proposta de uma plataforma de cloud computing …

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA RAFAEL WEINGARTNER PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING PARA VIRTUALIZAÇÃO DE COMPUTADORES Palhoça 2011

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

RAFAEL WEINGARTNER

PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING PARA

VIRTUALIZAÇÃO DE COMPUTADORES

Palhoça

2011

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RAFAEL WEINGARTNER

PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING PARA

VIRTUALIZACAO DE COMPUTADORE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Cursode Graduação em Sistemas de Informação daUniversidade do Sul de Santa Catarina, como requisitoparcial à obtenção do título de Bacharel em Sistemas deInformação.

Orientador: Prof. Dr. Fernando Cerutti

Palhoça

2011

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RAFAEL WEINGARTNER

PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING PARA

VIRTUALIZACAO DE COMPUTADORES

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgadoadequado à obtenção do título de Bacharel em Sistemasde Informação e aprovado em sua forma final peloCurso de Graduação em Sistemas de Informação daUniversidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 21 de Novembro de 2011.

______________________________________________________Professor e orientador Fernando Cerutti, Dr.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________Theo Augustus Luz.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________Prof. Saulo Popov Zambiasi, Me.

Universidade do Sul de Santa Catarina

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“There is no reason anyone would want a computer in their home.” (Ken Olson).

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RESUMO

O trabalho apresenta os conceitos de Cloud Computing e virtualização

relacionando-os com o fornecimento de recursos de infraestrutura computacionais sobre

demanda. Demonstrando para os usuários o modo como são providos recursos

computacionais através de uma plataforma de Cloud Computing. Descreve as plataformas

mais utilizadas no mercado e a plataforma de Cloud Computing da IBM que faz uso da

arquitetura mainframe. Apresentando os benefícios em termos de escalabilidade,

flexibilidade, segurança e economia obtidos com a utilização de Cloud Computing.

Apresentando a relação entre mainframe e Cloud Computing, de modo que essa combinação

possa ser considerada uma das melhores plataformas provedora de recursos computacionais

sobre demanda. Proporcionado a utilização de ambientes com todas as características

(segurança, disponibilidade, estabilidade e escalabilidade) que o mainframe já esta

acostumado a prover. E por fim afirmando que o fornecimento de recursos computacionais

sobre demanda possui muitos benefícios e cada vez mais será adotada pelas empresas e

usuários. Sendo que o mais importando sobre Cloud é que ela foca-se no modo como são

providos e utilizados os recursos computacionais, e não em onde eles estão alocados.

Provendo liberdade aos usuários de modo que esses possam inovar em suas soluções sem ter

que preocupar-se com a infraestrutura computacional.

Palavras-chave: Mainframe. Cloud Computing. Virtualização.

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ABSTRACT

The current computing model is becoming hardier to support. Almost every time

when you need more computing resources (processor, memory or hard-disk) you have to

change the entire computer, because you cannot change just one component. Those

components become outdated in a fast way (normally 6 months or 1 year). In most of the

cases the users (end users and companies) are forced to buy hardware that they do not need

most of the time, because they cannot upgrade the computer capacity on the fly.

The best way to do computing is having the required resources at the right time

and place. As an example, I do not need 200GB of hard-disk to save my files, today I may

need 100GB, tomorrow 150 GB and later 200GB. In the future if I do not need 200GB, I

could decrease the storage capacity to 150GB or 100 GB, it also could be done with

processors and memory. Using just the resources needed, means spending less, managing and

maintaining resources that are not totally used.

Using on demand computing, the users do not care about hardware and software

management and maintenance. Avoiding the hardware and basic software such as operational

systems and default apps management the users and companies can focus on innovation.

Cloud computing enables users to have the needed resources everywhere and every time

through a simple device, because of that the resources are provided by Internet or corporate

networks.

Today there are technologies that can provide on demand computers resources, in

secure, reliable, and cost effective ways. Users should have in their minds that cloud

computing is a new computing paradigm, delivering on demand computer resources through

networks. And the Mainframe came to this scenario as one of the best platforms to apply the

cloud computing concepts building a secure, reliable and cost effective cloud. The Mainframe

architecture fits perfectly to support the cloud needs.

Keywords, Cloud Computing. Mainframe. Virtualization.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Sistema multiprocessador. ......................................................................................24

Figura 2 - Sistema multicomputador. .......................................................................................25

Figura 3 - Arquitetura NUMA..................................................................................................28

Figura 4 – Cluster. ....................................................................................................................29

Figura 5 – Sistema operacional de rede Peer-To-Peer. ............................................................30

Figura 6 – Sistema Web Distribuído. .......................................................................................32

Figura 7 - Virtualização de Sistema Operacional. ....................................................................33

Figura 8 - Hosted hypervisor. ...................................................................................................34

Figura 9 – Bare metal hypervisor. ............................................................................................35

Figura 10 – Hardware partitioning. ..........................................................................................35

Figura 11 – Private Cloud. .......................................................................................................38

Figura 12 – Community Cloud. ................................................................................................39

Figura 13 – Public Cloud. ........................................................................................................40

Figura 14 – Hybrid Cloud.........................................................................................................40

Figura 15 – Percepção de Cloud Computing pelo usuário. ......................................................45

Figura 16 – Comparação: variação tempo de resposta por quantidade máquinas virtuais.......74

Figura 17 – Comparativo: quantidade transações suporta por nuvem......................................75

Page 9: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Preocupação dos consumidores em relação à segurança na nuvem. .....................46

Quadro 2 – VMware, recursos disponíveis para máquina virtual. ...........................................49

Quadro 3 - VMware, recursos disponíveis para servidor host. ................................................49

Quadro 4 – VMware, recursos disponíveis por cluster. ...........................................................50

Quadro 5 - Microsoft, recursos disponíveis para máquina virtual. ..........................................54

Quadro 6 - Microsoft, recursos disponíveis para servidor host. ...............................................55

Quadro 7 – Microsoft, recursos disponíveis por cluster...........................................................55

Quadro 8 – Xen Cloud Platform, recursos disponíveis para máquina virtual. .........................59

Quadro 9 – Xen cloud Platform, recursos disponíveis para servidor host. ..............................60

Quadro 10 – Xen Cloud Platform, recursos disponíveis para nuvem. .....................................60

Quadro 11 – IBM System Z, recursos por host. .......................................................................65

Quadro 12 - IBM System Z, recursos de servidores Blades no mainframe. ............................65

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LISTA DE FLUXOGRAMAS

Fluxograma 1 - Etapas Metodológicas. ....................................................................................43

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................13

1.1 PROBLEMÁTICA ..........................................................................................................15

1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................16

1.2.1 Objetivos Gerais ..........................................................................................................17

1.2.2 Objetivos Específicos...................................................................................................17

1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................17

1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ...............................................................................18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................20

2.1 MODELO COMPUTACIONAL DE RECURSOS FÍSICOS.........................................20

2.1.1 Sistemas Fortemente Acoplados ................................................................................27

2.1.2 Sistemas Fracamente Acoplados................................................................................29

2.2 MODELO COMPUTACIONAL DE RECURSOS VIRTUALIZADOS........................32

2.3 MODELO COMPUTACIONAL DE RECURSOS SOB DEMANDA...........................36

2.3.1 Características de Cloud Computing ........................................................................36

2.3.2 Modelos de fornecimento recursos na nuvem...........................................................37

2.3.3 Modelos de aplicação do conceito de Cloud Computing .........................................38

3 METODOLOGIA.............................................................................................................41

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DA PESQUISA..........................................................41

3.2 ETAPAS METODOLÓGICAS .......................................................................................42

3.3 DELIMITAÇÕES ............................................................................................................44

4 DIFICULDADE DE APLICAÇÃO DE CLOUD COMPUTING................................45

5 DESCRIÇÃO DAS PLATAFORMAS QUE APLICAM CLOUD COMPUTING....48

5.1 SOLUÇÕES COM ARQUITETURA DE SERVIDORES (X86, AMD64) ...................48

5.1.1 VMware........................................................................................................................48

5.1.2 Microsoft ......................................................................................................................54

5.1.3 Xen................................................................................................................................59

Page 12: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

5.2 SOLUÇÃO MAINFRAME .............................................................................................64

6 MAINFRAME E CLOUD COMPUTING .....................................................................71

7 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS...............................................................76

REFERÊNCIAS .....................................................................................................................78

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13

1 INTRODUÇÃO

O modelo computacional utilizado hoje pela grande maioria das empresas e quase

totalidade dos usuários domésticos está se tornando inviável. Esse modelo obriga os usuários

a realizarem a troca de todo o conjunto de hardware do computador, quando surge a

necessidade de uma capacidade computacional maior. Visto que nem sempre é possível

substituir somente o processador ou aumentar a capacidade de memória RAM (Random

Access Memory) comprando mais chips, obrigando a troca de todo o conjunto de hardware

(processador, placa mãe, memória RAM, placas de vídeo e etc.), pois esses componentes se

tornam obsoletos rapidamente.

O interessante seria um “computador flexível”, que possibilitasse a alteração dos

recursos disponíveis de forma prática, durante o período necessário. Afinal, não se necessita

sempre de 500 gigabytes (GB) de espaço para armazenamento de informações. Hoje talvez

seja necessário 100GB, amanhã 120GB, depois, 150GB e assim por diante. Quando esses

recursos não forem mais necessários, seria possível reduzir a quantidade dos recursos

disponíveis, reduzindo também os custos.

Porém, no modelo computacional atual, adquire-se um hardware com a filosofia

de pensar no futuro, ou seja, adquire-se, hoje, recursos que somente serão necessários no

futuro. Adquirir um hardware que não será totalmente aproveitado é uma ação corriqueira na

área de Tecnologia da Informação (T.I) de hoje. O simples ato de comprar ou adicionar mais

recursos computacionais representa grandes custos para os usuários domésticos e

principalmente para as empresas. Visto que na maioria das vezes não há a real necessidade de

adquirir uma maior quantidade de recursos. Sendo assim, o ideal seria obter a quantidade de

recursos necessários para realizar as tarefas no tempo desejado.

Para reduzir a complexidade de expansão dos recursos computacionais, uma

abordagem utilizada é a virtualização. No conceito de virtualização. Desvincula-se o

“computador” do hardware. Assim, flexibilizam-se as configurações dos computadores que

passam a ser virtuais e não físicos. Computadores virtuais por não estarem atrelados ao

hardware podem fornecer recursos sob demanda, ou seja, conforme as necessidades por mais

recursos que surgirem, sem necessariamente ter que alterar as configurações de hardware

fisicamente.

De acordo com Golden e Scheffy (2008), o uso atual dos recursos de hardware

está entre 10% a 15% dos recursos de que eles dispõem. Tem-se 85% ou 90% dos recursos de

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hardware sendo subutilizados. Transformando computadores físicos em virtuais de modo que

compartilhem dos recursos de hardware consegue-se:

racionalizar a utilização dos recursos físicos disponíveis;

reduzir a complexidade de manutenção; despesas com gerenciamento e energia

para alimentação e resfriamento dos servidores ou computadores físicos;

aumentar a segurança e controle, visto que os computadores passam a ser

concentrados em um ambiente regido por severas políticas de controle.

Virtualizar é preciso, mas não somente virtualizar, transformar computadores

físicos em virtuais e agregá-los em um único servidor comum, pode ser representar um risco

extremo, pois perde-se em diversos aspectos, como::

confiabilidade – Se ocorrer alguma falha no servidor, todos os servidores

virtuais sobre ele rodando ficarão indisponíveis até que o problema seja

resolvido;

estabilidade - Se todos os servidores virtuais utilizarem o máximo de recursos

que lhes é disponibilizado, haverá períodos de lentidão, pois o servidor físico

não possui capacidade para atender a demanda de todos os computadores

virtuais simultaneamente;

escalabilidade - Por se tratar de um único servidor, pode ser que ele não possua

mais capacidade para expansão de recursos ou então os componentes

necessários para essa expansão podem possuir uma relação custo/benefício

muito alta. Custo muito elevado para o benefício ou benefício muito baixo para

o investimento.

Para que seja criado um ambiente de virtualização confiável, escalável e seguro,

faz-se necessário a utilização do conceito de Cloud Computing, um ambiente que possibilite

disponibilizar recursos computacionais de forma não centralizada sobre demanda.

Os recursos de hardware devem estar distribuídos em diversos servidores, sendo

assim, a estrutura criada torna-se confiável e tolerante a falhas. Se um ou mais servidores que

compõem a nuvem de recursos sofrer alguma avaria, a rede como um todo não é afetada. Os

sistemas que estão utilizando recursos da nuvem computacional continuam sem perceber que

um ou mais servidores estão com problemas. E como a nuvem de recursos é constituída por

diversos servidores, é possível realizar o balanceamento de carga entre os mesmos, evitando

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sobrecargas em servidores específicos, o que poderia gerar períodos de instabilidade nos

computadores virtuais que estão utilizando os recursos desses servidores.

O modelo de Cloud Computing proporciona uma escalabilidade que não é

encontrada em nenhum outro modelo, pois, quando se faz necessário aumentar os recursos de

hardware, pode ser feito, sem a necessidade de parar os serviços, adicionando um ou mais

servidores à rede que compõem a nuvem, no momento que esses entram na rede passam a

prover os seus recursos para as aplicações da nuvem computacional.

Como dito por Paul Maritz Chief Executive Officer (CEO) da VMware, no

VMware Virtualization Forum realizado em 2010 - “Cloud is about how you do computing,

not where you do computing”. Nuvem (computação nas nuvens) diz respeito em como você

utiliza e disponibiliza os recursos computacionais e não onde eles estão alocados.

1.1 PROBLEMÁTICA

A solução para otimização do o modelo físico computacional que hoje é utilizado

pelos usuários finais e boa parte das empresas já existe, que é uma plataforma de

fornecimento de infraestrutura de forma descentralizada como serviço (Infrastructure As A

Service - IAAS). Com a utilização deste modo de disponibilização de recursos, é possível

fornecer recursos de hardware sobre demanda.

As respostas para a não adoção desse modelo de fornecimento de recursos

computacionais são em suas maiorias desconexas com a realidade atual das ferramentas

existentes, muitas pessoas (não somente leigos, mas pessoas ligadas à área de T.I.) fazem uso

desses argumentos para rejeição do modelo de fornecimento de recursos computacionais

sobre demanda:

há uma preocupação com os recursos computacionais, imagina-se que os

recursos estariam centralizados em um servidor comum (tipo de servidor que a

maioria das empresas utilizam, não possuem nenhuma ou pouca tolerância à

falha, e sua arquitetura acaba por sobrecarregar os processadores centrais,

obrigando-os a realizar todo o gerenciamento dos recursos e interações com o

mundo exterior), como consequência, temem que, se algo acontecer nesse

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16

servidor, uma grande quantidade de computadores virtuais poderia ficar fora do

ar;

temem que uma nuvem computacional fornecendo recursos sob demanda não

seja capaz de proporcionar todos os recursos que são necessários para a

realização de suas tarefas;

especulam que há um grande risco, visto que todos os seus dados se

concentrariam em um mesmo ambiente, o que poderia facilitar para alguém

mal intencionado apoderar-se de informações armazenadas em seus

computadores virtuais;

alto custo, imaginando que a compra de personal computer (PC) com um

hardware que eles realmente não necessitam no momento da compra é mais

vantajoso e simples do que adotar ao modelo de fornecimento de recursos de

infraestrutura sob demanda.

