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PROJETO SEGUINDO EM FRENTE II CURSO DE HIDROPONIA Iniciativa: Desenvolvimento e operação: Parceria Técnica: Apoio – Com especial agradecimento às Prefeituras de Santo Anastácio, Ibirarema e Espírito Santo do Turvo:

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PROJETO SEGUINDO EM FRENTE II

CURSO DE HIDROPONIA

Iniciativa:

Desenvolvimento e operação:

Parceria Técnica:

Apoio – Com especial agradecimento às Prefeituras de Santo Anastácio,

Ibirarema e Espírito Santo do Turvo:

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O projeto "Seguindo em Frente" é uma das iniciativas aprovadas no 2º Edital

de Seleção de Projetos Socioambientais do Instituto Invepar com o objetivo de

favorecer a empregabilidade, inclusão econômica e social e geração de renda do

microempreendedor individual. “A CART tem por finalidade auxiliar na promoção do

desenvolvimento social, econômico e ambiental dos municípios por onde passam as

rodovias administradas pela empresa. Por isso, parcerias como essas são

importantes para atingirmos esses objetivos”.

INSTITUTO INVEPAR

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O é uma organização não governamental fundada em 10 de

Maio de 2002, sem fins lucrativos ou vínculos de qualquer natureza.

Já desenvolveu projetos de viés cultural, educacional, social, para a criança,

em especial para a primeira infância e na área do desenvolvimento econômico, para

populações em diversos contextos, tornando-a uma organização de visão ampliada

para lidar com diversas problemáticas sociais.

O Projeto “Seguindo em Frente”, surgiu de uma iniciativa da Cart / Invepar,

voltado preferencialmente às mulheres, responsáveis ou corresponsáveis pela renda

familiar com o objetivo de elevar as oportunidades em empregabilidade e geração e

complemento de renda, por meio de capacitações e estratégias orientadas a gerar

aprendizagem profissional e despertar objetivos de empreendedorismo, de modo a

incluir economicamente e socialmente parte da população que tenham sido

impactadas, direta ou indiretamente do fechamento de usinas canavieiras.

Os grupos foram selecionados em parceria com as prefeituras através do

trabalho social dos municípios focados em pessoas com interesse e disposição de

participar de um projeto de agricultura sem solo, pela técnica hidropônica, que

consiste no cultivo de plantas em canaletas com circulação permanentemente água

com nutrientes para cada espécie vegetal cultivada em estufa.

O Ato Cidadão aceitou o desafio, consolidou parcerias para desenvolver os

trabalhos, fundamentais ao longo do processo, o que garantiu o sucesso alcançado.

Conseguimos assim concluir o curso nas cidades com ciclos produtivos

completos oferecendo aos participantes um valioso conhecimento técnico e prático.

Consolida-se então a transmissão de conhecimentos apropriados com

elementos básicos de produção comercial que pode se replicada em vários ambientes

e espaços, baseado em elementos da responsabilidade ambiental, encorajando

tecnologias que não agridam o meio ambiente, com uma proposta de agricultura

saudável e sustentável, disseminando nas cidades esses valores.

.Como principal efeito positivo, destacamos o estímulo pela busca da

capacidade empreendedora, de uma aprendizagem social, laboral e de solidariedade,

através do exercício da cidadania e da cooperação. Ademais, o projeto incentivou em

todas as suas ações a autonomia, protagonismo, liderança e empoderamento.

Ato Cidadão

Marco Antonio Gomes Figueiredo – Presidente

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Como instituição de ensino superior pública que cumpre seu papel social, a

Fatec Ourinhos tem como premissa que a Educação é um direito fundamental do

cidadão. Sua importância vai além do aumento da renda individual, da produtividade

ou da geração de empregos.

Ela vem antes do progresso e é fundamental para que ele aconteça. O poder

transformador da Educação, gerado por meio do conhecimento, proporciona maior

qualidade de vida à população e, consequentemente, o desenvolvimento de cada

indivíduo, do país e o fortalecimento da democracia.

Foi com esses objetivos em mente que a Fatec Ourinhos deu sua contribuição

ao projeto ”Seguindo em Frente” e foi com esse mesmo propósito que este material

didático foi elaborado: como mais um instrumento capaz de dar autonomia aos alunos

envolvidos, auxiliando-os a enfrentar com competência os desafios que essa nova

atividade produtiva lhes apresentar. Que continuem “Seguindo em Frente” com

sucesso! Esse é o desejo de toda a equipe da Fatec Ourinhos.

FATEC OURINHOS

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PRODUÇÃO TÉCNICA:

ORGANIZAÇÃO:

APOIO INSTITUCIONAL:

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Sumário 1. Introdução ....................................................................................................................... 7

2. Vantagens e Desvantagens da Hidroponia ................................................................... 8

3. Instalação e estrutura hidropônica ................................................................................ 9

4. Estufas/ casa de vegetação/ ambiente protegido ....................................................... 12

5. Cobertura e revestimento ............................................................................................ 12

6. Produção de mudas...................................................................................................... 13

7. Material utilizado ........................................................................................................... 13

8. Qualidade da água ........................................................................................................ 13

9. Solução nutritiva ........................................................................................................... 13

10. Preparo da solução nutritiva ........................................................................................ 15

11. Deficiências e funções nutricionais ............................................................................ 17

12. Incompatibilidades ....................................................................................................... 20

13. Monitoramento da solução nutritiva ........................................................................... 21

14. Produção de mudas...................................................................................................... 21

15. Berçário ......................................................................................................................... 22

16. Plantio definitivo ........................................................................................................... 22

17. Colheita e pós-colheita ................................................................................................. 23

18. Ciclo de Produção ........................................................................................................ 23

19. Principais doenças e pragas da alface........................................................................ 24

20. Viroses .......................................................................................................................... 25

21. Insetos e lagartas ......................................................................................................... 25

22. Comercialização ........................................................................................................... 25

23. Custos ........................................................................................................................... 26

24. Recursos Financeiros para construção ...................................................................... 26

25. Hidroponia alternativa .................................................................................................. 26

26. Hidroponia com tubos de PVC .................................................................................... 27

27. Como fazer cultivo hidropônico – Dicas para o cultivo caseiro .............................................. 28

28. Hidroponia no quintal ou varanda ....................................................................................... 29

29. Cuidados com horta hidropônica ao ar livre ........................................................................ 29

30. Equipamentos e nutrientes para o cultivo hidropônico ......................................................... 30

31. Plantio caseiro de tomates hidropônicos ............................................................................. 30

32. Regas e solução nutritiva................................................................................................... 31

Produção Técnica ................................................................................................................ 31

Referências bibliográficas .................................................................................................. 31

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1. Introdução

Historicamente a Hidroponia já existe há milhares de anos, porém, está sendo

praticada há aproximadamente 200 anos. Teve inicio á partir do momento que se

aprimoraram os estudos sobre as necessidades nutricionais das plantas e seus

nutrientes e a relação ideal desses elementos nutritivos para o completo

desenvolvimento vegetativo da cultura.

