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ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 2029 TORTA DE DENDÊ NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES Maiana Visoná-Oliveira ¹*, Mayara Fabiane Gonçalves², Julyana Machado da Silva Martins², Renata de Freitas Ferreira Mohallem¹, Isabel Cristina Ferreira³ ¹Doutorandas, Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia (FAMEV-UFU), Uberlândia, Brasil ²Mestrandas, FAMEV-UFU, Uberlândia, Brasil ³Professora Doutora da FAMEV-UFU, Uberlândia, Brasil *[email protected] Recebido em: 06/05/2013 – Aprovado em: 17/06/2013 – Publicado em: 01/07/2013 RESUMO A utilização de coprodutos do biodiesel na alimentação animal, além de visar minimização de custos de produção na pecuária, é uma forma de absorver parte da produção crescente de resíduos industriais melhorando condições ambientais e induzindo pesquisas para aprimoramento de sua utilização como matéria-prima. Dentre as oleaginosas que podem ser utilizadas para produção do biodiesel, o dendezeiro (Elaeis guineensis Jacq.) merece destaque pelo fato de ser perene e com colheita durante todo o ano, apresentando ainda bom teor de óleo e bom rendimento na indústria. Alguns estudos mostram que apesar de provocar redução consumo de matéria seca e na digestibilidade de nutrientes, a inclusão da torta de dendê na alimentação de ruminantes pode proporcionar um desempenho animal satisfatório. Assim, desde que disponível na região e utilizada em níveis que não prejudiquem o desempenho, a torta de dendê é alternativa interessante na alimentação de ruminantes. PALAVRAS-CHAVE: Biodiesel, consumo de matéria seca, coproduto, dendezeiro PALM KERNEL CAKE IN RUMINANT FEED ABSTRACT The use of biodiesel co-products in animal feed is able to minimize costs of production in livestock and is a way to absorb the increased production of industrial residues, improving environmental conditions and leading researches to improve its use as feedstock. Among the plants that can be used for biodiesel production, the African oil palm (Elaeis guineensis Jacq.) stands out because it is perennial and can be harvested during the whole year, with good oil content and good yields in the industry. Some studies show that in spite of causing reduction in dry matter intake and in nutrient digestibility, the inclusion of palm kernel cake in ruminant feed can provide satisfactory animal performance. Therefore, if available in the region and used at levels which do not affect performance, palm kernel cake is an interesting alternative in ruminant feed. KEYWORDS: Biodiesel, dry matter intake, co-product, African oil palm

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ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013

2029

TORTA DE DENDÊ NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES

Maiana Visoná-Oliveira¹*, Mayara Fabiane Gonçalves², Julyana Machado da Silva Martins², Renata de Freitas Ferreira Mohallem¹, Isabel Cristina Ferreira³

¹Doutorandas, Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de

Uberlândia (FAMEV-UFU), Uberlândia, Brasil ²Mestrandas, FAMEV-UFU, Uberlândia, Brasil

³Professora Doutora da FAMEV-UFU, Uberlândia, Brasil *[email protected]

Recebido em: 06/05/2013 – Aprovado em: 17/06/2013 – Publicado em: 01/07/2013

RESUMO

A utilização de coprodutos do biodiesel na alimentação animal, além de visar minimização de custos de produção na pecuária, é uma forma de absorver parte da produção crescente de resíduos industriais melhorando condições ambientais e induzindo pesquisas para aprimoramento de sua utilização como matéria-prima. Dentre as oleaginosas que podem ser utilizadas para produção do biodiesel, o dendezeiro (Elaeis guineensis Jacq.) merece destaque pelo fato de ser perene e com colheita durante todo o ano, apresentando ainda bom teor de óleo e bom rendimento na indústria. Alguns estudos mostram que apesar de provocar redução consumo de matéria seca e na digestibilidade de nutrientes, a inclusão da torta de dendê na alimentação de ruminantes pode proporcionar um desempenho animal satisfatório. Assim, desde que disponível na região e utilizada em níveis que não prejudiquem o desempenho, a torta de dendê é alternativa interessante na alimentação de ruminantes. PALAVRAS-CHAVE: Biodiesel, consumo de matéria seca, coproduto, dendezeiro

PALM KERNEL CAKE IN RUMINANT FEED

ABSTRACT

The use of biodiesel co-products in animal feed is able to minimize costs of production in livestock and is a way to absorb the increased production of industrial residues, improving environmental conditions and leading researches to improve its use as feedstock. Among the plants that can be used for biodiesel production, the African oil palm (Elaeis guineensis Jacq.) stands out because it is perennial and can be harvested during the whole year, with good oil content and good yields in the industry. Some studies show that in spite of causing reduction in dry matter intake and in nutrient digestibility, the inclusion of palm kernel cake in ruminant feed can provide satisfactory animal performance. Therefore, if available in the region and used at levels which do not affect performance, palm kernel cake is an interesting alternative in ruminant feed. KEYWORDS: Biodiesel, dry matter intake, co-product, African oil palm

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INTRODUÇÃO

Para que a pecuária seja capaz de produzir com qualidade e de forma

competitiva com o mercado são necessários investimentos não só em animais geneticamente especializados, seja qual for a aptidão em questão, mas também em tecnologias, como práticas de manejo reprodutivo, sanidade e alimentação.

Dependendo do estado fisiológico e da idade, ruminantes podem apresentar alta exigência em nutrientes que, geralmente, não são encontrados em níveis adequados em pastagens de baixa qualidade. Este fato traz a necessidade de suplementação dos animais com concentrado, que, normalmente, são à base de grãos e têm preço elevado, aumentando custos de produção. Além disso, a crescente competição entre humanos e monogástricos por grãos restringe sua utilização na dieta de ruminantes.