O que pode ser percebido é a falta de informações sobre o funcionamento de um

modelo de fornecimento de infraestrutura sobre demanda de forma descentralizada

(Infrastructure As A Service – IAAS). O grande desafio é demonstrar o quão vantajoso é

utilizar este modelo, em detrimento do atual modelo computacional e demonstrar que a

plataforma Mainframe pode ser uma das melhores escolhas para a criação de uma nuvem para

virtualização de computadores.

1.2 OBJETIVOS

Objetivos a serem cumpridos com o desenvolvimento deste trabalho estão

separados em duas categorias: Objetivos gerais a serem alcançados com a finalização do

trabalho e os objetivos específicos que serão alcançados durante o desenvolvimento do

trabalho.

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17

1.2.1 Objetivos Gerais

Os objetivos gerais são explicar o modo de utilização e de aplicação de Cloud

Computing, demonstrando as vantagens e desvantagens da adoção desse conceito para a

virtualização de computadores, utilizando o modelo IAAS para fornecimento de recursos de

hardware sobre demanda.

1.2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos a serem alcançados com o desenvolvimento do trabalho

são:

a) adquirir conhecimentos sobre virtualização em um ambiente que forneça

recursos computacionais de forma descentralizada sobre demanda;

b) conhecer as melhores plataformas de virtualização para aplicação de Cloud

Computing;

c) demonstrar que um conceito antigo pode ser utilizado através de um novo

ponto de vista, para a criação de uma plataforma de Cloud Computing para

virtualização de computadores (utilização de mainframes como base para a

criação de uma nuvem provedora de recursos computacionais sob demanda).

1.3 JUSTIFICATIVA

O modelo Cloud Computing representa a quebra de um paradigma, em que o

usuário deixará de possuir computadores físicos, que, para possuírem alta capacidade de

processamento, são em sua maioria estações de trabalho PC, sendo que os recursos por eles

providos somente estão disponíveis no local onde o computador se encontra. Consomem uma

quantidade considerável de energia por causa de seu hardware superior que acaba sendo

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18

subutilizado e, se for necessário expandir, os recursos de hardware pode-se ter que trocar todo

o conjunto por não existir mais capacidade de expansão ou não forem mais encontrados

componentes para a expansão.

A utilização do modelo de fornecimento de recursos de infraestrutura sob

demanda é mais do que necessário, é essencial. O atual modelo é impraticável para as

organizações e usuários. Segundo Greggo (2010), todos os anos são gastos bilhões de dólares,

em hardware que não é realmente necessário, gerenciamento, manutenção e energia para

alimentação e resfriamento. Esse modelo possui um custo de manutenção altíssimo, mas esse

não é o ponto mais critico, temos o impacto ambiental, não somente com a fabricação de

hardware, mas também com a grande quantidade de energia consumida por hardware ocioso

e para a sua refrigeração levando em consideração que nem todos os países geram energia a

partir de fontes renováveis.

A adoção do modelo de Cloud Computing para virtualização de computadores já é

realidade. Existem hardware e software capazes de proporcionar uma plataforma para

virtualização de forma descentralizada, segura, confiável, estável e escalável.

O Mainframe vem como um facilitador para a criação de um ambiente que

possibilite o fornecimento de recursos computacionais sob demanda, não somente por possuir

uma grande quantidade de recursos computacionais, mas pelos benefícios proporcionados

pela sua arquitetura. O modo como ele gerencia e processa as informações se diferencia das

demais arquiteturas computacionais existentes. Composto por diversas unidades especialistas

em cargas de trabalho como Linux, Java, acesso a disco, criptografia e etc, interligadas via

memória principal.

O novo paradigma computacional é a disponibilização dos recursos necessários no

momento e local onde forem requisitados.

1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

Estrutura que compõe a monografia:

a) capítulo 1 – Introdução: apresenta os assuntos que serão abordados no trabalho,

problemática, objetivos e justificativa;

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b) capítulo 2 – Fundamentação teórica: fundamentar teoricamente os conceitos

que serão abordados no trabalho;

c) capítulo 3 – Metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho e

elaboração da proposta Cloud Computing para virtualização de computadores.

d) capítulo 4 – Apresentação dos problemas encontrados para a aplicação do

conceito de Cloud Computing;

e) capítulo 5 – Descrição das plataformas de Cloud Computing mais utilizadas e

conhecidas, apresentação de recursos e limitações das plataformas e casos de

aplicação bem sucedidos dessas plataformas, de modo que seja possível utilizar

essas informações para comparação das plataformas;

f) capítulo 6 – apresentar as características que fazem da arquitetura mainframe

ser tão superior as outras para aplicação de Cloud Computing. Demostrar a

relação entre Mainframe e Cloud Computing. Propor a utilização da plataforma

mainframe para o fornecimento de recursos computacionais sob demanda.

g) capítulo 7 – apresenta as conclusões obtidas com o desenvolvimento do

trabalho, explicitado o as vantagens da utilização de recursos computacionais

sob demanda. Sendo a plataforma Mainframe considerada uma das melhores

plataformas no mercado para criação de um ambiente que possibilita a

aplicação dos conceitos de Cloud Computing.

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20

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O modo como são disponibilizados os recursos computacionais para o usuário

pode ser visto através de três diferentes modelos:

a) Físico: o computador e os recursos estão ao alcance do usuário;

b) Virtual: computadores físicos são transformados em virtuais, sendo agregados

em servidores comuns, compartilhando os recursos existentes;

c) Modelo de fornecimento de recursos computacionais sob demanda – Cloud

Computing: disponibiliza os recursos através de uma nuvem computacional de

recursos, provendo a quantidade necessária de recursos no momento e local em

que forem requisitados.

2.1 MODELO COMPUTACIONAL DE RECURSOS FÍSICOS

Conforme Machado e Maia (2004, p. 23):Um sistema computacional é um conjunto de circuitos eletrônicos interligados,formado por processadores, memórias, registradores, barramentos, monitores devídeo, impressoras, mouse, discos magnéticos, além de outros dispositivos, físicos(hardware). Todos esses dispositivos manipulam dados na forma digital, o queproporciona uma maneira confiável de representação e transmissão de dados.

Seguindo essa linha, Tanenbaum (2001) define o computador como um conjunto

interligado de processadores, memórias e dispositivos de entrada e saída de informações.

Esses componentes são interligados por um conjunto de fios paralelos que permitem a

transmissão de dados, endereços e sinais de controles, chamado de barramento.

De acordo com Machado e Maia (2004), o processador é definido como a unidade

central de processamento (UCP), componente responsável por gerenciar as operações

realizadas por cada unidade funcional. A principal atividade do processador é executar as

instruções que estão contidas na memória principal, realizando operações básicas como:

somar, subtrair, comparar e movimentar dados. O processador é composto por unidade de

controle, unidade lógica e aritmética e registradores, como:

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21

a) unidade de controle (UC): é o componente responsável por gerenciar as

atividades de todos os componentes do computador, como gravação de dados

em disco, ou busca de instruções na memória;

b) unidade lógica e aritmética (ULA): é responsável por realizar operações

aritméticas (somas e subtrações) e lógicas (testes e comparações);

c) registradores: dispositivo que detém a função de armazenar informações

temporariamente para as operações que estão sendo realizadas pelo

processador.

Segundo Monteiro (1996), a memória é o componente computacional que detém a

função de armazenar as informações que são, foram ou serão utilizadas pelo sistema.

Tanenbaum (2001) divide o componente de memória do computar em três tipos:

a) memória principal: é o local onde são armazenados as instruções e dados

que serão utilizados pelo processador. A memória é composta por células,

sendo que cada célula possui um determinado número de bits. O bit é a unidade

básica de memória, podendo assumir valor lógico 0 ou 1. Esse tipo de memória

é classificada de acordo com sua volatilidade, que é a capacidade que a

memória possui de armazenar dados sem uma fonte de energia ativa, memórias

do tipo Random Access Memory (RAM) são voláteis, não preservam as

informações nelas contidas sem uma fonte de energia ativa;

b) memória cache: é um tipo de memória volátil de alta velocidade, com

pouca capacidade de armazenamento. O tempo de acesso a um dado que esteja

contido nessa memória é muito menor do que se ele estivesse contido na

memória principal. A memória cache é utilizada para diminuir a diferença entre

o tempo de acesso da memória principal e a velocidade com que o processador

executa as instruções;

c) memória secundária: é o meio permanente de armazenamento de

informação, isto é, não volátil. Enquanto a memória principal e a memória

cache necessitam de uma fonte de energia ativa para preservar as informações,

a memória secundária não o faz necessário. O acesso às informações na

memória secundária é lento se comparado ao acesso de informações na

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22

memória principal. Porém, sua capacidade de armazenamento é maior e seu

custo menor. O tempo de acesso na memória principal é na faixa dos

nanosegundos, já o tempo de acesso na memória secundaria é da ordem de

milissegundos.

Segundo Machado e Maia (2004), os dispositivos de entrada e saída são utilizados

para realizar a comunicação entre o sistema computacional e o mundo externo. Através desses

dispositivos, é possível a interação entre usuário e máquina.

Tanenbaum (2001) cita exemplo de dispositivos de entrada e saída como:

impressora, mouse, monitor, teclado scanners e modems. São os dispositivos que fazem à

entrada das informações no computador e a saída de informação para o usuário ou outro

componente, seja apresentando ela visualmente em um monitor, tornando-a física em papel

com uma impressora ou transformando-a em pulso elétrico e a transferindo para outro

dispositivo, como em um modem.

De acordo Murdocca e Heuring (2001), todos os componentes do computador

precisam trocar informações entre si. O barramento é o caminho comum utilizado por todos

os dispositivos para efetuar as trocas de informações.

Morimoto (2006, apud COLOMBO, 2009, p. 14) define servidor como sendo um

computador dedicado que permanece ligado vinte e quatro horas por dia, sete dias por

semana, atendendo a solicitações de uma atividade especifica, como: impressão de arquivos

ou armazenamento e recuperação de informações.

Norton (1996) define mainframes como sendo o maior tipo de computadores em

uso comum, destinando-se para o armazenamento e o processamento de imensas quantidades

de informações simultaneamente. Os mainframes são ligados a terminais que não possuem

capacidade de processamento ou de armazenamento, eles servem somente de interface para

acessar recursos do mainframe, realizando as trocas de informação entre o usuário e os

sistemas. Esse tipo de computadores é utilizado por sistemas que demandam de uma grande

quantidade de recursos computacionais.

Em contra ponto, de acordo com a IBM (2008), mainframe é considerado não

somente um computador com grandes quantidades de recursos, mas uma arquitetura

computacional, composta de diversos subsistemas, em que cada subsistema é especializado

em uma determinada ação, removendo a carga de processamento trivial dos processadores

centrais. Desse modo, os processadores principais ficam totalmente voltados às necessidades

de processamento das aplicações.

Page 23: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

23

Sendo que segundo IBM (2008), uma arquitetura pode ser definida como um

conjunto de regras que são utilizadas como instruções para a criação de produtos. Em

computação, arquitetura diz respeito ao modo de como a estrutura de um sistema é

organizada.

De acordo com Machado e Maia (2004), o sistema operacional é um conjunto de

rotinas executadas pelo processador, semelhante aos programas dos usuários. Sua função é de

gerenciar os componentes computacionais, que podem ser dividas em:

a) prover facilidade de acesso aos recursos do sistema: um computador possui

diversos dispositivos diferentes como: monitor, processador, memória, teclado,

mouse, etc., mas, quando o usuário realiza uma atividade sobre o sistema

operacional, ele não de preocupar-se com os detalhes envolvidos na

comunicação dos mais diferentes dispositivos envolvidos. O sistema

operacional serve de interface para o usuário e suas tarefas com o hardware,

tornando, assim, as atividades do usuário mais eficientes, transparentes e

menos suscetíveis a erro;

b) compartilhamento de recursos de forma organizada e protegida: é de

responsabilidade do sistema operacional de gerenciar o compartilhamento dos

recursos de hardware de forma organizada, concorrente e protegida, entre todos

os usuários do sistema e suas aplicações.

Conforme Tanenbaum (2001, p. 315):Embora os computadores estejam cada vez mais velozes, as exigências sobre elescrescem no mínimo mais rápido do que a sua velocidade de operação. Osastrônomos querem simular toda a história do universo, desde o big-bang até o finaldos tempos. A indústria farmacêutica adoraria poder criar remédios para certasdoenças usando computadores, em vez de ser obrigada a sacrificar legiões de ratosno processo de desenvolvimento de novas drogas. Os projetistas de aviões poderiamdesenhar aeronaves que consumissem muito menos combustíveis se oscomputadores pudessem estar presentes em todas as fases do projeto, sem que fossenecessária a construção de protótipos para serem testados em túneis de vento. Emsuma, apesar da imensa potência computacional disponível, ela não é suficiente paramuitas aplicações, especialmente na ciência, na engenharia e na indústria.

Segundo Tanenbaum (2001), devido às dificuldades cada vez maiores de ampliar

a capacidade dos processadores, os projetistas de computadores estão voltados a utilizar o

conceito de computação paralela como forma de solucionar os problemas que envolvam uma

potência computacional cada vez maior. Existem duas filosofias de computação paralela, que

são:

Page 24: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

24

a) sistema multiprocessador: todos os processadores desse sistema compartilham

a mesma memória física (memória principal). Dessa maneira, dois processos

podem se comunicar simplesmente lendo ou escrevendo na memória principal.

Simplificando o desenvolvimento de software para esse modelo, já que os

dados estarão na memória que é compartilhada por todos os processadores.

Conforme a Figura 1 apresenta;

Figura 1 – Sistema multiprocessador.Fonte: Tanenbaum (2001, p. 315).

b) sistema multicomputador: cada processador nesse modelo possui sua própria

memória principal, acessível somente ao processador proprietário e nunca

diretamente por outro processador do sistema. A troca de mensagens entre os

processadores é feita através de redes de interconexões. Desse modo, se um

processador necessitar de informações que não estejam na sua memória

principal, ele tem que descobrir qual processador detém essa informação e,

após descoberto, terá que enviar uma mensagem requisitando uma cópia da

informação necessária, dificultando o desenvolvimento de software, pois existe

uma preocupação muito grande sobre onde e quando os dados devem ser

armazenados para diminuir a sobre carga gerada pela troca de mensagem entre

os processadores, conforme é possível visualizar na Figura 2;

Page 25: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

25

Figura 2 - Sistema multicomputador.Fonte: Tanenbaum (2001, p. 315).

Machado e Maia (2004) chamam de sistemas fortemente acoplados os sistemas

em que diversos processadores compartilham da mesma memória principal, sendo que todos

os processadores são controlados por um único sistema operacional.

Machado e Maia (2004) ainda classificam de sistemas fracamente acoplados os

que possuem dois ou mais sistemas computacionais independentes, conectados por uma rede

de comunicação, tendo cada um seu processador, memória principal, dispositivos de entrada e

saída de informações e um sistema operacional.

