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Centro de Medicina Especializada Pesquisa e Ensino Instituto de Dermatologia, Medicina e Cirurgia Estética Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Medicina e Cirurgia Estética PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE IMAGENS NA DERMATOLOGIA, MEDICINA E CIRURGIA ESTÉTICA Relato de caso Luiz Alberto Bomjardim Pôrto Belo Horizonte 2016

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Centro de Medicina Especializada Pesquisa e Ensino

Instituto de Dermatologia, Medicina e Cirurgia Estética

Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Medicina e Cirurgia

Estética

PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE IMAGENS NA

DERMATOLOGIA, MEDICINA E CIRURGIA ESTÉTICA

Relato de caso

Luiz Alberto Bomjardim Pôrto

Belo Horizonte

2016

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Luiz Alberto Bomjardim Pôrto

PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE IMAGENS NA

DERMATOLOGIA, MEDICINA E CIRURGIA ESTÉTICA:

Relato de Caso

Monografia ao Instituto de Dermatologia

Medicina e Cirurgia Estética – Centro de

Medicina Especializada Pesquisa e Ensino,

como requisito parcial para conclusão de curso

de pós-graduação Lato Sensu em Medicina e

Cirurgia Estética.

Orientadora: Dra. Sandra Lyon

Belo Horizonte

2016

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CUTTER

P142p

Pôrto, Luiz Alberto Bomjardim

Prontuário eletrônico de imagens na Dermatologia,

Medicina e Cirurgia Estética, Relato de Caso / Luiz

Alberto Bomjardim Pôrto.

Belo Horizonte, 2016

37 f.

Monografia (Pós-Graduação Lato Sensu em

Medicina e Cirurgia Estética). Instituto de

Dermatologia Medicina e Cirurgia Estética.

1. Prontuário eletrônico de imagens na

Dermatologia, Medicina e Cirurgia Estética. I. Dra.

Sandra Lyon

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Dedico esta monografia à minha família, pelo apoio contínuo; em especial,

aos meus pais, Alberto Bomjardim Pôrto e Maria Margarida Bomjardim

Pôrto, minha esposa Erika de Oliveira Hansen, e a meus irmãos, Thiago

Bomjardim Pôrto e Paulo Roberto Bomjardim Pôrto, pelo incentivo nesta

caminhada.

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Agradeço a Dra. Sandra Lyon, Dra Rozana Castorino, aos professores e funcionários

do CEMEPE por todo o apoio recebido.

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"No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra

Nunca me esquecerei desse acontecimento

na vida de minhas retinas tão fatigadas

nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra”

Carlos Drumond de Andrade

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RESUMO

O prontuário é uma importante ferramenta para o exercício da medicina, para

permitir a transferência de cuidado entre diferentes profissionais e para respaldo ético-

legal. Na dermatologia e na medicina estética, é de extremo auxílio o registro no

prontuário e o registro de fotografias dos pacientes antes, durante e depois dos

tratamentos clínicos ou invasivos. Nesse contexto, o prontuário eletrônico tem sido

uma opção moderna de armazenamento e organizações dos dados médicos. Existem

vários prontuários eletrônicos em uso no Brasil, mas a tecnologia de anexação de

imagens é incomum. Demonstrar a aplicação do prontuário eletrônico de imagens na

dermatologia, explicar os seus princípios de funcionamento e exemplificar alguns

programas desse disponíveis no mercado. Foi realizada uma revisão na literatura sobre

os prontuários médicos e prontuários eletrônicos de imagem. Os dados clínicos e as

imagens da paciente foram retirados do Prontuário eletrônico de imagens

Dermatologia Web. Nesta monografia, é descrito o uso do prontuário eletrônico de

imagens Dermatologia Web para registro escrito e fotográfico em paciente atendida no

ambulatório de estética do CEMEPE para tratamento estético de preenchimento em

face com ácido hialurônico. É importante incentivar no Brasil o uso de prontuários

eletrônicos de imagem para mapeamento digital de lesões melanocíticas e para registro

de pacientes dermatológicos ou de estética de antes e depois de tratamentos.

