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Projeto Educativo de Escola 2011/2014
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Índice
Capítulo I – Caracterização do Meio Envolvente ...................................................... 2
Capítulo II – A Fundação CEBI ................................................................................... 6
2.1. Cronologia da História da Fundação ........................................................... 6
2.2. O Patrono ................................................................................................... 9 2.3. Departamento de Educação ................................................................... 12
Capitulo III – Departamento de Educação ............................................................... 13
3.1. Diagnóstico / análise swot ........................................................................ 13
3.2. Tema Integrador ...................................................................................... 16
3.3. Valências / Ciclos ..................................................................................... 17
3.4. Objetivos .................................................................................................. 18
3.5. Caracterização Humana ........................................................................... 19
3.6. Espaço .................................................................................................... 20
3.7. Atividades Anuais ..................................................................................... 22
3.8. Atividades de Enriquecimento Curricular ................................................. 23
3.9. Necessidades Educativas Especiais ......................................................... 25
Capítulo IV – Avaliação do Projeto Educativo ........................................................ 27
Anexos ...................................................................................................................... 27
Anexo I – Plano de Desenvolvimento Curricular ......................................................... 28
3
Capítulo I – Caracterização do Meio Envolvente
A área de influência do colégio José Álvaro Vidal da Fundação CEBI ultrapassa há
muito as fronteiras geográficas da cidade de Alverca constituindo-se como uma
alternativa viável para famílias tanto do concelho de Vila Franca de Xira como de
concelhos limítrofes. A maioria destes pais trabalha fora do concelho de residência e
tanto horário de funcionamento como a oferta educativa integrada constituem os
principais fatores de decisão.
Quanto às famílias oriundas do concelho de Vila Franca de Xira os fatores de escolha
são mais diversificados sendo o mais importante a missão social da Fundação CEBI.
De facto, frequentam este colégio alunos provenientes de todos os grupos sociais
sendo esta uma das suas principais marcas distintivas.
Assim, torna-se evidente que existe uma forte interpenetração entre as dinâmicas
sociais da comunidade local e as necessidades tanto da resposta educativa como da
resposta social da Fundação CEBI sendo esta um dos principais eixos do seu modelo
de intervenção comunitária.
Alverca do Ribatejo tem uma área de 22,503 Km2 e cerca de 29086 habitantes. Fica
localizada na margem direita do rio Tejo, a cerca de 14 Km de Lisboa, entroncando a
norte com as freguesias do Sobralinho e Calhandriz, a sul com as freguesias de
Vialonga e Forte da Casa e a poente com a Calhandriz, Bucelas e Vialonga.
Concelho: Vila Franca de Xira.
Distrito: Lisboa
Carta Militar de Portugal, escala 1/50000: Folha 34-I
A origem da palavra Alverca remonta-nos para a ocupação árabe do território nacional,
por volta do Século X, sendo conquistada por D. Afonso Henriques que lhe concedeu
foral em 1160. Alverca medieval reconheceu momentos de prosperidade, assim o
regista a presença do seu pelourinho, bem como a existência de uma feira franca
anual, com o objetivo de reanimar comercialmente esta faixa de território recém-
conquistado. Dado o seu crescimento, em 1357, passou a ser sede de concelho,
sendo extinto em 1855. De registar uma acontecimento importante que se desenrolou
neste espaço: a Batalha de Alfarrobeira, em 1449, entre D. Afonso V e seu tio D.
Pedro (in PACHECO, José do Carmo, pp. 66-67). Dada a sua posição geoestratégica
não privilegiar a acostagem de barcos, um dos principais meios de transporte da
época, para receberem e escoarem produtos condicionou o seu progresso,
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beneficiando terras a montante. Em 1856, instalam-se os caminhos-de-ferro, abrindo
novos horizontes, o que permitiu a implantação do Parque de Material Aeronáutico,
que em 1928 se passou a designar Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA
S.A.), o qual constituiu um importante fator de fixação de população. A partir da 2.ª
Guerra Mundial verifica-se a instalação maciça de indústrias nesta zona e a
concomitante explosão demográfica que se observa desde os anos 40.
A construção do primeiro troço de Autoestrada do Norte (1961), com um nó de acesso
à zona urbana de Alverca, contribuiu também para a instalação de atividades
económicas secundárias e terciárias e para o aumento do fluxo migratório de regiões
rurais para esta zona.
Na última década, com o crescimento significativo do parque habitacional da cidade e
o desenvolvimento das acessibilidades (CREL), continuou a verificar-se o aumento da
população. Muitas pessoas e famílias vieram fixar a sua residência em Alverca, não
obstante trabalharem em outros locais, principalmente em Lisboa.
A população ativa dedica-se aos serviços e à indústria que de momento se encontra
em situação de crise.
Como em muitos outros locais, também em Alverca as estratégias do rápido
desenvolvimento característico das últimas décadas limitou-se, praticamente, a
considerar a imperativa necessidade de albergar, a qualquer preço e sem atender às
condições, um grande número de famílias que ocorreram na mira de atingir padrões
de vida urbana, normalmente com índices de remunerações superiores às oferecidas
em outras zonas do país. Daí que, nem sempre tivesse havido a preocupação dos
dirigentes responsáveis em atender aos aspetos mais qualitativos da instalação dos
equipamentos e dos recursos humanos, tais como: a localização espacial de zonas
industriais, o nível de construção e as condições de habitação, o espaço adequado à
vivência de famílias, a construção de equipamentos para a ocupação dos tempos
livres, especialmente das crianças, dos jovens e dos idosos, normalmente a parte da
população menos considerada e mais marginalizada pelos processos de
desenvolvimento urbano e industrial.
O crescimento do tecido económico-social provocou a sua elevação à categoria de
cidade, a 9 de agosto de 1990.
Atualmente Alverca, conta com cerca de 29086 habitantes (sendo 14275 homens;
14811 mulheres).
Do concelho de Vila Franca de Xira, Alverca e a Póvoa de Sta. Iria assumem-se as
freguesias mais populosas.
No que se refere às atividades económicas desenvolvidas nesta região, o setor
terciário tem vindo a aumentar significativamente. Segundo o Censo de 2001, cerca de
5
5124 habitantes residem na freguesia, exercendo aí a sua atividade económica ligada
a este setor e cerca de 4824 habitantes residentes exercem a sua atividade
económica, também ligada a este setor, mas fora do concelho.
O crescimento populacional do concelho, e em particular da freguesia de Alverca, foi
fruto de constantes migrações, observadas ao longo da década de 50 e nas décadas
que se seguiram à Revolução de abril (1974). Tal como um pouco por todo o país,
este concelho acolheu um número muito significativo de população proveniente
sobretudo das ex-colónias. Tomemos como exemplo o crescimento desmesurado do
“Vale de Arcena” e os problemas sociais decorrentes desse crescimento e de uma
certa inadaptação verificada em alguns segmentos dessa população.
Perspetivando-se o futuro, com base nos estudos prospetivos e projeções da realidade
local, sem descurar as grandes tendências macrossociais, a Marktest apresentou dois
modelos demográficos concelhios para o ano 2010. Nestes modelos verifica-se uma
superioridade de 2% do sexo feminino em relação ao sexo masculino. Quanto à idade,
esta acompanha as tendências nacionais, ou seja, o envelhecimento da população,
assistindo-se a um certo esvaziamento do escalão entre os 0 – 14 anos (-4,9%).
Este aspeto conheceu grandes variações, abrangendo um leque cada vez maior da
população. A faixa da população analfabeta ronda os cerca de 19 %. Esta taxa é
menor no litoral do concelho. Dos seis núcleos habitacionais que constituem a
freguesia de Alverca, Arcena apresenta-se como um dos núcleos com maior número
de analfabetos.
