projeto de intervenÇÃo humanitÁria na saÚde em … · 3 a) título plano nacional moçambicano...
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PROJETODEINTERVENÇÃOHUMANITÁRIANASAÚDEEMMOÇAMBIQUE
2018
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Sumário:
A) Título.....................................................................................................................................3
B) GrupodeTrabalho/Instituições/Serviçosenvolvidos.........................................................3
C) Introdução............................................................................................................................4
D) Objetivos............................................................................................................................11
E) População-Alvo...................................................................................................................13
F) Metas/Resultadosesperados............................................................................................13
G) EstratégiadeIntervenção...................................................................................................13
H) Recursosnecessários..........................................................................................................15
I) Orçamento..........................................................................................................................25
J) Cronograma........................................................................................................................27
K) AvaliaçãoFinal....................................................................................................................28
L) Documentaçãoconsultada.................................................................................................30
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A) Título PlanoNacionalMoçambicanodeRastreioeTratamentodascriançascomPapilomatoseLaríngea
B) Grupo de Trabalho/ Instituições/ Serviços envolvidos
Liderança/Coordenação
• LíderdeProjeto:-Prof.MariaVitóriaS.SimõesCostaBrancoNeves–Especialistaem
ORLdoHCM(Moçambique)
• Coordenadora de Projeto: - Dra. Clara Ramalhão – Especialista emNeurorradiologia
doHospitalPedroHispano(Portugal)
• Coordenador doGrupode Trabalho português- Dr.HugoAmorim – Especialista em
ORL/doServiçoORLdoCHEDV(Portugal)
GrupodeTrabalhodeMoçambique:
• SuaExcia.oSr.ViceMinistrodaSaúdedaRepúblicadeMoçambiqueDr.JoãoLeopoldo
daCosta-MédicoOtorrinolaringologista.
• Dr.PedroMachava–DiretordoServiçoORLdoHCM
• Dra.CarlaCarrilho–DiretoradoServiçodeAnatomiaPatológicadoHCM
• Dra.EmíliaJeque–DiretoradoServiçodeAnestesiadoHCM
GrupodeTrabalhodePortugal:
• Dr.HugoAmorim-EspecialistaemORLdoCHEDV
• Dr.CarlosPinheiro-EspecialistaemORLdoCHEDV
• Prof.NunoTrigueiros-EspecialistaORL–Hosp.PedroHispano-ULSMatosinhos
• Dra.AlexandraCorreia–EspecialistaemORLdoCHEDV
• Dra.AnabelaSantiago–EspecialistaemORLdoCHEDV
• Dr.PauloFigueiredo–DiretordoServiçodeAnestesiadoCHEDV
• Enf.ManuelaCardoso–CoordenadoradoBlocoOperatórioORLdoCHEDV
GrupodeTrabalhodeBarcelona:(ÁreadaInvestigação)
• Professor Doutor Alfonso Rodriguez – Professor Catedrático de Anatomia da
UniversidadeAutónomadeBarcelona
• Dra.MarizaOrtega-MédicaForensedaUniversidadeAutónomadeBarcelona
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Instituiçõesenvolvidas
• MinistériodaSaúdedaRepublicadeMoçambique
• EmbaixadadePortugalemMaputo
• HospitalCentraldeMaputo
• MinistériodaSaúdedePortugal
• OrdemdosMédicos(SecçãoRegionaldoNorte)
• CentroHospitalardeEntreDouroeVouga
• HospitalPedroHispano–UnidadeLocaldeSaúde-Matosinhos
Serviçoscomplementaresdeapoio
• ServiçodePediatria
• ServiçodeAnatomiaPatológica
• ServiçodeGinecologia
• MedicinaGeraleFamiliar
C) Introdução APapilomatoseLaríngea(PL)éumadoençada laringecompresençaeproliferaçãodepapilomas
benignos, que podem ser únicos ou múltiplos, de implantação séssil ou pediculada, e que
geralmentesãorecorrentes,designando-seporPapilomatoseLaríngeaRecorrente(PLR).
(laringecompapilomasobstrutivos) (laringenormal)
APLécausadapelainfeçãodoPapilomaVírusHumano(HPV),umDNAvíruscommaisde100tipos
diferentes.
OstiposHPV-6eHPV-11sãoosmaisfrequentementeencontradosnaPL.
MenosfrequentementesãoencontradosoHPV-16eoHPV-18,estesestandoligadoscompotencial
riscodemalignização.
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É considerada uma das doenças de mais difícil controlo dentro da especialidade de
otorrinolaringologia, onde as lesões do HPV podem afetar para além da laringe, todo o trato
aerodigestivo.
APLRéotumorlaríngeobenignomaiscomumnascrianças,pensando-seexistirumatransmissão
vertical,damãeinfetadaparaofilho,relacionadocomocontágiodoHPVduranteapassagemno
canaldeparto,nonascimento.
APLRnacriançapodemanifestar-selogonosprimeirosanosdevida,cujossintomassãorouquidão
fixa, dispneia progressiva, podendo levar a quadros dramáticos de insuficiência respiratória e
estridor,que,senãotratadacomurgência,culminanamorte.