A manutenção dos animais, então, com dietas que atendam às exigências nutricionais para obtenção de desempenho desejado, deve ocorrer de forma que a relação custo/benefício seja favorável ao produtor (MEDEIROS et al., 2009). Assim, a atual conjuntura de mercado induz pesquisadores, técnicos e produtores a procurarem insumos que viabilizem a atividade, e uma alternativa é a utilização de coprodutos da indústria do biodiesel na alimentação de ruminantes.

Na indústria do biodiesel o dendezeiro merece destaque por ser uma cultura perene, ter bom teor de óleo e bom rendimento na produção de biodiesel (SLUSZZ & MACHADO, 2006), desta forma, seu cultivo e beneficiamento vêm crescendo consideravelmente nos últimos anos. Contudo, com este crescimento há, consequentemente, maior produção de resíduos que devem possuir destino correto, já que, com a atual preocupação com o meio ambiente, as legislações têm sido cada vez mais rigorosas.

A utilização de coprodutos na alimentação animal, então, se torna alternativa interessante, pois além de visar minimização de custos de produção na pecuária, é uma forma de absorver parte da produção crescente de resíduos industriais melhorando condições ambientais e induzindo pesquisas para aprimoramento de sua utilização como matéria-prima.

Desta forma, objetivou-se revisar as etapas de obtenção do coproduto torta de dendê, sua composição química e os resultados de pesquisas relacionadas a consumo de matéria seca pelos ruminantes, digestibilidade aparente de nutrientes das deitas, desempenho animal, qualidade de carne, rendimento de carcaça e comportamento ingestivo.

REVISÃO DE LITERATURA

A INDÚSTRIA DO BIODIESEL

A crescente preocupação mundial com o meio ambiente, juntamente com a

busca por fontes de energia renováveis, colocam o biodiesel em destaque. Diversos países, dentre eles o Brasil, procuram o domínio tecnológico desse biocombustível, tanto no âmbito agronômico como industrial, o que deverá provocar fortes impactos na economia brasileira e na política de inclusão social do país (ABDALLA et al., 2008).

As características de clima, solo e extensão territorial conferem ao Brasil a

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possibilidade de produzir uma variedade de oleaginosas, que podem ser utilizadas para a produção de biodiesel, e tornar o país o maior produtor mundial desse combustível e construir um novo modelo de desenvolvimento baseado em energia limpa e renovável (EMBRAPA, 2006 apud BOMFIM et al., 2009).

A partir de 2013, para atender à Lei 11.097/2005 (BRASIL, 2005), a exigência, por parte do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel do Governo Federal, de adição do biodiesel ao óleo diesel será de 5% (FARIAS et al., 2012), tornando necessária a produção de aproximadamente 2,5 bilhões de litros de biodiesel (ABDALLA et al., 2008).

O biodiesel é fabricado através de transesterificação, na qual a glicerina é separada da gordura ou óleo vegetal. O processo então gera ésteres (nome químico do biodiesel), glicerina (produto valorizado no mercado de sabões) e coprodutos. O teor de óleo no coproduto pode ser bastante variável dependendo do método de extração. Quando a extração é física, o coproduto vai apresentar maior conteúdo de óleo e é classificado como torta e quando o solvente é utilizado, a quantidade de óleo residual é muito baixa e o coproduto então é considerado farelo (Figura 1).

No Brasil, a produção do biodiesel é diversificada em termos regionais, e é comumente oriunda de oleaginosas como o dendê (Elaeis guineensis Jacq.), babaçu (Orrbignya speciosa), mamona (Ricinus communis), algodão (Gossypium spp. L.), pinhão-manso (Jatropha curcas), coco (Cocos nucifera), girassol (Helianthus annuus), macaúba (Acrocomia aculeata) e canola (Brassica napus) (MELO et al., 2012).

Colheita Casca ← ↓ ↓ Prensagem ↘

Torta ← ↓ Solvente Óleo bruto ↙ → Farelo ↓ ← Etanol Transesterificação

Glicerina ← ↓ Biodiesel

FIGURA 1. Processo de produção de biodiesel por transesterificação.

Fonte: Adaptado de EMBRAPA (2006) apud BOMFIM et al. (2009). O DENDEZEIRO (Elaeis guineensis Jacq.)

Dentre as oleaginosas cultivadas, o dendezeiro merece destaque pelo fato de

ser perene e com colheita durante todo o ano, apresentando ainda bom teor de óleo e bom rendimento na produção de biodiesel (SLUSZZ & MACHADO, 2006). É a planta que apresenta maior produtividade de óleo por área cultivada, produzindo, em média, 10 vezes mais óleo do que a soja (PEREZ et al., 2007).

Também conhecida popularmente como palma-de-guiné, palmeira dendem e coqueiro-de-dendê, o dendezeiro é uma palmeira de origem africana que atinge até 15 m de altura, possui vida útil em torno de 25 anos e foi introduzida no Brasil no século XVII pelos escravos (BARCELOS et al., 1995).

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Seu fruto é uma drupa esférica e alongada de 2 a 5 cm de comprimento que pesa entre 3 e 30g (SILVA, 2006). Quando imaturo, sua coloração varia de violeta-escura a preta e a metade inferior é marfim, e com o amadurecimento, a metade superior se torna marrom, podendo ter variações (GONÇALVES, 2001). Os frutos do dendezeiro nascem em cachos que geralmente pesam de 10 a 30 kg (CONCEIÇÃO & MULLER, 2000) e do seu peso total, obtêm-se 22% de óleo da polpa e 3% de óleo de palmiste ou de amêndoa (BARCELOS et al.,1995).