O número de pessoas ligadas aos serviços acaba por ultrapassar o operariado
(serviços 52.7% e operariado 47%), restando cerca de 1 % para o setor primário.
O Censo de 1991 apresenta o número de 1035 desempregados, dos quais 813
procuram um novo emprego. Em setembro de 1996, este número atinge os 11 304,
afetando maioritariamente o sexo feminino e agravando com o aumento da idade.
Quanto às habilitações literárias destes desempregados, a maioria das pessoas só
possuem habilitações até ao 6º ano (seguindo-se o 9º e o 11º anos). No entanto, o
número de desempregados com cursos médios e superiores tem vindo a subir
progressivamente.
A industrialização do concelho de Vila Franca de Xira atravessou várias fases. Alverca
integra-se na última fase de industrialização do concelho. A política de industrialização
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do Estado Novo trouxe para Alverca mais prosperidade. Para além da implantação das
OGMA, na década de 50 surge no setor da metalomecânica a Sociedade Moniz da
Maia e Vaz Guedes, mais tarde designada por MAGUE. Na década de 90 assistiu-se
ao seu desmoronamento e transformação, sendo extintos cerca de 2000 postos de
trabalho. Atualmente toda a sua área foi reconvertida num parque habitacional, que de
momento, se encontra em construção. Para além da MAGUE, outras empresas
ligadas ao setor da metalomecânica (como a Frimetal) têm vindo a encerrar. No setor
naval, a ARGIBAY, que contava com cerca de 250 postos de trabalho, encerrou as
suas portas em 94. Também desde esta data, tem-se assistido a uma redução
progressiva do número de postos de trabalho nas OGMA, o que contribuiu para uma
certa precariedade social, aumentando o número de contratações a recibos verdes e
aposentações antecipadas.
O tecido industrial ao longo da Estrada Nacional 10 tem sido alvo de uma mutação
considerável. Onde outrora vingaram pequenas e médias empresas, encontram-se
agora armazéns de distribuição. A área entre Alverca e a Póvoa, zona das antigas
salinas, tem sofrido transformações profundas na paisagem (com as terraplanagens)
para dar lugar a novos entrepostos.
Estas alterações têm reflexos nas características da população, transformando o
concelho de Vila Franca de Xira, nomeadamente a freguesia de Alverca, em
dormitório, cada vez mais dependente de polos de emprego exógenos ao concelho.
Estas alterações exigem adaptações que só se conseguem com a Educação e a
Formação, flexibilizando a mão-de-obra disponível para fazer face aos novos desafios
que se aí adivinham. É precisamente na área socioeducativa que a CEBI e
nomeadamente o Colégio José Álvaro Vidal têm uma palavra a dizer.
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Capítulo II – A Fundação CEBI
2.1 Cronologia da História da Fundação
1968 - A primeira ação, organizada em torno da Paróquia de São Pedro de Alverca,
teve lugar em 1968 com a realização de uma Colónia de Férias para crianças e
jovens. Dado o sucesso de tal ação e a constatação da necessidade de
acompanhamento das crianças durante o horário laboral dos pais, foi criado o Jardim
de Infância da Paróquia de S. Pedro de Alverca. Este Projeto foi possível graças à
cedência de espaço pelas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico - OGMA, atual
Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A..
1972 - O Estado começa a reconhecer a importância do jardim-de-infância e concede-
lhe o primeiro Subsídio Eventual.
1974 - A 31 de janeiro de 1974 foi publicado no “Diário do Governo” o Estatuto do
Centro de Bem Estar Infantil de Alverca do Ribatejo. Esta instituição particular de
assistência passou a integrar o Jardim de Infância da Paróquia de S. Pedro de
Alverca, bem como um Infantário entretanto constituído em Alverca.
1976 - Foi celebrado o primeiro Acordo de Cooperação com o então Instituto de Obras
Sociais, que assegurava parte dos custos com os recursos humanos afetos às
atividades, até à lotação de 110 crianças.
Com a crescente necessidade de ocupação das crianças fora do horário
escolar, foi criada a Atividade de ATL.
1981 - Dada a utilidade e interesse do trabalho que o Centro vinha a realizar, bem
como a necessidade de informação à população em geral sobre os direitos da criança,
é editado em 1981 o n.º 1 do jornal mensal “Despertar - CEBI”.
1982 - O CEBI – Centro de Bem-estar Infantil de Alverca (IPSS) passou também a ter
por objetivo contribuir para a promoção e auxílio da população da Freguesia de
Alverca. De uma intervenção de natureza exclusivamente socioeducativa, passou-se à
Intervenção Comunitária. Neste mesmo ano começou a funcionar a Creche Familiar
com 6 amas.
1983-1989 - Iniciou-se o apoio no Clube de Jovens a adolescentes que frequentavam
o ciclo preparatório das escolas da região. Na década de oitenta a Instituição passou a
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ter Serviço de Apoio Domiciliário, Residências de Acolhimento Temporário e Centro de
Dia. Foi ainda criada uma Clínica de Medicina Física e Reabilitação que para além de
um Serviço de Fisiatria acessível à população da região, alargou a intervenção a
outros domínios da Saúde e das Terapias.
1990 - Numa perspetiva de educação integrada, global e contínua o CEBI iniciou as
atividades do Externato - CEBI, lecionando o 1.º Ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
Foram igualmente implementadas as primeiras ações de Prevenção das
Toxicodependências.
1991 – O Lar para idosos começa a funcionar neste ano, dispondo de excelentes
instalações e pessoal qualificado.
1992 - A instituição alterou a sua designação social para CEBI – Centro Comunitário
de Alverca do Ribatejo.
O CEBI foi uma das instituições que integrou a constituição da Comissão de
Proteção de Menores da Comarca de Vila Franca de Xira.
1995 - Após um longo processo de transformação, a 25 de novembro de 1995, o CEBI
foi constituído como Fundação: CEBI – Fundação para o Desenvolvimento
Comunitário de Alverca.
A Criação do Centro de Emergência Social (CES) dá-se nesse mesmo ano.
1997 - Foi autorizado o funcionamento do 3.º Ciclo do Ensino Básico.
1999 - O falecimento de José Álvaro Vidal, protagonista do principal impulso fundador
da atual Fundação CEBI, interrompeu a sua dinâmica empreendedora, o que foi
profundamente sentido pela comunidade de todos os que se reconhecem nas
linguagens do altruísmo e da filantropia. Em sua homenagem é atribuído o nome de
José Álvaro Vidal ao Colégio.
2002 - A 3 de junho, no concelho de Mafra, freguesia da Ericeira, abre o Centro de
Recursos da Ericeira. O equipamento localiza-se em Fonte Boa dos Nabos, numa
quinta de 16.000 m2
, propriedade da Fundação. O Edifício é rodeado de espaços
verdes e está distribuído por três pisos, oferecendo respostas sociais nas áreas da
educação e ação social.
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2002 – 2005 - Implementação do Plano de Melhoria de Eficiência, tendo em vista dotar
a Fundação CEBI dos meios necessários para enfrentar com eficácia e eficiência os
novos desafios que se colocam à contínua expansão da sua atividade. A ação da
Fundação, desenvolvida por 400 trabalhadores, estende-se diariamente a cerca de
3.000 famílias. Preservar o posicionamento da Fundação como Instituição de
referência é o grande objetivo estratégico, apostando para isso na reestruturação
organizacional, na melhoria da estrutura financeira, na qualidade, na inovação e na
segurança dos serviços prestados.”
