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135 PROJETO DE UMA CHOPEIRA AUTOMATIZADA Leandro de Melo Ortiz¹ [email protected] Prof. Dr. Ulysses de Barros Fernandes² [email protected] Abstract - This article describes the construction of a prototype machine for autonomous trade draft beer to be applied at various locations of people flow. This prototype provides economic advances, improvements in working conditions and care. Through knowledge has gotten in the course of Industrial Robotics, it was possible a prototype implementation using sensors, relays, solenoids, motor, and Programmable Logic Controller (PLC). This prototype machine could be used by inserting the money in the player and pressing a button, a standard cup will be hosted on one platform and this standard cup will fill up with a predetermined dose of cold beer, this platform will be conducted through two zones that will be driven by gears and a chain driven by a motor. With all this technology, we can suit this machine draft beer needs to crowded places using a fast-beer system (drink quickly) in these places. Putting this machine in crowded places it will be possible to offer a better service and to get greater people´s satisfaction .This machine draft beer system works completely isolated from human contact, avoiding the risk of micro–organism contagion, By using this machine, the customers´ needs and wishes will be satisfied quickly and effectively. Its initial investment is a medium cost of capital. It will promote a significant evolution in attendance, and economically, it can reduce expenses in renting, reducing the amount of labor and increasing the processes´quality. Keyword: Beer Cooler. Automation. Industrial Mechatronics. Resumo - Este artigo descreve a construção de um protótipo de máquina autônoma para o comércio de chopp a ser usado em locais onde haja grande fluxo de pessoas. Este protótipo propicia avanços econômicos, melhoras nas condições de trabalho e atendimento de pessoas. A partir do conhecimento adquirido no curso de Mecatrônica Industrial foi possível, o desenvolvimento de um protótipo através da utilização de sensores, relês, válvulas solenóides, motor e de um Controlador Lógico Programável (CLP). Esta máquina será capaz de atender, rapidamente, a um grande público, pois o seu manuseio é fácil e simples. Para comprar a bebida, o cliente deverá inserir o dinheiro no leitor e pressionar um botão. Depois dessas operações, um copo padrão será alojado em uma plataforma e ele será cheio de uma dosagem pré-estabelecida de chopp, que, por sua vez, ficará disponível para o cliente. Essa plataforma do copo será conduzida através de dois fusos e será movida por engrenagens e uma corrente acionada por um motor, o quê, agiliza todo o processo. A máquina trabalhará no sistema fast-beer (bebida rápida) e poderá atender às demandas nesses locais de grande movimentação. Com a colocação de uma dessas máquinas em locais de grande acesso de pessoas, é possível ter-se um melhor atendimento e maior satisfação das pessoas, pois, com o seu sistema trabalhando totalmente isolado de contato humano, evita o risco de contágio por algum micro-organismo. O uso dessa máquina atende de forma rápida e eficaz as necessidades e os desejos do consumidor. O investimento inicial nessa máquina é de médio custo, mas através de seu uso, pode haver uma relevante evolução no atendimento aos clientes, e economicamente, ela pode reduzir despesas com o aluguel de pontos comerciais, e também, reduzir a quantidade de mão de obra e aumentar a qualidade nos processos. Palavras-chave: Chopeira. Automação. Mecatrônica Industrial.

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PROJETO DE UMA CHOPEIRA AUTOMATIZADA

Leandro de Melo Ortiz¹

[email protected]

Prof. Dr. Ulysses de Barros Fernandes²

[email protected]

