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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Paraná | Sintrapav/PR | Edição de Maio de 2014 Sintrapav realizou cerca de 50 assembleias em todo o estado para construir a pauta de reivindicações 2014. Agora vamos com tudo pra cima dos patrões da construção pesada para buscar conquistas na Convenção Coletiva de Trabalho! As negociações já vão começar e você, trabalhador, é peça fundamental nesta luta! ag. 2 P -

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Page 1: Rádio Peão Maio de 2014 - sintrapav.com.br · O problema é que a fragmentação da representação sindical enfraquece a luta dos trabalhadores por melhores salários e benefícios

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Paraná | Sintrapav/PR | Edição de Maio de 2014

Sintrapav realizou cerca de 50 assembleias em todo o estado para construir a pauta de

reivindicações 2014. Agora vamos com tudo pra cima dos patrões da construção pesada

para buscar conquistas na Convenção Coletiva de Trabalho! As negociações já vão

começar e você, trabalhador, é peça fundamental nesta luta! ag . 2P-

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Não falta disposição de luta na categoria!

Trabalhadores deram o recado nas assembleias: avanços nas conquistas da CCT ou greve nas obras pesadas do Paraná. Todos à luta, companheiros!

Foram aproximadamente cinquenta assembleias em canteiros de obras e sedes de empresas da construção pesa-da de todo o Paraná. Tudo isso para ouvir os trabalhado-res, organizar suas sugestões e construir a pauta de reivin-dicações 2014. Agora é iniciar as negociações com o sindi-cato patronal (Sicepot) e partir para cima em busca de melhores condições de trabalho e vida para todos os traba-lhadores da categoria.

As reivindicações vão desde o aumento salarial com ganho real até ampliação dos benefícios (confira os itens no quadro ao lado). Durante as assembleias, o que se per-cebeu é que o bicho vai mesmo pegar nesta Campanha Salarial 2014. Os trabalhadores deixaram claro que estão dispostos a parar as obras para conquistar as reivindica-ções apontadas. A pauta retirada nas consultas à categoria foi entregue ao Sicepot no dia 16 de abril e as datas das reuniões de negociação estão agendadas.

O clima na categoria é propício para avançar na busca de mais direitos, mas para isso é preciso ainda mais empe-nho de todos. As negociações já vão começar e para pres-sionar os patrões é preciso de força e união. Fique atento aos comunicados do Sindicato e participe da luta. Se os patrões não cederem, vamos parar empresas e obras em todo estado. A luta só está começando, mas é certo que o bicho vai pegar!

Solidariedade na luta!A reunião da Diretoria Executiva Ampliada do Sintra-

pav Paraná do dia 11 de abril, em Curitiba, contou com a participação de representantes de sindicatos da construção pesada de outros estados, como São Paulo, Bahia e Espíri-to Santo, além de membros da Federação de São Paulo e da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Fenatracop).

Todos declararam apoio à nossa luta e se colocaram à disposição para trabalhar em uma possível greve no Para-ná. O Sintrapav vai para as negociações amparado pela força dos trabalhadores e solidariedade dos sindicatos de todo país. Os patrões que coloquem as barbas de molho!

- Reajuste salarial (recomposição da inflação);- Ganho real nos salários (aumento acima da inflação);- Aumento nos adicionais de horas extras;- Aumento do vale-alimentação;- Garantia do pagamento e ampliação do Programa de

Participação nos Resultados (PPR);- Valorização dos pisos da categoria;- Adicional de trabalho noturno de 40%;- Ampliação da cesta básica;- Isenção do Vale Transporte;- Aviso prévio: só de forma indenizada;- Ampliação dos dias de folga de campo para visitar a

família;- Aumento da apólice do seguro de vida para R$ 40 mil;- Cesta natalina;- Anuênio;- Manutenção dos demais itens da CCT, entre outros.

Agora o bicho vai pegar!

