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EMPREGO FORMAL S egundo o Cadastro Geral de Empregados e De- sempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os empregos formais celetis- tas no Estado de São Paulo, no 1 o trimestre de 2015, pouco variaram (geração de 5.457 postos de trabalho), resultado de 1.510.404 admissões e 1.504.947 desli- gamentos. No mesmo período, na Região Administra- tiva de Campinas – que detém 15,9% do total de em- pregos formais do Estado –, houve pequeno acréscimo de 4.693 postos de trabalho (249.335 admissões e 244.642 desligamentos). Com essa movimentação, o número de empregos formais celetistas na região, ao final do 1 o trimestre de 2015, foi de 2.041.456 (Tabela 1), 0,2% superior àquele registrado no 4 o trimestre de 2014. Na compa- ração com o 1 o trimestre de 2014, o estoque de empre- gos reduziu-se em 1,3%, com a eliminação de 26.316 postos de trabalho. RA de Franca RA de Barretos RA de São José do Rio Preto RA de Araçatuba RA de Presidente Prudente RA de Marília RA de Bauru RA Central RA de Ribeirão Preto RA de Campinas RA de Registro RM de São Paulo RM da Baixada Santista RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte RM de Sorocaba RA de Itapeva Campinas RM de Grande ABC RA de Sorocaba Representa 15,9% do total de empregos formais no Estado. Foram gerados 4.693 postos de trabalho. Estoque de empregos formais ficou 0,2% superior ao registrado no 4 o trimestre de 2014. Na comparação com o 1 o trimestre de 2014, os empregos reduziram- se em 1,3%. RA de Campinas 1 o trimestre de 2015

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EMPREGO FORMAL

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e De-sempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os empregos formais celetis-

tas no Estado de São Paulo, no 1o trimestre de 2015, pouco variaram (geração de 5.457 postos de trabalho), resultado de 1.510.404 admissões e 1.504.947 desli-gamentos. No mesmo período, na Região Administra-tiva de Campinas – que detém 15,9% do total de em-pregos formais do Estado –, houve pequeno acréscimo de 4.693 postos de trabalho (249.335 admissões e 244.642 desligamentos).

Com essa movimentação, o número de empregos formais celetistas na região, ao final do 1o trimestre de 2015, foi de 2.041.456 (Tabela 1), 0,2% superior àquele registrado no 4o trimestre de 2014. Na compa-ração com o 1o trimestre de 2014, o estoque de empre-gos reduziu-se em 1,3%, com a eliminação de 26.316 postos de trabalho.

RA deFrancaRA de

Barretos

RA deSão José

do Rio Preto

RA deAraçatuba

RA dePresidente Prudente

RA deMarília

RA deBauru

RACentral

RA deRibeirão Preto

RA de Campinas

RA deRegistro

RM deSão Paulo

RM da Baixada Santista

RM do Vale do Paraíba e

Litoral Norte

RM deSorocaba

RA deItapeva

CampinasRM de

GrandeABC

RA de Sorocaba

Representa 15,9% do total de empregos formais no Estado.

Foram gerados 4.693 postos de trabalho.

Estoque de empregos formais ficou 0,2% superior ao registrado no 4o trimestre de 2014.

Na comparação com o 1o trimestre de 2014, os empregos reduziram-se em 1,3%.

RA de Campinas1o trimestre de 2015

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EMPREGO FORMAL: RA de Campinas 1o trimestre de 2015SEADE

Tabela 1Número e variação do emprego formal, segundo setores de atividade econômicaRA de Campinas – 1o trimestre de 2014-1o trimestre de 2015

Setores de atividadeEmpregos (mar. 2015) Variação absoluta Variação relativa (%)

No abs.Distribuição

(%)1o trim. 2015/ 4o trim. 2014

1o trim. 2015/ 1o trim. 2014

1o trim. 2015/ 4o trim. 2014

1o trim. 2015/ 1o trim. 2014

TOTAL (1) 2.041.456 100,0 4.693 -26.316 0,2 -1,3

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2) 59.341 2,9 -1.848 -3.963 -3,0 -6,3

Indústrias de transformação (3) 607.428 29,8 -75 -27.036 0,0 -4,3Fabricação de produtos alimentícios e de bebidas (4) 79.810 3,9 33 -2.671 0,0 -3,2

