projeto pedagÓgico do curso de graduaÇÃo em...

387
0 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO (DOCUMENTO 3) SÃO GONÇALO/RJ 2015

Upload: vuongquynh

Post on 01-Dec-2018

226 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 0

    PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE

    GRADUAO EM DIREITO

    (DOCUMENTO 3)

    SO GONALO/RJ

    2015

  • 1

    Sumrio

    1.1. Responsabilidade Social ................................................................................... 9

    1.2. Educao Inclusiva ......................................................................................... 11

    1.3. Misso Institucional ......................................................................................... 12

    1.4. Objetivos Institucionais ................................................................................... 13

    1.5. Finalidades e reas de Atuao ..................................................................... 13

    1.6. Diretrizes Pedaggicas ................................................................................... 14

    ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ........................................................................... 16

    2.1. rgos Consultivos ......................................................................................... 17

    2.1.1. Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extenso (CONSEPE) .............. 17

    2.1.2. Colegiados de Cursos .................................................................................. 17

    2.1.3. Ncleo Docente Estruturante (NDE) ............................................................ 17

    2.1.4. Comisso Prpria de Avaliao (CPA) ........................................................ 19

    2.2. rgos Executivos .......................................................................................... 20

    2.2.1. Reitoria ......................................................................................................... 20

    2.2.2. Coordenao Geral Acadmica ................................................................... 20

    2.2.3. Coordenao de Ps Graduao e Extenso (CPE) ................................... 20

    2.2.4. Coordenao Acadmica de Curso (CAC) .................................................. 21

    2.3. rgos Auxiliares e de Apoio .......................................................................... 22

    2.3.1. Secretaria Acadmica (SAC) ....................................................................... 22

    2.3.2. Ncleo de Atendimento ao Estudante (NAE) ............................................... 23

    2.3.3. Ncleo de Registro de Diplomas (NRD) ....................................................... 24

    2.3.4. Ncleo de Educao a Distncia (NEAD) .................................................... 24

    2.3.5. Ncleo de Controle e Manuteno de Laboratrios (CML) .......................... 25

    2.3.6. Biblioteca ..................................................................................................... 26

    2.4. Gesto administrativa ..................................................................................... 26

    2.4.1. Condies de Gesto ................................................................................... 26

  • 2

    2.4.2. Plano de Desenvolvimento Institucional(PDI) .............................................. 27

    2.4.3. Organizao e Gesto de Pessoal ............................................................... 28

    2.4.3.1. Corpo Docente .......................................................................................... 28

    2.4.4. rea para convivncia e desenvolvimento de atividades sociais ................. 30

    2.4.5. Infraestrutura de alimentao e de outros servios ...................................... 31

    2.4.6. Relaes, parcerias e cooperao com a comunidade, instituies e

    empresas ............................................................................................................... 31

    DADOS GERAIS DO CURSO ................................................................................... 33

    3.1. Titulao ......................................................................................................... 33

    3.2. Modalidade ..................................................................................................... 33

    3.3. Vagas Anuais .................................................................................................. 33

    3.4. Dimensionamento das Turmas ....................................................................... 33

    3.5. Turno ............................................................................................................... 33

    3.6. Durao do Curso ........................................................................................... 33

    3.7. Regime de Matrcula ....................................................................................... 33

    3.8. Endereo do Campus ..................................................................................... 34

    3.9. Base legal ....................................................................................................... 34

    DADOS DO COORDENADOR DO CURSO ............................................................. 35

    4.1. Identificao .................................................................................................... 35

    4.2. Regime de Trabalho ........................................................................................ 35

    4.3. Atuao do Coordenador ................................................................................ 35

    4.4. Titulao e Formao do Coordenador do Curso ........................................... 36

    4.5. Experincia profissional, de magistrio superior e de Gesto Acadmica do

    coordenador. .......................................................................................................... 36

    ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICO ............................................................ 38

    5.1. Contexto educacional ...................................................................................... 38

    5.1.1. Relevncia Social do Curso na cidade de So Gonalo e adjacncias ....... 38

    5.1.2. O curso de Direito na contemporaneidade ................................................. 39

  • 3

    5.1.2.1. Os Bacharis em Direito ......................................................................... 40

    5.1.2.2. O papel dos advogados ........................................................................... 43

    5.2. Concepo do Curso .................................................................................... 50

    5.3. Polticas institucionais no mbito do curso ..................................................... 50

    5.4. Misso e objetivo do curso ............................................................................. 51

    5.5. Perfil profissional do egresso ........................................................................ 52

    5.5.1. Perfil do egresso ........................................................................................ 52

    5.6. A matriz curricular do curso ............................................................................ 53

    5.6.1. Modos de Integrao entre Teoria e Prtica ................................................ 54

    5.7. Atividade profissional e mercado de trabalho ................................................. 57

    5.7.1. Atividade Profissional ................................................................................... 58

    5.7.2. Mercado de Trabalho ................................................................................... 61

    5.8. Organizao curricular .................................................................................... 70

    5.9. Contedos Curriculares ................................................................................... 82

    5.10. Articulao das Atividades Acadmicas ........................................................ 82

    5.11. Metodologia................................................................................................... 82

    5.11.1. Aprendizagem autodirigida......................................................................... 83

    5.11.2. Aprendizagem baseada em problemas ou casos ...................................... 83

    5.11.3. Aprendizagem em pequenos grupos de tutoria .......................................... 84

    5.11.4. Aprendizagem orientada para a comunidade............................................. 85

    5.12. Regime Acadmico ....................................................................................... 86

    5.12.1. Normas Gerais ........................................................................................... 86

    5.12.2. Processo Seletivo ...................................................................................... 87

    5.12.3. Acesso e Matrcula ..................................................................................... 88

    5.12.4. Avaliao da Aprendizagem....................................................................... 88

    5.13.2. Atividades complementares ....................................................................... 94

    5.13.3. Atividades de Extenso .............................................................................. 94

  • 4

    5.13.3.1.Programas de Curso de Extenso On Line Atividades Extraclasses ....... 95

    5.13.4. Atividades de Pesquisa .............................................................................. 97

    5.14. Apoio ao discente .......................................................................................... 98

    5.14.1. Apoio Psicopedaggico ao Discente .......................................................... 98

    5.14.2. Mecanismos de Nivelamento ..................................................................... 98

    5.14.3. Ouvidoria .................................................................................................... 99

    5.14.4. Atendimento Extraclasse ......................................................................... 100

    5.14.5.Acompanhamento de Egressos ................................................................ 100

    5.15. Aes decorrentes dos processos de avaliao do curso .......................... 100

    5.16. Atividades de tutoria Disciplinas EaD .................................................... ..101

    5.16.1. Material didtico institucional .................................................................. 101

    5.16.2. Mecanismos de interao entre docentes, tutores e estudantes. ........... 102

    5.16.3. Procedimentos de avaliao dos processos de ensino-aprendizagem ... 102

    5.17. Corpo Docente e Tutorial ............................................................................ 102

    5.17.1. Corpo Docente ......................................................................................... 102

    5.17.2. Corpo Tutorial .......................................................................................... 103

    5.18. Infraestrutura da instituio ......................................................................... 103

    5.19. Espao de trabalho para coordenao de curso e servios acadmicos .... 103

    5.20. Sala de professores .................................................................................... 103

    5.21. Salas de aula .............................................................................................. 103

    5.24. Biblioteca .................................................................................................... 104

    5.24.1. Acervo por rea de Conhecimento .......................................................... 104

    5.24.2. Espao Fsico para Estudos ..................................................................... 105

    5.24.3. Horrio de Funcionamento ....................................................................... 105

    5.24.4.Pessoal Tcnico-Administrativo ................................................................ 105

    5.24.5.Servios Oferecidos .................................................................................. 106

    5.24.6.Formas de Atualizao e Cronograma de Expanso do Acervo ............... 106

  • 5

    5.24.7. Bibliografia Bsica .................................................................................... 106

    5.24.8. Bibliografia Complementar ....................................................................... 107

    5.24.9. Peridicos especializados ........................................................................ 107

    5.25. Infraestrutura para Acessibilidade a Pessoas Portadoras de Necessidades

    Especiais .............................................................................................................. 107

    5.26. Plano de Expanso ..................................................................................... 109

    Disciplina: RACIOCNIO LGICO........................................................................ 118

    Disciplina: FUNDAMENTOS DO DIREITO ........................................................ 119

    Disciplina: INTRODUO S CINCIAS SOCIAIS ............................................ 120

    Disciplina: ADAPTAO PEDAGGICA ............................................................. 122

    Disciplina: PORTUGUS INSTRUMENTAL ........................................................ 124

    Disciplina: FILOSOFIA DO DIREITO ................................................................... 127

    Disciplina: HISTRIA DO DIREITO ..................................................................... 130

    Disciplina: FUNDAMENTOS DO DIREITO: INTERPRETAO E APLICAO 133

    Disciplina: PORTUGUS DO DIREITO ............................................................... 136

    Disciplina: CINCIA POLTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO ....................... 140

    Disciplina: SOCIOLOGIA DO DIREITO ............................................................... 147

    Disciplina: DIREITO CONSTITUCIONAL I (EAD) ............................................... 150

    Disciplina: DIREITO PENAL I TEORIA DO CRIME ........................................... 153

    Disciplina: TEORIA GERAL DO PROCESSO ...................................................... 157

    Disciplina: DIREITO CIVIL I (PARTE GERAL) .................................................... 160

    Disciplina: ANTROPOLOGIA DO DIREITO ......................................................... 168

    Disciplina: DIREITO CONSTITUCIONAL II Teoria Constitucional .................... 170

    Disciplina: DIREITO PENAL II TEORIA DA PENA............................................. 174

    Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I ........................................................ 179

    Disciplina: DIREITO CIVIL II (OBRIGAES) ..................................................... 182

    Disciplina: DIREITO E PSICOLOGIA ................................................................... 187

  • 6

    Disciplina: DIREITO PENAL III - CRIMES CONTRA A PESSOA, PATRIMNIO,

    LIBERDADE E DIGNIDADE SEXUAL ................................................................. 189

    Disciplina: TEORIA GERAL DO DIREITO PBLICO ........................................... 191

