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REPÚBLICA FEDERATIVA D O BRASIL

Presidente d a Repúbl ica Fernando Henr ique C a r d o s o

Min is t ro de Estado d a Cul tura Francisco W e f f o r t

F U N D A Ç Ã O BIBLIOTECA N A C I O N A L

Presidente E d u a r d o Portel la

Che fe de G a b i n e t e G r a ç a Cou t i nho de Góes

Depar tamen to de Referência e Difusão Di re to ra Suely Dias

Depar tamen to N a c i o n a l d o Livro Dire tor Elmer C o r r ê a Barbosa

Depar tamen to de Planejamento e Admin is t ração

Dire tor C i l on Si lvestre

Depar tamen to de Processos Técnicos

D i r e t o r a Cé l ia Zaher

O RIO QUE PASSA N A BIBLIOTECA

O repertório de imagens d a c i d a d e d o Rio de Janeiro, g u a r d a d o na

Bibl ioteca N a c i o n a l , corresponde a uma reconstituição histórica, fiel e

atraente.

Seria dif íci l reconstituir, dentro de certos padrões de coerênc ia , a

genea log ia insubmissa d a c i d a d e d o Rio de Janeiro. As lutas de Con-

quista, o fausto d a Corte, a i r rupção d a Repúbl icà, são vinhetas de um

álbum mais ou menos amare lec ido . M a r c a r a m a pa isagem sem dilatar,

na p roporção dev ida , o espaço c i d a d ã o . N ã o se pode dizer que haja

herdado a lgo de substancial das ambições iluministas d a Lisboa d o

severo Marquês de Pombal. A pressão natural sobre o projeto d o Rio fil-

trou as excessivas exigências d o compasso arqui tetônico ilustrado. O

resto, o mar, a montanha, o sol, a gente, certa vege tação circundante,

a mata at lânt ica pr incipalmente, se encarregaram de fazer. E a nossa

preciosa iconograf ia , de preservar, de proteger, com a consciência de

quem sabe o valor dessas representações d a nossa v ida e de nossa

história.

E d u a r d o Portel la

Presidente da Fundação Bibl ioteca N a c i o n a l

O RIO E A BIBLIOTECA • U M C A S O DE AMOR

Veio de Portugal. Saiu d a A j u d a e d o Infantado. Enfrentou o At lânt ico para não

ser v io lentada pelos franceses. Desembarcou na c i d a d e d o Rio de Janeiro, de

braços com D. João VI que, cheio de cu idados, a havia t raz ido de Lisboa. Ciu-

mento, reservou-a para si, para suas mãos e seu olhar.

i N a modesta vila colonia l , e a inda como pr iv i légio real, incorporou as ofertas

d o botân ico Frei José M a r i a n o d a C o n c e i ç ã o Veloso, absorveu os afetos de

Silva A lvarenga, assumiu o que o arquiteto Costa e Silva recolheu em sua v ida ,

e deu um salto qual i tat ivo a o agregar as sofisticadas preciosidades d o estadista

e esteta C o n d e da Barca. A c i d a d e tropical seria um porto provisório. Veio para

voltar a Portugal. Abandonou o rei e f incou pé no Rio para auxi l iar a construção

t d a nação brasi leira.

Registrou, "coletou, conservou e defendeu manuscritos, livros, jornais, revistas,

caricaturas, gravuras, mapas, fotograf ias, retratos, desenhos e partituras,

retendo em suas estantes e gavetas o burburinho d o tempo, o fervilhar das

idéias, as exal tações, os risos, as lágrimas, o plural e o singular d o espír i to

humano, especialmente d a cultura brasi leira em formação.

É movida por uma essencial pa ixão , que dispensa o momento. Dele recolhe as

evidências, indícios, e os preserva como relíquias, testemunhos e compro-

vações. Posteriormente, os d isponib i l i za , para que, pensados e visitados como

fragmentos d o passado, sejam materiais uti l izados pelos construtores de sonhos

e futuros.

Gulosa em acumular, g ráv ida de memórias, generosa, permite democrat ica-

mente o acesso a todos os que buscam seu acervo. Aqui cresceu e a judou o

Brasil a crescer: a ant iga Bibl ioteca Régia Portuguesa, com cerca de 6 0 mil

volumes vindos d o Ultramar é hoje a Fundação Bibl ioteca N a c i o n a l , com mais

de 9 milhões de obras.

