r e l a t ó r i o de i n v e s t i m e n t o s · 2020. 7. 3. · localidades do hemisfério norte...
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R e l a t ó r i o d e
I n v e s t i m e n t o s
J U N H O 2 0 2 0
A crise do COVID-19 trouxe à tona uma grande série de desafios à humanidade, mais
especificamente sanitárias, porém com grandes consequências macroeconômicas
igualmente desafiadoras, devido aos problemas que ainda se acumulam desde a solução
utilizada para a crise de hipotecas em 2009.
Com a mudança de referenciais e parâmetros estatísticos devido à pandemia, criou-se uma
assombrosa dificuldade em se projetar cenários aceitáveis para qualquer país no mundo e
mesmo aqueles analistas que se enveredaram a tal feito, se dividindo em até 10 possíveis
cenários, acabaram impactados pelos dados mais recentes de atividade econômica,
desbancando muito daquilo produzido no que aparenta ser o auge da crise viral.
C e n á r i o A t u a l
RE
SU
MO
D
O
MÊ
SA grande surpresa veio com a recuperação acima das projeções de uma
série de indicadores econômicos em nível global nos meses de maio e
junho, basicamente em resposta à premissa e reabertura da atividade
econômica em diversas localidades no hemisfério norte, especialmente
com o declínio de casos e óbitos relacionados ao vírus.
Tais números trouxeram algumas impressões importantes. A primeira é
de que os cenários aparentemente mais fatalistas estariam fadados a não
ocorrer, seguido da percepção de que a recuperação, mesmo que longe
ainda da premissa em V como destacada no passado, deveria ocorrer em
maior velocidade.
Globalmente, os mercados responderam positivamente a tais
impressões com a continuidade de ganhos nos mercados até os
primeiros 10 dias de junho, quando tanto a necessidade de
correção dos ativos tentou se sobrepor em partes à forte liquidez
e encontrou no aumento de casos de COVID-19 em diversas
localidades dos EUA e Europa o campo fértil para tentar
proliferar, ainda com grande dificuldade.
Eis que cresce o problema e consequentemente, a volatilidade. A
continuidade e o incremento dos programas de alívio
quantitativo em níveis muito superiores aos observáveis após a
crise do sub-prime em 2008 continuam a alimentar à demanda
pelo prêmio de maior risco e com a queda global de juros, a
alternativa mais palatável no curto prazo é o mercado de renda
variável e congêneres.
Tal distorção, ainda que de maneira muito tardia, foi relatada recentemente pelo Federal
Reserve ao aliviar a regra Volcker, que proibia entidades bancárias de investirem ou
patrocinarem fundos de hedge ou fundos de private equity, conhecidos como fundos cobertos.
No mesmo dia, ainda que tenha reduzido as demandas na regra, o Fed impôs restrições a
dividendos bancários após os testes de estresse constatarem que alguns bancos poderiam se
tornar desconfortavelmente próximos dos níveis mínimos de requerimento de capital em
cenários vinculados à pandemia.
RE
SU
MO
D
O
MÊ
S“Uma visãopanorâmica”
Com isso, o Fed obrigou os grandes bancos a suspenderem as
recompras de ações e limitarem o pagamento de dividendos no nível
atual no terceiro trimestre deste ano, só permitindo que dividendos
sejam pagos com base em uma fórmula vinculada aos ganhos mais
recentes.
Isso ainda está longe de limitar a inflação de preços de ativos, mas
mostra que o fenômeno iniciado em 2009 continua mais forte do que
nunca e somente após mais de uma década é brevemente endereçado
pela autoridade monetária.
Desde 2008, tal distorção tem em grande parte invertido a ordem
econômica, onde usualmente a atividade em um ciclo de
aquecimento anima aos mercados, os quais elevam a demanda por
ativos de maior risco, consequentemente elevando os prêmios nos
vértices mais longos das curvas de juros, na expectativa que tal
contexto positivo traga uma resposta futura das autoridades
monetárias na forma de juros mais altos, para limitar a inflação que
resulta de tal cenário positivo.
No período, a liquidez fornecida pelos bancos centrais, a qual
inicialmente tinha a intenção de achatar os vértices mais longos da
curva de juros e consequentemente, baratear o crédito e dar
incentivos à economia real, acabou sendo “desviada” de seus
propósitos quando tal liquidez continuou abundante, em especial na
Europa e Japão, dado que a economia falhava em ganhar tração
suficiente para sua retirada.
É neste momento que o “rabo abana o cachorro”, pois o movimento de mercado financeiro
inflacionando seus ativos criou um ambiente corporativo positivo, em um inédito contexto
sem inflação. Com isso, os bancos centrais continuaram a despejar dinheiro na economia,
este inflacionava as ações das empresas e ativos, o mercado dava a sensação de antecipar um
momento positivo na economia, porém tal cenário de goldilocks sempre deixou no ar uma
forte sensação de fragilidade, como se a economia fosse novamente colapsar às vésperas de
uma decisão menos Dove dos bancos centrais.