In: Relatório e contas 2005.
2006 – A 16 de março de 2006 foi atribuído o Certificado de Conformidade do Sistema
de Gestão da Qualidade com a Norma NP EN ISO 9001:2000, à Clínica de Medicina
Física e Reabilitação da Fundação CEBI, emitido pela E.I.C. - Empresa Internacional
de Certificação.
2008 – A 11 de março e 16 de abril de 2008, respetivamente, foram atribuídos os
Certificados de Conformidade do Sistema de Gestão da Qualidade com a Norma NP
EN ISO 9001:2000, emitido pela E.I.C.- Empresa Internacional de Certificação, ao
Colégio José Álvaro Vidal e ao Centro de Emergência Social da Fundação CEBI.
2009 – O Projeto Educativo Global, do Colégio José Álvaro Vidal da Fundação, foi
distinguido com o prestigiado Prémio Gulbenkian Educação 2009, em
reconhecimento da sua qualidade e resultados como modelo de escola
multidimensional – dinâmica, inovadora e inclusiva – em cerimónia realizada a 20 de
julho, na Fundação Calouste Gulbenkian.
2010 – A Fundação para o Desenvolvimento Comunitário, instruída sem qualquer fim
lucrativo dirige as suas atividades para as crianças, jovens, idosos e famílias, com
particular atenção para os mais desfavorecidos e socialmente excluídos. Com o
objetivo central de participar no desenvolvimento comunitário é pautada pelos valores
e princípios do Humanismo.
2.2 O Patrono
JOSÉ ÁLVARO VIDAL nasceu em Moura, no Alentejo, no ano de 1933 e veio
a falecer em Alverca em junho de 1999. Veio cedo do seu Alentejo natal para fixar
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residência na região de Lisboa, na atual cidade de Alverca do Ribatejo, concelho de
Vila Franca de Xira.
Após os estudos secundários, ingressou na Escola do Magistério Primário,
onde concluiu o respetivo curso. Exerceu a docência, no ensino primário, e, nesta
qualidade, dirigiu os Colégios João de Deus (Monte Estoril) e Nuno Álvares (Carregal
do Sal), onde procurou desenvolver uma pedagogia assente em modelos de mestres
cuja atividade conheceu e admirou, sendo de destacar os exemplos dos Professores
Calvet de Magalhães e Padre Américo. Nos anos sessenta muda de atividade e
assume a direção comercial da Fábrica de Tintas Dyrup em Sacavém, obtendo uma
experiência que lhe iria ser muito útil e proveitosa no domínio da gestão empresarial.
Em 1968, integrando um grupo de cristãos da Paróquia de S. Pedro de Alverca
e de cidadãos residentes nesta cidade, cria a Associação CEBI - Centro de Bem-Estar
Infantil de Alverca, cuja designação é uns anos mais tarde, alterada para CEBI –
Centro Comunitário de Alverca; em 1985 é novamente alterada para CEBI - Fundação
para o Desenvolvimento Comunitário de Alverca. Por eleição e reconhecimento geral,
foi ininterruptamente, Presidente da Direção, enquanto Associação e do Conselho de
Administração aquando da passagem a Fundação. Dedicando-se a tempo inteiro à
Associação e revelando qualidades excecionais de liderança, desenvolveu, ao longo
de 31 anos, uma ação notabilíssima de desenvolvimento social e de apoio às pessoas
pobres e socialmente excluídas da cidade de Alverca e do respetivo concelho. Em
resultado da sua ação e do trabalho conjunto de associados, trabalhadores e amigos
do CEBI, esta instituição particular de solidariedade social tornou-se uma referência a
nível nacional. O seu modelo de ação social, dignificador das pessoas com carências
socioeconómicas, sempre honrou a população de Alverca e do concelho de Vila
Franca de Xira.
Para além da direção do CEBI, José Álvaro Vidal prestou múltiplos apoios à
dinamização da atividade associativa de variados grupos e instituições existentes no
país, muito especialmente no exercício das funções de dirigente da União das IPSS.
Foi ainda membro de importantes instituições, nacionais e estrangeiras, de que
se destacam:
Membro da CNAF - Confederação Nacional das Associações de Família.
Membro do Concelho Regional de Segurança Social do Distrito de Lisboa.
Membro do Concelho Nacional do ”Projeto Vida”.
Membro da Federação Catalan de Voluntariat Social de Espanha.
Refira-se, finalmente, o seu labor no desenvolvimento da ação cultural,
especialmente pelo exercício da atividade jornalística, pois foi fundador e diretor do
jornal Despertar, tendo sido ainda colaborador regular de diversos jornais.
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2.3 Departamento de Educação
Presidente do Conselho de Administração
(ADM)Ana Maria Lima
Director Geral(DIG)
Honório Vieira
Conselho da Qualidade (CQ)
Director do Colégio (DIR)
António Castanho
Serviçosde
Apoio
Coordenador 1.º Ciclo
Álvaro Ganhão
Coordenador 2.º e 3.º CicloPedro Oliveira
Coordenadores ATLÁlvaro Ganhão e
Pedro Oliveira
Secretariado
CoordenadorasCreche Familiar
Fátima MonteiroElsa Correia
Coordenadora Creche
Elsa Correia
Coordenadora Pré-Escolar
Goreti David
Coordenadores AEC
Goreti David, Pedro Oliveira
Coordenadora Clube Jovens
Pedro Oliveira
Biblioteca
e Laboratório
Professores
Professores
Educadores
Educadores
Professores
Professores
Professores
Aj. A. Educativa
Aj. A. Educativa
Assistentes Familiares
Aj. A. Educativa
Aj. A. Educativa
Aj. A. Educativa
Monitores
Aj. A. Educativa
Alunos de 1.º Ciclo
Alunos de 1.º, 2.º e 3.º Ciclo
Crianças dos
4 meses aos 2 anos
Crianças dos
4 meses aos 2 anos
Crianças dos 3 aos 5 anos
Crianças dos 3 aos 5 anos eAlunos do 1.º, 2.º e 3.º Ciclo
Alunos do 2.º e 3.º Ciclo e
Secundário
Alunos de 2.º e 3.º Ciclo
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Capitulo III – Departamento de Educação
3.1. Diagnóstico / análise swot
Partimos de uma análise SWOT aos fatores internos (organização) e externos
(ambiente) para a elaboração deste Projeto Educativo. Este diagnóstico apoia-se nos
relatórios que emergiram dos Planos de Ação e Atividades, dos que monitorizaram a
evolução dos processos de avaliação (interna e externa), e no Projeto Educativo
anterior.
Como FORÇAS da nossa organização interna destacam-se:
O horário
O facto de o colégio oferecer um horário bastante alargado (das 7h às
20h) possibilita uma melhor gestão temporal aos nossos encarregados de
educação.
O custo médio para as famílias
Em termos médios, a frequência do colégio situa-se num patamar com
um grau de acessibilidade bastante elevado.
A segurança
Para além da segurança já evidenciada anteriormente, foram tomadas
medidas que vieram potenciar um maior controlo das entradas e saídas da
instituição.
A oferta educativa integrada
O colégio possibilita uma frequência que vai desde a mais tenra idade
até ao final do 3.º ciclo.
A relação de proximidade com as famílias
Para além de estar focado no futuro, acompanhando os mais recentes
progressos tecnológicos e científicos, o colégio também assume um caráter
familiar.
O interclassicismo
Desde as famílias mais carenciadas até àquelas com elevados recursos
económicos, proporcionamos um acompanhamento individualizado e
estruturante.
