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FORMAÇÃO DE APOIADORES
REDES DE PRODUÇÃO DE SAÚDE
OFICINA 3
Enfª Marilene Wagner
30/07/2015
MINISTERIO DA SAÚDE
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO
• Identificação/caracterização do território
• Organização do apoio no território
• Organização do Acesso na APS
• Acolhimento e Avaliação de Risco na APS
Etapa
1
• Territorialização
• Avaliação de Risco Familiar• Escala de Coelho
• Genograma
Etapa
2
• Redes de Produção de Saúde (Acolhimento em Rede)
• Planos de Intervenção
• Monitoramento das ações
Etapa
3
FORMAÇÃO DE APOIADORES NA IMPLEMENTAÇÃO DO ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO DE RISCO E VULNERABILIDADES NA APS
ObjetivoFornecer ferramentas de Apoio a Implantação /Implementação do Acolhimento com Avaliação de Risco/Vulnerabilidade na APS (AC&CRV)
REDES DE PRODUÇÃO DE SAÚDE
O que são Redes?
Redes são conexões e fluxos
Ocorrem em diferentes níveis de gestão• Macro politica: arranjos organizativos• Mesopolítica: Fluxos internos• Micropolítica: redes de conversações
Redes de Produção de Saúde
O trabalho em saúde se dá a partir de encontros entre:
Trabalhadores e Trabalhadores Trabalhadores com os usuários,
Isto é:
São fluxos permanentes entre sujeitos, e esses fluxos são operativos, políticos, comunicacionais, simbólicos, subjetivos e formam uma intricada rede de relações a partir da qual os produtos referentes ao cuidado ganham materialidade e condições de consumo.
Assim, podemos afirmar que o cuidado se produz sempre em rede e em que estas se articulam no nível da relação entre as diversas unidades /serviços (pactuadas ou não)
Tomando como exemplo uma Equipe de Saúde:
As conexões:
Podem vir do ACS no domicílio, que faz vínculo com a família e fluxos com entidades da comunidade e ainda se conecta à equipe de saúde;
Dos profissionais da equipe que identificam um problema de saúde e tem condições de disparar um projeto terapêutico, e vai a partir dele multiplicar sua rede rizomática nos processos de trabalho que virão em seguida, com outros profissionais ou mesmo outros serviços de saúde, sendo essas relações locais ou à distância, pactuadas ou não.
Caixa de Ferramentas: (disparadoras de redes)
Acolhimento com Avaliação/Classificação de Risco (determina os fluxos)
Projetos Terapêuticos (NASF)
Gestão da Clínica: É o conjunto de instrumentos tecnológicos que permite integrar os diversos pontos de atenção à saúde para conformar uma rede de atenção à saúde, capaz de prestar a atenção no lugar certo, no tempo certo, com o custo certo e a qualidade certa
Redes de Produção de Saúde
As equipes da ESF, neste contexto, são apontadas como
a força motriz da mudança esperada,
a partir da incorporação de novas formas de trabalho: em equipe
multiprofissional, com área adscrita, responsabilidade sobre o
cuidado e a vigilância de um número fixo de famílias, fixação de
metas de produção segundo critérios quantitativos, bem como o
estímulo ao exercício do controle social
(SANTOS, SOARES, CAMPOS, 2007).
Gestão da clínica
Os instrumentos tecnológicos:
Gestão de patologias (Gestão da condição de saúde)
Gestão de casos
Diretrizes Clínicas: Linhas Guia*
Protocolos
Linhas guia
Linha-guia: desenvolvida por grau de risco, envolve a estratificação de risco.
Normalizam todo o processo de atenção, em todos os pontos de atenção, considerando-se a APS como coordenadora do cuidado
Ex: uma linha-guia não normaliza ações para gestante em geral, masprocura estratificar essa condição em grupos de risco que implicamem manejos clínicos diferentes.