De acordo com Machado e Maia (2004), as principais vantagens para se utilizar

sistemas com múltiplos processadores são:

a) desempenho: sempre que novos processadores são adicionados ao sistema,

melhor será o seu desempenho, mesmo que esse não cresça linearmente. O

ganho com múltiplos processadores pode ser visto em dois níveis. Em primeiro

nível, múltiplos processadores permitem a execução de diversas tarefas

independentes simultaneamente. Servidores web e de banco de dados são um

bom exemplo de ambientes que obtêm ganhos significativos com a utilização

de múltiplos processadores, o aumento do número de processadores permite

atender um número maior de requisições simultaneamente;

Page 26: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

26

b) escalabilidade: é a capacidade de adicionar novos processadores ao hardware

do sistema. Em ambientes que suportam apenas um processador, para aumentar

a capacidade computacional, é necessário substituir o processador, por outro

com maior poder de processamento. Com múltiplos processadores, é possível

ampliar a capacidade computacional apenas adicionando mais processadores ao

sistema. Com custo de aquisição inferior à aquisição de outro sistema, Com

desempenho superior, desde que o sistema possua capacidade de expansão.

c) relação custo/desempenho: por mais poderoso que seja um sistema com um

único processador, ele apresenta limitações de desempenho inerentes a sua

arquitetura, devido a limitações existentes na comunicação do processador com

os demais componentes. Além disso, o custo, para se desenvolver um

processador com o desempenho de um sistema com múltiplos processadores, é

maior. A utilização de múltiplos processadores permite a criação de sistemas

com processadores de baixo custo existentes no mercado, interligando-os

através de interconexões. Dessa forma, obtém-se alto desempenho com custo

aceitável.

d) tolerância a falhas: é a capacidade de manter o sistema em operação mesmo em

casos de falha de algum componente. Desse modo, se um processador falhar,

os demais podem assumir sua função de maneira transparente para o usuário e

suas aplicações.

e) disponibilidade: é a medida em número de minutos por ano que o sistema

permanece em funcionamento de forma ininterrupta. Alta disponibilidade só é

possível em sistemas de maior tolerância a falhas.

f) balanceamento de carga: é a distribuição do processamento entre os diversos

componentes que formam a configuração do sistema, a partir da carga do

processador, melhorando assim o desempenho do sistema como um todo.

Machado e Maia (2004) destacam que, apesar das inúmeras vantagens dos

sistemas com múltiplos processadores, existem desvantagens. Com a utilização de diversos

processadores, novos problemas de comunicação e sincronização surgem, pois vários

Page 27: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

27

processadores podem estar acessando ao mesmo endereço de memória simultaneamente.

Além do problema de sincronização das informações, existe o problema de organizar os

componentes da melhor forma possível, para estabelecer uma relação custo/beneficio

aceitável. Dependendo do tipo de sistema, a tolerância a falhas é dependente do sistema

operacional e não somente do hardware, sendo difícil de ser implementada.

2.1.1 Sistemas Fortemente Acoplados

De acordo com Machado e Maia (2004, p.249-254):

Os sistemas fortemente acoplados podem ser divididos em sistemas Symmetric

Multiprocessors (SMP) e Non Uniform Memory Access (NUMA).

SMP é o tipo de sistema que possui dois ou mais processadores, compartilhando

um único espaço de endereçamento e gerenciados por apenas um sistema operacional. Uma

das principais características dos sistemas SMP é que o acesso à memória principal pelos

processadores é uniforme, independente da localização física do processador.

Esse tipo de sistema é uma evolução dos sistemas com múltiplos processadores

assimétricos. Na organização assimétrica ou mestre/escravo, somente um processador

realizava as operações do sistema operacional. Se um processador escravo necessitar de uma

operação do sistema operacional, ele requisita essa operação ao processador mestre. Com

grande volume de requisições ao processador mestre, o sistema torna-se ineficiente, já que o

processador escravo ficará esperando a resposta da requisição enviada ao processador mestre.

Outra consequência dos sistemas assimétricos é que, se o processador mestre

falhar, o sistema se torna incapaz de continuar o processamento. Nesse caso, o sistema deve

eleger um novo processador mestre dentre os processadores escravos. Esse tipo de sistema

não é eficaz devido à assimetria dos processadores, que não realizam as mesmas funções.

Os sistemas SMP implementam a simetria dos processadores, ou seja, todos os

processadores podem desempenhar as mesmas funções. Apenas algumas específicas funções

como a inicialização do sistema ficam a cargo de um único processador. Esse tipo de sistema

se torna mais eficaz por permitir um melhor balanceamento de carga entre os processadores.

Page 28: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

28

Em contra ponto na definição de Machado e Maia (2004, p.255-258):

Nos sistemas do tipo NUMA, o tempo de acesso à memória principal depende da

localização física do processador. Nessa arquitetura, existem vários conjuntos de memória e

processadores, sendo que todos os conjuntos são interligados, compartilhando o mesmo

sistema operacional e referenciando o mesmo espaço de endereçamento, conforme Figura 3

demonstra.

Figura 3 - Arquitetura NUMA.Fonte: Machado e Maia (2004).

A diferença de um sistema de arquitetura NUMA para um SMP está no acesso à

memória. Quando um processador acessa à memória local, ou seja, à memória pertencente ao

seu conjunto, o tempo de acesso é menor do que o tempo de acesso à memória remota de

outro conjunto. Para esse sistema manter um nível de desempenho satisfatório, deve-se evitar

acessos à memória remota, priorizando os acessos locais.

Nos sistemas de arquitetura NUMA, a memória principal é subdividida entre

vários processadores, porém, compartilhando o mesmo espaço de endereçamento entre todos

os processadores, assim sendo, o acesso a memoria (local ou remota) é transparente aos

processadores, diferenciando apenas o tempo de acesso à memória de acordo com a

localização física da memoria.

Page 29: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

29

2.1.2 Sistemas Fracamente Acoplados

Machado e Maia (2004) dividem os sistemas fracamente acoplados em: cluster,

sistemas operacionais de rede e sistemas distribuídos.

Cluster é o sistema formado por nós conectados através de uma rede de

interconexão de alta velocidade dedicada. Cada nó da rede é denominado membro do cluster e

possui seus próprios recursos computacionais.

Cada membro do cluster possui seu próprio espaço de endereçamento e a

comunicação entre os membros se dá por troca de mensagens, utilizando a rede de

interconexão. Todos os membros do cluster utilizam um mesmo sistema operacional por

questões de incompatibilidade na comunicação de diferentes sistemas.

O acesso aos recursos fornecidos pelo cluster é feito atrás de outra rede de

conexão. Quando o usuário acessa a um recurso do cluster, ele não tem o conhecimento da

quantidade de membros e a identificação de cada um. Para o usuário, é como se ele estivesse

acessando a um único sistema fortemente acoplado, característica conhecida como imagem

única do sistema, de acordo com ilustração da Figura 4.

Ao ocorrer uma falha em um dos membros do cluster, outro membro verifica o

problema e assume as suas funções (failover). Após a resolução do problema, o estado inicial

pode ser restaurado (failback). Para que tais procedimentos possam ser executados, as

aplicações devem ser construídas para utilizar os recursos oferecidos pelo cluster. Assim

sendo, se houver uma falha em um dos membros do cluster, outro membro assumirá suas

funções de forma transparente, e para o usuário esses procedimentos serão imperceptíveis.

Figura 4 – Cluster.Fonte: Elaboração do autor, 2011 .

Page 30: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

30

Sistemas operacionais de rede (SOR) são os melhores exemplos de sistemas

fracamente acoplados. Cada membro do sistema possui seus próprios recursos

computacionais. Os nós são totalmente independentes dos demais que compõem o sistema,

são conectados por uma rede de comunicação de dados formando uma rede de computadores.

Cada nó é independente dos demais com seu próprio espaço de endereçamento e recursos

computacionais. Os sistemas operacionais utilizados por cada nó não necessitam ser

heterogêneos, bastando somente que os nós utilizem o mesmo protocolo de comunicação.

O usuário tem acesso aos recursos de outros computadores que compõem o

sistema especificando o nome ou endereço do nó onde o recurso é disponibilizado. Assim,

cada estação pode compartilhar seus recursos com a rede. Se algum nó da rede tiver

problemas, os demais componentes podem continuar o seu processamento, apenas não

dispondo dos recursos oferecidos pelo nó problemático. Nessa arquitetura, não existe o

conceito de imagem única de sistema, bem como a tolerância a falhas e a alta disponibilidade

obtida nos sistemas distribuídos.

A maioria dos sistemas SOR implementam o modelo cliente/servidor, criando

uma rede com um ou mais servidores que fornecem serviços, respondendo às solicitações dos

clientes. Exemplo desse modelo são redes locais com servidores de arquivos, servidores de

impressão e servidores de correio eletrônico.

Ainda segundo Brandt(2001), Sistemas operacionais de redes são um conjunto de

módulos que ampliam os sistemas operacionais, complementando-os com funções básicas de

uso geral, tornando transparente o uso de recursos compartilhados. Como exemplo, temos os

sistemas Peer-To-Peer. São sistemas compostos por diferentes sistemas operacionais, todos

provendo recursos à rede através de um protocolo comum. Todos os computadores nesse

sistema são clientes e servidores simultaneamente, conforme Figura 5 apresenta.

Figura 5 – Sistema operacional de rede Peer-To-Peer.Fonte: Elaboração do autor 2011.

Page 31: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

31

Sistema distribuído é um conjunto de sistemas autônomos, interconectados por

uma rede de comunicação de modo que represente um sistema fortemente acoplado. Cada

componente do sistema possui seus próprios recursos computacionais, os sistemas

operacionais dos membros não necessitam ser homogêneos.

A principal diferença entre o sistema distribuído e os outros tipos de sistemas

fracamente acoplados é a existência de um relacionamento mais forte entre seus componentes.

De modo que é um sistema fracamente acoplado no aspecto de hardware, mas fortemente

acoplado no ponto do software. Para o usuário é como se fosse um único sistema sem redes de

interconexão, simulando uma imagem única do sistema.

Os componentes do sistema podem ser conectados através de uma rede local ou

uma rede distribuída. O ponto é que a localização dos componentes não importa, bem como as

características físicas da rede. A escalabilidade desse tipo de sistema é teoricamente ilimitada,

porque basta acrescentar novos componentes à rede conforme houver necessidade.

Os sistemas distribuídos permitem que a aplicação seja dividida em diferentes

partes, que se comunicam através de linhas de comunicação, podendo cada parte ser

executada em qualquer processador de qualquer sistema operacional. Para isso, o sistema tem

que oferecer transparência e tolerância a falhas a fim de criar a ideia de imagem única.

Conforme Coulouris et al., (2007), sistema distribuído é aquele em que os

componentes de hardware ou software, localizados em computadores interligados por redes,

comunicam-se e coordenam-se suas ações trocando mensagens entre si.

Tanenbaum et al., (2008) exemplificam a aplicação do conceito de sistema

distribuído como a distribuição da mesma aplicação web em diversos servidores. Os

servidores web podem utilizar diferentes sistemas operacionais e distintas configurações de

hardware, somente necessitando da utilização de um protocolo comum para todas as trocas de

mensagens entre os diversos servidores. Todas as requisições dos clientes passam por um

servidor chamado de Front-End que é responsável por eleger um dos servidores web existente

para atender a requisição, conforme a Figura 6 demonstra. Assim, transparecendo para o

cliente que existe uma imagem única de sistema. Se um servidor falhar, ele simplesmente é

ignorado, e o serviço que é disponibilizado continua seu funcionamento como se nada tivesse

ocorrido, apenas não dispondo mais dos recursos providos pelo servidor afetado.

Page 32: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

32

Figura 6 – Sistema Web Distribuído.Fonte: Tanenbaum et al., (2008).

A principal diferença entre os sistemas distribuídos para os sistemas que aplicam

o conceito de cluster, é que em sistemas distribuídos a o conceito de imagem única de sistema

é implementado pelas aplicações, necessitando de um esforço maior das aplicações para o

gerenciamento do sistema como um todo. Enquanto que nos sistemas que aplicam o conceito

de cluster as aplicações não necessitam assumir tais funções, que passam a ser

responsabilidade do sistema operacional, gerenciando toda a infraestrutura de modo a criar a

imagem única de sistema.

2.2 MODELO COMPUTACIONAL DE RECURSOS VIRTUALIZADOS

Segundo Golden e Sheffy (2008), virtualização é a abstração dos recursos físicos

que são disponibilizados para as aplicações.

Golden e Sheffy (2008) definem virtualização de sistema operacional como sendo

o modo de simular um sistema operacional com os recursos de software que o sistema

operacional base não possui e não necessita. Assim, a aplicação que irá utilizar o sistema

operacional virtualizado terá a ilusão de um servidor dedicado, provendo os recursos

computacionais do qual ela necessita (software), sem que o sistema operacional base tenha

efetivamente esses recursos instalados, conforme Figura 7 ilustra.

Page 33: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

33

Figura 7 - Virtualização de Sistema Operacional.Fonte: Archer et al., (2010).

Utilizando esse modelo, pode-se agregar diferentes configurações do mesmo

sistema operacional para atender às necessidades de cada aplicação de forma distinta, sem que

uma configuração conflite com a outra, não afetando as configurações do sistema operacional

base e racionalizando a utilização do hardware do servidor físico.

Através da aplicação desse modelo, o sistema operacional emulado terá as

mesmas configurações do sistema operacional base, número de versão e pacotes de

atualização que a ele forem aplicados. Conforme Archer et al. (2010), esse modelo de

virtualização referencia os arquivos do sistema operacional base na memória principal,

otimizando a utilização de memória, pois todos os sistemas simulados estarão referenciando

os mesmos arquivos de sistema operacional base.

Em contrapartida, a virtualização de hardware é realizada por um software

chamado hypervisor, este software emula recursos de hardware. Essa infraestrutura básica

criada pelo hypervisor é chamada de Virtual Machine Monitor (VMM). Dessa forma, simula-

se um ambiente virtual de recursos de hardware que através do hypervisor utiliza os recursos

de hardware. Assim, Consegue-se realizar o compartilhamento dos diversos recursos de

hardware entre os mais diferentes sistemas operacionais simultaneamente.

O VMM forma um tipo de pacote que pode ser movido para outro servidor físico

com outro tipo de sistema operacional e quantidade de recursos de hardware diferentes do

inicial. Esse modelo de virtualização suporta diferentes tipos de sistemas operacionais, pois

ele cria um ambiente de recursos computacionais virtualizados para cada VMM, onde os

sistemas operacionais podem ser instalados.

O hypervisor é o meio pelo qual o VMM acessa os recursos de hardware,

mediando as interações do VMM com o hardware.

Deste modo, podem-se consolidar diferentes servidores físicos, com quantidades

de recursos computacionais diferentes e sistemas operacionais distintos sobre o mesmo

Page 34: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

34

servidor, desde que este possua capacidade computacional suficiente para comportar todos os

servidores virtuais.

O hypervisor pode ser utilizado de duas maneiras distintas conforme Brás (2008)

demonstra:

a) hosted hypervisor: o hypervisor encontra-se sobre o sistema operacional

primário, que é responsável pela gerência dos recursos de hardware, esse

modelo é utilizado quando se necessita de integração com o sistema

operacional primário, utilizando-o para realizar a divisão de tempo

(timesharing) dos recursos disponíveis. Porém, desse modo, ocorre perda de

desempenho, porque, para utilizar um recurso de hardware o sistema

operacional que está sobre VMM realiza a chamada da função do hardware

para o VMM que repassa a chamada para o hypervisor que traduz essa

chamada para o sistema operacional corrente, e o sistema operacional fornece o

recurso solicitado. A redução de desempenho ocorre por causa das camadas de

software a mais que são adicionadas entre as aplicações e o recurso de

hardware, conforme Figura 8 apresenta.