A produção de cachos de uma plantação está relacionada com a idade, a qual se inicia 3,5 anos após o plantio, eleva-se até chegar ao 8° ano, quando então estabiliza com 20 toneladas de cachos anualmente por hectare e gradativamente decresce até o 25° ano, com 16 toneladas de cachos por hectare (MÜLLER, 1980).

De acordo com BARCELOS et al. (1995), o plantio do dendezeiro requer solos profundos, não compactos, médias mínimas de temperatura superiores a 24°C e precipitações acima de 2000 mm/ano, distribuídos durante todos os meses. A insolação é fator decisivo para a cultura, devido sua intensa atividade fotossintética, exigindo 2.000 horas luz (bem distribuídas ao longo do ano) e umidade relativa entre 75 e 90% (PEREZ et al., 2007). O dendezeiro também necessita de baixa mecanização e pequena quantidade de defensivos agrícolas (BARCELOS et al., 1995).

Segundo CORDEIRO et al. (2010) em Roraima, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) conduz experimentos com híbridos de dendezeiro no cerrado (campo experimental Monte Cristo), cujos resultados tem mostrado bom desenvolvimento da cultura. Ainda de acordo com os autores, a avaliação em solos de cerrado é necessária para verificar o comportamento da cultura em áreas não convencionais, e que dependendo do resultado, pode constituir alternativa para exploração do dendezeiro no futuro.

No Brasil, a área destinada ao cultivo do dendezeiro é de aproximadamente 60 mil hectares, e, mais de 85% desta área está concentrada no Estado do Pará que tem produção estimada em 160 mil toneladas de óleo/ano (CORDEIRO et al., 2010).

PROCESSAMENTO Os cachos de frutos maduros do dendezeiro são colhidos em intervalos de 7 a

10 dias ao longo de sua vida econômica. A maximização da taxa de extração de óleo é assegurada pelo padrão de colheita aplicado, que inclui atenção cuidadosa em relação à maturidade, colheita dos frutos, com a mínima contusão, e transporte para a usina no prazo máximo de 24 horas (IRHO, 1963 apud PEREZ et al., 2007).

Na usina, após esterilização, os cachos são levados ao debulhador que separa os frutos dos cachos e em seguida para o malaxador, o qual quebra a estrutura das células da polpa, liberando o óleo das células oleíferas. A massa saída do malaxador é submetida à prensagem onde é extraído o óleo da polpa, deixando a semente intacta misturada com as fibras da polpa, obtendo-se a torta da polpa (MÜLLER, 1980).

A torta resultante desse primeiro processo pode ainda ser processada no transportador onde ocorre a secagem da fibra e o polimento das nozes para retirada dos resíduos de fibras. A seguir, as nozes são transferidas para o moinho quebrador no qual são retiradas as cascas (PEREZ et al., 2007) e as mesmas são, então, trituradas e prensadas de onde se obtém o óleo de palmiste e a torta da amêndoa ou torta de palmiste (MÜLLER, 1980). O processo industrial para obtenção da torta

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de dendê está esquematizado a seguir.

Cachos ↓

Esterilização ↓

Debulha ↓

→ Cacho vazio

→ Incinerador ↓

Frutos ↓

Adubo

Malaxação ↓

Óleo bruto

← Prensagem → Torta → Desfibra ↓ ↘

Semente ↓

Polimento ↓

Fibra ↓

Secagem ↓

Caldeira

Quebra ↓

Amêndoa ↓

← Separação → Casca

Trituração ↓

Óleo de palmiste

← Prensagem → Torta ↓

Secagem ↓

Ensacamento

FIGURA 2. Esquema do processo de beneficiamento do dendê. Fonte: Adaptado de MÜLLER (1980).

TORTA DE DENDÊ A torta de dendê é o produto resultante da polpa seca do dendê, após

moagem e extração do seu óleo (BRASIL, 2009). Com presença de óleo residual relativamente elevado, este coproduto tem sido empregado como substituto satisfatório e econômico de alimentos de alta energia como o milho (WALLACE et al., 2010), e, em termos de custos, a torta de dendê possui, hoje, 84,44% do preço deste grão. Contudo, BOMFIM et al. (2009) consideram a torta de dendê como alimento volumoso, devido ao seu alto conteúdo de FDN (>50%).

Assim, na literatura a torta de dendê vem sendo utilizada não só em

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substituição a volumosos (BRINGEL et al., 2011; CARVALHO, 2006), mas também em substituição ao concentrado (ANDRADE SOBRINHO, 2010; SILVA et al., 2005) e em níveis de inclusão na dieta total (MACIEL et al., 2012; VISONÁ-OLIVEIRA, 2013) de ruminantes.

Quanto à composição químico-bromatológica, segundo FARIAS FILHO et al. (2005), o método utilizado para a obtenção do óleo de dendê, ou até mesmo fatores relacionados à interação dendezeiro, clima e solo, fase de colheita e maturação dos frutos, podem interferir na composição da torta de dendê, que segundo os autores, não é considerada um produto padronizado.