Os momentos de celebração
Motores promocionais, mas acima de tudo oportunidades de trabalho
cívico, os momentos coletivos de celebração vão assumindo um papel cada
vez mais fulcral.
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As atividades de enriquecimento curricular
As atividades de enriquecimento curricular têm sido um contributo muito
importante para o crescimento cultural e cívico, bem como artístico e físico dos
nossos alunos.
A estabilidade do corpo docente
Alicerçado num corpo docente sólido e dinâmico, o colégio tem vindo a
oferecer a estabilidade que os encarregados de educação pretendem em
termos educacionais.
A estabilidade na gestão da Fundação
A gestão da Fundação tem sido pautada pela coerência e pela
estabilidade, o que possibilita o aumento do grau de confiança de quem nos
procura.
O acompanhamento social às famílias
Uma das matrizes estruturantes da fundação continua a ser o apoio
dado aos mais desfavorecidos.
A resposta aos alunos com necessidades educativas especiais
Dar a mão às necessidades educativas especiais tem sido uma
bandeira distintiva e extremamente positiva nas práticas diárias.
A oferta curricular própria do Colégio
Ao delinear curricularmente o seu próprio caminho, o colégio tem
assumido uma posição de destaque no panorama educativo nacional.
Por outro lado, identificamos algumas FRAQUEZAS:
Os resultados dos alunos nas avaliações externas
Pese embora os resultados não assumam uma vertente negativa, não
deixam de estar um pouco aquém das ambições pretendidas pela organização.
A deficiente integração das aquisições das AEC nos processos educativos e na
avaliação formal
A complementaridade das AEC com as aprendizagens curriculares
ainda não atingiu um estádio ideal.
Excesso de familiaridade entre alguns adultos e Encarregados de Educação
Esporadicamente as relações de proximidade entre funcionários e
encarregados de educação perturbam a eficiência dos processos educativos.
Coordenação de algumas AEC
Ainda existem certas lacunas ao nível de um acompanhamento mais
sistematizado de algumas AEC.
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Qualidade educativa diversa entre algumas valências
Apesar de estar em remissão ainda encontramos alguns elementos
diferenciadores entre valências, no que às práticas educativas diz respeito.
Espaço físico
A instituição foi crescendo na medida das solicitações que lhe eram
exigidas e encontra-se hoje em dia um pouco limitada e constrangida em
termos físicos.
Proximidade da gestão intermédia aos docentes e auxiliares de ação educativa
Nalguns casos específicos a gestão intermédia, os docentes e os
auxiliares de ação educativa não revelam um trabalho de equipa ideal.
Competências culturais e científicas diversas do corpo docente
O corpo docente é detentor de um leque de qualificações que não se
apresenta muito homogéneo entre pares, fazendo com que nalguns casos
existam alguns distanciamentos nas práticas diárias que devem ser suprimidos.
Competências na criatividade de alunos e docentes
Por vezes existe o sentimento de que a criatividade inerente aos
docentes não é devidamente revelada ou mesmo potenciada.
Em relação aos fatores do ambiente constituem-se como OPORTUNIDADES:
A crise da escola pública e uma eventual quebra na qualidade
Com a escola pública a atravessar um momento de crise e tensão com
os constantes cortes orçamentais e divisões estruturais, o colégio tem a
oportunidade de aglutinar todos aqueles que procuram um ensino de
qualidade.
A formação cívica dos nossos alunos
Detentores de uma formação cívica muito boa, os nossos alunos são
um veículo constante das boas práticas de cidadania ministradas na instituição.
A crise económica e social (para os outros se formos os melhores)
Neste contexto de crise social ser bom já não basta: é preciso sermos
os melhores. É esse o caminho que continuaremos a trilhar.
E como AMEAÇAS:
O deficit demográfico
A crescente diminuição do número de nascimentos tem vindo a inverter
a pirâmide demográfica e, consequentemente, a afetar o número de admissões
realizadas.
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O desemprego
A crise social e financeira trouxe uma vaga de desemprego que veio
diminuir o número de alunos a frequentar o colégio.
Sermos vistos como uma escola suburbana
A situação geográfica do colégio, nas proximidades da capital, poderá
condicionar a visão exterior do mesmo.
3.2. Tema Integrador
Um dos desafios da escola atual é dotar os seus alunos de conhecimentos e
capacidades que lhes permitam ultrapassar os desafios que a vida lhes irá colocar.
Porque pretendemos formar cidadãos conscientes do mundo que os rodeia e que
possuam ferramentas para transformar essa realidade adotámos o tema integrador
para o triénio 2011/2014 “Cidadãos do mundo… criadores do futuro”
Este tema subdivide-se em três subtemas que têm a duração de um ano, de seguida
apresentam-se os objetivos definidos para cada um.
Subtema 2011/2012 - Pela gestão sustentada dos recursos
- Adotar atitudes e comportamentos propícios ao desenvolvimento de uma cultura
empreendedora;
- Reconhecer a importância de um estilo de vida saudável para o desenvolvimento e
bem-estar do ser humano;
- Desenvolver hábitos e práticas favoráveis à preservação do nosso planeta;
- Fomentar o sentido crítico como forma de cidadania e de perceção do mundo .
Subtema 2012/2013 - Pela gestão cívica dos recursos
- Promover a autonomia individual e coletiva dos alunos do colégio José Álvaro Vidal
alicerçada no espírito empreendedor;
- Conhecer e desenvolver valores, ideias e práticas de convivência democrática;
- Fomentar hábitos solidários para a vida em comunidade de acordo com a missão da
Fundação CEBI;
- Potenciar a experiência artística pela execução, criação e apreciação a partir do
currículo a das atividades de enriquecimento curricular.
- Desenvolver a consciência de cidadania europeia.
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Subtema 2013/2014 - Pela gestão criativa dos recursos
- Estimular o sentido crítico sobre a realização de diversas formas artísticas;
- Criar e recriar vivências que estimulem a imaginação e desenvolvam capacidades
criativas;
- Contribuir para o desenvolvimento pleno dos alunos através da fruição de
experiências artísticas;
- Desenvolver um pensamento crítico e inovador que permita a estruturação do
indivíduo no mundo que o rodeia.
3.3. Valências / Ciclos
Norteado pelo objetivo de continuidade do processo educativo dos nossos alunos ao
longo dos diferentes ciclos de ensino, consolidado numa prática de um ensino
integrado e de qualidade, o CJAV é constituído pelas valências de creche/creche
familiar, pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclos.
Na valência de creche/creche familiar, o cuidado recai sobre a criação de contextos
pedagógicos personalizados, diferenciados e tranquilos, promotores do
desenvolvimento, da experimentação e de múltiplas oportunidades de aprendizagem.
Na valência de pré-escolar, a criança é entendida como um ser competente,
cooperante e com direito à participação. Desta forma, as capacidades de observar,
entender e participar do mundo são estimuladas promovendo a colaboração, a
reciprocidade, a autoavaliação, a pesquisa, numa lógica de ensino participado e em
interação.
No 1.º ciclo, que marca a entrada na aprendizagem formal, são promovidos e
estimulados a diferença, a inovação e a procura de horizontes educativos mais ricos e
potenciadores de aprendizagens ricas e estruturantes.
Porque acreditamos que o conhecimento se constrói a partir de experiências
diversificadas, nos 2º e 3º ciclos promovemos atividades desafiadoras, que consolidam
as aprendizagens iniciadas no contexto da sala de aula.
