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Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola Politcnica Departamento de Engenharia Industrial Curso de Engenharia de Produo Engenharia de Mtodos

Projeto de Postos de Trabalho Brenneke Confeces Ltda.

Pedro de Souza Fleury Gabriel Franco Pereira Eduardo Sales Bessa Campos

1

Sumrio Viso Geral Do Trabalho.

1 1.1 1.2 1.3 1.4

Introduo -----------------------------------------------------------------------------7 Apresentao.--------------------------------------------------------------------------7 Objetivos do Estudo.-----------------------------------------------------------------7 Mtodo de Pesquisa-------------------------------------------------------------------8 Cronograma do trabalho.-------------------------------------------------------------8

2

Identificao Da Unidade Produtiva---------------------------------------------9

2.1 Informaes Gerais-----------------------------------------------------------------------9 2.2 Histrico E Caracterizao Da Unidade Produtiva----------------------------------10 2.3 Estratgia E Poltica de capacidade Produtiva---------------------------------------13 2.4 Poltica De Produtos---------------------------------------------------------------------14

3

Anlise Da Linha De Produtos--------------------------------------------------14

3.1

Classificao ABC da Linha de produtos----------------------------------------15

4

Anlise Do Processo De Fabricao Do Produto Mais Relevante--------19

4.1 Diviso de Trabalho na Produo do Produto Classe A----------------------------20 4.2 Fluxograma de Processos.--------------------------------------------------------------22 4.3 Mapofluxograma-------------------------------------------------------------------------26 4.4 Anlise Do Fluxograma De Processos e Do mapofluxograma-------------------27

2

4.5 Balanceamento de Linha/ Diagrama de mximos de Capacidade-----------------34 4.6 Diagrama de Freqncia de Percurso-------------------------------------------------45 4.7 Identificao do Posto Gargalo--------------------------------------------------------45

5

Anlise Do Posto Gargalo (Pedro Fleury)-------------------------------------46

5.1 Descrio Do Posto Gargalo-----------------------------------------------------------46 5.2 Grfico homem Mquina/Grfico De Atividades Simultneas------------------50 5.3 Grfico De Operaes (Mo Direita x mo Esquerda)-----------------------------56 5.4 Crticas Segundo Os Princpios De Economia de Movimentos.----------------- 58 5.5 Crticas Segundo Os Princpios da OIT.---------------------------------------------64 5.6 Relao Homem X Trabalho: Ergonomia, Higiene e Segurana do trabalho.--70

6 Sntese Das Crticas Ao Fluxograma , Mapofuxograma e Descrio. Do Posto De Trabalho.-------------------------------------------------------------------73

6.1 Especificaes De Projeto Do Posto.----------------------------------------------75

7 Definio De Um Projeto Bsico Para o Posto.---------------------------------77

7.1 Busca De Casos Similares.-------------------- ------------------------------------77 7.2 Alternativa De Implantao Imediata E Baixo-Custo--------------------------81 7.3 Alternativa Eestado da Tcnica----------------------------------------------------94 7.4 Alternativa livre.---------------------------------------------------------------------97 7.5 Desenvolvimento Do Projeto Bsico Para O Posto De Trabalho------------101

3

5 Anlise Do Posto Gargalo (Gabriel Franco)--------------------------------104

5.1 Descrio Do Posto Gargalo---------------------------------------------------104 5.2 Grfico homem Mquina/Grfico De Atividades Simultneas----------110 5.3 Grfico De Operaes (Mo Direita x mo Esquerda)---------------------115 5.4 Crticas Segundo Os Princpios De Economia de Movimentos.----------118 5.5 Crticas Segundo Os Princpios da OIT.--------------------------------------123 5.6 Relao Homem X Trabalho: Ergonomia, Higiene e Segurana do trabalho.-127

6 Sntese Das Crticas Ao Fluxograma , Mapofuxograma e Descrio Do Posto De Trabalho.--------------------------------------------------132

6.1 Especificaes De Projeto Do Posto.----------------134

7 Definio De Um Projeto Bsico Para o Posto.------------------------------------134

7.1 Busca De Casos Similares.-------------------------------------------------------------135 7.2 Alternativa De Implantao Imediata E Baixo-Custo.-----------------------------137 7.3 Alternativa estado Da Tcnica.--------------------------------------------------------157 7.4 Alternativa livre.-------------------------------------------------------------------------167 7.5 Desenvolvimento Do Projeto Bsico Para O Posto De Trabalho-----------------168

4

5 Anlise Do Posto Gargalo (Eduardo Campos)----------------------------------173

5.1 Descrio Do Posto Gargalo---------------------------------------------------------173 5.2 Grfico homem Mquina/Grfico De Atividades Simultneas----------------177 5.3 Grfico De Operaes (Mo Direita x mo Esquerda)---------------------------182 5.4 Crticas Segundo Os Princpios De Economia de Movimentos-----------------186 5.5 Crticas Segundo Os Princpios da OIT--------------------------------------------190 5.6 Relao Homem X Trabalho: Ergonomia, Higiene e Segurana do trabalho-193

6 Sntese Das Crticas Ao Fluxograma, Mapofuxograma e Descrio. Do Posto De Trabalho----------------------------------------------------------------------195

6.1 Especificaes De Projeto Do Posto-------------------------------------------------197

7 Definio De Um Projeto Bsico Para o Posto.-----------------------------------198

7.1 Busca De Casos Similares------------------------------------------------------------198 7.2 Alternativa De Implantao Imediata E Baixo-Custo-----------------------------199 7.3 Alternativa estado Da Tcnica--------------------------------------------------------214 7.4 Alternativa livre.------------------------------------------------------------------------217 7.5 Desenvolvimento Do Projeto Bsico Para O Posto De Trabalho----------------220

5

8 Reunio Com Os Representantes Da Unidade Produtiva-----------------223

9 Concluso Do Trabalho----------------------------------------------------------224

10 Bibliografia------------------------------------------------------------------------228

Anexo A Organograma Funcional---------------------------------------------229

Anexo B Relatrio de visitas----------------------------------------------------230

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1 Introduo 1.1) ApresentaoA escolha da unidade produtiva para desenvolvermos o Projeto de Postos de Trabalho foi norteada de forma que pudssemos contribuir para o funcionamento de uma empresa que admirssemos. Com esse intuito, foi escolhida Confeces Brenneke. O contato se deu devido a um integrante do grupo, Pedro de Souza Fleury, ser grande amigo da filha do dono da fbrica, Juliana Madeira. Alm da amizade, foi escolhida tal unidade produtiva pela imensa admirao que Pedro tem pelo dono, Sr. Eduardo Madeira, pelo seu empreendedorismo e seriedade no comando de sua fbrica. Por tais motivos, segue como grande objetivo , ajudar a melhorar por meio do presente projeto, o funcionamento e produtividade da Fbrica de Confeces Brenneke. Durante todas as etapas e visitas do trabalho sero elaborados relatrios que mostram a descrio de atividades nos diversos momentos do projeto. Estes se encontraro anexados junto ao trabalho na entrega final. a Fbrica de

1.2) Objetivos do EstudoAnalisar a cadeia produtiva de forma a compreender a dinmica de um empreendimento fabril, bem como por em prtica ensinamentos adquiridos em sala de aula.

