e a impossiblidade de alojamento de aves;l Perdas com o não cumprimento de contratos de exportação;l Desgaste político do governo devido à necessidade de implantação de medidas duras de contenção e eliminação de focos e de manutenção da credibilidade do país perante a comunidade internacional.

Com a implementação de um programa de regionalização, ao menos o impacto econômico poderá ser minimizado. Isso acontece, entre outras coisas, porque caso uma doença infecto-contagiosa se estabelecesse em um Estado ou Região, a mesma ficaria restrita a esta área, preservando os plantéis existentes em outros Estados e Regiões.

PRÉ-REQUISITOSMas, de acordo com o “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” elaborado pela UBA e pela ABEF, para que um Estado ou bloco de Estados entre no programa de regionalização, deverá atender a uma séria de pré-requisitos. A saber:l Possuir cadastro eletrônico e georeferenciado de todas as propriedades avícolas comerciais do Estado até 31 de dezembro de 2005 para os Estados do RS, SC, PR, SP e MG; até 31 de dezembro de 2006 para os Estados de MS/

MT/GO/DF, e até 31 de dezembro de 2007 para os demais Estados;l Ter todas as granjas de matrizes, avós, bisavós e de pedigree registradas e monitoradas pelo MAPA, de acordo com a legislação vigente, até 31 de dezembro de 2005, e certificadas até 30 de junho de 2006, para os Estados do RS, SC, PR, SP e MG. Registradas e certificadas até 31 de dezembro de 2006 para os Estados de MS, MT, GO e DF; e até 31 de dezembro de 2007 para os demais Estados. A presença de Micoplasma Sinoviae em lotes de matrizes não será uma limitante para circulação nacional, mas tão somente para exportação, conforme previsto na legislação em vigor;

l Implementar programas eficazes de fiscalização nas fronteiras estaduais com a definição de corredores de trânsito de aves vivas e produtos bem como o estabelecimento de postos de controle nas divisas entre os Estados até 31 de dezembro de 2005 para os Estados do RS, SC, PR, SP e MG; até 31 de dezembro de 2006 para os Estados de MS, MT, GO e DF; e até 31 de dezembro de 2007 para os demais;

l As empresas produtoras de frangas recriadas deverão estar registradas e monitoradas pelo MAPA até 31 de dezembro de 2005, e certificadas para as enfermidades previstas no PNSA até 30 de junho de 2006 nos Estados do RS, SC e PR; até 30 de junho de 2006 para os Estados de SP e MG; até 31 de dezembro de 2006 para os Estados de MS, MT, GO e DF; e até 31 de dezembro de 2007 para os demais;

l Implementar programas de vigilância e seguimento epidemiológico contínuo em nível estadual, de acordo com as normas da OIE e do MAPA, a fim de demonstrar a condição de “livre de Newcastle e Influenza Aviária”, até 31 de dezembro de 2005 nos Estados do RS, SC, PR, SP e MG; até 31 de dezembro de 2006 nos Estados de MS, MT, GO e DF; e até 31 de dezembro de 2007 nos demais;

l Possuir um Grupo Especial de Assistência de Suspeita de Doenças Exóticas – GEASE até 31 de dezembro de 2005 nos Estados do RS, SC, PR, SP e MG, até 31 de dezembro de 2006 nos Estados de MS, MT, GO e DF e até 31 de dezembro de 2007 nos demais;

l Possuir um quadro de profissionais, públicos e privados, devidamente capacitados para identificar e atuar na prevenção e controle dessas enfermidades;

l Implementar programas permanentes de auditoria do sistema de controle no Estado até 31 de dezembro de 2005 nos Estados do RS, SC, PR, SP e MG; até 31 de dezembro de 2006 nos Estados de MS, MT, GO e DF, e até 31 de dezembro de 2007 nos demais.