Abstract - This article describes the construction of a prototype machine for autonomous trade draft beer to be applied at various locations of people flow. This prototype provides economic advances, improvements in working conditions and care. Through knowledge has gotten in the course of Industrial Robotics, it was possible a prototype implementation using sensors, relays, solenoids, motor, and Programmable Logic Controller (PLC). This prototype machine could be used by inserting the money in the player and pressing a button, a standard cup will be hosted on one platform and this standard cup will fill up with a predetermined dose of cold beer, this platform will be conducted through two zones that will be driven by gears and a chain driven by a motor. With all this technology, we can suit this machine draft beer needs to crowded places using a fast-beer system (drink quickly) in these places. Putting this machine in crowded places it will be possible to offer a better service and to get greater people´s satisfaction .This machine draft beer system works completely isolated from human contact, avoiding the risk of micro–organism contagion, By using this machine, the customers´ needs and wishes will be satisfied quickly and effectively. Its initial investment is a medium cost of capital. It will promote a significant evolution in attendance, and economically, it can reduce expenses in renting, reducing the amount of labor and increasing the processes´quality. Keyword: Beer Cooler. Automation. Industrial Mechatronics. Resumo - Este artigo descreve a construção de um protótipo de máquina autônoma para o comércio de chopp a ser usado em locais onde haja grande fluxo de pessoas. Este protótipo propicia avanços econômicos, melhoras nas condições de trabalho e atendimento de pessoas. A partir do conhecimento adquirido no curso de Mecatrônica Industrial foi possível, o desenvolvimento de um protótipo através da utilização de sensores, relês, válvulas solenóides, motor e de um Controlador Lógico Programável (CLP). Esta máquina será capaz de atender, rapidamente, a um grande público, pois o seu manuseio é fácil e simples. Para comprar a bebida, o cliente deverá inserir o dinheiro no leitor e pressionar um botão. Depois dessas operações, um copo padrão será alojado em uma plataforma e ele será cheio de uma dosagem pré-estabelecida de chopp, que, por sua vez, ficará disponível para o cliente. Essa plataforma do copo será conduzida através de dois fusos e será movida por engrenagens e uma corrente acionada por um motor, o quê, agiliza todo o processo. A máquina trabalhará no sistema fast-beer (bebida rápida) e poderá atender às demandas nesses locais de grande movimentação. Com a colocação de uma dessas máquinas em locais de grande acesso de pessoas, é possível ter-se um melhor atendimento e maior satisfação das pessoas, pois, com o seu sistema trabalhando totalmente isolado de contato humano, evita o risco de contágio por algum micro-organismo. O uso dessa máquina atende de forma rápida e eficaz as necessidades e os desejos do consumidor. O investimento inicial nessa máquina é de médio custo, mas através de seu uso, pode haver uma relevante evolução no atendimento aos clientes, e economicamente, ela pode reduzir despesas com o aluguel de pontos comerciais, e também, reduzir a quantidade de mão de obra e aumentar a qualidade nos processos. Palavras-chave: Chopeira. Automação. Mecatrônica Industrial.

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1 INTRODUÇÃO

Com a evolução do mercado, no segmento de bebidas, o desenvolvimento de

tecnologias para a automação das chopeiras, se faz relevante, com o intuito de

propiciar a agilidade e a eficácia no atendimento aos clientes, o que reflete a escolha

do tema, por sua relevância social e científica, e da pesquisa propriamente dita.

Com o avanço tecnológico em todos os setores, percebe-se a necessidade de

se aprimorar o conhecimento em mecatrônica, e a implementação da automatização

no segmento de bebidas com a chopeira.

Para a realização do trabalho, buscou-se a pesquisa bibliográfica, como

referencial teórico, com informações em mídias eletrônicas e escritas, as quais

respaldam os argumentos para as questões colocadas.

Em busca de referenciais bibliográficos para desenvolvimento do projeto,

pesquisou-se sobre o funcionamento de sensores capacitivos, programação em CLP

(Controlador Lógico Programável), atuadores (válvula solenóide), e Sistemas

Mecânicos de Alimentação de Processos.

A pesquisa, portanto, se constitui em um referencial que contempla a questão

social, econômica e cultural, para agilizar o atendimento, beneficiando

principalmente a comunidade consumidora.

1.1 Objetivos

Geral:

Propiciar o conhecimento do avanço tecnológico, implementado em

chopeiras, para otimização e eficácia no atendimento aos clientes finais, os

consumidores.

Específicos:

Construir um protótipo funcional no setor de chopeiras, modernizando o

sistema de atendimento ao consumidor, com o aumento do feedback entre

proprietário e cliente.

Oportunizar aos empresários do ramo de chopeiras, o atendimento eficaz, a

partir do pedido do cliente, melhorando o tempo e a qualidade de entrega do

produto.

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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para realização do Projeto de Pesquisa, buscou-se o referencial teórico, para

ancorar as questões colocadas, por meio da revisão da literatura disponível.

Como metodologia, será elaborado e desenvolvido um protótipo funcional,

que se constituirá em um experimento sobre a chopeira automatizada, com a

utilização de duas válvulas solenoide, dois sensores capacitivos, um dosador

(misturador), rodas dentadas e corrente, motor CC (corrente contínua), para

oferecerem um chopp com qualidade diminuindo o desperdício de bebidas e

otimizando o atendimento ao publico, além de inovar este segmento.