Figura 8 - Hosted hypervisor.Fonte: Archer et al. (2010).b) bare Metal hypervisor: o hypervisor se encontrado diretamente sobre o

hardware, removendo a camada de software do sistema operacional primário.

É uma abordagem diferenciada para a virtualização de hardware. Desse modo,

são fornecidos recursos de hardware de forma mais eficiente. Assim, o

responsável por realizar o timesharing entre todos os VMM é o próprio

hypervisor, conforme Figura 9 demonstra.

Page 35: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

35

Figura 9 – Bare metal hypervisor.Fonte: Archer et al. (2010).

Travassos (2010) define que, quando se trata de virtualização, temos ainda o

conceito de hardware partitioning que é a técnica de virtualização mais antiga utilizada. No

qual se dividem os recursos do servidor físico em diversas partições lógicas, de modo que

possam ser utilizados de forma independente, com seu próprio sistema operacional e sem que

uma partição lógica interfira nos recursos da outra. É como se o servidor fosse dividido em

diversos servidores menores cada um com sua própria porção de recursos físicos

independentes, conforme ilustração da Figura 10. Nesse modelo, não há uma

compartilhamento dos recursos de hardware entre as partições lógicas. Se uma partição lógica

está alocada com uma quantidade de recursos, mas não está os utilizando em sua totalidade,

não será possível outra partição utilizar os recursos que estão sem uso.

Figura 10 – Hardware partitioning.Fonte: Milberg (2009).

Page 36: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

36

2.3 MODELO COMPUTACIONAL DE RECURSOS SOB DEMANDA

De acordo com Mell e Grance (2010), Cloud Computing pode ser definido como o

fornecimento de recursos computacionais (computadores, recursos de rede, servidores de

armazenamento de dados, servidores de banco de dados, aplicações e etc.) sob demanda de

forma descentralizada, de modo que os recursos fornecidos podem ser rapidamente

disponibilizados, utilizando o mínimo necessário de esforço para manutenção e

provisionamento. Esse conceito é composto por cinco características essenciais, três modelos

de fornecimento de recursos e quatro modelos de aplicação.

2.3.1 Características de Cloud Computing

Mell e Grance (2010) definem as características essenciais de Cloud Computing

como sendo:

a) on-demand self-service: o usuário tem a capacidade de alterar as configurações

dos recursos computacionais que a ele são disponibilizados ou obter novos

recursos, conforme as necessidades surgirem, sem ter de interagir com outras

pessoas;

b) broad network access: os recursos disponibilizados são acessíveis através de

redes de computadores sendo disponibilizados através de diferentes tipos de

clientes. Como: thin clients, smartphones, laptops, PDAs;

c) resource pooling: os recursos computacionais disponibilizados são agrupados

para servir diversos consumidores simultaneamente, criando uma nuvem de

recursos computacionais composta por recursos físicos e virtuais. Os recursos

são dinamicamente atribuídos ou removidos de acordo com as necessidades do

usuário. O consumidor acessa aos recursos que ele necessita de qualquer local

a qualquer momento, sem ter conhecimento da localização física dos recursos

que estão sendo utilizados;

d) rapid elasticity: a capacidade computacional é elástica e de modo ágil pode ser

alterada, em alguns casos esse aumento ou diminuição de recursos é feito

Page 37: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

37

automaticamente, conforme surgirem as necessidades. Para o usuário os

recursos disponíveis são aparentemente infinitos, pois ele obtém a quantidade

necessária de recursos computacionais a qualquer momento;

e) measured service: sistemas que proporcionam a utilização do conceito de

Cloud Computing, devem implementar a otimização e controle dos recursos

computacionais que os compõem. Desse modo, é possível monitorar a

utilização dos recursos, controlar os recursos servidos ao usuário e

disponibilizar recursos de forma transparente.

2.3.2 Modelos de fornecimento recursos na nuvem

De acordo com Mell e Grance (2010), os modelos de fornecimento de recursos

que aplicam os conceitos de Cloud Computing são:

a) software As A Service (SAAS): é o fornecimento de um software como serviço,

o software nesse modelo está sobre uma plataforma de Cloud Computing. A

aplicação é acessível através de diversos dispositivos diferentes, fazendo uso

de uma aplicação cliente, como por exemplo, um browser. O usuário do

software não despende de tempo e de recursos com a infraestrutura necessária

para o software funcionar, que são servidores, sistemas operacionais, recursos

de rede para disponibilizar o software, servidores de armazenamento e pessoal

necessário para gerenciar toda essa estrutura, assim, ficando responsável

unicamente pela configuração de usuário e utilização do software;

b) platform As A Service (PAAS): modelo no qual é fornecido uma plataforma ao

cliente, o usuário utiliza ferramentas de desenvolvimento para linguagem de

programação, banco de dados ou containers para as aplicações. Essas

ferramentas são disponibilizadas sobre uma plataforma de Cloud Computing,

sendo disponíveis de diferentes modos e locais. Nesse modelo, o cliente não

despende tempo e recursos com a infraestrutura para as plataformas, como

servidores, sistemas operacionais, recursos de redes para disponibilizar as

plataformas e servidores de armazenamento, mas é responsável pelo

desenvolvimento e manutenção de suas aplicações;

Page 38: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

38

c) infrastructure As A Service (IAAS): é o modelo no qual se disponibiliza ao

usuário recursos computacionais, como processamento, armazenamento,

recursos de rede e outros recursos de infraestrutura computacional. Esses

recursos estão disponíveis para a utilização de qualquer sistema operacional e

qualquer aplicação desejada pelo usuário. O usuário nesse modelo não tem a

responsabilidade de gerenciar os recursos físicos de infraestrutura, mas será

encarregado da gerência do sistema operacional, gerência das aplicações que

ele utiliza sobre o sistema, gerência dos dados armazenados no sistema e

possivelmente controle de alguns recursos de rede como firewalls.

2.3.3 Modelos de aplicação do conceito de Cloud Computing

Segundo Mell e Grance (2010), os modelos de aplicação de Cloud Computing

podem ser divididos em private cloud, community cloud, public e por fim hybrid cloud.

a) private cloud: toda a infraestrutura que compõem a nuvem de recursos

computacionais bem como os custos com manutenção e gerenciamento desses

recursos é suportado pela empresa detentora da nuvem. A utilização dos

recursos da nuvem se dá somente para interesses da empresa, sem qualquer

interação com outras nuvens externas, conforme Figura 11 ilustra. Os recursos

da nuvem não são compartilhados com entidades externas a empresa.

Figura 11 – Private Cloud.Fonte: Ahronovitz et al. (2010).

Page 39: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

39

b) community cloud: é aplicado com a união dos recursos de algumas

organizações para atender as necessidades das mesmas. As despesas com

hardware, gerência de infraestrutura, energia e resfriamento é compartilhado

entre as entidades envolvidas no desenvolvimento e utilização desse tipo de

nuvem, Conforme Figura 12 exemplifica.

Figura 12 – Community Cloud.Fonte: Ahronovitz et al. (2010).

c) public cloud: a nuvem de recursos computacionais é criada e mantida por uma

empresa ou conjunto de empresas para atender ao usuário final, empresas,

organizações e qualquer outra entidade externa que necessite de recursos

computacionais. Esse tipo de aplicação abrange o fornecimento de recursos

computacionais, seguindo um ou mais modelos de serviço de Cloud

Computing, SAAS, PAAS ou IAAS, exemplificado com a Figura 13. As

entidades que fazem uso desse tipo de nuvem computacional somente pagam

pelos recursos computacionais efetivamente utilizados, reduzindo assim os

custos operacionais da área de tecnologia da informação.

Page 40: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

40

Figura 13 – Public Cloud.Fonte: Ahronovitz et.al (2010).

d) hybrid cloud: é a composição de dois ou mais modelos de aplicação de cloud

computing (Private cloud, Community cloud ou Public cloud), no qual os

modelos trabalham juntos proporcionando balanceamento de carga entre as

nuvens computacionais, criando uma forma quase ilimitada de aumento da

capacidade computacional, uma vez que se estará utilizando dois ou mais

modelos de disponibilização de recursos, conforme ilustração da Figura 14.

Figura 14 – Hybrid Cloud.Fonte: Ahronovitz et.al (2010).

Page 41: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

41

3 METODOLOGIA

A metodologia tem como função auxiliar o pesquisador durante o processo de

desenvolvimento da pesquisa, de modo a refletir sobre o mundo que o cerca, questionando os

fatos encontrados e os resultados obtidos. Conforme Silva e Menezes (2005), a função da

metodologia é auxiliar o pesquisador durante a pesquisa, ela demonstra o “caminho das

pedras” que deve ser trilhado pelo pesquisador.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DA PESQUISA

Silva e Menezes (2005) afirmam que a pesquisa de natureza aplicada é aquela

dirigida para a geração de conhecimentos de aplicação prática, de modo que é dirigida para a

resolução de problemas específicos.

Este trabalho tem como objetivo demostrar os conceitos de Cloud Computing e

virtualização, de modo a explicitar as vantagens de se utilizar esses conceitos no âmbito

empresarial e de usuário final, apresentando as diversas plataformas existentes para a criação

de um ambiente de fornecimento de recursos de infraestrutura computacional sob demanda,

propondo a utilização de mainframes como sendo a melhor solução para a aplicação do

conceito de Cloud Computing.

Conforme Silva e Menezes (2005), a abordagem da pesquisa quantitativa se dá

através da utilização de fatores mensuráveis, de modo que opiniões e informações sejam

traduzidas em números, para que seja possível classificá-las e analisá-las utilizando recursos e

técnicas de estatística.

Na definição dos objetivos da pesquisa, conforme Gil (1991, apud Silva e

Menezes, 2005, p. 21), a pesquisa exploratória visa proporcionar maior familiaridade com

determinado problema, de modo a torná-lo explícito, envolvendo o levantamento

bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências na prática com o problema

pesquisado e análises de modelos que ajudem a sua compreensão.

Serão utilizados estudos de casos e pesquisas bibliográficas para tornar o

problema da não aceitação do conceito de Cloud Computing explícito. Serão apresentadas

Page 42: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

42

plataformas de Cloud Computing para a virtualização de computadores e os aspectos

negativos e positivos de cada uma, demonstrando os atributos considerados para a escolha da

plataforma mainframe como uma das melhores soluções, para a criação de um ambiente de

fornecimento de recursos computacionais de forma descentralizada sobre demanda.

3.2 ETAPAS METODOLÓGICAS

O desenvolvimento da proposta de utilização de uma plataforma de Cloud

Computing se dará através das seguintes etapas:

a) revisão bibliográfica: é o levantamento da base teórica realizado no capítulo 2,

utilizada para o desenvolvimento da proposta de Cloud Computing para

virtualização de computadores;

b) identificação do problema: consiste na busca através de material teórico e

conversas com pessoas relacionadas à área de tecnologia, para a identificação

do por que da não adoção de Cloud Computing;

c) descrever as plataformas de Cloud Computing: descrição das características das

melhores plataformas de Cloud Computing encontradas no mercado que

proporcionem a aplicação do modelo IAAS;

d) mainframes X Cloud Computing: com base nos dados das etapas anteriores,

explicar por que mainframe pode ser considerado a melhor plataforma para se

aplicar Cloud Computing;

e) propor a aplicação de Cloud Computing utilizando mainframes: propor a

utilização de mainframes como base para a aplicação do conceito Cloud

Computing, através dos dados obtidos nas etapas anteriores;

Page 43: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

43

f) conclusões sobre o novo paradigma computacional: discorrer sobre o

paradigma computacional de fornecimento de recursos sobre demanda e suas

implicações para usuários e empresas.

Todas as etapas aqui relatadas estão apresentadas no Fluxograma 1.

Fluxograma 1 - Etapas Metodológicas.Fonte: Elaboração do autor, 2010.

O trabalho será desenvolvido seguindo estritamente a ordem definida no

Fluxograma 1, visando atingir os objetivos definidos no inicio do trabalho.

Page 44: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

44

3.3 DELIMITAÇÕES

Esta seção irá delimitar o trabalho de modo que este se foque na apresentação de

uma plataforma de Cloud Computing para virtualização de computadores, conforme explicam

os itens a seguir:

a) para o pleno desenvolvimento do trabalho, será explicitado o principal

problema para a não adesão de uma plataforma de Cloud Computing. A

falta de informação sobre a maneira de como aplicar e utilizar os recursos

computacionais de forma descentralizada sobre demanda;

b) serão caracterizadas as principais plataformas de Cloud Computing, de

modo que seja possível realizar um comparativo entre elas;

c) não será aplicado o conceito de Cloud Computing nas plataformas

estudadas;

d) não será realizado benchmark (diversos testes de modo a mensurar

determinados aspectos, obtendo dados para efetuar comparações), mas

serão utilizados benchmark de terceiros;

e) será proposta a utilização de uma plataforma de Cloud Computing

composta por mainframes para a virtualização de computadores;

f) as etapas metodológicas que o trabalho seguirá estão definidas no capítulo

3.2;

g) o trabalho seguirá estritamente as etapas definidas no capítulo 3.2, de

modo a atingir o objetivo definido.

Page 45: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

45

4 DIFICULDADE DE APLICAÇÃO DE CLOUD COMPUTING

Cloud Computing encontra dificuldades de aceitação por falta de conhecimento

das pessoas ligadas à área de tecnologia e usuários sobre o funcionamento e a aplicação desse

conceito. O grande entrave para a aplicação desse conceito é criação de mitos sobre o seu

funcionamento e aplicação. Esse fato ocorre devido a grande quantidade de informação

existente sobre o assunto, que acarreta em uma sobrecarga aos que pretendem conhecer esse

novo mundo nas nuvens, principalmente, por causa da avalanche de complicadores que

podem ser encontrada na internet, quando se trata de cloud. Em uma busca rápida, é possível

encontrar mais de 10 milhões de resultados sobre o assunto, sendo em sua maioria pequenos

textos que não ajudam o leitor a entender esse conceito.

Conforme a Figura 15 ilustra de maneira cômica, muitas pessoas mesmo as ligadas

à área de tecnologia não têm conhecimento sobre as implicações de Cloud Computing. O que

essa tecnologia pode trazer de benefícios nos processos organizacionais e dia-a-dia dos

usuários.

Figura 15 – Percepção de Cloud Computing pelo usuário.Fonte: Vida de Suporte (2011).

Apesar de ser um conceito relativamente novo, existem tecnologias que

proporcionam a sua aplicação, sem deixar de lado requisitos como segurança, estabilidade e

Page 46: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

46

escalabilidade. No entanto, encontra-se uma grande resistência para a utilização de recursos

providos utilizando esse conceito. O problema a ser solucionado é cultural as pessoas

enxergam o computador como sendo algo físico que está ao seu alcance. A aplicação de

Cloud Computing irá distanciar fisicamente os usuários dos computadores. Os computadores

passarão a ser acessados por simples dispositivos, como celulares, tablets ou thin clients. É

por causa desse distanciamento (usuário-máquina) que há muita resistência. Ele é motivo para

desconfiança quanto à integridade e inviolabilidade dos dados pertencentes aos usuários e

quanto à estabilidade e garantia de acesso aos recursos na nuvem. É preciso esclarecer esse

conceito e as plataformas que o aplicam, de modo que seja cativado o usuário, através dos

benéficos proporcionados por esse mundo de recursos computacionais sobre demanda.