Fabricação de produtos têxteis e confecção de artigos do vestuário e acessórios (5) 65.217 3,2 -340 -2.317 -0,5 -3,4Fabricação de produtos químicos e farmoquímicos e farmacêuticos (6) 48.294 2,4 1 398 0,0 0,8Fabricação de produtos de borracha e de material plástico (7) 48.402 2,4 670 -557 1,4 -1,1Fabricação de produtos de minerais não metálicos (8) 41.705 2,0 -377 -1.247 -0,9 -2,9

Indústria metal-mecânica (9) 254.247 12,5 -196 -19.025 -0,1 -7,0

Demais subsetores (10) 69.753 3,4 134 -1.617 0,2 -2,3

Construção (11) 97.416 4,8 -112 -7.225 -0,1 -6,9

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (12) 439.518 21,5 -4.392 3.383 -1,0 0,8

Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas 48.314 2,4 13 -1.208 0,0 -2,4Comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas 78.872 3,9 147 1.559 0,2 2,0

Comércio varejista 312.332 15,3 -4.552 3.032 -1,4 1,0

Serviços (13) 805.940 39,5 10.987 8.919 1,4 1,1

Transporte, armazenagem e correio (14) 130.076 6,4 1.344 2.224 1,0 1,7

Informação e comunicação; atividades financei-ras, de seguros e serviços relacionados; ativida-des profissionais, científicas e técnicas (15) 120.728 5,9 1.496 2.118 1,3 1,8Atividades administrativas e serviços complementares (16) 168.145 8,2 630 -233 0,4 -0,1Administração pública, defesa e seguridade social; educação; e saúde humana e serviços sociais (17) 228.834 11,2 6.797 4.312 3,1 1,9Alojamento e alimentação; artes, cultura, esporte e recreação; e outras atividades de serviços (18) 152.069 7,4 628 404 0,4 0,3

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged; Fundação Seade.(1) Inclui indústrias extrativas (Seção B da CNAE 2.0); eletricidade e gás (Seção D da CNAE 2.0); água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (Seção E da CNAE 2.0). (2) Seção A da CNAE 2.0. (3) Seção C da CNAE 2.0. (4) Inclui as Divisões 10 e 11 da Seção C da CNAE 2.0. (5) Inclui as Divisões 13 e 14 da Seção C da CNAE 2.0. (6) Inclui as Divisões 20 e 21 da Seção C da CNAE 2.0. (7) Divisão 22 da Seção C da CNAE 2.0. (8) Divisão 23 da Seção C da CNAE 2.0. (9) Inclui as Divisões 24 a 30 e 33 da CNAE 2.0(10) Incluem as Divisões 12, 15 a 19 e 31 e 32 da Seção C da CNAE 2.0. (11) Seção F da CNAE 2.0. (12) Seção G da CNAE 2.0. (13) Seções H a U da CNAE 2.0. (14) Seção H da CNAE 2.0. (15) Seções J, K e M da CNAE 2.0. (16) Seção N da CNAE 2.0. (17) Seções O, P e Q da CNAE 2.0. (18) Seções I, R e S da CNAE 2.0.Nota: Não inclui as informações fora do prazo.

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EMPREGO FORMAL: RA de Campinas 1o trimestre de 2015SEADE

Regionalmente, as principais contribuições para o saldo positivo, entre o 4o tri-mestre de 2014 e o 1o de 2015, vieram dos municípios das Regiões de Governo de Campinas (geração de 3.539 postos de trabalho, ou 0,3%) e São João da Boa Vista (1.115, ou 1,0%). Na comparação com o 1o trimestre de 2014, foram os municípios da RG de Campinas que mais influenciaram o resultado negativo, com a elimina-ção de 12.201 postos de trabalho (-1,2%), seguida pelas RGs de Jundiaí (-5.167, ou -1,6%), Piracicaba (-4.512, ou -2,6%), Limeira (-2.731, ou -1,5%) e Rio Claro (-1.798, ou -2,0%).

Gráfico 1Variação do emprego formalRA de Campinas – 1o trimestre de 2014-1o trimestre de 2015

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged; Fundação Seade.