Dados com impacto menos intenso da crise inicialmente foram
divulgados na Ásia, primeira localização a sair geograficamente da
pandemia e reforçam a sensação de que é possível uma reversão
das perdas históricas de maneira menos intensa do que
previamente observado.
Deixamos claro aqui que existe a possibilidade concreta de novas
ondas de contaminações e óbitos que podem reverter uma série
importante de dados aqui representados, em especial aqueles que
representam pesquisas de confiança e indicadores de gerentes.
Mesmo assim, além de uma série de dados surpreender no
contexto de menor mal (lesser evil), a velocidade parece dar o tom
do que pode ser a recuperação global.
Na China, os índices PMI registram desde março resultados dentro
da zona de expansão e entre fevereiro e março, as vendas ao varejo
e produção industrial começaram o processo de retomada.
Ao invés da economia animar aos mercados, o mercado “animou” a economia e criou-se uma armadilha
de liquidez sem precedentes, que foi elevada à segunda potência com os eventos da crise viral.
Inseridos em tal cenário, temos os dados mais recentes de atividade econômica em diversos locais do
mundo, inclusive no Brasil, demonstrando que o impacto da pandemia foi de proporções raramente vistas
ou nunca vistas na economia global, porém em diversos casos, muito menos catastróficas que até as
projeções menos pessimistas apontavam.
No emprego, embora longe de recuperar as perdas mais recentes, o auxílio desemprego nos
EUA tem perdido força a cada semana, se afastando do nefasto recorde de quase 7 milhões de
pedidos semanais. O mesmo ocorre com a criação de postos de trabalho medido pelo Payroll,
o qual registrou perdas acumuladas de aproximadamente 23 milhões de vagas, porém deve
registrar uma criação acumulada de mais de 5 milhões, jogando o desemprego do recorde
14,7% para o projetado 12,5%.
O mesmo pode ser observado nos EUA, onde a maioria
dos índices de confiança e atividade industrial ganharam
ímpeto desde o fundo do poço em abril, o que pode ser
igualmente observado no Brasil.
5,6 5,6 5,7
-13,5
-8,4
-4,9
-2,8
7,87,2
8 8
-15,8
-7,5
-2,8
-16
-11
-6
-1
4
9
01/10/2019 01/11/2019 01/12/2019 01/01/2020 01/02/2020 01/03/2020 01/04/2020 01/05/2020
China
Produção Industrial Vendas Ao VarejoFonte: NBSC / Infinity
%, aa
215 220 217 211 282
3307
68676615
5237
4442
3867
3176
26872446
21231897
1566 1540 1480
200
1200
2200
3200
4200
5200
6200
14/02/2020 24/02/2020 05/03/2020 15/03/2020 25/03/2020 04/04/2020 14/04/2020 24/04/2020 04/05/2020 14/05/2020 24/05/2020 03/06/2020 13/06/2020
EUA
Pedidos Semanais de Auxílio DesempregoFonte: US Labor/ Infinity
X 1.000
ME
RC
AD
O
LO
CA
LNo Brasil, os programas dedicados à manutenção do emprego com redução de salário e apoio
do governo parecem surtir efeito na redução dos impactos no desemprego, mantido em 12,9%
na medida mais recente do PNAD e no CAGED, o qual projetava perda líquida de mais de -
900.000 vagas em maio e registrou perdas de -331.901, com criação de vagas na agricultura,
serviços e construção civil.
Sob uma óptica mais precisa, uma série de indicadores setoriais tem apresentado no Brasil uma resposta
bastante positiva à pandemia, em partes como uma adaptação dos setores.
As vendas do comércio online são um exemplo. O índice do setor MCC-CET (Movimento Compre &
Confie - Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico) apresentou queda marginal de 16,03% em
fevereiro, seguido de altas de 20,38% e 37,14% em março e abril, e seguido de margens semelhantes de
faturamento, -15,06%, 20,40% e 28,89%.
Acompanhamos também os indicadores antecedentes da FGV, IACE e ICCE, onde o IACE apresentou
crescimento de 1% em maio aos 94,7%, após recuo de 16% em abril. Já o ICCE registrou a maior queda
histórica aos 9,4%, com 90 pontos, porém é um indicador da situação passada.
A indústria automotiva também registrou crescimento em diversos índices no período, desde
exportações, vendas até emplacamento.
Estes serão os sinais de fim da crise?
Nem de longe, pois existe a possibilidade concreta de uma segunda onda em diversas
localidades do hemisfério norte com a reabertura econômica e o Brasil ainda sequer conseguiu
se livrar de sua primeira.