De acordo com pesquisa realizada pela IBM em 2010, a segurança no ambiente de

Cloud Computing é o ponto de maior preocupação para as corporações, surgem

questionamentos sobre:

a) integridade, autenticidade e confidencialidade dos dados armazenados na

nuvem. Disponibilidade;

b) disponibilidade dos recursos computacionais;

c) interferência do modelo de Cloud Computing nos processos

organizacionais.

Amrehn (2011) afirma que segundo a linha das organizações, os usuários veem o

quesito segurança como primordial, conforme Quadro 1 apresenta.

Quadro 1 – Preocupação dos consumidores em relação à segurança na nuvem.

Proteção dos dados armazenados na nuvem 30%

Diretrizes contratuais que definem os níveis de

acordo de serviço. Bem como os direitos e deveres

de cliente e provedor.

21%

Uso não autorizado dos seus dados 15%

Confidencialidade dos dados 12%

Disponibilidade dos recursos 9%

Integridade dos dados 8%

Capacidade de auditar e testar o ambiente do

provedor de serviço

5%

Fonte: Amrehn (2011).

Page 47: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

47

É necessário esclarecer a aplicação e o funcionamento de um modelo de

fornecimento de recursos computacionais sob de manda, seja o recurso software, hardware ou

plataforma. A aplicação de Cloud Computing não é trivial e fácil, mas pode e deve ser

utilizado. Pois os benefícios advindos de sua aplicação superam os custos de aplicação.

Cloud Computing não é mais algo que acontecerá daqui alguns anos. Computação

em nuvem acontece neste momento. Os usuários cada vez mais percebem o quanto é

vantajoso somente pagar pelo que foi de fato utilizado, e melhor, não despender recursos com

gerenciamento e manutenção de hardware e software. Para as corporações, esse modelo vem

como um facilitador no alinhamento da área de tecnologia da informação com os negócios da

empresa em um mundo cada vez mais competitivo e carente de processos ágeis.

Somente com o esclarecimento de como aplicar os conceitos de Cloud Computing

é que será possível evitar o desencontro de informações que se transforma em um

complicador para a aplicação desse conceito. É necessário construir uma base concreta, na

qual são ponderados os benefícios proporcionados para os usuário e organizações por esse

novo modo de utilizar e prover recursos computacionais.

Como todo novo paradigma Cloud Computing encontra resistência por aqueles

que temem o desconhecido e diferente. Todos estão acostumados com a utilização de recursos

computacionais que estão ao seu alcance. Porem é necessário o esclarecimento desse novo

modo de prover e utilizar recursos computacionais, porque ele é essencial em um mundo

globalizado cada vez mais competitivo. Em que agilidade, segurança e disponibilidade são

essenciais.

Page 48: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

48

5 DESCRIÇÃO DAS PLATAFORMAS QUE APLICAM CLOUD COMPUTING

Serão descritas as características das maiores plataformas que proporcionam a

aplicação de Cloud Computing para a criação de uma nuvem provedora de recursos de

hardware. As plataformas, conjunto de hardware e software que serão descritas são:

a) Servidores de arquitetura (X86, AMD64) com a solução VMware;

b) Servidores de arquitetura (X86, AMD64) com a solução Microsoft;

c) Servidores de arquitetura (X86, AMD64) com a solução Xen;

d) Mainframe e Z/VM. Soluções IBM para Cloud Computing.

5.1 SOLUÇÕES COM ARQUITETURA DE SERVIDORES (X86, AMD64)

Dentre as plataformas de Cloud Computing selecionadas para descrição, existem

as que fazem uso de servidores com arquitetura de processadores (X86 ou AMD 64). Esse

tipo de servidor possui arquitetura similar aos computadores pessoais que são utilizados pelos

usuários. As soluções que utilizam servidores comuns são as mais utilizadas no mercado, pelo

fato das organizações já estarem acostumadas a trabalhar com esse tipo de tecnologia.

Porém a plataforma proposta para aplicação de Cloud Computing é composta pela

combinação da arquitetura mainframe e soluções IBM de virtualização e gerenciamento de

ambientes computacionais virtualizados.

5.1.1 VMware

A solução VMware para virtualização nas nuvens é chamada de VMware

vSphere. Tecnologia que aplica os conceitos de virtualização bare metal, ou seja, não existe

um sistema operacional entre o hypervisor e o hardware. Sendo assim, o overhead

Page 49: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

49

(processamento extra por conta de emulação e share de recursos) é menor se comparado com

soluções em que é necessário um sistema operacional base.

A seguir serão detalhados os recursos e limitações da solução de Cloud

Computing para virtualização da VMware, os recursos fornecidos e as capacidades máximas

de carga são referentes a verão 5.0 da solução vSphere.

de acordo com a VMware (2011), a quantidade máxima de recursos que podem

ser alocados para cada máquina virtual é;

Quadro 2 – VMware, recursos disponíveis para máquina virtual.

Quantidade máxima de memória RAM 255 GB

Capacidade máxima de armazenamento. 2 TB

Quantidade máxima de processadores 8Fonte: Elaboração do autor, 2011.

ainda, segundo VMware(2011), a capacidade máxima de recursos que podem

ser alocados por servidor host é;

Quadro 3 - VMware, recursos disponíveis para servidor host.

Processadores 160

Memória RAM 1 TB

Processadores virtuais 512

Taxa de processadores virtuais1 25

Núcleos por processador 12

Maquinas virtuais por host 512Fonte: Elaboração do autor, 2011.

1 Quantidade máxima de processadores virtuais por processador físico.

Page 50: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

50

segundo VMware(2011), a quantidade máxima de recursos que podem ser

alocados em cada cluster é de.

Quadro 4 – VMware, recursos disponíveis por cluster.

Volumes para armazenamento de dados. 256

Armazenamento por volume 64 TB

Servidores por cluster 32

Máquinas virtuais por cluster2 3000Fonte: Elaboração do autor, 2011.

Casos de aplicação

Por se tratar de uma solução confiável, segura e escalável para a aplicação de

Cloud Computing, o VMware vShepere é largamente utilizado por muitos organizações para

agilizar os processos da T.I e racionalizar os recursos computacionais.

Os casos de estudo apresentados foram desenvolvidos pela VMware em 2011 e

encontram-se disponíveis em seu Web Site.

SEBRAE-MG Flexibiliza o seu datacenter com a VMware.

A partir de experiências com a utilização das soluções VMware em seus

servidores de homologação, pode-se constatar os benefícios gerados pela virtualização dos

servidores. Em 2009 o SEBRAR-MG decidiu dar um passo adiante e virtualizar 100% dos

seus servidores. Atualmente são utilizados 40 servidores virtualizados.

Segundo Ilton Carlos (analista de infraestrutura), o SEBRAE possuía recursos de

processamento limitados para as necessidades de alta disponibilidade existentes. O que

acarretava um alto risco operacional e engessava toda estrutura de T.I.

Henrique da Silva Mello (gerente de T.I.) afirma que, após a virtualização dos

servidores, o SEBRAE-MG passou a ter mais flexibilidade em sua infraestrutura de T.I. para

suportar os novos projetos, aplicações e demandas de negócio.

Com a consolidação do datacenter, o SEBRAE-MG ganhou em disponibilidade

de recursos e capacidade de processamento com uma redução de 50% no consumo de energia

elétrica.

De acordo com Ilton Carlos, a intenção do SEBRAE-MG é de virtualizar todos os

seus computadores assim que possível.

2 Deve-se respeitar o limite máximo de 512 máquinas virtuais por servidor host.

Page 51: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

51

O cenário anterior à virtualização era:

a) estrutura de servidores monolítica;

b) servidores obsoletos;

c) recursos de alta disponibilidade limitados;

d) dados de aplicação armazenados nos discos dos servidores, não era utilizado

storage para armazenamento dos dados das aplicações;

e) complexidade no gerenciamento e manutenção da infraestrutura de T.I.;

f) alto risco operacional;

g) engessamento da infraestrutura de T.I., como consequência as respostas ao

negocio eram lentas.

Os desafios eram:

a) atender adequadamente a demanda de processamento no ambiente

virtualizado;

b) adequar as rotinas de backup, de modo a agilizar e prover maior segurança ao

processo de backup e racionalizar os recursos disponíveis;

c) consolidar as politicas de backup, com integração direta as aplicações

Exchange, SQL Server e Share Point, bem como o gerenciamento centralizado

de logs;

d) harmonizar as plataformas heterogêneas (ambientes Microsoft, Linux e

Progress).

Para aplicação da solução foram utilizados:

a) servidores Dell Enclosure M1000 com 6 lâminas M710 – 2 Intel Quadcore

Xeon 5540 Nehalem – 48GB de memoria RAM – 2 discos de 146Gb de 10000

RPM;

b) storage EMC cx4-240 com 15 discos de 450 Gb. Sendo que o storage possui

capacidade para 240 discos;

c) servidor de backup Tap Library Dell TL-2000 com 24 fitas;

d) solução Symantec BackupExec 2010 para a realização das rotinas de backup.

Juntamente com o conjunto de plataforma de hardware, citado acima, foram

utilizadas as soluções VMware vShepere para a criação da nuvem de recurso e vCenter para

facilitar o gerenciamento, manutenção e controle dos recursos.

Page 52: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

52

Desse modo foi possível alinhar a T.I. ao negócio da organização, assim a T.I

passa a estar mais presente como ferramenta auxiliadora e alavancadora dos negócios, ao

invés de ser um entrave. A possibilidade de disponibilização de recursos sobre demanda altera

o modo como a tecnologia da informação interage nas diferentes áreas. Desse modo ela faz-se

presente em todas as fases de negócio, desde a idealização, criação e disponibilização dos

produtos e serviços criados na empresa.

Hexaware Technologies protege e racionaliza os seus recursos com Cloud.

A Hexaware Technologies é uma empresa indiana especializada em Business

Inteligence e análise de sistemas, atuando na modernização de sistemas legados. Provêm

serviços de outsourcing para mais de 150 empresas globais e possui mais de seis mil

funcionários em vinte países, operando com três filiais.

Conforme a empresa crescia, os custos e complexidade da T.I cresciam

exponencialmente. Para alcançar os seus objetivos, a empresa decidiu criar uma núvem

privada de recursos computacionais, baseada nas soluções VMware.

Para a criação de uma nuvem privada de recursos computacionais foi utilizado a

solução vCenter para o gerenciamento da infraestrutura criada pelo vSphere. Desse modo é

possível fornecer recursos de infraestrutura como serviço aos usuários.

Os desafios enfrentados foram:

a) fazer com que as unidades de negócios da empresa provessem recursos de T.I.;

b) reduzir a complexidade do gerenciamento de segurança da T.I.;

c) reduzir os custos com infraestrutura e gerenciamento;

d) obter experiência com soluções em Cloud Computing, de modo a transparecer

segurança para os seus clientes em futuros contratos com a prestação de

serviços na Cloud.

A solução escolhida consistiu na criação de uma nuvem privada de recursos

computacionais. Utilizando as ferramentas desenvolvidas pela VMware.

A estrutura utilizada para a aplicação da solução foi:

a) 14 servidores Dell PowerEdge R810, cada servidor era composto de dois

processadores core E7 de oito núcleos de 2,0GHz e 128GB de memória RAM.;

b) storage NetApp FAS3160 com 80TB;

Page 53: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

53

c) os sistemas operacionais utilizados nas máquinas virtuais são: Microsoft

Windows Server 2003, Microsoft Windows Server 2008 e Red Hat Enterprise

Linux.

Com a aplicação de uma private cloud, a Hexaware conseguiu:

a) reduzir os custos com infraestrutura computacional em 30% no período de 12

meses;

b) diminuiu o tempo necessário para o fornecimento de recursos computacionais

de duas semanas para horas;

c) aumentou a utilização dos servidores/storage em 40% em um período de 24

meses.

Atualmente a Hexaware possui mais de 60 aplicações sob a nuvem, utilizadas por

todos os seus colaboradores ao longo do globo.

Segundo Mundakkal Satyajith (gerente de infraestrutura), graças ao know how da

VMware com virtualização e soluções de Cloud Computing, bem como a expertise para

trabalhar com os desafios de segurança que as grandes empresas têm de enfrentar, a Hexaware

conseguiu preparar um plano de ação para o crescimento de sua estrutura computacional.

Utilizando o conhecimento de Cloud Computing adquirido na criação e

gerenciamento de uma nuvem privada de recursos, a Hexaware pode visualizar e criar novas

áreas de negócios, como:

a) sistemas com a capacidade de mensurar a utilização e estabilidade dos recursos

alocados por uma organização e com isso indicar o quanto de retorno as

soluções aplicadas estão gerando;

b) sistemas em que o usuário decide o quanto de recursos e quando ele irá utilizar.

Assim o usuário somente despende recursos financeiros com as aplicações que

ele de fato utilizou e pelo tempo que fez uso.

Com a utilização das ferramentas da VMware, a Hexaware consegue planejar os

investimentos futuros em T.I., reduzindo custos, otimizando a utilização dos recursos

computacionais e incrementando a segurança e estabilidades dos serviços providos.

Page 54: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

54

5.1.2 Microsoft

A plataforma fornecida pela Microsoft para aplicação de Cloud Computing é

composta pelo hypervisor denominado Hyper-V Server e a solução de gerenciamento de

ambiente virtual Microsoft System Center Virtual Machine Manager. O hypervisor faz uso da

técnica de virtualização bare metal, ou seja, não utiliza um sistema operacional base para

gerenciar os recursos de hardware. Essa plataforma de virtualização utiliza o core do sistema

operacional Windows Server 2008 para gerenciamento dos recursos de hardware. Porém não

dispõem de todas as funcionalidades que o sistema operacional detém.

A seguir serão descritos os recursos e limitações da plataforma Hyper-V Server,

as configurações expostas são pertinentes à versão Hyper-V Server 2008 R2.

a) conforme Microsoft (2009), a quantidade máxima de recursos que podem ser

alocados para cada maquina virtual é;

Quadro 5 - Microsoft, recursos disponíveis para máquina virtual.

Processadores virtuais 4

Memoria RAM 64 GB

Discos IDE3 4

Discos virtuais SCSI 4 256

Capacidade por disco virtual 2040 GB

Snapshot5 50

Adaptadores de redes virtuais 12Fonte: Elaboração do autor, 2011.

3 Dispositivo eletrônico integrado – O Hyper-V utiliza dispositivos emulados com controladores IDE. Atravésdestes controladores o disco de inicialização da maquina virtual pode ser tanto um disco físico quanto virtual.É obrigatória a utilização de um disco do tipo IDE para o disco de inicialização da maquina virtual.

4 Controladoras SCSI utilizam um tipo de dispositivo desenvolvimento especialmente para maquinas virtuais.Utilizando o barramento da maquina virtual para se comunicar.