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1.2.1) Objetivos EspecficosAps analisar e estudar minuciosamente a produo da Fbrica de confeces Brenneke, identificar o posto gargalo e sugerir possveis melhorias no processo de produo de roupas.

1.2.2) Objetivos PessoaisAdquirir experincia no tocante a como entrevistar funcionrios, entender os processos, modelar processos, e entender problemas que possam estar ocorrendo na produo tais como: posto gargalo, trabalhos desnecessrios, desperdcios de tempo e de movimentos. Sendo assim capaz de sugerir melhorias.

1.3) MetodologiaEstudo de caso, visando a anlise de toda a cadeia produtiva de roupas exclusivamente da fbrica em questo.

1.4) Cronograma do Trabalho

Visita: 1 2 3 4 5

Data: 19/08/2008 02/09/2008 16/09/2008 07/10/2008 21/10/2008

Itens do Roteiro: 1.1;1.2;1.3;1.4;2.0;2.1;2.2;2.3;2.4 3.0;3.1;4.0;4.1;4.2;4.3;4.4 4.5;4.6;4.7 5.1;5.2;5.3;5.4;5.5 5.6;6.0;6.1

2.0) Identificao da Unidade ProdutivaConsiste no levantamento dos dados relativos organizao, possibilitando um primeiro conhecimento e explanao sobre a fbrica.8

2.1) Informaes GeraisA unidade produtiva a ser estudada em nosso projeto a Fbrica Brenneke Confeces e Servios LTDA, que se localiza na Rua Ituverava , 1102, no Anil, Jacarepagu, Rio de Janeiro. Tem como dados: Inscrio Estadual(CGC) : 84340898 ou 40245094/0001-83 Telefones para contato : 2424-8417 / 2424-8418 Fax: 3392-2396 Email para contato: [email protected] Os contatos principais da empresa que nos ajudaro a desenvolver o trabalho cedendo informaes e disponibilidade de recursos so Juliana Madeira (Filha do dono da fbrica e ajudante na parte administrativa), cujo telefone 7841-6884 e Fbio Portela dos Santos (assessor comercial),cujo telefone 7840-2475. Sendo este o principal orientador interno das visitas j feitas e das que esto para ser efetuadas. A Unidade produtiva em questo tem um total de 97 empregados (desde a administrao at os responsveis pela limpeza) , quantia averiguada no dia 19/08/2008. H 2 turnos de trabalho na unidade, sendo o primeiro de 07:30 as 12:00, e o outro de 13:00 s 17:30. O intervalo de uma hora entre 12:00 e 13:00 referente ao horrio de almoo/descanso dos funcionrios, entretanto h um projeto sendo estudado por parte da direo de implantar um rodzio de descanso dos funcionrios. Isso esta acontecendo devido a queixas de cansao dos trabalhadores e constantes demonstraes de fadiga nas duas horas finais do expediente. Sabendo que a maior parte do planejamento da produo feita informalmente e que no existem documentos formais da instituio como o Organograma Funcional, se torna necessrio o desenvolvimento de um Organograma que descreva, mesmo que superficialmente, as responsabilidades e atribuies de cada tipo de funcionrio em cada setor da produo. Este Organograma se encontrar em anexo na entrega final do trabalho (no houve tempo hbil de averiguar essa parte na 1 visita).

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2.2) Histrico da Unidade ProdutivaEvoluo da FbricaA empresa Brenneke Confeces e Servios LTDA foi fundada no dia 04 de junho de 1991. No incio localizava-se no 2 andar da casa do dono(Sr. Eduardo Madeira),na Estrada do Tindiba,Jacarepagu, com 6 costureiras produzindo somente roupas industriais. Aps um ano de trabalho rduo, foi ampliado os tipos de produtos, passando a produzir roupas sociais e ocorrendo a implantao de silk-screen, e passouse a utilizar toda a casa para a produo requisitada(o dono e sua famlia se mudaram). Em 1997, foi implantado o sistema de risco, computadorizado e com o uso de Auto Cad. Em 1998 ocorreu a implantao de servios de faco. Em 2000, ocorreu a ampliao da rea de confeco, com maquinrio de bordado, inclusive com programas de bordados prprios. Em 2007 ocorreu a mudana para galpo com 1200 metros quadrados de rea construda(atual localizao da fbrica), passando-se a atender diversos segmentos de mercado.

Objetivo da OrganizaoO objetivo principal suprir as necessidades atuais do mercado de uniformes e roupas em geral. No deixando perder-se na qualidade e competitividade com relao as empresas concorrentes.

Produtos FabricadosA organizao oferece atualmente uma gama de produtos para os possveis clientes. Camisas de malha,camisas sociais, calas jeans, calas sociais, uniformes dos mais variados tipos feitos ao gosto do cliente. Torna-se mais fcil eliminar os tipos de vesturio que no so fabricados pela Brenneke, sendo os principais : gravatas, meias , botinas e sapatos.

Registro e Estrutura Jurdica

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Servios de costura a rea de atuao registrada no Alvar de Licena para Estabelecimento, para a Brenneke Confeces e Servios LTDA. uma empresa privada.

Propaganda e Marketing de ProdutosNo h um servio de propaganda bem engajado da empresa. A fbrica no possui site e no investe substancialmente nesse setor. Os clientes tem comeado a aparecer em grande nmero mais pela boa fama conquistada com anos de empenho e eficincia. Como a empresa est crescendo em termos de produo e capacidade, faz parte dos planos a elaborao de um site na internet e mecanismos mais eficazes de propaganda. De acordo com o orientador no h ainda esse tipo de investimento pois ele considera que talvez a fbrica no consiga corresponder a grande demanda que possa vir a ter. Portanto, a fbrica caminha cuidadosamente, se preparando para no futuro poder atender uma gama cada vez maior de clientes.

