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Teorias da PERSONALIDADE I e IITEORIAS E SISTEMAS PSICOLGICOS

Carlos Renato de Oliveira Faria Docente do curso de Psicologia- Unipac Especialista em Psicologia Clnica e Hospitalar

Estudando a PersonalidadeCada uma das teorias que apresentaremos neste curso, tem um valor e uma relevncia nica. Cada grande terico isolou e esclareceu certos aspectos particulares da natureza humana. Talvez cada um deles esteja essencialmente correto na rea que examinou com maior cuidado. O nico erro em que a maioria tem incorrido argumentar que a sua a melhor e a nica resposta abrangente. Cada terico parece ter uma compreenso profunda de uma parte de um todo, mas, s vezes, ao invs de reconhecer que apenas uma parte, ele tenta convencer os outros de que a poro que abrange a mais importante.

Dinmica da PersonalidadeAs diversas teorias da personalidade diferenciam-se tambm quanto maneira como explicam a dinmica da personalidade, ou seja, a motivao e outros aspectos que levam ao observvel. Algumas teorias, ditas hedonistas, afirmam que o comportamento humano tem dois objetivos principais: a busca de prazer e evitar sensaes desagradveis. Assim as necessidades humanas surgem de um aumento da presso interna (desagradvel) que exige uma soluo (ver pulses) ou ainda da busca de um estado de maior prazer, por exemplo, de fama, dinheiro, poder, reconhecimento, etc.

Dinmica da PersonalidadeOutras teorias, pelo contrrio, partem do princpio de que o ser humano busca sobretudo sua autorrealizao, ou seja, seu desenvolvimento pleno enquanto pessoa. Segundo tais tericos, o desenvolvimento de si-mesmo possui um valor to importante para o ser humano, que ele estaria disposto aceitar uma aumento de tenso e estresse para atingi-lo.

Dinmica da PersonalidadeOutras teorias do ainda maior nfase aos processos cognitivos, ao esforo do indivduo de compreender a si mesmo e ao mundo que o cerca. Para tais autores o maior esforo do ser humano no est tanto direcionado ao hedonismo ou autorrealizao, mas busca de consistncia interna e compreenso do mundo. Isso significa aqui, que o ser humano est empenhado a construir (cognitivamente) uma autoimagem e uma imagem do mundo que o cerca consistentes, mesmo que custa de dores e desprazeres.Pervin, Lawrence A.; Cervone, Daniel & John, Oliver (2005). Persnlichkeitstheorien. Mnchen: Reinhardt.

Estudando a PersonalidadeComo poder se ver, as teorias da personalidade refletem a prpria complexidade do ser humano e, oferecem, assim, sempre uma imagem parcial. Dessa forma, mais importante do que a pergunta "quais teorias so corretas e quais so falsas?" a questo "Quo til esta teoria para o desenvolvimento do meu saber, para responder s questes postas pela cincia e pelas exigncias prticas". A histria da psicologia e de outras cincias oferece numerosos exemplos de como mesmo teorias em determinados aspectos erradas podem ter uma importncia prtica: apesar dos problemas, tais teorias podem oferecer uma orientao tanto para a pesquisa futura quanto para a prtica.Pervin, Lawrence A.; Cervone, Daniel & John, Oliver (2005). Persnlichkeitstheorien. Mnchen: Reinhardt.

A resposta dada a essas perguntas vo, mais das vezes, determinar a direo da Teoria aplicada...

A imagem do ser humano - o ser humano um ser livre, autodeterminado ou um ser guiado por pulses? Ou ainda meros "supercomputadortes"?

Os fatores determinantes do comportamento - o ser humano impulsionado por fatores internos (pulses, como em Freud, ou a autorrealizao, como em Rogers) ou externos (reforo e castigo, como em Skinner)?

A consistncia e a estabilidade da personalidade - Quo consistente a personalidade em diferentes momentos e situaes? Qual o limite da capacidade da personalidade de se transformar, se modificar? At quando a pessoa permanece "ela mesma"?

A unidade da experincia e o conceito de si mesmo - Como o ser humano capaz de unir a diversidade de experincias que faz em uma s pessoa? Como ele capaz de se sentir uma s pessoa, mesmo se comportando de maneira diferente em diversas situaes?

A resposta dada a essas perguntas vo, mais das vezes, determinar a direo da Teoria aplicada...

A relao entre os diferentes estados de conscincia e o conceito de inconsciente - O que a conscincia? Qual sua funo? Como so organizados os processos mentais inconscientes? Qual sua importncia para a formao da personalidade?

A importncia da experincia temporal para o comportamento - como e de que forma as experincias passadas, presentes e futuras (esperadas) influenciam o comportamento e, assim, a personalidade?

Os limites do conhecimento cientfico - o mtodo cientfico capaz de representar a complexidade do viver e da personalidade humana?

Personalidade, segundoAllport: uma das palavras mais abstratas de nossa lngua

Allport (1937): Identificao de quase cinquenta diferentes definies de personalidade

Personalidade - CaractersticasA Personalidade realmente consiste em um conjunto de valores ou

termos descritivos usados para caracterizar o indivduo e que so estudados de acordo com as variveis ou dimenses que ocupam posio central na teoria adotada; impossvel definir personalidade sem a aceitao de uma linha terica de referncia dentro da qual a personalidade ser pesquisada. Para maior preciso, preciso analisar o que cada terico da personalidade quer dizer com o termo. Cada um oferece uma viso pessoal da natureza da personalidade. Diferentes Abordagens Tericas Diferentes Definies de Personalidad e

Personalidade - CaractersticasO termo deriva do latim Persona, com significado de mscara, designava a personagem representada pelos atores teatrais no palco. (Teatro Grego ver texto Etimologia da Palavra Pessoa)Persona veio a significar mscara e personagem no por traduzir gramatical e semanticamente para o latim a acepo original da palavra grega prsopon: mscara; mas por significar e nomear o ato ou efeito de o ator, mediante uma abertura na mscara entorno boca, () e representar pelo som [per+sona] de sua voz, uma personagem.

A formao da personalidade processo gradual, complexo e nico a cada indivduo. tudo aquilo que distingue um indivduo de outros indivduos. A organizao dinmica interna daqueles sistemas psicolgicos do indivduo que determinam o seu ajuste

Personalidade

Personalidade como sinnimo da palavra eu. Ao dizer eu, na verdade voc est resumindo tudo sobre si mesmo. A palavra eu o que diferencia como indivduo, separadamente de todos os outros.

Como os outros nos vem - a personalidade tambm diz respeito s nossas caractersticas externas e visveis, aqueles nossos aspectos que os outros podem ver, isto aquilo que aparentamos ser.

A palavra Personalidade tambm engloba uma srie de qualidades sociais e emocionais subjetivas as quais talvez no possamos ver diretamente que uma pessoa pode tentar esconder de ns ou que podemos tentar esconder dos outros.

Personalidade Definio Geral Personalidade a organizao dinmica dos traos no interior do eu, formados a partir dos genes particulares que herdamos, das existncias singulares que suportamos e das percepes individuais que temos do mundo, capazes de tornar cada indivduo nico em sua maneira de ser e de desempenhar o seu papel

A Influncia na Avaliao e Estudo da Personalidade

Examinar algo significa fazer uma avaliao. A avaliao da

personalidade uma rea importante da aplicao da psicologia s preocupaes do mundo real. Veja alguns exemplos no cotidiano da Psicologia:

Os psiclogos clnicos buscam entender os sintomas de seus

pacientes tentando avaliar a personalidade deles, diferenciando entre comportamentos e sentimentos normais e patolgicos. S assim os clnicos podem diagnosticar distrbios e determinar a melhor terapia.

Os psiclogos que trabalham em escolas avaliam a personalidade dos alunos que lhes so enviados para tratamento tentando descobrir as causas dos problemas de adaptao e aprendizado.

A Influncia na Avaliao e Estudo da Personalidade

Os psiclogos organizacionais avaliam a personalidade para selecionar o melhor candidato para um determinado cargo.

Os psiclogos que trabalham com orientao avaliam a

personalidade para encontrar o melhor cargo para um determinado candidato, associando os requisitos para a funo com os seus interesses e necessidades.

Os psiclogos pesquisadores avaliam a personalidade de seus sujeitos na tentativa de explicar o seu comportamento em um

experimento ou de relacionar os traos de sua personalidade com outras medidas.

=A personalidade est em constante avaliao...

Mas quais fatores so determinantes na construo da Personalidade ?Fatores Genticos e Biolgicos? Fatores Psicolgicos? Fatores Ambientais e Sociais?

Os fatores AMBIENTAIS so os principais determinates da personalidade ?Neste caso, a ocorrncia das diferenas individuais seria interpretada como uma decisiva influncia ambiental sobre o desenvolvimento da Personalidade. Havendo no mundo uma hipottica igualdade de oportunidades, todos seramos iguais quanto as nossas realizaes, j que, potencialmente somos iguais. Personalidade, a inteligncia, a vocao e a prpria doena mental seriam questes exclusivamente ambientais.

Os fatores GENTICOS so os principais determinates da personalidade ?Outra concepo acerca da Personalidade foi baseada na constituio biotipolgica, segundo a qual a gentica no estaria limitada exclusivamente cor dos olhos, dos cabelos, da pele, estatura, aos distrbios metablicos e, s vezes, s malformaes fsicas, mas tambm, determinaria s peculiares maneiras do indivduo relacionar-se com o mundo: seu temperamento, seus traos afetivos, etc. As consideraes extremadas neste sentido descartam qualquer possibilidade de influncia do meio sobre o desenvolvimento e performance da Personalidade e atribui aos arranjos sinpticos e genticos a explicao de todas caractersticas da personalidade da pessoa.

Os fatores SOCIAIS so os principais determinates da personalidade ?Este tipo de considerao sobre a Personalidade ressalta o papel constitudo pelos sentimentos, atitudes e comportamentos que a sociedade espera do ocupante de uma posio em algum lugar da estrutura social. As pessoas tendem adaptar-se ao papel a elas designado. As pessoas que encontram um padre pela frente tm expectativas comuns sobre como ele dever se comportar, da mesma forma que o doente tem expectativas diante de seu mdico, este de seus clientes e assim por diante. Todos desempenham muitos papeis sociais, cada um a seu tempo. Papel de criana pr-escolar, de criana escolar, de universitrio, de enamorado, de profissional, de trado, de cmplice, etc. H papeis de pai, de filho, de chefe, de subalterno, enfim, estamos sempre a desempenhar algum papel social.

Constituio BIOPSICOSSOCIAIS da Personalidade

Nos fatores biolgicos esto: Aquilo que herdado e que, organicamente, influencia o indivduo.

Entre os fatores psicolgicos esto: o grau e as caractersticas de inteligncia , as emoes, os sentimentos , as experincias, os complexos, os

condicionamentos, a cultura, a instruo, os valores e vivncias humanas.

Os grupos sociais, como a famlia, a escola, a igreja, o clube, vizinhana, processa-se a interao dos fatores sociais.