Palavras-chave: prontuário eletrônico, web, imagens, dermatologia e medicina

estética.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Representação esquemática do local de armazenamento de dados _______19

Figura 2: Representação esquemática da abrangência/potencial de sistemas web ___20

Figura 3: Plataformas possíveis para uso de aplicativos web ___________________20

Figura 4: Sincronização do banco de dados do aplicativo FotoFinder® handyscope

com o programa FotoFinder Hub ________________________________________22

Figura 5: Enquadramento da lesão nodular em duas tomadas com zoom e ângulos

diferentes ___________________________________________________________25

Figura 5: Fotos visão anterior face da paciente: antes do procedimento (foto superior),

pós-procedimento imediato (foto intermediária) e pós procedimento após 1 dia (foto

de baixo) ___________________________________________________________30

Figura 6: Fotos visão lateral direita da face da paciente: antes do procedimento (foto

superior), pós-procedimento imediato (foto intermediária) e pós procedimento após 1

dia (foto de baixo) ____________________________________________________31

Figura 7: Fotos visão lateral esquerda da face da paciente: antes do procedimento (foto

superior), pós-procedimento imediato (foto intermediária) e pós procedimento após 1

dia (foto de baixo) ____________________________________________________32

Figura 8: Tela inicial do prontuário eletrônico de imagens Dermatologia Web _____33

Figura 9: Tela de login do prontuário eletrônico de imagens Dermatologia Web ___33

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LISTA DE TABELA

Tabela 1 –Comparação das principais características entre câmeras compactas e SLR

___________________________________________________________________ 25

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LISTA DE ABREVIATURAS

Art: Artigo

CFM: Conselho Federal de Medicina

Nº: Número

P.: Página

MVC: Model-View-Controller

PSF: Programa de Saúde da Família.

SLR: Single lens reflex

USP: Universidade de São Paulo.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO________________________________________10

1.1. OBJETIVO___________________________________________________11

1.2. JUSTIFICATIVA _____________________________________________12

2. DESENVOLVIMENTO ________________________________13

2.1. PRONTUÁRIO MÉDICO- QUESTÕES ÉTICO-LEGAIS___________13

2.2. PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE IMAGENS____________________15

2.2.1 Radiologia___________________________________________________15

2.2.2 Atenção primária_____________________________________________16

2.2.3 Dermatologia e Medicina Estética________________________________17

2.4. REGISTROS FOTOGRÁFICOS NA DERMATOLGIA_____________23

3. METODOLOGIA______________________________________27

4. RELATO DE CASO ___________________________________28

5. CONCLUSÃO_________________________________________34

REFERÊNCIAS_________________________________________35

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1. INTRODUÇÃO

O prontuário eletrônico é uma ferramenta muito importante na organização,

armazenamento e fornecimento de dados para pesquisas da área médica, pois pode ser

utilizado para criar e alimentar um banco de dados científicos sobre todos os pacientes

atendidos, mesmo que esse número seja bastante grande. Dessa forma, o processo de pesquisa

se torna mais ágil, eficiente e barato do que levantar individualmente as informações de cada

paciente no prontuário não eletrônico (PÔRTO. 2015).

Vários estudos demostram que usar ferramentas de tecnologia de informação em

prontuários eletrônicos permite o fornecimento de informações em maior quantidade e com

melhor qualidade quando comparado com prontuário de papel. Além disso, facilita a

aquisição de dados bem estruturados, atualizados e completos dos pacientes (FLEMMING,

2013).

