qualidade do ar interno em ambientes de ensino ... · agradeço a minha irmã chiara maria seidel...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CUIABÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS
QUALIDADE DO AR INTERNO EM AMBIENTES DE ENSINO
CLIMATIZADOS: DEFINIÇÃO DE LIMITES ÓTIMOS DE
CO2 PARA O ESTADO DE MATO GROSSO
ANNE MAIARA SEIDEL LUCIANO
Orientadora: Prof. Drª. Ing. Érika Fernanda T. Borges Leão
Cuiabá - MT
2015
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CUIABÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS
QUALIDADE DO AR INTERNO EM AMBIENTES DE ENSINO
CLIMATIZADOS: DEFINIÇÃO DE LIMITES ÓTIMOS DE
CO2 PARA O ESTADO DE MATO GROSSO
ANNE MAIARA SEIDEL LUCIANO
Dissertação apresentada ao programa de Pós
Graduação em Ciências Ambientais da
Universidade de Cuiabá para obtenção do
título de Mestre em Ciências Ambientais, sob
orientação da Professora Dr-Ing. Érika
Fernanda Toledo Borges Leão.
Orientadora: Prof. Drª. Ing. Érika Fernanda T. Borges Leão
Cuiabá - MT
2015
FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação na Fonte
Ficha Catalográfica
Valéria Oliveira dos Anjos
Bibliotecária –
Luciano, Anne Ma iara Sei Del
Qualidade do ar interno em ambientes de ensino climatizados: definição de
limites ótimos de Co2 para o Estado de Mato Grosso/Anne Ma iara Sei Del Luciano–
Cuiabá, 2015.
100 f. : il.
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Ciências
Ambientais da Universidade de Cuiabá - Única.
Orientadora: Prof. Drª. Ing. Érika Fernanda T. Borges Leão. 1. . 2. . 3. . I.
Título.
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CUIABÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS
FOLHA DE APROVAÇÃO
QUALIDADE DO AR INTERNO EM AMBIENTES DE ENSINO CLIMATIZADOS:
DEFINIÇÃO DE LIMITES ÓTIMOS DE CO2 PARA O ESTADO DE MATO
GROSSO
AUTORA:ANNE MAIARA SEIDEL LUCIANO
Dissertação de Mestrado defendida e aprovada em 31 de agosto de 2015, pela
comissão julgadora:
__________________________________________________
Dr - Ing. Érika Fernanda Toledo Borges Leão
Professora Orientadora
UNEMAT – campus Universitário de Sinop
__________________________________________________
Dr.- Ing. Marlon Leão
Professor Co-orientador
UNEMAT – campus Universitário de Sinop
__________________________________________________
Dr. Osvaldo Borges Pinto Junior
Professor Avaliador Interno
UFMT/UNIC – campus Universitário de Cuiabá
__________________________________________________
Drª. Flávia Maria de Moura Santos
Professor Avaliador Externo
UFMT– campus Universitário de Cuiabá
__________________________________________________
Dr-Ing. Ernesto Kuchen
Professor Avaliador Externo
UNSJ
CUIABÁ- MT
31 de agosto de 2015
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus orientadores Drª-Ing. Érika Fernanda Toledo Borges Leão e Dr-
Ing. Marlon Leão, pelos quais o meu apreço e consideração extravasa largamente as
competências científicas de cada um, sendo também muito alicerçado nas respectivas
nobrezas de caráter.
Agradeço ao professor Dr. João Carlos Machado Sanches, pela ajuda neste trabalho e
por ter me apresentado aos meus orientadores, no período da graduação de Engenharia Civil.
Agradeço ao professor Me. João Gabriel Ribeiro pela ajuda prestada ao tratamento
estatístico desta pesquisa.
Agradeço a Karen Wrobel Straub pelo grande auxílio na coleta de dados desta
pesquisa.
Agradeço aos professores do programa de Mestrado Acadêmico em Ciências
Ambientais, da UNIC.
Agradeço a minha família, em especial a minha mãe Eldinei Clara Seidel Lucianoque
soube compreender os motivos de um menor contato.
Agradeço de forma especial a Flávio José Moraes que esteve ao meu lado em
momentos decisivos da elaboração dessa dissertação.
Agradeço a minha irmã Chiara Maria Seidel Luciano pela sua amizade e bom humor.
Aos amigos Eldes Rodrigues, Érika Paixão de Campos, Fernanda Martins Alcântara,
Guilherme Garrido, Luís Antônio Shigueharu Ohira e Thais Castanho, Thiago Tonial
Mantovani o pela amizade e apoio.
Aos colegas Geovani Merlin e Waniel pela válida ajuda na construção do banco de
dados desta pesquisa.
vi
SUMÁRIO
1. Introdução ............................................................................................................................. 16
1.1 Problemática ....................................................................................................................... 16
1.2 Justificativa ......................................................................................................................... 17
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 19
2.1 Atmosfera, Características e Composição .......................................................................... 19
2.1.1 Poluição do ar e Classificação de Poluentes ............................................................. 21
2.1.2 Poluição do Ar em Diferentes Escalas Espaciais ....................................................... 21
2.2 Qualidade Ambiental Interior ............................................................................................. 24
2.2.1 Qualidade do Ar Interior ............................................................................................ 24
2.2.2 Avaliação da Qualidade do Ar Interior ...................................................................... 25
2.3 Sídrome do Efifício Doente ................................................................................................ 26
2.3.1 Valores limites de concentrações de poluentes .......................................................... 28
2.3.2 Análise da qualidade do ar através do CO2............................................................... 29
2.4 Sistemas de Climatização: Princípio de Funcionamento do Ar Condicionado Split ......... 30
3 ÁREA DE ESTUDO ............................................................................................................ 35
3.1 O Zoneamento Bioclimático ............................................................................................... 35
3.2 O Estado de Mato Grosso ................................................................................................... 37
3.2.1 O Clima ....................................................................................................................... 38
3.2.2 Zoneamento bioclimático de Mato Grosso ................................................................. 39
3.2.3 Caracterização das cidades ........................................................................................ 40
3.3 Tipologia das Salas de Aula ............................................................................................... 42
4 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 44
4.1 Medições In Loco ............................................................................................................... 44
4.2 Questionários ...................................................................................................................... 45
4.3 Análise Estatística .............................................................................................................. 45
4.4 Analisador de Microclima HD 32.1 ................................................................................... 46
4.5 Sensores do HD 32.1 .......................................................................................................... 48
4.6 Sonda Hd320b2 para Medição da Concentração de Dióxido de Carbono ......................... 49
4.7 Análise e Variância ............................................................................................................. 50
4.7.1 Teste de Kruskall-Wallis ............................................................................................. 52
4.7.2 Método de Análise Probit ........................................................................................... 55
vii
5 ANÁLISE DE REGRESSÃO NÃO LINEAR ENTRE A PORCENTAGEM DE
SATISFEITOS E INSATISFEITOS COM OS VALORES DE CONCENTRAÇÕES DE
CO2 MEDIDOS NO PERÍODO DA SECA E CHUVA ...................................................... 58
5.1 Cidade de Cáceres: Estação Seca ....................................................................................... 59
5.1.1 Cidade de Cáceres: Estação Chuva ........................................................................... 61
5.2 Cidade de Primavera do Leste: Estação Seca ..................................................................... 63
5.2.1 Cidade de Primavera do Leste: Estação Chuva ......................................................... 65
5.3 Cidade de Cuiabá: Estação Seca ......................................................................................... 66
5.3.1 Cidade de Cuiabá: Estação Chuva ............................................................................. 68
5.4 Cidade de Sinop: Estação Seca ........................................................................................... 70
5.4.1 Cidade de Sinop: Estação Chuva ............................................................................... 71
5.5 Estado de Mato Grosso: Estação Seca ................................................................................ 73
5.6 Estado de Mato Grosso: Estação Chuva ............................................................................. 74
6. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 77
ANEXOS ................................................................................................................................. 81
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Distribuição percentual média dos gases da atmosfera terrestre ............................. 18
Tabela 2: Especificação dos sensores do HD 32.1 .................................................................. 48
Tabela 3: Dados da análise de variância entre as cidades ....................................................... 51
Tabela 4 :Organização das Cidades por caractere. .................................................................. 53
Tabela 5: Organização das concentrações de CO2 em ordem crescente................................. 54
Tabela 6: Informações e dados obtidos pelo teste de Kruskal-Wallis. .................................... 54
Tabela 7: Comparações entre as Cidades pelo teste de Kruskal-Wallis. ................................. 54
Tabela 8: Correlação de porcentagem do voto médio dos usuários com relação a percepção
da qualidade do ar interno. ....................................................................................................... 59
Tabela 9: Parâmetros Físicos da Cidade de Cáceres na estação seca. ..................................... 60
Tabela 10: Parâmetros de Físicos da Cidade de Cáceres na estação chuva. ........................... 62
Tabela 11: Parâmetros Físicos da Cidade de Primavera do Leste na estação seca. ................ 64
Tabela 12: Parâmetros Físicos da Cidade de Primavera do Leste na estação chuva ............... 66
Tabela 13: Parâmetros Físicos da Cidade de Cuiabá na estação seca. .................................... 67
Tabela 14: Parâmetros Físicos da Cidade de Cuiabá na estação chuva. ................................. 69
Tabela 15: Parâmetros Físicos da Cidade de Sinop na estação seca. ...................................... 70
Tabela 16: Parâmetros Físicos da Cidade de Sinop na estação Chuva.................................... 72
Tabela 17: Estatísticas descritivas ........................................................................................... 69
Tabela 18: Distribuição dos entrevistados por sexo e cidade .................................................. 69
Tabela 19: Percentual de fumantes por cidade ........................................................................ 70
Tabela 20: Temperatura em que o ambiente se encontra por cidade ...................................... 70
Tabela 21: Umidade do ar no ambiente por cidade ................................................................. 71
Tabela 22: Iluminação geral em que o ambiente se encontra .................................................. 72
Tabela 22: Iluminação geral em que o ambiente se encontra .................................................. 72
Tabela 23: Gostaria que a iluminação fosse ............................................................................ 73
Tabela 24: Há algum odor que incomoda no ambiente ........................................................... 73
Tabela 25: Nível de odor no ambiente .................................................................................... 74
Tabela 26: Consigo perceber a qualidade do ar que respiro neste momento .......................... 74
Tabela 27: Qualidade de ar que respiro ................................................................................... 75
Tabela 28: Gostaria que o ar do ambiente fosse ...................................................................... 76
ix
Tabela 28: Alimenta-se enquanto está na Instituição pesquisada ........................................... 76
Tabela 29: Tipo de alimento consumido ................................................................................. 77
Tabela 30: Temperatura que gostaria em que o local estivesse............................................... 78
Tabela 31: Conforto atual do ambiente ................................................................................... 78
Tabela 32: Estatísticas descritivas para a variável ATIVIDADE MET. (W/m²) .................... 79
Tabela 33: Estatísticas descritivas para a variável ATIVIDADE MET. Met.......................... 80
Tabela 34: Estatísticas descritivas para a variável VESTIMENTA CLO ............................... 81
Tabela 35: Estatísticas descritivas para a variável VESTIMENTA M²K/W .......................... 82
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Estratificação térmica da atmosfera: gases refrigerantes. ........................................ 19
Figura 2: Curva obtida em Mauna Loa (Havaí), que mostra o crescimento da concentração de
CO2 na atmosfera. .................................................................................................................... 22
Figura 3: Fatores e fontes que afetam a qualidade do ar. ........................................................ 26
Figura 4: Concentrações máximas de referência de poluentes no interior de edifícios. ...... ...28
Figura 5: Unidade interna (condensadora) e Unidade externa (evaporadora). ....................... 30
Figura 6: Princípio de funcionamento do ar condicionado ..................................................... 31
Figura 7:Princípio de funcionamento do ar condicionado tipo Split. ..................................... 32
Figura 8: Classificação do zoneamento bioclimático brasileiro.............................................. 34
Figura 9: Localização das estações de superfície e dos pontos com dados medidos por
satélite. ...................................................................................................................................... 36
Figura 10:Distribuição de Zonas Bioclimáticas conforme nova proposta. ............................. 37
Figura 11: Classificação Climática de Mato Grosso. .............................................................. 38
Figura12: Mapa do Estado de Mato Grosso destacando as cidades objeto da pesquisa. ........ 39
Figura 13: Sala de aula da UNEMAT com capacidade para 60 alunos, Campus de Sinop. ... 42
Figura 14: Planta baixa de uma das salas da UNEMAT, Campus de Sinop. .......................... 42
Figura 15: Planta baixa de uma das salas da UNEMAT, Campus de Sinop. .......................... 42
Figura 16: Etapas da Metodologia da Pesquisa. ...................................................................... 43
Figura 17: Instrumento Confortímetro HD 32.1. .................................................................... 46
Figura 18: Sonda HD320B2. ................................................................................................... 50
Figura 19: Gráfico obtido pelo Action: Relação das amostras entre as quatro cidades .......... 52
Figura 20: Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para a Cidade de Cáceres, estação Seca ............................................. 60
Figura 21: Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para a Cidade de Cáceres, estação Chuva........................................... 63
Figura 22: Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para a Cidade de Primavera do Leste, estação Seca. .......................... 63
Figura 23: Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para a Cidade de Primavera do Leste, estação Chuva. ....................... 63
Figura 24: Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
xi
concentrações de CO2, para a Cidade de Cuiabá, estação Seca. .............................................. 69
Figura 25: Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para a Cidade de Cuiabá, estação Chuva. ........................................... 71
Figura 26: Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para a Cidade de Sinop, estação Seca. ................................................ 72
Figura 27: Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para a Cidade de Sinop, estação Chuva. ............................................. 74
Figura 28: Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para o Estado de Mato Grosso, estação Seca...................................... 75
Figura 29: Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para o Estado de Mato Grosso, estação Chuva. .................................. 76
xii
LISTAS DE EQUAÇÕES
Equação 01. ............................................................................................................................. 33
Equação 02. ............................................................................................................................. 33
Equação 03 .............................................................................................................................. 33
Equação 04 .............................................................................................................................. 49
Equação 05. ............................................................................................................................. 53
Equação 06. ............................................................................................................................. 56
Equação 07 .............................................................................................................................. 56
Equação 08. ............................................................................................................................. 58
Equação 09. ............................................................................................................................. 58
Equação 10. ............................................................................................................................. 60
Equação 11. ............................................................................................................................. 60
Equação 12. ............................................................................................................................. 62
Equação 13. ............................................................................................................................. 62
Equação 14. ............................................................................................................................. 64
Equação 15. ............................................................................................................................. 64
Equação 16. ............................................................................................................................. 65
Equação 17. ............................................................................................................................. 65
Equação 18. ............................................................................................................................. 67
Equação 19. ............................................................................................................................. 67
Equação 20. ............................................................................................................................. 68
Equação 21. ............................................................................................................................. 68
Equação 22. ............................................................................................................................. 69
Equação 23. ............................................................................................................................. 69
Equação 24. ............................................................................................................................. 71
Equação 25. ............................................................................................................................. 71
Equação 26. ............................................................................................................................. 71
Equação 27. ............................................................................................................................. 71
xiii
LISTA DE ABREVIATURAS DE SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
AVAC - Aquecimento, ventilação e ar condicionado
CO2 - Dióxido de Carbono
COVT - Compostos Orgânicos Voláteis Totais
EPA - Environmental Protection Agency
HVAC - Heating, ventilating and air conditioning
NO - Óxido de Nitrogênio
NO2 - Dióxido de Nitrogênio
NOX - Óxido de Nitrogênio
OMS - Organização Mundial da Saúde
O3 - Ozônio
PTS - Partículas Totais em Suspensão
Ppm - Parte por Milhão
Ppb - Parte por Bilhão
QAI - Qualidade do ar interno
REHVA - Federation of European Heating Ventilation and Air - Conditioning Associations
SAB - Ciência Advisory Board
SED - Síndrome do Edifício Doente
xiv
RESUMO
Luciano. A. M. S. Qualidade do ar interno em ambientes de ensino climatizados:
definição de limites ótimos de Co2 para o Estado de Mato Grosso. Cuiabá - MT, 2015, 100p.
Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) – Programa de Ciências Ambientais, Universidade de
Cuiabá/UNIC.
QUALIDADE DO AR INTERNO EM AMBIENTES DE ENSINO
CLIMATIZADOS: DEFINIÇÃO DE LIMITES ÓTIMOS DE CO2 PARA
O ESTADO DE MATO GROSSO
Professores e alunos passam significativa parte do tempo em espaços interiores, salas de aula,
potencializando a exposição a concentrações de poluentes com impacto na saúde e na
qualidade de vida. Assim, estabelecimentos de ensino necessitam de sistemas de climatização
bem projetados, que forneçam taxas de ventilação adequadas para garantir conforto e bem
estar. A qualidade do ar é avaliada com a aplicação de limites na concentração de CO2,
conforme norma alemã DIN EN 13799 procedente da DIN 1946. O Estado de Mato Grosso
apresenta quatro das oito zonas bioclimáticas descritas, portanto neste trabalho de campo, se
executou um levantamento da qualidade de ar interior em instituições de ensino superior, de
quatro cidades, cada uma localizada em zonas bioclimáticas diferentes: Cáceres, Cuiabá,
Sinop e Primavera do Leste. O objetivo desse trabalho foi definir concentrações ótimas de
CO2 obtidas da relação entre dados objetivos, determinados pelo analisador de microclima HD
32.1 e dados subjetivos emitidos por usuários, através dos questionários. As medições foram
realizadas nas duas estação do ano: chuva e seca, nos três períodos do dia e simultaneamente
foram aplicados questionários para se obter um diagnóstico dos usuários sobre a qualidade do
ar com relação a mesma. Posteriormente foram comparadas essas análises com a resolução
número 9, da ANVISA e normas técnicas internacionais de qualidade do ar interior, a fim de
verificar a definição de concentrações limites de CO2. Pela regressão não linear, método
Probit, verificou-se que a concentração limite de CO2para o Estado de Mato Grosso na
estação seca foi de 2600 ppm e a concentração limite para a estação chuva foi de 600 ppm. As
maiores concentrações foram obtidas em salas de aula, que apresentaram maior taxa de
ocupação, no caso, acima de vinte ocupantes, o que confirma que os sistemas de ar
condicionado não são projetados para atender a um determinado grau de ocupação no
ambiente. Em outros ambientes, foram determinadas concentrações superiores ao limite
imposto pela norma podendo ser justificadas pela falta de renovação de ar, uma vez que, os
aparelhos de climatização destes ambientes são desprovidos desta função. Sugere-se
melhorias na qualidade do ar interno (QAI), mudanças nos sistemas de climatização,
contemplando a renovação do ar a taxas aceitáveis pela resolução vigente.