Ex: Linha Guia da Gestante
UBS
Laboratório
Ambulatório de Médio e alto risco Especialidades
Maternidade
Alto Risco
Maternidade
risco habitual
Casa da
Gestante
Redes de Atenção a Saúde (Macropolítica)
Portaria GM nº 4.279 de 30 de dezembro de 2010
“Arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentesdensidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas deapoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidadedo cuidado”.
Normativas das Redes de Atenção a SaúdeConstituição FederalArt. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;III - participação da comunidade.
Definição de Redes de Atenção a Saúde
As diferenças entre os sistemas fragmentados e as redes de atenção à saúde
FONTES: FERNANDEZ (2003); MENDES (2009)
Sistema fragmentado Rede de atenção à saúde
Organizado por componentes isolados Organizado por um contínuo de atenção
Organizado por níveis hierárquicos Organizado por uma rede poliárquica
Orientado para a atenção a condições
agudas
Orientado para a atenção a condições
crônicas e agudas
Voltado para indivíduos Voltado para uma população
O sujeito é o paciente O sujeito é agente de saúde
Reativo Proativo
Ênfase nas ações curativas Atenção integral
Cuidado profissional Cuidado multiprofissional
Gestão da oferta Gestão das necessidades
Financiamento por procedimentos Financiamento por capitação
FONTE: MENDES (2009)
Modelos de atenção à saúde
FONTE: MENDES (2009)
A incoerência entre uma situação de saúde que combina transição
demográfica acelerada e tripla carga de doença, com forte predominância de
condições crônicas e um sistema fragmentado de saúde, voltado
principalmente para as condições agudas e agudizações de condições
crônicas
A solução do problema crítico do sus
O restabelecimento da coerência entre a situação de saúde com transição
demográfica acelerada e tripla carga de doença com predomínio relativo forte
de condições crônicas e um sistema integrado de saúde, voltado para a
Atenção as condições agudas e crônicas, o que exige a implantação das
Redes de Atenção à Saúde
FONTE: MENDES (2009)
O problema crítico do sus
Modelos de atenção à saúde
O modelo de atenção às condições agudas......foco atual*
O modelo de atenção às condições crônicas
O modelo de atenção às condições agudas:
NÚMERO NOME CORTEMPO-
ALVO
1 Emergente Vermelho 0
2Muito
urgenteLaranja 10
3 Urgente Amarelo 60
4Pouco
urgenteVerde 120
5 Não urgente Azul 240
Acolhimento com Classificação de Risco
Intervenções intersetoriais sobre:
Emprego
Renda
Educação
Habitação
Ambiente
Segurança
Violência
Ocupação
Outros
Intervenções sobre fatores de risco comportamentais:
Tabagismo
Peso
Dieta
Atividade física
Uso de drogas
Risco reprodutivo e sexual
Outros
Intervenções sobre fatores de riscos biopsicológicos:
Idade
Gênero
Resposta imunológica
Lesões pré-clínicas
Pressão arterial
Colesterol
Nível glicêmico
Depressão
Risco das pessoas idosas
outros
Intervenções sobre condições crônicas estabelecidas:
Estratificação de risco
Plano de cuidado
Gestão de risco da atenção
Educação permanente dos profissionais
Educação em saúde
Auto-cuidado apoiado
Sistema de informação clínica
Desenho da atenção à saúde
Programação por estratificação de risco
Pagamento por performance
Ações com a comunidade
Gestão de caso
FONTE: MENDES (2009)
Modelo de Atenção nas condições crônicas
A estrutura operacional das Redes de Atenção à Saúde
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
RT1 RT2 RT3 RT4 RT5
Sistemas de Apoio
Diagnóstico
Sistemas de Assistência
Farmacêutica
Sistemas de Informação
em Saúde
Sistemas de Transporte
Sanitário
Central de Regulação
Prontuário Único
Cartão SUS
A modelagem das redes de atenção à saúde
Momento 1: a análise de situação das redes de atenção à saúde
Momento 2: a escolha do modelo de atenção à saúde
Momento 3: A construção dos territórios sanitários e os níveis de atenção à saúde
Momento 4. O desenho das redes de atenção à saúde
Momento 5: A modelagem da atenção primária à saúde
Momento 6: A modelagem dos pontos de atenção secundários e terciários à saúde
Momento 7: A modelagem dos sistemas de apoio
Momento 8. A modelagem dos sistemas logísticos
Momento 9. A modelagem do sistema de governança das redes de atenção à saúde
FONTE: MENDES (2007)
Atributos das Redes de Atenção
APS como primeiro nível de atenção;
População e territórios definidos;
Mecanismos de coordenação, continuidade do cuidado e assistência integral fornecidos de forma continuada;
Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e nas comunidades, levando em consideração as particularidades de cada um;
Gestão baseada em resultados.