3.4. Objetivos
Assegurar uma formação integral a todos, que garanta a descoberta e o
desenvolvimento dos seus interesses e aptidões, capacidade de raciocínio,
memória e espírito crítico, criatividade, sentido moral e sensibilidade estética,
independentemente da idade, sexo, credo, ideologia ou etnia;
17
Promover a realização do indivíduo em harmonia com os valores de
solidariedade social que pautam a Fundação CEBI;
Desenvolver a relação do saber e do saber fazer, da teoria e da prática;
Proporcionar a prática de atividade física e motora, bem como a educação
artística de forma a sensibilizar para as diversas vertentes estéticas,
despertando futuras vocações;
Compreender a importância da aquisição e do desenvolvimento de métodos,
hábitos e instrumentos de trabalho pessoal e em grupo, valorizando a ação
humana do trabalho;
Fomentar a consciência da conservação e preservação do património natural e
cultural existente, numa perspetiva de humanismo universal e de solidariedade
para com os outros e para com as gerações vindouras;
Incrementar a maturidade cívica e a moral sócio-afetiva, desenvolvendo laços
de solidariedade para com a família, a escola e a comunidade;
Reconhecer a importância da participação cívica de uma forma responsável e
democrática como as bases de construção de uma comunidade sã;
Garantir às crianças com NEE as condições necessárias ao desenvolvimento e
harmonioso das suas capacidades;
Estimular o desenvolvimento da imaginação, da criatividade e da inovação.
3.5. Caracterização Humana
Tem-se assistido nos últimos anos ao reforço da estabilidade do quadro de pessoal, o
que tem contribuído para o desenvolvimento de uma cultura organizacional própria e
de acordo com a visão e a missão da Fundação CEBI. O grande peso do pessoal
auxiliar deve-se tanto ao horário muito alargado como à grande mobilidade dos alunos
entre atividades.
Todo o corpo docente está habilitado para o seu grupo de docência existindo vários
que já obtiveram novos graus académicos seja através da obtenção do grau de
mestrado como de cursos de especialização na sua área de docência.
Valência Docentes Coordenadores Ajud. Ação Educativa
Assistentes Familiares
Adm. Direção
Creche/CF 13 2 27 15 -- --
Pré-Escolar 19 1 31 -- -- --
1ºciclo 22 1 19 -- -- --
2º3ºciclo 34 1 10 -- -- --
Clube de Jovens
2 1 3 -- -- --
Comuns -- -- -- -- 2 1
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3.6. Espaço
O Colégio José Álvaro Vidal funciona em 10 edifícios que se encontram distribuídos
por valências e faixas etárias dos alunos da seguinte forma:
Edifício Bloco Anos Salas Espaços
1 Verde 3 4
3 WC
1 Espaço “multiatividades”
1 Gabinete
1 Arrumação
2 Rosa 2/3 4
3 WC
1 Gabinete
1 Arrumação
3 Laranja 3/4/5 (Piso 0)
4
3 WC
1 Arrumação
1 Gabinete
3 Laranja 5 (Piso 1)
5
3 WC
1 Gabinete
1 Arrumação
4 Azul 4 4
3 WC
1 Gabinete
1 Arrumação
5 Creche 1 e 2 anos 6
2 WC
1 Copa
2 Gabinete
1 Refeitório
1 Sala de mudas
6 2 2º e 3º Ciclos (Piso 0)
2
3 WC
2 Gabinete
1 Bar
6 2 2º e 3º Ciclos (Piso 1)
3 2 WC
7 1 e 3 1º ciclo (Piso 1)
-1
2 WC
1 Biblioteca
1 Centro de recursos
1 Ludoteca
3 Arrumações
1 Ginásio
1 Sala de informática
7 1 e 3 1º ciclo (Piso 0)
4 1 WC
1 Portaria
7 1 e 3 1º ciclo (Piso 2)
8
1 WC
1 Sala Exp. Plástica (terraço)
7 1 e 3 1º ciclo Piso 1
Sala de professores
Gabinete de atendimento
Sala de isola mento
2 WC
1 gabinete (DSI)
19
Edifício Bloco Anos Salas Espaços
13 Pavilhão Todos 4 6 WC
2 Balneários
13 4 2º e 3º Ciclos 14
1 Ludoteca
1 Biblioteca
1 Secretaria
5 gabinetes
1 Anfiteatro
3 Arrumos
1 Laboratório
4 WC
13 Clube
de Jovens Básico e
Secundário 4
1 Gabinete
1 Atelier
1 Refeitório
1 Biblioteca
1 Mini Bar
1 Cozinha
1 sala de Explicações
2 WC
1 Sótão com
1 Sala de Convívio
1 Sala de Jogos
1 Arrumo
13 Berçário Dos 4 meses
a 1 ano 4
1 gabinete
4 dormitórios
2 salas de mudas
1 copa
1 WC
3.7. Atividades Anuais
As atividades anuais deverão ser um lugar de encontro entre a estética e a ética, o
desenvolvimento de literacias múltiplas, bem como espaços facilitadores do
desenvolvimento de processos cognitivos, lógicos, verbais, matemáticos e científicos.
Serão lugares de treino de autoconfiança, do desenvolvimento do pensamento criativo
e da capacidade de expressão e comunicação. E também potenciadores do
desenvolvimento da cooperação, da solidariedade e do conhecimento do património
artístico e cultural.
Os projetos deverão suscitar a emergência do relacional e do performativo e
desenvolver novas capacidades de aprendizagem e de empreendedorismo.
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A criatividade deverá representar uma competência essencial e um desafio para o
desenvolvimento de projetos transversais ao colégio e construídos em torno de toda a
comunidade educativa.
Através das artes os alunos participarão em desafios coletivos e pessoais
significativos para a construção da sua identidade pessoal e social.
Percecionamos as expressões artísticas como espaços de prazer e de vivência lúdica
e também espaços de partilha de sentimentos, emoções e conhecimentos. E a
aprendizagem reverter-se-á de momentos de construção e de desconstrução onde se
desmancham os medos e se treinam os limites. Onde se exploram maneiras de ver,
pensar ou percecionar. A experiência artística será potenciada pela execução, pela
criação e pela apreciação. Entende-se a arte como uma ferramenta pedagógica.
Experimentar e aplicar diferentes linguagens artísticas serão uma constante no
desenvolvimento dos projetos anuais.
Entendemos a celebração das datas marcantes da instituição como fortes momentos
para potenciar a aprendizagem, o relacional e o performativo, bem como contribuir
para o desenvolvimento cultural da comunidade. Ser agentes de mudança e favorecer
a diferença começa em nós, neste tempo e local que habitamos.
3.8. Atividades de Enriquecimento Curricular A gestão do tempo de permanência dos alunos para além do período curricular é
sempre uma prioridade na organização do Projeto Educativo. Se no início se tratava
apenas de dar resposta às necessidades de gestão do tempo das
famílias, atualmente, somos mais ambiciosos e a diversidade e qualidade das
atividades de enriquecimento curricular assumem-se como uma variável
diferenciadora da oferta educativa do colégio.
Pretende-se uma oferta mais informal e orientada para os interesses dos alunos e que
esta se constitua como momento de prazer e realização pessoal bem como, de
“despiste” das suas vocações artísticas e desportivas.
As atividades de enriquecimento curricular apresentam-se como um contributo
importante para o crescimento sustentado, cultural e cívico, bem como artístico e
físico-motor dos nossos alunos. Assegurando a sua formação integral e realização
21
pessoal, o colégio fomenta a utilização criativa e formativa dos seus tempos livres. A
diversificação e desenvolvimento aprofundado de competências adquiridas
curricularmente contribuem para a construção de um currículo diferenciado,
personalizado, promotor de curiosidade e dinamismo.