A agricultura, por mais que esteja cercada de técnicas e cuidados, ela ainda

sofre a ação de fatores externos, intempéries que interferem no seu desenvolvimento,

afetando na sua qualidade e produtividade.

A plasticultura, cultura protegida ou com cobertura, eliminou alguns fatores

incontroláveis: frio, calor, chuva, sazonalidade, etc, tendo adaptando-se muito bem,

ao cultivo de hortaliças, legumes, aromáticas, medicinais, flores. O cultivo sem solo

proporciona um bom desenvolvimento das plantas, bom estado fitossanitário, além

das altas produtividades quando comparado ao sistema tradicional de cultivo no solo.

Esse cultivo em alguns casos busca o auxilio de substratos, meios de sustentação

e/ou de cultura. O fornecimento de nutrientes é feito através da solução de água e

sais minerais, também conhecidas como fertirrigação, que reduzem a contaminação

do solo e da água subterrânea, na qual o solo é substituído por uma solução aquosa

contendo apenas os elementos minerais indispensáveis aos vegetais, sobretudo de

hortaliças com cultivo protegido,

Estes são os elementos químicos essenciais exigidos pela planta para que

complete o seu ciclo biológico.

C – Carbono Mn – Manganês

H – Hidrogênio B – Boro

O – Oxigênio Cl – Cloro

N – nitrogênio Cu – Cobre

P – Fósforo Zn – Zinco

K – Potássio Fe – Ferro

Ca – Cálcio Mo – Molibdênio

Mg – Magnésio Co – Cobalto

S - Enxofre Si – Silício

Na – Sódio

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Importante: Muitos dos cultivos hidropônicos não obtêm sucesso,

principalmente em função do desconhecimento dos aspectos nutricionais desse

sistema de produção que requer formulação e manejo adequados das soluções

nutritivas.

2. Vantagens e Desvantagens da Hidroponia

Vantagens

Não necessita de grandes áreas e utiliza pouca mão de obra;

Maior produtividade e rentabilidade por área plantada;

Sanidade e higiene no meio de produção;

Menor custo de produção permite o planejamento de produção;

Menor incidência de pragas e doenças;

Menor índice de perca ou descarte do produto final;

Melhor qualidade de produto final e melhor shelf-life (validade);

Uniformidade de produção;

Entre outros.

Desvantagens

Custo inicial da instalação elevado;

Exige mão de obra qualificada;

Dedicação intensiva.

Observações:

1. Produtividade: dependendo da cultura pode-se produzir na mesma área

diversas vezes durante o ano.

2. Custo de produção: a redução é considerável, dependendo da cultura

está entre 30 a 50%.

3. Produtos fitossanitários: pouco uso, comparando-se com o cultivo

tradicional, reduz-se em 50% ou mais.

4. Mao de obra: pode ser reduzida em 40%.

5. Ciclo biológico: reduz de 10 a 20% em numero de dias.

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3. Instalação e estrutura hidropônica

Para aquele que vê um cultivo em estufa hidropônica, o processo parece fácil,

porém, detalhes devem ser observados no inicio da instalação para não trazer

aborrecimentos futuros. Antes de iniciar um projeto de hidroponia, deve-se

estabelecer a sua meta e um cronograma de investimentos:

É para fins comerciais?

É uma terapia?

É um lazer?

É para consumo familiar?

Para cada caso empreende-se um comportamento distinto, uma filosofia, um

ritual e um custo diferenciado, sendo diversos os fatores para o sucesso, com pouca

variação de prioridades, mas todas com igual grau de importância. Todos os fatores

estão inter-relacionados atuando intensivamente durante o ciclo vegetativo da planta.

Apenas um fator pode ser considerado limitante em hidroponia, é a água de

boa qualidade, sem ela não se produz.

O planejamento inicial está em locar o tanque de soluções nutritivas de forma

que se tenha uma boa distribuição da solução com menor custo.

Para a estrutura hidropônica, recomenda-se atentar para o seguinte:

Facilidade par obtenção de água de boa qualidade;

Construir em local protegido de vento predominante, para maior

durabilidade do plástico;

A orientação da estufa depende do tipo de cultura, quantidade de luz

exigida, vento e temperatura local;

Deve receber o sol e boa luminosidade;

A bancada deve ficar de 0,60 a 0,80 metros do solo;

A altura da cobertura deve ficar de 2 a 3 metros da bancada, variando

com as condições da temperatura e clima da região.

Em regiões muito quentes a altura da cobertura é fundamental no controle da

temperatura ambiente e ventilação e, se possível, a cobertura deve ter o lanternin

para a saída do ar quente interior ou manter um sistema de ventilação forçado para a

expulsão do calor.

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Nas bancadas, o material não pode ser tóxico ou desprender substancias

tóxicas à planta. Nesses casos recomenda-se pintar a superfície com um produto

neutro ou revesti-lo com filme de polietileno. No momento, o material mais usado é a

telha de fibro cimento ou tubo de PVC, cuja escolha depende do tipo da cultura e do

método hidropônico a ser utilizado.

A largura total da bancada não deve ultrapassar a 2 metros para facilitar os

tratos culturais e manuseio.

A inclinação da bancada está relacionada com o comprimento e com a

temperatura predominante da região. Para que haja uma boa circulação da solução

nutritiva, sugerimos uma declividade de 2 a 4% (20 cm para 10m de bancada).

A bancada não deve ser muito comprida, recomenda-se até 20 metros de

comprimento, para se evitar o aquecimento da solução circulante.

Nas regiões onde ocorrem extremos, temperaturas muito altas ou muito

baixas, recomenda-se proteger o reservatório de solução nutritiva para que esta não

sofra acentuada influencia do meio externo. Quanto à tubulação, esta sempre deve

ser feita na forma subterrânea.

Material de sustentação: são matérias para manter a planta ou reter parte da

solução nutritiva. A escolha do material dependerá do tipo de planta e do sistema

hidropônico adotado.

