proposta de utilização do software livre
TRANSCRIPT
-
7/21/2019 Proposta de Utilizao Do Software Livre
1/8
UMA PROPOSTA DE USO DE SOFTWARE LIVRE COMO
FERRAMENTA DE UMA EDUCAO CONSTRUTIVISTA DENTRO DO
IFRN CAMPUS ZONA NORTEI. B. P. DO N. SILVA* E J. N. GUIMARES**
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DO RIO
GRANDE DO NORTE
*is!"#s#$%&i'.!(&
**)((.+#(.%i&-+s$%&i'.!(&
RESUMOEste artigo tem como propsito analisar referenciais tericos que seguem a linha
construtivista, como: Piaget e Becker. Estabelecer, ento, relaes com o paraigma
e esenvolvimento e soft!are livre, com base, principalmente em Pretto. Partino
essa linha e racioc"nio, percebemos uma aus#ncia e e$plorao e too o
potencial que os soft!ares livres ispem para o ensino, sob uma perspectiva
construtivista, e programao no %nstituto &eeral e Eucao, 'i#ncia e
(ecnologia )%&*+, 'ampus -ona +orte.
Palavras'have: 'onstrutivismo, Eucao, /oft!are 0ivre, Ensino e
Programao.
ABSTRACT
(his article has the propose of analise the theorical referencials that follo! the
constructivist line, e.g.: Piaget an Becker. Establish, then, relations !ith the free
soft!are evelopment paraigm, embase, mainl1 in Pretto. (aking start from this
reasoning line, !e have percepte a e$ploration abstence of all the potential that the
free soft!ares offers for programming teaching, uner a constructivist perspective,
into the %nstituto &eeral e Eucao, 'i#ncia e (ecnologia )%&*+, 'ampus -ona
+orte..
INTRODUO
2 esenvolvimento o conhecimento atrav3s e metoologias
construtivistas aplicaas na 4rea e programao requer interesse m5tuo o
professor e o aluno, principalmente se o esenvolvimento for baseao nos
-
7/21/2019 Proposta de Utilizao Do Software Livre
2/8
princ"pios o soft!are livre, soft!are este que ispe ao usu4rio a liberae e
e$ecutar o programa, para qualquer propsito6 a liberae e estuar como o
programa funciona, e aapt4lo para as suas necessiaes6 a liberae e
reistribuir cpias e moo que voc# possa a7uar ao seu pr$imo6 e a liberae e
aperfeioar o programa, e liberar os seus aperfeioamentos, e moo que toa a
comuniae se beneficie. /e7a estuano soft!ares e terceiros e criano novas
ferramentas e forma colaborativa ou mesmo esenvolveno soft!ares o 8ero.
Perspectiva essa one o professor serve apenas como guia e meiaor entre os
estuantes e programao e os cigos a serem estuaos e criaos.
(ra8eno, a partir a", para a perspectiva o %nstituto &eeral e
Eucao 'i#ncia e (ecnologia, 'ampus +ona norte. 9 vis"vel a falta e aplicaoe conceitos como estes aqui analisaos. ais uma ve8, se cai no precip"cio em que
se tem as ferramentas, mas no se e$plora o m4$imo elas. 9 um comoismo que
parece ser inato por parte o plane7amento.
2 construtivismo, por sua ve8, como o nome sugere, tra8 a ieia e que o
conhecimento eve ser, e 3 constantemente constru"o, como aponta Becker );:
'onstrutivismo significa isto: a ieia e que naa, a rigor, est4 pronto,acabao, e e que, especificamente, o conhecimento no 3 ao, emnenhuma inst?ncia, como algo terminao. Ele se constitui pelainterao o %niv"uo com o meio f"sico e social, com o simbolismohumano, com o muno as relaes sociais6 e se constitui por forae sua ao e no por nenhuma otao pr3via, na bagagemhereit4ria ou no meio, e tal moo que poemos afirmar que antesa ao no h4 psiquismo nem consci#ncia e, muito menos,pensamento.
Baseanose numa reviso e literatura a respeito e v4rios temas,
entre eles a peagogia, a psicologia e a sociologia. @os quais merecem serestacaos Becker, Piaget e Pretto a fim e chegar a uma aplicao as pr4ticas
construtivistas nos laboratrios e inform4tica, one o soft!are livre, 3 o ob7eto a ser
esconstru"oAconstru"o e forma colaborativa.