    Disciplina: DIREITO CIVIL III (TEORIA DOS CONTRATOS) .............................. 194

    Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II ....................................................... 198

    Disciplina: DIREITO PENAL IV - CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE, PAZ, F

    E ADMINISTRAO PBLICA............................................................................ 204

    Disciplina: DIREITO DA ADMINISTRAO PBLICA (EAD) ............................. 206

    Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL III ...................................................... 208

    Disciplina: DIREITO PROCESSUAL PENAL I ..................................................... 210

    Disciplina: DIREITO CIVIL IV - RESPONSABILIDADE CIVIL ............................. 213

    Disciplina: DIREITOS HUMANOS E FUNDAMENTAIS (EAD) ............................ 217

    Disciplina: DIREITO CIVIL V (FAMLIA) ............................................................... 221

    Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV ..................................................... 224

    Disciplina: DIREITO DO TRABALHO (EAD) ........................................................ 226

    Disciplina: DIREITO PROCESSUAL PENAL II .................................................... 229

    Disciplina: DIREITO EMPRESARIAL I (EAD) ...................................................... 234

    Disciplina: DIREITO TRIBUTRIO (EAD) ............................................................ 237

    Disciplina: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ......................................... 240

    Disciplina: DIREITO CIVIL VI (DIREITOS REAIS) ............................................... 242

    Disciplina: PRTICA JURDICA CIVIL ................................................................. 247

    Disciplina: DIREITO EMPRESARIAL II (EAD) ..................................................... 251

    Disciplina: METODOLOGIA DA PESQUISA JURDICA (EAD) ............................ 253

    Disciplina: DIREITO CIVIL VII (SUCESSES) .................................................... 256

    Disciplina: DIREITO CONSTITUCIONAL III PROCESSO LEGISLATIVO E

    CONSTITUCIONAL ............................................................................................. 260

    Disciplina: PRTICA JURDICA PENAL .............................................................. 263

    Disciplina: TICA PROFISSIONAL E DEONTOLOGIA JURDICA (EAD) ........... 266

  • 7

    Disciplina: DIREITO INTERNACIONAL PBLICO E PRIVADO (EAD) ............... 269

    Disciplina: MONOGRAFIA JURDICA .................................................................. 274

    Disciplina: PRTICA JURDICA DO TRABALHO ................................................ 275

    Disciplina: LIBRAS (ELETIVA) ............................................................................. 279

    Disciplina: HISTRIA E CULTURA DOS POVOS AFRO BRASILEIROS E

    INDGENAS (ELETIVA) ....................................................................................... 280

    Disciplina: DIREITO DO CONSUMIDOR (ELETIVA) .......................................... 280

    Disciplina: SISTEMAS POLTICOS E ELEITORAIS (ELETIVA) .......................... 284

    Disciplina: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO AVANADO (ELETIVA) .. 286

    Disciplina: SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO (ELETIVA)................... 287

    Disciplina: DIREITO TRIBUTRIO APLICADO (ELETIVA) ................................. 288

    Disciplina: BIOTICA E DIREITO (ELETIVA) ...................................................... 289

    Disciplina: DIREITO CIVIL APLICADO (ELETIVA) .............................................. 291

    Disciplina: ASPECTOS ATUAIS DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL(ELETIVA) 291

    Disciplina: DIREITO DOS CONTRATOS MERCANTIS (ELETIVA) ..................... 293

    Disciplina: COOPERATIVISMO E TERCEIRO SETOR (ELETIVA) ..................... 293

    Disciplina: LIBERDADES PBLICAS (ELETIVA) ................................................ 295

    Disciplina: DIREITO AMBIENTAL (ELETIVA) ..................................................... 296

    Disciplina: DIREITO FINANCEIRO (ELETIVA) .................................................... 297

    Disciplina: DIREITO AGRRIO (ELETIVA) .......................................................... 302

    Disciplina: CRIMINOLOGIA (ELETIVA) ............................................................... 303

    Disciplina: MEDICINA LEGAL E PSICOLOGIA FORENSE (ELETIVA) ............... 306

    Disciplina: DIREITO AUTORAL E PROPRIEDADE INDUSTRIAL (ELETIVA) ..... 312

    Disciplina: DIREITO FALIMENTAR (ELETIVA) ................................................... 314

    Disciplina: DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL (ELETIVA) .............................. 318

    Disciplina: DIREITO DA CRIANA E ADOLESCENTE (ELETIVA) ..................... 321

    Disciplina: DIREITO ECONMICO (ELETIVA) .................................................... 324

  • 8

    Disciplina: NEGOCIAO, CONCILIAO, MEDIAO E ARBITRAGEM

    (ELETIVA) ............................................................................................................ 328

    6. REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES .......................... 384

  • 9

    INTRODUO

    A Faculdade Paraso (FAP) foi fundada em 3 de maio de 2000, data em que obteve o

    credenciamento mediante Portaria do Ministro da Educao. Representa a evoluo do

    Colgio Paraso, que, reafirmando sua vocao empreendedora, com responsabilidade social e

    empresarial, assumiu os riscos de proporcionar comunidade de So Gonalo a oportunidade

    de construir as competncias e habilidades que o dinamismo do mundo exige.

    A Faculdade Paraso se apresenta comunidade de So Gonalo como opo de construo

    de oportunidade de desenvolvimento. Seguindo a tradio de seriedade, trabalho e

    organizao do Colgio Paraso, a Faculdade Paraso assume sua responsabilidade de

    vivenciar os valores de competncia profissional, argumentao slida, respeito a si mesmo e

    ao outro e solidariedade. Sua marca e seu distintivo ser a competncia no ensino. Seu

    campus fica localizado no municpio de So Gonalo1, que integra a regio metropolitana da

    cidade do Rio de Janeiro.

    1.1. Responsabilidade Social

    O Sistema Nacional de Avaliao da Educao Superior (SINAES), institudo pela Lei n

    10.861, de 2004, fundamenta-se na necessidade de promover a melhoria da qualidade da

    educao superior, a orientao da expanso da sua oferta, o aumento permanente da sua

    eficcia institucional, da sua efetividade acadmica e social e, especialmente, do

    aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais. So princpios fundamentais

    do SINAES:

    a responsabilidade social com a qualidade da educao superior;

    o reconhecimento da diversidade do sistema;

    o respeito identidade, misso e histria das IES;

    a compreenso de que a instituio deve ser avaliada a partir de um conjunto

    significativo de indicadores de qualidade, vistos em sua relao orgnica e no de forma

    isolada.

    1 No Apndice I h um resumo das principais caractersticas do Municpio de So Gonalo.

  • 10

    O artigo 2 da citada lei dispe que o SINAES, ao promover a avaliao de instituies, de

    cursos e de desempenho dos estudantes, dever assegurar:

    I - avaliao institucional, interna e externa, contemplando a anlise global e integrada das

    dimenses, estruturas, relaes, compromisso social, atividades, finalidades e

    responsabilidades sociais das instituies de educao superior e de seus cursos.

    A responsabilidade social de uma instituio de educao superior reflete-se na forma de

    conduzir e gerenciar as suas funes de ensino, pesquisa e extenso. Uma instituio de

    ensino socialmente responsvel aquela que possua capacidade de ouvir os interesses das

    diferentes partes (estudantes, professores, tcnico-administrativos, prestadores de servio,

    comunidade, governo e meio ambiente) e consegue incorpor-los ao planejamento de suas

    atividades, buscando atender s demandas de todos, no apenas dos seus dirigentes e/ou

    mantenedores ou scios. A Faculdade Paraso tem como poltica de responsabilidade social o

    atendimento sua comunidade acadmica, com qualidade, tica, respeito e dignidade,

    estendendo comunidade social os benefcios da produo intelectual e cientfica de seus

    professores e estudantes.

    A responsabilidade social da instituio, considerada especialmente no que se refere sua

    contribuio em relao incluso social, ao desenvolvimento econmico e social, defesa

    do meio ambiente, da memria cultural, da produo artstica e do patrimnio cultural e

    educao inclusiva, refletida:

    na transferncia de conhecimento e importncia social das aes universitrias e

    impactos das atividades cientficas, tcnicas e culturais, para o desenvolvimento

    regional e nacional;

    na natureza das relaes e parcerias com os setores pblico, produtivo, como mercado

    de trabalho e com instituies sociais, culturais e educativas de todos os nveis;

    nas aes voltadas ao desenvolvimento da democracia, promoo da cidadania, de

    ateno a setores sociais excludos, polticas de ao afirmativa;

    na promoo de um clima organizacional que propicie o relacionamento fraterno e

    harmnico entre todos os segmentos da comunidade acadmica e com a comunidade

    externa;

    na efetividade de programas de benefcios a professores e tcnico-administrativos,

    especialmente, por intermdio dos planos de capacitao de recursos humanos, de

    carreira docente e de cargos e salrios;

  • 11

    na concesso de bolsas de estudos, de trabalho, de iniciao cientfica, de extenso e de

    monitoria aos estudantes que demonstrarem aptido para essas tarefas, de acordo com a

    programao anual;

    no incentivo e apoio ao voluntariado.

    1.2. Educao Inclusiva

    Esta instituio assume que as diferenas humanas so normais e que, como consequncia

    desse pressuposto, a aprendizagem deve ser adaptada s necessidades do educando, em vez do

    educando adaptar-se ao processo de aprendizagem. Uma pedagogia centrada no educando

    atende aos objetivos institucionais e s diferenas do educando, beneficiando a sociedade

    como um todo. A experincia tem demonstrado que tal pedagogia pode consideravelmente

    reduzir a taxa de desistncia e repetncia e ao mesmo tempo garantir ndices mdios mais

    altos de rendimento escolar. Uma pedagogia centrada no educando pode impedir o

    desperdcio de recursos e o enfraquecimento de esperanas, to freqentes em uma educao

    de baixa qualidade e de uma mentalidade educacional baseada na ideia de que "um tamanho

    serve a todos".