Cascalho de granito (pedra 2): por experiência, este tamanho tem

facilitado na hora da colheita. Pedra muito miúda dificulta a limpeza das raízes. É

necessário lavar as pedras de tempos em tempos.

Placas de isopor: espessura de 15 mm e furos com diâmetros de 60 mm,

cujo espaçamento varia com o tipo de cultivo. A vantagem do isopor é a sua função

de isolante térmico e não necessita de pedras.

Filme plástico duplalon: espessura de 200 micras, negro na face inferior

e branco na face externa. Fácil de ser trabalhado, limpo, com o inconveniente de que

a muda pode tombar facilmente.

Vermiculita: de preferência utilizar de granulometria grossa, pois tem

poder de absorção e retenção de água, porém o pó pode ser arrastado pelo filme de

água e pode causar problemas de entupimento.

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Espuma fenólica: é um material pratico, utilizado desde a produção de

mudas. A dimensão varia de acordo com o tipo de cultivo. Tem grande capacidade de

retenção de água, limpo e reduz o manuseio com a bomba.

Lã de rocha: é tão eficaz e prática quanto à espuma fenólica, porém, é

de difícil decomposição.

Na hidroponia caseira, praticada em cochos, floreiras, recomenda-se

depositar ao fundo uma camada de cascalho de pedra 1 e cobrir com areia grossa, ou

substrato.

Frequência no fornecimento de água: a periodicidade depende das condições

do meio, temperatura, umidade relativa, desenvolvimento da planta, da inclinação da

bancada e material de sustentação utilizado.

É importante manter a raiz sempre úmida, não encharcada, caso contrario a

planta pode apresentar sintomas de stress por falta de oxigênio, cujo sintoma é o

escurecimento da raiz e poucas radicelas novas.

Condições ambientais da estufa: apesar das plantas hortícolas apresentarem

fácil adaptabilidade às diversas condições do meio, uma devida atenção terá que ser

dedicada à temperatura, umidade relativa e luminosidade:

Temperatura: o efeito sobre a planta é de suma importância, principalmente

quando se tratar de hortícolas que facilmente se abatem apresentando sinais de

stress. Cada planta apresenta sua faixa ótima de temperatura, acima do ideal podem

causar perda de água excessiva, desperdício de energia, destruição de proteínas,

paralisação das funções enzimáticas, bloqueio na absorção de nutrientes, etc...

Umidade relativa: tem ação direta sobre a fisiologia da planta e está

intimamente relacionada com a temperatura ambiente, a ação extrema de ambos

poderá provocar o ressecamento devido à alta transpiração. A umidade relativa

influencia no grau de abertura dos estômatos, e consequentemente na respiração e

na fotossíntese.

Luminosidade: a quantidade de luz se complementa com a umidade relativa e

a temperatura para provocar o crescimento e desenvolvimento da planta. A

intensidade da luz varia com o fotoperíodo e a estação do ano.

O processo de fotossíntese é dependente da luz, quando a energia luminosa

se transforma em energia química, para a formação dos carboidratos.

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Sugestões:

No plantio, optar por variedades resistentes ou menos susceptíveis ao calor

ou frio, dependendo das condições climáticas predominantes na época ou na região.

Esta não é a solução, mas resolve 50% dos casos.

4. Estufas/ casa de vegetação/ ambiente protegido

Estufas individuais: composta de uma única bancada.

Estufas coletivas: composta de um conjunto de bancadas sob uma única

cobertura.

Independente do tipo de estufa adotado, devemos nos preocupar

principalmente com a sua localização, disposição, praticidade e custo.

Bancadas de plantio: diversos tipos de materiais são utilizados e novos

materiais que estão sempre surgindo no mercado.

Telhas de fibro cimento: recomendamos a combinação de duas telhas

de 1,10m de largura ou a combinação de 1 telha de 0,92 m com outra de 1,10 m de

largura, todas com 2,13m de comprimento e espessura de 6 mm.

Tubos de P.V.C.: de 3 ou 4 polegadas, com furos de 2 polegadas, ou

cortados ao meio utilizando-se cobertura de isopor ou duplalon.

Filme plástico: para o cultivo de tomate, pepino, berinjela, etc., podem

ser utilizados o filme plástico preto de 200 micras ou o filme de duplalon, porém novos

materiais como calhas estão sendo lançados no mercado com maior resistência e

adaptados a esse tipo de cultura.

5. Cobertura e revestimento

Utiliza-se o filme plástico transparente tratado com resina e filtro de raios

UV, na espessura de 75 a 150 micras.

As telhas de fibro cimento devem ser revestidas com o filme plástico, o

mesmo de cobertura por uma questão de resistência. Evite o uso do plástico preto

para esta finalidade devido à alta capacidade de absorção de calor.

Revestimento das caixas d’água, utilizar o filme plástico preto para

escurecer o interior da caixa evitando a formação de limo.

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6. Produção de mudas

Recomenda-se fazê-lo no viveiro de mudas, e este deve ser telado para evitar

a entrada de insetos transmissores de doenças viróticas.

7. Material utilizado

A) Bandejas de isopor, dividido em células. Neste caso é necessário o uso

de substrato, vermiculita ou “piscina” com placa de isopor e algodão nas células.

B) Espuma fenólica/lã de rocha, definir as dimensões dos cubos conforme o

tipo de cultura. É necessário o tabuleiro ou piscina de imersão.

8. Qualidade da água

É importante conhecermos a origem da nossa água. Evitar o aproveitamento

de águas de lagoa, açude, riachos, que podem estar contaminadas com residuais

tóxicos, microrganismos indesejáveis e sementes microscópicas de pragas invasoras,

além da composição de seus sais não manter uma constante.

Águas de nascente própria, poço artesiano são as mais recomendadas, e

mesmo assim recomendamos analisá-la periodicamente, pelo menos na época das

chuvas e nas secas, pois, temos observado alterações na composição.

Exemplo:

Água dura: contem sais de Ca e Mg, cuja dureza é medida pelo

conteúdo de íons carbonato (HCO3) presente na água.

Água salobra: contem teores de NaCl, quando elevado é

prejudicial à planta atrasando o seu crescimento.

Ph: é outro item importante e pode variar com a estação das

chuvas e seca.