De acordo com a literatura revisada (Tabela 1), a torta de dendê variou seu teor de matéria seca (MS) entre 88,11 e 97,7%, proteína bruta (PB) entre 13,01 e 18,21%, extrato etéreo (EE) entre 5,7 e 13,55%, fibra em detergente neutro (FDN) entre 64,09 e 81,85%, fibra em detergente ácido (FDA) entre 41,29 e 56,02% e matéria mineral (MM) entre 3,01 e 7,82% (FARIAS FILHO et al., 2005; SILVA et al., 2005; CARVALHO, 2006; ANDRADE SOBRINHO, 2010; BRINGEL et al., 2011; NUNES et al., 2011), o que, consequentemente, dificulta a composição de dietas e pode ser fator determinante na diversidade de resultados encontrados na literatura relacionada à alimentação animal.

TABELA 1. Resultados das análises de matéria seca (MS), proteína bruta (PB),

extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e matéria mineral (MM) da torta de dendê encontrados na literatura revisada.

Autores MS PB EE FDN FDA MM FARIAS FILHO et al. (2005)* 97,70 18,21 5,70 71,07 43,93 7,82 SILVA et al. (2005) 88,38 14,51 11,09 81,85 42,30 4,43 CARVALHO (2006) 88,11 14,23 13,55 71,29 41,29 3,28 ANDRADE SOBRINHO (2010) 90,11 13,01 6,92 76,21 41,53 3,01 BRINGEL et al. (2011) 91,87 13,97 10,78 64,09 56,02 3,53 NUNES et al. (2011) 95,29 16,64 7,78 70,04 45,71 3,33 *Valores médios dos resultados encontrados pelos autores nos diferentes meses do ano

Segundo ALIMON & WAN ZAHARI (2012) a torta de dendê é relativamente

rica em termos de minerais, com teores de fósforo e cálcio de 0,48-0,71% e 0,21-0,34%, respectivamente. Os teores de magnésio, potássio, enxofre (S), zinco, ferro, manganês, molibdênio (Mo) e selênio presentes na torta de dendê possuem níveis aceitáveis, contudo, a concentração de cobre (Cu) é considerada alta (21-29 ppm) (ALIMON & WAN ZAHARI, 2012), tornando este alimento potencialmente tóxico, especialmente à espécie ovina (ABUBAKR et al., 2013).

O excesso de Cu presente neste coproduto pode se acumular em órgãos internos, principalmente no fígado, o qual é consumido por humanos, podendo se tornar, ainda, uma questão de saúde pública. Com isso, pesquisas têm sido desenvolvidas com sucesso utilizando S e Mo na dieta de cordeiros alimentados com torta de dendê, a fim de manter concentrações de Cu e Mo em níveis normais no fígado dos animais, prevenindo, assim, a ocorrência de intoxicação crônica por Cu (ALIMON et al., 2011).

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CONSUMO DE MATÉRIA SECA

É a partir da ingestão de matéria seca que ocorrerá o fornecimento da quantidade de nutrientes necessários para atender os requerimentos de mantença e de produção dos animais (DOMINGUES et al., 2010; FONTENELE et al., 2011).

Segundo MERTENS (1992), o consumo é regulado por vários fatores como alimento (fibra, densidade energética, volume), animal (peso, nível de produção e estado fisiológico) e condição de alimentação (disponibilidade de alimento, frequência de alimentação, dentre outros).

Ainda segundo o autor acima, quando a densidade energética da ração é alta (baixa concentração de fibra) em relação às exigências do animal, o consumo será limitado pela demanda energética deste animal e o rúmen não ficará repleto, assim, a saciedade seria o fator fisiológico limitante do consumo. A ração formulada para uma densidade energética baixa (teor de fibra elevado), relativa aos requerimentos do animal, limitará o consumo pelo efeito do enchimento do alimento. Este efeito pode ser expresso em termos de FDN, fator dietético bastante representativo do volume ocupado pelo alimento que preenche os espaços do rúmen-retículo, levando maior tempo do que os conteúdos celulares para deixar este compartimento (VAN SOEST, 1994). Entretanto, quando há limitação na disponibilidade de alimento, nem o enchimento, nem a demanda de energia são importantes para predizer o consumo (MERTENS, 1992).

Em relação à torta de dendê, alguns estudos mostram que sua inclusão na alimentação de ruminantes é responsável por provocar redução CMS (CARVALHO, 2006; COSTA et al., 2010; MACIEL et al., 2012; CORREIA et al., 2012; VISONÁ-OLIVEIRA, 2013). Esta redução tem sido atribuída a uma interação de diversos fatores inerentes à composição deste coproduto, como teor de extrato etéreo e perfil de ácidos graxos presentes no seu óleo (BRINGEL et al., 2011; MACIEL et al., 2012), teor de FDN e aceitabilidade dos animais pelo coproduto (FEREIRA et al., 2012) e principalmente teor de lignina (MACIEL et al., 2012; VISONÁ-OLIVEIRA, 2013).

Dependendo do método de extração do óleo da torta de dendê, o teor de extrato etéreo presente nas dietas contendo este coproduto é diretamente proporcional à sua inclusão. Quando estes teores superam 50 g/kg de MS na dieta de bovinos pode haver comprometimento no CMS por mecanismos regulatórios que controlam o consumo de alimentos ou pela capacidade limitada dos ruminantes em oxidar ácidos graxos (PALMQUIST & MATTOS, 2006).

Em ovinos, teores de EE acima de 50 g/kg de MS parecem não ser responsáveis por afetar o CMS, como descrito por CUNHA et al. (2008) que em estudo com ovinos não observaram redução no CMS mesmo nos níveis mais altos de inclusão de caroço de algodão integral na dieta total (40%), que resultou em consumo de EE pelos animais de 89 g/kg de MS/dia.