Integração entre os diferentes entes federativos a fim de atingir um propósito comum; (pactos interfederativo)
Gestão integrada dos sistemas de apoio administrativo, clínico e logístico;
Sistema de informação integrado;
Ação intersetorial;
Financiamento tripartite e;
Participação social;
Nível Primário
Nível Secundário
Nível Terciário
Prontuário Eletrônico
Transporte Sanitário
Cartão SUS
Disque Saúde(Consultas)
Apoio Diagnóstico
Assistência Farmacêutica
Sistemas Informativos
UNIDADE
NEONATAL DE
CUIDADOS
PROGRESSIVOS
CASA DE
APOIO À
GESTANTE
UNIDADE
PEDIÁTRICA
MICROREGIONAL
APS
Sis
tem
as
de
Ap
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a
UNIDADE
NEONATAL DE
CUIDADOS
PROGRESSIVO
S
MATERNIDAD
E RISCO
HABITUAL
MATERNIDAD
E ALTO
RISCO
SECUNDÁRIA
CASA DE
APOIO À
GESTANTE
MATERNIDADE
ALTO RISCO
TERCIÁRIA
UNIDADE
PEDIÁTRICA
MACROREGIONAL
Ex: Rede Cegonha
Características das RAS
a. Formar relações horizontais entre os diferentes pontos de atenção:
Os pontos de atenção passem a ser entendidos como espaços onde são ofertados alguns serviços de saúde, sendo todos igualmente importantes para que sejam cumpridos os objetivos da rede de atenção.
b. Atenção Primária à Saúde como centro de comunicação:
Principal porta de entrada do usuário no sistema de saúde;
Responsável por coordenar o caminhar dos usuários pelos outros pontos de atenção da rede, quando suas necessidades de saúde não puderem ser atendidas somente por ações e serviços da APS;
Manutenção do vínculo com estes usuários, dando continuidade à atenção (ações de promoção da saúde, prevenção de agravos, entre outros), mesmo que estejam sendo cuidados também em outros pontos de atenção da rede.
Características das RAS (cont.)
c. Planejar e organizar as ações segundo as necessidades de saúde de uma população específica:
As ações, serviços e programações em saúde devem basear-se no diagnóstico da população adscrita à equipe de saúde, considerando fatores e determinantes da saúde desta população.
Na prática, tem se traduzido sob o fenômeno da tripla carga de doenças, mais precisamente nas condições crônicas de doença.
Além disso, a ação das equipes deve basear-se em evidências científicas devidamente constatadas. (diretrizes clínicas)
*Doenças infecto-parasitárias, Trauma e DCNTs
Composição epidemiológica da carga de doenças presentes na população brasileira.
Transição epidemiológica *Tripla Carga de Doenças
Condições agudas
Condições Crônicas
Características das RAS
d. Ofertar atenção contínua e integral:
AS UBS poderão ser capazes de dar atenção integral aos usuários, conseguindo solucionar aproximadamente 80% dos problemas de saúde, os outros 20% dos casos seguem um fluxo cuja densidade tecnológica do tratamento aumenta a cada nível de atenção que se sucede.
Ao final, a continuidade da atenção deverá ser mantida pelas equipes da APS.
e. Cuidado multiprofissional:
Equipes multidisciplinares são necessárias de saúde devido aos problemas de saúde muitas vezes serem multicausais e complexos, e necessitam de diferentes olhares profissionais para o devido manejo.