9. Solução nutritiva

É o meio de cultura na forma liquida composta de água + sais minerais,

dissolvidos em determinadas proporções que atendem as exigências nutricionais da

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planta. Existem diferentes formulações, todas muito semelhantes e apresentando

ótimo resultado quando utilizada corretamente para fim especifico para a qual foi

criada.

Compor uma solução nutritiva não é segredo, ela não é estanque/fixa e

deverão obedecer a certas regras impostas pela natureza como, condições de clima,

condições ambientais, etc.

Em se tratando de plantas hortícolas, devido o seu rápido desenvolvimento,

toda e qualquer anomalia observada, devera ser imediatamente corrigida, caso

contrário, o insucesso é inevitável. Como sugestão: o iniciante em hidroponia deve

criar o habito de anotar cada anomalia observada, as medidas corretivas adotadas e

montar um histórico da cultura.

“Nunca deixar de obter um correto esclarecimento do problema e respectiva

ação corretiva”

Renovação da solução: Assim como a complementação é feita com base

na condutividade elétrica, de forma empírica, sem muita precisão, a renovação da

solução passa pelo mesmo processo. A prática tem nos ensinado que a troca total da

solução nutritiva a cada 60 a 90 dias seria um período razoável, aproveita-se também

para desinfetar os reservatórios de água, etc...

Para os substratos, costuma-se lavar os cascalhos e a areia a cada final de

ciclo. Podendo se utilizar uma solução de cloro a 0,5%. É recomendável utilizar luvas.

É importante manter uma severa vigilância e controle dos seguintes fatores:

Condutividade elétrica: à medida que se dissolvem os sais na água

aumenta-se a quantidade de íons com cargas positivas e negativas, portanto, com

propriedades de conduzir eletricidade. Quanto maior a concentração dos sais

(nutrientes) na solução, maior é a condutividade elétrica (EC) mensurável através do

aparelho condutivimetro.

O condutivimetro indica a concentração de sais na solução, mas não avalia

individualmente a concentração de cada nutriente. Pela medida de EC obtida toma-se

como base para recomendar a complementação na solução nutritiva.

Dica: A condutividade utilizada no curso é de 1,8 até 1,2

Para aumentar a condutividade, colocar adubo e, para baixar, colocar água.

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Ph: expressa a concentração dos íons, hidrogênio na solução nutritiva. O ph é

o índice de medida da acidez e alcalinidade. Dependendo do índice do ph, se acido

ou alcalino, irá afetar diretamente na capacidade de absorção de nutrientes pela

planta.

A pesquisa demonstra que a faixa ideal do ph está entre 5,5 a 6,5, para a

maioria das culturas, sendo utilizado para medir o ph um aparelho chamado

peagâmetro.

Para a correção do ph, quando muito ácida, adiciona-se uma solução de

hidróxido de potássio ou carbonato de cálcio e, quando alcalina, adiciona-se na

solução acido nítrico ou acido fosfórico.

Dica: Para baixar o ph acrescentar o ácido fosfórico aos poucos e ir medindo

até chegar onde se deseja. Para aumentar o ph acrescentar água limpa e depois

ajustar os adubos.

Temperatura: temperatura da solução nutritiva é também importante, quando

muito elevada causa desnaturação da proteína pela paralisação do metabolismo da

planta. Quando muito baixa, aumenta a viscosidade que irá dificultar a planta de

bombear a solução para o seu interior.

Recomendamos proteger os tanques da incidência solar com cobertura e/ou

enterrar no solo e no inverno proteger do frio e em certos casos até aquecer.

10. Preparo da solução nutritiva

Um correto preparo da solução nutritiva é de suma importância para um bom

desenvolvimento da cultura, já que este é o alimento da planta. Para cada cultura a

ser cultivada existe uma solução específica, pois cada cultura necessita de diferentes

quantidades e tipos de nutrientes.

Algumas culturas e adaptam à mesma solução, como no caso das alfaces,

chicória e almeirão.

Exemplo: Para um produtor que deseja cultivar na mesma estufa alface,

chicória, almeirão e rúcula, o mesmo necessitara ter 2 caixas de solução, sendo uma

para a alface, chicória e almeirão, e outra para a rúcula, pois nos nutrientes exigidos

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para um bom desenvolvimento da rúcula, é necessário que se ofereça 50% de ferro a

mais a essa cultura, o que afetaria as outras.

Para a preparação da solução nutritiva o produtor pode optar por adubos

simples, ou não. Para preparar uma solução utilizando adubos simples são

necessários vários produtos, já que cada adubo fornecerá um determinado nutriente.

Para preparar uma solução os adubos utilizados devem ser altamente solúveis em

água, já que precisa dissolvê-los completamente para serem utilizados. Para preparar

1000 litros de solução, utilizando adubos simples o produtor utilizará:

Gramas para 1000 litros de água.

Adubo/sal Tomate Pimentão Berinjela Pepino Melão Alface Morango

Nitrato de

cálcio 900 650 750 960 900 950 700

Nitrato de

potássio 270 506 632 485 455 900 303

Sulfato de

potássio 122 - - - 22 - -

Fosfato

de

potássio

272 170 204 245 170 272 204

Cloreto de

potássio 141 - - - - - -

Sulfato de

magnésio 216 246 370 418 246 246 246

Nitrato de

magnésio 228 50 20 - - - -

Ferro –

EDTA 43 37 32 43 22 50 25

Sulfato de

manganês 4,23 1,70 2,54 4,23 2,54 1,70 1,70

Bórax 1,90 2,40 2,40 1

,90 1,15 2,85 1,15

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Sulfato de

zinco 1,15 1,15 1,45 1,15 1,15 1,15 1,15

Sulfato de

cobre 0,12 0,12 0,19 0,12 0,12 0,19 0,12

Molibdato

de sódio 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12

Para facilitar a vida do produtor hoje existem adubos formulados

especificamente para hidroponia, onde através de 2 ou 3 produtos consegue-se

fornecer todos os nutrientes necessários para um correto desenvolvimento das

plantas.

Para o preparo da solução nutritiva utilizada em nosso curso foram utilizados

3 diferentes adubos (Nitrato de cálcio, Ferro DTPA e formulado para solução nutritiva

composto). Para o preparo de 1000 litros de solução nutritiva utilizando estes insumos

serão utilizados.

Gramas para 1000 litros de água

Adubo/sal Alface/Chicória/Almeirão Rúcula

Nitrato de cálcio 484 484

Ferro DTPA 10 15

Formulado para solução nutritiva

composta 660 660

Importante: Para o preparo da solução devem-se dissolver os adubos

separadamente antes de misturá-los, pois alguns produtos podem acabar causando

reações químicas que além de serem perigosas ao produtor são prejudiciais à planta.