5 Imagem do estado da máquina virtual em um determinado momento.

Page 55: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

55

b) ainda segundo Microsoft(2009), a quantidade máxima de recursos que podem

ser utilizados em cada servidor host é de;

Quadro 6 - Microsoft, recursos disponíveis para servidor host.

Processadores 64

Taxa de processadores virtuais6 24

Máquinas virtuais por servidor 384

Processadores virtuais por servidor 512

Memoria RAM 1 TBFonte: Elaboração do autor, 2011.

c) de acordo com a Microsoft(2009), a quantidade máxima de recursos que cada

cluster suporta é.

Quadro 7 – Microsoft, recursos disponíveis por cluster.

Servidores 16

Máquinas virtuais 10007

Fonte: Elaboração do autor, 2011.

Casos de aplicação

A solução Hyper-V Server em conjunto com o sistema Microsoft System Center

Virtual Machine Manager, que possibilita o gerenciamento dos recursos computacionais de

forma simples e prática, forma uma das maiores plataformas para aplicação dos conceitos de

Cloud Computing para o fornecimento de recursos computacionais sobre demanda,

proporcionando a criação de nuvens confiáveis, seguras, escaláveis e dinâmicas, visando

alinhar a T.I. com os negócios da organização.

Os casos de aplicação da solução para Cloud Computing, utilizando as Soluções

Hyper-V e Microsoft System Center Virtual Machine Manager, foram desenvolvidos pela

própria Microsoft em 2011 e encontram-se disponíveis em seu Web Site.

6 Quantidade máxima de processadores virtuais por processador físico.7 Deve-se respeitar o limite de 384 máquinas por servidor.

Page 56: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

56

Target – Utiliza solução de virtualização para prover uma melhor

experiência em compras.

Target é a segunda maior loja de departamentos dos Estados Unidos atendendo a

clientes em 1775 lojas em 49 Estados americanos. Emprega diretamente mais de 350 mil

pessoas. Movimenta mais de US$ 67 bilhões por ano em vendas.

O departamento de tecnologia da informação da Target desejava reduzir os custos

operacionais, reduzindo a estrutura física em cada loja. Era necessária uma solução para

virtualização de servidores em que pudesse confiar. Pois era o momento de aposentar 8650

servidores físicos espalhados em suas lojas. Aplicando a política de, no máximo 2 servidores

físicos por loja. Para tal foi vislumbrado a ideia de criar uma nuvem privada de recursos que

pudessem ser alocados conforme as necessidades surgissem, alinhando assim os recursos de

T.I com as necessidades do negocio empresarial.

A solução foi aplicar a plataforma de Cloud Computing da Microsoft, Hyper-V e

System Center Virtual Machine Manager. Desse modo, pode ser centralizado o gerenciamento

de mais de 300 mil pontos de acesso a recursos computacionais espalhados por todas as lojas,

que são servidores, computadores, POS (pontos de venda de produto automatizado), caixas

registradoras, quiosques de consultas e dispositivos móveis.

Com a utilização da virtualização de todos os servidores físicos, a empresa está

economizando milhões de dólares em hardware, eletricidade e custos de manutenção de

equipamentos.

Os benefícios advindos da criação de uma nuvem de recursos computacionais

privadas foram:

redução de custos operacionais da área de tecnologia da informação;

aumento da capacidade de T.I. para suportar o negócio da empresa;

facilidade no gerenciamento dos recursos de infraestrutura existentes;

otimização da utilização dos recursos e crescimento da disponibilidade dos

sistemas.

A criação de uma nuvem de recursos privada para a Target representou a

consolidação de milhares de servidores físicos e de uma grande estrutura física que era

necessária para interligar todos os componentes, representando a economia de milhões de

dólares anuais em energia, hardware e manutenção dos equipamentos.

Page 57: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

57

O dinheiro poupado com essa solução está sendo investido no negócio da empresa

através da T.I., criando novos meios de tornar única a experiência do consumidor enquanto

compra em uma das lojas da rede.

Segundo DeBrine (Administrador sênior de tecnologias empresarias para

armazenamento) com a solução adotada, a Target consegue focar suas energias em seu

negócio, trabalhando para aprimorar e automatizar os seus processos de negócio, criando

soluções visíveis aos consumidores e membros das organizações Target.

RedeHost cria novo serviço de servidores em nuvem, usando Microsoft

Hyper-V

A RedeHost é uma das maiores empresas do Brasil que fornece serviços de

hospedagem de sites em ambiente Windows. Em 2009, a empresa lançou serviços de

computação em nuvem para aplicações de missão crítica. De acordo com Aldo Pacheco

(gerente comercial), essa é uma das tendências para os próximos anos. E a RedHost almejava

oferecer essa opção de serviço aos seus clientes como alternativa a servidores físicos

dedicados que não oferecem alta disponibilidade nem capacidade de expansão.

Para concretizar essa ideia de novo produto, era necessário aplicar uma solução de

virtualização que permitisse criar ambientes virtuais com características distintas e específicas

de hardware, sistema operacional e aplicações.

A empresa foi o primeiro usuário de seu produto de computação em nuvem

chamado de Cloud Server. Foram rearranjados todos os 50 servidores que eram utilizados

para hospedagem de sites em uma nuvem de recursos composta por 10 novos servidores.

Os servidores que suportam essa nuvem privada possuem as seguintes

características: dois processadores Intel Xeon Quadcore com 32GB de memoria RAM

conectados a três sistemas de armazenamento de dados SAS de 400 GB.

A partir desse novo ambiente, a empresa permite que os clientes contratem no site

da RedHost novos Cloud Servers com as configurações ideais que atendam as suas

necessidades. Existe também a capacidade de expandir os recursos dos servidores contratos

para atender as necessidades de negócio. Deste modo os Cloud Servers podem ser

administrados tanto pelos clientes quanto pela equipe de especialistas da RedHost, sendo que

a administração do antigo modelo de servidores físicos a administração ficava somente a

cargo dos profissionais da RedHost.

De novembro de 2009 até novembro de 2010, a RedHost já conquistou mais de

150 clientes para a utilização do serviços de Cloud Server, sendo que 70% deles utilizam

Page 58: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

58

sistemas operacionais Windows e 30% Linux. A maior parte de seus clientes utiliza os Cloud

Server para aplicação de ferramentas críticas de alta disponibilidade, como sistemas de gestão

empresarial (ERP) ou para criar ambientes de testes exaustivos de desenvolvimento de

aplicações.

Benefícios advindos da criação de uma nuvem privada de recursos são:

alta disponibilidade: ao transformar o seu ambiente externo em uma nuvem

privada de recursos computacionais a RedHost elevou seus níveis de

disponibilidade estabelecidos nos contratos de SLA(Service Level Agreement –

Acordo de nível de serviço) de 99,5% para 99,9% para os seus serviços de

hospedagem. Pacheco comenta que eles pretendem ultrapassar os 99,9% de

SLA este ano. O fator disponibilidade afeta diretamente a aceitação do cliente a

esse tipo de solução, pois ele poderá garantir o mesmo nível de disponibilidade

para as suas funções críticas;

redução de custos: A criação de uma nuvem de recursos computacionais

permitiu que a RedHost reduzisse seus gastos em 40% com energia elétrica.

Em termos de gerenciamento, o fato de consolidar os servidores em uma

nuvem e administrá-los com a solução de gerenciamento Microsoft eliminou a

necessidade de expansão da equipe técnica em 50%. Os ambientes

virtualizados também contribuíram para uma redução de 30% no licenciamento

de software;

flexibilidade para os clientes: Com os novos serviços Cloud Servers, os clientes

têm uma alternativa para os servidores dedicados, com custo muito menor,

maior garantia de disponibilidade e flexibilidade para expansão de recursos de

acordo com a demanda dos negócios.

Com a criação de uma nuvem para atender as necessidades do seu negócio, a

RedeHost conseguiu otimizar a utilização dos recursos de hardware, reduzir custos e criar

uma nova área de negocio.

Page 59: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

59

5.1.3 Xen

Xen é um projeto para o desenvolvimento de um hypervisor de código aberto e

livre para o uso. Nesse projeto é desenvolvido o hypervisor chamado Xen e a solução para

aplicação de Cloud Computing chamada de Xen Cloud Platform (XCP) que integra o Xen

hypervisor com tecnologias que proporcionam a aplicação dos conceitos de Cloud

Computing, proporcionando, assim, a criação de um ambiente provedor de recursos

computacionais sobre demanda.

Conforme Xen (2011), a solução XCP é licenciada segundo as regras GPL8 e está

disponível sem custos em formato binário (pronto para instalação e configuração) e

source(código fonte de todo o sistema que necessita ser compilado antes do uso). Ainda,

segundo Xen (2011), XCP é e sempre será open source (código aberto e livre para alteração

segundo sugestões de melhorias da comunidade), visando à aceleração da adoção de soluções

de Cloud Computing pela indústria, ajudando, assim, a resolução dos desafios envolvendo

soluções em Cloud e mobilidade existentes.

A seguir serão descritos os recursos e limitações da solução de Cloud Computing

XCP.

a) de acordo com Citrix (2011), a quantidade máxima de recursos que podem ser

alocados para cada máquina virtual é;

Quadro 8 – Xen Cloud Platform, recursos disponíveis para máquina virtual.

Fonte: Elaboração do autor, 2011.

8 Modelo de licenciamento de software livre escrito por Richard Stallman estabelecendo as diretrizes para olicenciamento de software free, definindo as seguintes premissas: liberdade de executar o programa paraqualquer propósito, liberdade de alteração do código fonte para customização do programa, liberdade deredistribuição do programa e, por fim, a liberdade de aperfeiçoamento do programa original de modo quetoda comunidade que utilize o programa se beneficie com as melhorias realizadas.

Memória RAM 128 GB

Armazenamento. 2 TB

Processadores 16

Page 60: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

60

b) segundo Citrix (2011), a quantidade máxima de recursos que podem ser

utilizados em cada servidor host é de;

Quadro 9 – Xen cloud Platform, recursos disponíveis para servidor host.

Processadores 64

Taxa de processadores virtuais9 ?

Máquinas virtuais por servidor 130

Processadores virtuais por servidor ?

Memoria RAM 1 TB

Fonte: Elaboração do autor, 2011.

c) segundo Citrix (2011), a quantidade máxima de recursos que cada cluster

suporta, utilizando o XCP, é.

Quadro 10 – Xen Cloud Platform, recursos disponíveis para nuvem.

Servidores 16

Máquinas virtuais 1024Fonte: Elaboração do autor, 2011.

Casos de aplicação

A solução XCP, para aplicação dos conceitos de Cloud Computing esta dentre das

mais utilizadas do mercado, por ser tão estável, escalável, segura e otimizada quanto as outras

existentes, com a vantagem de sua aquisição ser a custo zero e ainda ter disponível o código

fonte para possíveis verificações de robustez do sistema e customizações de acordo com as

necessidades da organização.

De acordo com casos de estudo produzidos pela Citrix (2010):

Avianca avança rumo ao future sua estrutura computacional com a

virtualização de desktops.

Avianca é a maior companhia aérea da América Latina com mais de 90 anos no

mercado aeronáutico. Possui mais de 130 aeronaves, proporcionando voos para mais de 100

destinos em todo o mundo. Atualmente possui mais de 7000 colaboradores, sendo 1200

alocados em Bogotá, Colômbia. Onde se concentra o núcleo de operações financeiras,

recursos humanos, departamento de vendas e sistemas computacionais. Utiliza uma rede com

9 Quantidade máxima de processadores virtuais por processador físico.

Page 61: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

61

mais de 1200 computadores interconectados provendo serviços a seus clientes ao redor do

mundo. Atualmente a empresa esta expandindo com novas rotas comerciais em diversas

partes do mundo, através de alianças estratégicas com empresas como: Synergy Aerospace

Corp. , e Kingsland Holding Limited.

O desafio a ser superado era a consolidação de seus 1200 computadores e

servidores, de modo que fossem reduzidos os custos com manutenção e expansão dos

recursos computacionais. Aumentando a vida útil dos computadores, centralizando o

gerenciamento dos mesmos e aumentando a confiabilidade e segurança de toda a sua rede

computacional. Com esses desafios em mãos a empresa tomou a decisão de adotar tecnologias

que possibilitassem a consolidação de computadores e servidores.

Conforme Gabriel Ríos Hincapié (CIO – Chief Information Officer), com a

centralização de workloads, o nível de segurança da rede corporativa aumenta porque riscos

como pen-drives são eliminados e a possibilidade de roubo de informação, bem como as

probabilidades de vírus na rede interna da corporação são reduzidos drasticamente.

A implementação desse projeto da empresa se deu com a aquisição de 1200 thin

clientes que não possuem disco rígido para armazenamento de informação, mas fazem acesso

aos servidores corporativos que provem os recursos computacionais necessários para cada

usuários especifico.

Foram virtualizadas 140 aplicações criticas para a corporação, dentre elas

aplicações financeiras e contábeis, administrativas, sistemas de reservas de passagens, check-

in e muitas outras vitais.

Em vez de as informações serem processadas em cada um dos 1200 computadores

espalhados pela rede da empresa, todo processamento ocorre nos servidores centralizados no

datacenter da empresa, tornando os recursos computacionais mais eficientes e seguros.

Os benefícios para a empresa foram a redução nos custos com manutenção e

gerenciamento dos computadores que passou de 20 dólares mensais para 9 dólares. Isso

ocorre porque os thin clientes por possuírem menos recursos computacionais e não

armazenarem informações vitais tornam-se mais fáceis de manter e gerenciar. Todos os dados

vitais para a empresa concentram-se em seu datacenter. De modo que a perda de informações

essenciais para os negócios da empresa foram reduzidos à zero.

Benefícios gerados pela abordagem de gerenciamento de provimento de recursos

computacionais adotada pela empresa foram:

economia em mais de 50% com a manutenção de hardware;

incremento da vida útil dos computadores em mais de 10 anos;

Page 62: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

62

diminuição dos riscos de segurança na rede coorporativa em 90%;

100% dos arquivos empresárias estão no sistema de back-up;

aumento na velocidade de processamento das aplicações em 10%.

A Avianca possui planos de oferecer acesso aos recursos corporativos a seus

colaboradores fora da rede coorporativa. De modo que estes possam de uma maneira segura

trabalhar de qualquer lugar em que se encontrem. Este modelo de recursos centralizados em

uma nuvem de recursos computacionais impulsiona o crescimento da empresa com as novas

alianças que ela acaba de realizar, agilizando e simplificando o meio pela qual ela irá prover

as aplicações empresarias para os novos usuários advindos das alianças que a empresa acaba

de realizar.

Ainda conforme estudo de caso criado pela Citrix Systems (2008), Xen é utilizado

por uma das maiores distribuidoras de produtos da América latina situado no Brasil:

Grupo Martins virtualiza datacenter para atender demandas de

processamento futuras.

Fundado em 1953 o Grupo Martins é a maior empresa distribuidora de produtos

da América Latina. Trabalhando com uma gama dos mais distintos produtos, variando desde

produtos alimentares, eletrônicos, materiais de construção, medicamentos, e produtos

veterinários, estando presente em 5570 cidades brasileiras. Movimenta anualmente 4 bilhões

de reais em vendas, com mais de 315 mil consumidores ativos. 600 fornecedores de produtos,

4500 colaboradores, 4600 representantes de vendas e 42 escritórios de operações.