O prontuário eletrônico pode ser utilizado para inovação e melhora do cuidado com os

pacientes na área de atuação de uma determinada especialidade médica. Está descrito na

literatura a sua utilização para trazer práticas pertinentes e embasadas cientificamente no

cuidado dos idosos frágeis, por exemplo: rastrear pacientes idosos com indicadores de alto

risco de fragilidade. Caso seja classificado como frágil usando as ferramentas do prontuário

eletrônico, a equipe de enfermagem e de geriatria podem ficar cientes de quais são os

pacientes que se enquadram no grupo alvo de trabalho (PURVIS, 2010).

Há estudos sobre o impacto do compartilhamento de prontuários eletrônicos entre os

pacientes e os profissionais de saúde. Nesse modelo de gestão compartilhada, é permitido aos

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pacientes acesso fácil às informações clínicas do prontuário, o que aumenta a satisfação dos

pacientes, melhora do resultado do tratamento médico e aumenta a percepção do paciente de

se considerar como agente ativo do seu tratamento (JILKA, 2015).

O prontuário compartilhado via online com o paciente tem o potencial de melhorar o

cuidado centrado na pessoa, deixa o paciente mais satisfeito e sentindo maior comodidade, o

que já foi comprovado em artigos de grande qualidade publicados na literatura científica. Essa

importante ferramenta aumenta o autocuidado do paciente, reduz erros no uso das

medicações, melhora a comunicação e entrosamento com a equipe de saúde (MOLD, 2015).

1.1. OBJETIVO

O objetivo do trabalho é mostrar a aplicação na dermatologia e medicina estética de

prontuário eletrônico de imagens, demonstrar a importância dessa ferramenta, fazer

considerações sobre o uso desse recurso e exemplificar alguns programas disponíveis no

mercado.

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1.2. JUSTIFICATIVA:

O prontuário eletrônico de imagens é uma ferramenta moderna que está começando a

ser utilizada na dermatologia e medicina estética. Os médicos necessitam conhece-la e

aprender a utilizá-la na prática clínica como forma de melhoria na assistência ao paciente.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1. PRONTUÁRIO MÉDICO- QUESTÕES ÉTICO-LEGAIS

Abaixo estão resumidas várias normas feitas pelo CFM para regulamentar os

prontuários médicos, inclusive os eletrônicos.

No parecer do CFM nº 30 (2002), foi tratado do assunto prontuário elaborado em meio

eletrônico. A integridade das informações armazenadas deve estar garantida pelo sistema de

informações. Uma vez inserido o dado no sistema, nunca mais poderá ser alterado. Caso haja

necessidade de fazê-lo, o sistema deverá garantir as retificações ou acréscimos, sem modificar

o registro original. Deverão desenvolver, também, um controle de acesso restrito a cada

usuário, e possuir atributos para identificar qualquer usuário que acesse o banco de dados

(autenticação).

Na resolução do CFM Nº 1643 (2002), o Conselho Federal de Medicina define a

Telemedicina como o exercício da Medicina através da utilização de metodologias interativas

de comunicação audio-visual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa

em Saúde. Os serviços prestados através da Telemedicina deverão ter a infra-estrutura

tecnológica apropriada, pertinentes e obedecer às normas técnicas do CFM pertinentes à

guarda, manuseio, transmissão de dados, confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo

profissional.

Na resolução do CFM Nº 1821 (2007), o Conselho Federal de Medicina reconhece a

importância do uso de sistemas informatizados para a guarda e manuseio de prontuários de pacientes e

para a troca de informação identificada em saúde, bem como a digitalização dos prontuários em papel,

como instrumento de modernização, com consequente melhoria no atendimento ao paciente. É

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ressaltado que CFM tem o dever de garantir ao médico amplo respaldo legal na utilização desses

sistemas, motivo pelo qual publica esta Resolução. O uso do prontuário é um assunto

detalhadamente regulamentado através de várias deliberações feitas pelo CFM.

Segundo o Código de ética médica (2010), todo e qualquer prontuário médico deve

seguir normas de funcionamento e precisa respeitar o sigilo profissional para evitar problemas

ético-legais. Abaixo estão os trechos com as recomendações do Sexto Código de Ética

Médica a respeito dos assuntos prontuário e sigilo profissional.