Neste sentido, damos enfoque aos domínios desportivo, artístico, científico e
tecnológico e pretendemos desenvolver competências, partilhar saberes e delinear
caminhos para o futuro.
Atividades comparticipadas Atividades não comparticipadas
- Iniciação ao Ballet/Dança Criativa
- Ballet/Dança Clássica
(Royal Acadermy of Dance)
- Dança Jazz / Dança Contemporânea
- Oficina de teatro
- Xadrez
- Escola de Línguas
- Bateria
- Classe de sopro (Saxofone)
- Guitarra
- Piano
- Clube de Atletismo
- Escalada
- Escola de Futebol
- Ginástica Pré-Competição
- Judo
- Karaté
- Minibasquetebol
- Natação
- Clube de jornalismo/Rádio
- Clube Europeu
- Clube de Astronomia
- Inglês (3.º e 4.º anos)
- Grupo de Debate
- Ateliê de Ciências
- Clube de Matemática
- Expressão Dramática
- Expressão Musical
- Expressão Plástica
- Filosofia para Crianças
- Sala de Estudo
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3.9. Necessidades Educativas Especiais
A Escola tem como responsabilidade fazer com que todos os alunos recebam uma
educação apropriada, em função das suas características e necessidades específicas.
Deste modo, é preciso “dar resposta às crianças e jovens com necessidades
educativas especiais (NEE), contrapondo à segregação e ao insucesso, uma via
educativa estimulante das suas capacidades, no quadro de uma escola para todos”
(Parecer N.º 3/99, do Conselho Nacional de Educação).
O Colégio José Álvaro Vidal, ciente das suas responsabilidades educativas para com
todos os seus alunos, considera essencial o desenvolvimento de valores fundamentais
– igualdade, liberdade, justiça – fomentando nos jovens a capacidade de serem livres,
conscientes, participativos e empenhados numa mudança da nossa sociedade, que se
quer verdadeiramente humanizada.
Nesta perspetiva, é imperativo proporcionar respostas adequadas às crianças e jovens
com NEE, decorrentes de deficiência ou de problemas de aprendizagem e/ou de
comportamento, no quadro do ensino regular, incluindo‐os num meio o menos
restritivo possível, visando um desenvolvimento harmonioso, onde se respeita a
personalidade de todos e de cada um, na busca de uma educação mais igualitária e
justa.
Neste sentido, e considerando as especificidades de cada ciclo de ensino, a resposta
aos alunos com NEE do CJAV decorre da seguinte forma:
Na creche familiar, creche e pré-escolar, com o apoio por parte de uma
educadora de educação especial e de uma educadora de Intervenção Precoce
do Agrupamento de Vialonga, caso se tratem, respetivamente, de alunos
abrangidos pelas medidas educativas especiais do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7
de janeiro, ou de crianças acompanhadas ao nível de Intervenção Precoce, ao
abrigo do Decreto-Lei n.º 281/2009, de 6 de outubro;
No primeiro ciclo, os alunos abrangidos pelas medidas educativas especiais do
Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, têm apoio por parte de uma professora
de educação especial, no âmbito do Apoio Pedagógico Personalizado. De
forma a promover o desenvolvimento global e pleno das potencialidades destes
alunos, estão ainda incluídos em atividades de promoção de competências
pessoais e sociais, físico-motoras e artísticas;
23
No segundo e terceiro ciclos, o apoio aos alunos abrangidos pelas medidas
educativas especiais do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, é garantido por
professores das disciplinas em que beneficiam de apoio e em alguns casos
também por uma professora de educação especial. Aos alunos com Currículo
Específico Individual é-lhes assegurada a autonomia pessoal e social, dando
prioridade ao desenvolvimento de atividades de cariz funcional centradas nos
contextos de vida, à comunicação e à organização do processo de transição
para a vida pós-escolar, através das atividades promovidas pelo Projeto de
Currículos Funcionais.
De forma a tornar mais eficaz a resposta dada aos alunos com Necessidades
Educativas Especiais (NEE), foi criada em janeiro de 2010 a Equipa de Educação
Especial, com o intuito de encontrar respostas adequadas para os alunos com NEE,
participando e acompanhando o seu percurso escolar. Assim, a ação junto dos alunos
com NEE do CJAV caracteriza-se pelo acompanhamento e participação no percurso
educativo dos alunos com NEE, promovendo a existência de condições que
assegurem a plena integração escolar e social das crianças e jovens com NEE, numa
lógica de cooperação com os Pais e/ou EE dos alunos com NEE, de forma a garantir
uma maior e melhor articulação entre os intervenientes no processo educativo dos
alunos e a estimular o seu desenvolvimento pleno.
Capítulo IV – Avaliação do Projeto Educativo
A vigência do Projeto Educativo é de três anos depois da sua aprovação em Conselho
Pedagógico. Cabe ao Conselho Pedagógico acompanhar e avaliar o Projeto Educativo
de Escola, nomeadamente através da sua articulação com o Plano de
Desenvolvimento do Currículo, da concretização do Plano Anual de Atividades, do
cumprimento do Regulamento Interno e da avaliação dos resultados obtidos nas áreas
prioritárias de intervenção, tendo como referência os resultados esperados.
O Projeto Educativo de Escola constitui um importante referencial de coesão e
unidade de ação educativa e como tal, deverá ter uma ampla divulgação:
• ao Corpo Docente, através do Conselho Pedagógico, dos Coordenadores de
Departamento e das Reuniões Gerais de Professores;
• ao Pessoal Não Docente, através da Direção, do responsável do Pessoal Não
Docente e das Reuniões de Pessoal Não Docente;
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• aos Alunos, através dos professores/educadores e da disponibilização nos Serviços
Administrativos;
• aos Encarregados de Educação e restante comunidade educativa através da
Associação de Pais e da disponibilização nos Serviços Administrativos e no site da
Fundação;
A avaliação do Projeto Educativo de Escola é da competência do Conselho
Pedagógico que emite o seu parecer de acordo com os seguintes parâmetros:
Conformidade – comparação entre as ações previstas e realizadas;
Eficiência – maximização dos recursos disponíveis;
Eficácia – relação entre os resultados obtidos e os recursos investidos.
A avaliação do PEE é de caracter permanente e formativo permitindo a sua
reorientação e ajustamento face aos problemas identificados, a eficiência na gestão
dos recursos e a eficácia das ações programadas face aos resultados obtidos.
Metodologia
A elaboração de relatórios de conformidade, eficiência e eficácia têm como principal
objetivo analisar de forma longitudinal a evolução de cada ano letivo.
Relatório de atividades
Relatório analítico de resultado
25
Anexo I – Plano de desenvolvimento curricular
Decorrente da reorganização curricular da responsabilidade do Ministério da Educação e
Ciência e a consequente redução da carga horária em algumas áreas curriculares (como as
expressões artísticas) ou a eliminação de outras, o Colégio José Álvaro Vidal reformulou a sua
oferta educativa de forma a potenciar as capacidades de todos os seus alunos, visando um
desenvolvimento holístico. Com o objetivo de tornar o processo de tomadas de decisão referentes
a este âmbito num processo mais participado, foi constituída uma equipa multidisciplinar, reunindo
elementos das diferentes valências.
REFORÇO DA OFERTA DO ENSINO DAS EXPRESSÕES ARTÍSTICAS E MOTORAS
Cientes de que a educação artística é promotora de aprendizagens e experiências
significativas nas vidas dos nossos alunos, reforçámos a oferta destas áreas desde o pré-escolar
até ao 3.ºciclo.