Palavras-chave:Eficiência Energética, Conforto Ambiental, ambientes climatizados,
microclima, método Probit.
xv
ABSTRACT
LUCIANO, A.M.S. Air quality in internal environments-conditioned teaching: definition
of optimal limits of CO2 for the state of MatoGrosso. Cuiaba - MT, 2015, 100p.
Dissertation (Master in Environmental Sciences) - Program of Environmental Sciences,
University of Cuiabá/UNIC.
AIR QUALITY IN AIR-CONDITIONED ENVIRONMENT INTERNAL
EDUCATION: DEFINITION OF CO2 GREAT EXTENT TO KILL
GROSSO STATE
Teachers and students spend a significant part of their time indoors, classrooms, increasing
their exposure to concentrations of pollutants that impact on their health and life quality.
Thus, educational institutions need well-designed climate control systems which provide
adequate ventilation rates to ensure comfort and well-being. Air quality is assessed by
applying limits on the concentration of CO2, according to German standard DIN EN 13799
coming from DIN 1946. The State of MatoGrosso shows four of the eight described
bioclimatic zones, so we have performed, in this field of work, a survey of the indoor air
quality in higher education institutions from four cities, each one of them located in different
bioclimatic zones: Caceres, Cuiaba, Sinop and Primavera do Leste. The objective of this work
was to define optimal concentrations of CO2 obtained from the relationship between objective
data, determined by HD 32.1 microclimate analyzer and subjective data sent by users through
the questionnaires. The measurements were performed in both: rainy and dry seasons, in three
periods of the day and questionnaires were administered simultaneously to obtain a users’
diagnosis on air quality in relation to it. Later, analyzes were compared with Resolution
Number 9 of ANVISA and international technical standards for indoor air quality in order to
check the definition of CO2 concentration limits. By nonlinear regression, Probit method, it
wasfound that the concentration CO2 limit for the state of MatoGrosso in the dry season was
2600 ppm and the concentration limit for the rainy season was 600 ppm. The highest
concentrations were obtained in classrooms which had a higher occupancy rate, in this case,
over twenty occupants, what confirms that the air conditioning systems are not designed to
meet a certain occupancy level in the environment. In other environments it has been
determined concentrations above the limit imposed by the standard, which may be explained
by the lack of air renewal, since the air conditioners in those environments are devoid of that
function. We suggest improvements in indoor air quality (IAQ), changes in air conditioning
systems, considering the renewal of the air at acceptable rates by the current resolution.
Keywords: Energy Efficiency, Environmental Comfort, air-conditioned environments,
microclimate, Probit method.
1. Introdução
1.1 Problemática
Recentemente, a United States Environmental Protection Agency (EPA) e a Science
Advisory Board (SAB) classificou a poluição do ar interno entre os cinco principais riscos à
saúde ambiental (EPA, 2009).
A má qualidade do ar está relacionada com a redução da ventilação natural nas
edificações, o que implica, aumento do acúmulo de ar poluído em ambientes internos,
combinada ainda, em muitos casos, com a aplicação de materiais sintéticos e químicospara a
construção e decoração, incrementando as fontes de poluição já pouco renovadas (COSTA,
2011).
A má qualidade do ar interno, tem sido ainda, nas últimas décadas uma das principais
causas para o desconforto, degradação da saúde e baixo desempenho dos usuários de
estabelecimentos de ensino, ocasionando diminuição na produtividade destes usuários.
A produtividade é influenciada por fatores como: baixo conforto térmico, ruído, fraca
iluminação e pela qualidade do ar interno (QAI). Sendo, a QAI cada vez mais investigada na
última década, em estabelecimentos públicos (MENDELL & HEATH, 2005).
A concepção de conforto, outro fator de impacto na produtividade, quando associado à
QAI, está relacionado com uma complexa convenção de fatores: fontes de poluição do ar
(interiores ou exteriores; físicas, químicas ou biológicas) e suas interações, as condições
ambientais, os materiais e a estrutura do edifício, as atividades, o comportamento e o
número dos ocupantes, os sistemas de aquecimento, ventilação e de ar condicionado
(HVAC), a taxa de renovação de ar e até mesmo a percepção sensorial de cada indivíduo
(CHEONG e LAU, 2003).
Tanto AVAC como HVAC, são siglas que denominam “aquecimento, ventilação e ar
condicionado”, ou em inglês, “heating, ventilatingandair”, referindo-se às três funções do
condicionamento do ar.
Carmo e Prado (1999), afirmam que poluentes como monóxido e dióxido de
carbono, amônia, óxido de enxofre e nitrogênio, são produzidos dentro do edifício por
materiais de construção, materiais de limpeza, mofo, atividades domésticas (cozinhar, lavar e
secar roupas), entre outros.
A própria concentração de pessoas em um determinado ambiente contribui
substancialmente com a poluição de ambientes internos, tanto pela respiração e transpiração,
como pelo transporte de micro-organismos potencialmente causadores de doenças. Isso sem
17
falar no cigarro, um dos principais vilões de qualquer ambiente.
Com relação as construções de unidades de ensino, habitualmente, seguem um
programa previamente estabelecido pelas Secretarias de Educação. Entende-se que o processo
de construção de uma unidade de ensino, demanda planejamento e envolve os estudos de
viabilidade, a definição das características ambientais e a preparação do projeto arquitetônico,
incluindo o projeto executivo, o detalhamento técnico e as particularizações de materiais e
acabamentos (MEC, 2006).
Com relação ao fator de qualidade do ar interno parâmetros como CO2(dióxido de
carbono) e COVT (composto orgânicos voláteis totais), podem ter efeitos sobre a
concentração e o rendimento dos usuários em seus espaços de trabalho, moradia e estudo. Por
isso, a ventilação e o número de trocas de ar dentro de um recinto, podem ser considerados
como uma variável econômica (WYON, 2001).
Os usuários dos ambientes construídos não são receptores passivos do ar que respiram
e por isso reagem à mudança na qualidade do ar, tanto quanto a variações climáticas mediante
a adaptação da roupa, a abertura de janelas e o uso de sombreamento. Mas existem gases e
substâncias que não são perceptíveis a baixas concentrações e podem afetar a saúde do
usuário (KUCHEN et al., 2009).
A simples presença humana e sua atividade aumentam, entre outros, a quantidade de
aldeídos em ambientes fechados, assim como as altas temperaturas, que aumentam a emissão
do gás, sendo que sua concentração depende também da umidade e da taxa de troca do ar
(CARMO & PRADO, 1999).
Os resultados de uma longa pesquisa realizada em 30 edifícios sobre a qualidade do ar
na Alemanha (KUCHEN et al., 2009), mostraram que as definições das concentrações ótimas
de CO2 das normas vigentes não condizem com os valores determinados pelos usuários em
ambientes reais de edifícios de escritório, assim como os limites de COVT (compostos
orgânicos voláteis), que atingiram em 100% as recomendações indicadas na literatura técnica.
Portanto, se supõe que os limites propostos na literatura internacional não são muito
restritivos e devem ser considerados com certa prudência.
1.2 Justificativa
Reconhecendo estudantes e professores como sujeitos do processo
educacional,portanto principais usuários do ambiente educacional, e ainda considerando que
18
estes usuários passam grande parte do tempo em ambientes internos, entende-se que a questão
da qualidade de vida no ambiente construído, ganha relevância e comprometimento de um
olhar atento às relações pessoa-ambiente, tendo em vista que a qualidade de vida das pessoas
é grandemente influenciada pela qualidade do ar que respiram.
Além disso as próprias pessoas e suas atividades profissionais estão entre os maiores
contribuintes para a poluição do ar em ambientes fechados, não apenas pela liberação de CO2
através da respiração, mas também pelo transporte de micro-organismos tais como bactérias,
fungos, vírus e ácaros (GALVÃO, 2008).
Schimer et al.,2009, afirmam que trabalhos realizados em locais de grande circulação
pública, (como por exemplo escolas, bancos, hospitais e outros), níveis de concentração de
CO2 foram seguidamente ultrapassados, o que representa uma fragilidade do sistema de
ventilação desses ambientes em manter condições razoáveis de ventilação, sendo importante
ressaltar que de acordo com as recomendações da resolução ANVISA nº 09, sobre padrões
referenciais de qualidade do ar interior em ambientes climatizados artificialmente de uso
público e coletivo, a concentração de CO2 não deve ultrapassar 1000 ppm.
Em ambientes de ensino por exemplo, a presença de compostos químicos e agentes
biológicos no ar interno cria condições que podem comprometero desempenho e a
concentração tanto do aluno quanto do professor.
Ambientes de ensino necessitam de sistemas de climatização bem projetados e
operados, que forneçam taxas de ventilação adequadas para garantir o conforto dos ocupantes.
Por isso o estudo da qualidade do ar em ambientes internos se faz necessário, tendo em
vista que o seu objetivo central é o de garantir saúde aos ocupantes dos diferentes edifícios,
bem como o ótimo desempenho de suas atividades.
Portanto o objetivo geral da presente pesquisa é definir concentrações ótimas de
CO2, por meio da relação dos dados obtidos pelas medições realizadas pela sondagem pontual
do HD 32.1 e questionários aplicados simultaneamente aos usuários das instituições de
ensino.
Alcançando o objetivo geral, espera-seque o presente trabalho possa auxiliar quanto a
atualização de normas, códigos de obras adequando-os aos padrões de desempenho das uni-
dades de ensino e às características específicas de cada região, bem como, contribuir com
informações às normas locais.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Atmosfera, Características e Composição
A atmosfera é resultado de processos físico-químicos e biológicos iniciados há
milhões de anos. Existem várias teorias que procuram explicar sua origem e evolução, no
entanto a hipótese mais aceita hoje, é a de que a Terra, ainda sem atmosfera, formou-se a
partir da acumulação de partículas sólidas e relativamente frias dos mais diversos tamanhos,
procedentes das nuvens de gás e poeira que originou o sistema solar. As reações térmicas que
se seguiram, tanto por processos radioativos, quanto pela sedimentação de elementos mais
densos (por efeito gravitacional), em direção ao centro da Terra, provocaram o aumento da
temperatura terrestre. Essas mudanças desencadearam reações nas camadas superficiais da
Terra, dando origem à atmosfera. Em uma primeira fase, a atmosfera era formada
basicamente por gás carbono (CO2) e vapor de água, com ausência de oxigênio livre
(BRAGA, et al., 2005).
A partir de um processo evolutivo, surgem os oceanos e o resfriamento da Terra,
originando a primeira planta capaz de realizar fotossíntese, responsável pela formação do
oxigênio. Desde então, a concentração do oxigênio foi aumentando até chegar aos níveis
atuais.
Além do oxigênio a atmosfera terrestre contém outros gases sendo os principais
apresentados na tabela a seguir.
GASES (%)
NITROGÊNIO (𝐍𝟐) 78,11
OXIGÊNIO (𝑶𝟐) 20,95
ARGÔNIO (𝑨𝒓) 0,934
GÁS CARBÔNICO (𝐂𝐎𝟐) 0,033
Tabela 1: Distribuição percentual média dos gases da atmosfera terrestre.
Fonte: BRAGA et. al., (2005).
Os seguintes gases em menores composições, também fazem parte da atmosfera
terrestre: neônio, hélio, criptônio, xenônio, hidrogênio, metano, ozônio e dióxido de
nitrogênio (NO2), entre outros. Além dos gases, também são encontrados na atmosfera
20
terrestre, o seguintes constituintes: vapor de água e material particulado orgânico (polens e
microrganismos) e inorgânico (partículas de areia e fuligem).
Quanto a estrutura atmosférica, existem diversas maneiras de se descrevê-la. A
classificação escolhida, conforme a figura abaixo é o perfil de variação de gradiente térmico
(temperatura) em função da altitude. Trata-se da classificação mais adequada para o ponto de
vista ambiental (BRAGA, et.al., 2005).
Conforme a figura, grande parte do oxigênio (90%) se encontra em uma fina camada,
cuja altitude varia entre 10 km e 12 km denominada, troposfera. É a camada, do ponto de
vista climático, que possui fundamental importância, pois é responsável pelas condições
climáticas da Terra.
A seguir temos a estratosfera, camada importante, rica em ozônio (O3), que protege a
Terra das radiações ultravioletas provenientes do Sol.
Acima da estratosfera, se encontra a mesosfera que possui um forte decréscimo de
temperatura registrando-se nela a temperatura mais baixa da atmosfera.
A estratificação térmica da atmosfera, termina com a camada termosfera, camada
muito importante para as telecomunicações.
Figura 01: Estratificação térmica da atmosfera: gases refrigerantes.
Fonte: CETESTRIO (2015).
21
2.1.1 Poluição do ar e Classificação de Poluentes
As primeiras leis de qualidade do ar, surgiram no século XIII (1273), quando o rei
Eduardo da Inglaterra, proibiu o uso do carvão com alto teor de enxofre e também, por causa
da fumaça e odor produzidos.
Em 1911, em Londres, ocorreu o primeiro desastre decorrente da poluição
atmosférica havendo 1.150 mortes em decorrência da fumaça produzida pelo carvão.
Atualmente, algumas cidades como Los Angeles, São Paulo e Cidade do México, são
conhecidas por eventos críticos de poluição do ar provocados pelos gases emitidos por
veículos.
A poluição do ar existe quando ele contém uma ou mais substâncias químicas em
concentrações suficientes para causar danos em seres humanos, em animais, em vegetais ou
em materiais. Esses danos podem advir também de parâmetros físicos, como por exemplo, o
calor e o som. Essas concentrações dependem do clima, da topografia, da densidade
populacional, do nível e do tipo das atividades industriais locais (BRAGA, et al., 2005).
Os poluentes são classificados em primários e secundários. Os poluentes primários
são aqueles que são lançados diretamente no ar: dióxido de enxofre (SO2), os óxidos de
nitrogênio (NOx), o monóxido de carbono (CO) e alguns particulados como a poeira.
Os poluentes secundários são aqueles que se formam na atmosfera por meio de
reações que ocorrem em razão da presença de certas substâncias químicas e determinação de
condições físicas. Por exemplo, o SO3,(formado pelo SO2 e O2 no ar) reage com o vapor de
água para produzir o ácido sulfídrico (H2SO4), o que precipita originando a chamada "chuva
ácida".
O dióxido de carbono (CO2) se apresenta como um dos principais poluentes do ar. É
o principal composto resultante da combustão completa de combustíveis fósseis e de outros
materiais que conteriam carbono, além de ser gerado no processo de respiração aeróbia dos
seres vivos, que utilizam o oxigênio para poder liberar a energia presente nos alimentos que
são ingeridos.
2.1.2 Poluição do Ar em Diferentes Escalas Espaciais
Quando se fala em controle de poluição, fazer a distinção entre as fontes de poluição
é fundamental, tendo em vista que o tratamento do problema é diferente em cada caso.
22
As fontes de poluição, do ponto de vista espacial podem ser classificadas em: móveis
e estacionárias. Fontes móveis são aquelas que emitem poluentes de forma dispersa, como por
exemplo os veículos. As fontes estacionárias, são as que emitem poluentes de maneira
pontual, produzindo cargas difusas, como por exemplo as chaminés de indústrias.
Quanto as áreas atingidas pelos problemas da poluição, estas podem ser classificadas
em locais ou globais.
Os locais refere-se a problemas de poluição em uma região relativamente pequena,
como uma cidade por exemplo. Geralmente são formados por episódios críticos de poluição
em cidades e dependem dos poluentes, classificando-se em dois tipos:
Smog Industrial: Típico de regiões frias e úmidas, os picos de concentração ocorrem
no inverno. É predominante em regiões industriais ou em regiões onde é intensa a queima de
óleo para aquecimento doméstico e para geração de energia elétrica (usinas termoelétricas).
Os principais componentes são o dióxido de enxofre (SO2) e o material particulado (MP).
Exemplos de cidades sujeitas a esse smog: Londres, Chicago. Uma característica deste tipo de
smog é a sua cor cinza (névoa que recobre as cidades).
Smog Fotoquímico:É típico de cidades ensolaradas, quentes, de clima seco. Os picos
de evolução ocorrem em dias quentes, com muito Sol.O principal agente poluidor neste caso,
são os veículos, que geram uma série de poluentes.
A característica principal do smog fotoquímico é a sua cor avermelhada/marrom; seu
pico de concentração ocorre no período da manhã.
Os globais são aqueles que envolvem a ecosfera, regiões consideradas grandes, nas
quais se envolvem um esforço mundial para controlá-los, como por exemplo: efeito estufa,
destruição da camada de ozônio e chuva ácida.
Efeito Estufa: É um mecanismo natural do planeta Terra para possibilitar a
manutenção da temperatura numa média de 15ºC, ideal para o equilíbrio de grande parte das
formas de vida em nosso planeta. Sem o efeito estufa natural, o planeta Terra poderia ficar
muito frio, inviabilizando o desenvolvimento de grande parte das espécies animais e vegetais.
Isso ocorreria, pois a radiação solar refletida pela Terra se perderia totalmente.
No entanto o lançamento de gases estufa (CO2, metano, óxido nitroso e
clorofluorcarbono CFCs), aumentam a quantidade de energia que é mantida na atmosfera em
decorrência da absorção do calor refletido ou emitido pela superfície do planeta, o que
provoca a elevação da temperatura a atmosfera. Admite-se que além que, além de provocar
modificações climáticas, o aquecimento da Terra possa causar a elevação do nível dos
23
oceanos, ter impactos na agricultura e na silvicultura, afetando todas as formas de vida do
planeta (BRAGA et al., 2005).
A figura abaixo mostra o crescimento da concentração de CO2, na atmosfera.
Figura 2: Curva obtida em Mauna Loa (Havaí), que mostra o crescimento da concentração de CO2atmosfera.
Fonte: http://cdiac.esd.ornl.gov/ftp/trends/co2/maunaloa.co2).