BiopsicossocialDessa forma, o ser humano no pode ser considerado como um produto exclusivo de seu meio, tal como um aglomerado dos reflexos condicionados pela cultura que o rodeia e despido de qualquer elo mais nobre de sentimentos e vontade prpria. No pode, tampouco, ser considerado um punhado de genes, resultando numa mquina programada a agir desta ou daquela maneira, conforme teriam agido exatamente os seus ascendentes biolgicos.

O Lugar da Personalidade na Histria da Psicologia

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O estudo da conscincia

O surgimento da psicologia enquanto cincia concentrou- se na

anlise da experincia consciente na suas partes fundamentais. Os seus mtodos tiveram como modelo o enfoque utilizado nas cincias naturais. Wundt e outros psiclogos de sua poca que estavam preocupados em estudar a natureza humana foram muitos influenciados pelo enfoque das cincias naturais e continuaram a aplic-lo no estudo da mente. Como esses pesquisadores se limitaram ao mtodo experimental, eles estudaram somente os processos mentais que poderiam ser afetados por algum estmulo externo que pudesse ser manipulado e controlado pelo experimentador. Nesse enfoque de psicologia experimental no havia espao par um tpico to complexo e multidimensional como a personalidade.

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O estudo do comportamento

Nas primeiras dcadas do sculo XX, o psiclogo norte americano John Watson provocou uma revoluo contra o trabalho de Wundt. O movimento de Watson denominado Behavorismo , opunha- se ao foco de Wundt na experincia consciente. Watson argumentou que se a psicologia quisesse ser uma cincia, teria de se concentrar somente nos aspectos tangveis da natureza humana - que pode ser visto, ouvido, registrado e mensurado. S o comportamento evidente- e no o consciente- poderia ser o tpico legtimo da psicologia.

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O estudo do comportamento

A conscincia, disse Watson no pode ser vista ou experimentada. Conseqentemente, como conceito de alma para os filsofos o conceito de conscincia no tem significado para cincia. Os psiclogos precisam lidar somente com o que pode manipular e medir. Como s podemos especular sobre a subjetividade, no de interesse ou de valor para a cincia.

O behaviorismo apresenta uma viso mecanicista dos seres humanos como mquinas bem reguladas que respondem automaticamente a estmulos externos. Nessa teoria a personalidade um acmulo de respostas aprendidas ou sistema de hbitos, uma definio por B.F.Skinner.

ABORDAGEM COMPORTAMENTAL

Personalidade

Conhecimento das leis que regem o comportamento humano

Conhecimento da PersonalidadeO ser humano um produto do ambiente

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O estudo do inconsciente

Esses aspetos da natureza humana foram enfocados por uma terceira linha de questionamentos que surgiu independente de Wundt e Watson, e foram investigados por Sigmund Freud, um mdico de Viena-ustria, a partir da dcada de 1890. Inspirado pelo enfoque psicanaltico de Freud , um grupo de tericos da personalidade desenvolveu conceitos peculiares do comportamento humano fora da corrente principal da psicologia experimental. Esses tericos, os neopsicanalistas, concentravam na pessoa como um todo, e no em elementos de comportamento ou de unidades de estmulos resposta, como estudado na psicologia de laboratrio. Os neo psicanalistas aceiravam a existncia de foras conscientes e inconscientes , e os behavioristas, a existncia apenas do comportamento observado.

TEORIA PSICANALISTA

Entende o comportamento humano como a resultante de um processo de motivao inconsciente; o comportamento visto, basicamente, como uma expresso projetiva do Ego, Id e Superego.

Insatisfeito com a hipnose, Freud desenvolveu o que hoje a base da tcnica psicanaltica: a livre associao. O paciente convidado a falar o que lhe vem mente para revelar memrias reprimidas causadoras de neuroses.

TEORIA PSICANALISTA

Motivao humana bsica: Alvio de tenso

Posteriormente ainda teramos as abordagens Humanistas - 3 Fora da Psicologia

nfase na experincia subjetiva

Self (auto-conceito): Um constructo central Valor fundamental dignidade da pessoa

Os principais constituintes deste movimento so: Carl Rogers (1902-1985) e Abraham Maslow (1908-1970).

Motivao bsica: Crescimento, auto-realizao

Gestalt Terapia (Perls 1940)

Os gestaltistas explicaram o comportamento humano como sendo a resultante de processos perceptivos. A preocupao dos gestaltistas era perceber , configurar a dimenso humana; no podiam terapeutizar o que ainda no era globalmente percebido.

A Psicologia da gestalt afirma que as partes nunca podem soma das partes.

proporcionar uma real compreenso do todo. O todo diferente da

Gestalt Percepo Figura-fundo

Gestalt Percepo Figura-Fundo

ABORDAGEM CENTRADA na PESSOA Carl Rogers

"Se eu deixar de interferir nas pessoas, elas se encarregam de si mesmas. Se eu deixar de comandar as pessoas, elas se comportam por si mesmas. Se eu deixar de pregar as pessoas, elas se aperfeioam por si mesmas. Se eu deixar de me impor as pessoas, elas se tornam elas mesmas"(Citao de Carl Rogers resumindo o princpio da Abordagem Centrada na Pessoa) PessoaLAO-TS

Psicologia Cognitiva

Os psiclogos cognitivos diferem amplamente em suas abordagens e em suas orientaes tericas, entretanto, todos enfrentam o mesmo problema, ou seja, decidir que medidas devem ser tomadas para que a cognio humana possa ser entendida. Apesar da diversidade de concepes entre os psiclogos cognitivistas, boa parte sustenta as seguintes teses:

Estudam os processos mentais, tais como pensamento, percepo, memria, ateno, resoluo de problemas e linguagem. Visam aquisio de conhecimentos precisos sobre como os processos mentais funcionam e como so aplicados na vida cotidiana.

Em psicologia as concepes filosficas sobre o homem iro influenciar as teorias da personalidade. Vrios pensadores falaram sobre o homem: Plato, Scrates, Aristteles, Tomas de Aquino, Maquiavel, Kierkegaard, Nietzsche, Heidegger, Sartre; estes ltimos inspiraram a psicoterapia existencial. Na psicologia, segundo os autores Hall-Lindzey pode-se falar do estudo da personalidade a partir de observaes clnicas. Vejamos o seguinte quadro comparativo a seguir...

CONCEPO DE HOMEM FreudPara ele o homem um ser dividido entre seus desejos e pulses (de vida e morte).

Rogers

Skinner

O homem um ser subjetivo e Sua viso de homem objetiva. experincia cada Todo ser produto do meio em acontecimento de forma nica que vive. e pessoal. O homem no tem liberdade de Obra marcada por um certo Tem plena confiana na escolha, ele d significado s ceticismo, sendo a natureza capacidade de coisas de acordo com que lhe humana determinada por desenvolvimento do homem, ensinado pela comunidade foras irracionais. de seu crescimento, de se verbal. As contingncias Acreditava que a sociedade compreender, e resolver seus ambientais determinam o civilizada estava ameaada prprios problemas, desde que comportamento do indivduo, e pela desintegrao, devido haja no seu ambiente se baseiam em trs aspectos: hostilidade primria dos condies favorveis para que O histrico filogentico homens entre si, e a cultura isso ocorra. O histrico ontogentico devendo recorrer a todo reforo Acredita que o homem tem O ambiente possvel a fim de erigir uma uma capacidade realizadora barreira contra o instinto. que ele chamou de Tendncia As alteraes no Para ele, o homem possuidor Atualizante, que o capacita ao comportamento se do atravs crescimento. do Reforamento Positivo, de um conflito permanente e Negativo ou da Punio. O antagnico, existente em seu O homem possuidor de uma comportamento operante interior, no qual o Ego tenta ser motivao que pode lev-lo em significa a alterao das o mediador para encontrar o vrias direes, de vrias contingncias a fim de formas. Essa motivao s no equilbrio. deve ser abafada, para no modificar o homem. distorcer o seu crescimento.

O Lugar da Personalidade na Histria da Psicologia

O estudo cientfico da personalidade

Vemos ento que psicologia experimental e o estudo da

personalidade comearam em duas tradies separadas, utilizando mtodos distintos e visando atingir objetivos diferentes. preciso observar que a psicologia experimental, nos seus anos de formao no ignoravam totalmente a personalidade -estudava-se alguns de seus aspectos- mas no existia uma rea de especializao distinta denominada personalidade, como havia na psiclogia infantil ou social.

Somente no final da dcada de 1930 o estudo da personalidade foi formalizado e sistematizado na psicologia norte-americana, principalmente de Gordon Allport. De 1930 at hoje surgiram uma grande variedade de abordagens para o estudo da personalidade.

QUESTES DE GNERO E ETNIA NA PERSONALIDADE TEXTO NA NTEGRA NA PGINA 07 LIVRO SHULTZ

Mtodos de Avaliao

Cada um dos principais tericos, desenvolveu mtodos peculiares para avaliar a personalidade maneiras que eram apropriadas para as suas teorias. As tcnicas variam em objetividade, confiabilidade e validade e vo da interpretao dos sonhos e lembranas da infncia aos testes feitos no papel e aplicados por computadores. Hoje em dia, os principais enfoques de avaliao da personalidade so:

Inventrios objetivos ou de personalidade Tcnicas projetivas Entrevistas clnicas Procedimentos de avaliao comportamental Amostragem de idias e experincias

Mtodos de Avaliao

importante saber que a avaliao feita para um se basear em um NICO teste; idealmente, muitas formas de avaliao so usadas para se ter uma gama de informaes sobre a pessoa.

diagnstico ou com objetivo teraputico NO pode

DESCRIO DOS MTODOS DE AVALIAO DA PERSONALIDADE PGINAS 11 A 16 LIVRO SHULTZ. DESCRIO DOS MTODOS DE PESQUISA NO ESTUDO DA PERSONALIDADE PGINAS 21 A 27 LIVRO SHULTZ

Agrupar Semelhanas... Reconhecer Diferenas

possvel, como mostraram inmeros autores, agrupar indivduos de acordo com determinadas caractersticas psquicas mais ou menos comuns aos diversos grupos. Temos assim classificaes que reconhecem os introvertidos, extrovertidos, sensitivos, pensativos, intuitivos, sentimentais ou, de outra forma, os explosivos, melanclicos, obsessivos, e assim por diante.

Agrupar Semelhanas... Reconhecer DiferenasTrata-se do reconhecimento de traos predominantes na personalidade ou na maneira de ser, de tal forma que permitem uma classificao. Isso no quer dizer, de forma alguma, que a Personalidade total dos indivduos classificados desta ou daquela maneira seja idntica em todos do mesmo grupo: entre todos introvertidos, cada qual dispe de uma Personalidade peculiar e apenas manifestam em comum uma tonalidade afetiva depressiva com sua conseqente apresentao social introvertida.

Agrupar Semelhanas... Reconhecer Diferenas

Para demonstrar didaticamente este duplo aspecto da

constituio humana imaginemos, por exemplo, um enorme canteiro de rosas amarelas. Embora todos indivduos do canteiro tenham caractersticas comuns e suficiente para consider-los e identific-los como sendo rosas amarelas, ser praticamente impossvel encontrar, entre eles, dois exemplares exatamente iguais. Portanto, todos possuem traos individuais; todos tm perfume, ptalas e espinhos. Uns, entretanto, tm mais perfume, ptalas de tonalidade diferente e espinhos mais realados que outros. No ser humano normal tambm podemos encontrar como caractersticas universais a angstia, a ambio, o amor, o dio, o cime, etc. Entretanto, em cada um de ns estes traos combinarse-o de maneira completamente singular.