Nascrianças,aPLRéumaentidadeclínicacomgrandemorbilidade,vistoaslesõespapilomatosas
seremlocalizadasnaviaaérea,noestreitamentolaríngeoentreascordasvocais, jádesicomum
calibrepequeno.
As lesões papilomatosas confluentes e como seu crescimento progressivo, quandonão tratadas
atempadamente,promovemaobstruçãodaviaaérea.Nesta fase,a traqueotomia life-savingéo
único recurso terapêutico existente, seja no primeiro
episódio de obstrução aguda da via aérea, seja nas
recorrênciasdadoença.
Contudo, a presença de traqueotomia predispõe ao
desenvolvimentodelesõespapilomatosasaníveldatraqueiaedosbrônquios,tornandoaevolução
dadoençamaisagressiva.
AscriançascomPLRapresentamrecidivasmaisagressivaseevoluçãocompiorprognóstico.
O tratamento da PL consiste na exérese das lesões papilomatosas da laringe, com a criança sob
anestesia geral, com microlaringoscopia em suspensão (MLES), utilizando Laser e/ou Shaver, e
enviandooprodutoparahistologiaetipagemdoHPV(serviçodeAnatomiaPatológica).
Tratamentos coadjuvantes intralesional com bevacizumab (Avastin) assentam no fato de que a
vascularização seja o fator determinante na rapidez do reaparecimento do papiloma. Neste
sentido, o bevacizumab atuaria como inibidor da angiogênese; o que dificultaria/impediria o
crescimentodalesãoesuasconsequências.Otratamentocombevacizumabpoderáserumamais
valia na prevenção das recidivas e assim permitir a remoção o mais precocemente possível da
cânuladetraqueotomia.
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A mais alta prevalência regional de HPV encontra-se no continente africano, onde 22% das
mulherestêmevidênciadeinfeçãoHPV.
Assim o contágio mãe-filho faz com que a PLR seja uma patologia muito frequente e
simultaneamentedramáticapelaevoluçãonaturaldadoença,comofoiatrásdescrita.
Moçambique apresenta uma população de 24.692.000 habitantes (2014), dos quais 11.200.000
(45,3%dototal)sãocriançasdos0-14anos.
AtaxadenatalidadeemMoçambiqueéde38,83/1000enquantonaÁfricadoSuléde18,93/1000
eemPortugalé9.42/1000.
AsprevalênciasmaiselevadasdeHPVanívelmundialencontram-senocontinenteafricano,com
umvalorde22-24%.
EmMoçambiqueaprevalênciadeHPVtemumvalorsuperior,correspondendoa32%(estudode
2001).
Outro fator importanteéaaltaprevalênciadoHIV/SIDA,quecorrespondea11,2%dapopulação
adulta (os doentes HIV/SIDA têm uma maior incidência de HPV, nomeadamente papilomas
genitais).
A PLR juvenil é uma enfermidade rara, cuja prevalência nomundoocidental é baixa. A título de
exemplo,paísescomoaDinamarcaeCanadáapresentamumaprevalênciade0,8e1,1por100.000
habitantes respetivamente, enquanto nos EUA a prevalência corresponde a 3 - 4 por 100.000
habitantes.
Infelizmente não temos dados quanto à incidência/prevalência da PLR juvenil emMoçambique,
destemodofomosavaliarumpaísvizinhoecomalgumassemelhanças:aÁfricadoSul.
Foi efetuado um estudo de incidência e prevalência na província de Free State com 2.750.000
habitantesentre2011e2014.
Nesteestudoregistou-seumaincidênciade1,34eumaprevalênciade3,88por100.000habitantes.
Não esquecer que apesar das semelhanças, Moçambique tem uma taxa de natalidade 2 vezes
maior, quando comparada coma daÁfrica do Sul, assim como a sua população juvenil, que em
Moçambiquecorrespondea45,3%,enquantoquenaÁfricadoSuléde28,35%.
Destemodo podemos esperar aproximadamente 1,34 novos casos e uma prevalência de 4 por
100.000habitantesdePLR.
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Desde2012,oServiçoORLdoHospitalCentraldeMaputo (HCM) temfeitoo levantamentodos
casosdePLemdoentesquechegamaestehospital,vindodeváriasregiõesdopaís.
Em2010foramregistados20casos,sendo15criançase5adultos.
Em2011foramregistados5casos,sendoquatrodelescomidadesentreoscincoeosonzeanose
umadulto.
Em2012foramregistados14casos,emque80%eramcrianças.
Em2013foramregistados22casos(diagnosticados4casosnovose18recidivas).
Em2014foramregistados13casos(2casosnovose11recidivas).
Em2015jáseregistaram8casos(4casosnovose4recidivas,atéàpresentedata).
EstadoatualdaPapilomatoseLaríngeanosúltimos5anosnoHospitalCentraldeMaputoeda
suamorbilidade:
“NoServiçodeOtorrinolaringologiadoHospitalCentraldeMaputo,observámosnosúltimosanos,o
aparecimentodenovoscasosdepapilomatoselaríngea,queafectaespecialmenteascrianças,além
dos casos antigos que já são assistidos no Serviço, por recidivas desta patologia, as quais
necessitaram de uma ou mais intervenções incluindo traqueotomias num pequeno intervalo de
tempo.