Há quase dois séculos, vive um caso amoroso, pleno de cu idados e ternuras

com a c i d a d e d o Rio. E cor respondida pelos car iocas, que num ponto privile-

g i a d o de sua pr incipal aven ida , exibem com orgulho sua mansa pa ixão : a

Bibl ioteca da N a ç ã o . O Rio instalou-a num edi f íc io monumental, vestido de lon-

gas janelas com cristais jateados e de amplos vitrais, onde recolhe a luz tropi-

cal que banha, generosamente, seu interior. A de l icada construção repousa

numa base que sugere a robustez de um forte militar, protegendo o tesouro de que

é guardiã. É espírito e alicerce, à vista de todos os que percorrem o Centro.

O imenso acervo da Bibl ioteca é pont i lhado pelas referências a o Rio. Apenas

sobre o século XIX, ab r iga mais de 3 0 mil registros iconográf icos.

A Bibl ioteca ama a c idade. Pratica diar iamente este amor ao abrir suas portas

aos consulentes. Em momentos, tomada de pa ixão, a b a n d o n a a d iscr ição.

Esta expos ição é um arroubo deste t ipo. Ao exibir orgulhosamente uma seleção

de inéditos registros sobre o Rio, a Bibl ioteca reitera seu compromisso eterno e

mostra, na var iedade, a irrestrita ampl i tude de sua ace i tação d a c idade .

O visitante, a o cruzar o portal, desliga-se dos sons e d a ag i tação da c a l ç a d a

car ioca . Mergu lha num túnel d o tempo, no qual há a luminosidade, o perfume

e a paz das bibl iotecas. É aco lh ido por um grande painel de C o p a c a b a n a nos

anos 0 0 . O Rio paraíso tropical, que reúne a paisagem e os dons da natureza

à obra d a engenhar ia humana e às comod idades d a metrópole moderna pode

ser sintet izado nesta praia.

Um novo passo conduz o visitante à magia musical d o Rio. O Abre-alas de

Chiqu inha G o n z a g a , o O d e o n de Ernesto Nazare th e o maestro Pixinguinha

sublinham o gênio popular. A Escola de Mús ica d a UFRJ, a sala Cec í l ia

Meirel les, o perfi l de Villa-Lobos d ã o lastro à música erudita.

O Rio é musical. Fala a o mundo pelos seus sons.

Logo em seguida, o visitante se depara com fragmentos d o Rio do último meio

século. A metrópole gigantesca que condensa antinomias, p o v o a d a de ícones

- M a r a c a n ã , Cristo Redentor, Pão de Açúcar, C ine lând ia , praias de C o p a c a -

bana, Ipanema, - e habi tada por uma gente especial , foi co lec ionada e codi-

f i cada pela Bibl ioteca.

Pelo próximo passo, o visitante é des locado para o Rio d a República Velha. A

Paris dos Trópicos, a C i d a d e Marav i lhosa, o car tão de visitas para a moder-

n idade, o Estado brasi leiro para o mundo é recordado com a Exposição das

exposições.

Surge ago ra o recanto dos amantes d a c idade . Cronistas que recolhem os

instantâneos d a v ida urbana. Poetas que traduzem no verso as sensações e os

s igni f icados d a c idade . Escritores enamorados pela pa isagem e pelas gentes.

Lima Barreto, João d o Rio, Luiz Edmundo, Marques Rebello, Felipe de Ol ive i ra ,

Manue l Bandeira, Car los Drummond de Andrade, M á r i o de Andrade , Stanis-

law Ponte Preta, Rubem Braga, Mi l lô r Fernandes estão na vanguarda d a leg ião

de amantes d o Rio, de cujos amores a Bibl ioteca é c iosa.

E retrocedemos a o século XIX, à c i d a d e imperial que, q u a n d o d a c h e g a d a d a

Cor te teria quarenta mil habitantes, e que terminaria o século com quase um

milhão.

A Bibl ioteca recupera este século, expondo um elenco de precios idades pic-

tóricas. As gravuras de Salathé, Chamber la in , Mart inet , dos tempos pré-

fotograf ia , em que o talento d o desenho era fundamental para reter a imagem.

A fotograf ia foi uma revolução. Da co leção de Pedro II, são expostas as ima-

gens d a c idade , de seus tipos característ icos e, muito especialmente, de suas

conquistas modernas: bondes, lampiões, etc.