Calendário de Negociações09 de Maio – 09h00 – Sede do Sintrapav16 de Maio – 09h00 – Sede do Sicepot23 de Maio – 09h00 – Sede do Sintrapav30 de Maio – 09h00 – Sede do Sicepot

Pauta deReivindicações

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Desrespeito, preguiça ou incompetência?Sindicato patronal costuma fazer trapalhadas nas negociações de renovação da CCT

Quem nunca acompanhou uma rodada de negociações com o sindicato patronal da construção pesada do Paraná não sabe o que é enrolação. Para começar, quem faz as tratativas com o Sindicato dos Trabalhadores não é nenhum dirigente ou proprietário de empresa do setor. Difícil entender ao certo, não é mesmo? Mas a verdade é que uma advogada e um assessor são os responsáveis por negociar com o Sintrapav. Não dá para saber bem se o Sicepot faz isso por desrespeito aos trabalhadores, pura preguiça ou ainda incompetência do seu quadro diretivo.

Não bastasse a “terceirização” da missão de tratar de questão tão fundamental que é a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho do setor, o sindicato patronal não é um exemplo de representação da classe empresarial. Cerca de dez empresas, a grande parte de porte pequeno, participa da assembleia que define a posição do patronato nas negociações da CCT. Depois, a dupla de “porta-vozes”

fica incumbida de se reunir com o Sintrapav.Para piorar a situação, é costumeira a demora em tratar

as negociações com seriedade. Os testas de ferro dos patrões sempre esgotam todo o calendário de negociação para enfim chegar a uma proposta que possa ser levada em assembleia para os trabalhadores. Já passou da hora de dar um basta em toda essa enrolação. Que fique bem claro aos patrões que o limite das negociações é o calendário já acordado, que termina no final de maio. Se até lá não houver uma proposta condizente com as reivindicações da categoria, é greve em todas as obras da construção pesada do Paraná!

A luta pelo ACT único nas obras da nova fábrica da Klabin

Um dos maiores desafios para os trabalhadores que atuam na construção da nova fábrica da Klabin é a con-quista de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que contemple a todos. Diversas categorias, representadas por diferentes sindicatos, estão envolvidas na obra. Trabalha-dores da construção pesada e construção civil são alguns exemplos dos tipos de mão-de-obra presentes no canteiro de obras da Klabin.

O problema é que a fragmentação da representação sindical enfraquece a luta dos trabalhadores por melhores salários e benefícios. O Sintrapav atua na busca pelo ACT que contemple a todos, a exemplo do que aconteceu nas obras de ampliação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar/Petrobrás), onde o acordo único trouxe várias con-quistas para os mais de 20 mil trabalhadores que lá estive-ram.

Pedra fundamental – Dirigentes do Sintrapav Paraná participaram no dia 19 de março do evento de descerra-mento da Pedra Fundamental da nova unidade da Klabin,

conhecida como Projeto Puma. O evento foi realizado no canteiro de obras e reuniu aproximadamente 600 convida-dos, entre prefeitos e autoridades de 12 cidades, os conse-lheiros da Klabin e o governador do estado, Beto Richa.

A fábrica, localizada no município de Ortigueira e com inauguração prevista para 2016, terá investimentos da ordem de R$ 8 bilhões. A matéria-prima será madeira de eucalipto e de pinos, proveniente de plantações próprias da Klabin em áreas adjacentes à fábrica. A capacidade anual da fábrica será de 1,1 milhão de toneladas de celulose bran-queada de fibra curta (em fardos) e 0,4 milhão de toneladas de celulose branqueada de fibra longa.

Obras de terraplenagem no local que receberá a novafábrica da Klabin. A luta é por um ACT para todos!

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Sindicato enquadra encarregados abusados na UHE Baixo Iguaçu

“Quarteto Fantástico” atazana a vida dos trabalhadores. Assembleia decidiu: se o assédio não parar, é greve para varrer com os encarregados da obra

O desrespeito e a postura truculenta de quatro encarregados foram reclama-ções constantes na assembleia com os trabalhadores da construção da Usina Hidrelétrica (UHE) Baixo Iguaçu, locali-zada entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, região sudoeste do Paraná.