Uma das conclusões significativas desses dados é que, quanto maior a temperatura da
Terra, maior é a concentração do CO2, o que equivale a dizer, que o controle do efeito estufa,
passa, necessariamente, pelo controle da emissão doCO2,sendo a solução, diminuir a emissão
resultante da queima de combustível, por exemplo, utilizando fontes alternativas de energia.
Destruição da Camada de Ozônio: A camada de ozônio está localizada na
estratosfera, entre 15 km e 50 km de altitude, tendo esta camada capacidade de bloquear as
radiações solares, principalmente a radiação ultravioleta.
É de extrema importância para a manutenção da vida terrestre, pois caso ela não
existisse, as plantas teriam sua capacidade de fotossíntese reduzida e os casos de câncer de
pele, catarata e alergias aumentariam, além de afetar o sistema imunológico.
Chuva Ácida:É um fenômeno onde gases nitrogenados e sulfonados produzidos por
uma série de atividades da sociedade em geral, reagem com o vapor de água produzindo
ácidos, precipitando-se nos solos pela ação da chuva.
Outro motivo, para ocasionar a chuva ácida é o mecanismo de deposição de sais
dissolvidos (deposição de ácidos), considerando ácida, a chuva que apresenta pH inferior a
5,6.
Braga (2005), destaca, que na região amazônica já se verificou chuvas com pH de
24
ordem 4,7, em razão provavelmente da formação de ácido sulfídrico proveniente da oxidação
do H2S (gás sulfídrico) produzido nos alagados da região ou da formação de ácidos orgânicos
(fórmico e acético) na queima de biomassa.
2.2 Qualidade Ambiental Interior
A construção sustentável é definida como um sistema construtivo que promove
alterações conscientes no entorno, de forma a atender as necessidades de edificação e ao uso
do homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais. Os edifícios
sustentáveis são aqueles que proporcionam um ambiente saudável e adequado a todos os seus
ocupantes, tendo em vista a satisfação das suas necessidades, sem prejudicar a capacidade dos
sistemas ambientais de satisfazerem as necessidades das gerações futuras.
Alfano et al. (2010), consideram que a qualidade ambiental está relacionada com a
coexistência do conforto térmico, conforto visual, qualidade do ar interior e conforto acústico.
Dentre os fatores que influenciam diretamente a qualidade do ar interno pode-se citar:
características próprias da edificação (fachadas, mobiliários e materiais de construção);
condições externas (poluição do ar, temperatura exterior, sol e luz natural), serviços do
edifício (sistemas de ventilação e iluminação); pessoas e atividades (utilização de
equipamentos de ventilação, tintas, colas, limpezas).
2.2.1 Qualidade do Ar Interior
O ar interno pode ser definido como sendo aquele de áreas não industriais, como
escritórios, habitações, hospitais e escolas (WANG, 2007).
A partir da década de 70, com a crise energética surgem, em países desenvolvidos,
construções de edifícios desprovidos de ventilação natural, também citados por alguns autores
como edifícios selados.
Os edifícios, contam com um sistema de controle automatizado de entrada de ar,
baseado apenas nas alterações de temperatura, o que em muitos casos, não garante a qualidade
necessária a manutenção da saúde e bem estar de seus ocupantes (GIODA, 2003).
Este fator contribui para a diminuição das taxas de troca de ar, sendo o grande
responsável pelo aumento da concentração de poluentes biológicos e não biológicos no ar
interno. Essa preocupação se justifica uma vez que grande parte das pessoas passa a maior
25
parte do seu tempo (em torno de 80%) dentro destes edifícios, sejam eles comerciais ou
industriais e, consequentemente, expostas aos poluentes destes ambientes (CARMO&
PRADO, 1999).
Cabe ressaltar que estes sistemas quando mal operados ou sem manutenção adequada,
acabam tornando-se potenciais fontes de contaminantes, principalmente de materiais
particulados decorrentes do acúmulo de umidade desses sistemas (CARMO et al, 1999).
Estudos apontados pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA),
mostram que níveis de concentração de contaminantes podem ser de duas a cinco vezes
maiores em ambientes internos do que nos externos, trazendo riscos à saúde de ocupantes que
mantém uma permanência constante em ambientes internos.
2.2.2 Avaliação da Qualidade do Ar Interior
A necessidade do monitoramento da qualidade do ar em ambientes internos (QAI),
surgiu da tendência de construção de edifícios climatizados artificialmente. Usualmente as
pessoas passam 90% do tempo em ambientes fechados (CHEONG & LAU, 2003), tornando a
qualidade do ar destes ambientes um fator indispensável à manutenção da saúde e
desempenho de suas atividades diárias (SILVA, 2010).
Em 2008, a Organização Mundial de Saúde (OMS), com base em estudos de fatores de
risco às doenças, afirmou que a poluição do ar em ambientes internos é considerada o 8º fator
de risco, fazendo parte de 2,7% dos casos de doenças no mundo. Mesmo assim, a qualidade
do ar em ambientes fechados não é extensivamente monitorada como o ar exterior.
Em países desenvolvidos, a qualidade do ar interior é comprometida pelo mau uso dos
sistemas de condicionamento do ar, levando a má circulação e renovação do ar, e
contribuindo para uma maior concentração de seus contaminantes (WANG, 2007).
No que diz respeito a qualidade do ar interno em instituições de ensino, LEE et. Al.
199, precursores dos estudos sobre a qualidade do ar especificamente em escolas na Cidade
muitas de Hong Kong, trazem significativas informações.
Mostraram que frequentemente as concentrações de CO2 eram superiores aos limites
legais, devido a sobrelotação e inadequada ventilação em ambientes escolares, gerando como
consequência, uma maior prevalência dos sintomas relacionados a síndrome do edifício
doente (SED), entre professores e alunos, ampliando o baixo desempenho e produtividade.
Consideram ainda que o desempenho está diretamente relacionado com a taxa de
26
ventilação, já que quando esta taxa se encontra abaixo de 10 L/s, o desempenho diminui,
tornando-se ainda mais crítica tal situação quando abaixo de 4L/s.
Em Portugal, por exemplo, já existem manuais,desenvolvidos com base na REHVA
(Federation of European Heating Ventilationand Air –Conditioning Associations), os quais,
especificam a qualidade do ambiente interior e eficiência energética nas Escolas.
2.3 Sídrome do Efifício Doente
Um dos fatores relevantes que faz com que a qualidade do ar interior venha se
tornando um tema ambiental de grande importância é o aumento, de queixas de ocupantes em
ambientes internos.
Essas reclamações ou queixas tem sido crescente e muitas vezes relacionadas com o
uso de materiais sintéticos e ainda, devido as medidas de conservação de energia que reduzem
as taxas de ventilação.
O termo SED, significa Síndrome do Edifício Doente, sendo usado para descrever
situações de desconforto relacionados com a permanência humana no interior de edificações.
O conjunto de sintomas como dores de cabeça, náuseas, fadiga, sonolência, irritação
dos olhos, nariz, garganta, quando aliviados após a saída dos usuários do edifício, é
considerado pela OMS, Organização Mundial da Saúde, desde 1983, como Síndrome do
Edifício Doente. Além disso, o manual, número 13 da REHVA, refere-se que o SED se
manifesta quando todos os sintomas são registrados por cerca de 20% as pessoas durante um
período de pelo menos duas semanas (D’AMBROSIO FR et al, 2010).
A origem dos sintomas citados acima podem ser multifatoriais, ou seja, podem
envolver mecanismos químicos, microbiológicos, físicos e psicológicos.
Além disso, o uso de equipamentos como impressoras laser,
fotocopiadoras,computadores, produtos de limpeza e a poluição do ar exterior, contribuem
para o aumento dos níveis de contaminação do ar interior. As reações a estes agentes podem
conduzir ao fenômeno conhecido como Síndrome do Edifício Doente (SED).
Outro fator relevante a ser considerado, é que de acordo com SEPPANEN et. al.,
1999, existe uma maior prevalência destes sintomas nos edifícios com sistemas de ar
condicionado comparativamente aos edifícios com sistemas de ventilação natural e de
ventilação mecânica simples.
Por isso, a importância de se projetar um sistema de HVAC (Aquecimento, Ventilação
27
e Ar Condicionado) bem dimensionado e sobretudo mantido em boas condições de
funcionamento e de higiene ao longo da sua vida, que seja capaz de impedir a livre circulação
de contaminantes entre o exterior e o interior ou entre diferentes espaços interiores do edifício
sem colocar em risco a QAI (DENE, 2009). .
Algumas decisões na fase do projeto, podem causar alguns danos à QAI, como por
exemplo a inexistência de bons acessos para a manutenção, inadequada distribuição do ar,
imprópria seleção dos filtros entre outros. Constata-se, portanto, que a QAI dependente de um
bom projeto do sistema AVAC e que a sua má elaboração terá grandes custos dispendiosos
para remediar estes problemas em fase de ocupação. Os sistemas de AVAC resolvem 80%
dos problema s de QAI (COSTA, 2011).
A figura 03, mostra fatores e fontes que afetam a qualidade do ar e conforto do
ambiente:
Figura3: fatores e fontes que afetam a qualidade do ar e conforto do ambiente.
Fonte: Guia técnico de qualidade do ar em espaços interiores, da agência portuguesa do ambiente, 2009.
O ar ambiente interior de um edifício, pode ser definido como sendo o resultado, da
interação da sua localização, do clima, do sistema de ventilação do edifício, das fontes de
contaminação (mobiliário, fontes de umidade, processos de trabalho e atividades, e poluentes
exteriores), e do número de ocupantes do edifício (Guia técnico de qualidade do ar em
espaços interiores, da agência portuguesa do ambiente, 2009).
28
2.3.1 Valores limites de concentrações de poluentes
Em termos globais,podemos dizer que, não existe uma só norma que estabeleça
valores de referência para todos os poluentes da QAI. O que existe são normas nacionais e
internacionais que refletem os resultados de vários estudos relevantes epidemiológicos,
clínico se testes toxicológicos, associados a determinados tempos de exposição das pessoas
aos poluentes.
A OMS possui diretrizes com normas específicas para valores de referência e limites de
exposição de vários poluentes, direcionadas para diferentes países. No caso da Europa, a primeira
edição de um guia da qualidade do ar (Air Quality Guidelines) publicado pela OMS foi em 1987,
e revisto em 2000, em uma segunda edição para abordar os riscos de saúde relacionados a 37 dos
poluentes atmosféricos mais comuns (COSTA, 2011). Desde então, com novos estudos e a
aquisição de conhecimentos na área, o guia sofreu outras revisões.
No guia da qualidade do ar interior, citado no parágrafo anterior são apresentados
valores de referência de alguns poluentes da QAI, segundo a OMS para a Europa, e outras
normas utilizadas no Canadá, Alemanha e Estados Unidos.
A concentração indicada é considerada "máxima admissível", e por vezes, associada a
um determinado tempo de exposição no ar ambiente interior dos edifícios e ambientes de
trabalho industrial. Com base nos valores de referência das concentrações de alguns
poluentes de interesse, verifica-se a causa um determinado efeito na saúde e no ambiente,
servindo de guia para projetos de edifícios, diagnósticos, e projetos de sistemas de ventilação,
quando se utiliza o procedimento IAQ (seção 2.3.7) da norma ASHRAE 62-2007.
Em Portugal, as concentrações de algumas substâncias não devem ultrapassar os
limites máximos impostos no RSECE (Figura 4), cuja verificação é obrigatória, no caso de
edifícios ou frações autônomas existentes, na realização de auditorias periódicas (COSTA,
2011).
No âmbito das auditorias, referentes a qualidade do ar interno, os poluentes devem ser
objetos de verificação de conformidade, com relação as concentrações máximas de poluentes,
conforme a figura 04.
29
Figura 04:Concentrações máximas de referência de poluentes no interior de edifícios.
Fonte: Resolução 09 da ANVISA (2003).
A melhoria da QAI nos edifícios pode ser alcançada através da redução dos
contaminantes no exterior e interior. A diminuição das fontes poluidoras, a remoção dos
contaminantes na fonte (através de sistemas de exaustão) e a diluição dos poluentes através
Qualidade do Ambiente Interior de uma eficiente ventilação, são as formas de reduzir os
contaminantes no interior dos edifícios (PARREIRAL, 2011).
2.3.2 Análise da qualidade do ar através do CO2
O dióxido de carbono é um gás incolor, inodoro e não inflamável, obtido a partir da
queima de combustíveis fósseis, como a gasolina (fumaça do cano de descarga de
automóveis) e por processos metabólicos, como a respiração de seres humanos e animais, e
presente na fumaça de cigarros (CHEONG, 2003).
A concentração interna do CO2depende dos níveis externos deste gás e da sua taxa de
produção dentro do estabelecimento e é um bom indicador do nível de ventilação e renovação
do ar interior.
Apesar de ser um gás relativamente atóxico, o acúmulo de CO2 no ambiente provoca
o aumento da sensação de abafamento, calor e falta de ar nos ocupantes e é indicativo de que
o ambiente é incapaz de diluir concentrações de poluentes químicos mais nocivos, como o
dióxido de nitrogênio, também presente na composição da fumaça dos cigarros expelida pelos
fumantes, e o formaldeído, utilizado na fabricação de materiais de limpeza.
A resolução ANVISA número 09, considera o CO2, como um indicador das taxas de
30
renovação do ar em ambientes climatizados, o que significa, que quando suas concentrações
ultrapassam de 1000 ppm, as taxas de ventilação estão abaixo do ideal, facilitando a diluição
de outros contaminantes.
A produção de CO2pelas pessoas depende de uma série de variáveis, como a atividade
física, do tamanho e altura do corpo, etc.
Na respiração humana o consumo volumétrico de O2 é maior que o volume de
CO2emitido. A razão da taxa volumétrica entre o oxigênio O2consumido e o CO2produzido
depende da dieta, do nível de atividade física, e das condições físicas da pessoa.
O dióxido de carbono é resultado do processo respiratório das pessoas e das máquinas
em que ocorre combustão quando se aplica, portanto, está presente no ambiente interno.
É um componente natural do ar e sua concentração em uma da da amostra é
geralmente expressa por partes por milhão (ppm).
O CO2, funciona como um indicador da qualidade do ar e eficiência da ventilação,
porque em salas ocupadas o nível de CO2 aumenta se a taxa de renovação do ambiente, for
menor do que as recomendadas pelas normas. Por isso, é considerado, um bom indicador para
verificar a adequação quanto à tomada de ar externo.
Por esse motivo, o dióxido de carbono, foi utilizado como representativo de outros
gases.
2.4 Sistemas de Climatização: Princípio de Funcionamento do Ar Condicionado Split
O conceito de climatização surge da necessidade de utilizar recursos eletromecânicos
com a finalidade de promover condições de conforto para os ocupantes de recintos ou
ambientes ditos confinados (BASTO, 2005).
BASTO (2005), ainda afirma que as condições de boa qualidade do ar dependem não
só das variáveis de temperatura, umidade, velocidade do ar, mas também da ventilação no
processo de climatização do ambiente, tendo em vista a necessidade de eliminação de gases e
odores, e outros contaminantes.
A ventilação se define como sendo a movimentação do ar no interior com intuito de
renovar o ar viciado e promover a entrada do ar de melhor qualidade.
Os sistemas de climatização do tipo Split são aparelhos do tipo versáteis e
semelhantes aos condicionadores de janelas, porém estes são divididos em duas partes
interligadas por conexões onde a primeira (evaporadora) condiciona o ar e é instalada no
31
interior do ambiente e a segunda (condensadora) é colocada no exterior do edifício(BASTO,
2005).
Essas unidades são interligadas através de uma tubulação conhecida como tubulação
frigorífera que é composto por dois tubos de cobre, um de espessura mais grossa e outro de
espessura mais fina: linha de líquido e linha de gás.
Figura 5: Unidade interna (condensadora) e Unidade externa (evaporadora).
Fonte: Manual SAMSUNG.
O ar refrigerante que é o gás da unidade externa na forma liquida, através da
tubulação mais fina, aonde ele inunda a unidade evaporadora se expandindo até ficar em
forma de gás, sendo succionado pela tubulação mais grossa para a unidade externa (unidade
condensadora).
Na unidade condensadora o compressor exerce trabalho mecânico sobre o ar
refrigerante, transformando-o em vapor aquecido.
O vapor inunda a unidade condensadora, perde seu calor e se transforma em liquido
novamente. Esse ciclo contínuo faz com que a unidade interna, diminua o calor do ambiente.
32
Figura 06: Princípio de funcionamento do ar condicionado.
Fonte: adaptado, Manual SAMSUMG.
O fato é que a linha de condicionadores splits (separados) não contém nenhum
dispositivo ou artifício que faça a renovação doar para atender a NBR 16401, norma referente
a instalações de ar condicionado – Sistemas Centrais e Unitários, uma vez que o volume de
renovação necessário para o enquadramento à norma varia em função do ambiente e não em
função do produto (SILVEIRA, 2014).
Significa que este sistema de climatização apenas condiciona (filtra e resfria) o ar
que está num ambiente normalmente, com suas portas e janelas fechadas.
Trata-se de um processo contínuo fazendo com que o ar existente no local, “passe”
pela evaporadora várias vezes até ser resfriado.
Na figura a seguir e com base na afirmação de SILVEIRA (2014), pode-se visualizar
o princípio de funcionamento do condicionador de ar Split, sem renovação de ar exterior.
Este tipo separa o lado quente e o lado frio do sistema da seguinte maneira: O lado
frio (evaporador), composto de válvula de expansão, ventoinha, serpentina e colmeia é
colocado dentro do ambiente a ser climatizado através do sistema de distribuição de ar
causado pela ventoinha e aletas.
O lado quente, conhecido como a unidade condensadora, fica na parte externa do
ambiente climatizado. Esta unidade consiste de um trocador de calor com tubos em espiras
(serpentina), e é composto por compressor e ventoinha. O gás sai do compressor em alta
pressão e alta temperatura.
No caminho que percorre no condensador ele perde calor e continua perdendo no
“elemento de expansão” (tubo capilar e filtro secador). No evaporador, o gás já chega frio,
pronto para refrigerar o ambiente interno e carregando o calor para o ambiente externo.
33
Figura 07: Princípio de funcionamento do ar condicionado tipo Split, onde o ar de retorno, rico em CO2 retorna
ao ambiente sem renovação.