Depois de dissolvidos devem ser adicionados no reservatório e realizado a

conferencia de EC e Ph para verificar se os valores estão de acordo com o que será

produzido.

Caso o ph ou a condutividade estiverem alterados após adicionar os adubos,

realizar a correção destes conforme os procedimentos descritos acima.

11. Deficiências e funções nutricionais

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Nitrogênio (N): A função do N é essencial na formação da proteína,

participando ativamente de uma serie de compostos indispensáveis no metabolismo.

Na deficiência surgem nas folhas mais velhas, adultas, apresentando

coloração amarelo pálido, redução na taxa de crescimento e queda na síntese de

clorofila. Devido à translocação do nitrogênio a planta poderá tornar-se amarela no

geral.

O excesso causa crescimento rápido, consequentemente os tecidos tornam-

se tenros, paredes celulares frágeis, grande sensibilidade ao calor apresentando

stress, perda da qualidade dos frutos e da resistência a enfermidades.

Fósforo (P): A função do P está relacionada em todo processo metabólico da

planta, atuando sobre as enzimas, formação de proteína e resistência da planta com o

armazenamento de energia. É extremamente importante até a maturação da planta.

A deficiência retarda o desenvolvimento da planta, baixa divisão celular,

tecidos com baixa resistência e sistema radicular pobre e pouca ramificação.

O excesso pode prejudicar a absorção de N, o que raramente ocorre em

hidroponia, porém, afeta indiretamente a função de outros elementos Fe, Zn e K,

provocando distúrbios nutricionais e camuflando os sintomas verdadeiros.

Potássio (K): A função do K é essencial na síntese de proteína, açucares,

aumentando à resistência dos tecidos e consequentemente a resistência contra

doenças. Estimula o desenvolvimento da copa e sistema radicular. Esta diretamente

relacionado com o balanceamento e absorção do N, Ca e Mg.

Em excesso poderá provocar a deficiência do Mg e do Ca. É um ativador

enzimático, indiretamente atua na fotossíntese e regula a turgidez dos tecidos.

A deficiência apresenta sintomas de manchas cloróticas nas partes velhas da

planta e depois no ápice e internervuras, empobrecimento do sistema radicular, planta

frágil, tenra e parede celular com baixa resistência.

Cálcio (Ca): Atuam na divisão celular, integridade e resistência da parede

celular. Na planta adulta, a translocação do Ca se reduz, provocando problemas

fisiológicos com morte das folhas mais velhas.

Os sintomas de deficiência aparecem inicialmente nas folhas mais novas,

com coloração verde esbranquiçadas, saliências nas nervuras e posteriormente

queimadura nas bordas das folhas, reduz drasticamente o crescimento da parte aérea

e sistema radicular pobre. A deficiência do Ca na solução nutritiva provoca o

desequilíbrio entre o K e o Mg, assim como o excesso.

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Magnésio (Mg): O Mg é parte integrante da molécula da clorofila,

protoclorofila e age sobre diversas enzimas como fosforilase, carborilase, etc...

Os sintomas de deficiência surgem nas folhas velhas, manchas cloróticas

verde amareladas internerval. A deficiência prolongada repete os sintomas nas folhas

novas devido a sua mobilidade.

O excesso pode induzir na deficiência de Ca, K, pela inibição da absorção.

Enxofre (s): Está relacionado na síntese da proteína e aminoácidos (cisteina e

tiamina). No excesso o sintoma aparece nas folhas tenras com nervuras e limbo

esbranquiçados. Casos de deficiência os sintomas se assemelham ao do N, perda de

coloração, devido diminuição da fotossíntese e distúrbios metabólicos.

Boro (B): Atua no metabolismo dos carboidratos, formação do aminoácido e

síntese das proteínas, portanto a planta necessita do suprimento constante de B por

via radicular. O sintoma ocorre nas folhas novas e broto terminal, com coloração

verde pálido, folhas retorcidas, retardando crescimento.

Zinco (Zn): Atua sobre algumas enzimas e síntese da clorofila. Por estarem

associados ao sistema de crescimento, os sintomas de deficiência surgem nas partes

jovens da planta, com clorose internervuras, encurtamento dos internódios, redução

no crescimento. O excesso é raro, mas quando ocorre, induz a deficiência do Fe.

Concentração excessiva do P, afeta as funções do Zn.

Cobre (Cu): Está envolvido na síntese de diversas enzimas, relacionado à

formação da parede celular e sua resistência, participa da fotossíntese como

constituinte da proteína dos cloroplastos. Os sintomas surgem nas folhas novas, com

manchas cloróticas, fácil murchamento, neurose e atrofia das folhas e frutos.

Os sintomas de toxidade podem ocorrer, afetando a absorção do Fe.

Molibdênio (Mo): Atua sobre as enzimas, redutase do nitrato, NO-3 para NO+4,

portanto relacionado com o aproveitamento do N. Os sintomas de deficiência se

iniciam nas folhas mais velhas, coloração pálida e em casos mais graves, manchas

necróticas espalhadas pela planta retardam o crescimento e desenvolvimento restrito

das flores.

Ferro (Fe): Funciona especificamente na ativação de varias enzimas

(hidrogenase, catálise, oxidase, e entra na composição do ferrodoxina). É um

elemento de baixa mobilidade, os sintomas surgem nas partes novas da planta. Os

sintomas são clorose verde pálido internerval e esbranquiçado em deficiência muito

acentuada.

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A deficiência perturba profundamente a formação da clorofila e fixação do N.

A correção pode ser feita com a pulverização do Fe-EDTA nas folhas. É raro ocorrer

toxidade, e quando apresentado causa sintomas com áreas necróticas amarronzadas.

Manganês (Mn): Atua efetivamente na ação de enzimas, fotossíntese e

respiração. Relacionado à evolução do Oxigênio na fotossíntese. Provoca desordem

na estrutura do cloroplasto. Os sintomas surgem nas folhas novas, clorose, cor verde

amarelada.

Os sintomas de intoxicação ocorrem mais comumente no solo com Ph baixo,

afetando o crescimento e a fotossíntese.

Cloro (Cl): Sua função conhecida restringe-se à fotossíntese como captador

de energia luminosa. A deficiência apresenta sintoma de stress, murchamento e leves

sintomas de clorose. É difícil ocorrer, pois o aníon (Cl) é abundante no meio ambiente

e água.