Sistemas de Gesto e InformaoNo utilizado qualquer sistema de gesto de produo. No foi obtido qualquer informao que revele qualquer inteno de aquisio nesse sentido. A empresa utiliza banco de dados para coordenar valores, tamanhos e

especificidades de cada pedido. O uso de banco de dados facilita muito o encadeamento das informaes , tornando mais fcil e rpida a parte administrativa. H tambm o uso de softwares de bordado e modelagem , que facilitam e padronizam cada vez mais a produo.

Poltica de TerceirizaoNo h qualquer poltica de terceirizao pela empresa. Tudo produzido por ela e no se contrata quaisquer outras empresas para realizar servios. At o sistema de entrega prprio da organizao.

Representao e Organizao dos TrabalhadoresNo h qualquer organizao interna que represente os funcionrios. A nica representao que tem certa influncia para os funcionrios da empresa o Sindicato das Costureiras.

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No h qualquer participao de funcionrios em lucros. No h clubes que os funcionrios possam participar , nem fundos de penso.

Cronograma de EventosTodo final de ano h reunies entre todos os funcionrios da empresa, desde o dono at o servente. So organizados churrascos e festas com sorteios de cestas bsicas, aparelhos de TV, DVDs, bicicletas e muitos outros prmios. H grande harmonia entre a direo da empresa e os funcionrios em geral, havendo grande motivao na produo e possibilitando a ampliao da produtividade devido ao bom empenho dos funcionrios.

Poltica de Contratao e DemissoA principal caracterstica buscada pela unidade em sua poltica de contratao a experincia. Devido a costura ser um processo difcil e sucetvel a grande nmero de erros, prioriza-se os candidatos que tenham anos de experincia e que possam realizar as tarefas sem comprometer a qualidade e os prazos estabelecidos. Outro motivo para ser priorizado a experincia o fato de no haver , atualmente, meios de se estabelecer uma poltica de treinamento de funcionrios. Os funcionrios contratados vo direto para a linha de produo , e por isso devem chegar errando menos possvel. No tolerado qualquer tipo de insubordinao por parte dos funcionrios, visto que as atitudes da gerncia para com eles so amistosas e no h qualquer tipo de explorao. So demitidos pessoas que no esto se empenhando propositadamente e que no tem condies de cumprir e produzir as metas estabelecidas(encomendas feitas pelos clientes).

Treinamento dos FuncionriosApesar de no haver qualquer treinamento ou capacitao de funcionrios, h uma vontade por parte da administrao da empresa de futuramente ser implantado um plano de treinamento. Seria um plano em conjunto com o SENAI, onde seriam treinadas as costureiras , que a partir disso viriam trabalhar na fbrica. Um ponto importante que justifica a falta atual de treinamento a escassez de costureiras no mercado, devido aos baixos salrios. Logo, quando se contrata uma costureira h a necessidade de bot-la para trabalhar com urgncia, para atender a demanda de produtos da fbrica.

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Poltica de Remanufatura/ReciclagemNo h qualquer poltica de remanufatura ou reciclagem. No utilizado nenhum material usado ou material desgastado. Roupas que saem com erros so doadas e, de acordo com o orientador, no seria interessante, financeiramente, recicl-las para a produo de outras novas.

2.3) Estratgia e Poltica de Capacidade ProdutivaConsiderando as previses de crescimento e desenvolvimento da fbrica, a organizao planeja nos prximos anos dar continuidade produo de roupas em geral. Tem ocorrido, atualmente, um grande aumento na capacidade de produo da empresa visto que a unidade que est sendo analisada nova e conta com mquinas de ltima gerao. Um fator que possibilitou uma maior produo e mais diversificada, foi a expanso para um galpo grande com 1200 metros quadrados, deixando espao para diversas mquinas e novos processos. Com essa expanso foram contratados muitos funcionrios, especialmente costureiras. Portanto, no h perspectiva, em curto prazo, de se contratar muitas pessoas, somente pontualmente, para eventuais necessidades. A implementao de computadores aliados a softwares de modelagem e de bordados, tem ampliado a capacidade produtiva. Antigamente os moldes eram feitos mo, e agora todos eles so processados em computador, de uma forma muito mais rpida e eficaz. Portanto, os moldes chegam s costureiras aps serem impressos em grandes mquinas recm adquiridas. H, portanto, maior padronizao das roupas com o uso do computador. A direo est sempre atenta a possveis melhorias tecnolgicas, e h um grande esforo para manter-se com os melhores equipamentos, sempre que possvel efetivando melhorias na produtividade. Como a fbrica lida com encomendas, h sempre grande risco de a demanda ficar alta demais e exacerbar a capacidade produtiva. Portanto, no h qualquer possibilidade da fbrica ofertar mais do que demandado. Nos estoques da fbrica s

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ficam armazenados roupas de clientes mais fortes, que tenham compromissos assumidos em longo prazo e que garantam que no vo interromper sua demanda pelos produtos previamente requisitados. Conforme explicitado anteriormente, a unidade produtiva em estudo um galpo recm construdo da empresa de confeces Brenneke. Portanto, no h qualquer inteno de expanso fsica atualmente. O lugar onde foi contrudo o galpo era um imvel residencial, que foi em grande parte reformado para a instalao da fbrica como um todo. Nos fundos do terreno do imvel tem um ambiente amplo, de aproximadamente 30 metros quadrados, contrudo anteriormente a compra pelo Sr. Eduardo Madeira, que pode servir para uma eventual expanso da fbrica dentro do prprio terreno. Atualmente esse ambiente no est sendo utilizado. Entretanto, no descartada uma futura expanso, caso aumente muito a demanda e amplie-se a perspectiva de lucros.

2.4) Poltica de ProdutosA fbrica atua competitivamente no estado do Rio de Janeiro, e no tem atuao significativa fora do estado. No h qualquer inteno de cessar a produo de nenhum dos produtos atualmente fabricados. De acordo com o orientador consultado, se fosse interessante para eles comearem a produzir novos produtos, no haveria problema algum, bastando ser bem planejado e estudado os efeitos, lucros e vantagens que a fbrica poderia vir a ter. Atualmente, a Fbrica de confeces Brenneke est posicionada a frente das concorrentes em relao infra-estrutura tecnolgica.