    A incluso e a participao so essenciais dignidade humana e ao pleno exerccio da

    cidadania. Dentro do campo da educao, isto se reflete no desenvolvimento de estratgias

    que procuram promover a genuna equalizao de oportunidades. A educao inclusiva

    proporciona um ambiente favorvel aquisio de igualdade de oportunidades e participao

    total dos portadores de necessidades especiais no processo de aprendizagem. O sucesso delas

    requer um esforo claro, no somente por parte dos professores e dos profissionais da

    educao, mas tambm por parte dos colegas, pais, famlias e voluntrios. A educao

    inclusiva deve reconhecer e responder s necessidades diversas do educando, acomodando

    ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educao de qualidade a todos,

    por meio de metodologias de ensino apropriadas, arranjos organizacionais, uso de recursos

    diversificados e parceria com as organizaes especializadas.

    Atenta a sua responsabilidade social e aos indicadores e padres de qualidade estabelecidos

    pelo Ministrio da Educao, nos manuais de avaliao institucional e das condies de

    ensino, esta instituio adota as seguintes polticas para os portadores de necessidades

    especiais para estudantes com deficincia visual, auditiva e fsica.

    Para estudantes com deficincia visual, a instituio pode proporcionar, caso seja solicitada,

    desde o acesso at a concluso do curso, sala de apoio contendo: sistema de sntese de voz,

  • 12

    impressora Braille acoplada a computador ou mquina de datilografia Braille; gravador e

    fotocopiadora que amplie textos; aquisio gradual de acervo bibliogrfico em fitas de udio;

    software de ampliao de tela; equipamento para ampliao de textos para atendimento a

    estudante com viso subnormal; lupas, rguas de leitura; scanner acoplado a computador; e

    aquisio gradual de acervo bibliogrfico dos contedos bsicos em Braille .

    Para estudantes com deficincia auditiva, a instituio pode proporcionar, caso seja solicitada,

    desde o acesso at a concluso do curso: intrpretes de lngua de sinais/ lngua portuguesa,

    especialmente quando da realizao de provas ou sua reviso, complementando a avaliao

    expressa em texto escrito ou quando este no tenha expressado o real conhecimento do

    estudante; flexibilidade na correo das provas escritas, valorizando o contedo semntico;

    aprendizado da lngua portuguesa, principalmente, na modalidade escrita, para o uso de

    vocabulrio pertinente s matrias do curso em que o estudante estiver matriculado.

    Para estudantes com deficincia fsica h no campus a eliminao de barreiras arquitetnicas

    para circulao do estudante, permitindo o acesso aos espaos de uso coletivo; a reserva de

    vagas em estacionamentos nas proximidades das unidades de servios; rampas com corrimos

    ou colocao de elevadores, facilitando a circulao de cadeira de rodas; portas e banheiros

    com espao suficiente para permitir o acesso de cadeira de rodas; barras de apoio nas paredes

    dos banheiros; e lavabos, bebedouros e telefones pblicos em altura acessvel aos usurios de

    cadeira de rodas.

    Para os professores e pessoal tcnico h um programa de capacitao para a educao

    inclusiva, constando, especialmente, da oferta de informaes sobre os portadores de

    necessidades sociais; cursos, seminrios ou eventos similares, ministrados por especialistas;

    cursos para o entendimento da linguagem dos sinais.

    Para a comunidade social h a oferta de campanhas de sensibilizao e de motivao para a

    aceitao das diferenas; parcerias com as corporaes profissionais e com as entidades de

    classe (sindicatos, associaes, federaes, confederaes etc.) com o objetivo de aes

    integradas Escola/ Empresa/ Sociedade civil organizada para o reconhecimento dos direitos

    dos portadores de necessidades sociais como direitos humanos universais; integrao Escola/

    Empresas para a oferta de estgios profissionais com adequadas condies de atuao para os

    portadores de necessidades especiais.

    1.3. Misso Institucional

  • 13

    A Faculdade Paraso tem por misso oferecer educao superior de excelncia, conectada com

    o seu tempo e antenada com as mudanas da sociedade para formar cidados e profissionais

    competentes, ticos, empreendedores e conscientes da necessidade da formao continuada ao

    longo de toda a vida. A Faculdade Paraso tem compromisso com a qualidade de vida, o

    protagonismo social, a solidariedade, o bom atendimento, a competncia, o respeito a si

    mesmo, ao outro e a toda a forma de vida. Sua prioridade o desenvolvimento do projeto

    pedaggico atualizado, com professores competentes, qualificados e que fazem aprender com

    uma infraestrutura tecnologicamente avanada.

    1.4. Objetivos Institucionais

    A Faculdade Paraso tem por objetivo geral desenvolver o ensino, estimular e incentivar a

    pesquisa e promover a extenso nas reas em que atuar. So objetivos especficos:

    formar profissionais qualificados, em seus cursos de graduao;

    especializar profissionais, em seus cursos de ps-graduao;

    oferecer oportunidades de educao continuada aos egressos e comunidade em que

    est inserida;

    desenvolver programas de aperfeioamento e capacitao para os seus professores;

    zelar pelas condies de ensino dos cursos e programas ministrados e

    manter intercmbio com instituies congneres e articulao com as organizaes da

    sociedade.

    1.5. Finalidades e reas de Atuao

    Como instituio de educao superior, a Faculdade Paraso tem por finalidade:

    o estimular a criao cultural e o desenvolvimento do esprito cientfico e do

    pensamento reflexivo,

    formar recursos humanos nas reas de conhecimento em que atuar, aptos para a insero

    em setores profissionais e para a participao no desenvolvimento da sociedade

    brasileira, promovendo aes para sua formao continuada,

  • 14

    incentivar o trabalho de pesquisa e investigao cientfica, visando ao desenvolvimento

    da cincia e da tecnologia, da criao e difuso da cultura e o entendimento do homem e

    do meio em que vive;

    promover a divulgao de conhecimentos culturais, cientficos e tcnicos que

    constituem patrimnio da humanidade e comunicar o saber atravs do ensino, de

    publicaes ou de outras formas de comunicao;

    suscitar o desejo permanente de aperfeioamento cultural e profissional e possibilitar a

    correspondente concretizao, integrando os conhecimentos que vo sendo adquiridos

    numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada gerao;

    estimular o conhecimento dos problemas do mundo globalizado, e simultaneamente;

    prestar servios especializados comunidade e estabelecer com esta uma relao de

    reciprocidade e o promover a extenso, aberta participao da populao, visando

    difuso das conquistas e benefcios da criao cultural e das prticas investigativas

    geradas na instituio.

    A Faculdade Paraso exerce essas finalidades nas reas em que est autorizada a atuar, at

    agora: cincias humanas e sociais, tecnologia e formao de professores. Os cursos e

    programas que a instituio oferece comunidade pretendem atender demanda local e

    regional, formando ao mesmo tempo recursos humanos qualificados para o exerccio de

    profisses e o desenvolvimento de empreendimentos caractersticos do municpio de So

    Gonalo e regio. A Faculdade Paraso est ampliando a sua rea de atuao, na graduao e

    na ps-graduao, a fim de melhor cumprir a sua misso como uma instituio de ensino

    enraizada na comunidade de So Gonalo.

    1.6. Diretrizes Pedaggicas

    A Faculdade Paraso tem diretrizes pedaggicas fundamentais, que devem sinalizar os

    projetos pedaggicos dos cursos com seus programas e as aes institucionais: educando

    como construtor do prprio conhecimento e o professor como catalisador do processo da

    aprendizagem.

    A partir dessas premissas, o professor entendido como o profissional do ensino, com a

    responsabilidade de criar condies favorveis aprendizagem. E o estudante no ser um

    simples receptor de informaes, mas um profissional da aprendizagem que deve aproveitar

  • 15

    as condies criadas pelo professor para a construo cada vez mais ampla e profunda de seu

    prprio saber.

    As metodologias de ensino devem procurar desenvolver, no educando, a capacidade de

    anlise crtica dos conhecimentos propostos, anlise densa dos temas propostos,

    argumentao slida e um acompanhamento dos avanos tecnolgicos.

  • 16

    ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

    A Faculdade Paraso, ao submeter o seu primeiro regimento aprovao do Ministrio da

    Educao, optou por uma estrutura organizacional praticamente operacionalizada pelas IES

    novas e de seu porte: dois nveis de rgos executivos e de colegiados. Na base, o Curso

    como unidade de acadmico-administrativo de negcios, tendo a Coordenadoria como rgo

    executivo e o Colegiado como rgo deliberativo de superviso das atividades do Curso. Essa

    estrutura tem demonstrado ser propcia a uma IES de pequeno porte, como a Faculdade

    Paraso.

    A Faculdade Paraso - FAP estrutura-se da seguinte forma:

    I. rgos Deliberativos e Consultivos: a) Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extenso; b) Colegiado de Curso.

    II. rgos Executivos: a) Reitoria; b) Coordenao Geral Acadmica; c) Coordenao de Curso.

    III. rgos Auxiliares e de Apoio.

    A Figura 1 apresenta esta estrutura.

  • 17

    Figura 1 Organograma da FAP

    2.1. rgos Consultivos

    2.1.1. Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extenso (CONSEPE)

    As funes do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extenso - CONSEPE esto descritas

    no Regimento Geral, pgina 6.

    2.1.2. Colegiados de Cursos

    As funes dos Colegiados dos Cursos esto descritas no Regimento Geral, pginas 7 e 8.