/ UMA INTRODUO AO CONSTRUTIVISMO
%nicialmente, eve ser posto que o construtivismo no 3 simplesmenteuma metoologia e ensino, ou uma t3cnica e apreni8agem, ou uma teoria
-
7/21/2019 Proposta de Utilizao Do Software Livre
3/8
peaggica. 2u se7a, no 3 algo ob7etivo, ou f4cil e ser enotao, mas poe ser
caracteri8ao como uma ten#ncia e pensamento, uma ieia que por si s, e com
base nela mesma, vai se moificano, se construino. l3m isso, esta no abrange
apenas o campo a eucao, seno ento, algo bem mais amplo, estenenose,
baseanose e interferino em campos como a biologia, a psicologia e a
sociologia. Cuer i8er, essa ieia 3 basicamente uma forma e interpretar a nossa
realiae.
Ela, por sua ve8, quano se volta D peagogia, vai e encontro D ieia e
se ensinar um conte5o pronto ao estuante, apenas colocano conceitos, frmulas
e at3 ieologias para os alunos, sem que ha7a a 5via, o questionamento, uma
outra perspectiva a respeito e quaisquer assuntos que este7am seno propostos.+essa perspectiva, poese perceber que a linha e racioc"nio
construtivista trata 7ustamente e como o conhecimento 3 gerao entro o ser
humano, como ele se esenvolve, tornano o homem capa8 e inventar, ter ieias,
construir o prprio conhecimento, a partir a unio o que 74 se possui com o que
est4 e aquirino. 2u se7a, naa, a rigor, nenhuma ieia poeria ser ita acabaa
ou conclu"a, tuo estaria 7ustamente est4 em constante construo, se
transformano.0 O CONSTRUTIVISMO APLICADO
+as salas e aula atuais, o construtivismo poe ser muito bem
e$emplificao com relao ao ensino. (emse o su7eito, aluno, com sua mente, suas
refer#ncias, ieologias e pensamentos particulares e iniviuais, o professor e o
restante os alunos a turma )com suas particulariaes, assim como primeiro,
al3m, 3 claro, o restante e coisas e$istentes para al3m a sala e aula.
partir a", consieramos a informao inicial que 3 passaa o aluno aoprofessor, e como caa aluno vai liar com ela )posteriormente, como o professor
liar4 com a forma que o aluno liou com a informao e assim sucessivamente,
baseanose em suas e$peri#ncias anteriores, para ento gerar a informao que
chegou D mente o aluno, levano em conta tamb3m, as in5meras vari4veis que
poeriam causar falhas no processo e comunicao, ou se7a, que causariam
nuanas )sutis ou no entre o que estava na cabea o professor, que era o que ele
queria passar, e o que chegou D cabea o aluno, e se uniu ao que 74 estava l4.2 ponto 3 que a informao no chegar4 ilesaF, igamos assim, no
-
7/21/2019 Proposta de Utilizao Do Software Livre
4/8
aluno, ela passar4 por uma s3rie e alteraes no percurso o que ocasionar4 a
construo o conhecimento. 'omo afirmou Piaget apudBecker );
-
7/21/2019 Proposta de Utilizao Do Software Livre
5/8
ambientes e esenvolvimento integraos )%@Es. +a verae, percebese que o
olhar cr"tico sobre as ferramentas propriamente itas no 3 o suficiente, necessitase
tamb3m e uma viso ampla sobre a forma como essas ferramentas so utili8aas.
Para suprir essa ?nsia e um ob7eto eucacional que o construtivismo
esponta no ensino a programao, ve7amos o conceito e soft!are livre e suas
evias relaes com metoologias e estrat3gias e ensino a escola construtivista.
1 SOFTWARE LIVRE
2 soft!are livre poe ser entenio como um paraigma e esenvolvimento,
istribuio e utili8ao e pro7etos, surgio na primeira metae os anos >L, com a
criao o Pro7eto Q+N e posteriormente, a &ree /oft!are &ounation )&/& R
&unao e /oft!are 0ivre, por iniciativa e *ichar /tallman, consierao ho7e
pai o soft!are livre.