12. Incompatibilidades

Poderá ocorrer no fornecimento simultâneo de diferentes nutrientes à planta.

Na mescla de dois ou mais nutrientes poderá ocorrer os seguintes tipos de

efeitos distintos:

Efeitos aditivos positivos: a ação nutritiva soma-se como se estivesse atuando

individualmente.

Efeitos aditivos antagônicos: quando a ação dos nutrientes da mistura torna-

se menos eficaz do que se estivesse atuando individualmente. Ex.: efeito antagônico

do Mn sobre a absorção do Mo, Cu, Zn. Nesses casos ocorrem reações químicas,

formando compostos insolúveis, o que se precipita, reduzindo a disponibilidade do

respectivo nutriente para a planta.

Efeitos sinergisticos: a ação de dois ou mais nutrientes se interagem e

aumentam a intensidade da absorção pela planta. Ex.: a ureia pode intensificar a

absorção do Mg e do Zn do N.

Os efeitos positivos ou negativos poderão se acentuar ou tornar-se

incompatíveis, dependendo da proporção estabelecida dos nutrientes na composição

da mistura. Os nutrientes guardam entre si uma proporção ideal, o excesso poderá

tornar-se prejudicial à planta além de surgir o fator desperdício.

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Ex.: adubação de sulfato de potássio em excesso pode reduzir a

concentração de Mn e aumentar as de B nas folhas.

A adubação pesada de N reduz a concentração de Zn, Cu, Mn e B nas folhas.

Em alguns casos, culpamos a incompatibilidade como a causa da deficiência

de certos nutrientes na planta, mas na realidade o fato gerador poderá ser outro.

Ex.: clorose por deficiência de Fe que pode ter sido causada por Ph elevado,

mantendo o Fe em estado insolúvel Fe3+.

13. Monitoramento da solução nutritiva

Temperatura da solução: faixa ideal durante o dia ou a noite 18ºC a 28ºC.

Temperatura da água ou do meio ambiente quando acima dos 30ºC podem

passar a dificultar a síntese da clorofila e fotossíntese, além de bloquear a absorção

certos elementos.

Temperatura abaixo de 15ºC provoca barreira na absorção de certos

elementos como o Ca, P, K, Mg e em cadeia acelera-se as incompatibilidades.

Sugestão: aumentar o volume da solução circulante.

Vazão: de 0,5 a 1 litro por planta, dependendo do estágio de desenvolvimento

da planta.

Fornecimento de solução: varia com o sistema de manejo, temperatura e

umidade relativa.

Para folhosas, recomendamos trabalhar com intervalos de 15 minutos,

alternados durante o dia e, à noite, 2 a 3 fornecimentos de 15 minutos, dependendo

das condições de clima, se muito quente e/ou seco.

Para frutíferas (tomate, pepino, melão, pimentão) e flores, o volume da

solução varia de 2 a 3 litros por planta e quanto aos intervalos de fornecimento

variarão com o estágio de desenvolvimento da planta, da temperatura e umidade

relativa.

Recomendamos de 2 a 3 fornecimentos de 15 minutos à noite, considerando-

se o volume e superfície foliar da planta.

14. Produção de mudas

A alta qualidade da muda é fundamental para o sucesso de qualquer cultivo.

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Alta qualidade significa:

Boa origem da semente (germinação e vigor germinativo) e

variedades adequadas;

Mudas sadias, livre de danos mecânicos, ferimentos e sem

pragas;

Livre de patógenos que levam a comprometer o cultivo durante o

ciclo produtivo;

Boa conformação;

Ideal é o produtor produzir as suas próprias mudas no seu viveiro.

Recomendamos construir um viveiro protegido de telas (sombrite) para evitar

a infestação de insetos transmissores de doenças e vírus, utilizando-se água e

substrato de boa qualidade (nunca reaproveitar substrato e desinfetar a bandeja e

utensílios após o uso).

15. Berçário

Dependendo do manejo de plantio as mudas com 3 pares de folhas, ainda

com sistema radicular pouco desenvolvido, poderão passar por um berçário (estufa

pulmão) para a adaptação ao meio e solução nutritiva.

É mais trabalhoso, porém, agiliza o processo de crescimento, obriga a mais

uma seleção das mudas e maior uniformidade no cultivo.

16. Plantio definitivo

Nesta fase, como nas demais, a dedicação deverá ser redobrada e intensa.

Qualquer anormalidade observada deverá ser analisada e adotado o

processo de correção imediato. Em hidroponia, qualquer anomalia é rapidamente

respondida pela planta através de sintomas nas folhas pelo stress, consistência, cor,

formas, etc...

Recomenda-se observar periodicamente, pelo menos 2 vezes ao dia, o

aspecto geral da cultura. Medição do Ph, EC, temperatura da água e meio ambiente,

diariamente e principalmente quando notar algum exagero em qualquer um desses

fatores. Observar presença de insetos, e/ou sintomas de doenças. Plantas doentes

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duvidosas devem ser imediatamente retiradas e analisadas à parte. É interessante

que se tenha algum especialista ao alcance e que faça periódicas reciclagens no

processo produtivo global.

17. Colheita e pós-colheita

Colher sempre nas horas mais frescas do dia; embalar e armazenar em locais

apropriados. Processar quando as plantas ou os frutos estiverem fisiologicamente

maduros.

As folhas, assim como os frutos, mesmo depois de colhidos continuam com o

metabolismo em plena atividade. Se as condições forem favoráveis, o processo

poderá perdurar por mais tempo. Durante este processo a planta ou fruto estarão

consumindo nutrientes internos, pondo a perder o trabalho e sem condição de

reposição.

Recomenda-se, depois de colhido, provocar um choque térmico (água fria ou

câmara fria) para que diminua o metabolismo, reduzindo a respiração, transpiração, e

assim manter o vigor da colheita por um período maior (shelf life).

18. Ciclo de Produção

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E assim por diante.

As mudas semeadas devem receber na primeira irrigação somente água. Após

germinarem, utilizar a mesma solução da caixa para fazer as irrigações. Não se deve

deixar faltar água para as mudas, variando no numero de regas de acordo com clima,

devendo realizar no mínimo 2 regas diárias.

19. Principais doenças e pragas da alface

No cultivo em ambiente protegido as doenças e pragas ocorrem com menor

intensidade. No cultivo hidropônico, certas doenças raramente ocorrem desde que

todos os cuidados de limpeza do meio sejam rigorosamente mantidos.