Entretanto, além do que já se observou como segunda onda na Ásia, com impactos menos
intensos que a primeira, os governos continuam a sustentar programas fiscais mais ousados,
como um novo pacote de ajuda econômica por parte do governo americano, além do ainda
não implantado plano de infraestrutura de Trump.
O mesmo ocorre na Europa, onde a Alemanha se rendeu aos novos programas e reduziu suas
restrições aos gastos fiscais, além de novas injeções via bancos centrais e programas de alívio
quantitativo mundo afora, com taxas de juros historicamente baixas.
As consequências futuras de tal farra fiscal continuam desconhecidas, pois ainda estamos sob a
égide dos programas iniciados durante a crise das hipotecas. Porém, em vista ao novo contexto
de pandemia, o que temos por enquanto parece sustentar esta aparente recuperação.
11,6
11,2
11
11,2
11,6
12,2
12,6
12,9
7085299232
-307311
113155
224818
-240702
-860503
-331901
-875000
-675000
-475000
-275000
-75000
125000
11
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13
01/10/2019 01/11/2019 01/12/2019 01/01/2020 01/02/2020 01/03/2020 01/04/2020 01/05/2020
Brasil
Desemprego PNAD CAGEDFonte: IBGE / Infinity
%, Média M TTSaldo de Vagas
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SApós dois meses seguidos de queda, o índice ABCR de fluxo de veículos
pesados registrou em maio um crescimento de 9,24%, vindo de quedas de -
18,89% em abril e -4% em março. A interrupção recente vai de encontro
com a redução da demanda, em resposta às quarentenas, porém as
exportações contínuas em um contexto de câmbio desvalorizado e a
continuidade das vendas em diversos setores, como supermercados e varejo
online reverteram tais perdas.
O setor supermercadista é um dos “beneficiados” pela pandemia, como
indicado pelo Mastercard SpendingPulse registrando um crescimento de
16% e artigos de uso pessoal e doméstico de 5%. Na linha do índice de
vendas do MCC-CET, as vendas do comércio eletrônico cresceram 75% em
maio, com média de crescimento de mais de 48% entre março e maio.
Deste modo, sob uma óptica microeconômica, os sinais de retomada da
atividade econômica crescem no Brasil, apesar da ainda vigente quarentena
em diversas localidades, e podem se incrementar ainda mais caso o COVID-
19 se mantenha mais estável durante o mês de julho.
Séries semelhantes de indicadores regionais têm ocorrido
também nos EUA, Europa e Ásia e ainda que ocorram
praticamente seguindo o fluxo de avanço geográfico da
doença, abrem espaço para um segundo semestre
sensivelmente melhor do que aquele observado no primeiro.
Tudo isso é permeado por uma série de desafios político
locais e internacionais, onde a proximidade com as eleições
majoritárias nos EUA pode suscitar uma série de movimentos
de Trump de forma a tentar reverter as pesquisas recentes
negativas contra Biden e o problema dos recentes protestos.
Para Trump, o maior desafio ainda é conciliar a questão
econômica, a qual passa necessariamente pela retomada da
atividade econômica e também pela conclusão do acordo
comercial da fase-1 com a China e a questão política, onde
uma parte de sua base de eleitores urge tanto por uma
abertura irrestrita da economia e sem a necessidade do uso de
máscaras, mas também por uma resposta mais pesada contra a
China, em especial após a assinatura da lei de segurança, que
atinge Hong Kong.
Localmente, ainda que as eleições municipais adiadas retirem
parte do peso das atitudes do congresso, o embate entre os
poderes continua, onde o STF busca protagonismo nas figuras
de Barroso e Moraes e a câmara na figura de Maia, com uma
série de propostas fiscalmente reprováveis. A questão política
tem ainda na prisão de Queiroz e nos avanços sobre Flávio
Bolsonaro os principais problemas para a presidência neste
momento, a qual consegue se sustentar em níveis resilientes de
aprovação/reprovação, conforme as pesquisas semanais mais
recentes, e com uma base de apoio parlamentar que parece se
consolidar cada vez mais com o Centrão.
PO
SI
CI
ON
AM
EN
TO
Depois do COVID, a questão político/fiscal é a maior
preocupação para o Brasil a partir de julho.
Para os ativos, a perspectiva apresentada acima é
positiva para o prêmio de maior risco, representado
pelas bolsas de valores. No mercado de juros, após a
última decisão do COPOM, o determinante de um
cada vez menos possível corte será exatamente a
reação da economia e a possibilidade de reabertura
local.
Neste contexto, o dólar se firma como a principal
incerteza de curto prazo e sua volatilidade já atingiu
uma série de índices inflacionários, revertendo os
ciclos deflacionários ocorridos até recentemente. Isso
obviamente não altera as metas de inflação, porém
limita aquilo que se entende como ancoragem das
expectativas para este ano.