Por haver uma unica interligação entre a unidade evaporadora com a unidade
condensadora, percebe-se o retorno do ar, rico em CO2 ao ambiente sem rnovação.
Em níveis altos, o CO2pode causar sonolência e até asfixia. Embora não seja tão
prejudicial quanto os outros gases é comumente utilizado como como um indicador de
qualidade do ar e eficiência de ventilação; em salas ocupadas o nível de CO2 aumenta se a
taxa de renovação do ar por pessoa for menor do que a recomendada por normas, por isso é
recomendado um bom indicador para verificar a adequação quano à tomada de ar externo.
No Brasil, temos como norma que aborda o dióxido de carbono como representativo
de outros gases, a Resolução número 09, da ANVISA (2003), a qual estabelece que a
concentração máxima permitida de dióxido de carbono no ambiente seja de 1000 ppm (partes
por milhão), ou seja, 0,1 % da composição do ar
A norma ASHRAE (2007), propõe um cálculo para a concentração máxima de um
34
ambiente, o qual depende do nível de atividades dos ocupantes relativo à cocentração de
dióxido de carbono do ar interno:
𝐶𝑆 − 𝐶𝑂 = 𝑁
𝑉𝑂(Equação 1)
Onde:
𝐶𝑆 = concentração de CO2 no ambiente
𝐶𝑂 = concentração de CO2 no ar exterior
𝑁 = Taxa de produção de CO2 por pessoa
𝑉0 = vazão de ar externo por pessoa
Ainda com base na ASHRAE (62.1, 2007), para uma atividade típica de escritório por
exemplo, temos o nível de 1,2 met, sendo a taxa de produção de CO2 por pessoa de 0,31
L/min. Considerando ainda que a renovação de ar necessária por pessoa é de 7,5 l/s, temos
como exemplo:
𝐶𝑆 − 𝐶𝑂 = 0,31
7,5 𝑥 60 (Equação 2)
𝐶𝑆 − 𝐶𝑂 = 0,000689 CO2/l de ar (Equação 3)
O resultado 0,000689 co2/L de ar, corresponde a 689 ppm.
Com base nos valores ainda da mesma norma, significa que utilizando a concetração
de 383 ppm para 𝐶𝑂(concentração de ar externo), o ar interior deve possuir uma concentração
máxima de 1072 ppm, sendo este valor póximo ao valor limite de 1000 ppm, da resoução
número da ANVISA (2003).
3 ÁREA DE ESTUDO
3.1 O Zoneamento Bioclimático
O Zoneamento Bioclimático Brasileiro faz parte da NBR 15220-3, norma de
Desempenho Térmico de Edificações Habitacionais Unifamiliares de Interesse Social, em
vigor desde 2005 pela ABNT.
Apresenta a divisão do território brasileiro em oito zonas relativamente homogêneas
quanto ao clima. Divisão esta, realizada com base na relação de 330 cidades cujos climas
foram classificados.
As recomendações técnico-construtivas foram concebidas considerando os seguintes
parâmetros e condições de contorno: dimensões de aberturas para ventilação, proteção de
aberturas, paredes externas e cobertura e as estratégias de condicionamento térmico passivo
(ABNT, 2005).
Figura 08: Classificação do zoneamento bioclimático brasileiro.
Fonte: LAMBERTS (2012).
36
Esta normativa vem cumprindo com um importante papel no que diz respeito, a
melhoria do desempenho térmico em habitações populares, buscando aprimorar a qualidade
requerida de moradias de interesse habitacional.
No entanto, mesmo esta normativa estando em vigor, a classificação bioclimática de
alguns municípios, como Sinop (MT) por exemplo, cidade localizada em uma zona de
transição, gera muitas incertezas, tornando-se necessária a revisão de alguns aspectos
relacionados ao modo de como o zoneamento bioclimático brasileiro foi elaborado.
O zoneamento bioclimático da norma, foi elaborado através de normas climatológicas
de pouco mais de 300 municípios, o que significa que para todo o resto do território nacional,
aplicou-se a interpolação dos dados climáticos, causando incerteza quanto a classificação da
zona bioclimática.
A NBR 15220, também determina os limites geográficos com base nos critérios
criados tanto pela carta bioclimática de Givoni quanto pelas planilhas de Mahoney, o que
reflete em um número de zonas bioclimáticas insuficientes e de baixa homogeneidade, não
sendo coerente com a diversidade climática do Brasil.
A proposta atual de revisão do zoneamento bioclimático do Brasil, foi divulgada em
agosto de 2012, sendo submetida ao grupo de discussão da Associação Nacional de
Tecnologia do Ambiente Construído, ANTAC.
Figura 09: Localização das estações de superfície e dos pontos com dados medidos por satélite.
Fonte: Nova proposta de zoneamento bioclimático brasileiro (LABEEE).
A base de dados climáticos, foi constituída com base em 11 fontes, monitorando
1265 lugares do território nacional. Sendo que alguns destes lugares não são sedes de
37
municípios.
Com relação as regiões sem dados monitorados, estabeleceu-se uma grade com
pontos a cada grau de latitude e longitude, adotando-se para estes pontos as médias mensais
de temperatura máxima e temperatura mínima, medidas pela NASA, por meio de satélites.
Enfim, esta proposta admite que o território brasileiro possui vinte zonas
bioclimáticas, divididas em três grandes grupos e localizadas de acordo com a figura abaixo:
(a) Zonas de 1 a 8: temperaturas médias anuais abaixo de 20º C
(b) Zonas de 9 a 16: temperaturas médias anuais entre 20º e 26º C
(c) Zonas de 17 a 20: temperaturas médias anuais acima de 26º C
Figura 09: Distribuição de Zonas bioclimáticas por temperatura, conforme a nova proposta.
3.2 O Estado de Mato Grosso
O Estado de Mato Grosso está situado na parte central da América do Sul, sendo as
cidades escolhidas para a coleta de dados: Cáceres, Cuiabá, Primavera do Leste e Sinop,
localizadas em diferentes zonas bioclimáticas.
A classificação climática de cada cidade, foi realizada com base nas informações do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que segue o modelo climático prescrito por
Köppene no Zoneamento Socioeconômico-ecológico de Mato Grosso, cuja classificação
climática é considerada mais detalhada e apropriada para pesquisas acadêmicas, conforme
apresentada na Figura 01 (MAITELLI, 2005).
38
Figura 10: Classificação climática de Mato Grosso.
Fonte: MAITELLI, 2005 (Adaptado).
3.2.1 O Clima
Clima é o resultado das interações entre superfície e atmosfera que permitem
determinar as características climáticas de um determinado lugar. Podemos também dizer que
o Clima é a sucessão habitual dos tipos de Tempos (MAITELLI, 2005).
Sendo o clima um fenômeno multivariado, decorrência das interações entre a
atmosfera e a superfície, torna-se difícil determinar parâmetros para se determinar tipos
climáticos caracterizados, dificultando uma classificação climática satisfatória.
De acordo com essa classificação, o estado de Mato Grosso apresenta duas unidades
climáticas: I - Clima Equatorial Continental com Estação Seca Definida (3 a 5 meses); e II –
Clima Tropical Continental Alternadamente Úmido e Seco. Essas unidades são ainda
divididas em subunidades de acordo com características referentes à temperatura,
pluviosidade e altitude. (MAITELLI, 2005).
Clima Tropical Chuvoso de Floresta (Af): Clima tropical, com temperaturas médias
superiores a 18º C em todos os meses. A precipitação anual é abundante e maior que a
evaporação; ocorre em áreas de florestas. Em Mato Grosso, ocorre na porção setentrional,
área de mata de transição e floresta tropical.
39
Clima de Savana (Aw): Clima tropical, com estação seca, no outono/inverno, e
estação chuvosa, na primavera/verão. Ocorre na porção centro-sul do Estado de Mato Grosso
e em trechos do Pantanal.
Clima Tropical de Altitude (Cwa): Clima chuvoso, com inverno seco, onde as
temperaturas do mês mais quente estão acima de 22º C. Em Mato Grosso, ocorre no extremo
sul em áreas com altitudes de 800 m.
3.2.2 Zoneamento bioclimático de Mato Grosso
O Mato Grosso apresenta quatro das oito zonas bioclimáticas descritas, na figura 07.
Tratam-se das zonas 5, 6, 7 e 8 representadas pelas cidades de Vera, Rondonópolis, Cuiabá e
Cáceres, respectivamente.
Figura 11: Zona bioclimática do Estado de Mato Grosso, segundo NBR 15220.
Fonte: SANCHES (2011), adaptado.
O Estado ainda abrange a zona 03, a qual aparece em uma pequena proporção na
região sul do estado. Por não apresentar nenhuma sede de município, a mesma foi desprezada
para este trabalho,
40
3.2.3 Caracterização das cidades
As cidades escolhidas para a coleta de dados: Cáceres, Cuiabá, Primavera do Leste e
Sinop, localizadas em diferentes zonas bioclimáticas. O motivo da escolha destas cidades, foi
o fato de as mesma pertencerem a zonas bioclimáticas diferentes conforme a NBR 15220.
Figura 12: Mapa do Estado de Mato Grosso, destacando as cidades objeto de pesquisa.
Fonte: autoria própria.
CÁCERES:
Está situada em áreas da depressão cuiabana e do pantanal mato-grossense, portanto
encontra-se localizada na zona bioclimática 8.
Pela classificação de Köppen, o clima de Cáceres se classifica em clima tropical, com
estação seca, no outono/inverno, e estação chuvosa, na primavera/verão. Ocorre na porção
centro-sul do Estado de Mato Grosso e em trechos do Pantanal (MAITELLI, 2005).
Em uma classificação climática detalhada, Cáceres se localiza em uma subunidade
climática II-A, a qual se refere às depressões e planícies com altitudes entre 95 e 200 m de
altitude, onde o clima pode ser classificado como Tropical Megatérmico Sub-úmido.
Devido sua localização, existe uma nítida diminuição dos totais de chuva (200 a 1500
mm), bem como um aumento nas perdas superficiais de água por evapotranspiração
(aproximadamente entre 1.350 e 1.450 mm). As temperaturas médias oscilam entre 25º C e
26º C, enquanto as máximas ultrapassam, frequentemente, 35º C durante quase o ano todo e o
período se prolonga de abril-maio a setembro-outubro.
CUIABÁ:
O município de Cuiabá possui uma área de 3.224, 68 km², sendo que a área urbana
41
ocupa 251,94 km² e a área rural 2972, 74 km², limita-se ao norte com os municípios de
Acorizal, Rosário Oeste e Chapada dos Guimarães, ao leste com Chapada dos Guimarães, ao
sul com Santo Antônio do Leverger a oeste com Várzea Grande e Acorizal (MAITELLI,
1994).
Localiza-se no centro sul mato-grossense Quente semiúmido, zona bioclimática 07.
SINOP:
O município de Sinop está localizado na região norte do estado de Mato Grosso, mais
precisamente nas coordenadas 11.86º S e 55.5° W (IBGE, 2010).
O município encontra-se na região conhecida como Amazônia Legal e está localizada
no bioma da Amazônia, no entanto como mostra IBGE (2004), sofre influência também do
bioma do Cerrado.
Devido a essas características, o clima do município é considerado por muitos autores
como sendo de transição. Como citado anteriormente, esta é a principal justificativa para a
adoção do Método de Mahoney Nebuloso.
Conforme a classificação de Wladimir Köppen, baseado na temperatura e precipitação,
Mato Grosso apresenta os seguintes tipos de clima:
Segundo a classificação adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
que segue o modelo climático prescrito por Köppen, o clima da região é Equatorial Quente e
Úmido, caracterizado por temperaturas médias superiores a 18°C em todos os meses do ano
além de apresentar três meses secos (IBGE, 2002). No entanto, a classificação climática
considerada mais detalhada e apropriada para pesquisas acadêmicas é a apresentada no
Zoneamento Socioeconômico-ecológico de Mato Grosso, apresentada na Figura 01
(MAITELLI, 2005).
Localiza-se na unidade climática de zona I, Clima equatorial continental com estação
seca definida (3 a 5 meses), subunidade IC, a qual corresponde às superfícies mais elevadas
(altitudes entre 400 e 600 m) do Planalto dos Parecis e o fator altitude, aliado à orientação do
relevo em relação ao escoamento troposférico (úmido e instável) de norte e noroeste, torna
provavelmente, estes trechos elevados, as áreas climáticas mais amenas e mais úmidas,
conforme dados da estação meteorológica da Cidade de Vera (Gleba Celeste). A pluviosidade
média anual varia entre 2.200 e 2.600 mm, enquanto as temperaturas médias anuais oscilam
entre 23º C e 25º C.
42
PRIMAVERA DO LESTE
A cidade de Primavera do Leste se localiza na zona bioclimática 06, e conforme a
classificação de Köppen o clima é o tropical, com estação seca, no outono/inverno, e estação
chuvosa, na primavera/verão. Ocorre na porção centro-sul do Estado de Mato Grosso e em
trechos do Pantanal (MAITELLI, 2005).
Em uma classificação mais detalhada, a cidade se localiza em uma unidade climática
de zona II, classificada como Clima tropical Continental alternadamente úmido e seco,
localizada ainda nas subunidades desse clima: II-C, II-D e II-E.
As subunidades climáticas II-C, II-D e II-E, apresentam como principal característica
a diminuição progressiva das temperaturas, passando para um Clima Tropical de Altitude,
cujo caráter mesotérmico se traduz no traço mais importante destas áreas, além do aumento
dos totais pluviométricos cujos valores estão entre 1.600 e 1.800 mm.
3.3 Tipologia das Salas de Aula
A amostra estudada foi definida por quatro instituições de Ensino Superior, localizadas
nas cidades de Cáceres, Cuiabá, Primavera do Leste e Sinop.
Foram visitadas mais de sessenta salas de aula para realização da pesquisa, não sendo
possível realizar a caracterização de cada uma delas.
De um modo geral, as salas de aula sempre apresentavam capacidade de atendimento
de 30 até 60 alunos, com funcionamento para os três períodos.
O espaço era simples e racionalizado, tanto para instituições particulares quanto
públicas. Atendiam os critérios básicos para o funcionamento das atividades de ensino
aprendizagem.
As vedações mais comuns encontradas, foram as de alvenaria de tijolo furado
rebocado e estrutura em concreto armado.
A cobertura em telha cerâmica em grande das edificações, e em algumas situações em
formato de platibanda.
A pesquisa foi realizada em salas de aula, sendo todas climatizadas e com o mesmo
modelo de condicionamento de ar: Split.
43
Figura 13: Sala de aula da UNEMAT, com capacidade para 60 alunos, campus de Sinop.
Fonte: própria.
Figura 14: sala de aula da UNEMAT, com capacidade para 60 alunos, campus de Sinop.
Fonte: própria.
Figura 15: sala de aula da UNEMAT, com capacidade para 60 alunos, campus de Sinop.
Fonte: própria.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Nos próximos itens serão discutidos os critérios de escolha e número de instituições de
ensino da amostra (n), descrição da instrumentação, dos procedimentos de medição e da
análise dos dados.
Figura 16 - Etapas da metodologia da pesquisa.
Fonte: Autoria Própria (2015)
4.1 Medições In Loco
A medição foi realizada por uma Unidade Móvel, método Spot Monitoring,
permitindo transportar os instrumentos (sensores) a cada espaço de trabalho ou sala de aula,
medir os valores de CO2, e as variáveis climáticas.
As medições ocorreram durante os três períodos: matutino, vespertino e noturno. A
primeira durante a manhã até às 12:00 horas, a segunda entre às 12:00 e 14:00 horas e a
terceira à tarde a partir das 14:00 horas.
Os sensores para a medição do CO2 se localizam a 0,6 m de altura, o sensores das
variáveis climáticas estão localizados a 0,3 m, 0,6 m e 1,10 m.
O levantamento em cada medição permite ter uma referência sobre os parâmetros
climáticos e conhecer os valores de CO2. O intervalo de medição é de aproximadamente um
minuto com a medição começando após a fase de aclimatação dos sensores (3-5 minutos
45
aproximadamente). Durante esse tempo, a unidade móvel é posicionada no ambiente desejado
finalizando a medição em 5 minutos. Paralelamente o usuário responde o questionário e um
pesquisador realiza o levantamento físico do espaço.
O tempo necessário para coletar a informação não supera 10 minutos. Para o transporte
da unidade móvel dentro do edifício, são previstos 5 minutos adicionais, possibilitando a
medição de quatro espaços por hora (KUCHEN et al., 2009). Durante as medições são
detectadas e documentadas possíveis fontes de emissão de odores como cinzeiros, lixeiros,
impressoras, pessoas, janelas abertas, etc.
4.2 Questionários
Simultaneamente as medições realizadas pelo Spot Monitoring, e ainda com o intuito
de se realizar uma medição subjetiva, são disponibilizados questionários aos usuários.
As perguntas são elaboradas relacionando a qualidade do ar do ambiente pesquisado
bem como aspectos psicológicos, fisiológicos e físicos. Dessa forma, espera-se, por meio de
questionários, a determinação de parâmetros necessários para a pesquisa com relação à
percepção humana da qualidade do ar de interiores, bem como na identificação e
caracterização de eventuais problemas na qualidade do ar.
Os questionários aplicados nesta pesquisa são específicos para a metodologia utilizada
e foram desenvolvidos pelo instituto de psicologia da Otto-von-Guericke-Universität de
Magdeburg na Alemanha. Com o resultado desse questionário, metas mais específicas
poderão ser esquematizadas para a mitigação dos possíveis problemas a serem evidenciados.
4.3 Análise Estatística
O processo pode ser exemplificado pelas seguintes etapas:
1ª Etapa: Análise dos parâmetros físicos e concentração de CO2: Com base nas
medições realizadas nos três períodos, por meio do analisador de microclima HD 32.1,
identificar e analisar as médias das variáveis físicas: temperatura, umidade relativa e
velocidade do ar, e ainda, da variável química, concentrações do CO2. Nesta etapa, verifica-se
ainda se tais variáveis (físicas e químicas), se encontram ou não dentro do intervalo limite
imposto por norma ou resolução.
2º Etapa: Verificação da normalidade entre as amostras: Os principais testes
46
estatísticos têm como suposição a normalidade dos dados, que deve ser verificada antes da
realização das análises principais.
Como não houve, normalidade entre as amostras, até mesmo porque as amostras foram
coletadas em cidades e zonas bioclimáticas diferentes, apresentando ainda número amostral
diferentes.