As Tipologias e a Personalidade

Tipologias Comportamentais

comum encontrar pessoas que usem das tipologias, mesmo sem concordar, na vida cotidiana.

Por exemplo, afirmaes do tipo "mulheres dirigem mal" ou mdicos so muito frios ou ainda psiclogo doido. Pelo que percebo, preciso ter ateno e reconhecimento que mesmo que exista as regularidades, somos seres nicos.

Tipologias Comportamentais e o Eneagrama

O Eneagrama e as demais Tipologias, tem em comum a

"simplificao" do comportamento humano, compartimentando-o a um limitado nmero de tipos similares. Todas as tipologias tm a desvantagem de, aparentemente, desconsiderar a originalidade, as peculiaridades e as nuances de cada indivduo. Por isso muitos psiclogos lhes fazem grandes e compreensveis restries. grande o perigo de definir uma pessoa (ou definir-se) como pertencente a um determinado tipo ou signo zodiacal e a deix-la acomodada. A utilizao das "regularidades" no comportamento humano s tem sentido quando existe possibilidade de mudana.

Resumo das Tipologias

Astrologia - Doze tipos relacionados posio do zodaco onde se encontra o sol - em movimento - poca do nascimento. Academicamente, questiona-se a confiabilidade desse pressuposto. Hipcrates (377 AC) - Sangneo, melanclico, colrico e fleumtico. 377 AC! Pode no ter sido de sua autoria mas, observando os humanos hoje, ser que precisamos nos preocupar com direitos autorais? Carl Gustav Jung (1923) - Trs pares de funes distintas: extroverso/introverso, sensitividade/intuio, pensamento/sentimento levam a 8 combinaes (tipos) possveis. As teorias de Jung geraram vrias outras tipologias de estilos de comportamento social. Isabel Briggs Myers - Inclui mais um par: percepo/julgamento - leva para 16 o nmero de tipos. O "Myers-Briggs Type Indicator" (MBTI) foi muito popular nos EUA na dcada de 1980. Est sendo usada no Brasil.

Resumo das Tipologias

Karen Horney (1952) - Quatro maneiras de proteo contra o medo fundamental: amor, submisso, poder e distanciamento.

Fritz Riemann (1979) - Quatro medos humanos bsicos: medo de proximidade, de distncia, de mudana, de estabilidade.

Eneagrama (2.500 AC ?) - Nove tipos de personalidades. Est sendo estudada e validada - desde 1960 - em relao, tanto aos conhecimentos atuais de psicologia e psiquiatria, quanto s outras tipologias. Profunda e parece harmonizar o cientfico com o "espiritual". Tem sido utilizada por vrias empresas nos ltimos dez anos

As Teorias da Personalidade

So um conjunto de postulados sobre o comportamento humano, juntamente com regras para estabelecer relaes entre esses postulados e definies que permitam sua interao com dados empricos ou observveis. As correntes da psicologia sob alguns aspectos se aproximam, e em outros, podem ser conflitantes, mas todas elas serviram como pontos de partida para o avano da investigao cientfica.

O Que uma Teoria?

um conjunto de convenes (HIPTESE) criadas pelo terico, na tentativa de compreender os fenmenos da natureza. Teorias so sempre construdas, ou seja, no so dadas ou determinadas pela natureza Quando uma teoria confirmada, ela se torna um FATO.

A criatividade mais importante que o conhecimento (Albert Einstein)

Suposies

So os princpios bsicos da teoria, os quais deveriam idealmente apresentar as seguintes caractersticas: Devem ter relao com os eventos empricos que a teoria se prope a explicar Devem ser enunciadas de forma clara e explcita Deve haver regras para a interao sistemtica entre as suposies e os conceitos nelas inseridos.

... Fico perturbado ao ver como mentes de pequeno calibre aceitam imediatamente uma teoria quase qualquer teoria como um dogma de verdade. Se a teoria pudesse ser vista como ela realmente uma tentativa falvel, altervel, de construir uma rede de finos fios como teia de aranha, que conter os fatos slidos ento a teoria serviria, como deve, como um estmulo para continuarmos pensando criativamente (...) Mas nas mos de discpulos inseguros (assim me parece), os finos fios como teia de aranha se transformam em correntes de ferro de dogma.Carl Rogers, 1959

AS TEORIAS NO ESTUDO DA PERSONALIDADE E AS QUESTES SOBRE A NATUREZA HUMANA LEITURA NA NTEGRA DAS PGINAS 27 31 LIVRO SHULTZ

PERSONALIDADE

Sigmund Freud ea Psicanlise

A Psiquiatria e a Psicopatologia obtm reconhecimento no final do Sculo XVIII - com Pinel, Tuke, Rush, que realizaram as primeiras classificaes das hoje chamadas doenas mentais

A Psicologia Clnica herdeira direta da PsiquiatriaO encontro da medicina com a filosofia no sc. XVIII Schopenhauer, Nietzsche, Sartre que passou a descrever com bastante profundidade aspectos psicolgicos que a psiquiatria at ento negligenciara o que abre caminho para abordagens mais psicolgica na descrio e no tratamento da loucura.

Reconhecimento de algo para alm do Corpo.

Incio da Clnica Freudiana

Charcot (1825-1893), importante neurologista, interessou-se pelas pacientes que no conseguiam ser includas em qualquer das categorias das patologias tradicionais, classificando-as, finalmente, de histricas, promovendo uma distino com os quadros epilpticos, antes confundidos. Deu-se incio, assim, aos trabalhos que seguiro uma abordagem mais psicolgica na psiquiatria.

Charcot props como mtodo de tratamento, a hipnose, considerando que a sugesto hipntica durante o transe propiciava a cura dos sintomas, na medida em que esta agia ao nvel dos conceitos mentais que causavam a doena, conceitos que a pessoa, em estado normal de conscincia, no deixava aflorar. Esse mtodo, apesar de bastante questionvel, foi o primeiro de cunho eminentemente psicolgico empregado no tratamento da loucura. Georg Groddeck (1866 1934) Psicossomtica e O Livro disso

Sigmund Freud (1856-1939), mdico fisiologista, era judeu e no era rico; devido a essa condio, tinha muita dificuldade de insero no meio mdico-hospitalar. Por isso iniciou-se num cargo subalterno no hospital geral de viena, na clnica psiquitrica daquele hospital, quando comeou a se interessar pelas doenas nervosas, ramo da medicina pouco praticado naquela cidade. Solicitou uma bolsa para ir a paris, a fim de conhecer o famoso trabalho com as histricas desenvolvido por Charcot. Essa experincia o encaminhar definitivamente para os caminhos da psicologia. L aprendeu a diagnosticar e identificar doenas mentais e a fazer uso da hipnose para a cura dos sintomas histricos.

Freud, ento, retorna a seu pas (1886) e abre uma clnica particular. (Tambm pelos motivos supracitados) fazendo largo uso da hipnose. Porm, Freud vai perdendo, aos poucos, a confiana nessa tcnica, na medida em percebe que os sintomas histricos desapareciam somente quando a pessoa estava em transe, para, logo depois, retornarem com mais vigor. (Alm da necessidade de dar maior cientificidade para seu trabalho to exigido naquela poca). Deduziu, ento, que se os sintomas desapareciam somente no transe, quando a pessoa no estava consciente de seus atos, era porque deveria haver algum contedo reprimido e inconsciente, que a paciente no tinha condies de enfrentar ou de suportar conscientemente elaborao que foi fundamental na formulao da teoria psicanaltica, pautada no postulado do inconsciente e do mecanismo de represso de contedos latentes.

Aos poucos, no entanto, vai abandonando-a e substituindo-a por uma terapia pautada em conversas, formulando uma nova espcie de clnica, baseada na tcnica da associaolivre, que segundo seu inventor, faz emergir espontaneamente os contedos inconscientes, o que redundar, enfim, na proposta da psicanlise. Esta produzir uma mudana epistemolgica importante (fulgncio, 1998): far a clnica saltar da simples descrio dos sintomas para a interpretao dos acontecimentos clnicos.

A partir da mudana da hipnose para a associao livre e a interpretao da cadeia inconsciente que produzem os sintomas, a nfase no mais para olhar, mas sim a escuta destes sintomas.

O primeiro caso, fundador da nova terapia, foi o de Anna O., paciente de Breuer, que fez seu relato a Freud. A prpria Anna chamava esse tratamento de cura pela fala, processo que era catrtico, na medida em que a moa, ao narrar os fatos e histrias de sua vida, aliviava-se de seus sofrimentos. Porm, no podemos esquecer dos dizeres de Breuer:

no se tratava de uma fala qualquer. Era um dizer enigmtico, que seduzia e, ao mesmo tempo, atemorizava. (...)Foi preciso Freud ter adivinhado, nessa corrente verbal da paciente de Breuer, a presena do sintoma a ser interpretado, para que a fala comeasse a fazer sentido clnico.

ASSOCIAO LIVRE

Associao Livre

No mtodo da associao livre, solicita-se ao paciente que relate tudo quanto lhe venha a mente, mesmo aquilo que lhe parea ridculo ou imprprio. O papel do terapeuta , em grande parte, passivo. Ele senta-se e ouve, estimula ocasionalmente, intervindo ou fazendo perguntas, quando o fluxo verbal do paciente se estanca, mas no interrompe o paciente quando este est falando.

Associao LivreFreud verificou que, quando essas condies prevalecem, o paciente comea a referir-se s ocorrncias da primeira infncia. Essas recordaes permitiram que Freud tivesse sua primeira viso real sobre a formao da personalidade e sua posterior evoluo.

Cadeia de associaes: Tudo quanto o paciente diz est relacionado, sem exceo, com o que disse anteriormente. Podem ocorrer rodeios e bloqueios, mas a histria que a pessoa relata ao ouvinte segue uma cadeia de associaes atravs de um labirinto verbal.

Sesso analtica e suas regras fundamentaisAs neuroses ou algumas outras tenses psquicas que traduzem o mal estar do sujeito adulto, podem levar este a consultar um psicanalista. Durante a sesso analtica, as associaes do paciente permitem percorrer o curso do processo de recalcamento e revelar os desejos inconscientes. A primeira regra fundamental da Psicanlise , portanto, a associao livre: pedese ao paciente que se permita dizer tudo aquilo que lhe vem cabea, mesmo que se trate de algo que considere intil, inadequado ou estpido. Lhe absolutamente exigido que no omita qualquer pensamento, ainda que embaraoso ou penoso. esta regra fundamental que estrutura a relao entre o analista e o paciente.