    2.1.3. Ncleo Docente Estruturante (NDE)

    A estrutura do Ncleo Docente Estruturante (NDE) do curso do Direito foi constituda com

    base no Parecer CONAES no.4 de 17 de junho de 2010 e com a Resoluo N 01, de 17 de

    junho de 2010. Dessa forma, ele composto pelo Coordenador de Curso, que o preside e por

    mais quatro representantes do corpo docente do curso, sendo sua principal responsabilidade a

    Mantenedora

    Reitoria

    Coordenao

    Geral

    Acadmica

    Graduao

    Comisso Prpria de

    Avaliao

    Diretrio Central de

    Estudantes

    CONSEPE

    Coordenao de

    Ps-Graduao e

    Extenso

    NDE

    Colegiado Ps-Graduao e

    Extenso

    Coordenao

    Acadmicade

    Curso

    Ncleo de

    Apoio ao

    Estudante

    Secretaria

    Geral

    Biblioteca

    http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=6885&Itemid=http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=6885&Itemid=

  • 18

    formulao, atualizao, desenvolvimento e consolidao do PPC - Projeto Pedaggico do

    curso de Direito da Faculdade Paraso. O NDE est vinculado s atividades essenciais do

    curso, entre elas docncia, definio do escopo do Projeto Integrador, orientao de pesquisa

    e extenso, reviso de atividades complementares, alm da atualizao do prprio PPC.

    Assim, compete ao NDE:

    elaborar e atualizar periodicamente o Projeto Pedaggico do Curso (PPC);

    zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de

    Graduao;

    acompanhar as atividades do corpo docente do curso e dar cumprimento s normas

    constantes do Cdigo Disciplinar Discente, sempre que tal for necessrio,

    recomendando Coordenao Acadmica a substituio e a contratao;

    encaminhar para aprovao da Coordenao Geral Acadmica, a distribuio dos

    encargos de ensino, pesquisa e extenso entre seus professores antes do incio de cada

    perodo letivo;

    deliberar sobre os programas e planos de ensino das disciplinas;

    emitir parecer sobre os projetos de ensino, pesquisa e de extenso que lhe forem

    apresentados;

    pronunciar-se sobre aproveitamento de estudos e adaptaes de estudantes;

    aprovar o calendrio anual de atividades do Curso;

    estabelecer o perfil do egresso do Curso.

    Como atribuies do NDE destacam-se:

    contribuir para a consolidao do perfil profissional pretendido dos Egressos dos

    Cursos;

    zelar pela integrao curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de ensino

    constantes no currculo;

    indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa e extenso,

    oriundas de necessidades de graduao, de exigncias do mercado de trabalho e

    afinadas com as polticas pblicas relativas rea de conhecimento do curso,

  • 19

    e zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de

    graduao2.

    2.1.4. Comisso Prpria de Avaliao (CPA)

    A CPA tem como atribuies promover regularmente a avaliao, o diagnstico e a

    elaborao de pareceres com o objetivo de dar cumprimento s metas definidas dos servios

    acadmicos, administrativos, assim como as condies de ensino e os programas de

    Responsabilidade Social oferecidos pela FAP/RJ. Sua instituio, composio e atuao

    devem contemplar o que determina a legislao, conforme a Lei 10.861/2004 [3]. composta

    por:

    um representante dos docentes, eleito;

    um representante dos discentes, indicado por seus pares, em lista trplice;

    um representante dos funcionrios;

    um representante da comunidade; e

    um representante dos coordenadores acadmicos, conforme a Lei 10.861/2004 [4].

    O mandato dos representantes de dois anos. Atendendo legislao pertinente supracitada,

    as atribuies da CPA visam aperfeioar os agentes da comunidade acadmica e da

    instituio, principalmente para construir uma cultura de avaliao que possibilita uma

    permanente atitude de tomada de conscincia sobre sua misso e finalidades acadmica e

    social.

    Para tal, esta comisso dever produzir regularmente aes que visem garantir que sejam

    praticadas aes pela FAP/RJ de modo que haja.

    a responsabilidade social com a qualidade da educao superior;

    o reconhecimento da diversidade do sistema;

    o respeito identidade, misso e histria das instituies;

    a globalidade, isto , compreenso de que a instituio deve ser avaliada a partir de um

    conjunto significativo de indicadores de qualidade, vistos em sua relao orgnica e no

    de forma isolada; e a continuidade do processo avaliativo;

    2 Conforme Parecer CONAES n 4 de 17/6/2010.

  • 20

    implementar uma poltica e uma cultura de avaliao contnuas, para o

    acompanhamento, a fiscalizao e o controle das aes desenvolvidas pela instituio,

    de modo que seus resultados permitam que sejam discutidos os problemas da instituio

    em seus mltiplos aspectos pedaggicos, administrativos, cientficos, tcnicos, de

    gesto e financeiros;

    deve gerar como produto final um relatrio com os resultados da avaliao da

    instituio e as propostas para a superao das dificuldades institucionais, com metas de

    curto, mdio e longo prazos.

    2.2. rgos Executivos

    2.2.1. Reitoria

    As funes da Reitoria esto descritas no Regimento Geral, pgina 8 e 9.

    2.2.2. Coordenao Geral Acadmica

    As funes da Coordenao Geral Acadmica esto descritas no Regimento Geral, pginas 9

    e 10.

    2.2.3. Coordenao de Ps Graduao e Extenso (CPE)

    O CPE o rgo administrativo que coordena as aes operacionais necessrias para a

    realizao das atividades de Ps Graduao e Extenso. constitudo por um Coordenador

    acadmico, indicado pela Coordenao Geral Acadmica. O mandato de um ano, com

    renovao a critrio da Coordenao Geral Acadmica.

    As atribuies do CPE so:

    apoiar a criao, organizao e extino de cursos de extenso e sequenciais e de Ps-

    Graduao;

    emitir parecer sobre valores, contratos, acordos e convnios que lhe forem submetidos

    pela Coordenao Geral Acadmica e pelo Coordenador que afetem os cursos de

    Extenso;

  • 21

    emitir parecer sobre os assuntos que lhe sejam submetidos pelo Coordenao Geral

    Acadmica.

    2.2.4. Coordenao Acadmica de Curso (CAC)

    A CAC tem como atribuies cumprir as metas e realizar as aes definidas pela

    Coordenao Geral Acadmica, realizar os servios administrativos associados aos processos

    acadmicos, e zelar pelas condies de ensino da FAP/RJ.

    So constitudas pelo Coordenador de Curso e seu suplente, que o substitui nas faltas e

    impedimentos eventuais, ambos escolhidos e designados pela Coordenao Geral Acadmica.

    O mandato do Coordenador Acadmico de dois anos, podendo ser reconduzido.

    As atribuies das coordenaes acadmicas so:

    superintender todas as atividades da CAC, representando-a junto s autoridades e

    rgos da FAP/RJ;

    convocar e presidir periodicamente as reunies do NDE do Curso;

    acompanhar a execuo das atividades programadas, bem como a assiduidade dos

    professores e estudantes;

    apresentar, semestralmente, ao NDE e Coordenao Geral Acadmica, um relatrio de

    suas atividades;

    sugerir a contratao ou dispensa do pessoal docente, tcnico-administrativo e

    monitores reitoria;

    encaminhar Secretaria Acadmica, nos prazos fixados no Calendrio Acadmico,

    todos os dirios, relatrios e informaes sobre avaliaes e freqncia de estudantes do

    perodo respectivo;

    promover, periodicamente, a avaliao das atividades e dos programas do Curso, assim

    como dos estudantes e do pessoal docente e no-docente nele lotado;

    propor ou encaminhar propostas coordenadoria de Extenso, para a criao de cursos

    seqenciais, de ps-graduao e o desenvolvimento de projetos de pesquisa e programas

    de extenso ou eventos extracurriculares, culturais ou desportivos associados ao seu

    Curso;

    decidir, com o aval do NDE e aprovao da reitoria, sobre o aproveitamento de estudos

    e Regimes Especiais;

  • 22

    exercer as demais atribuies que lhe sejam previstas em lei e neste Regimento.

    2.3. rgos Auxiliares e de Apoio

    Destinam-se a oferecer apoio didtico cientfico, bem como de natureza administrativa,

    tcnica e cultural e atender s singularidades do desenvolvimento organizacional, de acordo

    com as orientaes estabelecidas pela Faculdade.

    So considerados rgos Auxiliares e de Apoio:

    Secretaria Acadmica- SAC

    Ncleo de Atendimento ao Estudante NAE

    Ncleo de Registro de Diplomas NRD

    Ncleo de Educao a Distncia NEAD

    Ncleo de Controle e Manuteno de Laboratrios CML

    Biblioteca

    Esto vinculados Reitoria, so geridos por especialistase so disciplinados por padres

    aprovados pelo Reitor tendo como atividades:

    2.3.1. Secretaria Acadmica (SAC)

    So atribuies da Secretaria Acadmica:

    coordenar as atividades da Secretaria dos Cursos; atender Coordenao dos Cursos;

    cuidar para que todo o material necessrio realizao dos trabalhos esteja disponvel

    para execuo das tarefas;

    atender ao pblico em geral;

    conferir e assinar todos os documentos de Graduados e Graduandos;

    dar prosseguimento ao atendimento do Corpo Discente em toda a sua vida acadmica;

    cadastrar dados acadmicos do estudante (trancamento, reabertura ou cancelamento de

    matrcula); confeccionar dirios de classe e atas de provas;

    atender ao Corpo Docente;

  • 23

    confeccionar documentos acadmicos do estudante (transferncias e demais

    declaraes pertinentes a vida acadmica, exceto s relacionadas a emisso de

    diploma)

    registrar correes de graus e freqncias;

    atender ao Corpo Discente atravs de telefone ou e-mail enviado pelo Ncleo de

    Atendimento ao Estudante - NAE;

    manusear arquivos (ativo e inativo);

    agendar datas para formaturas nos 1 e 2 semestres de cada ano;

    promover formaturas de todos os cursos;

    preparar ata de colao de grau;

    atender casos excepcionais de graduandos e egressos;

    elaborar histricos escolares e, quando couber, guias de transferncias externas e

    internas.

    confeccionar declaraes de: matrcula; aprovaes; estgio; horrio de prova; horrio

    de aula;

    regularidade acadmica; matrcula trancada e outros diversos modelos de declaraes

    existentes;

    confeccionar relaes de: estudantes em dependncia, por curso, disciplina e perodos;

    estudantes que concluram o curso;

    provveis concluintes no semestre;

    percentuais de estudantes aprovados e reprovados no semestre;

    estudantes ingressantes via PROUNI e ENEM;

    estudantes que cancelaram matrcula posteriormente ao vestibular;

    de estudantes por curso/sexo/idade/turno;

    trancamentos, reaberturas e estudantes transferidos, externa e internamente;

    estudantes que esto matriculados em perodos maiores para pagar disciplinas e de

    estudantes ingressantes e concluintes que devero ser relacionados para o ENADE.