Por isso, optou-se por aplicar o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, teste
apropriado, conforme a literatura, para realizar comparativos entre amostras de uma mesma
população, com número diferente. Este teste, será explicado de maneira mais detalhada nos
subcapítulos a diante.
3ª Etapa: Interpretar os dados: Nesta etapa, foram relacionados os dados medidos com
os dados subjetivos dos questionários aplicados simultaneamente as medições, realizadas pelo
HD 32.1
4ª Etapa - Analisar quaisquer erros que possam ter sido cometidos.
É válido dizer que essas etapas não são independentes, embora algumas vezes, será
necessário voltar a etapas anteriores para corrigir e aprimorar algumas etapas posteriores.
4.4 Analisador de Microclima HD 32.1
Para medição de parâmetros ambientais e desconforto local, o instrumento utilizado
para realização da presente pesquisa, foi o analisador de microclima, modelo HD 32.1, da
marca Delta Ohm, sendo composto de um tripé, hastes de apoio para sondas, cabos e sondas.
O instrumento pode gerenciar três programas operacionais os quais podem ser
carregados pelo usuário, de acordo com o programa e as quantidades de medições a serem
detectadas.
Programa Operacional A: Para análise de microclimas de ambientes moderados,
ambientes quentes e ambientes frios. Coleta variáveis de temperatura de bulbo seco, umidade
relativa, velocidade do ar, temperatura de bulbo úmido e temperatura de globo, calculando
diretamente a temperatura radiante média.
Programa Operacional B: para análise de desconforto em ambientes moderados. Por
visar o estudo do desconforto localizado, este sistema registra a temperatura em três alturas,
isto é, coleta as variáveis de assimetria radiante, estratificação da temperatura, temperatura do
ar na altura do piso e cálculo da temperatura efetiva.
Programa Operacional C: para medidas de grandezas físicas diversas, podendo
47
detectar simultaneamente as seguintes grandezas físicas:
• Temperatura
• Umidade relativa
• Iluminância
• Velocidade do vento
• Concentração de dióxido de carbono CO2
Figura 17: Instrumento Confortímetro HD 32.1
A seguir, segue uma especificação dos sensores utilizados na pesquisa, bem como, os
intervalos de medição e incertezas, conforme manual do confortímetro HD 32.1.
AP3203 - Velocidade do ar (Anemômetro de fio quente)
TP3207TR - Radiação Solar (Radiômetro)
HP3275 e TP3227K - Sondas para estratificação da temperatura
TP3227 - Sensor de temperatura com globo negro
HP3201 - Sonda combinada: medição temperatura e umidade relativa
As incertezas de medição, estão relacionadas com as variações das medidas in loco.
Pode-se citar como exemplo de imprecisão, dada pelo manual do HD 32.1, a variável
temperatura, pois quanto maior a temperatura, maior será a imprecisão.
Isso equivale a dizer que se a temperatura de bulbo seco apresenta 21º C o erro para a
Classe 1/3 DIN, seria de ± 0,135 ºC; Já se a temperatura fosse de 28º C, o erro seria de ±
0,145 ºC.
Essas incertezas são especificadas pelas normas européias por meio das seguintes
equações:
48
Classe 1/3 DIN = ±1
3 . (0,3 + 0,005. 𝑇𝑎)
Classe A = ± (0,15 + 0,002. 𝑇𝐵𝑈)
Onde:
𝑇𝑎 = Temperatura de bulbo seco (◦C)
𝑇𝐵𝑈 = Temperatura de bulbo úmido (◦C)
4.5 Sensores do HD 32.1
A tabela abaixo descreve os tipos de sensores e respectivos intervalos de medição e
incerteza de acordo com o manual de uso de equipamentos, sendo que os modelos
especificados são os seguintes:
- HD320B2: sonda que mede a concentração de dióxido de carbono no ar em
ambientes internos;
- TP3275 e TP3227K: Sondas para verificação da estratificação da temperatura;
- TP3227PC: Sensor de temperatura com globo negro;
- HP 3201: Sonda combinada para medição de temperatura e umidade relativa;
- TP3207TR: Radiômetro, que mede radiação solar.
- AP 3203: Anemômetro de fio quente para medir a velocidade do ar;
Tabela 2: Especificação dos sensores do HD 32.1
Modelo Tipo de Sensor
Intervalo de medição Incerteza de medição
HD320B2
Pt 100 -10° C a 100° C Classe 1/3 DIN
TP3275,
TP327K e
TP3227PC
Pt 100
-10° C a 100° C
Classe 1/3 DIN
HP 3201
Pt 100 (TBU)
4° C a 80° C
Classe A
HP 3217
Pt 100 + sensor
capacitivo
-10°C a 80°C
5% a 98%
Classe 1/3 DIN
± 2,5%
49
4.6 Sonda Hd320b2 para Medição da Concentração de Dióxido de Carbono
A sonda HD320B2 mede a concentração de dióxido de carbono no ar. É indicada para
medir e monitorar a qualidade do ar, em ambientes internos de grande concentração de
pessoas em ambientes de trabalho para otimização de conforto.
É um sensor infravermelho onde um duplo filtro, garante precisão, estabilidade a
longo prazo nas medições. A análise do ar é realizada dentro de uma câmara de medição
através de uma membrana de proteção localizada no topo da sonda Calibração da sonda de
CO2.
A calibração da sonda é realizada na fábrica e habitualmente não requer nenhuma
intervenção do usuário.
Figura18: Sonda HD320B2 para medição de concentração de dióxido de carbono
TP 3207TR
Radiômetro
NTC
-10°C a 100°C
NTC ± 0,15
AP 3203
Anemômetro
(NTC 10 Kohl)
0º C a 80°C
0 m/s a 5 m/s
± 0,02 m/s (0 a 1 m/s)
± 0,1 m/s (1 a 5 m/s)
50
4.7 Análise e Variância
A análise de variância, é uma metodologia estatística cujo objetivo é comparar 𝑘 > 2
amostras ou tratamentos, a fim de verificar se há diferenças significativas entre as médias dos
tratamentos. O modelo linear subjacente a uma análise de variância é:
𝑥𝑖𝑗 = 𝜇 + 𝜏𝑖 + 𝜀𝑖𝑗 (Equação 4)
em que 𝑥𝑖𝑗 é cada uma das 𝑗 = 1, … , 𝑁𝑖 observações do tratamento 𝑖, com 𝑖 = 1, … , 𝑘, µ é a
média global de todas as 𝑁observações, 𝜏𝑖 , é o efeito do tratamento 𝑖, isto é , é a parte da
variabilidade que pode ser atribuída ao fato de cada uma das amostras ter sido objeto de um
tratamento diferente, e 𝜀𝑖𝑗 é a variabilidade residual ou erro experimental, isto é, a parte da
variabilidade que não pode ser atribuída aos tratamentos.
Em se tratando de um teste não paramétrico para se comparar a média de duas
amostras, 𝐻0: 𝜇1 = 𝜇2, são:
i) Cada uma das amostras provém de uma população normal;
ii) As variâncias são homogêneas, 𝜎12 = 𝜎2
2
iii) Os resíduos são independentes, com distribuição normal e com variância finita e
constante.
No entanto, caso um destes pressupostos não seja atendido, deve-se usar um teste não
paramétrico.
De modo similar, quando se pretende calcular 𝑘 > 2 médias amostrais, 𝐻0 = 𝜇1 =
𝜇2 = ⋯ = 𝜇𝐾, pela metodologia de análise de variância, os pressupostos são uma extensão
dos anteriores:
Cada uma das 𝐾 amostras provém de uma população normal;
As variâncias das K amostras são homogêneas, 𝜎12 = 𝜎2
2 = ⋯ = 𝜎𝑘2;
Os erros ou resíduos 𝜀𝑖𝑗 , (tal que 𝑥𝑖𝑗 = 𝜇 + 𝜏𝑖 +
𝜀𝑖𝑗 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜𝜏𝑖𝑜efeito do tratamento), tem distribuição normal.
Homoscedastidade: Propriedade onde os erros ou resíduos 𝜀𝑖𝑗 , tem variância finita e
constante 𝜎2.
Os erros ou resíduos 𝜀𝑖𝑗 são independentes;
A ANOVA é uma metodologia estatística robusta, quando se trata a pressupostos das
51
distribuições da populações e homogeneidade das variâncias das amostras ou tratamentos.
Se os tamanhos 𝑁𝑖 , de cada uma das amostras (isto é o número de repetição), são
iguais para todas as amostras, a ANOVA é robusta no que se refere a homogeneidade das
variâncias.
Se os tamanhos 𝑁𝑖 são diferentes, então a probabilidade de cometer erro do tipo 𝐼,
afasta-se do nível de significância α, sendo este afastamento dependente da heterogeneidade
das variâncias: se as variâncias maiores estão associadas às amostras com maior número de
repetições, a possibilidade de erro tipo 𝐼 será menor que 𝛼; se as maiores variâncias estão
associadas às amostras de menor dimensão, então a probabilidade de erro tipo 𝐼será maior que
α.
No entanto, no caso da presente pesquisa, por apresentar um grande 𝑁𝑖 , pressuposto da
normalidade (simetria e achatamento), a validade do teste da ANOVA passa a ser inválido,
sendo necessário um teste de análise não paramétrico
A análise e interpretação dos dados foi realizada por meio do ambiente R, software de
domínio público, livre, importante ferramenta na análise e manipulação de dados paramétricos
e não paramétricos.
Conforme a tabela abaixo, a ANOVA paramétrica mostrou que os dados são anormais
pelo teste de Shapiro Wilks e heterocedástico (variâncias distintas) pelo teste de Bartllet.
Cáceres
(1)
Cuiabá
(2)
Primavera do Leste
(3)
Sinop
(4)
Média 1060.000 1429.272 1083.181 2193.545
DP 117.07775 29.990301 41.588023 4.5025245
CV 11.04507 2.098291 3.839431 0.2052624
Tabela 3: Dados da análise de variância entre as cidades
Sendo:
DP: desvio padrão, o qual mede a variação da percepção de CO2, na unidade de
medida do problema.
CV: porcentagem de variação da percepção de CO2.
Cidades: Cáceres (1); Cuiabá (2), Primavera do Leste (3) e Sinop (4).
52
Figura 19: Gráfico obtido pelo Action: Relação das amostras entre as quatro cidades.
O número de repetição de cada amostra, ou seja, os tamanhos 𝑁𝑖 são diferentes,
então a probabilidade de cometer erro do tipo 𝐼, afasta-se do nível de significância α, sendo
este afastamento dependente da heterogeneidade das variâncias.
A medida CV, mede uma variação alta da percepção entre as cidades, e o gráfico e
juntamente com os testes também mostram alta variação, logo as variâncias não são
constantes o que implica no uso da estatística não paramétrica.
Isso significa que os pressupostos citados acima, para teste paramétrico, não foram
atendidos, sendo necessário o uso de teste não paramétrico para análise de variância das
amostras da presente pesquisa.
4.7.1 Teste de Kruskall-Wallis
O teste Kruskal-Wallis (KW) é uma extensão do teste de Wicoxon-Mann-Whitney. É
um teste não paramétrico utilizado para comparar três ou mais populações.
Ele é usado para testar a hipótese nula de que todas as populações possuem
distribuições iguais contra a hipótese alternativa, de que ao menos duas das populações
possuem funções de distribuição diferentes.
O teste de Kruskal-Wallis, também é conhecido por análise variância pelos números
de ordem (“ranks”).
É utilizado em situações em que a ANOVA paramétrica não pode ser utilizada, isto é,
quando as k amostras não provem de populações normais, ou quando as variâncias são
heterogêneas.
Sejam k as amostras em análise, cada um com 𝑁𝑖 repetições, e 𝑁 = 𝑁𝑖𝑘𝑖=1 o número
1 2 3 4
10
00
12
00
14
00
16
00
18
00
20
00
22
00
cidades
co
2
53
total de observações.
Pretende-se verificar se as k amostras tem distribuições idênticas.
O teste de hipótese é:
𝐻0 = 𝑎𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑐𝑢𝑖çã𝑜𝑑𝑎𝑠𝐾𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠𝑠ã𝑜𝑖𝑑ê𝑛𝑡𝑖𝑐𝑎𝑠
𝐻1 = 𝑎𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑐𝑢𝑖çã𝑜𝑑𝑎𝑠𝐾𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑚𝑛𝑎𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜
Observação: a formulação do teste não deve usar parâmetros populacionais;
O teste foi realizado por meio do software Action, gratuito, o qual funciona como
suplemento para o Microsoft Excel que funciona como uma interface gráfica para diversas
análises implementadas no R.
Já o R, é uma linguagem e um ambiente para análise estatística e por ser um software
livre pode ser usado sem custos de licença.
Esta prova exige dados que possam ser ordenados e aos quais seja possível atribuir
postos ou ordens, por esse motivo, optou-se em organizar as concentrações de CO2, por ordem
crescente, cada uma relacionada a sua cidade e ainda, cada cidade representada por uma letra,
para que o programa realizasse a leitura dos dados.
CIDADES
PRIMAVERA A
SINOP B
CÁCERES C
CUIABÁ D
Tabela 4: Organização das cidades por caractere.
Na Cidade de Cuiabá por exemplo, houve repetição das concentrações. Neste caso,
para se atribuir o número de ordem, utilizou-se o teste de Mann Whitney Wilcoxon pela
seguinte equação:
(Equação 05)
Onde:
k = número de amostras,
54
nj = número de elementos na amostra “j”,
Rj = soma dos postos na amostra (coluna) “j”,
n = _nj = número total de elementos em todas as amostras combinadas,
tem distribuição aproximadamente quadrado com gl = k - 1, para tamanhos de
amostras (nj) suficientemente grandes.
Portanto os dados inseridos no Action, apresentaram a seguinte organização:
concentrações e a sua respectiva ordem.
Organização das concentrações de CO2 em ordem crescente.
CO2 ORDEM CO2 ORDEM CO2 ORDEM CO2 ORDEM
894 01 1368 23 1018 6 2185 34,0
924 02 1394 24 1030 7 2190 35,5
956 03 1411 25 1044 8 2190 35,5
987 04 1418 26 1057 10 2190 35,5
1015 05 1426 27 1074 11 2194 38,5
1049 09 1433 28 1087 12 2194 38,5
1088 13 1442 29 1102 14 2194 38,5
1126 17 1450 30 1114 15 2195 41,0
1168 20 1454 31 1122 16 2199 42,5
1211 21 1459 32 1130 18 2199 42,5
R1 117 R2 308 R3 136 R4 424,5
Tabela 05: Organização das concentrações de CO2 em ordem crescente.
Informações e dados obtido do teste de Kruskal – Wallis
Tabela 06: Informações e dados obtido do teste de Kruskal – Wallis.
Informação Valor
Kruskal – Wallis
Qui-quadrado
17,36636
Graus de Liberdade 1,727273
P – Valor 28,363636
55
Comparações entre as Cidades pelo teste de Kruskal – Wallis.
Fatores
Comparados
Comparações
múltiplas diferentes
observadas
Diferença Crítica
Diferença
A – B 17,36636 14,45033 SIM
A – C 1,727273 14,45033 NÃO
A – D 28,363636 14,45033 SIM
B – C 15,636364 14,45033 SIM
B – D 11,000000 14,45033 NÃO
C – D 26,636364 14,45033 SIM
Tabela 07: Comparações entre as Cidades pelo teste de Kruskal – Wallis.
As cidades observadas (fatores observados), foram comparadas por pares e
apresentaram diferença crítica de 14,45033,o que significa que algumas cidades comparadas
entre si, apresentaram diferenças superiores a crítica.
Pode-se então mostrar, que existe diferença significativa para as cidades A e B
(Primavera e Sinop), A e D (Primavera do Leste e Cuiabá), B e C (Sinop eCáceres) e ainda, C
e D (Cáceres e Cuiabá), por ultrapassarem a diferença crítica.
4.7.2 Método de Análise Probit
O modelo de análise de análise Probit, pode ser definido como uma regressão não
linear utilizada para determinar as probabilidades de um evento ocorrer em variáveis binárias.
Estas probabilidades são do tipo sim ou não, falha ou sucesso em relação a outras
variáveis envolvidas e variam dentro de um intervalo de [0, 1].
As variáveis analisadas são definidas como explicativas (independentes) e respostas
(dependentes). Para esta pesquisa as variáveis dependentes, refere-se aos votos de satisfeitos e
insatisfeitos com a qualidade do ar interno.
Em outras palavras, a variável dependente é de natureza binária, cuja escolha fez-se
entre duas alternativas, onde uma ou outra tem de ser escolhida, isto é:
1: É atribuído presença de um certo atributo, representando o voto satisfeito.
0: É atribuído a sua ausência, representando o voto de insatisfeito.
Este tipo de análise, foi largamente aplicada no projeto da ASHRAE RP – 884, sendo
56
reconhecida pela análise de possibilidade de associação entre os aspectos subjetivos e
variáveis ambientais (BRAGER, BOGERSON, LEE, 2007).
É portanto um modelo que analisa variáveis de interesse, a partir das variáveis preditas
que servem para modelar, explicar ou dar significância estatística à probabilidade destas
respostas.
Figura 05: Modelo Probit.
Fonte: Carmona, 2004
É portanto, um modelo de análise associado à uma função que acumula as
probabilidades da variável de interesse. Esta probabilidade, pode ser probabilidade
acumulada, no caso de sucesso ou, Probabilidade acumulada inversa, no caso de fracasso
(CARMONA, 2004).
Figura 05: Curva normal acumulada.
Fonte: D’Hainaut, 1997.
57
Figura 06: Curva normal acumulada Inversa.
Fonte: D’Hainaut, 1997.
O modelo Probit, determina duas equações para se determinar a concentração limite de
CO2, sendo uma para votos de insatisfeitos e outra para votos de satisfeitos:
% 𝐼𝑛𝑠𝑎𝑡𝑖𝑠𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 = 𝑒 𝑎 +𝑏𝐶𝑂 2
1+ 𝑒 𝑎 +𝑏 .𝑐𝑜 2 + 𝜀𝑖 (Equação 06)
% 𝑆𝑎𝑡𝑖𝑠𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 = e a −b .CO 2
1+ e a −b .CO 2 + 𝜀𝑖 (Equação 07)
em que 𝜀𝑖 é a componente aleatória relacionada a outras variáveis fora do modelo.