1o trim. 2015 / 4o trim. 2014 1o trim. 2015 / 1o trim. 2014

Em %

RA deCampinas

RG deBragançaPaulista

RG deCampinas

RG deJundiaí

RG deLimeira

RG dePiracicaba

RG deRio Claro

RG deSão João da

Boa Vista

0,2 0,2 0,30,0

-0,2

0,1

-0,1

1,0

-1,3

0,2

-1,2-1,6 -1,5

-2,6

-2,0

-0,2

Segundo setores de atividade, no trimestre em análise, a pequena variação positiva dos empregos formais deveu-se ao crescimento nos serviços (geração de 10.987 postos de trabalho, ou 1,4%) – com destaque para administração pública, defesa e seguridade social; educação; e saúde humana e serviços sociais (6.797, ou 3,1%) – uma vez que houve redução no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (eliminação de 4.392 postos de trabalho, ou -1,0%) e na agricultu-ra, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-1.848, ou -3,0%), 3.240, ou -18,1%) e pequena variação na construção (-112, ou -0,1%) e na indústria de transformação (-75, ou 0,0%).

Na comparação com o 1o trimestre de 2014, a redução do número de empregos formais (-1,3%, ou eliminação de 26.316 postos de trabalho) deveu-se aos decrés-

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EMPREGO FORMAL: RA de Campinas 1o trimestre de 2015SEADE

cimos na indústria de transformação (-4,3%, ou -27.036) – com destaque para a metal-mecânica (-7,0%, ou -19.025), fabricação de produtos têxteis e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,4%, ou -2.317) e fabricação de produtos alimentícios e bebidas (-3,2%, ou -2.671) –, na construção (-6,9%, ou -7.225) e na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-6,3%, ou -3.963), parcialmente compensados pelos aumentos nos serviços (1,1%, ou geração de 8.919 postos de trabalho) – principalmente em função do desempenho da admi-nistração pública, defesa e seguridade social; educação; e saúde humana e servi-ços sociais (1,9%, ou 4.312), informação e comunicação; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; atividades profissionais, científicas e técnicas (1,8%, ou 2.118) e transporte, armazenagem e correio (1,7%, ou 2.224) – e no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (0,8%, ou 3.383).

A partir da análise da movimentação de admissões e desligamentos segundo ocu-pações, podem ser obtidos importantes indicativos sobre as áreas profissionais mais dinâmicas e, eventualmente, com maiores necessidades de qualificação de pessoal.

A Tabela 2 apresenta as 20 ocupações com os maiores saldos positivos de janeiro a março de 2015, as quais representaram 25,4% das admissões e 21,0% dos des-ligamentos efetuados na região, no período analisado.

Como características mais gerais dessas ocupações, observa-se o predomínio da-quelas com menores exigências de escolaridade e especialização, com exceção das incluídas nos grandes grupos 2 e 3 da Classificação Brasileira de Ocupações – CBO,1 que requerem ensino superior ou médio, além de cursos técnicos, como professor de nível médio no ensino fundamental, professor de nível superior do ensino funda-mental (primeira à quarta série), inspetor de alunos de escola pública, professor da educação de jovens e adultos do ensino fundamental (primeira à quarta série), au-xiliar de desenvolvimento infantil, professor de nível médio na educação infantil e professor de nível superior na área de prática de ensino. Sobressaem os acréscimos de empregos, na indústria de transformação, para alimentador de linha de produ-ção, servente de obras, montador de equipamentos eletrônicos (computadores e equipamentos auxiliares) e ajustador mecânico, na agricultura, para trabalhador da cultura de cana-de-açúcar, trabalhador volante da agricultura e trabalhador na olericultura (legumes), nos serviços, para faxineiro, auxiliar de escritório em geral, recepcionista em geral e auxiliar de serviços de alimentação, além de mecânico de manutenção de máquinas em geral, do grande grupo 9 da CBO, trabalhadores da manutenção e reparação.

1 Os dez grandes grupos da CBO, representados pelo primeiro algarismo do código das Tabelas 2 e 3, foram agregados por nível de competência e similaridade das atividades executadas e são os seguintes: 0- Forças Armadas, policiais e bombeiros militares; 1- Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes; 2- Profissionais das ciências e das artes; 3- Técnicos de nível médio; 4- Tra-balhadores de serviços administrativos; 5- Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados; 6- Trabalhadores agropecuários, florestais, da caça e pesca; 7- Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (de processos discretos); 8- Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (de processos contínuos); e 9- Trabalhadores de manutenção e reparação.

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EMPREGO FORMAL: RA de Campinas 1o trimestre de 2015SEADE

As informações da Tabela 2 também evidenciam as elevadas movimentações de admissões e desligamentos, característica de todos os mercados de trabalho do país, bem como o fato de que nem sempre as ocupações com maiores saldos são as que apresentam as maiores movimentações de admissões e desligamentos.