Da mesma forma, em nível nacional, algumas ações deverão ser implementadas, tais como:

l O Ministério da Agricultura deverá implantar um GTA específico para aves e rever os critérios de credenciamento de veterinários. O GTA para aves de descarte somente poderá ser emitido por veterinário oficial e o sacrifico dessas aves deverá ser devidamente comprovado no abatedouro de destino;

l O MAPA deverá implementar metodologias mais rápidas e modernas para o diagnóstico de Influenza Aviária e Doença de Newcastle, bem como credenciar laboratórios regionais para monitoramento sorológico e realizar convênios com laboratórios de Universidades e Instituições de Pesquisa para a utilização de métodos de diagnósticos através de técnicas moleculares;

l Alterar, adequar e implementar a legislação do

PNSA dotando o governo de instrumentos legais que permitam a implementação do Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira até 31 de dezembro de 2005 em sua primeira fase, ou seja, nos Estados de RS, SC, PR, SP e MG;

l Dotações de recursos específicos para implementação do Programa de Regionalização deverão ser feitas pelo MAPA e pelas Secretarias de Agricultura dos Estados.

TRÂNSITO DE AVES E PRODUTOSO documento aprovado durante Reunião Plenária da UBA também define os critérios para trânsito de aves vivas e produtos avícolas entre as regiões. Para a caracterização plena da existência desses critérios no Estado e/ou Bloco de Estados, alguns pontos devem ficar bem definidos, a saber:

l Os corredores de trânsito e os postos de fiscalização serão implementados a partir de uma definição por parte do MAPA, de comum acordo com os órgãos executores do PNSA, nos Estados;

l Todas as granjas de matrizes, avós, bisavós e de pedigree deverão estar obrigatoriamente registradas, monitoradas e certificadas pelo PNSA, independentemente do trânsito interestadual ou inter-regional dos produtos. Ou seja, mesmo aquelas empresas que produzirem material genético apenas para uso interno dentro do Estado e/ou Bloco de Estados deverão ter suas granjas monitoradas e certificadas pelo MAPA, de acordo com a legislação em vigor;

l A monitoria sorológica para Influenza Aviária e Doença de Newcastle, quando feita pelo órgão executor e/ou pelas empresas obedecerá aos critérios estabelecidos

previamente pelo MAPA, tanto no referente a tamanho de amostras e metodologia de análise como a utilização de laboratórios especialmente credenciados para tal fim. Entretanto, todo e qualquer trabalho relacionado com o isolamento e tipificação de vírus dessas enfermidades continuará sendo realizado pelo LANAGRO ou outro laboratório oficial que

venha a ser definido pelo MAPA.No caso específico de ovos para consumo, os mesmos somente poderão circular entre Estados e/ou Blocos de Estados, desde que sejam acompanhados dos certificados específicos do DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal) e que as embalagens (bandejas e caixas) sejam novas e não reutilizáveis, no caso de embalagens de papelão e/ou material similar. Bandejas e caixas plásticas reutilizáveis poderão ser utilizadas desde que devidamente limpas e desinfetadas, de acordo com as normas estabelecidas pelo DIPOA.

Com a implantação do programa de regionalização, ficará proibido o trânsito de avestruzes para abate. Isso trará como conseqüência imediata quanto à necessidade da estruturação do setor com a construção de abatedouros dentro dos Estados e ou regiões, para abater essas aves, naqueles Estados que ainda não os possuem. O impacto dessa medida não deve ser muito grande uma vez que essas aves não podem ser transportadas por distâncias longas, devido ao estresse.

Quanto aos reprodutores, os mesmos poderão transitar entre Estados e/ou Blocos de Estados, pelos corredores de trânsito, mas as exigências quanto a testes e atestados sanitários serão definidas oportunamente pelo MAPA. Obviamente, as aves deverão proceder de criatórios registrados e controlados pelo PNSA.