Sesso analtica e suas regras fundamentaisA reconstituio da histria do sujeito deveria implicar o desaparecimento do sintoma. No entanto, mesmo aps alguns xitos, tal ao encontra dois problemas no mtodo analtico: a resistncia e a transferncia. Depressa, o paciente deixa de ser capaz de comunicar livremente os seus pensamentos: estes resistem e ele prprio resiste sua confisso. Simultaneamente, opera se uma transferncia de sentimentos de amor ou dio em relao prpria prtica da anlise e pessoa do analista. Resistncia e transferncia condicionam o fato de reviver situaes conflituosas antigas ou lembranas traumticas recalcadas, podendo a situao de reviver, constituir um obstculo para o trabalho da cura. Para superar tal situao de bloqueio, necessrio que tudo o que resulta da anlise os acontecimentos que nela se produzem, as imagens, os pensamentos secretos, os silncios, etc. seja igualmente analisado e manejado pelo Analista.

Transferncia X Contra-Transferncia

Designa, em psicanlise, o processo pelo qual os desejos inconscientes se atualizam sobre determinados objetos no quadro de um certo tipo de relao estabelecida com eles e, eminentemente, no quadro da relao analtica (Laplanche e Pontalis, 2001, pg. 514). Por mais estranho que possa parecer, essa transferncia tem demasiada importncia num processo analtico, pois atravs dela que so evocados eventos passados para um novo contexto, que podem ser trabalhados e elaborados de uma maneira diferente (Fadiman e Frager,

um conjunto das reaes inconscientes do analista pessoa do analisando e, mais particularmente, transferncia dele (Laplanche e Pontalis, 2001, pg. 102). Ao contrrio da transferncia, no so nada positivas, pois interferem de modo negativo no processo analtico e podem ser frutos de uma anlise pessoal deficiente por parte do analista em sua formao.

Objetivos da PsicanliseA psicanlise procura revelar a motivao inconsciente dos pensamentos, emoes e atitudes das pessoas, ou seja, desvendar aspectos da personalidade de que a prpria pessoa no tinha conhecimento a fim de ajud-la a compreender a si mesma e aos outros. Se este fim for atingido, ao menos em parte, o paciente pode se libertar de seus sintomas e sofrimento j que pode entender a razo inconsciente deles.

Em 1954, Bertha Pappenheim foi homenageada como assistente social pioneira com a sua foto estampada em um selo pela Repblica Federal da Alemanha

APARELHO PSQUICO

Freud empregou a palavra aparelho para caracterizar uma organizao psquica dividida em sistemas, ou instncias psquicas, com funes especficas para cada uma delas, que esto interligadas entre si, ocupando um certo lugar na mente.

TEXTO: PRIMEIRA TEORIA DO APARELHO TEXTO PSQUICO - PRIMEIRA TPICA (Fundamentos Freud)

PRIMEIRA TPICA

Inconsciente Atos psquicos que carecem de conscincia, principais determinantes da personalidade, fontes de energia psquica, pulses, instintos. Pr-Consciente Parte do inconsciente que pode tornar-se consciente com facilidade. rea das lembranas que a conscincia precisa para desempenhar suas funes. Consciente Pequena parte da mente, inclui tudo que estamos cientes num dado momento.

SEGUNDA TPICA

***Questo de traduo: Eu, Supereu e Isso

ID

Princpio do Prazer Instintos Impulsos Desejos Inconscientes

ID

O Id o sistema original da personalidade; a matriz, dentro da qual o ego e o superego se diferenciam. Os seus contedos,expresso psquica das pulses, so inconscientes, por um lado hereditrios e inatos e, por outro, recalcados e adquiridos. o

reservatrio da energia fsica que pe em funcionamento os outros sistemas.

O Id no tolera energias muito intensas experimentadas como estados desconfortveis de tenso. Em conseqncia, quando o nvel de tenso do organismo elevado resultante de uma estimulao externa ou de excitaes internas. O Id funciona de maneira a descarregar a tenso imediatamente, fazendo o organismo retornar a um nvel de conforto constante e de baixa energia. Esse princpio de reduo da tenso, pelo qual o Id opera, denominado o princpio do prazer.

ID

Para poder realizar seu objetivo de evitar a dor e obter o prazer, o id dispe de dois processos, que so a ao reflexa prazer o processo primrio. As aes reflexas so aes automticas e inatas, como o piscar e o espirrar. Essas aes, em geral, reduzem imediatamente as tenses. O processo primrio envolve uma reao psicolgica um pouco mais complicada. Ele tenta descarregar a tenso formando a imagem de um objeto que remover a tenso. O processo primrio d pessoa faminta uma imagem mental de alimento. Essa experincia alucinatria, em que o objeto desejado est presente na forma de imagem mental, chamada satisfao de desejo. O melhor exemplo do desejo processo primrio em pessoas normais o sonho noturno, que, para Freud, representa sempre a satisfao ou a tentativa da satisfao de um desejo. Essas imagens mentais desejadas so a nica realidade que o id conhece.

EGO

Centro da Conscincia Princpio da Realidade Sentimento Memria Racionalidade.

EGO

Diz-se que o Ego obedece ao Princpio da Realidade e opera por meio do processo secundrio. O objetivo do principio da realidade obstar as descarga da tenso at que seja encontrado o objeto apropriado para a satisfao da necessidade. O princpio da realidade suspende, temporariamente, o princpio do prazer. O princpio da realidade quer certificar-se se uma experincia real ou falsa, isto se tem existncia externa ou no, ao passo que o princpio do prazer interessa-se apenas em saber se uma experincia desagradvel ou agradvel.

EGO

O processo secundrio pensamento realista. Por meio do processo secundrio o ego formula um plano para satisfao da necessidade e depois o testa, geralmente por alguma espcie de ao, para ver se funciona ou no. A pessoa faminta pensa em encontrar alimento e depois passa a procur-lo. Isto o que chamamos teste da realidade. O Ego a parte organizadora do Id, que existe para realizar os objetivos do id e no para frustr-los, e toda a sua fora se origina do Id. Seu papel principal o de intermedirio entre as exigncias instintivas do organismo e as condies do ambiente. Sues objetivos consistem em manter a vida do indivduo e garantir a reproduo da espcie.

SUPEREGO

Princpio da Censura Vigilante Moral Parte Irracvel da Alma Barreira do Desejo. Eu quero, mas eu no posso

SUPEREGO

Superego o representante interno dos valores e ideais tradicionais da sociedade, transmitidos pelos pais e reforados pelo sistema de recompensas e castigos impostos criana. O superego a arma moral da personalidade; representa mais o ideal do que o real e tende mais a perfeio do que ao prazer. Sua preocupao principal decidir se alguma coisa certa ou errada, de modo a poder a pessoa agir em harmonia com os padres morais autorizados pelos agentes da sociedade.

SUPEREGO

Como rbitro moral internalizado, o superego resulta das reaes que a criana oferece ao sistema de recompensa e punio dos pais. Para obter recompensas e evitar punies, a criana aprende a conduzir-se de acordo com as normas ditadas pelos pais. As punies, resultantes da quebra de normas, tendem a incorporar-se conscincia, que um dos subsistemas do superego. As aes merecedoras de aprovao tendem a incorporar-se ao egoideal, que o segundo subsistema do superego. O mecanismo pela qual esta incorporao se realiza chamase INTROJEO. A conscincia pune a pessoa fazendo-a INTROJEO sentir-se culpada e o ego-ideal recompensa-a fazendo-a sentir-se orgulhosa. Com a formao do superego o controle dos pais substitudo pelo autocontrole.

SUPEREGO

As funes principais do Superego so: 1) Inibir os impulsos do ID, particularmente os de natureza sexual e agressiva, pois esses so os impulsos cuja exteriorizao mais condenada pela sociedade; 2) Persuadir o ego a substituir os alvos moralistas por alvos realistas; 3) Lutar pela perfeio. O superego tende a opor-se tanto ao ID quanto ao EGO e a fazer do mundo um reflexo de sua imagem.

ID, EGO E SUPER-EGO EM TEMPOS DE CARNAVAL"A nossa mente como uma casa em que vivem trs habitantes. No trreo, mora um sujeito meio equilibrado chamado Ego. Ele no propriamente o dono da casa, mas cabe-lhe pagar a luz, a gua, o IPTU, alm de varrer o cho, lavar a roupa e cozinhar. Como essas tarefas fazem parte da vida cotidiana, Ego at que no se queixa. O pior ter que conviver com os dois outros moradores. O andar superior decorado em estilo austero, com esttuas de grandes vultos da humanidade e prateleiras cheias de livros sobre leis e moral. A vive um irascvel senhor chamado Super-ego que dedica todos os seus esforos a uma nica coisa: controlar o pobre Ego. Quando Ego se lembra de uma boa piada e ri, ou atreve-se a cantar um sambinha, Super-Ego bate no cho com o cetro que carrega sempre, exigindo silncio. Se Ego resolve trazer para casa uma namorada ou mesmo uns amigos, Super-ego, de sua janela, adverte que no quer festinhas em domiclio. No poro sujssimo, mora o terceiro habitante da casa, um troglodita conhecido como Id, que no tem modos, no tem cultura, na verdade, mal sabe falar.

ID, EGO E SUPER-EGO EM TEMPOS DE CARNAVALEm matria de sexo, porm, tem um apetite invejvel. Super-ego, que detesta essas coisas, exige que Ego mantenha a inconveniente criatura sempre presa. o que acontece durante todo o ano. No carnaval, contudo, Id se solta. Arromba o porto do poro e vai para a folia, arrastando o perplexo Ego, que num primeiro momento, resiste, mas depois acaba aderindo. E a so trs dias de samba, bebidas, mulheres. Quando volta pra casa na quarta-feira, a primeira pessoa que Ego v o Super-ego, olhando-o fixo da janela do andar superior. Ego sabe que errou e, humilde, enfia-se em casa, abre a porta do poro para que o saciado Id volte ao seu reduto, e a comea a penitncia, que durar exatamente um ano. De vez em quando Ego tem um sonho. Imagina que os trs fazem parte de um mesmo bloco carnavalesco e que juntos, se divertem a valer. O Super-ego inclusive o folio mais animado. Mas isso, naturalmente, apenas um sonho.

Relao Entre os Trs Sub-sistemas

A meta fundamental da psique manter e recuperar, quando perdido um nvel aceitvel de equilbrio dinmico que maximiza o prazer e minimiza o desprazer

A energia que usada para acionar o sistema nasce no ID, que de natureza primitiva, instintiva. O EGO, emergindo do ID, existe para lidar realisticamente com as pulses bsicas do ID e tambm age como mediador entre as foras que operam no ID e no SUPEREGO e as exigncias da realidade externa.

O SUPEREGO, emergindo do EGO, atua como um freio moral ou fora contrria aos interesses prticos do EGO. Ele fixa uma srie de normas que definem e limitam a flexibilidade deste ltimo.

Eu preciso de um planejamento para obt-lo...

Voc no pode t-lo. Isso no certo...

Eu quero agora!!!

INSTINTOS E PULSES

Instintos e Pulses

Instintos so presses que dirigem um organismo para fins particulares. Quando Freud usa o termo, ele no se refere aos complexos padres de comportamento herdados dos animais inferiores, mas seus equivalentes nas pessoas. Tais instintos so a suprema causa de toda atividade. Seus aspectos mentais podem ser comumente denominados desejos. Os instintos so as foras propulsoras que incitam as pessoas ao.