    2.3.2. Ncleo de Atendimento ao Estudante (NAE)

    Compete ao Ncleo de Atendimento ao Estudante:

  • 24

    zelar pelo perfeito funcionamento de todas as atividades inerentes ao bom atendimento

    aos docentes, discentes, funcionrios administrativos e pblico em geral;

    gerir as atividades de suporte e apoio aos discentes, docentes, coordenadores e gestores

    nos processos inerentes administrao acadmica (horrio de trabalho docente; horrio

    de atendimento ao discente; entrega e devoluo de dirio de classe; recepo de

    candidatos ao vestibular; recepo ao pblico em geral);

    organizar e gerir a Central de Estgio e Atividades Acadmicas (CEAC);

    emitir relatrios mensais de informaes gerenciais de atendimento e suporte gesto

    acadmica da Faculdade (quantidade e local de estgio; quantidade de horas de

    atividades complementares; faltas e atrasos docentes; quantidade e tipo de atendimento

    discente/docente; quantidade e tipo de atendimento ao pblico em geral).

    manter permanente intercmbio e primar pela informao e bom atendimento com os

    demais rgos da Faculdade.

    2.3.3. Ncleo de Registro de Diplomas (NRD)

    So atribuies do Ncleo de Registro de Diplomas:

    atender aos graduados para requerimentos diversos: certides, histricos, diplomas,

    colao de grau especial;

    manter contato telefnico com os graduados, tanto para informar exigncias quanto para

    notificar sobre documentao pronta (histricos, certides, diplomas);

    confeccionar certides diversas (diploma em fase de confeco, diploma em fase de

    registro);

    montar processos, organizando e conferindo toda a documentao pertinente a emisso

    de diplomas;

    registrar diplomas, colhendo assinaturas dos graduados nos Livros de Registro; do

    Reitor, do Secretrio Geral e dos Coordenadores de Cursos nos documentos diversos.

    2.3.4. Ncleo de Educao a Distncia (NEAD)

    Compete ao Ncleo de Ensino a Distncia:

  • 25

    formular o Programa Institucional de Educao Distncia da Faculdade - EAD, que

    poder contemplar o ensino de graduao, de ps-graduao e de extenso;

    propor a regulamentao das atividades de Educao Distncia;

    acompanhar a consecuo de projetos e de experincias em EAD desenvolvidas pelos

    cursos da Faculdade;

    analisar sistemas e projetos de EAD procedentes da comunidade interna e externa;

    socializar informaes na rea de EAD;

    promover estudos, cursos, seminrios, palestras e encontros de EAD;

    analisar modelos de plataformas tecnolgicas para desenvolvimento de Programas de

    EAD;

    orientar a implantao e, posteriormente, gerenciar o ambiente tecnolgico e

    metodolgico (Campus Virtual) necessrio implementao de Programas de EAD;

    pesquisar e analisar processos de elaborao de material didtico voltado para a

    utilizao em programas de EAD;

    fornecer orientao e apoio aos Professores da Faculdade na produo de material

    didtico de EAD.

    2.3.5. Ncleo de Controle e Manuteno de Laboratrios (CML)

    Cabe ao Ncleo de Controle e Manuteno de Laboratrios:

  • 26

    estabelecer, quando necessrio, um cronograma no sentido de organizar e controlar as

    solicitaes de servio e os pedidos para utilizao das instalaes e equipamentos dos

    laboratrios;

    promover a integrao das rotinas do laboratrio com os projetos de pesquisa e extenso

    da Faculdade;

    manter sempre atualizado o registro dos servios e atividades do CML;

    elaborar e encaminhar os relatrios peridicos sobre as atividades desenvolvidas no

    laboratrio;

    orientar e fiscalizar as atividades do pessoal alocado no laboratrio;

    verificar, periodicamente, o estado dos equipamentos e instalaes, providenciando

    imediata manuteno, quando necessrio;

    gerir o estoque de materiais.

    2.3.6. Biblioteca

    estabelecer diretrizes, objetivos e polticas de documentao e seleo de acervo, bem

    como elaborar o planejamento das atividades;

    fornecer Apoio tcnico s Coordenaes de Curso para, em conjunto, analisar se o

    material bibliogrfico indicado para as disciplinas dos cursos se encontra na biblioteca;

    coordenar a automao dos servios, mantendo contato com as reas de suporte tcnico.

    manter contato com os usurios, orientando-os na utilizao da biblioteca e seu material

    bibliogrfico;

    realizar os servios tcnicos de catalogao, classificao, indexao e recuperao da

    informao de material bibliogrfico;

    manter contato com outras bibliotecas para realizao de permuta de material e

    emprstimo entre bibliotecas.

    2.4. Gesto administrativa

    2.4.1. Condies de Gesto

    A particularidade da gesto da Faculdade Paraso decorre dos fins que se procura alcanar,

    com a Concepo Poltico-Pedaggica assumida e com a natureza do processo em que se

  • 27

    procedeu e se desenvolve essa busca, tendo-se sempre em vista, tanto as condies objetivas e

    subjetivas para as mudanas que se fizerem necessrias, quanto as bases para consolidar

    posturas essencialmente universitrias no ensino, na pesquisa, na extenso e na administrao.

    Sua estrutura organizacional permite prticas administrativas gil, eficiente e eficaz.

    O Curso como unidade acadmico-administrativa, com funes deliberativas (Colegiado de

    Curso) e executivas (Coordenadoria de Curso), centraliza todas as aes acadmicas e de

    apoio tcnico-administrativo na base, onde a aprendizagem acontece, conferindo suficincia e

    consistncia administrativas s aes educacionais. A ligao direta entre a Coordenadoria de

    Curso e o Colegiado de Curso da Faculdade permite que a prtica administrativa tenha

    coerncia e reflexos positivos na qualidade do ensino ofertado aos estudantes, em todos os

    cursos ministrados.

    2.4.2. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

    O PDI elaborado pela Instituio foi fruto de um trabalho coletivo que contou com

    participao de todos os setores da estrutura organizacional. Este trabalho foi coordenado por

    uma comisso que consolidou todos os planos oriundos da Diretoria, das Coordenaes e dos

    rgos Suplementares.

    O PDI delineado pela Faculdade Paraso, em vigncia para o quinqunio 2010-2014, reflete

    esforo conjunto para que seja concebido em sua totalidade e partiu de uma viso prospectiva

    que visa ao desenvolvimento na esfera nacional e regional. Em relao aos aspectos

    oramentrios da instituio, elaborado pela Diretoria Geral e aprovado pelo Conselho

    Superior, aps levantamento das receitas, despesas e investimentos previstos, com base nos

    planos e programas, diretrizes, metas e aes que integram o PDI.

    Aps aprovao pela mantida, o PDI, contendo o oramento quinquenal, submetido

    homologao da mantenedora, responsvel juridicamente pela instituio. Homologado, a sua

    execuo automaticamente autorizada. O desempenho econmico-financeiro e o

    comportamento e evoluo da receita e da despesa so monitorados pela mantenedora, em

    parceria com a Diretoria da instituio.

    Os ajustes so promovidos sempre que necessrio, na receita, na despesa ou nos

    investimentos. A estreita colaborao entre a mantenedora e a mantida, por intermdio de seus

    dirigentes superiores, facilita a promoo das atividades consideradas adequadas, em cada

    momento da avaliao do desempenho institucional, no que refere aos aspectos financeiros e

    oramentrios.

  • 28

    Assim sendo, a Faculdade Paraso assume o compromisso de alinhamento estratgico frente

    aos novos tempos, propiciando um ambiente que busque autonomia e contribua para torn-la,

    cada vez mais, uma Instituio inovadora com expresso regional compatvel ao estgio atual

    de desenvolvimento que a realidade local impe, bem como com as necessidades futuras.

    2.4.3. Organizao e Gesto de Pessoal

    2.4.3.1. Corpo Docente

    A poltica de recursos humanos da Faculdade Paraso tem como instrumentos de realizao, o

    Regimento e os planos de capacitao e de carreira docente. O quadro docente constitudo

    por todos os professores atuantes nos cursos oferecidos pela Faculdade. Os professores so

    contratados pela Mantenedora, por indicao da Diretoria da Faculdade, segundo o regime das

    leis trabalhistas e na forma prevista no Plano de Carreira Docente. A admisso de professor

    feita, mediante seleo, procedida pela coordenadoria do curso a que pertena a disciplina, e

    homologada pelo Diretor da Faculdade. O regime disciplinar do corpo docente disciplinado

    no Regimento da Faculdade.

    As atribuies acadmicas dos docentes so:

    elaborar o Plano de Ensino de sua disciplina ou atividade, submetendo-o aprovao

    respectiva CAC;

    orientar, dirigir e ministrar o Plano de Ensino de sua disciplina, cumprindo-lhe

    integralmente o programa e a carga horria, conforme ementa enviada pela CAC;

    registrar a matria lecionada e controlar a frequncia dos estudantes no Sistema

    Acadmico indicado pela CAC e no Dirio;

    organizar e aplicar os instrumentos de avaliao do aproveitamento e julgar os

    resultados apresentados pelos estudantes;

    fornecer, Secretaria Acadmica, os dirios com as notas correspondentes aos

    trabalhos, provas e exames, bem como a frequncia dos estudantes, dentro dos prazos

    fixados no Calendrio Acadmico;

    responder pela ordem na turma para a qual estiver lecionando, pelo uso do material e

    das instalaes do Campus e pela sua conservao;

  • 29

    orientar os trabalhos escolares e quaisquer atividades extracurriculares relacionadas com

    a disciplina;

    conservar, sob sua guarda, documentao que comprove seus processos de avaliao e

    seu desempenho acadmico e entreg-los formalmente respectiva CAC a cada fim de

    perodo letivo;

    planejar e orientar pesquisas, estudos e publicaes de campo de conhecimento de seu

    interesse, registrando, obrigatoriamente, ao menos trs publicaes ou produes

    acadmicas a cada ano no Currculo Lattes, que deve ser entregue a cada semestre,

    atualizado CAC de cada curso onde est alocado;

    participar da elaborao do projeto pedaggico e institucional da FAP/RJ quando

    solicitado pelas CACs.

    As atribuies institucionais dos docentes so:

    observar o regime disciplinar da FAP/RJ;

    participar das reunies e trabalhos dos rgos colegiados a que pertencer e de comisses

    para as quais for designado;

    recorrer das decises dos rgos deliberativos ou executivos;

    comparecer a reunies e solenidades programadas pela Direo da FAP/RJ e seus

    rgos colegiados;

    no defender ideias ou princpios que conduzam a qualquer tipo de discriminao ou

    preconceito ou que contrariem este Regimento e as leis;

    comparecer ao servio, mesmo no perodo de recesso letivo, sempre que necessrio, por

    convocao da coordenadoria do curso ou da direo da FAP/RJ;

    elaborar, quando convocado, questes para os processos seletivos, aplicar as provas e

    fiscalizar a sua realizao.

    2.4.3.2. Plano de Capacitao Docente

    De acordo com o PDI vigente, as metas para capacitao do corpo docente da Faculdade

    Paraso so as seguintes:

  • 30

    atingir, no mnimo 25% dos integrantes do corpo docente nos cursos de capacitao

    profissional anualmente, com acesso ao Mestrado e ao Doutorado;

    estimular os docentes a participar de cursos de ps-graduao, concedendo bolsa de

    50% nos cursos oferecidos;

    criar um centro de treinamento em didticas alternativas para atualizao permanente do

    corpo docente com o objetivo de oferecer programas, cursos, colquios e outras

    atividades que desenvolvam o conhecimento;

    subsidiar os docentes, por meio de ajuda de custos, para que participem de eventos

    cientficos, tecnolgicos, artsticos e culturais e em treinamentos especficos.

    Para tanto, as seguintes aes foram planejadas:

    reservar, pelo menos, metade das vagas dos cursos de ps-graduao para os professores

    e pessoal no-docente;

    ofertar para todo o corpo docente cursos e programas de atualizao, aperfeioamento e

    especializao em didtica e metodologia do ensino superior;

    possibilitar o treinamento na utilizao de recursos da tecnologia educacional, em apoio

    s atividades de ensino, pesquisa/iniciao cientfica e extenso;

    oferecer apoio pedaggico aos professores para o desempenho de suas funes;

    estipular ajuda de custos, a critrio da Diretoria e de acordo com os recursos existentes

    destinados ao Plano de Capacitao, aos docentes que participarem de eventos

    promovidos por entidades de reconhecido valor, visando auxiliar na inscrio no evento

    e nas despesas com locomoo, hospedagem e alimentao.

    2.4.4. rea para convivncia e desenvolvimento de atividades sociais

    A Faculdade oferece, sua comunidade acadmica, instalaes prprias para convivncia

    comunitria, tais como, reas para convivncias, prticas desportivas, recreao e lazer, ou

    seja, um Centro Esportivo Polivalente, numa rea total de 1200 m, com capacidade para

    1500 pessoas, sendo composto ainda, por: iluminao, sistema de som, salas de apoio e

    vestirios. Para apresentaes culturais, artsticas e recreativas, a instituio possui um

    auditrio com 160m2, com espao para acomodar 141 pessoas, sendo composto tambm por:

    corredor, palco, sistema de som e oito ventiladores.

  • 31

    2.4.5. Infraestrutura de alimentao e de outros servios

    A Faculdade oferece sua comunidade acadmica, instalaes prprias para alimentao e

    convivncia comunitria (Restaurante Universitrio com rea de 300 metros), bem como

    locais adequados ao atendimento de estudantes, funcionrios e docentes. Essas instalaes

    cumprem com as normas de higiene e salubridade. Nas proximidades da Faculdade existem

    locais de servios teis para estudantes, docentes e funcionrios, tais como livrarias,

    papelarias, lanchonetes, restaurantes etc.

    2.4.6. Relaes, parcerias e cooperao com a comunidade, instituies e empresas

    A Faculdade Paraso mantm relaes e parcerias com entidades representativas de So

    Gonalo e regio (categorias profissionais e econmicas) e com empresas e rgos pblicos.

    Essas parcerias viabilizam oportunidades de estgios (curriculares e extracurriculares) e

    atividades de extenso.

    Atravs de sua Coordenao de Extenso promove eventos de apoio a entidades filantrpicas,

    escolas pblicas, comunidades carentes e ONGs do municpio. Atravs de programas de

    parcerias, fornece bolsas de estudos para estudantes carentes e oriundos das escolas pblicas

    municipais. Atravs de parceria com a Associao Comercial de Empresas de So Gonalo

    (ACESG), promove uma srie de eventos de aproximao entre a instituio e as empresas da

    regio e com o poder pblico municipal. Atravs do Comit Diretor de Informtica (CDI),

    promove uma srie de iniciativas de apoio e desenvolvimento de programas de incluso social

    e tecnolgica, cedendo o campus para os projetos da organizao, maior centro de incluso

    digital do pas, e que elegeu a FAP como seu principal plo em So Gonalo.

    Desde 2012, a Semana Acadmica utilizada para oferecer cursos de curta durao para a

    comunidade, que so ministrados pelos docentes da instituio. Os estudantes atuam na

    organizao e divulgao do evento, que arrecada alimentos como forma de concesso dos

    certificados de participao, que depois so distribudos ao asilo Cristo Redentor, ONG que

    abriga idosos de So Gonalo e se tornou parceira da instituio na organizao da Semana

    Acadmica.

    Alm de usufruir da integrao com a Universidade Lusfona e das demais instituies de

    ensino do grupo, que incluem plos da Europa, frica, So Paulo e Salvador.

  • 32

    [1] Antiga Comisso de Avaliao Institucional, descrita no antigo Regimento Acadmico,

    passa a se denominar CPA para adequao taxonomia praticada pelo MEC, conforme Lei

    10.861, de 14 de Abril de 2004.

    [2] Conforme Parecer CONAES n 4 de 17/6/2010.

    [3] Onde consta que cada instituio de ensino superior, pblica ou privada, constituir

    Comisso Prpria de Avaliao (CPA), no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da publicao

    desta Lei, com as atribuies de conduo dos processos de avaliao internos da instituio,

    de sistematizao e de prestao das informaes solicitadas pelo INEP, obedecidas as

    seguintes diretrizes: I constituio por ato do dirigente mximo da instituio de ensino

    superior, ou por previso no seu prprio estatuto ou regimento, assegurada a participao de

    todos os segmentos da comunidade universitria e da sociedade civil organizada, e vedada a

    composio que privilegie a maioria absoluta de um dos segmentos; II atuao autnoma

    em relao a conselhos e demais rgos colegiados existentes na instituio de educao

    superior.

    [4] Onde consta que na CPA ser assegurada a participao de todos os segmentos da

    comunidade universitria e da sociedade civil organizada, e vedada a composio que

    privilegie a maioria absoluta de um dos segmentos.

  • 33

    DADOS GERAIS DO CURSO

    3.1. Titulao

    Bacharelado em Direito

    3.2. Modalidade

    Bacharel

    3.3. Vagas Anuais

    So oferecidas 200 vagas para o ingresso totais anuais, nos turnos diurno e noturno.

    3.4. Dimensionamento das Turmas

    As turmas so dimensionadas de acordo com o perodo e o nmero de estudantes, sendo no

    mximo compostas por 50 estudantes nas aulas tericas e expositivas. As aulas prticas sero

    desenvolvidas no Ncleo de Prtica Jurdica (NPJ) segundo as regras estabelecidas em seu

    regulamento.

    3.5. Turno

    Diurno e Noturno

    3.6. Durao do Curso

    A durao do curso de 3.700 horas, 2.760 horas de cunho terico, 740 horas de cunho

    prtico (incluindo as disciplinas prticas e o estgio supervisionado) e 200 horas de atividades

    complementares, integralizadas no mnimo em 10 (dez) semestres e no mximo em 20 (vinte)

    semestres, ou seja, o dobro do tempo mnimo.

    3.7. Regime de Matrcula

  • 34

    Seriado Semestral.

    3.8. Endereo do Campus

    Rua Visconde de Itana, 2671, Paraso, So Gonalo/RJ, CEP 24.431-005, Fone: (21)3032-

    4499, Fax: (21) 3032-4483, Stio eletrnico: www.faculdadeparaiso.edu.br.

    3.9. Base legal

    O Projeto Pedaggico do Curso (PPC) de Direito da FAP foi desenvolvido de acordo com a

    Resoluo CNE/CES n. 0055/2004, de 18 de fevereiro de 2004, e a Lei n. 9.394/96 (Lei de

    Diretrizes e Bases da Educao Nacional). O curso de Direito da FAP teve autorizado o

    funcionamento pela portaria da Superviso do Ensino Superior do MEC, n. 105, de 02 de

    fevereiro de 2007, e foi reconhecido pela portaria do Secretrio de Regulao e Superviso da

    Educao Superior do MEC de n. 133, de 27 de julho de 2012.

    O PPC do curso de Direito foi aprovado em 25 de novembro de 2014, atravs da Resoluo n.

    04 do CONSEPE e est em vigor desde o primeiro semestre letivo de 2015.

    http://www.faculdadeparaiso.edu.br/

  • 35

    DADOS DO COORDENADOR DO CURSO

    4.1. Identificao

    A coordenao do Curso de Direito da FAP exercida pelo Professor Roberto Monteiro

    Litrento,

    4.2. Regime de Trabalho

    As atividades acadmicas do Coordenador do Curso de Direito da FAP sero desenvolvidas

    em tempo integral.

    4.3. Atuao do Coordenador

    Possui graduao em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980), tendo

    mestrado em Cincia Poltica. Foi professor substituto pela UFRJ no ano de 1993 lecionando

    as disciplinas DIREITO I e II com excelente desempenho. Atualmente professor da

    Universidade Federal do Rio de Janeiro, lecionando as disciplinas de Prtica Jurdica Civil, I e

    II. professor da Faculdade Paraso de So Gonalo, ministrando as disciplinas de Direito

    Processual Civil e Prtica Jurdica Civil, I e II; bem como Fundamentos do Direito. Tem

    experincia na rea de Direito Pblico e Privado, com nfase em Direito Civil, Teoria Geral

    do Processo, Direito Processual Civil, Direito Constitucional e Prtica Forense. Foi orientador

    de estgio profissionalizante pela Associao Universitria Santa rsula (USU), de 1990 a

    1995. Tambm atuou na orientao e superviso de alunos pela Associao de Ensino de

    Campo Grande (MSB) de 1996 at 2010. Ainda na Associao de Ensino de Campo Grande

    exerceu a funo de Coordenador de Atividades Complementares, tendo tomado posse na

    funo em 09 de janeiro de 1988. Foi o fundador do Ncleo de Prtica Jurdica da Faculdade

    Paraso, fato ocorrido em 2009, atuando como Coordenador e orientador de estgio na rea

    cvel, com nfase no Direito Civil, abrangendo Direito de Famlia, Direito do Consumidor e

    Responsabilidade Civil, at 2014.

    Foi Coordenador do NPJ da Faculdade de Direito da UFRJ a partir 1998, com atuao em

    toda rea cvel e juizados especiais, at 2009, quando solicitou sua dispensa da coordenadoria,

    permanecendo no NPJ na funo de Supervisor Geral de Estgio, tendo, dentre as atividades

    administrativas inerentes a este novo cargo, a funo de orientar os estagirios do stimo ao

  • 36

    dcimo perodo do Curso de Direito, bem como a de participar de bancas examinadoras de

    aferio e aproveitamento do estgio forense.

    Foi consultor jurdico dos programas de rdio voltados para os esclarecimentos da populao

    no tocante as mais variadas reas do Direito, participando do programa de Eduardo Fajardo

    junto Rdio MEC, intitulado "Manh Viva". Igualmente, participou, na condio de

    consultor jurdico, do programa dirigido pela radialista Berta Nutels, "Fala cidado", junto

    Rdio Nacional.

    Atua tambm, nesta cidade, como advogado militante nas reas ligadas ao direito de famlia,

    rfos e sucesses, direito das obrigaes, dentre outras afetas ao direito civil. Tem grande

    experincia, alm da rea cvel, tambm na rea criminal, com atuaes, inclusive, em

    juizados especiais criminais.

    As atribuies do coordenador encontram-se descritas no item 2.2.4.

    4.4. Titulao e Formao do Coordenador do Curso

    O Coordenador do Curso de Direito da Faculdade Paraso bacharel em Direito pela

    Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tendo colado grau

    em 28 de dezembro de 1980. Concluiu o Curso de Mestrado em Direito Poltico pela UFRJ

    em 16 de outubro de 1991. Atualmente doutorando em Cincia Poltica pela FAP. Publicou

    diversos artigos, em 2013 e 2014, na rea jurdica, em assuntos especialmente relacionados

    ao Direito de Famlia, no jornal da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de So

    Gonalo. Alm das atividades de Coordenao do Curso de Direito e de magistrio superior,

    exerceu a Coordenao do Ncleo de Prtica Jurdica da FAP, desde a sua criao em 01 de

    outubro de 2009, onde foi seu fundador, at 2014. No curso de Direito da UFRJ professor

    assistente, tendo ingressado na IES atravs de concurso pblico de provas e ttulos em

    13/12/1994.

    4.5. Experincia profissional, de magistrio superior e de Gesto Acadmica do

    coordenador.

    O coordenador possui experincia profissional no magistrio, tendo ministrado aulas em

    vrias disciplinas nas seguintes Instituies de Ensino: Centro Universitrio Moacyr Sreder

    Bastos, Universidade Santa rsula e Faculdade Sociedade Unificada de Ensino Superior

  • 37

    (SUESC). Exerce o magistrio tambm na UFRJ, na condio de professor assistente 40

    horas, tendo sido aprovado em concurso pblico de provas e ttulos, ministrando as

    disciplinas de Prtica Jurdica Civil I e II. Tambm exerce a funo de Supervisor Geral de

    Estgio pela UFRJ. Exerceu na UFRJ a funo de Coordenador de Estgio entre os perodos

    de 1996 at 2009. Ainda no exerccio do magistrio, exerce tambm a funo de examinador,

    participando de bancas de final de curso, alm de participar em bancas de aferio de

    estagirios e de monografia, tanto na UFRJ, quanto pela FAP. Exerce tambm a funo de

    examinador em concursos para o cargo de professor substituto pela UFRJ. Como advogado

    militante tem atuao, desde 1981, nas reas ligadas ao direito de famlia, bem como a rea de

    defesa do consumidor, tendo atuaes tambm na rea criminal.

  • 38

    5. ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICO

    5.1. Contexto educacional

    5.1.1. Relevncia Social do Curso na cidade de So Gonalo e adjacncias

    O curso de direito da Faculdade Paraso oferece condies objetivas de oferta porque est

    contextualizado geograficamente em uma regio da rea metropolitana do Rio de Janeiro, o

    municpio de So Gonalo, com a segunda maior populao do Estado do Rio de Janeiro, com

    ndices socioeconmicos muito baixos e os ndices de violncia, inclusive contra autoridades,

    muitos altos. Segundo o Ministrio da Sade, em 2001, o municpio foi o terceiro lugar com

    taxas de morte por homicdio (516 mortes). Pelo mapa do IBGE, a incidncia de pobreza em

    So Gonalo uma das maiores do Estado (quase 40%), enquanto na vizinha Niteri tem

    apenas 12% desse ndice. Com pouca infraestrutura para atender a populao, So Gonalo

    tem altos indicadores de graves diferenas sociais, com alto ndice de violncia, baixo padro

    de proteo social e uma regio na qual os trabalhadores recebem um salrio bem abaixo dos

    trabalhadores da cidade do Rio de Janeiro, com a explorao do trabalho percebida em baixos

    ndices salariais e baixa sindicalizao.

    No campo das relaes do trabalho, a proximidade do complexo do COMPERJ desenhou

    recentemente outro perfil ao municpio de So Gonalo, que se encontra no seu entorno, de

    instalao de pequenas indstrias e de revigoramento das existentes, que se concentram na

    atividade martima, de estaleiros e de metalurgia.

    No se pode deixar de considerar aqui, a complexidade das relaes sociais oriundas da

    realidade socioeconmica de So Gonalo. Integrante da regio metropolitana do Rio de

    Janeiro, com uma acelerada modernizao dos diversos segmentos da economia em virtude de

    se localizar no entorno do COMPERJ, So Gonalo integra o projeto com o Centro de

    Integrao de So Gonalo, que realizar a qualificao de cerca de 30 mil profissionais dos

    11 municpios situados na rea de influncia do empreendimento, a base logstica tambm

    ser em So Gonalo com o duto de fornecimento de petrleo. Alm disso, So Gonalo

    privilegiado por se situar nas margens da baa da Guanabara, o que favorece as atividades da

    indstria naval.

    Em meio a esta natureza circundante a poltica do curso espelha a misso institucional que

    persegue um curso de graduao em Direito vocacionado para dar respostas eficientes aos

  • 39

    problemas locais e regionais, e que requeiram bacharis aptos na aplicao das ferramentas

    das cincias sociais aplicadas para ampliar o acesso justia na regio.

    A oferta do curso est estruturada a partir de um ensino diversificado, com disciplinas do eixo

    fundamental que possibilitem ao aluno construir gradativamente uma concepo crtica da

    realidade para favorecer uma formao que no seja exclusivamente tcnica, como a que se

    identifica ainda o advogado como operador do direito;e as disciplinas do eixo profissional

    utilizando uma metodologia a partir de casos concretos, extrados da realidade, que possibilite

    ao futuro profissional estar apto a enfrentar as dificuldades do meio profissional; nas

    disciplinas prticas usando de uma metodologia, pela apresentao de problemas e

    formulao de hipteses, estas comprovadas ou refutadas a partir da pesquisa com material

    preponderantemente bibliogrfico, estimulando as pesquisas de campo e aplicadas, sobre os

    quais se deita a leitura analtica, crtica e problematizadora. Esta a formao que o curso do

    Direito da FAP proporciona ao aluno, com a concepo de um curso com vocao

    contextualizada para potencializara a transformao da realidade social, poltica, institucional

    e geogrfica de So Gonalo e Regio.

    5.1.2. O curso de Direito na contemporaneidade

    Atravessa a sociedade contempornea grande impacto nas suas estruturas, provocado pelas

    profundas e rpidas transformaes. E, sem que tivesse tempo de absorver as mutaes de

    uma gerao, nova onda de alteraes mistura tendncias e atropela os valores estabelecidos.

    Da o prestgio, na ps-modernidade, do efmero, do voltil, da aparncia, da mistura de

    estilos e da insegurana das verdades. Estamos na poca do ps-tudo, porque na ps-

    modernidade h a contestao dos valores da Revoluo Francesa, do marxismo, do

    pensamento Kelseniano e das descobertas freudianas. Enfim, questionam-se os valores

    acumulados pelas geraes antecedentes, ao tempo em que se tem uma sociedade cada vez

    mais complexa.

    As dificuldades no so apenas do primeiro mundo, das naes ricas e civilizadas. Todos

    fazem parte do cadinho que atinge um planeta cada vez menor, porque todos esto cada vez

    mais prximos.

    Dentro desse quadro o Brasil no poderia ser diferente e tambm enfrenta os desafios da era

    digital, com um agravante: sem ter tido tempo de modernizar-se, e cumprir as promessas

    constitucionais inseridas na Carta de 88, quando adotou o modelo de Estado Social e

    abandonou o modelo de Estado Liberal.