Do Brasil co lon ia l , alinham-se os mapas, imprecisos e sugestivos. As obras raras

e preciosas, como a de Hans Staden, manuscritos, os primeiros livros sobre o

Rio de Janeiro, escritos no século XVI, por viajantes que aqui estiveram, e do-

cumentos que contam as primeiras providências que transformaram o Rio,

descober to em janeiro, na nossa c idade .

Car los Lessa

Professor Titular de Economia Brasileira

Decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da UFRJ

Baile "Assustado", 1922, foto

9

A FUNDAÇÃO BIBLIOTECA N A C I O N A L

A Fundação Bibl ioteca Nac iona l - FBN coordena as estratégias fundamentais

para o entrelaçamento de três dos mais importantes alicerces da cultura

brasileira: b ib l ioteca, livro e leitura. C o m o local de recolhimento, guarda e

preservação d a produção b ib l iográf ica do país, a Bibl ioteca N a c i o n a l ocupa

o centro desta coordenação.

A Bibl ioteca Nac iona l do Brasil foi c r iada com a transferência, em 1 8 0 8 , da

Real Bibl ioteca portuguesa para a ant iga colônia, em face d a iminente invasão

de Portugal pelas tropas de N a p o l e ã o Bonaparte. Era então um acervo de

sessenta mil peças, entre livros, manuscritos, estampas, mapas, moedas e

medalhas, resultante da livraria o rgan izada por D.José I. N o Rio de Janeiro, foi

a c o m o d a d a inicialmente nas salas do Hospital da Ordem Terceira d o Carmo,

na Rua Direita, hoje Primeiro de M a r ç o . Até 1 8 1 4 era consultada apenas por

estudiosos mediante prévia autor ização régia, quando então foi f ranqueada a o

públ ico.

O século XX abr i r ia novos horizontes para a Bibl ioteca N a c i o n a l . Assim, em

1 9 0 5 , era lançada, na recém-aberta Avenida Central , hoje Avenida Rio Bran-

co, a pedra fundamental d o atual prédio-sede, inaugurado em 2 9 de outubro

de 1 9 1 0 , cem anos depois da fundação d a Real Bibl ioteca. Construído graças

aos esforços de diretores como José Alexandre Teixeira de M e l o ( 1 8 9 5 - 1 9 0 0 )

e Manue l C ícero Peregrino d a Silva ( 1 9 0 0 - 1 9 2 4 ) , o novo prédio foi pro je tado

pelo engenheiro Francisco Marce l ino de Sousa Aguiar e construído sob a coor-

d e n a ç ã o dos engenheiros Alberto de Faria e N a p o l e ã o M o n i z Freire. De estilo

eclét ico, comb inando elementos neoclássicos e art-nouveau, contém ornamentos

de artistas como Visconti, Henrique e Rodolfo Bernardell i , Modes to Brocos e

Rodolfo Amoedo . O prédio atendia também às exigências técnicas da é p o c a :

pisos de v idro nos armazéns, estantes e armações de a ç o com c a p a c i d a d e

para quatrocentos mil volumes, amplos salões e tubos pneumáticos para o trans-

porte de livros dos armazéns para o salão de leitura etc.

Ao longo d o século, a Bibl ioteca N a c i o n a l diversif icou e aper fe içoou suas ativi-

dades. Sucessivas reformas cr iaram novas áreas especia l izadas, como as de

Referência, Obras Raras, Conservação e Restauração, Mic ro f i lmagem, Mús ica

e Arquivo Sonoro. Metodo log ias modernas de classi f icação e c a t a l o g a ç ã o d o

acervo foram introduzidas e desenvolvidas. Novas funções passaram a ser exer-

cidas, como representar no Brasil o International Standard Book Number (ISBN];

orientar e proteger os autores de obras intelectuais com a c r iação d o Escritório

de Direitos Autorais; preservar a in formação ve icu lada pelos per iódicos através

d o Plano N a c i o n a l de Mic ro f i lmagem de Periódicos Brasileiros (Plano) e, a inda,

inventariar e preservar os livros raros existentes no Brasil com o Plano N a c i o n a l

de Obras Raras (Planor).

Em 1 9 9 0 , com a transformação d a Instituição em fundação de direi to públ ico,

v inculada a o Ministér io da Cultura, a ago ra Fundação Bibl ioteca N a c i o n a l

ampl iou seu c a m p o de a tuação, passando a operar também nas áreas primor-

diais d o livro e da leitura.