3.0) Anlise da Linha de ProdutosA anlise da linha de produtos da empresa possibilitar uma maior facilidade na identificao da participao dos diversos produtos no contexto geral da organizao, com o objetivo de descobrir qual o mais importante e caracteriz-lo completamente, ou mesmo, a fim de estabelecer este trabalho como um projeto mais interessante e positivo para a empresa de estudo, estudar um produto cujos processos envolvidos tenham maior repercusso e resultado ao final do trabalho.

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Uma importante ferramenta na seleo dos produtos de maior importncia para a organizao a Classificao ABC, que consiste na anlise do rendimento total de cada produto, comparando-o com o total arrecadado pela organizao

3.1 ) Classificao ABCA classificao ABC de todos os produtos produzidos no pde ser feita, pois no foi possvel obter as informaes dos produtos que no fossem os listados abaixo. H uma ampla variedade de roupas produzidas pela empresa em questo. Em virtude disto, encontramos uma grande dificuldade em relacionar todos os produtos por ela produzidos. Com os dados que nos foram passados pela administrao, elaboramos uma lista , que apesar de no ser completa, contm os produtos mais importantes. Portanto , para o estudo que se planeja fazer essa lista suficiente, e retratar com grande fidelidade a situao da fbrica com relao a linha de produtos.

Produto: Macaco Padro Petrobras Jalecos Trs Bolsos em Brim Cala Americana com Elstico e Cadaro Camisa Social Manga Longa Camisa Social Manga Curta Bluso Modelo Fechado com Gola e um Bolso Macaco em Brim Cala Social com Pregas Aventais de Napa Aventais de Tecido Camisa Malha Polo

Quantidade: Preco Unitrio(R$) Participao(%) 1000 3720 4380 3180 5800 2700 2100 3900 1800 2100 3600 130,00 19,50 19,00 28,60 25,80 18,50 55,00 29,00 8,90 13,50 23,00 11,337 6,326 7,258 7,931 13,050 4,356 10,073 9,863 1,397 2,472 7,221

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Cala em Tactel Jaquetas em Tactel Toucas

2550 2040 3200

23,50 65,00 6,90

5,223 11,564 1,926

Obs: Quantidades verificadas numa media de 6 meses.

Tendo como ferramenta de anlise a Classificao ABC, possvel identificar qual o produto mais importante para a organizao. A curva ABC um mtodo antigo, mas muito eficaz e baseia-se no raciocnio do diagrama de pareto desenvolvido pelo economista italiano Vilfredo Pareto. Consiste em uma tabela ou planilha de clculo onde possvel determinar os produtos de maior participao em relao a toda a linha. Ela permite, assim, diferentes nveis de controle com base na importncia do item. Segundo as informaes disponibilizadas pela Brenneke, pode-se perceber por meio da classificao ABC acima exibida, que a Camisa Social Manga Curta o produto com maior participao nos rendimentos da empresa. Como estamos tratando de uma Fbrica de Confeco , no diferimos produtos por estes serem feitos de tecidos distintos(caso isso fosse levado em conta teramos centenas de produtos diferentes e o projeto ia demorar muito mais que o necessrio para ser feito), pois nos foi informado que independente do tecido que o produto feito no h qualquer alterao em sua cadeia produtiva. Logo, quando analisamos os tempos da produo para fazermos o balanceamento que mais adiante ser apresentado, fizemos uma mdia dos tempos averiguados na produo da Camisa Social Manga Curta com alguns tecidos diferentes. A partir disso, realmente constatamos que no h grandes disparidades , e que no seria isso que influenciaria de forma decisiva no objetivo do presente projeto.

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Macaco Petrobrs Jalecos B rim

Cala Am ericana

Cam S isa ocial Mang L a a ong Cam S isa ocial Mang a Curta(CL S A) AS E Macaco em B rim Cala S ocial Com Preg as Jaquetas em Tactel Outros

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4) Anlise do processo de fabricao do produto mais relevanteA maioria das roupas produzidas na Fbrica Brenneke , passam por estgios comum na sua produo. Em virtude disto, a anlise da produo da Camisa Social Manga Curta poder nos dar uma boa impresso do processo produtivo de todos os produtos confeccionados pela empresa.

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Fotos Camisa Social Manga Curta Produto Classe A -

4.1) Diviso do trabalho na produo da Camisa Social Manga Curta19

Levantamento da distribuio dos trabalhadores por cada seo/segmento do seu processo de produo. Dessa forma, pode-se constatar a participao de cada seo em funo do nmero de funcionrios nas mesmas.

Seo de Modelagem Seo de Corte Seo de Separao Seo de Bordado Seo de Costura* Seo de Arremate Seo de Marcao Seo de Passagem a Ferro Seo de Dobragem e Empacotamento

2 funcionrios 6 funcionrios 3 funcionrios 2 funcionrios 49 funcionrios 5 funcionrios 4 funcionrios 3 funcionrios 2 funcionrios

Obs.: A seo de costura engloba os funcionrios que trabalham na Mquina reta, Mquina 5 fios, Mquina de Chulear, Mquina de Casear, Mquina de Mosquear e a Mquina de Pregar Boto.

Na seo de Costura h maior concentrao de trabalho, pois o nmero de funcionrios maior do que nas outras.

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4.3) Mapofluxograma

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4.4) Anlise do Fluxograma de Processos e do Mapofluxograma Espao: A organizao espacial da empresa funcional, feita por meio de setores, de forma que esto quase todos dentro do galpo central da empresa, com exceo da seo de desenvolvimento e impresso do modelo, do setor de passar, do setor de dobrar e embalar e da seo de bordados, que esto em salas separadas devido necessidades de cuidados extras. O processo de realizao do produto inicia-se na sala de impresso do modelo, aps isso percorre uma parte galpo central (a rea de corte, rea de separao) aps isso, encaminha-se parte dos tecidos para a rea de bordados. Terminado o bordado, retorna-se a rea de separao e posteriormente as peas so enviadas rea de costura, e finalizando o processo na rea de arremate, passagem e embalagem do produto. Trabalho: O trabalho realizado pelos operrios na fbrica , a principio, especializado, realizando cada um a atividade para o qual foi designado. Entretanto, quando h atraso num processo produtivo, um funcionrio pode ser deslocado temporariamente para a seo deficiente de modo a auxiliar e suprir o citado atraso no processo. Tempo: O processo de fabricao caracteriza nitidamente como Job-Shop. Tal fato pode ser notado de forma simples ao analisar as caractersticas do processo produtivo: o layout da produo feito por processo; a produo feita em encomendas para pequenos volumes; a capacidade difcil de definir; os operrios tm apenas certas habilidades para operar suas mquinas; a falha em alguns equipamentos pode parar desde alguns itens at o funcionamento geral da empresa e; o atraso no recebimento de materiais pode atrasar a produo de algumas peas. Unidade de Organizao:

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Cada funcionrio exerce sua funo especifica por dois turnos dirios nos cinco dias teis semanais. O primeiro turno inicia-se s 7hr 30min e termina as 12hr e o segundo inicias s 13hr e finaliza-se s 17hr 30min, sendo o intervalo de uma hora entre os turnos destinados a almoo e descanso do pessoal. Portanto, a unidade de organizao homem-tarefa-turno. Anlise do Mapofluxograma: Aps uma anlise e uma discusso a respeito do planejamento de instalaes dos equipamentos e mquinas da empresa notou-se que ambos os integrantes do grupo deram nfase dificuldade e falta de um padro no transporte dos materiais dentro da empresa. Tal fato foi concludo, pois se percebeu quem transportava os tecidos chocava-se por diversas vezes em outros funcionrios, tendo em vista que o espao o qual destinado ao trnsito de pessoal (espcie de corredores sem paredes) era demasiadamente pequeno para a demanda pelo o qual ali circulava. Entretanto, tal problema poder ser resolvido com uma diminuio nos tamanhos do transportes e uma mudana no trajeto do processo produtivo. A soluo seria uma reformulao do posicionamento dos setores. Outro fato analisado e que foi concludo necessidade de mudanas com relao organizao do espao fsico. O material no segue um fluxo contnuo dentro do galpo central, sendo desviado diversas vezes devido falta de um melhor planejamento no agrupamento das mquinas. Exemplo claro disso o transporte do tecido cortado da rea de corte at o setor de separao e aps isso, um nmero considerado de tecidos cortados tem de cruzar a fbrica at a rea de bordados, provocando um transporte demasiadamente grande no processo e, pior que isso, um maior transito de funcionrios na empresa. Aps a anlise das mquinas e do percurso, concluiu-se novamente que uma alternativa a esses problemas de espao e deslocamento seria uma reorganizao das posies dos setores e, conseqentemente, uma remodelagem da posio das mquinas. o Posicionamento dos setores Para a proposta de reorganizao dos setores, foi relevado o ciclo completo de produto, isto , a ordem dos setores pelo qual o material percorre. A inteno seria de posicionar os setores de tal forma que os

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transporte total ao final do todo o processo produtivo seja o mnimo possvel. Com isso, conclui-se que seria necessria uma grande reformulao da utilizao do espao, pois existem transportes demasiadamente longos, podendo esses sofrer considervel queda aps uma anlise atenta. De modo a evitar fluxos cruzados e retornos ao longo do processo produtivo, o grupo buscou melhor reorganizar a posio dos setores levando em considerao o atuais excessivos transportes. Tal fato promoveria uma diminuio no tempo gasto pelo transporte do material, j que o deslocamento seria menor. Com a utilizao dos raciocnios acima apresentados, conclumos que seriam convenientes as seguintes mudanas: 1. A transferncia da rea de impresso para o outro extremo do galpo, sendo alojado na rea vazia (esse procedimento vivel, tendo em vista que o local vazio apresenta circuito eltrico e espao suficiente para alocao da impressora, nicas necessidades especiais para a rea de modelagem). 2. Deslocamento das mquinas de corte leves para a rea de separao e, da mesma forma, o setor de separao seria transferido para o setor anteriormente ocupado pela maquinaria de cortes leves. 3. As mquinas de corte pesado seriam colocadas na rea anteriormente ocupada por parte das mquinas retas - destinadas costura de bainha e da gola; 4. As mquinas de chulear seriam transferidas para onde est alojado o setor de marcao; 5. Deslocamento das mquinas retas - destinadas costura do bolso para a rea ocupada pelos setores de corte pesado e arremate; 6. A mquina de 5 fios seria apenas aproximada do corredor, ocupando parte do espao que utilizado pelas mquinas retas destinadas a costura da bainha e da gola;

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7. As mquinas retas destinadas costura da bainha e da gola seriam deslocadas lateralmente at aproximadamente o centro do galpo, de modo a no ocupar passagem do corredor e; 8. Agrupamento dos pequenos setores de mquinas de casear, de mosquear, de pregar boto, de marcao e de arremate num canto, onde o ultimo processo termine no corredor, de modo a facilitar o transporte at o setor de passar. A seguir um simples esboo da possvel reorganizao:

Figura Proposta de reorganizao Legenda:1 Setor de Modelagem 2 Setor de Cortes Leves 3 Setor de Separao 4 Setor de Bordados 5 Setor das Mquinas de Chulear 6 Setor de Mquinas-retas destinadas costura do bolso 7 Setor de Mquinas 5 Fios 8 Setor de Mquinas-retas destinadas a costura da gola e bainha 9 Setor de Mquinas de Casear 10 Setor de Mquinas de Mosquear

X:

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11- Setor de Marcao 12 Setor de Pregar Boto 13 Setor de Arremate 14 Setor de Passar 15 Setor de Embalar

Como pode-se notar, os setores de bordado, de mquina de bater elstico, de passar e de dobrar e embalar no sofrerem alteraes espaciais. Com relao aos trs ltimos, o grupo achou adequada sua alocao atual no novo planejamento das mquinas. O setor de bordado um caso particular. As mquinas de bordado so mquinas grandes e de difcil deslocamento, pois esto dentro de uma sala fechada. Caso fosse proposta a mudana no local do setor, haveria de ocorrer diversas mudanas na empresa, pois as mquinas de bordado necessitam de condies especiais para operar de forma a no danificar o equipamento. O ar refrigerado uma delas, pelo fato da mquina de bordado gerar muito calor, e esse calor poderia danific-las, o ar refrigerado evita esses danos. Outra necessidade especial um sistema de paredes grossas que evita que o som se dissipe pelo resto da fbrica, pois como existem duas mquinas com capacidade de bordar simultaneamente (cada mquina bordando 12 partes ao mesmo tempo, ao todo 24 partes), o barulho se torna bastante desconfortvel. (Mesmo estando em um setor em separado, longe dos demais, as mquinas provocam nveis relativamente altos de decibis nos setores prximos, uma alternativa a isso seria utilizao de protetores de ouvidos nos trabalhadores que efetuarem tarefas nos setores da redondeza dos de bordado, assunto que ser discutido nos postos gargalos). Com isso, a empresa teria muitos gastos caso desejasse deslocar esse setor. Alm do que, para o transporte das mquinas de bordado para outra parte da empresa, a empresa necessitaria terceirizar os servios da empresa produtora da mquina ou de alguma capaz de desmont-la cuidadosamente, tendo em vista que a mquina no teria tamanho suficiente para passar na porta, e mont-la corretamente no novo espao desejado. Com esses motivos apresentados, fica claro que no vantajoso propor qualquer mudana da localizao da sala de bordados. Anlise do Fluxograma