O processo de entrega do produto final constitui-se em ao reconhecer o

dinheiro e pressionar o botão, um copo cairá automaticamente na base da

plataforma, onde o sensor capacitivo ao reconhecer que existe um copo, emitirá um

sinal para uma CLP, que ira ativar o motor de corrente contínua acoplado em uma

engrenagem acionará outras duas engrenagens através de uma corrente, assim

movendo a plataforma onde o copo está alojado através de dois fusos até o bocal de

enchimento que sua abertura e fechamento são comandados por uma válvula

solenoide, o chopp passa pela serpentina para resfriamento do líquido que irá

encher o copo. Ao termino, a plataforma se deslocará levando o copo ao alcance de

consumidor, após a retirada do copo da plataforma, a mesma voltará à fase inicial,

ou seja, próximo ao compartimento e copos, e o sistema se reabilitará até a leitura

do próximo papel moeda.

3 PROTÓTIPO FUNCIONAL

Com a utilização de um sistema mecânico de alimentação de processo

dotado de duas barras roscadas acoplada a engrenagens e um motor, movimentará

uma plataforma onde está alojado um copo que através do controle por uma CLP

(Controlador Lógico Programável), torna o protótipo funcional um sistema autômato

que poderá oferecer a consumidores chopp em questão de segundos sem a

necessidade de alguém para operá-la.

O protótipo foi desenvolvido para atender as necessidade de um público

consumidor de chopp e que possa ser locado em locais de grande fluxo de pessoas.

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4 MATERIAIS E MÉTODOS

Foi utilizado um sistema mecânico no qual consiste em após a acomodação

do copo na base da plataforma, esse sistema irá leva-lo para ser preenchido com

chopp e após esse processo, o sistema irá trazer o copo novamente para que o

cliente possa pegá-lo já cheio e totalmente livre de contaminação durante o

processo.

4.1 Chopeira e Reservatório

A choperia utilizada é composta por um reservatório onde estará o líquido,

uma serpentina, compartimento para colocação do gelo e uma bomba manual para

pressurização do sistema, conforme figura 1.

Figura 1 – Chopeira.

Fonte: Ortiz (2013).

4.2 Sensores Indutivos

Sensores Indutivos serão utilizados como localizadores de início e final de

curso na plataforma de transporte, os transdutores ou sensores indutivos

reconhecem a variação magnética como uma alteração na indutância ou coeficiente

de autoindução de uma bobina, esta variação dependendo da distância entre o

material metálico e o campo magnético, emite um sinal elétrico de leitura. Segue

abaixo exemplificação do funcionamento do sensor indutivo, de acordo com a figura

2.

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Figura 2 – Princípio de operação de um sensor indutivo

Fonte: Pereira (2010).

No protótipo serão utilizados dois sensores indutivos que serão instalados

como inicio e fim de curso nas extremidades do sistema de transporte que detectará

onde está a plataforma que contém o copo. Foram utilizados 2 (dois) sensores

indutivos do fabricante FESTO (figura 3).

Figura 3 – Sensor indutivo festo-didactic

Fonte: Festo (2013).

4.3 Sensor Capacitivo

Os sensores de proximidade capacitivos utilizam como princípio de

funcionamento a variação de um dielétrico, pois um oscilador alimenta um capacitor

formado por duas placas em sua extremidade, que é a parte sensível do aparelho.

Ao entrar em contato com algum material, provoca uma variação da capacitância

detectada pelo circuito de acionamento do sensor alterando o oscilador e emitindo

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um sinal da presença do material. Esse tipo de sensor pode ler vários tipos de

materiais como por exemplo: vidro, madeira, grãos, pós, líquidos, entre outros.

Na figura 4, exemplificação do funcionamento do sensor capacitivo.

Figura 4 – Princípio de operação de um sensor capacitivo

Fonte: Pereira (2010).

No protótipo serão utilizados 2 (dois) sensores capacitivos, onde o primeiro

será responsável em verificar se o copo está alojado na plataforma, onde na

presença do copo acionará o movimento da plataforma até o bocal de enchimento, e

o segundo será responsável em verificar o nível do líquido e ao encher o copo

emitirá um sinal fechando o fluxo do líquido. Os sensores capacitivos utilizados são

do fabricante FESTO (figura 5).

Figura 5 – Sensor capacitivo festo-didactic

Fonte: Festo (2013).

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4.4 Controlador Lógico Programável (CLP)

O Controlador Lógico Programável (CLP) é baseado em um microprocessador

que desempenha funções de controle através de um software desenvolvido para

cada CLP. O CLP trata-se de um equipamento eletrônico digital utilizado em

aplicações industriais, utilizando uma memória programável para armazenar

instruções e para implementar funções específicas como lógicas, sequenciamento,

temporização, contagem aritmética, etc.

O CLP é um controlador que é indicado para sistemas caracterizados como

discretos, ou seja, suas variáveis assumem valores um e zero. Os CLPs são muito

difundidos na área de automação industrial e no controle de processos.

Segundo International Electrotechnical Commission – IEC (2003).