O desafio que o Grupo Martins possuía era de aumentar a disponibilidade de seus

recursos computacionais para que fosse possível aperfeiçoar os processos empresarias.

Para o Grupo Martins assim como qualquer grande empresa é essencial à busca

por novas ferramentas que visem à redução dos custos operacionais. Procurando sempre a

garantia da satisfação do cliente, alcançando resultados financeiros significativos.

Desde 2007 o datacenter da empresa era composto por 40 servidores físicos que

demandavam uma grande quantidade de energia para alimentação e resfriamento, bem como

uma grande área física para o datacenter. A área de tecnologia da informação da companhia

contava com mais de 30 profissionais focados na administração do datacenter e

gerenciamento das aplicações criticas para a operação da empresa.

Um dos requisitos que o grupo desejava era o alinhamento da área de tecnologia

da informação com as necessidades dos processos de empresariais. Era necessário prover os

recursos computacionais de maneira mais dinâmica e ágil, de acordo com as necessidades

Page 63: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

63

administrativas da empresa. A utilização de servidores físicos para cada aplicação torna a T.I.

menos eficiente e ágil. Pois para se disponibilizar novos ambientes perdia-se quase um dia

inteiro de trabalho realizando a configuração de um ambiente novo.

A empresa vinha vivenciando a necessidade crescente de mais recursos

computacionais em determinados períodos do mês, de modo a atender a demanda do negócio.

Porém fora desses períodos em que se obtinha um pico de utilização dos recursos

computacionais, a taxa de utilização dos servidores caia para 5%-10% em média, os recursos

computacionais estavam sendo subutilizados. E se a necessidade por recursos fosse maior do

que o estimado corria-se o risco das aplicações perderem muito em termo de desempenho, o

que poderia atrapalhar os processos empresariais.

Para acabar com a subutilização dos recursos disponíveis para a área de tecnologia

da informação na empresa e aumentar a disponibilidade de seu datacenter, os 40 servidores

antigos foram substituídos por 7 novos servidores utilizando a solução XenServer Virtual

Machines, criando assim uma nuvem privada de recursos computacionais. Atualmente

Utilizam 72 servidores virtuais que fazem uso dos recursos computacionais disponibilizados

pela nuvem criada. De modo que integram 4 plataformas de trabalho, armazenando todas as

informações internas da central de televendas, e-commerce, controle de qualidade e banco de

dados das aplicações coorporativas.

Hoje o Grupo Martins possui uma maior flexibilidade em seu datacenter,

possibilitando atender as necessidades de negócio rapidamente. Em um mercado globalizado

e competitivo, cada dia surge novas necessidades especificas de recursos para cada aplicação.

Com a solução de provimento de recursos computacionais sob demanda XenServer, as

aplicações não estão mais atreladas ao hardware do servidor. Se as aplicações e plataformas

necessitam de mais recurso o servidor virtual pode rapidamente ser rapidamente alterado para

prover uma capacidade de processamento maior. Esse tipo de flexibilidade faz com que a

infraestrutura de tecnologia se adapte a demanda dos processos empresarias, eliminando

períodos de baixo desempenho e instabilidade nos sistemas.

A consolidação de equipamentos físicos é uma das vantagens da aplicação de

virtualização de recursos computacionais. Reduzindo o número de servidores físicos de 40

para 7, reduziu-se custos com manutenção, espaço para concentração dos servidores,

renovação de equipamento e eletricidade, atingindo uma media de utilização dos recursos de

hardware de 70%.

Os principais benefícios da aplicação do XenServer no Grupo Martins foram:

consolidação dos 40 servidores físicos em 7;

Page 64: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

64

racionalização dos recursos computacionais, otimização da utilização media

dos recursos de 10% para 70%;

aumento da disponibilidade e flexibilidade dos servidores;

alinhamento da área de tecnologia da informação com os processos

empresariais.

Com a aplicação de Cloud Computing o grupo Martins conseguiu tornar mais

eficiente e ágil a área de tecnologia da informação, otimizando a utilização dos recursos

disponíveis e tornando mais estáveis os sistemas que dão suporte aos processos empresariais.

5.2 SOLUÇÃO MAINFRAME

A solução IBM para aplicação dos conceitos de Cloud Computing faz uso da

arquitetura mainframe e software de gerenciamento da Tivoli (IBM Tivoli Service

Automation Manager). Segundo a IBM (2009), Combinando a robustez, segurança e

escalabilidade proporcionada pela arquitetura Mainframe com a solução de gerenciamento de

recursos computacionais em nuvem da Tivoli, a IBM criou a plataforma ideal para aplicação

de Cloud Computing.

De acordo com IBM (2009), a solução System Z dispõe das seguintes

características para a criação de uma estrutura computacional dinâmica, segura, eficiente e

altamente disponível:

a) taxa de utilização dos recursos do sistema acima de 80%;

b) compartilhamento de todos os recursos existem entre todas as máquinas

virtuais, CPU, RAM, componentes de acesso á rede, componentes de I/O,

processadores auxiliares e etc.;

c) redundância de hardware de modo que se um componente falhar existe um

outro componente de backup na máquina para substituir o componente

defeituoso;

d) otimização do espaço utilizado para armazenamento dos servidores, tendo em

vista que o Mainframe concentra uma grande quantidade de recursos;

Page 65: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

65

e) racionalização da utilização de energia. O equipamento é energeticamente

eficiente.

Conforme IBM (2010), a configuração máxima de um Mainframe System Z(196)

Enterprise é:

Quadro 11 – IBM System Z, recursos por host.

Memória RAM 3 Terabyte (TB)

Processadores principais 2410

Processadores auxiliares IFLs11(80),zAAPs12(40),

zIIPs13(40), ICFs14(16)Fonte: Elaboração do autor, 2011.

Ainda, segundo IBM (2010), o servidor System Z Enterprise possui uma

funcionalidade chamada zBX(Z Blade Center), possibilitando o System Z ser interligado com

até 4 Blades Center e fazer uso de seus recursos, sendo que cada Blade Center pode conter até

120 unidades Blades.

Conforme especificação da IBM (2010) as configurações máximas de uma Blade

para ser utilizada no Blade Center são:

Quadro 12 - IBM System Z, recursos de servidores Blades no

mainframe.

Processadores Power 7 de 3.0GHz 8

Memoria RAM 128 GB

Interfaces de rede 10 Gb 8Fonte: Elaboração do autor, 2011.

A IBM trata a sua solução para virtualização nas nuvens de uma forma diferente

das outras plataformas, de modo que não há limite de configurações das máquinas virtuais

10 Processadores principais com 4 núcleos a 5.2GHz cada, totalizando 96 cores principais.11 Tipo de processador especializado em cargas de trabalho Linux. As instruções Linux são executadas por esse

processador, sendo ele otimizado para tal função.12 Processador especializado para processamento das requisições de aplicações WEB. É especializado em cargas

de processamento JAVA e ações que necessitem o processamento de XMLs.13 Processador dedicado ao gerenciamento de transações com banco de dados no mainframe, possui a habilidade

de realizar o processamento de XML assim como os zAAP, realizando alguns processamentos específicos dobanco de dados DB2 e processamento de IPSec na camada TCP/IP.

14 Processadores que somente processam funções internas da arquitetura mainframe, auxiliando os processadoresprincipais no gerenciamento de controle dos recursos.

Page 66: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

66

como pode ser visto nas plataformas que fazem uso de servidores comuns. Assim sendo, não

existem barreiras lógicas para a configuração das maquinas virtuais. Pode-se alocar a

quantidade desejada e necessária de recursos para cada máquina virtual. Levando em

consideração que se não houver hardware suficiente para atender a demanda de todas as

máquinas simultaneamente, o sistema poderá perder desempenho.

Por ser uma solução voltada para o suporte de aplicações extremamente massivas

e críticas, o Mainframe é muito utilizado por grandes seguradoras, bancos, governos, e

empresas privadas que necessitem de uma plataforma escalável, segura e estável.

Casos de Aplicação.

IBM (2008) relata a aplicação de sua solução para Cloud Computing na

Nationwide Insurance, uma das maiores seguradoras dos Estados Unidos.

Conforme IBM (2008) descreve, como toda grande empresa a Nationwide vivia o

grande problema da proliferação descontrolada de servidores em seu datacenter. O número de

servidores estava passando a casa dos milhares e os custos relacionados ao incremento do seu

poder computacional, bem como manutenção e alimentação desse datacenter crescia

exponencialmente. Fato decorrente dos aumentos nos custos com energia para alimentação e

resfriamento dos servidores e a necessidade cada vez maior de um poder computacional maior

em determinados períodos.

Conforme Buzz Woeckener (Administrador Linux da Nationwide), eles estavam

ficando sem espaço para os servidores, sem energia para alimentação dos mesmos e sem ar

condicionados suficientes para a sua refrigeração, piorando a situação todos os servidores

estavam sendo subutilizados.

Com a área de tecnologia monolítica gerada pela utilização de servidores físicos a

produtividade ficava em baixa, pois, sempre que era necessária a criação de um novo

ambiente para o desenvolvimento de novos projetos, demoravam-se semanas, até meses para

finalização de todos os processos envolvidos com a criação de um novo ambiente. Esse

processo lento minava q criatividade dentro da organização, devido a falta de agilidade e aos

riscos envolvidos com disponibilização de um novo ambiente físico.

Em 2005, quando as capacidades estruturais da T.I. estavam chegando ao seu

limite a Nationwide teve que tomar uma decisão drástica, ou investia milhões de dólares em

melhorias em seu datacenter, aumento de capacidade energética e criação um novo

datacenter, ou teria que alterar o seu modo de utilização e disponibilização de recursos

computacionais.

Page 67: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

67

A empresa optou por investir estrategicamente na criação de uma estrutura

virtualizada em vez de utilizar somente servidores físicos. O novo ambiente é baseado no

mainframe System Z e a tecnologia de virtualização IBM zVM. A escolha dessas plataformas

se deu pelo fato delas apresentavam um ROI (Return On Investmen)15 muito superior ao de

outras plataformas existentes no mercado. Um dos principais fatores de a plataforma

mainframe possuir um alto ROI é o reduzido gasto com licenciamento de software.

A redução com os gastos de licenciamento de software deve-se ao fato de que os

software em sua maioria possuem um modelo de licenciamento por processador utilizado, ou

seja, quanto maior a quantidade de processadores que o software faz uso, maior o gasto com

licenciamento.

Como o a arquitetura Mainframe privilegia os processadores centrais

(processadores contabilizados para o licenciamento do software), aliviando-os do

processamento trivial que todo sistema computacional necessita, o resultado é que ele

necessita de menos processadores para atender a mesma demanda computacional que as

outras plataformas necessitam.

A criação de uma nuvem privada de recursos computacionais significou um

aumento de desempenho para T.I da Nationwide, resultando em aumento de produtividade e

resposta mais ágeis da área de T.I as necessidades do negócio da companhia.

De acordo com Woeckener os benefícios gerados pela aplicação de uma

infraestrutura computacional virtualizada sobre o System Z resultou em cortes de custos e

aumento de performance, que os fizeram economizar 15 milhões de dólares em 3 anos. A

Nationwide percebe claramente os resultados proporcionados pela aplicação dessa solução.

A infraestrutura que foi utilizada pela Nationwide para criar uma nuvem privada

de recursos computacionais, faz uso de 2 mainframes System Z que estão separados em 2

datacenters. Um dos mainframes está sendo utilizado para as aplicações de produção da

empresa, sendo o outro utilizado para o desenvolvimento e testes das aplicações que a

empresa mantem. O segundo mainframe é utilizado também como um back-up, para

eventuais emergências. Todos os dados são replicados entre os dois mainframes com um

delay (atraso) de 30 segundos. Desse modo o investimento em hardware adicional prove a

continuidade dos negócios mesmo em casos de desastres naturais.

A agilidade obtida com essa infraestrutura virtual altera os processos empresarias

dando liberdade aos desenvolvedores para criar e alterar as workloads necessárias durante o

15 Métrica utilizada para calcular o quanto de benefícios um investimento irá ter para a empresa.

Page 68: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

68

desenvolvimento de um novo sistema. Que como consequência agiliza o desenvolvimento de

novas soluções, criado uma vantagem competitiva para a empresa. A vantagem de poder

inovar em seus sistemas com menos riscos e maior agilidade.

Com a infraestrutura distribuída utilizada antes, a criação de um novo ambiente

para um projeto demoraria dia, semanas e até mesmo messes. Pois havia a necessidade de

realocar um equipamento ou adquirir um novo. E como resultado desse processo demorado,

os custos envolvidos para experimentar novas ideias acabavam por coibir o processo de

inovação dentro da empresa.

Conforme Woeckener afirma, com a nova infraestrutura virtualizada, a

Nationwide pode disponibilizar um novo ambiente em minutos. Proporcionando-os alterar as

configurações de suas workloads sempre que necessário, seja para incrementar ou reduzir os

recursos em uso. Como por exemplo, na final do Super Bowl (Campeonato de futebol

americano), em que eles sabiam que haveria um pico de utilização de seu portal na internet.

Para que fosse atendida essa demanda extra de usuários durante esse período foi adicionado

uma quantidade maior de recursos ao servidor do portal Web, de forma simples e prática. Sem

a necessidade de alocar/adquirir um novo equipamento a demanda extra de usuários foi

atendida.

Os benefícios da criação de uma nuvem privada de recursos computacionais

foram:

economia de 15 milhões de dólares com a área de tecnologia da informação no

período de 3 anos;

aumento da utilização dos recursos computacionais para 85-50 por cento dos

recursos disponíveis;

redução dos custos com infraestrutura (espaço, cabos, ar condicionados e etc.)

em 80%;

redução dos custos com hospedagem de aplicações web em 50%;

aproveitamento máximo dos investimentos realizados, utilizando o hardware

adquirido para desenvolvimento e testes para garantir continuidade aos

negócios em casos de emergência;

redução de custos com licenciamento de software;

diminuição da necessidade de aquisição de novos equipamentos;

simplificação e agilização do processo de criação e alteração dos ambientes

utilizados pelas aplicações empresariais.

Page 69: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

69

A Nationwide conseguiu alinhar a T.I. com os processos empresarias através da

utilização de uma private cloud. Provendo recursos computacionais sobre demanda para as

áreas da empresa. Desse modo incentivasse a inovação, pois os colaboradores sentem-se mais

livres para tentar coisas que nunca foi experimentada antes. Pois os riscos envolvidos na

criação de um novo ambiente são baixíssimos.

Outra aplicação de Cloud Computing utilizando System Z e soluções de

gerenciamento de infraestrutura virtual computacional da Tivoli é descrita no estudo de caso a

seguir.

De acordo com IBM (2011), universidade Bari promove a inovações na Cloud,

criando uma infraestrutura de Cloud Computing, utilizando Linux e System Z.

A Universidade de Bari é uma das mais importantes do sul da Itália, fundada em

1925 oferecendo uma grande gama de cursos universitários. Possui mais de 70 mil estudantes

e mais de 1800 professores em seu campus principal.