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O grupo analisou a ordem de operaes e conclui que no possvel uma mudana na seqncia de realizao de atividades, tendo em vista que tal mudana prejudicaria o andamento do processo e, conseqentemente, influenciaria negativamente na produo. A reorganizao das mquinas se adequaria perfeitamente ao atual fluxograma. O resumo do fluxograma de processos apresentado anteriormente mostra que o processo envolve: 23 operaes, 15 transportes, 4 inspees, 2 tempos de espera e 2 armazenamentos. Na situao apresentada, destacam-se em particular trs atividades: as operaes, os transportes e os tempos de espera. No caso dos transportes, o destaque surge pela alta quantidade. Mas esses transportes so realmente necessrios, pois o produto requer transferncia entre diversas sees j que no h possibilidade de execuo de mais de uma tarefa por setor, devido necessidade de mquinas especficas. As nicas excees ao caso so os dois setores de mquinas retas, independentes entre si. Isso se deve a diferentes operaes realizadas (enquanto um setor costura a bainha e a gola o outro costura o bolso), com isso a diviso das mquinas retas adequada e importante para evitar choque entre transportes, evitando um fluxo contrrio entre eles, o que aconteceria caso as mquinasretas fossem todas localizadas em um setor. Entretanto, a preocupao no surge pelo nmero relativamente alto de transportes, mas sim pela forma com que so realizados na empresa. Existem transportes demasiadamente longos, os quais seriam diminudos com a nova organizao de setores proposta nesse estudo. O nmero de operaes tambm relativamente alto, mas explicado pelo nmero de esperas baixo. Como se trata de uma empresa de produo txtil, quase toda mquina necessita que o funcionrio a opere enquanto ela trabalha, ou seja, ambos trabalham simultaneamente. As nicas operaes que o funcionrio necessita esperar at a concluso so a impresso do modelo e bordado que so realizados por aparelhos mais aprimorados (impressora em papel vegetal e mquina de bordados com capacidade de realizar 12 bordados simultneos). Na viso do grupo, o nmero de inspees, quatro, razovel. De modo que poderia se pensar em mais uma inspeo visando comprovar se o boto foi pregado no lugar que foi feito sua casa e vice-versa. Mas essa inspeo pode ser associada e feita

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juntamente com a ultima inspeo do processo (conferncia de que no h falhas na costura), evitando a criao de nova atividade, apenas um breve aumento de uma. O processo apresenta dois armazenamentos: um durante o bordado, parte das peas permanecem estocadas na rea de separao e; o armazenamento final, com o produto final pronto. Com relao estocagem final, no se notou problemas, nem dificuldades de armazenamento. O problema enciontrado foi com a forma de armazenagem durante o processo de bordado. As peas ficam em cima de uma mesa grande, localizadas no setor de separao, com parte de peas amontoadas umas as outras, dificultando muito o rpido manuseio e a distino entre elas, apesar de estarem marcadas com suas respectivas numeraes. Um mtodo vivel de melhora desse posto de trabalho seria apenas substituir a mesa por uma estante, de modo que a ltima prateleira fosse um pouco abaixo na altura dos olhos do funcionrio de modo que esse conseguisse ver e distinguir as partes separadas, alojadas em todas as prateleiras. Com a estante, os tecidos ficariam com melhor organizao e com maior facilidade de localizao. Destinao de Rejeitos da Produo slidos

Por ser tratar de uma empresa de fabricao txtil, os nicos rejeitos da produo so apenas as sobras de roupas e linhas, material no-txico. Esse material doado pela empresa a instituies de caridade, onde essas partes de roupas so recicladas artesanalmente. A reciclagem industrial dos resduos txteis muito custosa e no realizada em nenhuma empresa no Brasil por este motivo. Uso de materiais

Combustveis: Todas as mquinas utilizadas so baseadas em energia eltrica, logo no utilizam combustveis. Txicos: No h utilizao de resduos txicos. Volteis na CNTP: No h utilizao desse tipo de resduos Desuso e Reciclagem do produto classe A

Aps o desuso, o produto classe A, camisa de manga curta com bordado no tem uma reciclagem vivel, j que esse tipo de reciclagem de produtos txteis muito caro (j comentado anteriormente), no apresentando um bom custo-beneficio.

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4.5) Balanceamento de linha / Diagrama de mximos de capacidadesCom o objetivo de identificar o posto gargalo na produo de camisas mangas curtas com bordado (produto classe A de acordo com a classificao ABC) foram feitas entrevistas e foram elaborados experimentos capazes de medir a capacidade mxima de produo de cada posto, uma vez que os postos por onde a camisa passa tem diferentes capacidades mximas. Para uma melhor compreenso deste trabalho o grupo julgou necessria uma breve descrio de cada posto e o experimento nele utilizado para a determinao da mxima capacidade de produo, a seqncia das descries dos postos e experimentos obedecem seqncia do fluxograma de processos.

ModelagemNeste posto feita uma impresso em papel do modelo a ser produzido pela confeco. Neste posto trabalham dois funcionrios com capacidade para operar o software e a impressora, bem como capacidade para interpretar os pedidos dos clientes e produzir um modelo que possa se produzido pela confeco. Como a Fabrica de Confeces Brenneke tem seu foco voltado para fabricao de uniformes de trabalho, a maioria de seus clientes j est cadastrada no banco de dados da empresa, tendo o modelo j cadastrado o tempo necessrio para impresso de uma camisa manga curta com bordado de cerca de quatro minutos e meio. Como no setor de corte recomendvel que se corte no mximo uma pilha de 200 folhas de tecido afim de que se mantenha a preciso e a qualidade, portanto a produo mxima atual desse posto de 44,44 peas/minuto.