Em conclusão, as incertezas quanto à pandemia
começam a se reduzir em nível global, mesmo sob a
égide de uma possível segunda onda em localidades
do hemisfério norte e questões políticas, mas
juntamente aos indicadores econômicos, os ativos de
mercado financeiro podem seguir tal cenário ainda
desafiador com apetite renovado pelo prêmio de
maior risco.
R e f l e x ã o d o s
G e s t o r e s
RE
ND
A
FI
XA
Durante todo o período de queda da taxa SELIC desde os 14,25% em
outubro de 2016 para 2,25% em junho de 2020, o cenário de migração de
ativos de renda fixa para renda variável tem sido difundido por gestores de
investimentos e especialistas em finanças em geral. Mais recentemente a
expressão TINA (there is no alternative, ou “não há outra alternativa” na sigla em inglês”) se juntou a este contexto para demonstrar que a única saída para investidores que não queiram ter rendimentos muito baixos
como a poupança ou aqueles indexados ao CDI/SELIC é investir seu
patrimônio em ações.
O raciocínio da migração para ativos de
maior risco faz sentido e sequer é
confrontado atualmente. Toda a
experiência internacional de países que
conseguiram reduzir estruturalmente suas
taxas de juros básica demonstra o viés do
investidor em geral pela busca de maiores
retornos. Em casos limite como os EUA,
quase toda a poupança de longo prazo da
população é feita através do investimento
em ações.
Para reforçar o fenômeno TINA no Brasil,
muitos especialistas têm notado que o
dividend yield (taxa de dividendos) das
ações do Ibovespa superou a SELIC pela
primeira vez na história. Há destaques para
ações específicas que pagarão 200% a 300%
do CDI apenas em dividendos ao longo do
ano. Em outras palavras, reforçam que
investir em ações já oferece, na largada, 2x a
3x a renta-bilidade que se teria ao aplicar
em títulos ou fundos atrelados ao CDI em
um ano.
Tudo isso é verdadeiro, e não dá para
descartar o seu efeito na alocação de
portfólio dos investidores daqui para
frente. Entendo ser importante, contudo,
analisar aquilo que não tem sido
propagado em todos os cantos ao avaliar as
possibilidades existentes na busca por
maiores retornos.
Considerando o nível de risco incorrido
pelo investidor, existe muita alternativa
entre os chamados ativos livres de risco
(poupança ou títulos pós-fixados emitidos
pelo Tesouro Nacional) e as ações, símbolo
do que significa alto risco, uma vez que em
geral seus preços variam muito.
Só pra ficar nos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, um título prefixado com
vencimento em 2,5 anos oferece retorno anual ao redor de 200% da SELIC de hoje, com
muito menos risco percebido do que uma ação. Obviamente essa análise está incompleta:
este título paga uma taxa mais elevada devido a uma expectativa de alta da SELIC no
caminho entre hoje e seu vencimento, além de haver um prêmio (taxa adicional) motivada
pelo risco ligado ao prazo do ativo.
Se esse ajuste é feito para títulos prefixados com o objetivo de realizar uma comparação
mais justa, por que não aparece na comparação de dividend yield com a renda fixa? Ainda
mais se considerarmos ações como uma aproximação de títulos de renda fixa com duration
(prazo médio para o vencimento) infinita, uma vez que o preço de uma ação pode ser
encontrado trazendo os fluxos de caixa futuros estimados a valor presente por uma taxa
apropriada.
Em outras palavras, comparar o dividend yield do Ibovespa com a SELIC corrente para
tentar demonstrar que não há alternativa além de migrar os recursos para as ações não
parece muito honesto com o investidor que ouve este tipo de comparação, mesmo sendo
uma realidade.
E não falo apenas de pessoas físicas: é notório o interesse de
fundações e institutos de previdência por títulos indexados
ao IPCA (Tesouro IPCA, ou NTN-B) de longo prazo
quando as taxas destes títulos de renda fixa superam as
metas atuariais dos institutos.
Faz sentido, uma vez que se anula o risco de que a parcela
investida nestes títulos possa ter rentabilidade menor que o
passivo atuarial, garantindo, assim, o retorno para os
poupadores e o cumprimento de metas pelos gestores apenas
carregando tais títulos até o vencimento. Em um ambiente
de SELIC muito baixa como o atual, é natural que estes
títulos não sejam mais negociados acima das taxas atuariais
dos institutos com facilidade, fazendo com que estas
entidades de previdência migrem seus investimentos para a
bolsa em busca de retornos com os dividendos recebidos e
ganhos de capital com a valorização dos ativos investidos.
Mas este ganho de capital também ocorre nas NTN-B de
longo prazo. Comprá-las a uma taxa de IPCA+4,20% e
vende-las a uma taxa mais baixa tem o mesmo efeito que
comprar o Ibovespa a 95.000 pontos e vende-lo em uma
pontuação superior. Com o detalhe de que, historicamente,
a volatilidade da NTN-B de prazo longo é sensivelmente
menor do que a do Ibovespa, o que favorece o título público.