Capítulo I - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

XI - O médico guardará sigilo a respeito das informações de que detenha

conhecimento no desempenho de suas funções, com exceção dos casos previstos em lei.

Capítulo IX - SIGILO PROFISSIONAL

É vedado ao médico:

Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a

seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento,

salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente.

Art. 78. Deixar de orientar seus auxiliares e alunos a respeitar o sigilo profissional e

zelar para que seja por eles mantido.

Art. 79. Deixar de guardar o sigilo profissional na cobrança de honorários por meio

judicial ou extrajudicial.

Capítulo X - Documentos médicos

É vedado ao médico:

Art. 85. Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não

obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade.

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Art. 87. Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente. § 1º O prontuário

deve conter os dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido, em

cada avaliação, em ordem cronológica com data, hora, assinatura e número de registro do

médico no Conselho Regional de Medicina. § 2º O prontuário estará sob a guarda do médico

ou da instituição que assiste o paciente.

Art. 88. Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia

quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão,

salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros.

Art. 89. Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por

escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou para a sua própria defesa. § 1º Quando

requisitado judicialmente o prontuário será disponibilizado ao perito médico nomeado pelo

juiz. § 2º Quando o prontuário for apresentado em sua própria defesa, o médico deverá

solicitar que seja observado o sigilo profissional.

Art. 90. Deixar de fornecer cópia do prontuário médico de seu paciente quando de sua

requisição pelos Conselhos Regionais de Medicina.

2.2. PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE IMAGENS

2.2.1 Radiologia

Os custos dos sistemas de saúde estão aumentando a um patamar insustentável. Os

gestores de saúde estão preocupados com esse fato e os estudos demonstram que os

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prontuários eletrônicos são uma ferramenta importante para combater esse problema. Os

prontuários eletrônicos de armazenamento de imagens radiológicas estão sendo implantados

utilizados para redução de custo e aumento da qualidade do serviço. Além disso, essa

ferramenta favorece o compartilhamento de informações entre diversas instituições de uma

mesma rede de saúde (Goldzweig, 2015).

2.2.2 Atenção primária

Na cidade brasileira de São Paulo, está sendo usado o Sistema Borboleta que é um prontuário

eletrônico móvel para atenção primária de saúde cuja proposta é funcionar em dispositivos móveis,

como smartphones e palmtops. O software foi desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP)

para informatizar o atendimento domiciliar dos médicos e demais profissionais de saúde no território

de abrangência do Programa de Saúde da Família (PSF). O sistema é utilizado como prontuário

eletrônico e como ferramenta para telemedicina (CORREIA, 2008).

O uso da tecnologia de informação através de prontuários eletrônicos semelhantes ao

Sistema Borboleta permite o armazenamento de informações de saúde multimídia, como:

dados numéricos, textuais, fotos, áudio e vídeo. Essa ferramenta permite minimizar erros de

prescrição, agilizar a coleta de dados, melhora organização das informações, faz análises

estatísticas, auxilia na gestão do serviço de saúde e melhora o serviço da medicina preventiva

no setor público (CORREIA, 2011).

O número de usuários de smartphones está crescendo rapidamente, inclusive entre os

profissionais de saúde. Muitas aplicações médicas para smartphones têm sido desenvolvidos e

amplamente utilizado por profissionais de saúde e pacientes. A cada dia que passa, o uso de

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smartphones está recebendo mais atenção nos cuidados de saúde nas mais diversas

especialidades médicas. Aplicações médicas tornam smartphones ferramentas úteis inclusive

no monitoramento remoto de pacientes atendidos por médicos da atenção primária em

localidades de acesso remoto (MOSA, 2012).