Instintos e Pulses

Todo instinto tem quatro componentes: uma fonte, uma finalidade, uma presso e um objeto. A fonte, quando emerge a necessidade, pode ser uma parte do corpo ou todo ele. A finalidade reduzir a necessidade at que mais nenhuma ao seja necessria, dar ao organismo a satisfao que ele no momento deseja. A presso a quantidade de energia ou fora que usada para satisfazer ou gratificar o instinto; ela determinada pela intensidade ou urgncia da necessidade subjacente. O objeto de um instinto qualquer coisa, ao ou expresso que permite a satisfao da finalidade original.

Instintos e Pulses Exemplo

Consideremos o modo como esses componentes aparecem numa pessoa com sede. O corpo desidrata-se at o ponto em que precisa de mais lquido; a fonte a necessidade crescente de lquidos. medida que a necessidade torna-se maior pode tornar-se consciente como sede.Enquanto esta sede no for satisfeita, torna-se mais pronunciada; ao mesmo tempo em que aumenta a intensidade, tambm aumenta a presso ou energia disponvel para fazer algo no sentido de aliviar a sede. A finalidade reduzir a tenso. O objeto no simplesmente o lquido: leite, gua ou cerveja, mas todo o ato que busca reduzir a tenso. Isto pode incluir levantar-se, ir a um bar, escolher entre vrias bebidas, preparar uma delas e beb-las

Instintos e Pulses

Enquanto as reaes inicias de buscas podem ser instintivas, o ponto crtico a ser lembrado que h a possibilidade de satisfazer um instinto plena ou parcialmente de vrias maneiras. A capacidade de satisfazer a necessidade nos animais via de regra limitada por um padro de comportamento estereotipado. Os instintos humanos apenas iniciam a necessidade de ao; eles nem predeterminam a ao particular, nem a forma como ela se completar. O nmero de solues possveis para o indivduo uma soma de sua necessidade biolgica inicial, o desejo mental (que pode ou no ser consciente) e uma grande quantidade de idias anteriores, hbitos e opes disponveis).

Instintos e Pulses

Freud assume que o modelo mental e comportamental e saudvel tem a finalidade de reduzir a tenso a nveis previamente necessidade aceitveis. continuar Uma pessoa com uma que buscando atividades

possam reduzir essa tenso original. O ciclo completo de comportamento que parte do repouso para a tenso e a atividade, e volta para o repouso denominado modelo de tenso- reduo. As tenses so resolvidas pela volta do corpo ao nvel de equilbrio que existia antes da necessidade de emergir.

Instintos e Pulses

Ao examinar um comportamento, um sonho ou evento mental uma pessoa pode procurar as pulses psicofsicas subjacentes que so satisfeitas por esta atividade. Se observarmos pessoas comendo supomos que elas esto satisfazendo sua fome; se esto chorando, provvel que algo as perturbou. O trabalho analtico envolve a procura das causas dos pensamentos e comportamentos, de modo que se possa lidar de forma mais adequada com uma necessidade que est sendo imperfeitamente satisfeita por um pensamento ou comportamento particular.

Instintos Bsicos

Freud desenvolveu duas descries dos instintos bsicos.

O primeiro modelo descrevia duas foras opostas, a sexual (ou, de modo geral, a ertica, fisicamente gratificante) e a agressiva ou destrutiva. Suas ltimas descries, mais globais, encararam essas foras ou como mantedoras da vida ou como incitadoras da morte (ou destruio) Ambas as formulaes pressupem dois conflitos instintivos bsicos, biolgicos, contnuos e no resolvidos. Este antagonismo bsico no necessariamente visvel na vida mental, pois a maioria de nosso pensamento e aes evocada no por apenas uma dessas foras instintivas, mas por ambas em combinao.

Libido e Energia Agressiva

Cada um desses instintos gerais tem uma fonte de energia inseparvel. Libido (da palavra latina para desejo ou anseio) a energia aproveitvel para os instintos de vida. Outra caracterstica importante da libido sua mobilidade, a facilidade com que pode passar de uma rea de ateno para outra. A energia do instinto de agresso ou de morte no tem um nome especial. Ela supostamente apresenta as mesmas propriedades gerais que a libido, embora Freud no tenha elucidado esse aspecto.

Catexia

Catexia o processo pelo qual a energia libidinal disponvel na psique vinculada e/ou investida na representao mental de uma pessoa, idia ou coisa.

A libido que foi catexizada perde sua mobilidade original e no pode mais mover-se em direo a novos objetos. Est enraizada em qualquer parte da psique que a atraiu e segurou.

A palavra original alem besetzung, significa ocupar e investir

Catexia Exemplo

Se voc imaginar seu depsito de libido como uma dada quantidade de dinheiro, catexia o processo de investi-la. Uma vez que uma poro foi investida ou investi-la catexizada, permanece a, deixando voc com essa poro a menos para investir em outro lugar.

Estudos psicanalticos sobre luto, por exemplo, luto interpretam o desinteresse das ocupaes normais e a preocupao com o recente finado como uma retirada de libido nos relacionamentos habituais e uma extrema ou hiper catexia da pessoa perdida.

Catexia

A teoria psicanaltica est interessada em compreender onde a libido foi catexizada inadequadamente. Uma vez liberada ou inadequadamente redirecionada esta mesma energia est ento disponvel para satisfazer outras necessidades habituais. A necessidade de liberar energias presas tambm se encontra nos trabalhos de Rogers e Maslow, assim como no budismo e no sufismo. Cada uma dessas teorias chega a diferentes concluses a respeito da fonte da energia psiquca, mas todos concordam com a alegao freudiana de que a identificao e a canalizao da energia psquica so uma questo importante na compreenso da personalidade.

Os trs tempos do dipo e a formao das Estruturas Clnicas do Sujeito. Leitura do Texto

Fases Psicossexuais do Desenvolvimento

Fases Psicossexuais do Desenvolvimento

medida que um beb se transforma numa criana, uma criana em adolescente e um adolescente em adulto, ocorrem mudanas marcantes no que desejado e como esses desejos so satisfeitos. As modificaes nas formas de gratificao e aas reas fsicas de gratificao so os elementos bsicos na descrio de Freud das fases de desenvolvimento. Freud usa o termo FIXAO para descrever o que ocorre quando uma pessoa no progride normalmente de uma fase para outra, mas permanece muito envolvida numa fase particular.

FASE ORAL

Desde o nascimento, necessidade e gratificao esto ambas concentradas predominantemente em volta dos lbios, lngua um pouco mais tarde, dos dentes. Enquanto alimentada, a criana tambm confortada, aninhada, acalentada e acariciada. O incio, ela associa prazer e reduo da tenso ao processo de alimentao. A maior parte da energia libidinal disponvel direcionada ou focalizada nesta rea.

FASE ORAL

Conforme a criana cresce outras reas do corpo desenvolvem-se e tornam-se importantes regies de gratificao. Entretanto, alguma energia permanentemente fixada ou catexizada nos meios de gratificao oral. Em adultos, existem muitos hbitos orais bem desenvolvidos e um interesse contnuo em manter prazeres orais. Comer, chupar, mascar, fumar, morder e lamber, um beijar com estalo so expresses fsicas destes interesses. Pessoas que mordicam constantemente, fumantes, que costumam comer demais podem ser pessoas parcialmente fixadas na fase oral, pessoas cuja maturao psicolgica pode no ter se completado.

FASE ORAL

A fase oral tardia, depois do aparecimento dos dentes, inclui a gratificao de instintos agressivos. Morder o seio que causa dor me e leva a um retraimento do seio, um exemplo deste tipo de comportamento. O sarcasmo do adulto, o arrancar o alimento de algum, a fofoca tem sido descritos a esta fase do desenvolvimento.

A reteno de algum interesse em prazeres orais normal. Este interesse s pode ser encarado como patolgico se for um modo dominante de gratificao, isto , se uma pessoa for excessivamente de hbitos orais para aliviar a ansiedade.

FASE ANAL

medida que a criana cresce, novas reas de tenses e gratificaes so trazidas conscincia. Entre dois quatro anos, as crianas geralmente aprendem a controlar os esfncteres anais e a bexiga. A criana presta uma ateno especial a mico e a evacuao. O treinamento de ir ao banheiro desperta o interesse natural pela auto-descoberta. A obteno do controle fisiolgico ligada percepo de que este controle uma nova fonte de prazer. Alm disso, as crianas aprendem com rapidez que o crescente nvel de controle lhes traz ateno e elogios por partes de seus pais. O inverso tambm verdadeiro; o interesse dos pais no treinamento da higiene permite criana exigir ateno pelo controle bem sucedido quanto pelos erros.

FASE ANAL

Caractersticas adultas que esto associadas fixao parcial na fase anal so: Ordem, parcimnia e obstinao. Freud observou que estes trs traos em geral so encontrados juntos. Ele fala do Carter anal cujo comportamento est intimamente ligado a experincias sofridas durante esta poca da infncia.

FASE ANAL

Parte da confuso que pode acompanhar a fase anal a aparente contradio entre o prdigo elogio e o reconhecimento, por um lado e, por outro, a idia de que ir ao banheiro sujo e deveria ser guardado em segredo. A criana no consegue compreender inicialmente que suas fezes e urinas no sejam apreciadas. As crianas pequenas gostam de observar suas fezes na privada, na hora de dar a descarga, e com freqncia acenam e dizem-lhes adeus. No raro uma criana oferecer como presente a seu pai ou me parte de suas fezes. Tendo sido elogiada por produzi-las, a criana pode surpreender-se ou confundir-se no caso de seus pais reagirem ao presente com repugnncia.

FASE FLICA

Bem cedo, j aos trs anos a criana entra na fase flica, que focaliza as reas genitais do corpo. Fase onde a criana se d conta de seu pnis ou da falta de um (conscincia das diferenas sexuais) As opinies de Freud a respeito do desenvolvimento da inveja do pnis em meninas foram longamente debatidas. Freud concluiu a partir de suas observaes, que, durante este perodo, homens e mulheres desenvolvem srios temores sobre questes sexuais. O desejo de ter um pnis e a aparente descoberta de que lhe falta algo constituem um momento crtico no desenvolvimento feminino. Esta fase caracteriza-se pelo desejo da criana de ir pr cama de seus pais e pelo cime da ateno que seus pais do um ao outro, ao invs de d-la a criana.

FASE FLICA

Freud viu crianas nesta fase reagirem a seus pais como ameaa potencial a satisfao de suas necessidades. Assim, para o menino que deseja estar prximo de sua me, o pai assume os atributos de um rival. Ao mesmo tempo, o menino ainda quer o amor e a afeio de seu pai e, por isso, sua me vista como uma rival. A criana est na posio insustentvel de querer e temer ambos os pais. Freud acreditava que todo menino revive um drama interno similar (dipo- Sfocles). Ele deseja possuir sua me e matar seu pai para realizar este destino. Ele tambm teme seu pai e receia ser castrado por ele, reduzindo a criana a um ser sem sexo. E, portanto, inofensivo.