A mesma lógica se aplica ao investidor de fundos de
investimento: migrar de fundos DI conservadores diretamente
para fundos de ações com parte relevante de seu patrimônio,
além de implicar em um aumento significativo de risco que o
investidor certamente não está acostumado, ignora toda a gama
de fundos de renda fixa moderados e agressivos, com ou sem
crédito privado, fundos multimercados e fundos balanceados e
long biased que existem com retorno esperado maior que o da
SELIC e volatilidade esperada menor que a das ações.
Logo, considerar que a migração de ativos pós-fixados para a
bolsa é o único caminho possível para obter maiores retornos
é ignorar uma vasta gama de possibilidades de investimentos
relacionadas aos prêmios por prazo, por fatores de risco e a
combinação de risco com proteções, existentes entre uma
ponta e outra.
Longe de fazer qualquer recomendação de investimentos, o
propósito deste artigo é reforçar que existem, sim, alternativas
para que os investidores, tanto pessoas físicas como
institucionais possam obter retornos interessantes com o
menor risco possível.
É muito provável que as ações vão se tornar cada vez mais
presentes no portfólio dos investidores em busca de maiores
retornos. Mas é importante que nessa busca os remédios sejam
bem dosados. Se usados em excesso, podem se tornar veneno.
MO
ED
AS
O movimento de depreciação do Real (BRL) certamente
figurou como um dos principais acontecimentos
econômicos e de mercado dos primeiros seis meses de
2020. A moeda brasileira começou o ano no nível de
R$/US$ 4,00, mas pouco tempo se manteve nesse
patamar. Logo nos primeiros dias do ano, o BRL já
mostrou um movimento que seria algo corriqueiro nos
seis meses seguintes, a moeda brasileira depreciando e em
alguns momentos com movimentos expressivos.
Motivos não faltaram para que tanto a moeda brasileira quanto as demais moedas
de países emergentes registrassem perdas neste ano. No cenário atual com um
elevado grau de incerteza em relação a atividade econômica prospectiva bem como
com saídas robustas de capitais de países em desenvolvimento era de se esperar tal
movimento. No entanto, por mais que tal cenário seja esperado, algumas questões
florescem, como por exemplo, por que o BRL consistentemente se manteve como
a pior moeda dentre as moedas das principais economias.
Também não faltam candidatos para explicarmos a depreciação da moeda
nacional. Se no início do ano as dúvidas eram em relação à trajetória de
crescimento do PIB, logo as questões migraram para os riscos de uma piora fiscal
gerada pelo incremento de gastos provenientes das políticas de ajuda do governo.
Além disso, a variabilidade do ambiente político brasileiro ainda se mostrou
relevante para o movimento da moeda. Por mais que não faltassem razões ou
justificativas para a trajetória do BRL, sempre vale ressaltar que os mercados não
toleram distorções elevadas entre ativos similares por um período considerável.
A chegada dos meses de maio e junho foi marcante para o
BRL. A volatilidade em maio mostrou-se novamente alta o
que fez com que a moeda brasileira atingisse um patamar
próximo de R$/US$ 6,00, com uma desvalorização
beirando os 50% em menos de seis meses. O gráfico abaixo
explicita os movimentos da moeda brasileira em relação a
uma cesta das principais moedas emergentes. Vale
ressaltar que todas as moedas foram ajustadas pela inflação
de cada país, pois os países emergentes sofreram em
diversas oportunidades ao longo da história com as altas
nos preços. Desta forma, para comparar o movimento
histórico das moedas fez-se necessário encontrar as taxas
de câmbio reais de cada país com o intuito de montar uma
cesta com as principais moedas de países emergentes. E,
são estas as divisas: RUB (moeda da Rússia), TRY (moeda
da Turquia), ZAR (moeda da África do Sul), CLP (moeda
do Chile), MXN (moeda do México), CNY (moeda da
China) e COP (moeda da Colômbia) todas com pesos
iguais e ponderadas geometricamente.
Após a elaboração desta cesta de moedas em termos reais, podemos tirar
a razão do BRL, também em termos reais, por esta cesta de emergentes.
O gráfico explicita que a distorção atual só encontra paralelo na história
brasileira recente, no ano de 2002, quando a moeda nacional ainda se
mostrava depreciada por decorrência do movimento de aversão a risco
das eleições daquele ano. Vale ainda mencionar que por mais que o
momento atual indique um período difícil para a economia brasileira, a
comparação com os anos de 2002 se mostra bem exagerada.