Alguns autores citam também que o tipo de óleo presente na torta de dendê pode ser responsável por interferir negativamente no CMS (BRINGEL et al., 2011; MACIEL et al., 2012). Segundo HARTLEY (1977) apud FURLAN JÚNIOR et al. (2006), a torta de dendê apresenta como composição dos lipídeos 47,5% de ácido láurico e 16,4% de ácido mirístico. Esses ácidos apresentam natureza anfifílica, ou seja, são solúveis tanto em solventes orgânicos como em água sendo, portanto, mais tóxicos e com maior potencial de inibição de consumo (PALMQUIST & MATTOS, 2006).

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Outro fator levado em consideração em relação ao CMS é o possível processo de rancificação da torta de dendê, já que, dependendo das condições discutidas, este coproduto pode conter elevados teores de EE. Produtos oriundos deste processo tem odor característico que afetam a palatabilidade dos alimentos e podem ser tóxicos (PUPA, 2004), prejudicando, assim, o consumo. A fim de conter o processo de rancificação, estudos têm sido desenvolvidos para determinar a melhor forma de estocagem deste coproduto. Segundo WALLACE et al. (2010) a torta de dendê pode permanecer em congelador (-15º±1ºC) em boas condições por até 10 semanas, ao passo que, em temperatura ambiente (25±1oC) não deve ir além de duas.

Os resultados encontrados na literatura para consumo de matéria seca (CMS) por ruminantes em função dos níveis de inclusão da torta de dendê são variados (Tabela 2). Provavelmente, esta variação se dá pela falta de padronização do coproduto aliada às diferentes condições experimentais, em que o mesmo participa de dietas em substituição ao volumoso ou ao concentrado e também em níveis de inclusão na dieta total. TABELA 2. Resultados de consumo de MS, em relação ao peso vivo (%PV), na

literatura revisada pelos diferentes autores nas referidas espécies.

Autor Espécie Nível de inclusão

(%)

Forma de utilização CV % ER R²

SILVA et al. (2005) Caprina 0; 15; 30

Em substituição ao concentrado à base de milho

e f. de soja

12,38 NS -

CARVALHO (2006) Ovina 0; 15;

30; 45

Em substituição ao feno de Tifton-

85

13,15 Ŷ= 2,86-0,03X** 0,93

COSTA et al. (2010) Ovina 10; 20;

30; 40

Em substituição ao

capim B. humicicola

12,82 Ŷ=2,75-0,016X* 0,86

ANDRADE SOBRINHO

(2010) Caprina

0; 20; 40; 60;

80

Em substituição ao concentrado à base de milho

e f. de soja

13,31 Ŷ=4,6009+0,0087X-0,0002X²** 0,94

BRINGEL et al. (2011) Ovina

0; 20; 40; 60;

80

Em substituição a

silagem de capim elefante

31,75 Ŷ=1,78+0,086X-0,001X²** 0,45

MACIEL et al. (2012) Bovina 0; 12;

23; 34 Na dieta total - Ŷ=2,62-0,03X* 0,80

VISONÁ-OLIVEIRA

(2013) Ovina 0; 7,5;

15; 22,5 Na dieta total 16,84 Ŷ= 2,65-0,0235X** 0,19

CV=coeficiente de variação; ER=equação de regressão; R²=coeficiente de determinação da equação de regressão; X=nível da torta; **=significativo a 1% de probabilidade; *=significativo a 5% de probabilidade; NS=não significativo;

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MACIEL et al. (2012) atribuíram redução no CMS por novilhas recebendo dietas com 0; 12; 23 ou 34% de torta de dendê na matéria seca total mais provavelmente pelo teor de lignina presente no coproduto, que foi de 16,23%. Este teor é considerado alto quando comparado ao de alimentos tidos como de boa digestibilidade como a silagem de milho, por exemplo, que tem teores de lignina em torno de 1,71 a 3,21% (FERREIRA et al., 2011).

Fornecendo torta de dendê com 0; 7,5; 15; e 22,5% de inclusão na dieta total de ovinos castrados, VISONÁ-OLIVEIRA (2013) também atribuiu redução no CMS pelos animais principalmente ao consumo de lignina, e não ao de EE que foi de 52,8 g/kg de MS para o grupo que recebeu ração com maior nível de inclusão do coproduto.

De acordo com VAN SOEST (1994), o consumo é dependente do conteúdo de FDN e de lignina das dietas, havendo forte correlação negativa entre parede celular ou lignina e o CMS. Ainda segundo o autor, a fermentação e a passagem de FDN pelo retículo-rúmen são mais lentas que outros constituintes dietéticos quando comparadas aos componentes não fibrosos do alimento, onde, a parede celular indigerível ocupa espaço no trato gastrintestinal provocando, assim, redução no consumo.

DIGESTIBILIDADE APARENTE

Somente a análise químico-bromatológica de um alimento não é suficiente para avaliar a capacidade de utilização do mesmo pelo animal. Assim, a informação da qualidade do alimento utilizado pelo animal é dada por meio da digestibilidade (SALMAN et al., 2010).

A digestibilidade aparente de um alimento é definida pela proporção do ingerido que não foi excretada nas fezes e, recebe o nome de aparente, pois, a matéria metabólica fecal, representada principalmente por secreções endógenas, contaminação por microrganismos e descamações do epitélio, não é desconsiderada da fração fecal (BERCHIELLI et al., 2011). A qualidade do alimento, então, é uma combinação de características variadas que vão desde a composição químico-bromatológica até a forma como este alimento está disponível aos animais.

Os resultados encontrados na literatura para digestibilidade aparente de nutrientes em dietas contendo torta de dendê, geralmente estão diretamente ligados aos níveis de inclusão trabalhados.

De acordo com CHANJULA et al. (2010), a inclusão de torta de dendê na dieta de caprinos mestiços (Thai x Anglo-Nubiana), de aproximadamente 15 meses de idade, não provoca qualquer efeito adverso na ingestão de alimento, digestibilidade, padrões fermentativos do rúmen, metabólitos sanguíneos, perfil de ácidos graxos, população microbiana ruminal e utilização de nitrogênio em níveis de inclusão de até 35% no concentrado. Acima deste nível, ocorre decréscimo na digestibilidade da matéria seca, proteína e frações fibrosas e também redução na população de protozoários. Para os autores, o nível ótimo de inclusão da torta de dendê no concentrado deve ser entre 15 e 35% para caprinos alimentados com feno de Paspalum plicatulum, sendo uma boa alternativa para explorar o uso de recursos locais de alimentação para produção de caprinos. Contudo, devem ser realizadas mais pesquisas sobre a utilização deste coproduto na terminação de caprinos e em cabras leiteiras, já que, são animais que possuem maior exigência em nutrientes.

A redução da digestibilidade aparente dos nutrientes em experimentos que

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utilizam a torta de dendê na alimentação de ruminantes tem sido comumente justificada pelo teor de EE, PB, nitrogênio insolúvel em detergente neutro (NIDN), nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA), FDA, FDN e lignina das dietas.

Estudando níveis de inclusão da torta de dendê de 0; 20; 40; 60 e 80% na dieta de ovinos em substituição à silagem de capim elefante, BRINGEL et al. (2011) atribuíram redução na digestibilidade aparente da matéria seca aos elevados níveis de extrato etéreo da dieta. Neste estudo o consumo de EE variou de 9,49 a 50,19 g/animal/dia, sendo o grupo com maior consumo deste nutriente o com 40% de inclusão, já que, a partir deste nível o CMS começa a declinar.

O mecanismo pelo qual as gorduras interferem na fermentação microbiana não é totalmente elucidado. HENDERSON (1973) sugere a possibilidade de que a fonte lipídica iniba a fermentação da fibra devido a um efeito tóxico de ácidos graxos de cadeia longa sobre as bactérias ruminais e também à capacidade do EE de formar uma película sobre as partículas dos alimentos prejudicando, assim, a aderência dos microrganismos, com a consequente diminuição na sua digestão (DEVENDRA & LEWIS, 1974).

VISONÁ-OLIVEIRA (2013), em estudo com ovinos adultos castrados, encontrou digestibilidade da matéria seca da dieta controle de 75,24%, que foi formulada à base de milho e farelo de soja, alimentos considerados de alta digestibilidade. Ao incluir a torta de dendê nas dietas (0; 7,5; 15; 22,5%), o autor obteve comportamento linear decrescente (P<0,05) para digestibilidade da matéria seca, com redução em até 13,69 pontos percentuais. O autor atribuiu esta queda principalmente ao consumo de lignina pelos animais, que foi diretamente proporcional à inclusão do coproduto às dietas.

Juntamente com a celulose e a hemicelulose, a lignina é um dos principais constituintes da planta, sendo responsável pela sua resistência (MESCHEDE et al., 2012). Na alimentação de ruminantes, a lignina é considerada prejudicial à digestão dos polissacarídeos por ser tóxica aos microrganismos do rúmen, por impedir fisicamente a digestão e pela limitação da ação de enzimas hidrolíticas, causada pela natureza hidrofóbica dos polímeros de lignina (JUNG & DEETZ, 1993). De acordo VAN SOEST (1994) o efeito físico causado pela lignina ocorre pelo fato de que a mesma cobre a celulose e hemicelulose protegendo-as do ataque dos microrganismos do rúmen, mecanismo conhecido como "teoria da incrustação".

A torta de dendê tem sido responsável também por causar redução na digestibilidade da PB devido aos seus teores de NIDN, e principalmente de NIDA. Na pesquisa de MACIEL et al., (2012) a torta de dendê apresentou teores de NIDN e NIDA correspondente a 80,16% e 37,24% do nitrogênio total, respectivamente. O NIDN, apesar de possuir lenta degradação ruminal, ainda é considerado digestível, já o nitrogênio na forma de NIDA, parece ser resistente e praticamente indigestível, estando geralmente associado à lignina e outros compostos de difícil degradação (VAN SOEST & MASON, 1991; LICITRA et al., 1996).

Assim, os teores de PB da torta de dendê entre 13,01 e 18,21% na literatura revisada (FARIAS FILHO et al., 2005; SILVA et al., 2005; CARVALHO, 2006; ANDRADE SOBRINHO, 2010; BRINGEL et al., 2011; NUNES et al., 2011), não necessariamente significam que este nutriente esteja disponível aos animais em sua totalidade.

Além disso, a redução da disponibilidade de N pode também diminuir a digestibilidade dos constituintes de parede celular por deficiência de compostos nitrogenados para os microrganismos ruminais (VAN SOEST, 1994).

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DESEMPENHO Além da genética, sanidade e manejo, o desempenho animal é dependente

do consumo de matéria seca digestível devido à influência direta no ingresso de nutrientes, principalmente, energia e proteína, necessários ao atendimento das exigências de mantença e produção (RIBEIRO et al., 2012).

Apesar dos resultados diversos sobre consumo de matéria seca e digestibilidade aparente de dietas contendo torta de dendê para ruminantes, dependendo do nível de inclusão adotado, estudos mostram que este coproduto pode ser utilizado na alimentação animal sem prejuízos no desempenho.