FASE FLICA

A ansiedade de castrao, o temor e o amor pelo seu pai, e o amor e o desejo sexual por sua me no podem nunca ser completamente resolvidos. Na infncia, todo complexo reprimido. Mant-lo inconsciente, impedi-lo de aparecer, evitar at mesmo que se pense a respeito ou que se reflita sobre ele estas so algumas das primeiras tarefas do superego em desenvolvimento. Enquanto os meninos reprimem os seus sentimentos, em parte pelo medo da castrao, a necessidade da menina de reprimir seus desejos menos severa, menos total. A diferena em intensidade permite a elas permanecerem nela (situao Edipiana) por um tempo indeterminado; destroem-na tardiamente e, ainda assim de modo incompleto.

FASE FLICA

Seja qual for a forma que realmente toma a resoluo da luta, a maioria das crianas parece modificar seu apego aos pais em algum ponto depois dos 5 anos de idade e voltam para o relacionamento com os seus companheiros, atividades escolares, esportes, e outras habilidades. Esta poca, da idade de 5/6 anos at o comeo da puberdade, denominada perodo de latncia, um tempo que os desejos sexuais no resolvidos da fase flica no so atendidos pelo ego e cuja represso feita, com sucesso, pelo super ego.

FASE GENITAL

A fase final do desenvolvimento biolgico e psicolgico ocorre com o incio da puberdade e o conseqente retorno da energia libidinal aos rgos sexuais. Neste momento, meninos e meninas esto ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e comeam a buscar formas de satisfazer suas necessidades erticas e interpessoais.

Ansiedade e Mecanismos de Defesa

ANSIEDADE

A ansiedade um sinal de aviso para o Ego. Esta pode ser originada em medos reais ou pode ser uma ansiedade neurtica O aparelho psquico se relaciona na tentativa de equilbrio aumentando o prazer e diminuindo o desprazer. (Id, Ego e Superego) A ansiedade sinaliza um perigo interno O principal problema da psique encontrar maneiras de enfrentar a ansiedade. Esta provocada por um aumento ansiedade esperado ou previsto, da tenso ou desprazer; pode desenvolver-se em qualquer situao (real ou imaginria), quando a ameaa a alguma parte do corpo da psique muito grande para ser ignorada, dominada ou descarregada.

ANSIEDADE

Esta tentativa de equilbrio pode gerar ansiedade So

as principais situaes que iro ger-la:

Perda de um objeto desejado. Por exemplo, uma criana privada de um dos pais, de um amigo ntimo ou de um animal de estimao. Perda de amor. A rejeio ou o fracasso em reconquistar o amor, por exemplo, ou a desaprovao de algum que lhe importa.

ANSIEDADE

Perda de identidade. o caso, por exemplo, daquilo que Freud chama de medo de castrao, da perda de prestgio, de ser ridicularizado em pblico. Perda de auto-estima. Por exemplo a desaprovao do Superego por atos ou traes que resultam em culpa ou dio em relao a si mesmo

MECANISMOS DE DEFESA

Foi este o nome que Freud adotou para apresentar os diferentes tipos de manifestaes que as defesas do Ego podem apresentar, j que este no se defronta s com as presses e solicitaes do Id e do Superego, pois aos dois se juntam o mundo exterior e as lembranas do passado. Quando o Ego est consciente das condies reinantes, consegue ele sair-se bem das situaes sendo lgico, objetivo e racional, mas quando se desencadeiam situaes que possam vir a provocar sentimentos de culpa ou ansiedade, o Ego perde as trs qualidades citadas. quando a ansiedadesinal (ou sinal de angstia), de forma inconsciente, ativa uma srie de mecanismos de defesa, com o fim de proteger o Ego contra uma dor psquica iminente.

SUBLIMAO

A sublimao o processo atravs do qual a energia originalmente dirigida para propsitos sexuais ou agressivos direcionada para novas finalidades, com freqncia metas artsticas, intelectuais ou culturais. A sublimao foi denominada a Defesa bem sucedida. sucedida

SUBLIMAO - EXEMPLO

Podemos comparar a energia original como um rio que inunda, destruindo casas e propriedades. Para evitar isso, uma barragem construda. A destruio no pode mais ocorrer, mas a presso se desenvolve atrs do dique, ameaando danos ainda maiores se, em qualquer ocasio, a barreira romper-se. A sublimao a construo de canais alternativos que, por sua vez, podem ser usados para gerar energia eltrica, irrigar reas outrora ridas, criar parques, etc. A energia original do rio foi desviada com sucesso para canais socialmente aceitveis ou culturalmente sancionados.

REPRESSO

A essncia da represso consiste simplesmente em afastar determinada coisa do consciente, mantendo a distncia. A represso afasta da conscincia um evento, idia ou percepo potencialmente provocadores de ansiedade, impedindo, assim, qualquer soluo possvel. ansiedade pena que o elemento reprimido ainda faa parte da psique, apesar de inconsciente, e que continue a ser um problema. Sintomas histricos com freqncia tm sua origem numa antiga represso. Algumas doenas psicossomticas tais como asma, artrite e lcera, podem estar relacionadas com a represso. Tambm possvel que o cansao excessivo, fobias e impotncia ou frigidez derivem de sentimentos reprimidos.

REPRESSO - EXEMPLO

Se, por exemplo, voc tiver sentimentos fortemente ambivalentes em relao a seu pai, voc poder am-lo e ao mesmo tempo desejar que ele estivesse morto. O desejo de sua morte, com as fantasias que o acompanham, e os sentimentos resultantes da culpa e vergonha, podem todos ser inconscientes, uma vez que tanto o ego quanto o superego achariam a idia inaceitvel. No momento da morte do seu pai, esse complexo seria reprimido de forma ainda mais rgida. Admitir tais sentimentos significaria que voc sentiria prazer com a morte do seu pai, um sentimento ainda mais inaceitvel pelo seu superego do que ressentimento ou hostilidade iniciais. Nesta situao voc pode parecer no afetado ou indiferente morte dele, a represso retendo a dor e a perda genunas, assim como a hostilidade no expressa.

NEGAO

Negao a tentativa de no aceitar na realidade um fato que perturba o ego. Os adultos tm a tendncia de fantasiar que certos acontecimentos no so assim, que na verdade no aconteceram. A notvel capacidade de lembrar-se incorretamente de fatos a forma de negao encontrada com maior freqncia na prtica psicoterpica.

RACIONALIZAO

Racionalizao o processo de achar motivos aceitveis para pensamentos e aes inaceitveis. o processo atravs do qual uma pessoa apresenta uma explicao que logicamente consistente ou eticamente aceitvel para uma atitude, ao, idia ou sentimento que emerge de outras fontes motivadoras. Usamo-la para justificar nosso comportamento quando, na realidade, as razes para nossos atos no so recomendadas. Exemplo Eu s estou fazendo para o seu prprio bem (Eu quero fazer isso pr voc. Eu no quero que me faam isso. Eu at mesmo quero que voc sofra um pouco). Racionalizar o modo de aceitar a presso do superego; Disfara nossos motivos, tornando nossas aes moralmente aceitveis.

FORMAO REATIVA

Esse mecanismo substitui comportamentos e sentimentos que so diametralmente opostos ao desejo real; uma inverso clara e, em geral, inconsciente do real desejo. Infelizmente, os efeitos colaterais da formao reativa podem prejudicar os relacionamentos sociais. As principais caractersticas reveladoras de formao reativa so seu excesso, sua rigidez e sua extravagncia. O impulso, sendo negado, tem que ser cada vez mais ocultado. Como outros mecanismos de defesa, as formaes reativas so desenvolvidas, em primeiro lugar, na infncia.

PROJEOO ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenes que se originam em si prprio. um mecanismo de defesa por meio do qual os aspectos da personalidade de um indivduo so deslocados deste para o meio externo. A pessoa pode ento lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que as idia ou comportamento temido dela mesma. Exemplos: Todos os homens/mulheres querem apenas uma coisa (Eu penso muito a respeito de sexo); Posso dizer que voc est furioso comigo (Eu estou furioso com voc).

ISOLAMENTO

Isolamento um modo de separar as partes da situao provocadoras de ansiedade, do resto da psique. o ato de dividir a situao de modo a restar pouca ou nenhuma reao emocional ligada ao acontecimento. O resultado que, quando uma pessoa discute problemas que foram isolados do resto da personalidade, os fatos so relatados sem sentimentos, como se tivessem acontecido a um terceiro.

REGRESSO

Regresso um retorno a um nvel de desenvolvimento anterior ou a um modo de expresso mais simples ou mais infantil. um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento realstico para comportamentos que, em anos anteriores reduziram a ansiedade. Linus, nas estrias em quadrinhos de Charlie Brown, sempre volta a um espao psicolgico seguro quando est sob tenso. Ele se sente seguro quando agarra seu cobertor. A regresso um modo de defesa mais primitivo. Embora reduza a tenso, freqentemente deixa sem soluo a fonte de ansiedade original.

DESLOCAMENTO

um processo psquico atravs do qual o todo representado por uma parte ou vice-versa.Tambm pode ser uma idia representada por uma outra, que, emocionalmente, esteja associada ela. Esse mecanismo no tem qualquer compromisso com a lgica. o caso de algum que tendo tido uma experincia desagradvel com um policial, reaja desdenhosamente, em relao a todos os policiais. muito recorrente nos sonhos, onde uma coisa representa outra. Tambm se manifesta na Transferncia, fazendo com que o indivduo apresente sentimentos em relao a uma pessoa que, na verdade, lhe representa uma outra do seu passado.

IDENTIFICAO

o processo psquico por meio do qual um indivduo assimila um aspecto, um caracterstica de outro, e se transforma, total ou parcialmente, apresentando-se conforme o modelo desse outro. A personalidade constituise e diferencia-se por uma srie de identificaes. Ele aprende a reduzir a tenso, modelando seu comportamento de acordo com o da outra. Relao do desejo com a escolha dos modelos de identificaes. A identificao pode ser tambm um mtodo pelo qual a pessoa recupera o objeto perdido. Identificando-se com a pessoa amada, que morreu ou quem se separou, h como que uma reencarnao e incorporao desta

FANTASIA

um processo psquico em que o indivduo concebe uma situao em sua mente, que satisfaz uma necessidade ou desejo, que no pode ser, na vida real, satisfeito. um roteiro imaginrio em que o sujeito est presente e que representa, de modo mais ou menos deformado pelos processos defensivos, a realizao de um desejo e, em ltima anlise, de um desejo inconsciente. A fantasia apresenta-se sob diversas modalidades: a)Fantasias conscientes ou sonhos diurnos. b)Fantasias inconscientes como as que a anlise revela, como estruturas subjacentes a um contedo manifesto. c)Fantasias originrias.

Texto sugerido: Inibio, Sintoma e Angustia (1926) - S. Freud

ANLISE DOS SONHOS

Anlise dos Sonhos

A anlise dos sonhos no um mtodo separado da associao livre: uma consequncia natural da instruo que se d ao paciente, no sentido de relatar tudo que lhe vier mente.

Freud logo verificou que estes sonhos e a associaes livres a eles relacionadas constituam ricas fontes de informao sobre a dinmica da personalidade. Disso resultou a famosa teoria de Freud, segundo a qual o sonho representa o que de mais primitivo, em matria de aes e contedos da mente humana (1900). O processo primitivo que engendra o sonho foi chamado por Freud de PROCESSO PRIMRIO.