No 1º ciclo consolida-se a importância do ensino da Expressão Físico-Motora e da
Expressão Musical, apostando-se num sistema de permuta e coadjuvação; definiu-se que esta
área do currículo (Educação Musical) é ministrada por um professor da especialidade.
A fim de se dar continuidade à aposta na qualidade das aprendizagens neste âmbito, a
matriz curricular do 2º ciclo de escolaridade do Ensino Básico foi enriquecida através da oferta de
ateliês de coro/instrumento (com desdobramento semestral), bem como de expressão dramática e
de expressão corporal.
Assim, e tendo em conta os motivos já evidenciados, manteve-se, como possibilidades de
opção na Oferta de Escola nos 7º e 8º anos de escolaridade, as disciplinas de Teatro, Dança e
Música.
Objetivos
Desenvolver o raciocínio lógico-matemático, a organização e o método através da
aprendizagem da música;
Promover a literacia artística;
Proporcionar atividades promotoras do desenvolvimento do sentido estético e da
criatividade
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REGIME DE FUNCIONAMENTO DAS DISCIPLINAS DE TIC E OFERTA DE ESCOLA
No que respeita a este âmbito, o Colégio José Álvaro Vidal optou pela manutenção do
regime de funcionamento semestral, aplicando as condições enunciadas na legislação em vigor
no que concerne ao parâmetro da avaliação destas disciplinas.
Objetivos
Incentivar a utilização das novas tecnologias como uma ferramenta de trabalho;
Estimular o uso criativo das ferramentas informáticas no âmbito da construção dos
saberes.
APOIO DIÁRIO AO ESTUDO/APOIO PEDAGÓGICO ACRESCIDO
Porque nos assumimos como uma escola para todos, é necessário criar espaços e
momentos em que os alunos com mais dificuldades académicas as possam superar. Porque nos
assumimos como uma escola para todos, é necessário criar espaços e momentos em que os
alunos com mais dificuldades académicas as possam superar.
No 1.º ciclo o Projeto Coaching para o Sucesso prevê a criação ocasional de grupos
homogéneos de alunos tendo em vista colmatar dificuldades de aprendizagem ou desenvolver
capacidades e promover a igualdade de oportunidades.
No 2º ciclo do Ensino Básico foi sistematizada a oferta de Apoio Diário ao Estudo, sendo
esta integrada no horário das turmas desde o início do ano letivo.
Conscientes da importância desta oferta de apoio, alargou-se ainda a oferta de apoios
pedagógicos acrescidos no 3º ciclo do Ensino Básico, generalizando-se à totalidade das
disciplinas de cariz mais académico.
Objetivos
Enriquecer a oferta de apoios pedagógicos acrescidos, abrangendo um maior número de
disciplinas;
Promover o acompanhamento pedagógico no desenvolvimento de atividades de
consolidação da aprendizagem;
Melhorar os resultados da avaliação (interna e externa) e as aprendizagens dos alunos do
colégio;
Responder de um modo mais efetivo às necessidades educativas especiais dos alunos.
27
GESTÃO DAS CARGAS HORÁRIAS NOS 1º, 2º e 3º CICLOS
No 1º ciclo mantivemos a estrutura curricular a ajustamos a carga horária de acordo com a
legislação em vigor. Respeitamos os tempos mínimos de trabalho semanal nas áreas de
Português e Matemática. Incluímos um tempo de gestão que o professor pode usar de forma
autónoma no reforço das áreas fundamentais (Português e/ou Matemática) de acordo com as
características da turma e determinamos que a Expressão Plástica e a Expressão Dramática
fossem operacionalizadas com os conteúdos da matemática e do português. Procedemos à oferta
do Inglês como componente do Currículo no 4.º ano de escolaridade.
Em relação às áreas curriculares não disciplinares, são ministradas em articulação entre si,
com as áreas disciplinares e com as tecnologias de informação e comunicação.
No âmbito da autonomia na gestão da carga horária das disciplinas de Ciências Naturais e
de Físico-Química nos 7º e 8º anos de escolaridade, o agrupamento de Matemática e Ciências,
após reunião com base na reflexão sobre os programas curriculares, deliberou que no 7º ano será
atribuída maior carga horária à disciplina de Ciências Naturais (quatro tempos letivos) em
detrimento da disciplina de Físico-Química (dois tempos letivos), invertendo-se esta opção no 8º
ano de escolaridade. No 9º ano ambas as disciplinas têm três tempos letivos semanais. Salienta-
se ainda que, no 3º ciclo, num dos tempos letivos a turma encontra-se em regime de
desdobramento em ambas as disciplinas, a fim de promover uma componente experimental mais
válida.
Do mesmo modo, e prosseguindo idêntica metodologia de trabalho, o agrupamento de
História e de Geografia tomou como decisão atribuir três tempos letivos à disciplina de História no
7º ano e dois tempos letivos no 8º ano; a disciplina de Geografia tem dois tempos letivos no 7º
ano e três tempos letivos no 8º ano. No 9º ano ambas as disciplinas têm três tempos letivos
semanais.
No que concerne à gestão da carga horária no âmbito das Línguas Estrangeiras I e II, após
reflexão sobre a gestão do processo de ensino-aprendizagem decorrente dos programas e
respetivas planificações, tomou-se como deliberação que no 7º ano se atribuem três tempos
letivos a Língua Estrangeira I (Inglês) e três tempos letivos a Língua Estrangeira II (Francês ou
Espanhol, consoante a opção do aluno). Nos 8º e 9º anos a Língua Estrangeira I continua a ter a
atribuição de três tempos letivos, passando a Língua Estrangeira II a ter apenas dois tempos
letivos.
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MATRIZ CURRICULAR DO 1º CICLO
Componentes do currículo Carga horária semanal
1º ano 2º ano 3.º ano 4.º ano
Português 420 minutos 420 minutos 420 minutos 420 minutos
Matemática 420 minutos 420 minutos 420 minutos 420 minutos
Estudo do Meio 240 minutos 240 minutos 240 minutos 240 minutos
Expressão Musical 60 minutos 60 minutos 45 minutos 45 minutos
Expressão Físico-Motora 60 minutos 60 minutos 45 minutos 45 minutos
Inglês - - - 90 minutos
Tempo de Gestão 150 minutos 150 minutos 180 minutos 90 minutos
29
MATRIZ CURRICULAR DO 2º CICLO
Componentes do currículo
Carga horária semanal
(tempos letivos de 45 min.)
5º ano 6º ano
LÍNGUAS E ESTUDOS SOCIAIS
Português 6 6
Inglês 3 3
História e Geografia de Portugal 3 3
MATEMÁTICA E CIÊNCIAS
Matemática 6 6
Ciências Naturais 3 3
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E TECNOLÓGICA
Educação Visual 2 2
Educação Tecnológica 2 2
Educação Musical 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA
Educação Física 3 3
EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA
Educação Moral e Religiosa (facultativa) 1 1
OFERTA COMPLEMENTAR
Educação para a Cidadania 2 2
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MATRIZ CURRICULAR DO 3º CICLO
Componentes do currículo
Carga horária semanal
(tempos letivos de 45 min.)