CLP é um sistema eletrônico operando digitalmente, projetado para uso em um ambiente industrial, que usa uma memória programável para a armazenagem interna de instruções orientadas para o usuário para implementar funções especificas, tais como lógica, sequencial, temporização, contagem e aritmética para controlar, através de entradas e saídas digitais ou analógicas, vários tipos de maquinas ou processos. O controlador programável e seus periféricos associados são projetados para serem facilmente integráveis em um sistema de controle industrial e facilmente usados em todas suas funções previstas [...].

Para controle do sistema foi utilizado um CLP Festo-Didactic FEC-600

Standart, conforme figura 6.

Figura 6 – Controlador lógico programável FEC-600 Standart

Fonte: Festo (2013).

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4.5 Válvulas Solenóides

A válvula solenoide em geral utiliza um processo de indução elétrica, sendo

composto por um enrolamento de fio em um eixo móvel (semelhante ao enrolamento

de um motor elétrico) e quando a energia elétrica passa através do enrolamento,

cria-se um campo magnético que atua um êmbolo interrompendo ou liberando a

passagem de líquido ou gás.

Segundo Sadri (2008, p.382)

Um solenóide é um atuador de translação com uma faixa de movimento bastante limitada. Os solenóides são usados em válvulas de controle de fluxo e em atuadores de deslocamento de translação de pequeno curso. Um solenoide é composto de uma bobina, de uma carcaça, que é feita de um material com alta permeabilidade para guiar o fluxo magnético, de um êmbolo, de um batente (e de uma mola central na maioria dos casos) e um carretel [...].

A maioria dos solenoides é formada por duas vias, uma porta de entrada e

outra de saída, onde um piloto serve como mecanismo de deslocamento para a

abertura ou de fechamento total do sistema, conforme figura 7.

Figura 7 – Princípio de funcionamento de uma válvula solenóide

Fonte: Cortinhas, Braga e Van Kemil (2011)

No protótipo foram utilizadas 2 (duas) válvulas solenoides para irrigação, por

serem de baixo custo e não oferecerem contaminação ao líquido a ser controlado

(figura8).

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Figura 8 – Válvula Solenóide 2/2 NF para irrigação

Fonte: Ortiz (2013).

4.6 Motor

O motor de corrente contínua (CC) é um dispositivo eletromecânico lineares,

cuja sua potência depende da tensão que é aplicada e da intensidade de corrente

que circula através dele. O seu funcionamento tem como princípio a alimentação por

uma fonte de corrente contínua que gera um campo magnético interno, o qual é

responsável por girar o rotor e ao inverter a polaridade de alimentação, o rotor gira

em sentido contrário (figura 9).

Figura 9 – Motor de Corrente Contínua de vidro elétrico fabricante Bosch.

Fonte: Ortiz (2013).

O motor que será utilizado contém uma redução interna por rosca sem fim,

sendo que a velocidade da engrenagem será de 74 RPM (rotações por minuto) ou

1,23 RPS (rotações por segundo).

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4.7 Fusos

Os fusos que também podem ser chamados de macacos ou atuadores

lineares, foram aplicados no protótipo com as configurações de comprimento de 68

centímetros para cada uma e seu passo é igual a 11 voltas por polegada, ao serem

acionados simultaneamente fazem com que porcas livremente alojadas a eles, com

seu movimento de rotação movimente lentamente uma plataforma por sua extensão,

sem solavancos e com precisão. Um dos motivos da escolha desse tipo de

transmissão, foi o seu baixo custo facilidade de controle, por se tratar de transporte

de um recipiente contendo líquido, há a necessidade de que não haja nenhum

problema que possa derruba-lo e o sistema oferece um transporte suave e sem

solavancos.

Segundo Collins (2006, p. 389)

Parafusos de potência, algumas vezes chamados de macacos, fusos ou atuadores lineares, são elementos de máquinas que transformam movimento rotativo em movimento de translação, ou amplificam uma pequena força tangencial deslocando-se (em trajetória circular) ao longo de uma grande distância em uma grande força axial deslocando-se ao longo de uma pequena distância. Geometricamente, um parafuso de potência é um eixo roscado com um colar de apoio em uma das extremidades, encaixado em uma porca acoplada a rosca.

Para demonstrar de forma mais efetiva do comportamento da plataforma no

percurso do fuso foram feito alguns cálculos de acordo com os seguintes dados:

Percurso total da plataforma – 20 cm (200 mm)

Rotação do moto – 1,23 RPS (74 RPM)

Passo do fuso – 11 voltas por polegada

Na conversão do passo para milímetros foi calculado que a plataforma avançará

2,30909 mm por volta do fuso, logo serão necessárias 86,61 voltas para atingir a

extensão do trajeto de 200 milímetros e esse trajeto será efetuado em

aproximadamente em 1 minuto e 10 segundos decorrente da velocidade de 1,23

RPS, conforme figura 10.