A Universidade de Bari estava interessada na possibilidade de criar uma estrutura

computacional para a aplicação dos conceitos de Cloud Computing. Visto que, esse tipo de

estrutura possibilita de forma simples e rápida o fornecimento e gerenciamento de recursos

computacionais. Possibilitando o escalonamento das configurações para mais ou para menos

dos ambientes criados de acordo com a demanda. Esse tipo de funcionalidade encorajaria os

estudantes e desenvolvedores a inovar em suas aplicações, pois não precisariam se preocupar

com estruturas monolíticas, sendo que essas se adaptariam as necessidades da aplicação.

A base utilizada para a criação da nuvem computacional foi: 1 system Z9

Business Class com 3 processadores do tipo IFL, suportanto centenas de maquinas virtuais

rodando Linux. Em conjunto foi adotada a ferramenta IBM Tivoli Service Automation

Manager, para o gerenciamento da infraestrutura virtual.

Um dos projetos que a universidade desenvolveu sobre a nuvem criada a

virtualização de seus laboratórios de informática, possibilitando estudantes utilizarem uma

plataforma educacional provida como serviço. Estudantes, indiferente do curso, fazem uso das

plataformas, necessárias para o desenvolvimento de seus trabalhos acadêmicos, especificadas

pelos professores não somente nos laboratórios, mas onde necessitarem, dessa forma

possibilitou-se a utilização dos mesos laboratórios para diferentes plataformas. Possibilitando

que os professores atualizem as plataformas das quais os alunos necessitam sem ter que

alterar as configurações físicas dos laboratórios. Cloud Computing possibilita uma melhora

continua nos laboratórios de informática ao mesmo momento que minimiza os custos

Page 70: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

70

Conforme Visaggio (professor de engenharia de software), a aplicação de Cloud

Computing sobre o System Z elimina o problema de aquisição de gerenciamento de novas

estruturas computacionais, criar uma pequena estrutura inicial é muito mais viável do que

começar com uma grande e complexa estrutura. Assim, conforme surgir demande por mais

recursos, pode-se simplesmente disponibilizar mais para a estrutura já criada, sem sofre com

problemas de escalabilidade que são encontrados em estruturas computacionais físicas.

O desenvolvimento desse projeto em parceria com a IBM fez uma grande

diferença para a Universidade, proporcionando o provimento de recursos computacionais de

um modo flexível e ágil, ajudando os mais brilhantes estudantes a expressarem suas ideias

mais inovadoras.

Page 71: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

71

6 MAINFRAME E CLOUD COMPUTING

A aplicação de Cloud Computing e o fornecimento de software, plataforma e

infraestrutura computacional como serviço cria novos desafios a serem superados. Dentre

esses desafios temos:

disponibilidade dos serviços;

segurança dos dados;

tempo de resposta;

agilidade e praticidade no provisionamento dos recursos;

eficiência computacional, soluções com uma alta relação custo/beneficio,

considerando custos energéticos, gerenciamento e espaço físico para

armazenamento da infraestrutura física.

Prover recursos computacionais sobre demanda para os usuários de forma a seguir

todas as características de Cloud Computing é o um dos maiores desafios enfrentados por

aqueles que se aventuram no mundo das Clouds, pois os recursos fornecidos aos usuários

devem ser:

elásticos, escalando os recursos para mais ou menos de uma forma ágil, prática,

segura e sem a necessidade de iterações com outros pessoas;

disponibilizados através de redes de computadores, tornando-os acessíveis de

qualquer local a qualquer momento;

utilizados sobre demanda, os recursos podem ser alocados e desalocados

conforme necessidade dos usuários;

mensuráveis, o usuário dos recursos deve ter a capacidade de mensurar o

quanto de recursos ele esta utilizando e por quanto tempo.

Conforme apresentado no capítulo 5, existem diversas plataformas que

proporcionam a aplicação de Cloud Computing, cada qual com suas peculiaridades. Porém a

plataforma Mainframe se sobressai das demais, pela sua arquitetura, que vem sendo

aprimorada a mais de 40 anos desde sua primeira versão, sendo ele o pioneiro na utilização de

virtualização para melhor aproveitamento dos recursos computacionais. Utilizando-se de

diversas unidades especialistas de processamento para as tarefas mais rotineiras do sistema

Page 72: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

72

operacional, assim, liberando os processadores centrais das cargas de processamento trivial

que todo sistema computacional possui.

A arquitetura mainframe em conjunto com o hypervisor zVM conseguem realizar

o compartilhamento de todo e qualquer recurso disponível, desde memória, processadores e

dispositivos de I/O(entrada e saída de dados do sistema).

Outra vantagem do mainframe é que combinado com sua arquitetura de unidades

especialistas auxiliando os processadores centrais há uma grande quantidade de recursos

computacionais disponíveis, deste modo o mainframe ocupando uma área física ínfima se

comparado com as soluções que necessitam de diversos computadores distribuídos e obtendo

uma maior potencia computacional com mais eficiência energética. Contanto com soluções

built-in (nativas) para o gerenciamento de recursos, workloads, controle do consumo de

energia e disponibilidade dos recursos providos, bem como facilitadores para mensuração da

utilização dos recursos providos.

A utilização de soluções nativas faz com que o overhead (sobre carga) gerado por

camadas extras de software seja menor, desse modo não há desperdício dos recursos

computacionais com o gerenciamento dos recursos que estão sendo disponibilizados.

Sendo assim, a arquitetura mainframe é capaz de suportar milhares de servidores

virtuais simultaneamente em um único servidor físico, resultando em menor consumo de

energia, menor número de administradores, menor espaço para armazenamento e menor custo

com refrigeração. Ao contrario de plataformas que fazem uso de arquiteturas computacionais

comuns, em que é necessária a utilização de vários servidores distribuídos para a criação de

uma nuvem de recursos computacionais sobre demanda que atenda milhares de servidores

virtuais. A utilização de servidores distribuídos gera não somente maiores custos com

manutenção, gerenciamento e alimentação dos servidores, mas também uma sobrecarga de

processamento no sistema como um todo, visto que quase todas as mensagens trocadas entre

as máquinas virtuais se dão através da rede, gerando um delay (atraso) nas trocas de

informações entre as maquinas virtuais. Diferente do que ocorre nos mainframes, pois quase

todas as máquinas estão no mesmo servidor, à troca de mensagens entras as máquinas virtuais

ocorre via memoria principal, assim, evita-se o delay nas trocas de mensagens entre os

computadores virtuais e a sobrecarga no sistema com o envio de mensagens através de redes

de computadores.

A sobrecarga nas soluções de sistemas distribuídos se da não somente pela

necessidade excessiva de trocas de mensagens entre os computadores, mas também pela

necessidade de gerenciamento de monitoramento de recursos remotos. Em sistemas

Page 73: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

73

distribuídos há uma grande utilização de recursos computacionais para gerenciamento e

monitoramento dos recursos que estão sendo providos, para que seja garantido a

disponibilidade, estabilidade e segurança dos mesmos.

Para tornar essa diferença mais explicita, a IBM (2009) realizou a seguinte

comparação entre o mainframe e servidores com arquitetura Intel X86.

Os servidores virtualizados utilizados como parâmetro de comparação eram do

tipo IBM x366 com 4 processadores Intel de um núcleo a 3,66GHz e 1GB de memoria RAM.

Sendo que a media de utilização dos servidores era de 5%, com 4,5 transações por segundo e

um tempo de resposta às requisições de 40 milissegundos. A meta do teste era mensurar a

quantidade de servidores virtuais com as características descritas que seria possível

consolidar.

O servidor de arquitetura x86 utilizado para aplicar as plataformas, era um IBM

Enterprise Class x3950 com quatro processadores dual core com frequência de 3,5GHz e 64

GB de memoria RAM.

O mainframe utilizado era um System Z10 Enterprise Class com 8 núcleos IFL

ativados a 4,4 GHz e 256 GB de memoria RAM.

Foi criada uma maquina virtual com as características do servidor físico, de modo

a manter as 4,5 transações por segundo com um tempo de resposta de 40 milissegundos.

Sendo que a aplicação que esta rodando nesse servidor é um exemplo de internet banking que

acessa a um banco de dados na rede.

No servidor x86, foi utilizado o hypervisor Hyper-V e outro muito utilizado em

servidores deste tipo, porem não pode ter seu nome divulgado, sendo o hypervisor utilizado

no mainframe foi o zVM.

A Figura 16 demonstra a variação do tempo de resposta conforme eram

adicionadas mais maquinas virtuais no sistema. Foram adicionadas maquinas virtuais com as

características citadas até que os devidos servidores atingissem a taxa de utilização de 100%

de CPU.

Page 74: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

74

Figura 16 – Comparação: variação tempo de resposta por quantidade máquinas virtuais.Fonte: Bain et al.(2009).

Como pode ser percebido no gráfico da Figura 16 à medida que mais máquinas

virtuais eram adicionadas ao sistema, o tempo de resposta dos servidores virtuais aumentava,

tanto na plataforma mainframe quanto na plataforma x86. Porém, na plataforma x86 o limite

de tempo de resposta da aplicação que foi estabelecido em 40 milissegundos é atingido com

35 máquinas virtuais, enquanto que, no mainframe o tempo de resposta somente foi

ultrapassado com a utilização simultânea de 90 servidores virtuais.

Esse fato deve-se ao modo como a arquitetura do mainframe é concebida,

enquanto que no servidor de arquitetura x86 o processador principal é responsável por toda

gerência dos componentes computacionais, no mainframe existem unidades especializada em

gerenciar os componentes, unidades especialidades em processamentos rotineiros (I/O,

gerência de memória, criptografia e etc.) e por fim os processadores centrais que são

utilizados pelas aplicações. Assim quando aumentava-se a carga de processamento no sistema

x86, significava não somente mais tarefa para o processador em termos de maquinas virtuais

para serem processadas, mas também, mais I/O para ser gerenciado e mais memoria para ser

gerenciada sendo que todas essas tarefas são realizadas pelos mesmos processadores, fato que

não ocorre na arquitetura mainframe.

No mesmo benchmark IBM (2009), coletou os dados da quantidade de transações

por segundo que todas as máquinas virtuais do sistema suportavam conforme adicionava-se

mais servidores virtuais a nuvem, apresentado na Figura 17

Page 75: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

75

Figura 17 – Comparativo: quantidade transações suporta por nuvem.Fonte: Bain et al.(2009).

Figura 17 demonstra que conforme adicionavam-se máquinas virtuais ao sistema,

maior era o total de transações por segundo da nuvem, até que se atinja o limite seguro de

gerenciamento de recursos que a plataforma suporta. No caso da plataforma x86, o limite para

as configurações utilizadas foi de 20 maquinas virtuais simultâneas com um total de 60

transações por segundo, logo após isso a quantidade de transações começa a cair,

demonstrando que o sistema começou a ficar instável. Por outro lado, no mainframe somente

é possível visualizar essa perda de desempenho quando o limite de recursos da maquina é

alcançado utilizando 95 maquinas virtuais e 155 transações por segundo, significando uma

utilização de quase 100% dos recursos do servidor sem perda de desempenho.

A explicação para tais dados é novamente a arquitetura do mainframe que realiza

um ótimo trabalho no gerenciamento de seus recursos, delegando funções especificas a

unidades de processamento especializado, de modo que todo o sistema permaneça estável

mesmo perto dos 100% de utilização.

Deve ser entendido que Cloud Computing diz respeito à otimização e

racionalização dos recursos disponíveis, sem deixar de lado desempenho, segurança e

flexibilidade. Sendo assim, o mainframe pode ser considerado a melhor plataforma para se

aplicar Cloud Computing por facilitar a criação de ambientes capazes de proverem recursos

flexíveis aos usuários sem deixar de lado os requisitos importantíssimos para o conceito de

Cloud Computing.

Page 76: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

76

7 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS

A aplicação de Cloud Computing para o fornecimento de recursos computacionais

sob demanda é possível, independente da plataforma escolhida. Porém, o que precisa ser

alterado é a visão dos usuários sobre esse modelo de fornecimento de recursos.

Os usuários necessitam ter em mente todos os benefícios que a utilização dos

recursos providos pela Cloud lhes proporciona. Pois, Cloud Computing é um novo modelo

computacional que está transformando o modo como os usuários enxergam a tecnologia da

informação, fornecendo recursos computacionais flexíveis, disponíveis, seguros adaptáveis as

mais diferentes necessidades.

E para os criadores das futuras Clouds, a plataforma mainframe deve estar

presente nas avaliações de plataformas, sendo que, apesar de mainframe ser um conceito

relativamente antigo, ele acompanhou as necessidades do mercado computacional de alto

desempenho, evoluindo sua arquitetura a cada ano, sofrendo melhorias para obter cada vez

mais desempenho com menos custos, de modo que hoje pode ser considerado a melhor

plataforma para se aplicar Cloud Computing. As habilidades que sua arquitetura possui em

lidar com as mais distintas workloads simultaneamente se encaixam perfeitamente para suprir

as necessidades da Cloud.

Utilizar mainframes para a criação de ambientes que forneçam recursos

computacionais sob demanda é a utilização de um conceito antigo, sobre um novo ponto de

vista, proporcionado uma experiência de controle sobre os recursos inigualável para o usuário.

Assim, provendo aos usuários ambientes com todas as características (segurança,

disponibilidade, estabilidade e escalabilidade) que o mainframe já esta acostumado a

disponibilizar de maneira simples e prática.

Com relação a aplicação de Cloud Computing e mainframes, as seguintes ideias

podem ser utilizadas como trabalhos futuros, de modo a aprimorar cada vez mais as

experiências dos usuários:

integração da arquitetura mainframe com as mais diferentes arquiteturas

computacionais, criando nuvens heterogêneas, que possibilitariam o

direcionamento das máquinas virtuais para as arquiteturas mais adequadas as

necessidades especificas de cada workload.

Page 77: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

77

criação de uma ferramenta que possibilite o acesso aos recursos providos pela

nuvem de forma, segura, performática e estável. As ferramentas existentes

hoje, em sua maioria não são performáticas, estáveis e seguras o suficiente para

acessar os recursos via internet.

propor uma nova unidade especializada em processamento gráfico para o

mainframe. Visto que, com a crescente utilização do mainframe para aplicação

de Cloud Computing para virtualização de computadores, surge uma nova

necessidade que não existia quando se virtualizava somente servidores. Ao

contrario de servidores, os computadores (utilizados por usuários) são

acessados via terminal gráficos, gerando a necessidade do mainframe de

renderizar todo o ambiente gráfico do usuário e todas as animações e ventos

que ocorrem devidos às ações que ele realiza. Deste modo, por exemplo, em

um futuro próximo não seja mais necessário à utilização de consoles de vídeo

games ou computadores físicos para jogos, poderíamos acessar um computador

especifico com os recursos necessários para cada jogo, em uma nuvem, ter de

manter um hardware para essa finalidade.

Enfim, Cloud Computing não é uma onda que logo passará, o fornecimento de

recursos computacionais sobre demanda, possui muitos benefícios e cada vez mais será

adotada pelas empresas e usuários, todos querem utilizar ambientes que sejam seguros,

flexíveis e disponíveis. Sendo o mais importando sobre Cloud é que ele foca-se no modo

como são providos e utilizados os recursos computacionais, e não em onde eles estão

alocados. Deste modo, provendo liberdade aos usuários inovarem sem ter que preocupar-se

com a infraestrutura computacional.

Page 78: PROPOSTA DE UMA PLATAFORMA DE CLOUD COMPUTING …

78

REFERÊNCIAS

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