Ex.: uso de substrato de qualidade, tratamento das bandejas de mudas, etc...

Inverno:

a) Podridão de esclerotina: doença fungica causada pelo fungo sclerotinia

sclerotiorum, ataca na região do colo da planta, espalha-se rapidamente,

causando uma podridão mole e úmida. Higiene e manejo adequado podem

ajudar no controle. Fácil controle químico.

b) Míldio: fungo Bemia lactucae, ocorre nas condições de clima frio e úmido.

Ataca as folhas em qualquer estagio com manchas necrosadas úmidas. No

verso da folha se apresenta eflorescência esbranquiçada (hifas cinociticas e

esporângios). O tratamento preventivo é funcional.

Verão:

a) Podridão rizoctonia: causado pelo fungo Rizoctonia Solani. Ataca as folhas na

região do colo e espalha-se para a parte aérea. O sintoma é de lesões marrons

escuras. Higiene e manejo adequado evitam o aparecimento e disseminação

do fungo. O tratamento da muda é eficaz no controle.

b) Cescospora: causado pelo fungo Cercospra Longissema. Ocorre sob

condições de clima quente e alta umidade. Manchas necrosadas na folha e de

fácil disseminação. É parcialmente controlada pelo controle da temperatura no

interior da estufa e boa ventilação. O controle químico preventivo ou curativo é

altamente eficiente.

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20. Viroses

a) Mosaico: virose causada pelo MFV e CMV de rápida disseminação. Sintomas

aparecem com 15 a 20 dias nas folhas novas, apresentando deformações e

crestamento e nas folhas adultas. O mosaico típico ao longo das nervuras.

Disseminada via semente e insetos vetores. Primavera e verão são as épocas

de maior incidência.

b) Big Vein: sintoma parecido com a virose. As plantas não crescem, ressalta as

nervuras e descolorem ao redor. Olpidium Brassicae é o vetor e temperatura

moderada é favorável à disseminação.

21. Insetos e lagartas

a) Pulgão: pode surgir a qualquer momento. Pulgão verde claro e amarelado de 2

mm de comprimento, sugadores de seiva e transmissores de viroses, causam

crestamento das folhas. O controle químico é eficiente.

b) Lagartas: muito comum resultante do voo das borboletas. O controle químico é

eficaz e deve ser rápido para não depreciar o produto.

c) Trípes: Frankliniela Schulzei Trybom 1920. Insetos pequenos de até 3 mm se

alimentam da seiva, de coloração parda à marrom quase preta, vivem em

colônias nos brotos, flor e parte oposta das folhas. Transmite viroses.

22. Comercialização

O consumidor está perdendo o péssimo hábito do desperdício. Tem mudado

o habito do consumidor que passou a comprar qualidade na quantidade que irá

realmente consumir, frente à disponibilidade do produto no mercado.

A hidroponia e/ou cultivo protegido proporciona a facilidade de se produzir

praticamente todos os tipos de hortaliças e legumes o ano todo.

Diversos são os canais de venda que dependerão da criatividade e dedicação

do produtor. Portanto, o produtor consciente deverá primar pela qualidade do seu

produto, e na comercialização selecionar o mercado (educar o seu cliente/canal de

venda) para não depreciar o produto, e conscientizar os canais para não perder todo

o trabalho e ritual no ultimo momento e mais importante que é o seu ganho.

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23. Custos

Hoje o produtor deve calcular o custo de sua produção com muito critério, a

fim de encontrar o equilíbrio, onde se podem reduzir custos e onde não se deve

mexer.

Com a realização do custo de produção, o produtor consegue melhorar o seu

retorno financeiro, pois saberá o quanto ele realmente gasta para produzir suas

hortaliças e assim colocar um preço justo na sua mercadoria.

Para se realizar este levantamento o produtor deve possuir todos os gastos

que foram investidos na produção da sua mercadoria.

Alguns destes gastos não serão pagos já na primeira colheita, outros sim.

A primeira colheita deverá pagar os gastos com sementes, substratos, água,

energia, mão de obra, adubações e defensivos, utilizados para produzir as

mercadorias, ou seja, tudo o que é utilizado uma única vez.

A primeira e demais colheitas deverão pagar os gastos com infraestrutura,

como estufa, bomba, reservatório, aparelhos, etc..., ou seja, tudo o que será utilizado

por mais de uma colheita.

24. Recursos Financeiros para construção

Devido a grande expansão do cultivo hidropônico, hoje existem vários tipos de

financiamentos para tal investimento. O maior financiador é o Banco do Brasil, onde,

dentro do PRONAF (Programa Nacional de Agricultura Familiar), existem linhas de

créditos especificas para a horticultura ou plasticultura.

25. Hidroponia alternativa

Mas nem só o produtor pode cultivar plantas no método hidropônico. A dona

de casa poderá produzir no seu quintal ou apartamento uma horta sem solo, com a

vantagem de cultivar seu alimento. Ate numa sacada é possível instalar um pequeno

cultivo e com materiais comuns, como veremos alguns exemplos abaixo:

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26. Hidroponia com tubos de PVC

Existem no mercado equipamentos especiais para pequenas produções

domésticas, com soluções nutritivas já prontas. Os equipamentos consistem em tubos

de PVC, de cor branca ou preta, destes usados para esgotos, diâmetro de 10-20 cm,

para a produção como alfaces e tomateiros.

Uma ideia interessante é o uso de uma parede, com tubos instalados a

intervalos regulares. Estes tubos são furados com serra copo, onde ficarão as plantas,

com espaçamento conforme o tipo de planta. Por exemplo, para alfaces, cerca de 20

cm, para morangos 25 cm.

As extremidades dos canos são vedadas e uma ligação com mangueiras faz

a solução nutritiva entrar pelo topo no primeiro cano e por gravidade percorrer todos

os demais, sendo recolhida num recipiente no chão, onde será reciclada, medida sua

salinidade e posterior volta ao topo do sistema.

Neste método será preciso adquirir canos, suportes para fixação na parede,

mangueiras para a condução da solução, bomba para o transporte da coluna de

líquido, recipiente para recolhimento, filtros e “timer” para controlar o tempo de

programação.

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27. Como fazer cultivo hidropônico – Dicas para o cultivo caseiro

Para produzir tomates em casa poderemos também utilizar o cultivo

hidropônico. Como o tomateiro (Lycopersicum sculenthum), que é uma herbácea com

longas hastes. Neste caso, providenciar antes do seu crescimento uma treliça.