2.2.3 Dermatologia e Medicina Estética

A informatização do consultório médico da dermatologia envolve vários recursos,

inclusive: fotografias digitais, internet, prontuário eletrônico, teledermatologia, tecnologias

móveis de softwares para tablets e smartphones (BELDA JUNIOR, 2014).

O sistema Dermatologia Web é usado para mapeamento de lesões melanocíticas,

documentação fotográfica de tratamentos dermatológicos ou de medicina estéticos com fotos

pré e pós tratamento. Engloba a funcionalidade de armazenamento de fotografias e a função

de comparação das imagens mais recentes com as mais antigas de uma mesma lesão ou de

uma mesma parte do corpo. Pode ser feito o upload das fotografias antigas ou registrar novas

fotos através do acoplamento ao dispositivo conectado ao software de videodermatoscópios

ou câmeras (webcam, câmera dos dispositivos móveis ou câmeras profissionais). O Sistema

Dermatoscopia Web serve como um prontuário eletrônico de imagens compartilhado, pois

permite o compartilhamento instantâneo das informações da consulta com os pacientes

através de envio por e-mail de arquivo em PDF com todos os dados do atendimento, inclusive

as fotos e relatórios. Assim, é possível ao paciente utilizar esse arquivo em consultas futuras

com outros profissionais. Também tem utilidade na telemedicina, pois permite envio dos

dados do prontuário a outros especialistas à distância para se dar uma segunda opinião a

respeito do caso clínico. As fotos e os relatórios podem ser impressos e anexados ao

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prontuário físico. Consiste em um prontuário eletrônico de imagens móvel via web que pode

ser usado em qualquer plataforma móvel (smatphones e tablets) e computadores conectados à

internet. Apresenta o recurso de senha para login e ferramentas de tecnologia de informação

que garantem a segurança e sigilo aos dados armazenados no prontuário. Todos os dados

carregados no Dermatologia Web ficam armazenados em data centers com alta segurança,

vigilância e controle de acesso. O software já está em uso desde o 1º semestre de 2016 na

região metropolitana de Belo Horizonte em hospitais públicos e em clínicas particulares. Os

resultados têm sido muito produtivos e promissores com grande aceitação por parte dos

profissionais de saúde e dos pacientes que tiveram contato. Já há um projeto de mestrado em

andamento utilizando o Sistema Dermatologia Web como fonte de imagens de pacientes.

(DERMATOLOGIA web, 2016)

Por se tratar de um aplicativo web, com servidor nas “nuvens”, é nula a possibilidade

de perda ou extravio de imagens e relatórios armazenados no programa, tornando-se, assim,

uma ferramenta altamente eficaz (Figura 1). Além disso, esse tipo de software on-line pode

ser em qualquer parte do mundo por meio da rede mundial de computadores, sendo

dispensável a sua instalação no computador local (Figura 2). É uma tecnologia com potencial

de uso nas diversas áreas do conhecimento. Pode ser utilizada em diversas plataformas

(Figura 3), por exemplo: computadores e dispositivos móveis como tablets e smartphones

(PORTO, 2015).

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Figura 1: Representação esquemática do local de armazenamento de dados.

Fonte: PORTO, 2015.

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Figura 2: Representação esquemática da abrangência/potencial de sistemas web

Fonte: PORTO, 2015.

Figura 3: Plataformas possíveis para uso de aplicativos web.

Fonte: PORTO, 2015.

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Abaixo estão várias ferramentas de informática que são utilizadas como prontuário

eletrônico de imagens ou auxiliam de modo direto ou indireto na informatização dos registros

médicos.

Existem outros programas no mercado focados no armazenamento, análise e

organização de imagens dermatológicas. Esses softwares serão demostrados resumidamente

nos próximos parágrafos.