Em contraposição, a Tabela 3 traz as 20 ocupações com os maiores saldos nega-tivos no mesmo período, as quais representaram 15,9% do total de admissões e 20,8% dos desligamentos na região.

Além das ocupações pertencentes aos grandes grupos 1, 2 e 3 da CBO, que reque-rem níveis de escolaridade superior ou média, cursos técnicos e de especialização, como inspetor de qualidade, gerente de loja e supermercado, gerente adminis-trativo e professor de técnicas comerciais e secretariais, destacam-se os saldos negativos para trabalhador no cultivo de árvores frutíferas e trabalhador agro-pecuário em geral, na agricultura, vendedor de comércio varejista, operador de

Tabela 2Ocupações com maiores saldos positivosRA de Campinas – janeiro-março 2015

Código CBO Ocupações Admissões Desligamentos Saldo

7842-05 Alimentador de linha de produção 14.935 12.646 2.2896221-10 Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar 1.710 325 1.3855143-20 Faxineiro 10.676 9.626 1.0503312-05 Professor de nível médio no ensino fundamental 1.016 125 8914110-05 Auxiliar de escritório, em geral 10.732 10.007 7257170-20 Servente de obras 6.779 6.191 5882312-10 Professor de nível superior do ensino fundamental

(primeira a quarta série) 748 245 5039113-05 Mecânico de manutenção de máquinas, em geral 2.119 1.639 4804221-05 Recepcionista, em geral 3.071 2.660 4116220-20 Trabalhador volante da agricultura 1.619 1.208 4113341-10 Inspetor de alunos de escola pública 609 215 3942312-05 Professor da educação de jovens e adultos do ensino fundamental

(primeira a quarta série) 498 114 3843311-10 Auxiliar de desenvolvimento infantil 763 395 3683311-05 Professor de nível médio na educação infantil 512 149 3635135-05 Auxiliar nos serviços de alimentação 2.813 2.454 3592345-20 Professor de ensino superior na área de prática de ensino 520 196 3247311-10 Montador de equipamentos eletrônicos (computadores e

equipamentos auxiliares) 745 421 3247832-25 Ajudante de motorista 2.686 2.392 2947250-10 Ajustador mecânico 512 221 2916223-10 Trabalhador na olericultura (legumes) 319 40 279

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged; Fundação Seade.

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EMPREGO FORMAL: RA de Campinas 1o trimestre de 2015SEADE

Tabela 3Ocupações com maiores saldos negativosRA de Campinas – janeiro-março 2015

Código CBO Ocupações Admissões Desligamentos Saldo

6225-05 Trabalhador no cultivo de árvores frutíferas 446 3.429 -2.9835211-10 Vendedor de comércio varejista 14.975 17.664 -2.6894211-25 Operador de caixa 5.432 6.211 -7797822-20 Operador de empilhadeira 792 1.299 -5078621-50 Operador de máquinas fixas, em geral 1.010 1.439 -4295112-15 Cobrador de transportes coletivos (exceto trem) 242 649 -4077243-15 Soldador 1.344 1.735 -3916210-05 Trabalhador agropecuário, em geral 1.770 2.114 -3444223-15 Operador de telemarketing receptivo 1.282 1.612 -3304101-05 Supervisor administrativo 740 1.042 -3024142-15 Conferente de carga e descarga 684 961 -2775211-25 Repositor de mercadorias 3.953 4.229 -2763912-05 Inspetor de qualidade 676 941 -2657156-10 Eletricista de instalações (edifícios) 184 427 -2434141-05 Almoxarife 3.004 3.244 -2401414-15 Gerente de loja e supermercado 367 534 -1675174-20 Vigia 858 1.025 -1678485-10 Açougueiro 1.321 1.487 -1661421-05 Gerente administrativo 635 792 -1572331-20 Professor de técnicas comerciais e secretariais 8 156 -148

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged; Fundação Seade.

caixa, cobrador de transportes coletivos (exceto trem), operador de telemarketing receptivo, supervisor administrativo, repositor de mercadorias, almoxarife e vigia, nos serviços e comércio, operador de empilhadeira, operador de máquinas fixas em geral, soldador, eletricista de instalações (edifícios) e açougueiro, na indústria de transformação.