A curvas de regressão, do tipo exponencial, calculadas para determinar a
porcentagem de insatisfeitos (equação 1) e satisfeitos (equação 2), em relação aos valores de
concentrações de CO2, foram validadas pelo modelo de análise Probit, e seus coeficientes (a e
b), validados pelo software estatístico livre R.
5 ANÁLISE DE REGRESSÃO NÃO LINEAR ENTRE A PORCENTAGEM DE
SATISFEITOS E INSATISFEITOS COM OS VALORES DE CONCENTRAÇÕES DE
CO2 MEDIDOS NO PERÍODO DA SECA E CHUVA
O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a qualidade do ar e definir um limite ótimo
de CO2 em ambientes climatizados, considerando o voto do usuário como opinião diagnóstica.
Parâmetros físicos como temperatura, umidade, velocidade do ar e número de
ocupantes por sala, foram inseridos nesta análise com a finalidade de se verificar sua
influência significativa ou não, no aumento ou redução de CO2, em salas de aula.
A análise dos resultados se respalda, no uso da norma alemã DIN EN 13779:2004,
Norma Geral de Requisitos de Ventilação (Lüftung von Nichtwohngebäuden), e resolução
número 09 da ANVISA (2003), no que se refere a relação dos votos dos usuários e as
concentrações de CO2, e ainda na NBR 6401, de Instalações Centrais de Ar Condicionado
para o conforto – Parâmetros Básicos de Projeto (ABNT), para se analisar os parâmetros
físicos já citados.
Os valores recomendáveis para os parâmetros físicos de temperatura, umidade,
velocidade e taxa de renovação do ar, deverão estar de acordo com a NBR 6401.
Para a temperatura a faixa recomendável de operação das Temperaturas de Bulbo
Seco, nas condições internas para verão, deverá variar de 23º C a 26ºC, e a faixa máxima de
operação deverá variar de 26,5º C a 27º C.
A Umidade Relativa, deverá operar entre 40% e 55% durante todo o ano, sendo o
valor máximo de operação ser de 65%.
A velocidade do ar, no nível de 1,5m do piso, na região de influência da distribuição
do ar é de menos 0,25 m/s.
Com relação ao CO2, a ANVISA, determina que os valores máximos recomendáveis
para contaminação química são aqueles maiores ou igual a1000 ppm, como indicador de
renovação de ar externo, recomendado para conforto e bem-estar.
A comparação destes limites foi realizada com base na DIN EN 13779:2004,
conforme a seguinte tabela a seguir.
59
Tabela 08: Correlação da porcentagem do voto médio dos usuários com relação a percepção da qualidade do ar e
concentrações de CO2 (ppm).
No total foram coletadas 1000 amostras de dióxido de carbono, juntamente com os
seguintes parâmetros físicos: sendo a medição apresentada aqui, referente as seguintes
cidades: Cáceres, Cuiabá, Primavera do Leste e Sinop.
Para realizar uma análise dos resultados de forma mais organizada, optou-se por
realizar a análise individual de cada cidade e em seguida por períodos, (manhã, tarde e noite),
de todas as cidades.
Os valores das concentrações de CO2 foram alinhadas, no programa Excel, de maneira
crescente, isto é, da menor para a maior concentração e posteriormente comparadas com o
voto médio de satisfação de cada entrevistado.
Os gráficos mostram a porcentagem de usuários satisfeitos e insatisfeitos durante nas
duas estações predominantes: seca e chuva, versus a concentração de CO2.
Devido a heterogeneidade das amostras e ainda, com relação as concentrações de
CO2obtidas, para algumas cidades determinou-se o intervalo de 200 ppm para as cidades de
Sinop e Cuiabá e intervalo de 400 ppm para as cidades de Primavera do Leste e Cáceres.
5.1 Cidade de Cáceres: Estação Seca
A curvas de regressão, do tipo exponencial para insatisfeitos e satisfeitos com relação
aos valores de concentrações de CO2, para a Cidade de Cáceres, estação Seca, foram as
seguintes:
% Insatisfeitos = e −0,097121 + 0,0001751 CO 2
1+ e −0,097121 + 0,0001751 CO 2 (Equação 08)
% Satisfeitos = e 0,2596408 + 0,00036 .CO 2
1+ e 0,2596408 + 0,00036 .CO 2 (Equação 09)
Categoria Descrição da qualidade do ar
interior
Intervalos de
concentração de CO2
RAL 1 Especial CO2 ≤ 400 ppm
RAL 2 Alta 400 < CO2 ≤ 600 ppm
RAL 3 Média 600 <CO2 ≤ 1000 ppm
RAL 4 Baixa CO2 > 1000 ppm
60
Figura 20 – Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para a Cidade de Cáceres, estação Seca.
Fonte: Própria
Para a cidade de Cáceres o cruzamento entre satisfeitos e insatisfeitos, ocorre na
concentração de 800 ppm de CO2, com 49% de votos satisfeitos e insatisfeito.
A tabela a seguir mostra os dados das variáveis umidade relativa do ar (RH),
velocidade do ar, temperatura do ar e CO2, respectivamente, coletadas nos durante os três
períodos de medições.
CIDADE DE CÁCERES
Estação Período UR (%) 𝑽𝒂𝒓(m/s) 𝑻𝒂(ºC) 𝑪𝑶𝟐(ppm) N
Matutino 50,50 0,12 28,00 1913 26
Vespertino 56,60 1,10 26.10 1137 17
Seca Vespertino 49,06 0,05 26.30 564 16
Noturno 44,40 0,27 30.30 1658 29
Noturno 27,20 0,72 27.50 3418 33
Noturno 43,90 0,81 27,50 3334 23
MÍNIMO 24,04 0,05 26,01 0564 16
MÁXIMO 56.60 1.10 30.30 3418 33
MÉDIA 28.20 0.575 28.20 1991
Padrões Re. Nº09 40 -65% < 0,25 20 – 27 < 1000
Tabela 09: Parâmetros físicos da Cidade de Cáceres na estação seca
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200Po
rce
nta
ge
m d
e U
su
ári
os [%
]
CO2-Concentration [ppm]
curve of unsatisfied
61
O período que abrange maior número de alunos, nas universidades pesquisadas na
cidade de Cáceres, é o noturno, sendo este o motivo para haverem mais medições conforme
descrito na tabela abaixo.
Percebe-se que durante a transição do período vespertino para o noturno, a umidade
relativa diminui cerca de 43%, e de maneira inversamente proporcional, as concentrações de
CO2, aumentam cerca de 33 %.
Em um mesmo período, vespertino, ocorreu os valores máximo e mínimo, com relação
a velocidade do ar, verificando-se ainda, que com o aumento da velocidade do para 1,1 m/s, a
umidade aumenta e fatores como temperatura do ar e concentração de CO2, diminuem.
Quanto ao período noturno, as variáveis que se relacionaram significativamente,
foram a umidade relativa do ar e as concentrações de CO2.
Outro aspecto importante a ser considerado, é que ao relacionar o gráfico de sensação
da qualidade do ar pelos votos com o número de ocupantes em cada sala (n), verifica-se
primeiramente que o gráfico das concentrações de CO2 não são representados por uma
relação linear direta, o que confirma que os sistemas de ar condicionado não são projetados
para atender um determinado número de ocupantes.
Além disso, nota-se que entre 16 e 17 pessoas, as variáveis físicas de umidade,
temperatura, velocidade do ar e concentração de CO2 apresentam desempenhos satisfatórios
conforme resolução ANVISA.
De modo geral, o único parâmetro que atendeu as exigências da ANVISA, foi a
umidade relativa, permanecendo dentro do intervalo imposto pela resolução que é entre 40% e
55%. Os demais parâmetros excederam os limites impostos.
5.1.1 Cidade de Cáceres: Estação Chuva
A curvas de regressão, do tipo exponencial para insatisfeitos e satisfeitos com relação
em relação aos valores de concentrações de CO2, para a Cidade de Cáceres, estação Chuva,
foram as seguintes:
% Insatisfeitos = e −0,797836 + 0,0003393 .CO 2
1+ e −0,797836 + 0,0003393 .CO 2 (Equação 10)
% Satisfeitos = e 0,7978361 −0,0003393 .CO 2
1+ e 0,7978361 −0,0003393 .CO 2 (Equação 11)
62
Na estação chuva, as concentrações chegam a atingir concentrações de até 2200 ppm,
na cidade de Cáceres.
No entanto, não se consegue definir uma concentração limite, para esta estação, tendo
em vista que as porcentagens de insatisfeitos e satisfeitos não se interceptam.
Figura 21 – Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para a Cidade de Cáceres, estação Chuva.
Fonte: Própria
Os resultados de outras variáveis como temperatura, umidade e velocidade do ar, não
interferem nos resultados das concentrações de CO2 (MOLHAVE, 1997), no entanto, sabe-se
que estas variáveis podem influenciar a voto de sensação da qualidade do ar, no ambiente
interno.
CIDADE DE CÁCERES
Estação Período UR (%) 𝑽𝒂𝒓(m/s) 𝑻𝒂(ºC) 𝑪𝑶𝟐(ppm) N
Matutino 50,81 0,13 28,03 1916 32
Vespertino 55,73 1,21 25,70 1083 32
Chuva Vespertino 49,80 0,09 26,00 560 18
Noturno 44,00 0,35 28,30 1912 17
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Po
rce
nta
ge
m d
e U
su
ário
s [
%]
CO2-Concentration [ppm]
curve of unsatisfiedcurve of satisfied
63
Noturno 43,90 0,81 27,50 3334 23
MÍNIMO 43.97 0,13 25,70 560 17
MÁXIMO 55,73 1,21 28,03 3334 32
MÉDIA 49,85 0,57 26,02 1947
Padrões Re. Nº09 40 -65% < 0,25 20 – 27 < 1000
Tabela 10: Parâmetros físicos da Cidade de Cáceres na estação Chuva.
Para a Cidade de Cáceres, na estação chuva, os parâmetros umidade e temperatura, e
se mantiveram dentro da faixa recomendável por normas. Já as concentrações de CO2,
apresentaram valores semelhantes da estação seca.
Comparando estação chuva e seca, para a Cidade de Cáceres, percebe-se que na
estação seca, os parâmetros físicos sofreram uma variação maior.
Logo, na estação chuva, pelo fato de parâmetros como temperatura, velocidade e
umidade, se manterem constantes e dentro da faixa recomendável, os ocupantes não
conseguem definir voto de insatisfação com o ambiente.
5.2 Cidade de Primavera do Leste: Estação Seca
A curvas de regressão, do tipo exponencial para insatisfeitos e satisfeitos com relação
em relação aos valores de concentrações de CO2, para a Cidade de Primavera do Leste,
estação Seca, foram as seguintes:
% Insatisfeitos = e −1,81 +0,000587 .CO 2
1+ e −1,81 +0,000587 .CO 2 (Equação 12)
% Satisfeitos = e 0,038 +0,000621 .CO 2
1+ e 0,038 +0,000621 .CO 2 (Equação 13)
A concentração limite de CO2, é de 2800 ppm, apresentando apenas 15% de
ocupantes satisfeitos com o ambiente, que para as normas de qualidade do ar interno,
utilizadas nesta pesquisa, trata-se de uma concentração considera alta.
Isso significa, que os usuários entrevistados nesta cidade, possuem uma baixa
percepção da qualidade do ar nestes ambientes, pois em um intervalo alto de concentração,
cruzaram-se os votos de satisfação, conforme intervalo citado acima.
64
Figura 22 – Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de concentrações de
CO2, para a Cidade de Primavera do Leste, estação Seca.
Fonte: Própria
Quanto a umidade relativa, houve redução significativa deste parâmetro entre os
períodos da manhã para o período da tarde.
O mesmo efeito ocorre com as concentrações de CO2, do período da tarde para o
período noturno.
CIDADE PRIMAVERA DO LESTE
Estação Período UR (%) 𝑽𝒂𝒓(m/s) 𝑻𝒂(ºC) 𝑪𝑶𝟐(ppm) N
Matutino 62.30 0.09 24.50 1202 21
Vespertino 37.70 0.40 28.30 1380 15
Seca Vespertino 51.10 0.08 30.50 894 11
Noturno 57.50 0.06 24.93 1002 25
Noturno 46.30 0.19 23.40 3923 45
MÍNIMO 43,30 0,00 23,50 0741 11
MÁXIMO 51,10 1,00 28,40 2228 45
MÉDIA 52,20 0,50 25,95 1448
Padrões Re. Nº09 40 -65% < 0,25 20 – 27 < 1000
Tabela 11: Parâmetros físicos da Cidade de Primavera do Leste no período da seca.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800
Po
rce
nta
ge
m d
e U
su
ário
s [
%]
CO2-Concentration [ppm]
curve of unsatisfiedcurve of satisfied
65
A medida em que as concentrações de CO2 aumentam, a umidade relativa diminui e o
número de ocupantes também se mostra proporcional as concentrações de CO2.
Quanto a temperatura e umidade relativa, estas se encontra dentro do intervalo
esperado por norma. A velocidade do ar ultrapassa o limite de 0,25 m/s e as concentrações de
CO2 também.
5.2.1 Cidade de Primavera do Leste: Estação Chuva
A curvas de regressão, do tipo exponencial para insatisfeitos e satisfeitos com relação
em relação aos valores de concentrações de CO2, para a Cidade de Primavera do Leste,
estação Chuva, foram as seguintes:
% Insatisfeitos = e −1,933− 0,0015 .CO 2
1+ e −1,933− 0,0015 .CO 2 (Equação 14)
% Satisfeitos = e 0,697−0,0016 .CO 2
1+ e 0,697−0,0016 .CO 2 (Equação 15)
A concentração limite de CO2, é de 1400 ppm, apresentando apenas 15% de
ocupantes satisfeitos com o ambiente.
Figura 23 – Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para a Cidade de Primavera do Leste, estação Chuva.
Fonte: Própria.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Po
rce
nta
ge
m d
e U
su
ário
s [
%]
CO2-Concentration [ppm]
curve of unsatisfied
curve of satisfied
66
Para a cidade de Primavera do Leste, estação chuva, os parâmetros: umidade,
temperatura e velocidade do ar, se encontram dentro da faixa limite estabelecida pela
resolução número 09, ANVISA.
As concentrações de CO2, ultrapassam os limites estabelecidos, verificando
claramente a proporção direta que ocorre entre o aumento de ocupantes em sala de aula e
aumento de concentrações.
CIDADE PRIMAVERA DO LESTE
Estação Período RH (%) 𝑽𝒂𝒓(m/s) 𝑻𝒂(ºC) 𝑪𝑶𝟐(ppm) N
Matutino 37.8 0.17 26.60 1356 28
Vespertino 49.6 0.05 30.50 0947 20
Chuva Vespertino 58.0 0.11 25.00 0942 09
Noturno 62.0 0.04 24.50 0948 19
Noturno 43.5 0.16 22.34 3923 34
MÍNIMO 37,80 0,04 22,34 0942
MÁXIMO 62,00 0,16 30,50 3984
MÉDIA 49,75 0,10 26,42 2463
Padrões Re. Nº09 40 -65% < 0,25 20 – 27 < 1000
Tabela 12: Parâmetros físicos da Cidade de Primavera do Leste no período da chuva.
Observou-se que quando as salas apresentam um número de até 20 ocupantes, todos os
parâmetros, inclusive as concentrações de CO2, se apresentam dentro das faixas limites,
imposta por resolução.
5.3 Cidade de Cuiabá: Estação Seca
As curvas de regressão, do tipo exponencial para insatisfeitos e satisfeitos com relação
aos valores de concentrações de CO2, para a Cidade de Cuiabá, estação Seca, foram as
seguintes:
% Insatisfeitos = e −1,335543 +0,00037 .CO 2
1+ e −1,335543 +0,00037 .CO 2 (Equação 16)
67
% Satisfeitos = e 0,253369 −0,000286 .CO 2
1+ e 0,253369 −0,000286 .CO 2 (Equação 17)
As exponenciais de satisfeitos e insatisfeitos, apenas se aproximam no intervalo que de
2400 ppm, apresentando correlação com 39,47 % dos votos de satisfeitos.
Figura 24 –Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de
concentrações de CO2, para a Cidade de Cuiabá, estação Seca.
Fonte: Própria.
A umidade nos períodos matutino e noturno, se encontrou, com valores abaixo do
intervalo previsto por norma.A velocidade do ar e temperatura se apresentaram dentro dos
limites esperados e as concentrações de CO2, com salas de ocupação maior igual a 18
usuários, apresentaram concentrações acima de 1000 ppm.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400
Porc
enta
gem
de U
suários [%
]
CO2-Concentration [ppm]
curve of unsatisfied
curve of satisfied
68
CIDADE CUIABÁ
Estação Período UR(%) 𝑽𝒂𝒓(m/s) 𝑻𝒂(ºC) 𝑪𝑶𝟐(ppm) N
Matutino 39,80 0,18 25,10 2035 29
Vespertino 51,70 0,15 26,00 1742 18
Seca Vespertino 47,00 0,09 24,95 0660 11
Noturno 42,00 0,05 24,60 0883 11
Noturno 42,00 0,09 25,10 1030 35
Noturno 34,80 0,10 24,70 1147 35
MÍNIMO 34,80 0,05 24,60 0660
MÁXIMO 51,70 0,18 26,00 2035
MÉDIA 43,25 0,11 25,30 1347
Padrões Re. Nº09 40 -65% < 0,25 20 – 27 < 1000
Tabela 13: Parâmetros físicos da Cidade de Cuiabá no período da seca.
5.3.1 Cidade de Cuiabá: Estação Chuva
As curvas de regressão, do tipo exponencial para insatisfeitos e satisfeitos com relação
aos valores de concentrações de CO2, para a Cidade de Cuiabá, estação Chuva, foram as
seguintes:
% Insatisfeitos = e −1,750801 + 0,000365 .CO 2
1+ e −1,750801 + 0,000365 .CO 2 (Equação 18)
% Satisfeitos = e 0,913894 + 0,004135 .CO 2
1+ e 0,913894 + 0,004135 .CO 2 (Equação 19)
69
Figura 25 – Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de concentrações de
CO2, para a Cidade de Cuiabá, estação Chuva.
Fonte: Própria.