A tricoscopia é um método novo de analisar os pelo baseado no videodermatoscópio

de cabelo e couro cabeludo. Imagens do couro cabeludo podem ser registradas com uma

ampliação de 20 vezes o que permite o alargamento de alta qualidade de 1cm2 de área do

couro cabeludo para o tamanho da tela de um computador. O Fotofinder Videodermoscopy 2

dispositivo é equipado com software que permite a realização de medições das estruturas

visualizadas em imagens ampliadas e fornece resultados em escala real (RAKOWSKA,

2009).

O programa Fotofinder Dermoscope II® é usado para análise dermatoscópica para

monitoramento de lesões suspeitas de câncer de pele para auxílio na indicação de exérese

cirúrgica (DIACONEASA, 2011).

O software Fotofinder acoplado a uma câmera digital tem sido utilizado em trabalhos

científicos para armazenamento e comparação de imagens de patologias dermatológicas como

no vitiligo, sendo que o programa possui o recurso de medir a área da lesão para melhor

acompanhamento da evolução das lesões (SALDANHA, 2012).

O aplicativo FotoFinder® handyscope 2 permite capturar imagens dermatoscópicas

em iphones acoplado ao dermatoscópio customizado handyscope, o que permite gerar um

dermatoscópio digital portátil. Este software também é compatível com dermatoscópios

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analógicos Dermlite (DL1, DL2 e DL3) acoplados a smartphones. As imagens são

armazenadas no nome do paciente com a data do exame com possibilidade de retirada de

novas fotografias para comparação e acompanhamento do caso (FOTOFINDER Systems,

2016).

Existe o programa FotoFinder Hub que permite sincronizar o banco de dados de

imagens de pacientes cadastrados no software handyscope e pode-se fazer comentários

personalizados para cada foto (Figura 4). Dessa forma, é possível acessar as imagens e

arquivos gerados em qualquer local, desde que se esteja online. Um relatório em PDF pode

ser gerado de cada paciente com as fotos e comentários. As imagens antigas podem ser

comparadas com as novas. Pode-se usar o FotoFinder Hub com função de Telemedicina ao se

solicitar a opinião de um especialista de dermatoscopia a distância (FOTOFINDER, 2016).

Figura 4: Sincronização do banco de dados do aplicativo FotoFinder® handyscope com o

programa FotoFinder Hub.

Fonte: FOTOFINDER, 2016.

O aplicativo iDoc24® foi especialmente criado para telemedicina de lesões de pele

suspeitas de câncer. O aplicativo pode ser utilizado em smartphone acoplado a dermatoscópio.

Essa ferramenta é uma nova solução de teledermatologia e teledermatoscopia móvel útil para

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triagem de pacientes com lesões de pele suspeitas de neoplasia atendidos pelos médicos da

atenção primária. O software permite que a imagem da dermatoscopia seja enviada para

especialistas de dermatoscopia que respondem com o parecer sobre a possível diagnóstico da

lesão. Assim, é feita uma triagem de melhor qualidade para os casos que realmente precisam

de acompanhamento do dermatologista e intervenção cirúrgica (Börve, 2013).

2.4. REGISTROS FOTOGRÁFICOS NA DERMATOLOGIA

A fotografia clínica é uma ferramenta essencial para qualquer especialidade médica,

em especial para a dermatologia, em que registros precisos são exigidos para fins de

comparação e avaliação. O registro fotográfico é importante , não só para o médico, mas

também para o paciente , de modo que uma avaliação realista objetiva de melhoria pode ser

feita. A alta qualidade e o rápido desenvolvimento da fotografia digital está causando uma

revolução no uso médico dessas imagens (LEVI, 2003).

A dermatologia, como especialidade visual, logo absorveu a fotografia digital pela

durabilidade dos registros para as finalidades comparativas (antes/depois), de pesquisa ou

didáticas (BELDA JUNIOR, 2014).