Anlise dos Sonhos

Como j vimos, o processo primrio procura realizar um desejo ou descarregar uma tenso, criando a imagem do objeto desejado. Levando o paciente a fazer a associao livre aos sonhos, Freud podia penetrar nas regies mais inacessveis da mente humana e descobrir o ncleo da personalidade.

Casos Clnicos - Freud

Alm dos casos que aparecem em Studies in Hysteria (1895), que ele escreveu em colaborao com Breuer antes de dar forma definida teoria psicanaltica, Freud publicou apenas seis relatos de casos. Um deles, o chamado caso Schreber (1911) no era paciente de Freud. Ele baseou sua anlise em um relato autobiogrfico de um caso de parania descrito pelo juiz Daniel Schreber.

Outro caso foi o de fobia em um menino de cinco anos, o pequeno Hans (1909), tratado pelo prprio pai, mdico, sob orientao de Freud.

Casos Clnicos - Freud

Os outros quatro casos foram tratados pessoalmente por Freud. So conhecidos como o caso Dora (1905), o caso do homem-rato (1909), o caso do homem lobo (1918) e um caso de homossexualidade feminina (1920). Esses casos foram apresentados para mostrar aspectos salientes de um ou mais conceitos tericos de Freud.

Psicanlise Infantil

No texto Sim, toma!, Leda Bernardino afirma que A neurose infantil a construo que a criana faz de uma resposta pessoal ao enigma do desejo do Outro Lacan no texto Notas sobre a criana: Sintoma do par parental ou no lugar da fantasia da me.

Anna Freud e Melanie Klein

PERSONALIDADE

Carl Jung ea Psicologia Analtica

Personalidade Total ou Psique

A personalidade total ou psique, como chamada por Jung, consiste de vrios sistemas isolados, mas que atuam uns sobre os outros. Os principais so o ego e os smbolos, o inconsciente individual e seus complexos, o inconsciente coletivo e seus arqutipos, a persona, a anima ou animus e a sombra. A estes sistemas interdependentes acrescentou as atitudes de introverso e extroverso, e as funes do pensamento, do sentimento, da sensao e da intuio. Finalmente, ao self, que personalidade plenamente desenvolvida e unificada.

As atitudes:

Introverso e Extroverso

Introverso e Extroverso

Dentre todos os conceitos de Jung, introverso e extroverso so os mais usados. Jung descobriu que cada indivduo pode ser caracterizado como sendo primeiramente orientado ou para seu interior ou para o exterior. A energia dos introvertidos segue de forma mais natural em direo a seu mundo interno, em quanto que a energia do extrovertido mais focalizada no mundo externo. Ningum puramente introvertido ou extrovertido. Jung comparou esses dois processos ao batimento cardaco. Entretanto, cada indivduo tende a favorecer uma ou outra atitude.

Introverso e Extroverso

As duas so mutuamente exclusivas; no se pode manter ambas as atitudes ao mesmo tempo Nenhuma melhor que a outra. O ideal ser flexvel e adotar uma delas quando for apropriado. Os interesses primrios do introvertido concentra-se em seus prprios pensamentos e sentimentos Os extrovertidos envolvem-se com o mundo externo das pessoas e coisas; tendem a ser mais sociais e conscientes dos acontecimentos a sua volta.

As Funes: Pensamento, Sentimento, Sensao e Intuio

Jung identificou fundamentais: Pensamento Sentimento Sensao Intuio

quatro

funes

psicolgicas

Cada funo pode ser experienciada tanto de uma maneira introvertida quanto extrovertida. Jung via o pensamento e o sentimento como maneiras de elaborar julgamentos e tomar decises e a sensao e a intuio, juntas, como a forma de apreender

Texto: As oito Tipologias de Jung

Teste de Personalidade - QUATI

Baseado na teoria Junguiana, avalia a personalidade atravs de escolhas situacionais que cada Sujeito faz. Busca identificar a ATITUDE (introverso, extroverso), as FUNES PERCEPTIVAS (intuio, sensao) e as FUNES AVALIATIVAS (pensamento, sentimento). Utilizado em Clnica, em Seleo de Pessoal e Aconselhamento Psicolgico Escolar e Profissional.

Inconsciente Coletivo e Arqutipos

Inconsciente Coletivo

Jung escreve que ns nascemos com uma herana psicolgica, que se soma herana biolgica. Ambas so determinantes essenciais do comportamento e da experincia O Inconsciente Coletivo inclui materiais psquicos que no provm da experincia pessoal. Alguns psiclogos, como Skinner, assumem implicitamente que cada indivduo nasce como uma lousa em branco, uma tbua rasa; em consequncia, todo desenvolvimento psicolgico vem da experincia pessoal. Jung postula que a mente da criana j possui uma estrutura que molda e canaliza todo posterior desenvolvimento e interao com o ambiente.

Inconsciente Coletivo

Herdamos sentimentos e recordaes inconscientes que condicionam nosso comportamento consciente. O inconsciente coletivo o conjunto de necessidades/potencialidades reprimidas em todos os indivduos que formam uma coletividade (grupo, classe etc.). no mundo da fantasia, dos sonhos, etc., que ele se manifesta mais constantemente. Os sonhos comuns em um grupo social ou na sociedade so geralmente inacessveis mas a fantasia no. As aventuras dos super-heris expressam uma fantasia que expresso do inconsciente coletivo: o desejo de poder.

Arqutipos

Arqutipos so formas sem contedo prprio que servem para organizar ou canalizar o material psicolgico. (ex: leito de rios secos) Jung tambm primordiais chama os arqutipos de imagens

Os arqutipos representam os padres de estruturas compostos pelas experincias bsicas universais. Assim, os arqutipos so as formas da espcie de ver o mundo e viv-lo. Os arqutipos esto por definio muito prximos aos instintos que so os padres inatos comuns a todos da mesma espcie. instinto: instinctus: impulso ou inclinao.

Arqutipos Exemplo

O contedo psquico do inconsciente coletivo so os arqutipos. Que so uma forma de pensamento universal com carga afetiva, que herdada. Os arqutipos so como diferentes formas de bolo, que do caractersticas ao bolo. Eles do origem as fantasias individuais e tambm s mitologias de todas as pocas. Por exemplo, todo mundo quer encontrar seu par perfeito ou alma gmea, pode-se dizer que isto se resulta de um arqutipo, da figura de Ado e Eva, ou de outra, pois em todas as religies existe uma histria que ilustra a unio entre as polaridades.

Arqutipos

Este conceito se propaga e por mais que qualquer pessoa negue, sempre existe um desejo ainda que inconsciente de se encontrar algum muito especial que corresponda ao que esperamos. Esta uma fantasia individual resultante de um mito. Jung nos diz que o conceito de arqutipo muito mal compreendido, pois este no expressa uma imagem ou contedo definido, mas sim uma variao de detalhes e um motivo, mas nunca perdendo a configurao original. Estes arqutipos e muitos outros presentes em ns, como a figura materna, a figura do irmo ou da irm, entre outros, no podem ser destrudos e permaneceram em ns por toda a nossa existncia, mas necessitam ser constantemente trabalhados. As principais estruturas formadoras de nossa personalidade so arqutipos.

Persona

Nossa persona a forma pela qual nos apresentamos ao mundo. o carter que assumimos; atravs dela ns nos relacionamos com os outros. A persona inclui nossos papis sociais, o tipo de roupa que escolhemos para usar e nosso estilo de expresso. O termo persona derivado da palavra latina equivalente a mscara, que se refere as mscaras usadas pelos atores no drama grego para dar significado aos papis que estava significando. As palavras pessoa e personalidade tambm esto relacionadas a este termo. A persona tem aspectos tanto positivos quanto negativos. Uma persona dominante pode abafar o indivduo e aqueles que se identificam com a sua persona tendem a se ver apenas nos termos superficiais de seus papis sociais e de sua fachada. Jung chamou tambm a persona de arqutipo da conformidade.

Persona

A persona pode ter aspectos positivos e negativos. Ela serve para proteger o Ego e a psique das diversas foras e atitudes sociais que nos invadem. Nesse caso, o indivduo adota conscientemente uma personalidade artificial ou mascarada, contrria aos seus traos de carter, para se proteger, se defender ou para tentar se adaptar ao seu crculo. Quando estamos isolados, em silncio, sozinhos, nossa persona se manifesta de modo distinto de quando estamos na rua, no trabalho. H assim uma persona para o convvio social e outra para quando estamos sozinhos.

Inconsciente Individual

O inconsciente uma regio adjacente ao ego. Consiste de experincias que foram reprimidas, suprimidas ou ignoradas, e de experincias inicialmente muito fracas para impressionar conscientemente o indivduo. Os contedos do inconsciente individual, assim semelhana do material pr consciente de Freud, so acessveis a conscincia, e h muitas perguntas entre o inconsciente individual e o ego.

Complexo

O complexo um grupo organizado ou constelao de sentimentos, pensamentos, percepes memrias que existem no inconsciente individual. Ele tem um ncleo que age como uma espcie de magneto, atraindo ou fazendo girar em torno de si vrias experincias. Consideremos, por exemplo, o complexo maternal. O nmero procede, em parte, das experincias raciais com mes e, em parte, da experincia da criana com sua me. Idias, sentimentos e memrias relacionadas me so atradas para o ncleo e formam um complexo. Quanto mais possante for a fora que emana do ncleo, mais experincias atrair para si.

A Sombra

O arqutipo da sombra formado pelos instintos animais que o homem herdou em sua evoluo atravs das formas mais primitivas de vida. Consequentemente, a sombra, em primeiro lugar, caracteriza o lado animal da natureza humana. O arqutipo sombra tambm responsvel pelo aparecimento, na conscincia e no comportamento, de pensamentos, sentimentos e aes desagradveis e socialmente reprovveis.

Anima e Animus

Jung postulou uma estrutura inconsciente que representa a parte sexual oposta de cada indivduo; ele denomina tal estrutura de anima no homem e animus na mulher. Jung atribui a arqutipos o lado feminino da personalidade no homem e o lado masculino da personalidade da mulher.

Anima e Animus

Tais arqutipos, alm de levar um sexo a revelar caractersticas do sexo oposto, atuam como imagens coletivas que ajudam cada sexo a compreender os membros do sexo oposto. O homem aprende a natureza da mulher em funo de sua anima, e a mulher, a natureza masculina atravs de seu animus. Mas a anima e o animus podem tambm induzir a incompreenses e discrdias, se a imagem arquetpica projetada sem considerao pelo carter real do parceiro. Um homem tenta identificar sua imagem idealizada de mulher com uma mulher real, mas, se no levar em cona as discrepncias entre o ideal e o real, pode sofrer um amargo desapontamento quando perceber que as duas no so idnticas. Deve haver um compromisso entre as necessidades do inconsciente coletivo e as realidades do mundo externo, a fim de que o indivduo se ajuste razoavelmente bem.

Smbolos

Os smbolos podem ser nomes, imagens familiares entre outros, eles possuem um significado obvio, mas tambm trazem conotaes especficas. A imagem, o nome ou outra coisa, s pode ser considerada smbolo quando evoca algo mais que seu simples significado.

