raimundo correia

11

Upload: thaisrocha05

Post on 10-Jul-2015

644 views

Category:

Documents


11 download

TRANSCRIPT

Page 1: Raimundo Correia
Page 2: Raimundo Correia

Raimundo da Mota de Azevedo Correia , nasceu em

São Luiz , no Maranhão,em 13 de maio de 1859,foi um juiz e poeta brasileiro.

Nasceu a bordo do navio São Luís, ancorado em águas

maranhenses. Filho de família de classe elevada, foram seus pais o desembargador José da Mota de Azevedo Correia e Maria Clara Vieira da Mota de Azevedo Corrêa, ambos naturais do Maranhão.

Page 3: Raimundo Correia
Page 4: Raimundo Correia
Page 5: Raimundo Correia
Page 6: Raimundo Correia
Page 7: Raimundo Correia

Se a cólera que espuma, a dor que moraN'alma, e destrói cada ilusão que nasce,Tudo o que punge, tudo o que devoraO coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse o espírito que chora,Ver através da máscara da face,Quanta gente, talvez, que inveja agoraNos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigoGuarda um atroz, recôndito inimigo,Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,Cuja ventura única consisteEm parecer aos outros venturosa!

Page 8: Raimundo Correia

Ser moça e bela ser, por que é que lhe não basta?Porque tudo o que tem de fresco e virgem gastaE destrói? Porque atrás de uma vaga esperançaFátua, aérea e fugaz, frenética se lançaA voar, a voar?...

Também a borboleta, Mal rompe a ninfa,o estojo abrindo, ávida e inquieta,As antenas agita, ensaia o vôo, adeja;O finíssimo pó das asas espaneja;

Pouco habituada à luz, a luz logo a embriaga;Bóia do sol na morna e rutilante vaga;Em grandes doses bebe o azul; tonta, espaireceNo éter; voa em redor, vai e vem; sobe e desce;Torna a subir e torna a descer; e ora giraContra as correntes do ar, ora, incauta, se atiraContra o tojo e os sarcais; nas puas lancinantesEm pedaços faz logo às asas cintilantes;

Da tênue escama de ouro os resquícios mesquinhosPresos lhe vão ficando à ponta dos espinhos;

Uma porção de si deixa por onde passa,E, enquanto há vida ainda, esvoaça, esvoaça,Como um leve papel solto à mercê do vento;Pousa aqui, voa além, até vir o momentoEm que de todo, enfim, se rasga e dilacera.ó borboleta, pára! ó mocidade, espera!

Page 9: Raimundo Correia

Vai-se a primeira pomba despertada ...Vai-se outra mais ... mais outra ... enfim dezenas de pombas vão-se dos pombais, apenas raia sanguínea e fresca a madrugada ...

E à tarde, quando a rígida nortadaSopra, aos pombais de novo elas, serenas,Ruflando as asas, sacudindo as penas,Voltam todas em bando e em revoada...Também dos corações onde abotoam,Os sonhos, um por um, céleres voam,Como voam as pombas dos pombais;No azul da adolescência as asas soltam,Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,E eles aos corações não voltam mais...

Page 10: Raimundo Correia

Raimundo Correia foi um dos fundadores do Sodalício Brasileiro, onde ocupou a cadeira 5, que tem por patrono Bernardo Guimarães.Raimundo Correia foi um dos fundadores do Sodalício Brasileiro, onde ocupou a cadeira 5, que tem por patrono Bernardo Guimarães.

Raimundo Correia foi um dos fundadores do Sodalício Brasileiro, onde ocupou a cadeira 5, que tem por patrono Bernardo Guimarães.

Page 11: Raimundo Correia