Poderá ser plástica, encontrada em lojas agropecuárias, pode ser de sarrafos

ou bambus. Uma opção também é o uso de molduras de madeira ou alumínio com

fios de nylon ou arame estaqueados em treliça reta ou em diagonal.

As plantas para a horta podem ser semeadas normalmente como é feito para

cultivo em solo, em sementeiras de caixotes ou bandejas especiais.

Ao transplantar, ter o cuidado de utilizar uma colher para abrir o substrato e

depositar a mudinha, aconchegando o substrato novamente.

A perda de mudas no transplante é muito grande por que poderá haver danos

às pequenas raízes. Ter um calendário de semeadura é bem prático, pois assim

poderá ter sempre mudas em ponto de transplante substituindo as que foram

retiradas para consumo.

Uma dica interessante: as alfaces, rúculas e radites (Cichorium

intybus) produzidas em casa não precisarão ser colhidas com raízes e inteiras como

aquelas comercializadas em feiras e supermercados. Poderemos ir retirando as folhas

mais externas, preservando a parte interna, garantindo um consumo inteligente e que

dura mais tempo.

Se sua cozinha for um local que recebe muita luz natural, num mínimo de 4

horas por dia, poderá colocar ali uma bancada com vasos ou jardineiras com plantas

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em cultivo hidropônico, sempre seguindo as indicações acima. Assim poderá cultivar

alfaces, cebolinhas, salsas, rúcula, radite e outras hortaliças para suas receitas.

Cultivo hidropônico em interiores pode ter o problema do pó, levantado pela

limpeza da casa. O pó diminui a área de exposição à luz para a planta,

comprometendo a fotossíntese e, portanto, todo o seu desenvolvimento e produção.

Limpar com água limpa e algodão enrolado em um pauzinho de churrasco ou bambu

para folhas maiores, como nas ornamentais do tipo filodendros.

28. Hidroponia no quintal ou varanda

Em quintais ou terraços também é possível cultivar hortaliças em mesas ou

bancadas de cultivo, instalando os canos de PVC com leve inclinação e colocar em

local bem iluminado, de preferência pelo sol da manhã, já que o sol da tarde é muito

quente e pode literalmente cozinhar as raízes dentro dos canos.

O manejo da horta hidropônica deve ser feito todos os dias, verificando o

desenvolvimento das mudas e a sanidade.

Mãos limpas para cuidar das plantas é um fator necessário.

Folhas que caíram, plantas fenecidas ou com aparência de doentes deverão

ser retiradas imediatamente do meio de cultura, evitando a transmissão de patógenos

para as outras mudas.

Quando as plantas completam o seu ciclo, como pimentões, pimentas e

tomates, retira-se a muda, lava-se o substrato inerte com bastante água e recomeça-

se tudo novamente.

29. Cuidados com horta hidropônica ao ar livre

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A cultura feita ao ar livre, no quintal, estará sujeita às intempéries.

Evitar excessiva exposição ao sol para hortaliças.

O vento é também um problema, assim como o frio no inverno.

Muitos optam por colocar um ripado com tela tipo sombrite a 60% de

sombreamento, diminuindo assim o impacto das gotas de chuvas na cultura.

Alfaces, por exemplo, são hortaliças frágeis que a chuva pode colar na terra,

prejudicando a qualidade das folhas.

Para cultivar tomates e pimentões (Capsicum annuum) não se esquecer de

tutores, que ajudam a resistência a ventos e podem permitir um cultivo mais limpo.

30. Equipamentos e nutrientes para o cultivo hidropônico

As soluções nutritivas usadas em hidroponia são encontradas em lojas

agropecuárias e podem ser encontradas de diversas marcas, assim como os

substratos inertes, com instruções de uso e adequadas a cada tipo de cultivo.

Já os tubos de PVC e todo o material para a montagem do sistema são

encontrados em lojas de materiais de construção.

31. Plantio caseiro de tomates hidropônicos

No cultivo doméstico podemos também optar pelo cultivo em substratos

inertes. Um tomateiro, por exemplo, é a planta ideal para começar este tipo de cultivo.

Em um vaso grande de plástico de altura em torno de 35 cm e sem furo de

drenagem, abrir com um prego que foi aquecido com isqueiro, um ou dois furos

pequenos na lateral do vaso, bem embaixo, e fechar com tampões.

Colocar cascalho brita ou cacos de vasos quebrados embaixo, garantindo a

completa drenagem das águas.

O substrato de cultivo hidropônico é inerte, por isto podemos optar por

misturar areia de construção com brita de várias granulometrias, lã-de-rocha, perlita e

outros materiais de textura grosseira.

Apertar para compactar levemente e regar abundantemente com água limpa.

Deixar escorrer e fechar os furos com os tampões.

A seguir poderá plantar a muda escolhida, até três unidades por vaso.

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32. Regas e solução nutritiva

Quando colocar a solução nutritiva, deixe por 30 minutos para que as raízes possam

absorver os nutrientes. Depois, abra os tampões e deixe escorrer.

As águas de regas com a solução percorrerão pelo substrato e serão coadas

para um recipiente embaixo do vaso, que poderá ser daqueles fundos de plástico

vendidos, em geral, junto com os vasos.

O esquema funciona bem, é só manter o substrato com leve umidade,

lembrando que este tipo de cultivo não tem água circulante todo o tempo.

A cada quinzena faça percolar no sistema de substrato inerte apenas água

limpa, assim evitará excesso de fertilizante que poderia ocasionar problemas para a

planta.

Dicas

O produtor não precisa se prender aos tubos de PVC, existem inúmeros materiais que podem ser utilizados, como:

Telhas de fibro cimento (impermeabilizar);

Bambu;

Garrafas pets;

Lonas e arame; etc.

Importante: Lembrando que não pode esquecer-se da bomba d’água, que

pode ser até mesmo daquelas utilizadas em aquários, maquinas de lavar louças,

maquinas de lavar roupa, etc.

Produção Técnica:

Fatec Ourinhos

Referências bibliográficas:

K. Hideo; Apostila Curso de Hidroponia; Hidrofolhas; Parelheiros-SP.

D. A. Mello; Apostila Custos e Orçamentos para o Agronegócio; FATEC

Ourinhos; 2014.

http://www.fazfacil.com.br/jardim/faca-seu-cultivo-hidroponico/; acessado em

03 de setembro de 2015.

Janeiro de 2017.