Na dermatologia, a documentação visual de todos os pacientes, em fotografia, tem

como meta o registro objetivo, real e verossímil de lesões cutâneas; para tanto, o método e a

padronização no processo de captura visam comparação (pré e pós tratamento) em qualquer

tempo. Mesmo se outra pessoa vier a tirar uma foto evolutiva, espera-se que com uma

padronização adequada as mudanças observadas em cada registro sejam apenas as que vierem

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a existir no paciente devido à passagem do tempo ou a tratamentos realizados com fins

estéticos, preventivos ou curativos (KADUNC, 2012).

Cuidados necessários de padronização a serem seguidos sistematicamente:

a. usar sempre o mesmo equipamento (câmera) e procedimento: iluminação

equilibrada por meios de refletores posicionados simetricamente para evitar sombras

e/ou use sempre flash.

b. ampliação (zoom e distanciamento) fixa para cada uma das partes corporais;

c. enquadramento, posicionamento e postura do paciente;

d. ter à disposição as fotos de pré-tratamento;

e. ter um mesmo lugar na sala para se tirar fotografias, um fundo padronizado e sem

elementos de distração. Preferencialmente esse local deve ser contralateral à janela por

causa da iluminação natural;

f. evitar recortar ou fazer ampliações no computador para não perder qualidade;

g. os pacientes, as lesões e seus detalhes devem ser registrados sob, no mínimo, duas

aproximações diferentes (Figura 5), para proporcionar noção de tamanho e topografia,

dentro de padrões de enquadramento para fotografias da face, tronco e membros

superiores (KADUNC, 2012).

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Figura 5: Enquadramento da lesão nodular em duas tomadas com zoom e ângulos

diferentes.

Fonte: KADUNC, 2012.

Há basicamente, dois tipos de câmeras fotográficas digitais disponíveis: as compactas

e as single lens reflex (SLR), também referidas como profissionais (Tabela 1). As câmeras de

smartphones são consideradas câmeras compactas (KADUNC, 2012).

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Tabela 1 – Comparação das principais características entre câmeras compactas e SLR.

Fonte: KADUNC, 2012.

A resolução da foto é o nível de detalhe, quantidade de informação que o sensor é

capaz de captar, medida em megapixel (milhões de pixels). Para gerar boas revelações

fotográficas, o ideal é usar sempre a maior resolução disponível na sua câmera. Apesar de a

câmera ser somente uma ferramenta, o que faz a boa foto dermatológica é conhecer a

especialidade e ter dedicação, atenção à padronização, capricho e busca do registro da

realidade como ela realmente é. Informação e um pouco de conhecimento de fundamentos de

fotografia, mesmo que elementares, ajudam na escolha do equipamento e no resultado final. O

armazenamento e a catalogação dos arquivos das imagens devem priorizar a segurança na sua

recuperação posterior. Há várias opções de armazenamento disponíveis: CD, DVD, cartão de

memória, pen drive, HD externo e armazenamento virtual (Nuvens e sites). Existe um

consenso sobre manter dois modos de backup distintos, mas as maneiras escolhidas dependem

da quantidade de fotos e da necessidade individual (KADUNC, 2012).

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3. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo qualitativo do tipo relato de caso com revisão bibliográfica,

envolvendo uma paciente atendida no primeiro semestre de 2016 no CEMEPE em Belo

Horizonte-MG.

Os dados clínicos e as imagens da paciente foram retirados do Prontuário eletrônico de

imagens Dermatologia Web. As fotos foram tiradas com o consentimento do paciente,

seguindo as normas éticas.

A metodologia utilizada está baseada em material já publicado sobre o tema; livros,

artigos científicos, publicações periódicas e materiais na internet.

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4. RELATO DE CASO

Paciente S.L. 60 anos de idade, sexo feminino, residente em Belo Horizonte, consultou no

CEMEPE no dia 14/05/2016 com o objetivo de tratamento estético de rugas estáticas em face

e rejuvenescimento. Ao exame: Face com rugas estáticas acentuadas em sulcos nasogenianos,

marionete bilateral, código de barras e sulco nasojugal inferior bilateral.