7º ano 8º ano 9º ano
PORTUGUÊS
Português 5 5 5
LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Inglês 3 3 3
Língua Estrangeira II 3 2 2
CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
História 3 2 3
Geografia 2 3 3
MATEMÁTICA
Matemática 5 5 5
CIÊNCIAS FÍSICAS E NATURAIS
Ciências Naturais 2 4 3
Físico-Química 4 2 3
EXPRESSÕES E TECNOLOGIAS
Educação Visual 2 2 *1
TIC e Oferta de Escola (Dança/Música/Teatro)2 2 2 *
Educação Física 3 3 3
EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA
Educação Moral e Religiosa (facultativa) 1 1 1
OFERTA COMPLEMENTAR
Educação para a Cidadania 1 1 1
1 Em regime de transição; a definir no ano letivo 2013/14
2 O Colégio optou por aplicar o regime da organização destas disciplinas em semestres.
31
EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA
A escola constitui um importante contexto para a aprendizagem e o exercício da cidadania,
devendo os agentes educativos ter presente que a prática da cidadania deve constituir um
processo participado, reflexivo e ativo sobre os problemas sentidos por cada um e pela sociedade.
O exercício da cidadania implica, por parte de cada indivíduo e daqueles com quem interage, uma
tomada de consciência, cuja evolução acompanha as dinâmicas de intervenção e transformação
social.
Deste modo, a cidadania traduz-se numa atitude, num comportamento, num modo de estar
em sociedade que tem como referência uma matriz plural, decorrente dos direitos humanos,
imprescindíveis na formação integral da pessoa do aluno.
Cientes de que a cidadania constitui uma das mais válidas formas do indivíduo se afirmar
na sociedade, o colégio continua a oferecer aos seus alunos esta área na qual se adquirem
competências essenciais à construção de uma sociedade democrática. Deste modo, a opção face
às possibilidades apresentadas na legislação foi construída no sentido de materializar a oferta
desta área como uma área disciplinar autónoma.
A planificação desta área disciplinar deve ser efetuada tendo em consideração a
caracterização do grupo/turma, procurando uma adequação das estratégias/metodologias de
trabalho em consonância com as especificidades das turmas.
Ainda assim, determinam-se como linhas conteudísticas orientadoras as seguintes, de
acordo com as orientações da Direção-Geral da Educação (dezembro de 2012):
A Educação Rodoviária, que se assume como um processo de formação ao longo da
vida que envolve toda a sociedade com a finalidade de promover comportamentos cívicos
e mudar hábitos sociais, de forma a reduzir a sinistralidade rodoviária e assim contribuir
para a melhoria da qualidade de vida das populações.
A Educação para o Desenvolvimento, que visa a consciencialização e a compreensão
das causas dos problemas do desenvolvimento e das desigualdades a nível local e
mundial, num contexto de interdependência e globalização, com a finalidade de promover
o direito e o dever de todas as pessoas e de todos os povos a contribuírem para um
desenvolvimento integral e sustentável.
A Educação para a Igualdade de Género, que visa a promoção da igualdade de direitos
e deveres das alunas e dos alunos, através de uma educação livre de preconceitos e de
estereótipos de género, de forma a garantir as mesmas oportunidades educativas e
opções profissionais e sociais. Este processo configura-se a partir de uma progressiva
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tomada de consciência da realidade vivida por alunas e alunos, tendo em conta a sua
evolução histórica, na perspetiva de uma alteração de atitudes e comportamentos.
A Educação para os Direitos Humanos, que está intimamente ligada à educação para a
cidadania democrática, incidindo especialmente sobre o espectro alargado dos direitos
humanos e das liberdades fundamentais, em todos os aspetos da vida.
A Educação Financeira, que permite aos jovens a aquisição e desenvolvimento de
conhecimentos e capacidades fundamentais para as decisões que, no futuro, terão que
tomar sobre as suas finanças pessoais, habilitando-os como consumidores conscientes,
ensinando-os a lidar com a crescente complexidade dos contextos e instrumentos
financeiros.
A Educação para a Segurança e Defesa Nacional, que pretende evidenciar o contributo
específico dos órgãos e estruturas de defesa para a afirmação e preservação dos direitos
e liberdades civis, bem como a natureza e finalidades da sua atividade em tempo de paz, e
ainda contribuir para a defesa da identidade nacional e para o reforço da matriz histórica
de Portugal, nomeadamente como forma de consciencializar sobre a importância do
património cultural, no quadro da tradição universal de interdependência e solidariedade
entre os povos do Mundo.
A Educação Ambiental/Desenvolvimento Sustentável, que pretende promover um
processo de consciencialização ambiental, de promoção de valores, de mudança de
atitudes e de comportamentos face ao ambiente, de forma a preparar os alunos para o
exercício de uma cidadania consciente, dinâmica e informada face às problemáticas
ambientais atuais. Neste contexto, é importante que os alunos aprendam a utilizar o
conhecimento para interpretar e avaliar a realidade envolvente, para formular e debater
argumentos, para sustentar posições e opções, capacidades fundamentais para a
participação ativa na tomada de decisões fundamentadas no mundo atual.
A Dimensão Europeia da Educação, que contribui para a formação e o envolvimento dos
alunos no projeto de construção europeia, incrementando a sua participação, reforçando a
proteção dos seus direitos e deveres, na procura de fortalecer assim a identidade e os
valores europeus. Pretende-se promover um melhor conhecimento da Europa e das suas
instituições, nomeadamente da União Europeia e do Conselho da Europa, do património
cultural e natural da Europa e dos problemas com que se defronta a Europa
contemporânea.
33
A Educação para os Media, que pretende incentivar os alunos a utilizar os meios de
comunicação, nomeadamente o acesso e a utilização das tecnologias de informação e
comunicação, visando a adoção de comportamentos e atitudes adequados a uma
utilização crítica e segura da Internet e das redes sociais.
A Educação para a Saúde e a Sexualidade, que pretende dotar as crianças e os jovens
de conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões
adequadas à sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e mental. A escola deve
providenciar informações rigorosas relacionadas com a proteção da saúde e a prevenção
do risco, nomeadamente na área da sexualidade, da violência, do comportamento
alimentar, do consumo de substâncias, do sedentarismo e dos acidentes em contexto
escolar e doméstico.
A Educação para o Empreendedorismo, que visa promover a aquisição de
conhecimentos, capacidades e atitudes que incentivem e proporcionem o desenvolvimento
de ideias, de iniciativas e de projetos, no sentido de criar, inovar ou proceder a mudanças
na área de atuação de cada um perante os desafios que a sociedade coloca.
A Educação do Consumidor, que pretende disponibilizar informação que sustente
opções individuais de escolha mais criteriosas, contribuindo para comportamentos
solidários e responsáveis do aluno enquanto consumidor, no contexto do sistema
socioeconómico e cultural onde se articulam os direitos do indivíduo e as suas
responsabilidades face ao desenvolvimento sustentável e ao bem comum.
A Educação Intercultural, que pretende promover o reconhecimento e a valorização da
diversidade como uma oportunidade e fonte de aprendizagem para todos, no respeito pela
multiculturalidade das sociedades atuais. Pretende-se desenvolver a capacidade de
comunicar e incentivar a interação social, criadora de identidades e de sentido de pertença
comum à humanidade.
A promoção do Voluntariado, que visa o envolvimento das crianças e dos jovens em
atividades desta natureza, permitindo, de uma forma ativa e tão cedo quanto possível, a
compreensão de que a defesa de valores fundamentais (como a solidariedade, o espírito
de entreajuda e o trabalho) contribui para aumentar a qualidade de vida e para impulsionar
o desenvolvimento harmonioso da sociedade. A criação de uma cultura educacional
baseada na defesa destes mesmos valores reforça a importância do voluntariado como
meio de promoção da coesão social.
Pro
jeto
Ed
uca
tivo
de
Esco
la –
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Objetivos
Fomentar a educação de cidadãos conscientes e empenhados civicamente;
Contribuir para um desenvolvimento holístico dos alunos;
Despertar a consciência cívica dos alunos através da promoção de atividades no âmbito
da Educação para a Cidadania.
www.fcebi.org