CONCLUSÃOO “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” deverá ser misto, ou seja, por Estado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Nas demais regiões, serão estabelecidas regiões constituídas por Estados individualmente ou Blocos de Estados. A definição final desses blocos será feita nos próximos meses, uma vez que alguns Estados das regiões Norte e Nordeste preferem ficar isolados, justificando que eles têm condições sanitárias e de produção adequadas que permitem que os mesmos atendam os pré-requisitos do programa.

Segundo o “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira”, o “setor privado entende que ´regionalizar´ o Brasil representará um avanço no controle das doenças aviárias, pela otimização que promoverá no sistema de trânsito de aves e de defesa sanitária dos Estados. Além disso, esse programa forçará a implantação do PNSA em sua totalidade nos Estados e a manutenção de um alto nível de sanidade a fim de garantir suas permanências e usufruir as vantagens do Programa de Regionalização.”

“O Brasil soube implantar um sistema de produção avícola eficiente e competitivo e agora está na hora de o país dar mais um passo à frente para consolidar a posição de maior exportador mundial de carne de aves.”

Regionalização visa evitar perdas com o não cumprimento de contratos de exportação

Divulgação / Cid Junkes

Programa prevê registro e monitoria de todas as granjas de matrizes

divulgaçãoDivulgação / Eddie

Ariel Antonio Mendes, Vice-presidente Técnico Científico da UBA

Page 4: Regionalização da avicultura - file.biovet.com.brfile.biovet.com.br/Informativo/Avic/25.pdf · Regionalização da avicultura Para reduzir o impacto econômico ... em pesquisa e

Regionalização da avicultura

Para reduzir o impacto econômico sobre a produção avícola, na eventualidade da ocorrência de um foco de Influenza Aviária, por exemplo, um “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” foi elaborado. Segundo a UBA (União Brasileira de Avicultura) e a ABEF (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos), regionalizar a produção avícola brasileira é medida justificável devido à grande extensão territorial do Brasil.

O documento, redigido a partir de trabalho conjunto da UBA e da ABEF, foi aprovado durante Reunião Plenária da UBA, realizada em São Paulo no dia 30 de junho de 2005. No momento, a proposta tramita no MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento), tendo em vista sua implantação já no próximo ano.

O “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” não é obra do acaso. Uma série de ações dá mostras disso (veja

quadro). Nesta edição, o Informativo Técnico Avícola Biovet traz um resumo deste trabalho, a partir de informações prestadas pelo Médico Veterinário e professor Ariel Antonio Mendes, presidente da FACTA e Vice-presidente Técnico Científico da UBA.

INTRODUÇÃOAté o momento, a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) tem programas de regionalização apenas para febre aftosa e peste bovina. Quanto às doenças das aves, a reunião geral da OIE realizada em maio de 2005, em Paris, aprovou uma proposta de compartimentalização, a qual difere bastante do programa de regionalização da aftosa. No entanto, a implementação do “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” não impedirá que as empresas solicitem ao MAPA seu credenciamento como empresa compartimentalizada, caso o programa da OIE venha ser implementado futuramente no Brasil. Vale salientar ainda que o

“Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira” está em conformidade com as ações de defesa sanitária animal propostas pelo PNSA (Programa Nacional de Sanidade Avícola). Em resumo, a regionalização visa:

l Reduzir a vulnerabilidade da produção avícola regional;

l Criar condições para que um eventual foco de Influenza Aviária ou Doença de Newcastle se circunscreva à região onde ocorreu, preservando-se a avicultura de outras regiões;

l Dar garantias aos países importadores, no sentido de assegurar que o risco é insignificante para as importações de produtos avícolas brasileiros de regiões não-afetadas;

l Procurar que os serviços sanitários dos países importadores aceitem essas garantias, permitindo importações com origem de regiões livres.

Confira o que diz a proposta do “Programa de Regionalização Sanitária da Avicultura Brasileira”, que está sendo apreciada pelo MAPA.