MO
ED
AS
Ainda assim, com o intuito de verificar esse risco adicional da economia brasileira em comparação
com os demais países emergentes, elaboramos um outro estudo. Neste, utilizamos a relação de uma
variável de risco da economia brasileira, (CDS Brasil de 5 anos) e comparamos com as variáveis de
risco destes mesmos países emergentes (CDS média de 5 anos dos países emergentes). Novamente
utilizamos a razão do BRL em termos reais contra a cesta de moedas emergentes e comparamos esta
variável com a razão do risco da economia brasileira em relação aos demais emergentes. Pode-se
observar no gráfico abaixo que essa medida de risco da economia brasileira não registrou fortes
alterações nos últimos dois anos quando analisada juntamente com o risco das demais economias
emergentes. Ainda assim, a distorção da moeda brasileira, em relação as outras moedas de países
emergentes, se mostrava acentuada e, sem paralelos, na história recente brasileira.
Aparentemente o mercado considerou o nível próximo de R$/US$ 6,00 observado em meados de
maio como uma distorção relevante. E, neste momento de distorção mais intensa, observou-se um
movimento diferente dos movimentos dos meses anteriores deste ano. A apreciação do BRL se deu de
forma bem rápida e intensa com a moeda brasileira seguindo para o nível de R$/US$ 4,80 em menos
de um mês. Ainda assim, a volatilidade da moeda brasileira não registrou um arrefecimento. Após
alguns dias, já no fechamento do mês de junho, o BRL já figurava novamente nos níveis de R$/US$
5,46. É fato que a moeda nacional possui uma liquidez elevada, o que possibilita os maiores
participantes do mercado financeiro global a operarem no Brasil, podendo em certos momentos
resultar em um acréscimo da volatilidade. No entanto, o movimento do BRL em maio e junho deixou
claro que uma distorção elevada de nossa moeda em relação a moeda dos demais emergentes não
perdurará por longos períodos.
Desta forma, seguimos comprados no BRL. Estamos comprados no BRL contra o Dólar norte-
americano, mas também estamos comprados no BRL e no Peso mexicano (MXN) contra o Peso
chileno (CLP). Ainda estamos comprados no Peso mexicano (MXN) e Rand sul-africano (ZAR). Nos
países desenvolvidos, estamos comprados no Dólar australiano contra o Dólar norte-americano e o
Dólar neozelandês (NZD). Além destas posições, seguimos comprados no Yen japonês contra o Dólar
norte-americano bem como comprados no Dólar norte-americano contra a Libra esterlina (GBP).
Estas últimas também funcionam como um hedge do restante das posições das moedas.
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No dia 29 de maio, lançamos o fundo Infinity Magnus Long Biased e em 16
de junho o fundo Infintiy FIA.
Acreditamos que o mercado de ações ainda oferece bom potencial de retorno
nos próximos 6 a 12 meses em função da queda dos juros, que deve favorecer
a maior alocação em renda variável por investidores locais, baixa alocação de
investidores estrangeiros no Brasil e confirmação da recuperação econômica
a partir do segundo semestre.
Contudo, a alta de 50% das mínimas de março indica que parte deste cenário
positivo já está precificada. Por conta disso, as alocações dos fundos de renda
variável, principalmente do fundo Magnus, estão abaixo do máximo e ainda
contempla algumas proteções, principalmente via put-spread.
Entrando no detalhe das proteções do fundo Magnus, o fundo possui como política
carregar proteções para eventuais quedas no mercado. A definição do tamanho da
posição e das proteções depende de diversos indicadores técnicos, fundamentalistas e
também da visão dos gestores sobre o cenário econômico e de mercado. Temos duas
abordagens distintas de proteção que chamamos de Qualitativa e Quantitativa.
Na abordagem qualitativa, os gestores avaliam a necessidade de hedge por meio da
análise dos indicadores fundamentalista e técnico. Na quantitativa, a definição do hedge
é direta, com base em indicadores de tendência e possui parâmetros pré-definidos.
N e c e s s i d a d e d e P r o t e ç ã o
O principal indicador técnico que utilizamos para identificar se o mercado está
“esticado” ou “amassado” é o IFR (ou índice de força relativa, que mede a
porcentagem de dias em alta nos últimos 14 pregões). E o principal indicador
fundamentalista que utilizamos para indicar se o mercado está “caro” ou “barato”, é a
relação Preço/Lucro do IBrX-100 (neste caso, utilizamos o lucro esperado para os
próximos 12 meses; o IBrX-100 é um índice de ações similar ao Ibovespa, porém
mais amplo e que não sofreu alterações metodológicas nos últimos anos).
A importância de carregar proteções pode ser vista nos gráficos abaixo: as
maiores quedas no mercado de ações brasileiro ocorreram quando o mercado
não estava caro nem “esticado”: as maiores quedas ocorreram quando o IFR
estava 30 e 70, regiões consideradas neutras para este indicador (IFR<30
indica que o mercado já está sobrevendido ou “amassado”, enquanto IFR>70
indica um mercado já “esticado”) e quando a relação preço/lucro estava entre -
2 e +2 desvios da média histórica.