Diagnostico: Rugas estáticas naturais do envelhecimento da face.

Conduta: Foi indicado o uso do preenchedores para os locais das rugas. Foi feito registro

fotográfico da face da paciente antes do procedimento. Foi realizada anestesia com bloqueio

anestésico local com xilocaína nas áreas onde foi programado o procedimento. Foi realizado

preenchimento com as seguintes especificações:

1 ml fortelis nos sulcos nasogenianos

1 ml fortelis em marionete bilateral

0,3 ml esthelis basic código de barras

0,3 ml esthelis basic sulco nasojugal inferior.

O procedimento ocorreu com discreto sangramento local nas áreas da aplicação. Sem

outras intercorrências durante o procedimento. Foi feito registro fotográfico da face da

paciente imediatamente após o procedimento. No dia seguinte ao procedimento, foi

identificada equimose na região das perfurações no sulco nasojugal direito e feito novamente

registro fotográfico da face da paciente. Nos dias seguintes, a equimose desapareceu.

As imagens e a evolução do quadro clínico foram registradas no prontuário eletrônico de

imagens Dermatologia Web (Figuras 5, 6 e 7). Esse registro foi transformado em PDF, foi

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impresso para anexação ao prontuário físico e o arquivo foi enviado por e-mail para a própria

paciente e para toda a equipe médica que participou do procedimento estético. O programa

Dermatologia Web foi utilizado on-line (Figura 8) e necessitou de cadastro com login mais

senha para ser utilizado (Figura 9).

Conclusão:

Houve melhora acentuada das rugas estáticas da face no pós-procedimento imediato e

tardio. Paciente ficou satisfeita com o resultado final. Os registros fotográficos seriados foram

muito importantes para documentar o antes e o depois do procedimento além de permitir o

registro da complicação.

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Figura 5: Fotos visão anterior face da paciente: antes do procedimento (foto

superior), pós-procedimento imediato (foto intermediária) e pós procedimento após 1

dia (foto de baixo).

Fonte: Prontuário eletrônico de imagens Dermatologia Web.

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Figura 6: Fotos visão lateral direita da face da paciente: antes do procedimento (foto superior),

pós-procedimento imediato (foto intermediária) e pós procedimento após 1 dia (foto de

baixo).

Fonte: Prontuário eletrônico de imagens Dermatologia Web.

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Figura 7: Fotos visão lateral esquerda da face da paciente: antes do

procedimento (foto superior), pós-procedimento imediato (foto intermediária) e pós

procedimento após 1 dia (foto de baixo).

Fonte: Prontuário eletrônico de imagens Dermatologia Web.

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Figura 8: Tela inicial do prontuário eletrônico de imagens Dermatologia Web.

Fonte: Prontuário eletrônico de imagens Dermatologia Web.

Figura 9: Tela de login do prontuário eletrônico de imagens Dermatologia Web.

Fonte: Prontuário eletrônico de imagens Dermatologia Web.

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5. CONCLUSÃO

Segundo o Código de ética médica (2010), prontuários médicos são ferramentas muito

importantes para o trabalho dos profissionais de saúde.

Os prontuários eletrônicos apresentam muitas vantagens quando comparado aos

prontuários de papel por permitir melhor armazenamento e processamento dos dados

(BELDA JUNIOR, 2014).

A dermatologia é uma especialidade onde o registro fotográfico é muito importante e

felizmente já há prontuários eletrônicos de imagem a disposição no mercado

(DERMATOLOGIA web, 2016) (FOTOFINDER, 2016).

Os prontuários eletrônicos de imagens são ferramentas relativamente novas, espera-se

que a migração dos famosos prontuários de papel para esses sistemas informatizados seja feita

de forma gradual. Possivelmente, essa mudança será feita à medida que profissionais médicos

mais conectados com as novas tecnologias assumam postos de gerência nos serviços de

dermatologia ou as apliquem em seus consultórios particulares.

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