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Figura 10 – Dois fusos com a plataforma móvel

Fonte: Ortiz (2013)

4.8 Engrenagens

São rodas de dentes padronizados que servem para transmitir força e

movimento entre dois eixos. Algumas vezes as engrenagens são utilizadas para

variar o número de rotações ou o sentido da rotação de um eixo para o outro (figura

11).

Figura 11 - Perfil de engrenagem de dente reto

Fonte: Provenza (1988).

No protótipo foram utilizadas 3 (três) engrenagens sendo 1 (uma) motora e 2

(duas) movidas, ambas contém 38 dentes. Sua relação de transmissão é igual a 1

para 1, conforme figura 12.

i =

1

2

z

z=

38

38= 1 i =

1

3

z

z=

38

38= 1

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Figura12 – Engrenagens utilizadas

Fonte: Ortiz (2013)

4.9 Corrente Silenciosa (Dentes Invertidos)

Esse tipo de corrente tem esse nome por sua operação ser relativamente

silenciosa, são constituídas de elos dentados que são conectados a pinos que

permitem essa articulação. Esse processo de articulação permite que os dentes se

encaixem perfeitamente nos dentes das engrenagens, normalmente os perfil dos

dentes do pinhão e da corrente são retos, o engrenamento é gradual, ou seja, o

acoplamento é feito com o perfil equivalente do dente da engrenagem (figura 13).

Figura 13 - Engrenamento da corrente silenciosa

Fonte: Generoso (2009).

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Segundo Collins (2006, p.644)

A potencia é transmitida pelo engrenamento dos dentes da corrente com os dentes da roda dentada, gerando tipicamente uma operação suave e silenciosa similar a transmissão por correria, mas com compatibilidade e resistência similares a transmissão por engrenagens.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a execução do protótipo, observou-se que a melhor forma de se obter

a harmonia perfeita entre o chopp e a espuma será utilizada uma célula de carga ao

invés do sensor capacitivo como controle de nível, e utilizando uma serpentina maior

o chopp poderá chegar a uma temperatura próxima do 0º C diminuindo a formação

de uma grande quantidade de espuma.

No desenvolvimento do protótipo, notou-se que por se tratar de uma

inovação, sua aceitabilidade será boa, pois ao isolar o copo do contato humano

observou-se que pode não haver contágio por micro-organismos, trazendo uma

ótima qualidade do produto oferecido.

REFERÊNCIAS

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COLLINS, Jack A. Projeto mecânico de elementos de máquinas: uma perspectiva de prevenção de falha. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

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CUNHA, Lamartine Bezerra da. Elementos de máquina. Rio de Janeiro: LTC, 2005.

DE MATOS, Bruno Guilherme Gonçalves. Controlador e accionador para motor DC em malha fechada. out. 2008. Disponível em: <http://intranet.dei.uminho.pt/gdmi/galeria/temas/pdf/38040.pdf >. Acesso em: 22 nov. 2012.

DIAS, Victor F. 18 fev.1999. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/eng04030/aulas/teoria/cap_07/senscapa.htm>. Acesso 04 jun. 2012.

FRANCHI, Claiton M.; DE CAMARGO, Valter Luís A. Controladores lógico programáveis – sistemas discretos. 2ª Ed. São Paulo: Ética, 2011.

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GENEROSO, Daniel J. 2009. Disponível em: <https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/9/9c/Apostila_elementos_de_maquinas.pdf >. Acesso em: 30 abr. 2013.

KRONKA, Eloisa A. M.; VIEIRA, Jonas A.; BLANCO, Telma; GERVASIO, Ana Paula G. 25 nov. 1996. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40421997000400006&script=sci_arttext>. Acesso em: 03 jun. 2012.

MELCONIAN, Sarkis. Elementos de máquinas. 9. ed. São Paulo: Érica, 2009.

MENUZZI, Odair; PADOIN, Eduardo; VALDIERO, Antônio C.; RASIA, Antônio L. 2011. Disponível em: <http://www.sbmac.org.br/dincon/trabalhos/PDF/mechanical/68677.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2012.

NORTON, Robert L. Projeto de Máquinas: Uma abordagem Integrada. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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PEREIRA, Filipi. Abr.2010. Disponível em: <http://www.sabereletronica.com.br/secoes/leitura/1569/imprimir:yes>. Acesso em: 10 maio 2013.