Por exemplo, o nome de Jesus, no apenas um nome, tornou-se smbolo, porque traz consigo muitas outras coisas, mesmo para quem no um cristo. O nome Jesus traz um aspecto inconsciente, que no pode ser definido ou explicado plenamente. Assim so os smbolos.

Smbolos

O smbolo algo dinmico e vivo, que vai alm do consciente. Eles podem ser encontrados nos sonhos com uma representao individual ou coletiva. Por isso, quando aparecerem smbolos em seus sonhos, procure saber o que eles representam para voc, fazendo uma ponte para com a sua situao de vida. Jung dizia que como uma planta produz flores, assim tambm a psique cria os smbolos.

Self

Jung chamou o Self de arqutipo central; arqutipo da ordem e totalidade da personalidade. Segundo Jung, consciente e inconsciente no esto necessariamente em oposio um ao outro, mas complementam-se mutuamente para formar uma totalidade: o Self. Jung descobriu o Arqutipo do Self apenas depois de estarem concludas suas investigaes sobre as outras estruturas da psique. O Self com freqncia figurado em sonhos ou imagens de forma impessoal, como um crculo, mandala, cristal ou pedra, ou de forma pessoal como um casal real, uma criana divina, ou na forma de outro smbolo de divindade. Todos estes so smbolos da totalidade, unificao, reconciliao de polaridades, ou equilbrio dinmico, os objetivos do processo de Individuao.

O Aparelho Psquico Junguiano

Textos:O conceito de religiosidade em C. G. JungRevista PSICO PUC/RS Maio/Agosto 2006 - Texto Marlon Xavier

Alquimia das PalavrasMarcus Quintaes

TO BE CONTINUED...

Carl Rogers e a Perspectiva Centrada no Cliente

Psicologia Humanista

O enfoque da psicanlise no inconsciente e seu determinismo, e o enfoque na observao apenas do determinismo comportamento pelo behaviorismo, foram as crticas mais fortes dos novos movimentos de Psicologia surgidos no meio do sculo XX. Na verdade o humanismo no uma escola de pensamento, mas sim um aglomerado de diversas correntes tericas. Em comum elas tm o enfoque humanizador do aparelho psquico, em outras palavras elas focalizam no homem como detentor de liberdade, escolha, sempre no presente. Traz da filosofia fenomenolgica existencial um extenso gabarito de idias.

Psicologia Humanista

Foi fundada por Abraham Maslow, porm a sua histria comea muito tempo antes. A Gestalt foi agregada ao humanismo pela sua viso holstica do homem, sendo importante campo da Psicologia, na forma de Gestaltterapia. Mas foi Carl Rogers, um psicanalista americano, um dos maiores exponenciais da obra humanista. Ele, depois de anos a finco praticando psicanlise, notou que seu estilo de terapia se diferenciara muito da terapia psicanaltica. Ele utilizava outros mtodos, como a fala livre, com poucas intervenes, e o aspecto do sentimento, tanto do paciente, como do terapeuta.

Psicologia Humanista - ACP

Deu-se conta de que o paciente era detentor de seu tratamento, portanto no era passivo, como passa a idia de paciente, denominando ento este como cliente. Era a terapia centrada no cliente (ou na pessoa) Seus mtodos foram usados nos mais vastos campos do conhecimento humano, como nas aulas centradas nos alunos, etc. Apresentou trs conceitos, que seriam agregados posteriormente para toda a Psicologia. Estes eram a congruncia (ser o que se sente, sem mentir para si e para os outros), a empatia (capacidade de sentir o que o outro quer dizer, e de entender seu sentimento), e a aceitao incondicional (aceitar o outro como este , em seus defeitos, angstias, etc.).

Psicologia Humanista - ACP

centrada na pessoa e no no comportamento, enfatiza a condio de liberdade contra a pretenso determinista. Visa a compreenso e o bem-estar da pessoa no o controle. Segundo esta concepo, a psicologia no seria a cincia do comportamento, seria a cincia da pessoa. Caracteriza-se tambm, por uma contnua crena nas responsabilidades do indivduo e na sua capacidade de prever que passos o levaro um confronto mais decisivo com sua realidade. Segundo esta teoria, o indivduo o nico que tem potencialidade de saber a totalidade da dinmica de seu comportamento e das suas percepes da realidade e de descobrir comportamentos mais apropriados para si.

Crticas ao Behaviorismo, princpio do Humanismo

Por que uma criana aprende a andar? Ela tenta erguer-se, cai e machuca a cabea. [...] No existe grande recompensa enquanto ela no conseguir realmente realizar seu intento, e apesar de tudo, a criana est disposta a suportar a dor [...] Para mim, isso uma indicao de que existe uma verdadeira fora de atrao para a possibilidade de crescimento continuar. (Rogers, In: Frick, W. Psicologia Humanista, p. 118)

Histria Pessoal e Antecedentes Intelectuais

Pginas 222 226Teorias da Personalidade James Fadiman

Trs Pilares da Abordagem Centrada na Pessoa (cliente)

I.

Empatia Congruncia Aceitao Incondicional ou Considerao Positiva Incondicional

II.

III.

Considerao Positiva Incondicional

A aceitao incondicional consiste numa postura ou atitude de considerao irrestrita; numa atitude de absteno de julgamentos, o que implica na no aprovao ou desaprovao do terapeuta, ou mesmo na oposio a qualquer elemento expresso, verbal ou no-verbal, direta ou indiretamente, pela pessoa do cliente. A expresso Aceitao Positiva Incondicional foi a primeira a ser utilizada por Rogers. Posteriormente, devido ao carter especfico da palavra aceitao e pela confuso de interpretao advinda de suas conotaes ticas e morais, foi substituda pela expresso Considerao Positiva Incondicional.

Considerao Positiva Incondicional

Uma das condies necessrias e suficientes descritas por Rogers, como facilitadores do processo teraputico e interpessoal. Consiste em aceitar o que o prprio indivduo oferece de si mesmo, tal como ele percebe e/ou se manifesta. Aceitar acolher o que se oferece, sem necessidade de concordncia, nem discordncia. Consiste num interesse genuno e no possessivo pelo cliente, ou seja, o terapeuta deseja que o cliente expresse o sentimento que est ocorrendo no momento, qualquer que ele seja-confuso, ressentimento, medo, raiva, coragem, amor ou orgulho (...) O terapeuta tem uma considerao integral e no condicional pelo cliente (Rogers,1983:39). A considerao positiva normalmente est associada a sentimentos e atitudes de calor, acolhida, simpatia, respeito e aceitao. No processo teraputico imprescindvel a aceitao do terapeuta para que o cliente vivencie a liberdade experiencial.

Empatia ou Compreenso Emptica

Conceitualmente a capacidade de se colocar no lugar do outro e perceber do ponto de vista dele, como os nuances subjetivos e os valores pessoais inerentes. Consiste na imerso do mundo privado do Outro, como se fosse este outro. a tentativa de compreender o significado pessoal do outro. Etimologicamente, o termo empatia provm de empaths, que por sua vez deriva de en pscho, que significa sentir em, sentir desde - dentro. Implica numa extrema sensibilidade, momento a momento, at os significados sentidos e mutveis que fluem na outra pessoa. Em um sentido potico habitar temporariamente a vida do outro, delicadamente, sem causar-lhe prejuzos (Holanda, 1993). Na Abordagem Centrada na Pessoa, costuma-se utilizar a expresso compreenso emptica, em vez de simplesmente empatia, devido a sua conotao mais ampla.

Congruncia

Segundo Rogers a autenticidade ou congruncia uma condio que estabelece que o terapeuta deveria ser, nos limites desta relao, uma pessoa integrada, genuna e congruente. Isto significa que, na relao, ele est sendo livre e profundamente ele mesmo, com sua experincia real precisamente representada em sua conscientizao de si mesmo. o oposto de se apresentar uma fachada, quer ele tenha ou no conhecimento disso (Rogers, 1957: 161). Esta condio, conforme assinala Rogers no se encaixa em perspectiva de perfeio, mas to somente no sentido de que a pessoa seja ela mesma, no momento exato da relao. Inclui qualquer forma de ser, enquanto esta forma seja verdadeira. Implica num certo sentido, numa considerao do presente imediato de sua experincia, ou seja, na conscincia de sua prpria vivncia, de seu prprio vivido.

Congruncia

A autenticidade muitas vezes definida como transparncia do psicoterapeuta (Rogers, 1983) em sua relao ao seu cliente, no instante da relao, na direo de que no haja ocultamento de sentimentos ou vivncias que digam respeito ao momento da relao. Este ponto importante de ser frisado, visto que, no se trata de total abertura de sentimentos do psicoterapeuta, mas de abertura sua vivncia imediata com seu cliente. Esta talvez seja a mais complexa das condies necessrias e suficientes, dado que envolve diretamente a pessoa do terapeuta. A importncia desta atitude pode ser constada em qualquer tipo de trabalho.

Conceitos Principais

Uma premissa fundamental de Rogers o pressuposto de que as pessoas usam sua experincia para se definir. Em seu principal trabalho terico, Rogers define uma srie de conceitos a partir das quais delineia teorias da personalidade e modelos de terapia, mudanas de personalidade e relaes interpessoais. Os construtos bsicos aqui apresentados estabelecem uma estrutura atravs da qual as pessoas podem construir e modificar suas opinies a respeito de si mesmas

Self

Dentro do campo de experincia est o Self. O Self no uma entidade estvel, imutvel, entretanto, observado num dado momento, parece ser estvel. Isto se d porque congelamos uma seco da experincia a fim de observ-la. Rogers concluiu que a idia do eu no representa uma acumulao de inumerveis aprendizagens e condicionamentos efetuados na mesma direo. Rogers usa o termo para se referir ao contnuo processo de reconhecimento. esta diferena, esta nfase na mudana e na flexibilidade, que fundamenta sua teoria e sua crena de que as pessoas so capazes de crescimento, mudana e desenvolvimento pessoal. O Self ou auto-conceito

Self Ideal

Self Ideal o conjunto das caractersticas que o indivduo mais gostaria de poder reclamar como descritivas de si mesmo. Assim como o Self, ele uma estrutura mvel e varivel, que passa por redefinio constante. A extenso da diferena entre o Self e o Self Ideal um indicador de desconforto, insatisfao e dificuldades neurticas. Aceitar-se como se na realidade, e no como se quer ser, um sinal de sade mental. Aceitar-se no resignar-se ou abdicar de si mesmo. uma forma de estar mais perto da realidade e de seu estado atual

Self Ideal - Exemplo

Um trecho da histria de um caso pode esclarec-lo. Um estudante estava planejando desligar-se da faculdade. Havia sido o melhor aluno no ginsio e o primeiro no colegial e estava indo muito bem na faculdade. Estava desistindo, explicava, porque havia recebido um "C" num curso. Sua imagem de ter sido sempre o melhor estava em perigo. A nica seqncia de aes que ele vislumbrava era escapar, deixar o mundo acadmico, rejeitar a discrepncia entre seu desempenho atual e sua viso ideal de si prprio. Disse que iria trabalhar para ser o "melhor" de alguma outra f