2 conceito rona no apenas enlaces t3cnicos relacionaos D computao,
mas tamb3m engloba uma filosofia. 2 termo /oft!are 0ivre se refere D e$ist#ncia
simult?nea e quatro tipos e liberae para os usu4rios o soft!areI...J.F
)'P2/, KLLS, pg. K6
s liberaes citaas por 'ampos foram e$tra"as o site a &ree /oft!are
&ounation e se resumem nas seguintes palavras:
liberae e e$ecutar o programa, para qualquer propsito6
liberae e estuar como o programa funciona, e aapt4lo para as suas
necessiaes6
liberae e reistribuir cpias e moo que voc# possa a7uar ao seu
pr$imo6
liberae e aperfeioar o programa, e liberar os seus aperfeioamentos,
e moo que toa a comuniae se beneficie6
Essas liberaes t#m como requisito a liberao o cigo fonte por parte e
quem istribui o soft!are.
Ntili8aremos como referencial o conceito instaurao pela &ree /oft!are
&ounation, pois apesar e e$istirem iversas licenas que regem iversos
soft!ares livres, toas elas tomam como base os preceitos a liberae e cigo
-
7/21/2019 Proposta de Utilizao Do Software Livre
6/8
a &/&, aerino apenas outros aspectos comerciais e 7ur"icos que no se tornam
importantes quano o uso o soft!are livre 3 posto como ferramenta eucacional
sem fins lucrativos, que 3 o fator e$plorao neste artigo.
o longo os anos, o soft!are livre se proliferou como uma ferramenta interessante
tanto para usu4rios, como para empresas, com o esenvolvimento o 0inu$,
/istema operacional livre, como cita .
2 0inu$ 3 um pro7eto que envolve milhares e programaores emilhes e usu4rios e continua a ser esenvolvio por eles mesmosem forma aberta e cooperativa. mais importante inovao osistema aberto seria social e no t3cnica ou econTmica: uma formae trabalho coletivo em que as informaes esto ispon"veislivremente para toos e na qual toos os interessaos participam a
resoluo e problemas. 2'E0%+ )KLL>, p.G=L. e$panso o soft!are livre atrav3s o esenvolvimento o 0inu$ no
mercao corporativo poe ser percebio em uma mat3ria publica na revista %+&2
E$ame, citao por &ortes apudpgaua)KLL=6
0o7as *enner, @roga *aia e 0o7as 'olombo so alguns os nomes quelevaram a turma o pingUim Iapelio ao ao sistema operacional 0inu$, omaior e mais ifunio pro7eto e soft!are livreJ para seus P@Hs Ipontos evena, os terminais usaos pelos operaores e cai$aJ. 'asas Bahia est4no mesmo caminho.
ssim como 3 observ4vel a entraa o soft!are livre no mercao comercial,tamb3m 3 not4vel a entraa o mesmo no meio governamental. 9 fato que h4
tempos que o governo brasileiro apoia o uso o soft!are livre na eucao, com
programas como o Pro%nfo, que usa o pro7eto o 0inu$ Eucacional, esenvolvio
pelo epartamento 'G/0 )'entro e 'omputao 'ient"fica e /oft!are 0ivre a
Nniversiae &eeral o Paran4 )N&P*. 2 pro7eto a 'G/0 consiste no
esenvolvimento e atuali8ao e um sistema operacional baseao em 0inu$,
voltao para esenvolvimento e aspectos tecnolgicos na ree e eucao b4sicap5blica no Brasil, o 0inu$ Eucacional.
Esta ferramenta 3 utili8aa entro e laboratrios e inform4tica ao reor o
pa"s como sistema operacional principal os computaores istribu"os pelo
governo, o que 3 um grane avano no uso o soft!are livre voltao para a
eucao, mas aina no e$plora as liberaes oferecias pelas pol"ticas e filosofias
pregaas pela &/&, pois, como escreveu Pretto )KL;L, p.GLM, as tecnologias
igitais I...J so trataas como meras ferramentas au$iliares os processoseucacionaisF.
-
7/21/2019 Proposta de Utilizao Do Software Livre
7/8
2 CONSIDERA3ES FINAIS
@iante as observaes, poemos perceber que o soft!are livre poe ser
utili8ao e forma mais completa o que a que 3 utili8aa ho7e em ia no ensino a
programao e forma geral.