Hoje , por meio do Departamento N a c i o n a l d o Livro (DNL), a Fundação Bibli-

oteca N a c i o n a l desenvolve a pol í t ica nacional d o livro e promove, no Brasil e

no exterior, a literatura brasi leira.

O Programa N a c i o n a l de Incentivo à Leitura - Proler, sed iado na Casa d a Leitu-

ra, no Rio de Janeiro, coordena em todo o país ações de p romoção d a leitura.

A inda na área d a b ib l io teca, a Fundação Bibl ioteca N a c i o n a l passou a desen-

volver o Sistema N a c i o n a l de Bibl iotecas Públicas, que congrega as bibl iotecas

públ icas d o país, proporc ionando- lhes or ientação, assistência técnica e inter-

c â m b i o de publ icações.

Uma das dez maiores bibl iotecas d o mundo, a Bibl ioteca N a c i o n a l , acompa-

nha a evolução tecnológ ica mundial , passando a dispor das mais modernas

tecnologias de in formação para prop ic iar à soc iedade e aos pesquisadores de

todo o mundo o acesso c a d a vez maior a o seu acervo e conseqüentemente à

c i d a d a n i a .

Site: w w w . b n . b r

AimiJMMMATMMTO MBKWBT1BK « I IWUW BE S'. ffillIMUSirttlPIK, ((̂ íiuTitíi cie lioü / f i o f l l J / / j y u ' r s t j f l X / .

Jean Baptiste Debret, Améliorations progressives du palais de S. Christophe,

1 839, litogravura aquarelada

14

Vendedor de música, sem data, desenho aquarelado

15

Marc Ferrez, Le marché, entre 1870-99, foto

Juan Gutierrez, Fortaleza de São João, entre 1893-95, foto

C

Rio di Gennaro, séc.XVI, mapa, gravura

17

CRONOLOGIA DO RIO DE JANEIRO

Pontuar os acontecimentos históricos ou culturais e as curiosidades marcantes do Rio

de Janeiro é o que pretendemos com esta cronologia.

Antes capital federal, sempre capital cultural, onde comportamentos e atitudes marcam

sua personalidade, o Rio, que convive com favelas e condomínios, entre o mar e a

montanha, onde as notas musicais se confundem com o som da cidade e o balanço

das ondas, revela, cada vez mais, que é a cidade dos amantes e um sério caso de

amor de todos nós.

1502 Chegada da primeira expedição naval vinda de Portugal, no mês de janeiro,

que, ao entrar na barra da Baía de Guanabara, confundiu-a com a foz de um grande

rio, chamando-a de Rio de Janeiro.

1503 Primeira feitoria ao longo da atual Praia do Flamengo, uma casa de pedra,

erguida por Gonçalo Coelho, que os indígenas denominaram carioca - "casa de

branco".

1553 Chegada dos jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega.

1565 N o dia 1° de março, Estácio de Sá desembarcou numa praia entre o Pão de

Açúcar e o Morro Cara de Cão, instalando oficialmente a cidade que se chamou São

Sebastião do Rio de Janeiro em homenagem ao rei-menino de Portugal D. Sebastião

e ao santo do mesmo nome, que se tornou o padroeiro da cidade.

1 5 6 7 Expansão da cidade, a partir do Morro do Castelo, onde são construídos os

primeiros prédios importantes, como a Casa da Vereança, a igreja Matriz de São

Sebastião, o Colégio dos Jesuítas, a igreja de Santo Inácio, armazéns e residências.

1573 Araribóia instala um aldeamento no morro de São Lourenço, dando início à

povoação de Niterói.

1590 Fundação do Mosteiro de São Bento.

1641 O entrudo, uma festa popular portuguesa, desembarca na cidade do Rio de

Janeiro, originando o Carnaval.

1 6 6 0 A lagoa Capopenipem - lagoa das raízes chatas - é denominada Lagoa

Rodrigo de Freitas, em homenagem ao seu proprietário.

1698 Instalada a Casa da Moeda.

1 7 0 3 Posto semafórico do Morro do Castelo para controle das embarcações.

1714 E construída a Igreja da Glória.

1723 Construção dos Arcos da Lapa.

1 7 5 0 Inauguração da reforma dos Arcos da Lapa.

17Ó3 Transferência da Capital da Bahia para o Rio de Janeiro.