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Corte

Neste setor feito o corte do tecido de acordo com a impresso vinda da modelagem. Neste posto trabalham seis funcionrios capazes de operar as ferramentas de corte com preciso aceitvel, aqui o funcionrio sobrepe o modelo em papel a uma camada de tecido como dito anteriormente recomendvel que se corte no maximo uma camada de 200 tecidos, atravs de medidas feitas com o auxilio de um cronmetro verificou-se que o funcionrio conclui o corte de uma camisa manga curta em aproximadamente 35 minutos, portanto a produo mxima atual desse posto de 5,71 peas/minuto.

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Separao

Neste posto o funcionrio separa as partes vindas do corte em lotes de acordo com a cor, tonalidade, tamanho e qualquer outra caracterstica que seja importante para a seqncia da produo, alm disso o funcionrio separa e envia ao setor de bordado as partes que preciso ser bordadas, aps o bordado o funcionrio integra aos lotes as partes bordadas e envia aos setores que do seguimento a linha de produo, como estamos idealizando uma situao hipottica em que a industria produziria por um determinado tempo somente camisas manga curta com bordado (classe A), e que todas as camisas teriam o mesmo tamanho e a mesma cor, o trabalho na separao seria separar em lotes de aproximadamente 20 peas (para facilitar o transporte durante a produo), enviar ao bordado e integrar as partes bordadas aos lotes de acordo com funcionrios experientes para um total de 200 peas seria necessrio no mais do que 20 minutos para todas essas funes, portanto a produo mxima atual desse posto de 10 peas/minuto.

Bordado

Este outro setor da fabrica que conta com os equipamentos mais modernos no que diz respeito a industrias txtil, neste existem duas mquinas cada uma com capacidade para realizar bordado em doze peas ao mesmo tempo, aqui trabalham dois funcionrios capazes de operar um software e posicionar na mquina as partes que sero bordadas, assim como no setor de modelagem a maioria dos clientes j esta no banco de dados, entretanto neste posto h outro fator que afeta diretamente o tempo de produo: o numero de pontos do bordado, esse numero de pontos pode variar de 1000 ate 20000 pontos, seria extremamente longo e desnecessrio descrever cada tipo de bordado, portanto daremos uma ateno especial a bordados que variam entre 5000 a 7000 pontos (que representam 80% dos bordados realizados neste setor). O tempo total para acessar o banco de dados, posicionar as peas e tempo de operao da mquina para este tipo de bordado de 6 minutos para cada 24 peas de acordo com o funcionrio, portanto a produo mxima atual desse posto de 4 peas/minuto.

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ChuleamentoO chuleamento um tipo de bainha, que feito nas extremidades dos tecidos, o objetivo deste procedimento evitar que a roupa desfie numa camisa tipo social

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manga curta no necessrio o chuleamento de todas as extremidades do tecido, pois os tecidos usados na fabricao desse tipo de camisa no desfiam facilmente, aqui s necessrio o chuleamento da parte interna do bolso (mas propicio a desfiar devido ao eventual fluxo de objetos), a impressa possui trs mquinas de chulear mas na produo de camisas scias apenas um funcionrio ocupa esse posto devido a imensa facilidade de realizar esta tarefa, aqui tivemos a oportunidade de observar uma funcionria realizar o chuleamento de um lote de 200 camisas, pedido este feito por uma empresa de nibus da cidade do Rio de Janeiro, a funcionria conclui a tarefa em 19 minutos, portanto a produo mxima atual desse posto de 10,53 peas/minuto.

Mquina reta - bolsoA mquina reta uma mquina de costura tradicional que e ajusta com um tipo de costura especifico, a mquina reta usada para trs funes diferentes: costurar o bolso, costurar a gola e fazer a bainha; apesar de ser a mesma mquina as funes so completamente diferentes, e so realizas por grupos de funcionrios diferentes, por isso foram separadas em trs postos diferentes no total trabalham com a mquina reta 30 funcionrios, mas apenas 10 funcionrios trabalham no posto de costurar bolso, neste posto tivemos a colaborao de uma funcionria que interrompeu suas atividade e

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realizou a costura de bolso num lote de treze camisas, ela conclui a tarefa em 18 minutos e 15 segundos, o que da uma produtividade de 0,71 peas/minuto, como numa produo hipottica em que apenas camisas sociais manga curta (produto classe A) estariam sendo produzidas o posto no teria ociosidade, teramos uma produo mxima atual de 7,10 peas/minuto.

Mquina 5 fios

Neste posto o funcionrio utiliza uma mquina de costura tradicional para juntar as partes da frente das costas e as mangas de uma camisa, aqui trabalham dez costureiras com alguns anos de experincia, como no dia e horrio da visita a confeco estava trabalhando para atender o pedido de uma empresa de nibus tivemos a oportunidade de observar algumas costureiras realizando esta tarefa. O experimento realizado para determinar o tempo necessrio para a produo foi o seguinte: cada aluno do grupo marcou o tempo que uma costureira demorava ao realizar a juno de dez peas aps somamos o trs temos e dividimos por 30, encontramos uma media de 1minuto e 45 segundos por costureira o que da uma produtividade por costureira de 0,57 peas por minuto como existem 10 costureiras trabalhando nesse posto, a produo mxima atual desse posto de 5,70 peas/minuto.

Mquina reta bainhaNesse posto as costureiras usam novamente a mquina reta, mas desta vez para fazer a bainha nas camisas, trabalham 6 costureiras neste posto quando h a necessidade de regime Maximo de produo, neste posto tambm tivemos a oportunidade de marcar os tempos com um cronmetro e tirar uma media uma vez que haviam funcionrias realizando esta tarefa no momento da visita, novamente cada aluno do grupo marcou o tempo que uma costureira precisava para fazer a bainha em dez camisas somamos os trs tempos e dividimos por 30 afim de conseguirmos uma media aceitvel. Com o experimento conclumos que cada costureira fazia a bainha por completo em uma camisa em aproximadamente 45 segundos o que nos da uma produtividade de 1,33 peas/minuto, como esse posto tem um total de 6 funcionrias quando exigido em seu

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mximo, conclumos que esse posto possui a capacidade mxima atual de 7,98 peas/minuto.

Mquina reta gola

Esse sem duvida o processo mais demorado entre os que utilizam a mquina reta, isto devesse mas preciso com que essa tarefa deve ser realizada para que a gola fique centraliza e na posio certa da camisa, as costureiras mas eficientes so deslocadas para este posto, existem 14 costuram com a designao de costurar a gola na camisa, como em outros postos cada aluno marcou o tempo em que uma costureira precisava para realizar a tarefa em dez camisas e obtivemos uma media, o tempo obtido foi de 2 minutos por pea o que da uma produtividade de 0,5 pea/minuto, sendo 14 costureiras nesse posto temos uma produo mxima atual para esse posto de 7,0 peas/minuto.