SILVA et al. (2005) avaliando a inclusão de torta de dendê em 0; 15 e 30% na dieta total de cabras Saanen sobre consumo e produção de leite, não encontraram diferenças significativas para produção de leite diária quando comparado ao grupo controle (Tabela 3). Os autores constataram ainda que é possível substituir o concentrado, contendo milho moído e farelo de soja, por torta de dendê em até 19% da MS da dieta, sem reduzir consumo e produção de leite.

TABELA 3. Produção de leite diária (PL) de cabras Saanen alimentadas com dietas

contendo 0% (controle), 15% e 30% de torta de dendê. Tratamento Variável

Controle 15% 30% Média CV %

PL (kg/dia) 1,759a 1,738a 1,682a 1,630 12,32 Médias seguidas de mesma letra na linha não diferiram entre si pelo teste Tukey a 5%. Fonte: SILVA et al. (2005).

Em estudo com novilhas leiteiras mestiças recebendo dietas com 0; 12; 23 ou

34% de torta de dendê na matéria seca total, MACIEL et al. (2012) encontraram comportamento linear decrescente para ganho de peso diário (P<0,01). Contudo, o ganho de peso por animal dia, em kg, foi superior ao pretendido pelo NRC (2001), que é de 0,750 kg/dia, para os grupos que receberam dietas com 0; 12 e 23% de inclusão de torta de dendê (Tabela 4).

Segundo os autores, a inclusão do coproduto, mesmo reduzindo o consumo de nutrientes e o desempenho das novilhas, quando incluída em até 24,9% da dieta total, proporciona desempenho dos animais compatível com programas de recria visando a parição aos 24 meses de idade.

TABELA 4. Desempenho de novilhas leiteiras mestiças alimentadas com dietas

contendo diferentes níveis de torta de dendê. % Torta de dendê Item

0 12 23 34 ER R2

Peso inicial (kg) 197,5 212,0 175,3 191,3 Peso final (kg) 271,5 281,1 237,3 228,5 Ganho de peso total (kg) 74,5 69,1 62,0 37,5 Ŷ=74,57-0,95X** 0,42 Ganho de peso (kg/animal/dia)

1,06 0,99 0,89 0,54 Ŷ=1,12-0,015X** 0,60

Conversão alimentar 5,57 6,21 4,01 5,48 Ŷ=5,68NS - CV=coeficiente de variação; ER=equação de regressão; R²=coeficiente de determinação da equação de regressão; X=nível da torta; **=significativo a 1% de probabilidade; NS=não significativo; Fonte: MACIEL et al. (2012).

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Oferecendo torta de dendê a caprinos mestiços (Kacang x Boer), na proporção de 80% da dieta total, ABUBAKR et al. (2013) encontraram menor ganho de peso e maior CMS para o grupo que recebeu a torta de dendê quando comparado ao grupo controle, que recebeu dieta à base de milho grão e farelo de soja (Tabela 5). Segundo os autores, o menor ganho de peso aliado ao maior CMS sugere baixa digestibilidade dos nutrientes da dieta, que continha alto nível de inclusão da torta de dendê na matéria seca (80%).

TABELA 5. Ganho de peso e consumo de matéria seca, em g/dia, por caprinos

mestiços recebendo torta de dendê na alimentação. Variável Controle Torta de dendê Desvio padrão Ganho de peso total (kg) 13,7ª 8,9b 0,99 Ganho de peso (g/dia) 136ª 89b 1,00 Consumo de matéria seca (g/dia) 756b 890ª 21,60 a,b Médias seguidas de letras distintas na linha diferem a 5% de probabilidade. Fonte: ABUBAKR et al. (2013).

QUALIDADE DA CARNE E RENDIMENTO DE CARCAÇA As características sensoriais da carne estão relacionadas com maciez,

suculência, sabor e aroma do produto cozido. Essas características podem ser influenciadas por fatores intrínsecos (idade, sexo, raça e pH final do músculo), e por fatores extrínsecos (tecnologias pós-abate, tipo de cozimento e sistema de alimentação), em que a alimentação é considerada um dos fatores de variação de maior importância, exercendo efeito significativo sobre aroma e sabor da carne (FERRÃO et al., 2009).

De acordo com RIBEIRO et al. (2011) a utilização da torta de dendê na dieta de borregos Santa Inês em substituição ao concentrado (à base de milho e farelo de soja), em níveis de 0; 6,5; 13 e 19,5%, provocou comportamento quadrático para maciez da carne (Ŷ=6,7676 + 0,1594X – 0,0073X²; R²=0,9953) com valor máximo de maciez de 7,63 no nível de 10,92% de inclusão do coproduto. Contudo, segundo os autores, não houve alteração das características sensoriais da carne como aparência, odor, sabor e suculência. Os resultados obtidos pelos autores indicaram, ainda, alta aceitabilidade da carne, já que, o escore médio de cada atributo, numa escala de 1 a 9, foi superior a 5 (Tabela 6).

TABELA 6 . Características sensoriais, avaliadas em escala de 1 a 9, da carne de

cordeiros Santa Inês alimentados com dietas contendo diferentes níveis de torta de dendê.

% Torta de dendê Variável 0 6,5 13 19,5

DPR Singnificância

Aparência 6,5 6,7 6,5 6,6 1,659 NS Aroma 6,9 7,3 6,9 6,6 1,599 NS Sabor 7,0 7,3 7,0 6,7 1,667 NS Suculência 6,2 6,6 6,7 6,4 1,504 NS DPR=desvio padrão residual; NS=não significativo; Fonte: RIBEIRO et al. (2011).