H e d g e Q u a l i t a t i v o
Por outro lado, os dados históricos mostram que períodos onde o IFR está abaixo de 30 ou quando a relação
preço/lucro está abaixo de dois desvios da média, as chances de novas quedas no mercado são razoavelmente
baixas.
Isto pode ser observado nos gráficos (e tabelas) abaixo: tanto a probabilidade de alta quanto o retorno médio
são muito superiores em períodos que se seguem a momentos onde o IFR ficou abaixo de 30 e/ou a relação
preço/lucro ficou abaixo de dois desvios da média histórica. Nestes momentos, as proteções são pouco
apropriadas, já que as chances de novas quedas são baixas e, provavelmente, nestes momentos o custo da
proteção deve ser mais alto (em função da alta demanda e maior volatidade).
Durante a maior parte de junho, o Ibovespa negociou com IFR ao redor de 70 e a relação preço/lucro está
acima de 2 desvios da média histórica, o que explica a decisão de manter uma alocação conservadora e
proteções no portfólio.
H e d g e Q u a n t i t a t i v o
É uma estratégia que utiliza indicadores técnicos e
parâmetros definidos para identificar a necessidade
da inclusão de proteção na carteira do fundo.
Utilizamos indicadores de momento e tendência,
calibrados de acordo com nosso modelo de risco.
Os indicadores são parametrizados em três níveis
de alertas: de curto prazo, médio prazo e alerta de
longo prazo.
O orçamento do hedge quantitativo é de no
máximo 20% de redução de exposição, distribuídos
da seguinte forma: 5% de redução de exposição no
primeiro alerta, redução de 10% no segundo alerta
e de 5% no terceiro alerta.
Em momentos de indefinição de tendência do
mercado acionário, a redução de exposição via
hedge quantitativo será parcial, o que é positivo,
caso não seja confirmada a reversão de tendência
previamente sinalizada.
Já nos períodos com tendência definida, em caso de
queda do mercado, a redução de exposição será o
total do hedge quantitativo. E na alta, não haverá
redução alguma. Os maiores movimentos do
mercado ocorrem com clara definição de tendência
e essa estratégia de hedge quantitativo foi
desenhada para ter o posicionamento correto
nesses momentos, seja na queda ou na alta.
F u n d o s
O retorno nominal do Infinity Lotus FIRF em junho foi de
0,375% (174,04% do CDI). Obtivemos resultados positivos
na parcela da carteira alocada em compra de NTN-Bs com
DI (Juros reais x inflação implícita) e nas cotas de fundo
de alocação dinâmica. Também destacamos os bons
resultados com as estratégias de arbitragens, inclinação em
curva e operações direcionais em juros futuros. A carteira
a termo de ações, como doador de recursos – RF, foi
favorecida pelo movimento de alta do mercado acionário,
que estimulou as antecipações dos encerramentos dos
contratos. Obtivemos resultados positivos na posição de
renda fixa estruturada via opções.
I n f i n i t y
L o t u s F I R F
I n f i n i t y
S e l e c t F I R FNo mês o Infinity SELECT apresentou um retorno nominal
de 0,270% (125,57% do CDI). O fundo obteve resultado
positivo na carteira de juros reais, com NTN-Bs x inflação
implícita, estratégia aplicada em posição de BOX estruturado
com derivativos – RF e nas operações de arbitragens e
inclinação de curva em juros futuros. Também obteve bons
resultados na parcela de termo de ações da carteira
(aproximadamente 19% do PL), operação na ponta doadora
de recursos – RF, pois a alta do mercado de ações favorece a
antecipação dos encerramentos dos contratos.
O Infinity Tiger obteve um retorno nominal de 1,132%
(526,15% do CDI) no mês de junho. O movimento de
fechamento da curva de juros futuros proporcionou bons
resultados ao fundo, obtivemos ganhos nas posições de juros
reais, com as compras de NTN-Bs e na posição do papel
travado com DIs específicos (NTN-Bs x Implícitas).
Obtivemos resultados positivos também nas estruturas de
arbitragens e direcional em juros futuros. Mesmo que ainda
reduzidas, obtivemos resultados positivos nas operações de
termo de ações, como doadores de recursos – RF.
I n f i n i t y T i g e r
A l o c a ç ã o D i n â m i c a F I R F
0%1%2%3%4%5%6%7%8%9%
10%11%12%13%14%15%16%17%18%
SELECT CDI
0%
50%
100%
150%
200%
250%
300%
Lotus CDI IPCA+6%
-40%
-20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
160%
TIGER IMA-B 5+ CDI IPCA+6
I n f i n i t y
H e d g e F I R M
O Infinity Hedge FIM obteve retorno nominal de -0,581% no
mês. O fundo obteve perdas no book tático, com futuros de
IBOV x S&P e hedge cambial em dólar futuro, estas levemente
atenuadas por ganhos em BDR, cesta de long & short
dinâmico e direcional de curto prazo de ações. Obtivemos
resultados negativos também nas arbitragens em moedas. Já as
contribuições positivas vieram por parte das carteiras de
renda variável (fundamentalista), em função da alta do
mercado acionário, na parcela de long & short de ações,
arbitragens com estrutura de FLY e direcional em curva de
juros, compras de NTN-Bs x DIs (juros real x inflação
implícita, operações de volatilidade com opções de ações e nas
estratégias em opções de DI futuro com BOX de RF.