De acordo com os trabalhadores da Usina, os encarregados Pitu, Zé Orlan-do, Faustão e Manoel Florentino estão com a bruxa solta. Relatos de maus tratos desses sujeitos não faltaram. O Sintrapav, que não admite tal postura perante os trabalhadores, se reuniu no mesmo dia com representantes da Ode-brecht, empresa responsável pela obra, e com os encarregados para tratar do problema. Todos se comprometeram a melhorar seu jeito de lidar com os tra-balhadores. A Odebrecht, por sua vez, afirmou que iria coloca-los em um

curso de boas maneiras.O Sintrapav está de olho na situação.

Se precisar, os trabalhadores estão dis-postos a fazer greve para tirar o “Quar-teto Fantástico” da obra. Alguns dias depois da reunião onde os encarregados foram devidamente enquadrados, o Sintrapav ficou sabendo que a maioria melhorou seu comportamento. A exce-ção de um! Dizem que ele ainda está aprontando das suas. O recado tá dado: coloque as barbas de molho!

Comissão de Trabalhadores A assembleia na UHE Baixo Iguaçu

elegeu 5 representantes sindicais da obra, sendo três do turno diurno e dois do noturno. A função deles é ser a liga-ção entre os trabalhadores, o Sindicato e a empresa. As reclamações de proble-mas do dia-a-dia devem ser feitas aos membros da Comissão. Eles repassarão

ao Sintrapav, que vai notificar a empresa e abrir mesa de negociação. A intenção é promover a Organização por Local de Trabalho (OLT) e resolver as pendengas no menor prazo possível.

Verdade seja dita!Apesar dos problemas com os

encarregados e algumas outras situa-ções, a UHE Baixo Iguaçu tem um dos melhores canteiros de obras. Os aloja-mentos têm aparelhos de ar condiciona-do quente e frio, televisões em todos os quartos, colchões de boa qualidade. A alimentação é adequada e produzida pela própria empresa, com cozinha e refeitórios bem equipados. Além disso, as áreas de lazer contam com vários tipos de jogos, sala de computadores (lanhouses) e academia.

Acúmulo de problemas na PCH Nova Cantú 2Alojamentos em péssimas condições,

refeitórios inadequados, assédio moral, desmandos dos encarregados e desres-peito aos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) são alguns dos pro-blemas que se amontoam a cada dia que passa na construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Nova Cantú 2, locali-zada na bacia do Rio Paraná, entre as cidades de Nova Cantú e Laranjal.

A obra é de responsabilidade da empresa Plena Energia e a acionista é a Brennand Energia. Cerca de 250 traba-lhadores, a maioria da região, atua na construção da PCH que vai gerar 18Me-gaWatts de potência. Infelizmente, a situação não está nada boa para essa turma. A maioria tem contrato com a

PSO Engenharia, uma empresa de fora do Paraná que parece não conhecer os direitos da CCT daqui. Além dos proble-mas descritos acima, horas extras, folga de campo, pagamento de horas in itinere e cesta-básica estão irregulares.

O Sintrapav se reuniu com a PSO na obra na tentativa de uma solução para os

problemas. A empresa se comprometeu a ajustar algumas questões, mas até agora quase nada fez.

Para avançar nos direitos e nas con-dições de trabalho, os funcionários da obra precisam se juntar à luta com o Sindicato. Somente juntos vamos conse-guir fazer com que os patrões tenham respeito e valorizem a força de trabalho.

Já está marcada nova reunião para o dia 30/04, na sede do Sintrapav, para buscar o respeito à CCT e um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que cumpra com as premissas do Trabalho Decente da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para os empregados da PCH Nova Cantú 2. Caso a PSO não atenda às reivindicações, o Bicho Vai Pegar!

Assembleia na PCH: trabalhadores precisam lutar pelos seus direitos!