Em relação a rendimento de carcaça, ABUBAKR et al. (2013) não encontraram diferenças para esta variável em caprinos mestiços

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alimentados com 80% de torta de dendê na dieta total, contudo, o peso dos animais ao abate e o peso de carcaça (fria e quente) apresentaram-se inferiores quando comparado ao grupo controle. Além disso, a deposição de gordura no músculo Longissimus dorsi dos animais que receberam a torta de dendê se mostrou superior ao dos animais que receberam a dieta controle, que foi formulada à de base de milho e farelo de soja (Tabela 7). Segundo os autores, esta maior deposição de gordura neste músculo deve-se ao maior consumo de EE pelos animais, já que, a dieta com torta de dendê possuía em torno de 7,6% de EE na MS, ao passo que a controle possuía 2,8%. TABELA 7. Médias dos pesos ao abate, de carcaça quente e fria, em kg,

rendimento (%) de carcaça e teor de gordura (%) presente no músculo Longissimus dorsi de caprinos que receberam dietas com e sem torta de dendê.

Variável Controle Torta de dendê Desvio padrão Peso ao abate (kg) 32,9ª 24,6b 1,38 Peso da carcaça quente (kg) 16,5ª 11,5b 0,58 Peso da carcaça fria (kg) 16,4ª 11,4b 0,57 Rendimento (%) 50,5 46,1 3,10 Gordura (%) 1,0b 3,9a 0,41 a,b Médias seguidas de letras distintas nas linhas diferem a 5% de probabilidade. Fonte: ABUBAKR et al. (2013).

COMPORTAMENTO INGESTIVO

O conhecimento do comportamento ingestivo dos animais frente ao alimento

fornecido é de grande importância para avaliação de seu desempenho produtivo. Este parâmetro tem sido utilizado como ferramenta para determinar características do alimento fornecido, avaliar motilidade dos pré-estômagos, estado de vigília e interferência do ambiente climático (BÜRGER et al., 2000). O estudo do comportamento ingestivo auxilia também na resolução de problemas relacionados à redução do consumo, aos efeitos das práticas de manejo, ao dimensionamento de instalações e à qualidade e quantidade da dieta (DAMASCENO et al., 1999). Além disso, esta prática tem sido adotada para determinação da efetividade física (FDNfe) de um alimento (MENDES et al., 2010).

A FDN fisicamente efetiva está relacionada com as propriedades físicas da fibra (principalmente o tamanho da partícula) que estimulam a atividade de mastigação e estabelecem estratificação bifásica dos conteúdos ruminais (MACEDO JUNIOR et al., 2007). Segundo MERTENS (1997), partículas de alimento menores que 1,18 mm passam pelo rúmen sem a necessidade de ruminação, sendo este o tamanho considerado mínimo para estimular a atividade de mastigação.

De acordo com VAN SOEST (1994), o tempo de ruminação é consideravelmente influenciado pela natureza da dieta e quanto maior o conteúdo de FDN, maior será o tempo de ruminação, porém estudos mostram que somente o aumento dos teores de FDN nas dietas talvez não seja responsável para provocar alterações nesta variável (SILVA et al., 2005; VISONÁ-OLIVEIRA, 2013), tendo outros fatores envolvidos, como tamanho de partícula e o tipo de fibra envolvida. MACOME et al. (2012) avaliando cordeiros alimentados com dietas com níveis de inclusão da torta de dendê no concentrado de 0; 6,5; 13 e 19,5% encontraram,

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ainda, que mesmo a inclusão da torta de dendê tendo provocado elevação percentual nos teores de FDN das dietas, houve redução no tempo de ruminação, provavelmente decorrente da queda no CMS.

A ausência de diferenças significativas no tempo de ruminação, encontrada por alguns autores, é explicada pela semelhança no reduzido tamanho de partícula da torta de dendê e dos alimentos concentrados utilizados na dieta controle (SILVA et al., 2005) e pela própria efetividade da fibra deste coproduto, que se mostrou insuficiente para aumentar o tempo de ruminação, evidenciando ser um alimento rico em fibra de baixa efetividade (VISONÁ-OLIVEIRA, 2013).

De acordo com SANDERS et al. (2011), a provável diminuição da atividade mastigatória e menores taxas de ruminação e movimentos ruminais, causada pela inclusão da torta de dendê na dieta, é, ainda, responsável por reduzir linearmente a espessura da túnica muscular do saco ventral do rúmen de cordeiros. Segundo os autores, o rúmen é um músculo e precisa de movimento para se desenvolver, assim, o reduzido tamanho das partículas da torta de dendê, possivelmente, não tem efetividade física para promover aumento da espessura muscular deste órgão. Contudo, níveis de inclusão da torta de dendê em até 19,5% na dieta de cordeiros, não alteram a morfometria (densidade, altura, largura e superfície) das papilas ruminais (SANDERS et al., 2011).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A torta de dendê é um alimento fibroso que apesar de provocar redução no

consumo de matéria seca e na digestibilidade de nutrientes, pode proporcionar desempenho animal satisfatório. A estipulação de níveis ótimos da torta de dendê na dieta de ruminantes é variada na literatura devido à falta de padronização do coproduto e às diferentes condições experimentais, sendo necessário o desenvolvimento de mais estudos. Contudo, desde que disponível na região e utilizada em níveis que não prejudiquem o desempenho, a torta de dendê é alternativa interessante na alimentação de ruminantes.

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