Porém, mais do que a multiprofissionalidade, a ação interdisciplinar destas equipes devem garantir o compartilhamento e a corresponsabilização da prática de saúde entre os membros da referida equipe.
Momento 1: Análise de situação das redes de atenção à saúde
A população: *Dados demográficos *Dados socioeconômicos *Dados epidemiológicos: determinantes sociais da saúde, morbidade, mortalidade, fatores de riscos e carga das doenças
A análise situacional da rede de atenção à saúde*Tipos de serviços *Tipos de integração *Tipo de gestão da rede *Tipo de financiamento *Forma de coordenação da rede FONTE: MENDES (2007)
Planificação das Redes
DETERMINANTES
SOCIAIS DA SAÚDE
CONDIÇÃO CRÔNICA
ESTABELECIDA
POPULAÇÃO
TOTAL
POPULAÇÃO
EM RISCO
POPULAÇÃO COM
CONDIÇÃO CRÔNICA DE
BAIXO OU MÉDIO
RISCOS
POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO
CRÔNICA DE ALTO OU MUITO
ALTO RISCOS
POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO
CRÔNICA MUITO COMPLEXA
FONTE: MENDES (2008)
Momento 2: a escolha do modelo de atenção à saúde
Gestão de
Caso
Gestão de Patologia
Nível 2
Gestão de Patologia
Nível 1
Intervenções de
Prevenção das Doenças
Intervenções de Promoção
da Saúde
FATORES DE RISCO
Momento 3: a construção dos territórios sanitários e os níveis de atenção à saúde: o PDR
*Os territórios locais
*Os territórios regionais: mínimo de 100 mil habitantes
*Os territórios macrorregionais: mínimo de 500 mil habitantes
As relações entre os territórios sanitários e os níveis de atenção
• O território macrorregional: a autossuficiência em atenção terciária à saúde (alta complexidade)
• O território regional: a autossuficiência em atenção secundária à saúde (média complexidade)
• O território da atenção primária à saúde: a área de abrangência da atenção primária à saúde ou da equipe do PSF
• O território da microárea:
A área de abrangência de um agente comunitário de saúde
FONTE: MENDES (2001)
Momento 4: o desenho das redes temáticas de atenção à saúde
A elaboração das linhas-guia
A utilização das matrizes de pontos de atenção à saúde, de sistemas de apoio, de sistemas logísticos e de sistema de governança
FONTE: MENDES (2007)
NÍVEL DE
ATENÇÃO
PONTO DE ATENÇÃO À SAÚDE TERRITÓRIO
SANITÁRIO
ATENÇÃO
TERCIÁRIA À
SAÚDE
MACRORREGIÃO
ATENÇÃO
SECUNDÁRIA
À SAÚDE
MICRORREGIÃO
ATENÇÃO
PRIMÁRIA À
SAÚDE
-----------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------
MUNICÍPIO
------------------------
ÁREA DE ABRANGÊNCIA
------------------------
MICRO-ÁREA
MATRIZ PARA A DEFINIÇÃO DOS PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
LINHA-GUIAFONTE; SESMG (2007)
Ex: A REDE DE ATENÇÃO À GESTANTE
Nível de
Atenção
Atenção
Primária à
Saúde
Atenção
Secundária à
Saúde
Atenção
Terciária à
Saúde
Território
Sanitário
Micro-Área
Área de
Abrangência
Município
Microrregião
Macrorregião
Município
Pontos de Atenção à Saúde
Agente Comunitário de Saúde
APS / Equipe PSF
Parteira Tradicional
Casa da Gestante
Unidade de
Internação
Pediátrica
Maternidade de Risco Habitual
Unidade de
Internação
Pediátrica de
Nível Terciário
Maternidade de Alto
Risco Terciária
Maternidade
de Alto
Risco
Secundária
Ambulatório
Médio Risco
LINHAS-GUIA
Momento 5: a modelagem da atenção primária à saúde
Um novo ciclo na APS: da atenção básica para a atenção primária à saúde
As funções da atenção primária à saúde nas redes de atenção à saúde: a resolutividade a coordenação da atenção à saúde a responsabilização pela saúde da população
Momento 6: a modelagem dos pontos secundários e terciários de atenção à saúde
A integração horizontal: fusões ou alianças estratégicas
A modelagem dos pontos de atenção à saúde a definição da carteira de serviços a elaboração dos protocolos clínicos o sistema de programação o modelo de contratualização o sistema de auditoria clínica
DISPERSÃO
1. Constituir um Fórum Redes
Identificar quais os problemas prioritários da sua área de atuação e sobre quais a equipe possuem governabilidade para promover mudanças.