IX Conferência Internacional de Coccidiose tem o patrocínio do Biovet

Encontro técnico-científico, que acontece em setembro em Foz do Iguaçu (PR), é considerado o mais importante sobre o assunto no mundo.

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papel reciclado

ExpedienteO Informativo Técnico Biovet/Avicultura é uma publicação mensal dirigida aos clientes, fornecedores e colaboradores do Laboratório. O compromisso de qualidade da publicação é o mesmo firmado diari-amente na nossa planta de produção e repassado a todos os nossos produtos e lançamentos. Os interessados em receber o informativo devem enviar seus dados postais por meio do site www.biovet.com.br

Laboratório Bio-Vet S/A (Rua Coronel José Nunes dos Santos, 639 - Centro - CEP 06730.000 - Vargem Grande Paulista - SP - Tel. 11.4158.8200). Supervisão: Médico Veterinário Marcelo Zuanaze. Editora responsável: EiraCom - Registro especial conforme art. 1º do Decreto-lei nº 1.593, de 21 de dezembro de 1977, concedido pela ARF/Itu sob nº de identificação 13876.000763/2001-92 (Senapro/Ministério da Fazenda/Serpro). Jornalista responsável: Alessandro Mancio de Camargo (MTb 24.440).Diagramação: André Chiodo Silva

“Blindagem” da avicultura brasileiraTanto o governo brasileiro, como a iniciativa privada, realiza há bastante tempo um trabalho de “blindagem” da avicultura brasileira para evitar “sobressaltos” e prejuízos maiores, relacionados a um eventual surgimento de problema sanitário mais grave que inviabili-zasse, por exemplo, a exportação de carne de frango. Em setembro de 2002, a UBA, juntamente com a ABEF e o MAPA, realizaram em Campinas um Workshop sobre Influenza Aviária, o qual foi opera-cionalizado pela FACTA (Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas). A realização de treinamentos para os médicos veterinários privados e oficiais acabou culminando na realização de Seminários

sobre Influenza Aviária e Doença de Newcastle em vários Estados brasileiros, numa parceria do MAPA e Secretarias de Agricultura com a UBA, ABEF e Associações Estaduais de Avicultura. Como se não bastassem, várias reuniões foram realizadas nos últimos anos com a participação de representantes da UBA, ABEF e MAPA para definir as bases de um programa de regionalização da avicultura brasileira. Além disso, a UBA e a ABEF iniciaram uma série de reuniões com os Secretários de Agricultura de alguns Estados. Nessas reuniões estiveram presentes também representantes da área de defesa dos Estados e das Superintendências Federais de Agricultura, bem como das Associações Estaduais de Avicultura, afiliadas a UBA.

Ano 03 | n.25 | 2005

1.74.18.2877-2ECT / DR / SPI

LAB. BIOVET

A avicultura brasileira aguarda com entusiasmo a realização da IX Conferência Internacional de Coccidiose, considerada o mais importante encontro técnico-científico sobre o assunto no mundo. Pela primeira vez o evento acontece no Brasil, entre os dias 19 e 23 de setembro, em Foz do Iguaçu (PR).

Organizada a cada quatro anos, a IXth ICC - International Coccidiosis Conference (nome original da conferência, em inglês) tem nesta edição o Laboratório Biovet como um de seus principais patrocinadores. A empresa lançou no primeiro semestre deste ano aBio-Coccivet R, primeira vacina contra coccidiose aviária desenvolvida com cepas brasileiras.

O mérito da escolha do Brasil para sediar a conferência cabe ao Prof. Dr. Arthur Gruber, Professor Associado da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ele, o convite foi formalizado pela comissão técnica da conferência anterior, realizada na Austrália, em 2001.

“Participei da edição do evento na Austrália como um dos representantes do setor científico brasileiro”, explica o organizador geral da IXth ICC. Ainda durante a conferência na Austrália, o Prof. Dr. Gruber recebeu o convite para trazer o evento ao Brasil.