Casear

Nesse posto a costureira faz a casa do boto , aqui a costureira opera a mquina de casear, ela desliza a parte da camisa onde ficam os botes numa parte lisa da mquina e aciona a mquina na posio que a mquina deve furar o tecido, esses pontos so facilmente determinados pela costureira uma vez que na regio onde ela desliza a camisa existe uma marcao onde a ultima casa deve estar, assim ela garante um espaamento aproximadamente constante entre as casas . Neste observamos uma funcionria realizar o caseamento de 5 camisas e conclumos que ela demora em media 40 segundos para casear uma camisa portanto a produtividade da costureira de 1,5 pea por minuto. A Brenneke confeces possui quatro mquinas de casear, portanto a produo mxima atual desse posto de 6,0 peas/minuto.

Mosquear

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Neste posto uma costureira opera a maquina de mosquear para fazer uma costura especial denominada mosqueamento .O mosqueamento uma costura de reforo para evitar que as roupas se desprendam o rasquem facilmente esta costura muito utilizada em roupas destinadas ao uso de operrios, mas na camisa manga curta com bolso, ela feita somente no bolso pois essa uma regio mais sensvel devido ao fluxo de objeto como chaves, canetas, papeis, e etc. Neste posto observamos uma costureira realizar o mosqueamento de 25 camisas,a costureira completou a tarefa em aproximadamente 9 minutos o que da uma produtividade de 2,77 peas por minuto, com a confeco possui trs maquinas de mosquear esse posto possui uma capacidade mxima atual de 8,31 peas por minuto.

Marcao

Nesse posto no h operao de mquinas, a funcionria pega uma camisa previa mente caseada e dispe sobre uma mesa com o auxilio de um lpis ela faz um pequeno ponto no cento da casa do boto, marcando assim o tecido por baixo na posio onde o boto deve ser fixado para que ele venha a encaixar perfeitamente na casa, observamos uma funcionria fazendo a marcao de algumas camisas e conclumos que ela consegue em media marcar uma camisa em 50 segundos o que da uma produtividade de 1,2 peas por minuto, de acordo com a funcionria da fabrica quando necessrio so deslocada ate 4 funcionrias para essa funo, portanto a produo mxima atual desse posto de 4,8 peas/minuto.

Pregar boto

Nesse posto a costureira prega os botes, ela recebe a camisa do posto de marcao com um ponto feito a lpis em cada posio onde ela deve pregar o boto, com a camisa j marcada suas funes so posicionar o boto na mquina e posicionar a camisa na posio onde o boto deve ser pregado, e ento aciona-la atravs de um pedal, observamos uma costureira pregar boto em 15 camisas, operando em regime constante ela conclui a tarefa em pouco menos de 20 minutos o que da uma produtividade de 0,75 camisa por minuto como a Brenneke possui apenas 4 mquinas

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de pregar boto, teremos uma produo mxima atual nesse posto de 3 peas por minuto.

Arremate

Nesse posto a nica ferramenta utilizada a tesoura, o funcionrio percorre todas as costuras da camisa bem como as pregas dos botes e utiliza a tesoura para cortar os fios excedentes, como feito em outros postos observamos os tempos de trs funcionrios para obtermos uma media chegamos ao tempo de 1minuto e 27 segundos o que da uma produtividade de 0,69 pea por minuto, como nos relatou a proprietria da fabrica quando necessrio os supervisores encarregar no mximo 5 funcionrias dessa tarefa o que da produo mxima atual desse posto de 3,45 peas por minuto.

Passar

Neste posto trs funcionrias trabalham passando as roupas finalizadas na produo, no h nenhum material especial, elas utilizam um ferro e uma tabua de passar tal como uma tpica dona de casa; observamos com um cronmetro as duas funcionrias enquanto elas passavam camisas do tipo descrito como classe A conclumos que elas demoram em media 1 minuto por camisa portanto sua produtividade de 1,0 pea por minuto, e como so trs funcionrias no posto temos uma produo mxima atual nesse posto de 3 peas por minuto.

Dobrar e empacotar

Nesse posto trabalham duas funcionrias assim que o lote de camisas passado elas dobram as camisas e pem em embalagens plsticas, de acordo com as funcionrias trabalhando em regime de mxima produo cada uma delas consegue dobrar e empacotar um lote com 150 camisas em uma hora o que da uma produtividade de 2,5 peas por minuto, e como so duas funcionrias nesse posto, a produo mxima atual nesse posto de 5 pea por minuto.

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A seguir apresentamos numa tabela o resumo da produo mxima em cada posto.

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Resumo da produo mxima em cada posto:

Funcionrios no posto

Produtividade por funcionrio (peas/minuto)

Produo mxima do posto (peas/minuto) 44,44 5,71 10,0 4,0 10,53 7,1 5,7 7,98 7,0 6,0 8.31 4,8 3,0 3,45 3,0 5,0

Modelagem Corte Separao Bordado Chuleamento Maq. reta bolso Mquina 5 fios Maq. Reta bainha Maq. Reta gola Casear Mosquear Marcao Pregar boto Arremate Passar Dobrar e empac.

2 6 3 2 1 10 10 6 14 4 3 4 4 5 3 2

* * * * 10,53 0,71 0,57 1,33 0,5 1,5 2,77 1,2 0,75 0,69 1,0 2,5

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Grfico de barras da produo mxima em cada posto

45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 produo m axima modelagem corte separao bordado chuleamento reta bolso 5 fios reta bainha reta gola mosquear marcao pregar boto arremate passar dobrar e empacotar

4.6) Diagrama de freqncia de percursoAo analisarmos o mapofluxograma funcional conclumos que no h confluncia de fluxo em demasia, portanto o uso desta ferramenta foi julgado desnecessrio pelo grupo.

4.7) Identificao do posto gargalo.Como vimos nos dados apresentados na seo 4.5 a produo mxima de camisas manga curta com bordado, tem nos postos de pregar boto e passar sua menor capacidade mxima, com uma capacidade de produo de 3,00 peas por minuto; o terceiro postos de menor capacidade mxima o posto arremate com produo de 3,45 peas por minuto.

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Com o descrito acima conclumos que os postos gargalos principais so os postos de pregar boto e passar e o posto mais prximo em capacidade mxima o posto arremate.

Parte Individual. Pedro de Souza Fleury.

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