1769 Foi criada a freguesia de Paquetá.

1783 Finalização do Passeio Público, pelo Mestre Valentim.

1808 Chegada da família real portuguesa. / É fundado o Jardim Botânico por D.

João VI. / Criação da Imprensa Nacional. / Primeiro Jornal: Gazeta do Rio de Janeiro.

1810 Fundação da Biblioteca Nacional por D. João VI.

1811 A Biblioteca Nacional é aberta aos nobres, e posteriormente, ao público.

1 8 1 7 Primeira escalada ao Pão de Açúcar.

1 831 Estréia de João Caetano no Teatro São João.

1 8 3 3 Paquetá é anexada ao município da Corte. Enaltecida por poetas e prosado-

res, é denominada "Ilha dos Amores" por D. João VI.

1 8 3 5 Primeiro serviço regular de navegação a vapor - travessia da baía entre a cor-

te e Niterói.

1 8 3 7 Surge o Colégio Pedro II.

1 838 Fundado o Arquivo Público / Fundado o Instituto Histórico e Geográf ico Brasi-

leiro - IHGB.

1 8 4 4 Fundado o Almanaque Laemmert.

1 8 5 4 A cidade ganha iluminação a gás. / Criação da livraria Francisco Alves, ori-

ginária da antiga Livraria Clássica, rua dos Latoeiros, 4 8 , hoje Gonçalves Dias.

1 8 5 ó É inaugurado o Corpo de Bombeiros. / Terminada a construção do Palácio

19

do Catete, residência do Barão de Nova Friburgo, posteriormente Palácio presiden-

cial com a instituição da República.

1 858 Inaugurado o primeiro trecho da Estrada de Ferro D. Pedro II - posteriormente

denominada Estrada de Ferro Central do Brasil.

1859 Primeiro bonde puxado a burro no Rio de Janeiro, ligando o Largo do Rossio

(atual Praça Tiradentes) ao Alto da Boa Vista.

1861 Início do replantio da Floresta da Tijuca, antes fazendas de café.

1862 Estátua de D. Pedro I na Praça da Constituição, hoje Tiradentes. / A tração

animal é substituída por máquina a vapor.

1 8 6 8 Inauguração da primeira linha de bonde Gonçalves Dias ao Largo do Machado.

1 8 7 0 Surge a canção Zé Pereira e o maxixe, a primeira dança brasileira.

1876 E instalado o primeiro telefone no Brasil, na residência de D.Pedro II.

1 8 7 7 Teatro de revista estréia, marcado pela peça "O Rio em 1 877" de Artur Azeve-

do, que de forma humorística, retratava os principais acontecimentos políticos e soci-

ais do Brasil daquele ano.

1879 Primeira apl icação industrial da luz elétrica cabe à antiga Estrada de ferro D.

Pedro II. / Surgem os primeiros conjuntos de choro.

1885 A luz elétrica chega à Biblioteca Nacional.

1887 O primeiro chopp foi produzido na Casa Jacó, rua da Assembléia.

1888 Abol ição da escravatura por Princesa Isabel.

1 8 8 9 O engenheiro Paulo de Frontin resolve o problema de abastecimento de água

na cidade do Rio de Janeiro. / Inauguração do Edifício da Ilha Fiscal. / Capital da

República.

1892 Primeira linha de bonde movida à energia termoelétrica. / Abertura do Túnel

Velho (ligando Botafogo a Copacabana). E montada uma estratégia publicitária para

vender Copacabana como uma opção "moderna"

1 893 Construção do Museu Nacional.

1 8 9 4 É inaugurada a Confeitaria Colombo na Rua Gonçalves Dias.

20

1 8 9 6 Fundada a Academia Brasileira de Letras, que teve como primeiro presidente

Machado de Assis. / Os bondes de Santa Teresa são eletrificados e é feita a l igação

entre o Morro de Santa Teresa e o Morro de Santo Antonio sobre os Arcos da Lapa.

1 8 9 9 Publicação de Dom Casmurro, romance de Machado de Assis. / E sucesso o

O abre alas, marcha rancho de Chiquinha Gonzaga.

1900 A cidade afirma-se como capital intelectual, artística e literária do Brasil. / Fun-

dado o Instituto Soroterápico Federal, hoje, Fundação Oswaldo Cruz. / Bonde puxa-

do por animal chega a Copacabana. / Inaugurado o Panorama do Descobrimento do

Brasil, pintado por Vitor Meirelles, na rua Santa Luzia. / Inauguração do bairro do

Leme cóm a primeira linha de bonde puxado a burros.