As exponenciais de satisfeitos e insatisfeitos, apenas se aproximam no intervalo que de
600 ppm, apresentando correlação com 17 % dos votos de satisfeitos.
CIDADE CUIABÁ
Estação Período RH (%) 𝑽𝒂𝒓(m/s) 𝑻𝒂(ºC) 𝑪𝑶𝟐(ppm) N
Matutino 54,70 0.04 26,30 1002 20
Matutino 53,00 0.02 26,10 1254 23
Vespertino 55,90 0.01 25,90 1646 21
Chuva Vespertino 54,30 0,00 26,60 1983 30
Noturno 54,20 0.40 26,70 3593 31
Noturno 48,10 0.01 27,50 3418 33
Noturno 46,50 0.27 25,40 4414 37
MÍNIMO 46,50 0,00 25,90 1002
MÁXIMO 54,70 0,40 27,50 4414
MÉDIA 50,60 0,20 26,75 2708
Padrões Re. Nº09 40 -65% < 0,25 20 – 27 < 1000
Tabela 14: Parâmetros físicos da Cidade de Cuiabá no período da chuva.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Porc
enta
gem
de U
suários [%
]
CO2-Concentration [ppm]
curve of unsatisfied
curve of satisfied
70
5.4 Cidade de Sinop: Estação Seca
A curvas de regressão, do tipo exponencial para insatisfeitos e satisfeitos com relação
aos valores de concentrações de CO2, para a Cidade de Sinop, estação Seca, foram as
seguintes:
% Insatisfeitos = e −0,109745 − 0,000302 .CO 2
1+ e −0,109745 − 0,000302 .CO 2 (Equação 20)
% Satisfeitos = e −0,762945 −0,0002094 .CO 2
1+ e −0,762945 −0,0002094 .CO 2 (Equação 21)
Figura 26 – Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de concentrações de
CO2, para a Cidade de Sinop, estação Seca.
Fonte: Própria.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600
Po
rce
nta
ge
m d
e U
su
ário
s [
%]
…
curve of unsatisfied
curve of satisfied
71
CIDADE SINOP
Estação Período RH (%) 𝑽𝒂𝒓(m/s) 𝑻𝒂(ºC) 𝑪𝑶𝟐(ppm) N
Matutino 54,70 0.04 26.3 1002 20
Matutino 53,00 0.02 26.1 1254 23
Vespertino 55,90 0.01 25.9 1646 21
Seca Vespertino 54,30 0,00 26.6 1983 30
Noturno 54,20 0,40 26.7 3593 31
Noturno 48,10 0.01 27.5 3418 33
Noturno 46,50 0.27 25.4 4414 37
MÍNIMO 46,50 0,00 25,40 1002
MÁXIMO 55,90 0,27 27,50 4414
MÉDIA 51,20 0,13 26,45 2708
Padrões Re. Nº09 40 -65% < 0,25 20 – 27 <1000
Tabela 15: Parâmetros físicos da Cidade de Sinop no período da seca.
5.4.1 Cidade de Sinop: Estação Chuva
As curvas de regressão, do tipo exponencial para insatisfeitos e satisfeitos com relação
aos valores de concentrações de CO2, para a Cidade de Sinop, estação Chuva, foram as
seguintes:
% Insatisfeitos = e −0,109745 − 0,000302 .CO 2
1+ e −0,109745 − 0,000302 .CO 2 (Equação 22)
% Satisfeitos = e −0,762945 −0,0002094 .CO 2
1+ e −0,762945 −0,0002094 .CO 2 (Equação 23)
72
Figura 27 – Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de concentrações de
CO2, para a Cidade de Sinop, estação Chuva.
Fonte: Própria.
CIDADE SINOP
Estação Período UR (%) 𝑽𝒂𝒓(m/s) 𝑻𝒂(ºC) 𝑪𝑶𝟐(ppm) N
Matutino 55,60 0,04 26,30 0839 21
Matutino 53,70 0,05 26,40 1344 23
Vespertino 52,90 0,01 26,84 2881 21
Chuva Vespertino 54,60 0,03 28,00 1786 36
Noturno 45,80 0,13 26,60 2581 34
Noturno 57,50 0,02 25,90 1618 33
Noturno 57,43 0,01 25,00 1391 37
MÍNIMO 45,80 0,05 25,00 839
MÁXIMO 57,50 0,13 28,00 2881
MÉDIA 51,65 0,09 26,50 1860
Padrões Re. Nº09 40 -65% < 0,25 20 – 27 < 1000
Tabela 15: Parâmetros físicos da Cidade de Sinop na estação chuva.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
200 600 1000 1400 1800 2200 2600 3000 3400 3800
Po
rce
nta
ge
m d
e U
su
ári
os [%
]
CO2-Concentration [ppm]
curve of unsatisfied
curve of satisfied
73
5.5 Estado de Mato Grosso: Estação Seca
Os gráficos seguintes mostram a relação dos votos médios por concentrações de CO2
de todas as cidades, classificadas por período: manhã, tarde e noite.
Para todas as cidades o intervalo de limite ótimo se encontra no intervalo que vai de
2600 ppm.
As curvas de regressão, do tipo exponencial para insatisfeitos e satisfeitos com relação
aos valores de concentrações de CO2, para o Estado de Mato Grosso, estação seca, foram as
seguintes:
% Insatisfeitos = e −0,9130303 − 0,0001901 .CO 2
1+ e −0,9130303 − 0,0001901 .CO 2 (Equação 24)
% Satisfeitos = e −0,12080095 + 0,0001253 .CO 2
1+ e −0,12080095 + 0,0001253 .CO 2 (Equação 25)
Figura 28 – Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de concentrações de
CO2, para a Estado de Mato Grosso, estação Seca.
Fonte: Própria.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200
Po
rce
nta
ge
m d
e U
su
ário
s [
%]
CO2-Concentration [ppm]
curve of unsatisfied
curve of satisfied
74
5.6 Estado de Mato Grosso: Estação Chuva
As curvas de regressão, do tipo exponencial para insatisfeitos e satisfeitos com relação
aos valores de concentrações de CO2, para o Estado de Mato Grosso, estação chuva, foram as
seguintes:
% Insatisfeitos = e −0,9667 + 0,00003024 .CO 2
1+ e −0,9130303 − 0,0001901 .CO 2 (Equação 26)
% Satisfeitos = e 0,2575521 − 0,000756 .CO 2
1+ e 0,2575521 − 0,000756 .CO 2 (Equação 27)
O gráfico mostra a relação dos votos médios por concentrações de CO2 de todas as
cidades: Cáceres, Cuiabá, Primavera do Leste e Sinop. Lembrando, que cada cidade
representa uma zona bioclimática diferente.
A concentração limite para o período da chuva, é definida para o Estado de Mato
Grosso com o valor de 1600 ppm.
Figura 29 – Curvas de regressão para insatisfeitos e satisfeitos com relação aos valores de concentrações de
CO2, para a Estado de Mato Grosso, estação Chuva.
Fonte: Própria.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Po
rce
nta
ge
m d
e U
su
ário
s [
%]
CO2-Concentration [ppm]
curve of unsatisfied
curve of satisfied
75
6. CONCLUSÃO
A concentração limite de CO2para estado o Estado de Mato Grosso na estação seca foi
de 2600 ppm e para a estação chuva 600 ppm.
A concentração de CO2 em salas de aula pelos votos médios de satisfeitos e
insatisfeitos, não foram representados por um crescimento uniforme, isto é, não houve relação
linear direta, tendo em vista a variação de número de ocupantes por sala de aula, o que
confirma que os sistemas de ar condicionado não são projetados para atender a um
determinado grau de ocupação no ambiente.
Para o estado, entre 20 e 21 pessoas no ambiente, constatou-se que as salas apresentam
um ambiente cujo parâmetros: velocidade do ar, temperatura, umidade e concentração de
CO2, apresentam desempenho satisfatório conforme resolução vigente da ANVISA.
Os resultados mais expressivos deste estudo referem-se às concentrações de CO2, as
quais em considerável parte das medições realizadas se encontraram acima das concentrações
máximas de referência, conforme a resolução número 09 da ANVISA (2003) e norma DIN
EN 13779:2004.
As maiores concentrações foram obtidas em salas de aulas, que apresentaram, maior
taxa de ocupação, no caso, acima de vinte e dois acadêmicos.
A concentração do CO2 é um indicador da quantidade de ar viciado do ambiente
interno, isto é, o CO2 indicou a ineficiência da renovação do ar do ambiente, em todas as
cidades, ressaltando o período noturno.
O período que apresentou maiores concentrações de CO2, foi o período noturno, tendo
em vista o maior número de ocupantes e também pelo fato de durante o dia não haver
renovação do ar.
Ainda com relação ao parágrafo anterior, pode-se afirmar que não houve renovação do
ar porque as salas ocupadas durante o dia todo, porque as salas são de ambientes climatizadas,
mantendo-se fechadas boa parte do tempo e ainda porque, muitas vezes o tipo de sistema de
condicionamento do ar, foi o tipo Split, o qual não realiza renovação do ar, conforme
explicado no referencial bibliográfico desta pesquisa.
Por esses motivos, pode-se afirmar maiores concentrações de CO2, no período da
noite e ainda, que a evolução temporal de CO2 está em função do número de ocupantes e
também do período, em ambientes climatizados.
A Cidade que apresentou maiores concentrações de CO2 em salas de aula, foi Cáceres,
76
apresentando concentração máxima de 3200 ppm, no entanto a concentração limite
estabelecida para a estação seca é de 600 ppm e estação chuva 2200 ppm.
Com relação a DIN EM 13779:2004 os valores de referência quanto as concentrações
limites de CO2, encontradas nesta pesquisa, não condizem com as concentrações limites
determinadas pela norma.
O tempo de exposição também diminui a sensibilidade dos alunos com relação as
substâncias inodoras porque houve situações, principalmente na cidade de Sinop e Cáceres,
onde se realizou medições na mesma sala de manhã e a tarde, com o mesmo público de
usuários. Observou-se pelo voto médio de sensibilidade ao odor, que de manhã os mesmos se
mostraram mais sensíveis a qualidade do ar. Já no período da tarde o mesmo questionário foi
aplicado e observou-se mudanças significativa destes quanto a percepção geral da qualidade
do ar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1980. NBR 6401 NB 10: Instalações
centrais de ar-condicionado para conforto - Parâmetros Básicos de projeto. ABNT: Rio
de Janeiro, 17p.
______________. NBR 15575: Edificações Habitacionais – Desempenho. Rio de Janeiro –
RJ – Brasil – 2013.
ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists. 1991.
Documentation of the threshold limit values and biological exposure indices. 6th
edition, Cincinnati-Ohio.
AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE (2010). Qualidade do Ar em Espaços
Interiores – Um Guia Técnico. Amadora, Portugal.
ALFANO, F.R.A. et al. (2010), “Ambiente Interior e Eficiência Energética nas Escolas”
(1ª Parte – Princípios), Manual REHVA nº13, Ingenium Edições, Lisboa.
ASHRAE (2004), “Thermal Environmental Conditions for Human Occupancy”,
ASHRAE Standard 55, American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning,
Atlanta, 4.
BASTO, J. E. Requisitos para Garantia da Qualidade do Ar em Ambientes
Climatizados Enfoque em Ambientes Hospitalares. 2005. 110f. Monografia (Pós
Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho) - Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis. 2005.
BLUYSSEN PM (2009). Towards an integrative approach of improving indoor air
quality. Buildingand Environment 44: 1980-1989.
BRAGA, B.et. al. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice Hall – 2ª
Edição. 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros básicos de
infraestrutura para instituições de educação infantil.Brasília : MEC, SEB, 2006. 45 p. : il.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Resolução nº 9, de 16 de janeiro de 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. 2003. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Resolução nº 9, de 16 de janeiro de 2003.
CARMO, A. T.; PRADO, R. T. A.; Qualidade do Ar Interno. EPUSP; São Paulo, 1999. 35
p.
78
CHEONG KWD, Lau HYT (2003). Development and application of an IAQ audit to an
air-conditioned tertiary institutional building in the tropics. Buildingand
Environment 38: 605-616.
COSTA J (2011). Equipamentos e Sistemas de AVAC mais relevantes para a QAI.
Curso SCE, Módulo RSECE-QAI, capítulo 7.1. FCTUC & ADAI, Portugal
COSTA, Cristina Maria Ponte. Dissertação: Estudo da Qualidade do Ar Interior num
edifício departamental da UC, 2011.
D’AMBROSIO FR et al (2010). Ambiente Interior e Eficiência Energética nas Escolas –
1ª Parte: Princípios. Guia REHVA n.13.
DENE (2009). Nota Técnica NT-SCE-02 – Metodologia para auditorias periódicas
de QAI em edifícios de serviços existentes no âmbito do RSECE.
EPA (2009), “Indoor Air Quality Tools for Schools – Reference Guide”, EPA – U.S.
Environmental Protection Agency.
GALVÃO, C. E. S.; Poluentes do ar em ambientes fechados e seu impacto na saúde do
trabalhador. Revista:Sociedade Brasileira de Clínicas Médicas, Volume 6, p.64-71, 2008.
GIODA, A.; AQUINO NETO, F.R.; Cad. Saúde Pública. Vol.19, p.1389-1387, 2003.
GIODA, A.; AQUINO NETO, F. R. Caderno da Saúde Pública, Vol. 19, p. 1389-1387,
2003.
GRAUDENZ, G.S.; DANTAS, E.; PEREIRA, A.C.; SENSOUSSAN, M.D.; RICARD, I.;
GURGEL, M.; TRIBESS, A. Indicadores de renovação do ar em ambientes climatizados
– a experiência brasileira. Disponível em: <http://www.nalco.com/PDF/Brazil/indicadores-
renovacao.pdf>. Acesso em 13 abr. 2009.
GUPTA, S.; KHARE, M.; GOYAL, R.; Build. And Envir., Vol. 42, p. 2797-2809, 2007.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cadastro de
localidades brasileiras selecionadas. 2013. Disponível em:
<http://ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?lang=&codmun=510790&search=matogrosso|
sinop|infograficos:-dados-gerais-do-municipio>. Acesso em: 04 de mar. de 2014.
JONES, A.P.; Atmos. Environ., Vol. 33, p. 4535-4564, 1999.
KUCHEN, E.; FISCH, M. N.; LEÃO, M.; LEÃO E. B. Indoor air quality defined by
measurements and questionnaires in office buildings. Bauphysik, Volume 31, Issue 5, p.
313-318, Ernst & Sohn 2009.
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, Fernando O. R. – Eficiência Energética na
Arquitetura. 1. ed. São Paulo: PW editores, 1997.v.1.192p. Disponível
em:<http://pt.scribd.com/doc/24123924/Eficiencia-Energetic-A-Na-Arquitetura-
Lamberts#scribd>. Acesso em: 10 de dez. de 2014.
79
LEE, S. C.; CHAN, L. Y.; CHIU, M. Y.; Envir. Intern., Vol. 14 n. 04, p. 443-450, 1999.
LI, W-M.; LEE, S. C.; CHAN, L. Y. Science of Total Environment. Vol. 273, p. 27-
40, 2001.
LIMA DE PAULA, J. F. Aeromicrobiota do ambiente cirúrgico: princípios e
peculiaridades da climatização artificial. 2003. 111f. Dissertação (Mestrado em
Enfermagem Fundamental) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2003.
MAITELLI, G. T. Interações atmosfera-superfície: o clima. In: MORENO, G; TEREZA
HIGA, T.C.S; MAITELLI, G.T. (Org.). Geografia de Mato Grosso: Território,
Sociedade,Ambiente. Cuiabá: Entrelinhas, 2005. Disponível
em:<http://www.entrelinhaseditora.com.br/uploads/produtopdf/0002862013173646.pdf>.
Acessoem: 30 de março de 2015.
MENDELL MJ, Heath GA (2005). Do indoor pollutants and thermal conditions in
schools influence student performance? A critical review of the literature. Indoor Air 15:
27-52.
MOLHAVE, L.; Clauren, G., Berglund, b. et al.; 1997. Total Volatile Organic Compounds
(TVCO) in Indoor Air Qality Investigation., INDOOR AIR, ISSN: 0905-6947, Denmark.
NORBÄCK, D.; SMEDJE, G.; Ann. Occup. Hygien., Vol. 41, Supplement 01, p. 689-
694, 1997. TECNO-LÓGICA, Santa Cruz do Sul, v.13, n.1, p.41-45, jan./jun. 2009.
PARREIRAL, A.; R.; V., 2007,Caracterização da Qualidade do Ar interior num Edifício
Escolar recentemente requalificado. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) -
Faculdade de Ciência e Tecnologia, Universidade de Coimbra, Portugal. 2007.
SANCHES, J. C. M. Uma metodologia para a inserção do clima como critério para o
planejamento urbano: análise da cidade de Sinop-MT. Rio de Janeiro, 2015. Tese
(Doutorado em Urbanismo) – Orientador: Dr. Oscar Daniel Corbella. Programa de Pós-
graduação em Urbanismo – PROURB/FAU/UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro, 2015. 230folhas.
SEPPANEN OA, Fisk WJ, Mendel lMJ (1999). Association of ventilation rates and CO2-
concentrations with health and other responses in commercial and institutional
buildings. Indoor Air 9: 226-252.
SPRINGER – CARRIER. Catálogo Técnico Self New Generation. 2004. 36 p.
TIPPAYAWONG N, Hunting P, Nitatwichit C, Khunatorn Y, Tantakitti C (2009).
Indoor/outdoor relationships of size-resolved particle concentrations in naturally
ventilated school environments. Building and Environmental 44: 188-197.
WANG, S.; ANG, H. M.; TADE, M. O.; Environ. Intern., Vol. 33, p. [1] WANG, S.; ANG,
H. M.; TADE, M. O.; Environ. Intern., Vol. 33, p. 694–705, 2007.
80
WANG, S.; ANG, H.M.; TADE, M.O.; Environ. Int.,Vol. 33, p.694–705, 2007.
WARGOCKI P, Sundell J, Bischof W, Brundrett G, Fanger PO, Gyntelberg F, Hanssen SO,
Harisson P, Pickering A, Seppanen O, Wouters P (2002). Ventilation andhealth in
non-industrial indoor environments: report from a European Multidisciplinary Scientific
Consensus Meeting (EUROVEN). Indoor Air 12: 113-128.