I n f i n i t y
E a g l e F I M
O Infinity Eagle FIM apresentou retorno nominal de -2,228% em
junho. O fundo obteve resultados negativos na carteira de
arbitragens de moedas e nas estratégias táticas com IBOV fut x S&P
Fut, este parcialmente atenuado com compra direcional de BDR,
perdas também na posição de hedge em dólar fut da carteira. Ainda
que não superiores as perdas, dentro do book tático, obtivemos
ganhos com a cesta de long & short dinâmico e direcional de curto
prazo em ações. O mercado acionário proporcionou ganhos na
carteira de renda variável fundamentalista e o movimento da curva
de juros, ganhos nas estratégias direcionais de DI, arbitragens e
inclinação em curva e na parcela alocada em juros reais, com NTN-
Bs e compras pontuais em DIs futuros (NTN-Bs x implícita). O
book de long & short de ações e estruturas de volatilidade com
travas de opções de ações colaboraram positivamente.
I n f i n i t y
P o d i u m F I M
O Infinity Podium FIM obteve retorno nominal de -1,593% no
mês. A carteira de juros reais, com NTN-Bs travadas com DI´s
(Juros real x inflação implícita), apresentaram resultados positivos,
assim como nas carteiras de direcional e arbitragem em juros
futuros, renda variável fundamentalista, na estrutura de long &
short de ações, nas estratégias de volatilidade com travas em
opções de ações e operações de renda fixa com estrutura em opções
de DI futuro, Porém, a performance do fundo foi influenciada
negativamente pelas perdas em arbitragens de moedas e pelo book
tático, com destaque para o combo IBOV Fut x S&P fut e posição
em dólar para hedge da carteira, este levemente atenuado pelas
posições em BDR de ações, cesta de long & short dinâmico e
direcional de curto prazo de ações.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Hedge CDI
0%
50%
100%
150%
200%
250%
300%
350%
400%
450%
Eagle CDI
0%
3%
5%
8%
10%
13%
15%
18%
20%
23%
25%
28%
30%
33%
35%
38%
Podium CDI
O Infinity Institucional FIM apresentou um retorno
nominal de 0,881% (409,45% do CDI) em junho. No mês o
fundo capturou bons resultados na carteira direcional de
renda variável em função dos ganhos promovidos pela alta
da BOVESPA. Resultados positivos também na parcela da
carteira em juros reais x inflação implícita (NTN-Bs x DIs) e
no book de arbitragens com estratégias de FLYs e inclinação
em estrutura a termo de juros. Obtivemos lucros também na
estratégia de renda fixa estruturada através de derivativos.
Já a carteira de arbitragens com moedas apresentou
resultados negativos.
I n f i n i t y I n s t i t u c i o n a l
F I M
S O R T E É O E N C O N T R O
E N T R E C O M P E T Ê N C I A
E O P O R T U N I D A D E
Este Relatório Mensal de Investimentos foi elaborado pela equipe da Infinity Asset Management e tem como único objetivo a prestação de informações sobre a gestão dos
fundos da própria Infinity. Este documento não deve ser considerado uma oferta de venda dos fundos, nem tampouco constitui um prospecto previsto na Instrução CVM nº
409/2008 ou no Código de Auto Regulação da Anbima. As informações aqui apresentadas foram baseadas em fontes oficiais e de ampla difusão. A Infinity não se responsabiliza
por eventuais divergências e/ou omissões. As opiniões aqui constantes não devem ser entendidas, em hipótese alguma, como uma oferta para comprar ou vender títulos e
valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. As informações deste material são exclusivamente informativas. Rentabilidade obtida no passado não representa garantia
de resultados futuros. É recomendada uma análise de, no mínimo, 12 meses. Fundos de Investimento não são garantidos pelo administrador do fundo, gestor da carteira, de
qualquer mecanismo de seguro, ou ainda, do fundo garantidor de crédito (FGC). Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e o regulamento do fundo de
investimento antes de efetuar qualquer decisão de investimento. Para avaliação da performance de fundos de investimento, é recomendável uma análise de, no mínimo, 12
meses. Estratégias com derivativos podem resultar em perdas patrimoniais para seus cotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a
consequente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo.
0%
100%
200%
300%
400%
500%
600%
700%
Institucional CDI IPCA+6%