1902 Foi aberto o primeiro bar, o Bar 20.

1903 Licenciado o primeiro automóvel da cidade. / Transita o Bonde elétrico.

1904 A cidade assiste as primeiras exibições cinematográficas. / Irrompe a Revolta

da vacina contra a obrigatoriedade da vacina anti-varíola.

1905 Entregue ao tráfego a Avenida Central (hoje Rio Branco) por Pereira Passos. /

Luz elétrica na Av. Central e Av. Beira-Mar.

1 9 0 6 Time do Fluminense - Campeão do 1° campeonato de futebol brasileiro. /

Inauguração do Campo de São Cristóvão.

1907 Inauguração oficial do serviço de distribuição de energia elétrica, usina pro-visória da Light, na rua Frei Caneca, 2 5 3 . / A mortandade pela febre amarela é reduzida a zero pelo sanitarista Oswaldo Cruz.

1908 Exposição Nacional comemorativa do centenário da emancipação comercial

e industrial do Brasil na Praia Vermelha. / Primeira linha de auto-ônibus - percurso da

Praça Mauá ao Passeio Público.

1909 E inaugurado o Teatro Municipal.

1 9 1 0 E inaugurado o Forte de Copacabana. / Inauguração do prédio atual da Bi-

blioteca Nacional na Avenida Rio Branco. / Início das festas de São João no Campo

de Santana.

1911 Lima Barreto publica o romance "O triste fim de Policarpo Quaresma". / Inau-

gurado o Hotel Avenida com a famosa Galeria Cruzeiro, maior ponto de atração mun-

dana da cidade.

1912 É inaugurada a primeira etapa do "Bondinho do Pão de Açúcar", da Praia Ver-

melha ao Morro da Urca.

1913 Conclusão do segundo trecho do bondinho do Morro da Urca ao cume do Pão

de Açúcar. / Ressaca violenta na Praia do Flamengo que destruiu alguns pontos da

muralha da Avenida Beira Mar.

1917 É composto o samba "Pelo telefone", registrado por Donga.

1919 Abertura da Av. Niemeyer.

1920 Villa-Lobos promove o choro. / Abertura da Av. N. Sra. de Copacabana. /

Criação da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. /

Francisco Serrador implanta a Cinelândia, o maior centro de glamour do Rio de

Janeiro.

1921 Construído o calçadão do Leme e alargada a Av. Atlântica.

1922 Destruição do Morro do Castelo. / Doação à Academia Brasileira de Letras

do Petit Trianon, pavilhão francês da Exposição do Centenário. / Primeira estação de

rádio montada no alto do Corcovado. / Instalado o Salão Leopoldo Miguez da Esco-

la Nacional de Música da Universidade do Brasil. / Exposição "Centenário da Inde-

pendência". / Exposição Internacional.

1923 As geladeiras fazem grande sucesso na cidade. / Inaugurado o Hotel Copa-

cabana Palace. / Inaugurada a Radio Sociedade, hoje Rádio MEC.

1925 Criada a estação do Engenho Novo. / Inaugurado o Palácio Monroe.

1 9 2 7 Primeira escola de samba "Deixa falar".

1928 Criada a Escola de samba "Estação Primeira da Mangueira".

1929 A cidade assiste o primeiro filme falado no Cine Odeon. / A Gafieira Estudan-

tina dá início às suas atividades.

1 9 3 0 Fundação da Cinédia. / Noel Rosa dá início ao samba em Vila Isabel.

1931 E inaugurada a estátua do Cristo Redentor.

1 9 3 2 Vai ao ar pela primeira vez o Programa de variedades de Ademar Casé, quan-

do foi criado o primeiro jingle.

1933 O último lampião a gás.

1935 É construído o Palácio Gustavo Capanema por Le Corbusier. / É lançada a

música "Cidade Maravilhosa" de André Filho.

1936 Inaugurada a Rádio Nacional sob os auspícios do Jornal "A Noite".

1 9 3 7 Eletrificação dos subúrbios e instalação das estações de trem Pedro II e Madu-

reira. / Vargas dissolve o Congresso e anuncia o Estado Novo.

1939 Ari Barroso lança a música "Aquarela do Brasil", mais tarde registrada em dis-

co por Francisco Alves.