WYON, D. Enhancing productivity while reducing energy use in buildings. E-Vision
2000: Key Issues That Will Shape Our Energy Future - Summary of Proceedings. 2001, pp.
233-253.
WONG, N. H.; HUANG, B. Building and Environment, Vol. 39, p. 1115-1123, 2004.
YU BF, Hu ZB, Liu M, Yang HL, Kong QX, Liu YH (2009). Review of research on air-
conditioning systems and indoor air quality control for human health. International
Journal of Refrigeration 32: 3-20.
82
ANEXO 1
Tabela 1. Distribuição dos entrevistados por sexo.
Sexo N Pct
Feminino 306 61%
Masculino 195 39%
Total 501 100%
Percebe-se que a maioria dos entrevistados é do sexo feminino.
Tabela 2. Percentual de fumantes.
Fuma N Pct
Sim 73 15%
Não 428 85%
Total 501 100%
A maioria dos entrevistados não fuma.
Tabela 3. Temperatura em que o ambiente se encontra(°C).
Nível n Pct
-3 5 1%
-2 28 6%
-1 112 22%
0 232 46%
1 89 18%
2 23 5%
3 12 2%
Total 501 100%
83
Tabela 4. Como se encontra a umidade do ar no ambiente (%).
Nível n Pct
-3 20 4%
-2 105 21%
-1 168 34%
0 175 35%
1 29 6%
2 3 1%
Total 500 100%
Missing 1
Tabela 5. Iluminação geral que se encontra na sala (lm).
Nível n Pct
-3 1 0%
-2 22 4%
-1 68 14%
0 254 51%
1 55 11%
2 80 16%
3 19 4%
Total 499 100%
Missing 2
Tabela 6. Gostaria que a iluminação fosse.
Nível n Pct
-1 12 2%
0 370 74%
1 118 24%
Total 500 100%
Missing 1
Tabela 7. Há algum odor que incomoda no ambiente.
Odor n Pct
Sim 114 23%
Não 387 77%
Total 501 100%
84
Tabela 8. Nível de odor.
Nível n Pct
-3 29 24%
-2 18 15%
-1 29 24%
0 20 17%
1 4 3%
2 11 9%
3 10 8%
Total 121 100%
Missing 380
Tabela 9. Consigo perceber a qualidade do ar que respiro neste momento.
Percebe qualidade do ar n Pct
Sim 310 62%
Não 189 38%
Total 499 100%
Missing 2
Tabela 10. Qualidade do ar que respiro.
Nível n Pct
-3 40 8%
-2 25 5%
-1 64 13%
0 171 34%
1 82 16%
2 56 11%
3 60 12%
Total 498 100%
Missing 3
Tabela 11. Gostaria que o ar do ambiente fosse.
Nível n Pct
-1 8 2%
0 166 34%
1 318 65%
Total 492 100%
Missing 9
85
Tabela 12. Alimenta-se enquanto está na instituição.
Alimentação n Pct
Sim 309 62%
Não 191 38%
Total 500 100%
Missing 1
Tabela 13. Tipo de Alimento Consumido.
Tipo de Alimento N Total Pct
Bebida quente 26 500 5%
Bebida fria 199 500 40%
Comida quente 83 500 17%
Comida fria 42 500 8%
Missing 1
Tabela 14. Temperatura que gostaria em que o local estivesse (°C).
Nível n Pct
-1 173 35%
0 298 60%
1 27 5%
Total 498 100%
Missing 3
Tabela 15. Conforto atual do ambiente.
Nível n Pct
-3 32 6%
-2 30 6%
-1 78 16%
0 153 31%
1 87 17%
2 69 14%
3 50 10%
Total 499 100%
Missing 2
86
Tabela 16. Cidade do estudo.
Cidade n Pct
CACERES 185 37%
CUIABA 148 30%
PRIMAVERA DO LESTE 168 34%
Total 501 100%
Tabela 17. Estatísticas descritivas
Variável
Desv.
Pad
Mí
n Máx
Médi
a
Mod
a
1
Quartil
Median
a
3
Quartil
ATIVIDADE_MET_W
M2 16,15 0
98,8
6
58,78
5 58,15 58,15 58,15 63,965
ATIVIDADE_MET_Me
t 0,28 0 1,70 1,011 1,00 1,00 1,00 1,100
VEST_CLO 0,09 0 0,59 0,448 0,52 0,36 0,49 0,520
VEST_M2KW 0,01 0 0,09 0,070 0,08 0,06 0,08 0,081
Tabela 18. Distribuição dos entrevistados por sexo e cidade
SEXO CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
N pct n pct n Pct
Feminino 154 83% 76 51% 76 45%
Masculino 31 17% 72 49% 92 55%
Total 185 100% 148 100% 168 100%
Nota-se que Cáceres é a cidade que possui o maior número de pessoas entrevistadas do sexo
feminino.
83%
17%
51% 49%45%55%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Feminino Masculino
Percentual de entrevistados por sexo e por cidade
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
87
Tabela 19. Percentual de fumantes por cidade
FUMA CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n Pct
Sim 23 12% 19 13% 31 18%
Não 162 88% 129 87% 137 82%
Total 185 100% 148 100% 168 100%
Nota-se que Primavera do Leste é a cidade com maior número de entrevistados fumantes.
Tabela 20. Temperatura em que o ambiente se encontra por cidade
Nível CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n Pct
-3 0 0% 1 1% 4 2%
-2 10 5% 14 9% 4 2%
-1 24 13% 45 30% 43 26%
0 76 41% 64 43% 92 55%
1 43 23% 23 16% 23 14%
2 20 11% 1 1% 2 1%
3 12 6% 0 0% 0 0%
Total 185 100% 148 100% 168 100%
12%
88%
13%
87%
18%
82%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Sim Não
Percentual de fumantes por cidade
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
88
Tabela 21. Umidade do ar no ambiente por cidade
Nível CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n pct
-3 12 6% 4 3% 4 2%
-2 53 29% 31 21% 21 13%
-1 68 37% 54 36% 46 28%
0 40 22% 49 33% 86 51%
1 11 6% 10 7% 8 5%
2 1 1% 0 0% 2 1%
3 0 0% 0 0% 0 0%
Total 185 100% 148 100% 167 100%
Missing
1
0%5%
13%
41%
23%
11%6%
1%
9%
30%
43%
16%
1% 0%2% 2%
26%
55%
14%
1% 0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
-3 -2 -1 0 1 2 3
Temperatura em que o ambiente se encontra(°C)
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
6%
29%
37%
22%
6%1% 0%3%
21%
36%33%
7%0% 0%2%
13%
28%
51%
5%1% 0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
-3 -2 -1 0 1 2 3
Como encontra-se a umidade do ar no ambiente (%)
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
89
Tabela 22. Iluminação geral em que o ambiente se encontra
Nível CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n pct
-3 0 0% 0 0% 1 1%
-2 16 9% 1 1% 5 3%
-1 29 16% 14 10% 25 15%
0 94 51% 72 49% 88 52%
1 27 15% 14 10% 14 8%
2 14 8% 34 23% 32 19%
3 4 2% 12 8% 3 2%
Total 184 100% 147 100% 168 100%
Missing 1
1
0%
9%16%
51%
15%8%
2%0% 1%
10%
49%
10%
23%
8%
1% 3%
15%
52%
8%
19%
2%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
-3 -2 -1 0 1 2 3
Iluminação geral em que o ambiente se encontra (lm)
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
90
Tabela 23. Gostaria que a iluminação fosse
Nível CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n pct
-1 4 2% 3 2% 5 3%
0 123 66% 126 85% 121 72%
1 58 31% 19 13% 41 25%
Total 185 100% 148 100% 167 100%
Missing
1
Tabela 24. Há algum odor que incomoda no ambiente
Odor CACERES CUIABA
PRIMAVERA DO
LESTE
n pct n pct n pct
Sim 68 37% 20 11% 26 14%
Não 117 63% 128 69% 142 77%
Total 185 100% 148 80% 168 91%
Percebe-se que a maioria dos entrevistados não se incomodam com algum odor no ambiente.
2%
66%
31%
2%
85%
13%3%
72%
25%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
-1 0 1
Gostaria que a iluminação fosse
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
37%
63%
11%
69%
14%
77%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sim Não
Há algum odor que incomoda no ambiente
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
91
Tabela 25. Nível de odor no ambiente
Nível CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n pct
-3 25 36% 1 5% 3 10%
-2 10 14% 4 18% 4 13%
-1 15 22% 6 27% 8 27%
0 12 17% 4 18% 4 13%
1 2 3% 0 0% 2 7%
2 3 4% 4 18% 4 13%
3 2 3% 3 14% 5 17%
Total 69 100% 22 100% 30 100%
Missing 116
126
138
Nota-se que a maioria dos entrevistados da cidade de Cáceres acha que (-3) e, nas outras
cidades, a maioria acha (-1).
Tabela 26. Consigo perceber a qualidade do ar que respiro neste momento
Percebe
Qualidade do
Ar
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n Pct
Sim 117 64% 82 56% 111 66%
Não 67 36% 65 44% 57 34%
Total 184 100% 147 100% 168 100%
Missing 1
1
Percebe-se que a maioria dos entrevistados percebe a qualidade do ar.
36%
14%
22%
17%
3% 4% 3%5%
18%
27%
18%
0%
18%
14%10%
13%
27%
13%
7%
13%17%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
-3 -2 -1 0 1 2 3
Odor no ambiente
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
92
Tabela 27. Qualidade de ar que respiro
Nível CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n pct
-3 25 14% 7 5% 8 5%
-2 10 5% 4 3% 11 7%
-1 32 17% 22 15% 10 6%
0 64 35% 49 34% 58 35%
1 16 9% 31 21% 35 21%
2 13 7% 25 17% 18 11%
3 24 13% 8 5% 28 17%
Total 184 100% 146 100% 168 100%
Missing 1
2
Nota-se que a maioria dos entrevistados acham que (0).
64%
36%
56%
44%
66%
34%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Sim Não
Consigo perceber a qualidade do ar que respiro neste momento
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
14%
5%
17%
35%
9%7%
13%
5%3%
15%
34%
21%
17%
5%5%7% 6%
35%
21%
11%
17%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
-3 -2 -1 0 1 2 3
Qualidade do ar que respiro
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
93
Tabela 28. Gostaria que o ar do ambiente fosse
Nível CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n pct
-1 5 3% 0 0% 3 2%
0 40 22% 52 36% 74 44%
1 135 75% 93 64% 90 54%
Total 180 100% 145 100% 167 100%
Missing 5
3
1
.
Tabela 28. Alimenta-se enquanto está na Instituição pesquisada
Alimentação CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n pct
Sim 141 76% 92 63% 76 45%
Não 44 24% 55 37% 92 55%
Total 185 100% 147 100% 168 100%
Missing
1
Nota-se que somente a cidade de Primavera do Leste não possui sua maioria entre os que se
alimentam na Instituição.
3%
22%
75%
0%
36%
64%
2%
44%54%
0%
20%
40%
60%
80%
-1 0 1
Gostaria que o ar do ambiente fosse
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
94
Tabela 29. Tipo de alimento consumido
Tipo de
Alimento
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n Total pct n total pct n total pct
Bebida quente 7 185 4% 12 147 8% 7 168 4%
Bebida fria 104 185 56% 57 147 39% 38 168 23%
Comida quente 34 185 18% 15 147 10% 34 168 20%
Comida fria 12 185 6% 20 147 14% 10 168 6%
Missing
1
Percebe-se que a maioria dos entrevistados bebem alguma bebida fria durante a permanência
na Instituição.
76%
24%
63%
37%45%
55%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Sim Não
Alimenta-se enquanto está na instituição
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
4%
56%
18%
6%8%
39%
10%14%
4%
23% 20%
6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Bebida quente Bebida fria Comida quente Comida fria
Tipo de Alimento Consumido
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
95
Tabela 30. Temperatura que gostaria em que o local estivesse
Nível CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n pct
-1 77 42% 43 29% 53 32%
0 104 57% 94 64% 100 60%
1 3 2% 10 7% 14 8%
Total 184 100% 147 100% 167 100%
Missing 1
1
1
Tabela 31. Conforto atual do ambiente
Nível CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
n pct n pct n pct
-3 19 10% 2 1% 11 7%
-2 17 9% 5 3% 8 5%
-1 38 21% 22 15% 18 11%
0 60 33% 40 27% 53 32%
1 27 15% 30 20% 30 18%
2 8 4% 36 24% 25 15%
3 15 8% 12 8% 23 14%
Total 184 100% 147 100% 168 100%
Missing 1
1
42%
57%
2%
29%
64%
7%
32%
60%
8%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
-1 0 1
Temperatura que gostaria em que o local estivesse
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
96
Tabela 32. Estatísticas descritivas para a variável ATIVIDADE MET. (W/m²)
ATIVIDADE_MET_WM
2 CACERES CUIABA PRIMAVER
Média 61,93 59,82 54,41
Mediana 58,15 58,15 58,15
Desvio padrão 14,51 10,58 20,48
Mínimo 0,00 0,00 0,00
Máximo 98,86 85,48 91,88
10% 9%
21%
33%
15%
4%
8%
1%3%
15%
27%
20%
24%
8%7%
5%
11%
32%
18%15% 14%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
-3 -2 -1 0 1 2 3
Conforto atual do ambiente
CACERES CUIABA PRIMAVERA DO LESTE
97
Tabela 33. Estatísticas descritivas para a variável ATIVIDADE MET. Met
ATIVIDADE_MET_Met CACERES CUIABA PRIMAVER
Média 1,07 1,03 0,94
Mediana 1,00 1,00 1,00
Desvio padrão 0,25 0,18 0,35
Mínimo 0,00 0,00 0,00
Máximo 1,70 1,47 1,58
98
Tabela 34. Estatísticas descritivas para a variável VESTIMENTA CLO
VEST_CLO CACERES CUIABA PRIMAVER
Média 0,42 0,44 0,48
Mediana 0,47 0,49 0,50
Desvio padrão 0,10 0,10 0,07
Mínimo 0,00 0,00 0,26
Máximo 0,59 0,58 0,58
99
Tabela 35. Estatísticas descritivas para a variável VESTIMENTA M²K/W
VEST_M2KW CACERES CUIABA PRIMAVER
Média 0,07 0,07 0,07
Mediana 0,07 0,08 0,08
Desvio padrão 0,02 0,02 0,01
Mínimo 0,00 0,00 0,04
Máximo 0,09 0,09 0,09
ANEXO 2
Data: __/___/__ Local: Início: Término:
QUESTIONÁRIO DE CONFORTO AMBIENTAL
IDENTIFICAÇÃO
Sexo Fumantes no ambiente Idade Peso
( ) feminino ( ) sim ___ anos ( ) abaixo do
normal
( ) masculino ( ) não ( ) normal
( ) acima do
normal
Horas de permanência no local
( ) menos que 2 horas ( ) entre 2 e 4 horas ( ) entre 4 e 6 horas ( ) mais que 6 horas
EM RELAÇÃO AO CLIMA NO AMBIENTE
1. Neste momento eu acho que a temperatura do ambiente se encontra (se desejar
marque um valor intermediário):
-3 (muito frio) -2 (frio) -1 (pouco frio) 0 (normal) +1
(pouco quente) +2 (quente) +3 (muito quente)
2. Eu gostaria que temperatura do ambiente estivesse:
( ) -1 (mais frio) ( ) 0 (nem mais frio, nem mais quente, Estou confortável)
( ) +1 (mais quente)
3. Em relação à umidade do ar, eu acho que neste momento o ambiente se encontra (se
desejar marque um valor intermediário):
-3 (muito seco) -2 (seco) -1 (pouco seco) 0 (normal) +1
(pouco úmido) +2 (úmido) +3 (muito úmido)
4. Neste momento eu acho que a iluminação geral se encontra (marque uma opção):
-3 (muito ruim) -2 (ruim) -1 (levemente ruim) 0 (normal) +1
(levemente boa) +2 (boa) +3 (muito boa)
5. Eu gostaria que a iluminação do ambiente fosse:
( ) -1 (menos iluminado) ( ) 0 (nem mais, nem menos iluminado, está normal) ( ) +1
(mais iluminado)
101
6. Há algum odor que me incomoda no ambiente: ( ) sim ( ) não
Incomoda muito ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Não incomoda nada
7. Eu consigo perceber a qualidade do ar que respiro no momento:
( ) sim ( )não
8. Neste momento eu acho que a qualidade do ar que respiro se encontra:
Muito ruim ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Muito boa
9. Eu gostaria que o ar do ambiente fosse:
( ) -1 (menos renovado) ( ) 0 (nem mais, nem menos renovado, está bom) ( ) +1 (mais
renovado)
EM RELAÇÃO A SUA ALIMENTAÇÃO
10. Que tipo de alimento eu ingeri nos últimos 15 minutos:
( ) bebida quente ( ) bebida fria ( ) comida quente ( ) comida fria
( ) não ingeri nada
11. O que eu fiz nos períodos abaixo (atividade predominante):
Sentada Em pé Andando
1-Nos últimos 10 minutos ( ) ( ) ( )
2-Entre 10 e 20 minutos ( ) ( ) ( )
3-Entre 20 e 30 minutos ( ) ( ) ( )
4-Anterior aos 30 minutos ( ) ( ) ( )
11. De maneira geral eu acho o atual ambiente (temperatura, ar e iluminação):
Muito desconfortável ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Muito confortável
Que tipo de roupa e calçado eu estou usando no momento:
Nos pés
Calçados ( ) nada ( ) aberto ( ) pouco aberto
( ) fechado
Meias ( ) nada ( ) fina ( ) média
( ) grossa
Parte inferior da cintura
Calça (longa) ( ) nada ( ) fina ( ) jeans
( ) grossa
Bermuda (média) ( ) nada ( ) fina ( ) jeans
102
( ) grossa
Short (curto) ( ) nada ( ) fina ( ) jeans
( ) grossa
Saia ou vestido curto ( ) nada ( ) fina ( ) jeans
( ) grossa
Saia ou vestido longo ( ) nada ( ) fina ( ) jeans
( ) grossa
Parte superior da cintura
Regata ou alça ( ) nada ( ) fina ( ) jeans
( ) grossa
Manga curta ( ) nada ( ) fina ( ) jeans
( ) grossa
Manga longa ( ) nada ( ) fina ( ) jeans
( ) grossa
Muito obrigado por sua participação!