Elaborar (junto com a equipe) uma Linha de Cuidado, levando em consideração as ações promovidas internamente pela Unidade e possíveis pactuações com o sistema (UPA, UBS, ESF, e outros).
O que é Linha de Cuidado?
Forma de articulação de recursos e das práticas de produção de saúde,
orientadas por diretrizes clínicas, entre as unidades de atenção de uma dada
região de saúde, para a condução oportuna, ágil e singular, dos usuários pelas
possibilidades de diagnóstico e terapia, em resposta às necessidades
epidemiológicas de maior relevância”. (Mendes)
É como se ela desenhasse o itinerário que o usuário faz por dentro de uma
rede de saúde, incluindo segmentos não necessariamente inseridos no
sistema de saúde, mas que participam de alguma forma da rede, tal como
entidades comunitárias e de assistência social.
Como se organiza uma Linha de Cuidado1. Identificar a rede de serviços de saúde, e aqueles que devem estar envolvidos, e propor que a discussão para a construção das Linhas de Cuidado se dê de forma coletiva.
2. Definir e priorizar as Linhas de Cuidado a serem organizadas.
O critério para esta definição pode ser a prevalência de determinado problema de saúde na população, a carência de cuidados em alguma área específica, a dificuldade de acesso, e outros que a própria equipe pode definir.
Ex: Linhas de Cuidado em Saúde Materno-Infantil, a Saúde do Idoso, a Saúde Mental, a Hipertensão Arterial, etc.
Isto significa que para cada segmento de cuidado destes, deve haver uma pactuação e um trabalho em equipe coletivo para construção dos fluxos de acesso e cuidado aos usuários.
3. Realizar as oficinas de trabalho com todos aqueles implicados com determinado segmento de cuidado e nesta oficina produzir os pactos, e definir os fluxos de cuidado aos usuários.
4. O importante na oficina é mapear todas as possibilidades de acesso aos serviços, e usar a criatividade para garantir que o sistema trabalhe com base nas necessidades dos usuários, desobstruindo entraves burocráticos de acesso aos serviços.
A confiança, a solidariedade, o espírito de equipe, de trabalho em redes, a colaboração mútua são fundamentais para que as Linhas de Cuidado funcionem adequadamente, como fluxos ininterruptos de cuidado integral à saúde.
É importante advertir que para montar as Linhas de Cuidado a equipe pode necessitar da ajuda de um profissional que entende de fluxos de rede de serviços, e detém uma metodologia adequada para a condução das oficinas que vão trabalhar na organização das Linhas.
A gestão das linhas de cuidado
1. Disponibilidade de recursos que devem alimentar as Linhas de Cuidado, especialmente a ampliação da oferta pontual de atenção secundária e de regulação pública de toda a rede prestadora do SUS, principalmente dos seus fluxos e contratos do setor privado.
2. Fluxos assistenciais centrados no usuário, facilitando o seu “caminhar na rede”.
3. Instrumentos que garantam uma referência segura aos diversos níveis de complexidade da atenção.
4. Garantia de fluxos também da atenção especializada para a ESF’s na Unidade Básica, onde deve se dar o vínculo e acompanhamento permanente da clientela sob cuidados da rede assistencial.
5. Determinação de que a equipe da Unidade Básica é responsável pela gestão do projeto terapêutico que será executado na linha de cuidado, garantindo um acompanhamento seguro do usuário.