(ra8eno para a perspectiva o %nstituto &eeral e Eucao 'i#ncia e
(ecnologia, campus 8ona norte, 3 vis"vel a falta e aplicao e conceitos como
estes aqui analisaos. ais uma ve8, se cai no precip"cio em que se tem as
ferramentas, mas no se e$plora o m4$imo elas. 9 um comoismo que parece ser
inato por parte o plane7amento.
2 esenvolvimento o conhecimento atrav3s e metoologias construtivistas
na 4rea e programao requer interesse m5tuo o professor e o aluno,
principalmente se o esenvolvimento for baseao nos princ"pios o soft!are livre,
se7a estuano soft!ares e terceiros e criano novas ferramentas e forma
colaborativa ou mesmo esenvolveno soft!ares o 8ero. Perspectiva essa one o
professor serve apenas como guia e meiaor entre os estuantes e programao
e os cigos a serem estuaos e criaos.
+essa linha e pensamento, o laboratrio e inform4tica se torna o palcoieal para a aplicao as pr4ticas construtivistas, one o soft!are livre 3 o ob7eto a
ser esconstru"oAconstru"o e forma colaborativa, tra8eno ganhos no s para os
alunos e professores envolvios no processo, mas tamb3m para a comuniae e
soft!are livre, que s cresce com tuo isso.
E ao entener a reoma por tr4s os ois universos R eucacional e
tecnolgico R que esto caa ve8 mais pr$imos, poemos perceber o poer o uso
a tecnologia como facilitaor no s na ifuso o conhecimento, mas naconstruo esse, 74 que o soft!are livre no 3 constru"o e forma ego"sta,
iniviualista e mercantilista, mas com fins e estabelecer o conhecimento humano
como plural e no singular, pois a ree estabelecese. &ortaleceseF, P*E((2
)KL;L, p.G;=, assim como o conhecimento para o construtivismo nunca est4
acabao, como aponta Becker ); FI...J naa, a rigor, est4 pronto,
acabaoF.
4 REFERNCIAS BIBLIOGR5FICAS
-
7/21/2019 Proposta de Utilizao Do Software Livre
8/8
+@*@E, Eson &rancisco e. 'ontribuies a psicologia para a propostaconstrutivista e ensinoapreni8agem. *evista Psicologia, &ortale8a, v. ;, n. ;,p.;GL;=;, 7un. KL;L. @ispon"vel em:Vhttp:AA!!!.revistapsicologia.ufc.brAimagesApfAano;eicao;AanoL;eicaoL;L;L.pf
W. cesso em: ;< mar. KL;X.
PQN, *enata. 2 0inu$ e a perspectiva a 4iva. Yori8. antropol. Porto legre,v. ;L, n. K;, Zune KLL= . @ispon"vel em Vhttp:AA!!!.scielo.brAscielo.php[script\sci]artte$t^pi\/L;L=M;>GKLL=LLL;LLL;L^lng\en^nrm\isoW. cesso em;< mar KL;X6
BE'_E*, &ernano. 2 que 3 construtivismo[ /3rie %eias, /o Paulo, n. KL, p.>MLLL;LLL;X^lng\en^nrm\isoW. access on KS ar. KL;X.
P*E((2, +elson. *ees colaborativas, 3tica hacker e eucao. Euc. rev., BeloYori8onte, v. KS, n. G, @ec. KL;L. @ispon"vel em Vhttp:AA!!!.scielo.brAscielo.php[script\sci]artte$t^pi\/L;LK=SKL;LLLLGLLL;X^lng\en^nrm\isoW. cessoem KK mar KL;X.
/+'Y%/, %sabelle e Paiva6 Y&2N@, iguel. 'onstrutivismo: esobramentos
tericos e no campo a eucao. *evista EletrTnica e Eucao, /anta 'atarina,v. =, n. ;, p.;>GG, mar. KL;L. @ispon"vel em:Vhttp:AA!!!.reveuc.ufscar.brAine$.phpAreveucAarticleAvie!&ileA;KLA>SW. cessoem: ;X mar. KL;X.
/+(+, na 05cia. 'onstrutivismo. @ispon"vel em:Vhttp:AA!!!.infoescola.comAeucacaoAconstrutivismoAW. cesso em: KK mar. KL;X
0inha 'onstrutivista. @ispon"vel em:Vhttp:AA!!!.peagogia.com.brAconteuosAconstrutivista.phpW. cesso em: ;X mar.KL;X.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=scihttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci