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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO – UNICID Claudio Marcio dos Santos Pós Graduação “Lato Sensu” em Supervisão e Orientação Educacional Orientação Educacional – Mediação e Intervenção Diante da Indisciplina Escolar Tema Indisciplina Escolar. Problematização Como mediar a relação educador-educando no processo de ensino aprendizagem, diante da indisciplina que ocorre em sala de aula? Justificativa O Docente recebe uma formação para aplicação do conteúdo de sua disciplina, e, infelizmente, quando chega em sala de aula se depara com um discente, que, tem um comportamento que, muitas vezes, não permite a aplicação do material preparado, de uma forma integral, tendo que lidar com conflitos, indiferenças, resistências e transferências afetivas (positivas e negativas) de seus discentes, sendo assim, é necessário que o Orientador Educacional intermedie essa relação: educador-educando/família-escola, instrumentalizando o docente para lidar com os múltiplos comportamentos, compreender as diversas realidades de onde se originam seus alunos e desenvolver habilidades e 1

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A Orientação Educacional é imprescindível na relação educador-educando e Escola-Família, principalmente diante da indisciplina escolar. Faz- necessária sua Mediação. Mas como fazer essa mediação? Sendo útil e prática, sem ser inconveniente.

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Page 1: Projeto para o tcc   orientação educacional – mediação e  intervenção diante da indisciplina escolar

UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO – UNICID

Claudio Marcio dos Santos

Pós Graduação “Lato Sensu” em Supervisão e Orientação Educacional

Orientação Educacional – Mediação e

Intervenção Diante da Indisciplina Escolar

Tema

Indisciplina Escolar.

Problematização

Como mediar a relação educador-educando no processo de ensino

aprendizagem, diante da indisciplina que ocorre em sala de aula?

Justificativa

O Docente recebe uma formação para aplicação do conteúdo de sua disciplina, e,

infelizmente, quando chega em sala de aula se depara com um discente, que, tem um

comportamento que, muitas vezes, não permite a aplicação do material preparado, de

uma forma integral, tendo que lidar com conflitos, indiferenças, resistências e

transferências afetivas (positivas e negativas) de seus discentes, sendo assim, é

necessário que o Orientador Educacional intermedie essa relação:

educador-educando/família-escola, instrumentalizando o docente para lidar com os

múltiplos comportamentos, compreender as diversas realidades de onde se originam

seus alunos e desenvolver habilidades e competências para trabalhar essas

potencialidades; Fomentando no discente o interesse pela aprendizagem cooperativa,

interacionista e criticista, orientando-o em como estudar – Aprender a Conhecer,

Aprender a Fazer, Aprender a Ser e Aprender a Viver Juntos/Aprender a Viver com os

Outros1; Aproximando Família e Escola por intermédio de instrumentos pedagógicos

teóricos e práticos.

Objetivo Geral

Intermediar a relação docente-discente com informações teóricas e práticas para que

os mesmos consigam, a partir do entendimento das causas da indisciplina, utilizá-la

1 Na Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em Jomtien, na Tailândia, em 1990, foram definidos quatro pilares da educação, que deveriam ser a meta para o desenvolvimento educacional em todos os países signatários de seus documentos. 

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como uma forma de aprendizagem, uma melhor interação da família e escola e torná-la

uma aliada no desenvolvimento do conteúdo.

Objetivos Específicos:

1. Compreender a Disciplina e a Indisciplina;

2. Fomentar a construção de saberes: Formação Docente e Aprendizado Discente;

3. Aproximar a Família e a Escola.

Questões a Investigar

1. Quais as causas da indisciplina escolar?

2. Como usar a indisciplina como uma aliada à aprendizagem?

3. Como aproximar a família da escola?

Fundamentação Teórica

A Zona de Desenvolvimento Proximal descrita por Vygotsky é uma forma que

temos de possibilitar ao educando melhor desempenho, pois considera seu próprio

aprendizado anterior à escola e o amplia, mediando o ex-ante e o ex-post, do educando,

permitindo ao mesmo que consiga conhecer e desenvolver o que conhece, respeitando

suas limitações, potencialidades e possibilidades.

Wallon nos faz compreender o sujeito emotivo que está inserido em nossa sala

de aula, que precisa de afeto para sobreviver e se desenvolver, quando isto não ocorre,

esse educando reage de diversas formas, culminando muitas vezes na indisciplina

escolar. Na profissão docente não se pode simplesmente estar professor, mas ser

facilitador, envolver-se e sentir-se coparticipante da transformação do sujeito-ser

discente, pois ele é um cidadão de direitos que precisa ser compreendido, direcionado,

apoiado e amado pelo professor. Isto nos propõe Wallon com tanta veemência que nos

faz refletir: A Docência não seria mais que uma profissão? Um sacerdócio em si? Com

certeza, uma profissão-sacerdócio que constrói saberes em conjunto.

Jean Piaget (La Taille, 1992) nos propõe um desenvolvimento da inteligência

humana no indivíduo em função de interações sociais possíveis numa troca equilibrada

de pensamentos, pois o desenvolvimento biológico busca equilibrar-se numa relação

social que passa da coercividade para a cooperatividade, ou seja, o educando que em sua

socialização da infância, recebia as informações sem questionar (pois assim se fazia

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necessário), chega à adolescência com suas operações mentais prontas à cooperarem,

tendo que construir sua personalidade em meio à uma ética de relação social.

E, unindo-se a esse seleto elenco de teóricos da Psicogenética, fomos buscar o

embasamento da formação docente focada em um método, genuinamente brasileiro,

humano e prático - Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire (Freire, 2011), que se

preocupa em desenvolver o saber a partir do ser e não do ter, do doar-se para alguém e

não tomar de alguém. Freire nos propõe uma desconstrução contínua, no processo de

construção conjunta de saberes, onde o educador, tem domínio do conteúdo, mas não do

processo de aprendizagem, pois esse é diferente a cada aula, que é viva, dinâmica,

surpreendente e criativa.

Metodologia

Pesquisa Bibliográfica, na Internet e Entrevista Semiestruturada.

Cronograma de Execução

02/03/14 a 29/03/14 => Pesquisar Temas para Elaboração do TCC.

30/03/14 a 12/04/14 => Envio do Termo de Aprovação do Tema via Portal AVA

13/04/14 a 24/05/14 => Período de Avaliação do Tema pelo Orientador

01/06/14 a 14/06/14 => Elaboração do TCC

15/06/14 a 02/08/14 => Envio do TCC (Artigo) pelo portal AVA

03/08/14 a 23/08/14 -> Org. do Trab. para a realização da apresentação

presencial e pública.

24/08/14 a 01/09/14 => Apresentação do TCC (agendar a data com o Agente

Educacional).

Referências

ALVES, R. O Segredo dos Gênios: Manual de orientação para professores e estudantes. São Paulo: Tupã, 2006.ANTUNES, C. Diário de um Educador: Temas e Questões Atuais. 2 ed. São Paulo: Papirus, 2007.______________. Professor bonzinho = aluno difícil: a questão da indisciplina em sala de aula. 9 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.AQUINO, J. G., org. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 16. Ed. São Paulo: Summus. 1996.

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BARRETO, A. Eureka – Arquimedes! 2009. Disponível em: http://dicasdeciencias.com/2009/07/28/eureka-arquimedes/. Acesso em: 06 Jun. 2013.BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.DURKHEIM, É. As Regras do Método Sociológico; tradução Paulo Neves; revisão da tradução Eduardo Brandão. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.FERRARI, M. Henri Wallon, o educador integral. 2013. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/educador-integral-423298. shtml> . Acesso em: 22. Mai. 2013. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio - Século XXI. Nova Fronteira. Versão Eletrônica. Lexikon Informática Ltda. Versão 3.0. 1999.FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão; tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática Educativa, São Paulo: Paz e Terra, 2011._____________. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro, Paz e Terra. 2005.GADOTTI, Moacir. Cidadania Planetária Pontos para a reflexão. Cuiabá: Instituto Paulo Freire, 1998.LA TAILLE, Yves de, JUSTO, José Sterza e SILVA, Nelson Pedro. Indisciplina: ética, moral e ação do professor. 5ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2013.LIMA, Liliana Correia de. Interação Família-Escola: Papel da família no processo ensino-aprendizagem, 2009. Disponível em: Disponível em:<www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2009-8.pdf>. Acesso em: 14 Abr. 2013.MANZINI, E. J. Entrevista semi-estruturada: Análise de objetivos e de roteiros. Ed. USC, 2004. Disponível em: http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt3/04.pdf. Acesso: 24 Jun. 2013.MIRANDA, S. A eficácia da comunicação. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999.MOREIRA, M. A. Investigações em Ensino de Ciências. Trabalho apresentado no Encontro sobre Teoria e Pesquisa em Ensino de Ciência - Linguagem, Cultura e Cognição. Faculdade de Educação da UFMG, Belo Horizonte, 5 a 7 de março de 1997.AZEVEDO, F. de... [et al.]. Manifestos dos pioneiros da Educação Nova (1932) e dos educadores 1959. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.PEREIRA, L. P. O Sentido do Pertencimento nas Relações Pedagógicas: Um Olhar Voltado à Experiência de Professores. Dissertação apresentada como exigência parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação junto à Universidade Cidade de São Paulo – UNICID. Sob orientação da Professora Drª. Ecleide Cunico Furlanetto. São Paulo: Universidade cidade de São Paulo, 2007.STIRNER, M. O Falso Princípio Da Nossa Educação. São Paulo: Editora Imaginário. 1ª Ed. 2001.VASCONCELOS, C. Os Desafios da Indisciplina em Sala de Aula e na Escola. Publicação: Série Ideias n. 28. Pinas: 227-252 São Paulo: FDE, 1997.VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente. 4ª edição brasileira. São Paulo: Martins, 1991

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