  • 40

    Obrigado a aceitar as regras da globalizao, para no ser atropelado pela irreversvel marcha

    da histria, realizou o Estado Brasileiro a sua poltica no sentido do neoliberalismo,

    preparando-se para enfrentar os desafios da poltica econmica internacional.

    Talvez tenham sido os profissionais da rea jurdica os mais atingidos com o processo de

    mudana, visto que so os bacharis os primeiros a absorverem, no seu trabalho, os reflexos

    das polticas institucionais, tendo como limite o status quo, formado por valores

    preestabelecidos e sedimentados nas leis.

    A velocidade da vida ps-moderna faz com que as leis paream distanciadas da realidade, por

    disciplinarem situaes aqum ou alm do cotidiano social.

    Por outro ngulo, luta-se para que seja diminuda a distncia entre o Estado e seus cidados,

    priorizando-se as polticas pblicas direcionadas diminuio da excluso social. Uma dessas

    polticas a do acesso Justia Estatal, dificultada pelo empobrecimento econmico e social

    da populao, pelo descrdito das instituies e pelo distanciamento e burocratizao do

    Judicirio.

    Os profissionais do Direito, inseridos nesse contexto desordenado, desiludem-se, tornando-se

    quase como figuras que servem ao jogo de poder, procura de brechas nas fissuras sociais,

    agarrando-se aos fiapos que os prendem ao status quo ante e lhes davam insero social,

    polpuda remunerao e, em consequncia, poder.

    sobre essa aparente desordem na rea jurdica que dirigimos nossa ateno, na tentativa de

    identificar as causas para melhor direcionar e trabalhar as suas solues.

    5.1.2.1. Os Bacharis em Direito

    Independentemente do que sejam os bacharis: advogados pblicos ou militantes privados,

    promotores, magistrados, delegados ou profissionais, tm eles idnticos problemas e

    dificuldades. Padecem, afinal, dos mesmos males advindos da formao acadmica e das

    influncias sociais. A sociedade jurdica brasileira tem, na sua origem, formao romano-

    germnica e um forte referencial nos postulados da Revoluo Francesa, com o predomnio

    do Direito Civil no centro do sistema e das relaes privadas. Nas universidades brasileiras,

    em decorrncia das tendncias da sociedade poltica, o ensino do Direito adquiriu uma forte

    viso positivista, com as caractersticas seguintes:

    carter cientfico;

    emprego da lgica formal;

  • 41

    plenitude do ordenamento jurdico;

    racionalidade da lei; e

    neutralidade do intrprete.

    Na verdade, o mundo inteiro sofreu a influncia da Revoluo Francesa, o divisor de guas de

    uma sociedade feudal que cedeu espao a uma sociedade liberal, na busca dos ideais de

    igualdade, fraternidade e liberdade.

    O pensamento cientfico e libertrio foi de durao significativa. Nascido no Sculo XIX,

    entrou no Sculo XX, chegando aos anos cinquenta, perodo ps-guerra, quando teve incio

    um movimento de mudana, de reviso, cujo pice foi atingido nas dcadas de 70 e 80. Esse

    movimento, vindo da Europa e dos Estados Unidos, intitulou-se Teoria da Reviso Crtica,

    tendo como caractersticas:

    identificao da ideologia na produo legislativa;

    esvaziamento da funo legiferante, no sentido de tornar as leis cada vez mais abstratas

    e distanciadas das circunstncias fticas e episdicas, para afastar a insero dos

    interesses dominantes;

    valorao exacerbada do Poder Judicirio, com a competncia de adequar os fatos da

    vida a uma normatizao abstrata e aberta; e

    autorizao implcita, como lei fundamental, para o intrprete buscar fazer justia

    efetiva, ainda quando no a encontre na lei; aplicando, para tanto, princpios

    constitucionais.

    No Brasil, por razes polticas, pouco se absorveu do Movimento da Reviso Crtica, no

    vingando a tentativa, que tomou o nome de Direito Alternativo, de se implantarem as novas

    ideias trazidas pela elite intelectual.

    Os alternativistas trouxeram, entretanto, uma dificuldade: propiciaram a radicalizao, tanto

    do mundo jurdico oficial, com o encapsulamento do Judicirio, quanto do ensino

    tradicional nas universidades. Somente ao final do governo militar foi possvel repensar o

    mundo jurdico dentro dos princpios da Reviso Crtica", at chegar-se Constituio da

    Repblica Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88).

    A nova viso introduziu as seguintes prticas:

  • 42

    queda do positivismo emblemtico;

    viso do Direito como funo social, com novos princpios, definies e regras;

    interpretaoprincipiolgica, fundada em valores ticos e sociais;

    comprometimento do intrprete com os valores reais da sociedade;

    massificao dos conflitos via aes coletivas;

    valorao dos interesses jurdicos que saem da esfera das relaes bilaterais, para as

    relaes plurissubjetivas (interesses difusos e coletivos);

    relativizao de tradicionais dogmas, tais como: plenitude do ordenamento jurdico,

    limites subjetivos da coisa julgada, limitao absoluta do espao de competncia

    jurisdicional; e

    relativizao da coisa julgada.

    Esse movimento jurisfilosfico coincide com a mudana poltica. O Estado passa de Liberal

    para Estado Social. Sem ter conseguido o Brasil implementar as suas polticas pblicas nos

    moldes de Estado do Social, comea a sofrer as consequncias das mudanas provocadas pela

    queda do Leste Europeu. o incio de uma nova era, de um novo modelo chamado

    Neoliberalismo, que se instalou em um mundo encolhido geograficamente e submetido a

    louco jogo de mercado. E, a partir da, teve a sociedade de conviver com:

    a decadncia do conceito de soberania e a formao de blocos polticos e econmicos;

    o avano da tecnologia, com a acelerao dos meios de comunicao e a evoluo dos

    experimentos e descobertas cientficas, especialmente no campo da engenharia gentica;

    as perdas bruscas do poder econmico do Estado, guardio do lucro e da produtividade,

    e a preocupao em minorar as consequncias do desemprego, subemprego e economia

    informal;

    a incapacidade do Estado de garantir a segurana pblica, visto no ter tido tempo de

    implementar suas polticas;

    o desmanche da poltica de estatizao, marca prioritria do modelo de Estado do Bem

    Estar, guardio do progresso e da justia social;

    o surgimento do crime organizado, cuja principal caracterstica reside na infiltrao dos

    tradicionais criminosos na estrutura do poder;

    a transferncia das preocupaes, do plano das liberdades individuais, para a priorizao

    de duas grandes temticas: SEGURANA E GOVERNABILIDADE;

  • 43

    a exaltao do Direito Pblico enquanto o direito civil emigra para microssistemas:

    Cdigo de Defesa do Consumidor, Estatuto da Cidade, Marcas e Patentes de Inveno,

    e outros.

    Estamos hoje a viver neste mundo globalizado, tentando criar novos paradigmas para

    substituir os valores que se perderam com a velocidade da vida moderna e que entraram em

    choque com a ps-modernidade.

    A aplicao da justia, embora seja atividade monopolizada pelo Estado, est inserida em um

    mundo de competitividade dos mais cruis, em especial porque, institucionalmente, no se

    reconhece publicamente a litigiosidade surda que existe entre os diversos segmentos da

    profisso, os quais agarram-se aos limites territoriais desenhados como marcos de atuao

    construdos ao longo do Sculo XX, na tentativa de manterem os privilgios adquiridos.

    Dentro dessa acanhada tentativa de manuteno do status, no h olhos para o futuro, o que

    leva os bacharis perda da perspectiva dos seus valores no novo contexto social e a

    ignorarem que esto sendo ameaados pela litigiosidade contida dentro e fora dos seus

    domnios; pelo aumento da criminalidade, que acentua a ineficincia de suas atuaes; pela

    prtica da justia pelas prprias mos, em prova insofismvel do descrdito do aparato estatal;

    pela fuga dos detentores do capital justia tradicional, levando os ricos para as solues

    alternativas de conflito, sem a interveno da justia tradicional. Enfim, no h percepo da

    realidade, entendendo-se como tal o processo pelo qual se selecionam, organizam e

    interpretam as informaes, a fim de serem traadas novas aes. A ordem , acima de tudo,

    despirem-se os bacharis dos preconceitos, assumindo a mudana de paradigma.

    Entende-se paradigma o conjunto de ideias mestras que torna necessria a reviso das teses

    assentadas, porque precisam ser substitudas ou retificadas, na dico do filsofo Thomas

    Kuhn.

    No nada fcil superar paradigmas. Afinal, h uma tendncia de enxergarmos o passado

    com benevolncia e o futuro com espanto, na viso de Norberto Bobbio.

    5.1.2.2. O papel dos advogados

    Registra a histria a presena dos advogados, seja pelo Instituto dos Advogados do Brasil,

    seja pela Ordem dos Advogados, nos acontecimentos nacionais: Na Inconfidncia Mineira,

    estavam Toms Antnio Gonzaga, Cludio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto e outros; na

  • 44

    Independncia do Brasil, tivemos a notvel e decisiva participao do ilustre Jos Bonifcio

    de Andrade e Silva; na Abolio da Escravatura, estava Teixeira de Freitas, ilustre jurista, na

    luta pela causa dos negros; na Proclamao da Repblica, assim como nas Revoluesde 1930

    e 1937, embora em decadncia as participaes polticas dos bacharis, estavam os legalistas

    e libertrios, sendo inesquecveis os nomes de Sobral Pinto, Pedro Aleixo, Milton Campos,

    dentre outros.

    E na saga poltica brasileira desfilaram ilustres advogados na Revoluo de 1964, mesmo

    sendo difcil o enfrentamento das instituies, OAB e IAB, ao governo militar.

    A politizao dos rgos institucionais da advocacia, contudo, no pode se descurar de uma

    importante responsabilidade inserida nas suas atribuies: a formao adequada dos

    profissionais.

    No campo de reviso crtica da profisso, temos de manter a ateno para o mais importante

    ingrediente: a tica, cuja adoo apregoada incessantemente na profisso, como caminho

    nico p