No País, a organização da IX Conferência Internacional de Coccidiose fica a cargo da FACTA (Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas), WPSA/Brasil (The World´s Poultry Science Association/Brasil) e a coordenação científica está sendo feita por um seleto grupo de cientistas universitários liderado pelo Prof. Arthur.

“Eu espero sinceramente que todos tenham

uma excelente estada em Foz do Iguaçu, com um sólido aproveitamento científico da conferência, e uma ótima integração entre os setores acadêmico e produtivo. Além disso, os participantes poderão desfrutar de imperdíveis passeios turísticos, tais como o Parque Nacional do Iguaçu, o Parque das Aves, as Cataratas do Iguaçu e a mundialmente famosa Hidroelétrica de Itaipu”, conclui o Prof. Dr. Arthur Gruber, organizador geral da IXth ICC. A IX Conferência Internacional de Coccidiose ocorrerá em Foz de Iguaçu (PR) no Mabu Thermas & Resort Hotel. Mais informações no endereço http://www.facta.org.br/icc.

BIO-COCCIVET RBio-Coccivet R, a vacina contra a coccidiose aviária fabricada pelo Laboratório Biovet, é constituída de uma suspensão viável das seguintes Eimerias: E. acervulina, E. brunetti, E. maxima, E. necatrix, E. praecox, E. tenella e E. mitis, isoladas de campo no Brasil e multiplicadas em aves livres de agentes patogênicos específicos (SPF – Specific Pathogen Free).

A Bio-Coccivet R, vacina viva contra a coccidiose aviária para reprodutoras leves e pesadas, traz as seguintes inovações:

n Formulação na forma de suspensão de oocistos de Eimeria em diluente especial, o que permite a administração combinada a outras vacinas virais como Gumbor-Vet, New-Vacin e Bio-Bronk-Vet, entre outras.n Aplicação em dose única, prática e versátil, aproveitando o manejo normal das aves, podendo ser aplicada: via spray no primeiro dia de vida no incubatório; via ocular/nasal na debicagem das aves; ou na primeira vacinação na granja.n É a primeira vacina contra coccidiose aviária

em conformidade com os modernos conceitos de rastreabilidade, cada vez mais indispensáveis à avicultura. Para isso, o Laboratório Biovet desenvolveu em parceria com o Prof. Dr. Arthur Gruber, da Universidade de São Paulo, um teste de DNA que permite a discriminação de cepas de Eimeria por genotipagem molecular. Esta tecnologia, inédita no mundo, é fruto da aposta do Biovet em pesquisa e desenvolvimento próprios, com cientistas e investimentos 100% brasileiros.

LABORATÓRIO BIOVETBiovet é sinônimo de inovação em saúde animal. Fundado em 1957, produz 9 bilhões de doses de vacinas todos os anos para as linhas avícola, pet e pecuária, além de fármacos de uso veterinário. Empresa 100% brasileira possui a maior planta de produção de vacina anti-rábica do País e o

maior laboratório no mundo para produção de vacina contra coccidiose aviária, sendo o primeiro da América Latina. É ainda o único Laboratório a dispor de aviários SPF no Brasil. Com centro de pesquisas próprio, investe em ciência e tecnologia de qualidade, colocando ao alcance dos clientes produtos e serviços que ajudam a superar os desafios de campo. O dinamismo do Biovet resulta em mais de 80 itens de consumo diferentes, à disposição do mercado de saúde animal. São soluções na área de vacinas/diluentes (linhas avícola, pet e pecuária), soros (imunoglobulinas purificadas para parvovirose, cinomose, leptospirose, coronavirose e tétano), antígenos (diagnósticos de pulorose, tifo e micoplasmas aviários) e farmacológicos (vermífugos, recalcificantes, anticoncepcionais e polivitamínicos). Os produtos são comercializados no mercado brasileiro e exportados para diversos países.

Prof. Dr. Arthur Gruber, Professor Associado da USP

Divulgação / Ricardo Pereira