1940 E erguido o primeiro arranha-céu no centro da cidade, o Edifício "A Noite". /

Procópio Ferreira atua em "Maria Cachucha".

1941 Surge o Repórter Esso, o mais importante programa de Rádio Jornalismo. / Foi

feita a primeira novela de rádio "Em busca da felicidade" na Rádio Nacional.

1942 Surge a canção "Ai, que saudades da Amélia", de Francisco Alves e Már io

Lago. / Inaugurado o Cassino da Urca.

1943 Estréia da peça "Vestido de noiva" de Nelson Rodrigues.

1945 Proibição do funcionamento dos cassinos.

1 9 5 0 Inauguração do Maracanã para a Copa do Mundo de Futebol. / Período áu-

reo do bairro de Copacabana.

1951 Início das atividades do Teatro Tablado, na casa de Aníbal Machado.

1954 GetúlioVargas se suicida no Palácio do Catete. / Construção do Museu de Arte

Moderna - M A M .

1955 O Arpoador começa a ser freqüentado pelos surfistas.

1958 E lançado o disco inaugural da Bossa Nova, "Chega de saudade" de João Gilberto.

1960 Rio de Janeiro deixa de ser a capital do país, dando lugar a Brasília. / Início

do Parque do Flamengo.

1963 E lançada a música "Garota de Ipanema" de Tom Jobim e Vinícius de Moraes

1 9 6 7 E construído o Túnel Rebouças, o maior do mundo.

1 9 6 8 Os bondes passam a circular apenas em Santa Teresa e permanecem até os l\ossos dias.

1969 Marca-se o início da Feira Hippie na Praça General Osório, em Ipanema.

1970 Início da década - o Píer na praia de Ipanema tornou-se ponto de encontro

da vanguarda Ipanemense.

1974 Inauguração da Ponte Rio-Niterói.

1975 Fusão do Estado da Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro / A Censura

proíbe o livro "Feliz Ano Novo", de Rubem Fonseca e a novela "Roque Santeiro", de

Dias Gomes.

1 98 1 Atentado do Riocentro.

1983 E roubada a taça Jules Rimet.

1984 Inauguração do Sambódromo.

1989 Inauguração do Centro Cultural Banco do Brasil no antigo prédio da agência

Centro do Banco do Brasil, criada em 1906.

1990 Inauguração centro cultural Casa França-Brasil.

1991 Inauguração da Linha Vermelha.

1992 O Rio de Janeiro é a capital da ecologia - Rio-92.

1993 Ocorre a chacina da Candelária. / Criação do Espaço Cultural dos Correios,

em prédio construído em 1922.

1994 Inauguração do Centro Cultural Light, em prédio construído em 1911.

1996 Inauguração do Centro de Arte Hélio Oiticica, em prédio do século XIX.

1997 Inauguração da Linha Amarela.

2 0 0 1 Criação do Piscinão de Ramos.

Graça Coutinho

Chefe de Gabinete Fundação Biblioteca Nacional

O RIO E A BIBLIOTECA NACIONAL . U M CASO DE AMOR

COORDENAÇÃO

G r a ç a Cout inho de Góes Chefe de Gabinete

Suely Dias Diretora do Departamento de Referência e Difusão

CURADORIA

Georg ina Staneck

M ô n i c a Carneiro Alves

CONSULTORIA E TEXTO

Carlos Lessa

Agradecimentos à equipe d a FBN

CONCEPÇÃO E PROJETO MUSEOGRÁFICO

M a r i a Clara Rodrigues

Leila Scaf Rodrigues

PROJETO GRÁFICO

Zot Des ign/Rara Dias e Tatiana Cerveira

COORDENAÇÃO DE MONTAGEM

Leila Scaf Rodrigues

PESQUISA E ASSISTÊNCIA DE MONTAGEM

Débora Monnerat

Julia Rodrigues

FOTOGRAFIA

Jaime Acio l i

FOTOGRAFIA DIGITAL

Docpro Ltda.

PRODUÇÃO DE VÍDEO

Beto Braga Efeitos Digitais

ILUMINAÇÃO

Jorginho de Carva lho

Projeto e Supervisão

Beto de Christo

Assistente de Iluminação

Jorge Kugler Chefe de Montagem

CENOTÉCNICA

Humberto Silva e equipe

MOLDURAS

Isonete Porto Molduras

M I N I S T É R I O D A CULTURA

Fundação BIBLIOTECA NACIONAL

MINISTÉRIO DA CULTURA