Cabedestacarquecomosnossosmeiosterapêuticosdisponíveis,oúnicotratamentoefetivoque
podemosofereceraospacientescompapilomatose laríngeanoServiçoORLdoHospitalCentral
deMaputo, é a intervenção cirúrgica endoscópica (laringoscopia directa rígida em suspensão),
sob anestesia geral. Esta intervenção permite-nos realizar uma biópsia que nos confirma o
diagnósticomedianteestudohistopatológicoeaexcisãoafriodospapilomasexistentes,(queirão
recidivar).
Em2014ohospitaladquiriualgum” Interferonα”quecomeçouaseraplicadoaospacientes, sob
controlo do Serviço ORL durante três meses, aguardando-se o tempo para nova endoscopia e
controlodosresultados.
Por este motivo propusemo-nos então realizar um estudo, que pretende pôr em evidência a
frequênciadasrecidivasecomoessasafectamascriançasassistidasnonossoServiço,assimcomo
avaliar, na medida das nossas possibilidades, a repercussão na sua qualidade de vida, (estas
criançasnãopodembrincarcomoasoutras,nãopodemgritar,exteriorizarasuaalegriaoutristeza,
ir à escola normal, nadar no mar ou no rio, estão até condicionadas no banho do dia a dia).
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Tambémosseusfamiliarespróximosvivemaangústiadapossibilidadedequeacriançasofrauma
recidivadospapilomaseentresubitamentenumquadrodeasfixiaquepodeserfatal.
Devido à capacidade de proliferação das lesões epiteliais, a doença apresenta uma grande
morbilidade,devidoaofactodeaslesõespoderemconfluiredarlugaraquadrosdedisfoniaeou
dispneia, ambos de agravamento progressivo. Além disso, podem desencadear quadros de
insuficiênciarespiratóriaporobstruçãodaviaaérea,comoconsequenteriscodevidadopaciente.
Umacaracterísticadapapilomatoselaríngeaéasuacapacidadederecidivaqueexigeintervenções
cirúrgicas frequentes, as quais determinam sequelas do tipo estenose e /ou fibrose do tracto
respiratório,especialmentelaringo-traqueal.
AsprincipaismanifestaçõesclínicasnasnossascriançascomPL,sãoadispneia,adisfonia,ochoro
abafadoeatosse,osquaispodemevoluirprogressivamenteparaumquadrogravededificuldade
respiratória alta. Sendo estes sintomas inespecíficos, muitos pacientes são diagnosticados
erradamente de outras afecções respiratórias (asma, crup, laringotraqueobronquite,
laringomalácia,bronquitecrónica,corpoestranho,entreoutros).
Asuaincidênciaémaioremcriançasdos2aos5anos,emboratambémpossaafectarcriançascom
maioridadeetambémmaisraramenteadultos.
Apesardenãoencontrarmos referênciasbibliográficas sobreoassunto, consideramosqueaPL é
umadoençaque interfereealteraaqualidadedevidadospacientesespecialmentenascrianças,
devidoà frequênciadas recidivascomnecessidadede traqueotomias,muitasdelas realizadasem
curtosperíodosdetempoequemuitasdessascriançasdevemmanteracânulatraquealportodaa
vida.
Embora actualmente não exista um consenso internacional para o tratamento da Papilomatose
Laríngea,poderáexistirumaorientaçãoparamelhoraraqualidadedevidadestascrianças.Oque
será possível fazer em termos de medidas terapêuticas e sociais que permita a estes pacientes
realizarassuasactividadesquotidianascomomáximodenormalidade.
Maputo,15deMarçode2015
VitóriaBrancoNeves”
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Todas estas crianças apresentavamumaqualidadede vidaprecária, como seudesenvolvimento
comprometido por limitação respiratória e deficiente resistência física, mantendo a cânula de
traqueotomiaquelhesimpedeacomunicaçãoverbaleumrelacionamentoajustadoàsuaidade.
Criançatraqueotomizadapor
papilomatoselaríngea
Maio2015
MeninamoçambicanacomPapilomatose
Laríngea,emdificuldaderespiratória.
Maio2015
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Perante o exposto, torna-se urgente e inadiável uma intervenção planeada com caráter
sinalizador e diagnóstico das crianças moçambicanas com PL e PLR, para realização do seu
tratamentoemtempoútiledeumamaneiraeficaz,promovendoadiminuiçãodasrecidivasda
doençaepromovendoaremoçãodacânuladetraqueostomiaomaisprecocementepossível.
Com este propósito o Serviço ORL do Hospital Central de Maputo, o grupo de ORL do Centro
HospitalardeEntreDouroeVouga(CHEDV)eHospitalPedroHispano,juntamentecomogrupode
trabalhodeBarcelona,unemesforçosededicaçãoparaamenorizaçãodatãodramáticasituação
dascriançascomPL.
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D) Objetivos
O Plano Nacional Moçambicano de Rastreio e Tratamento das crianças com Papilomatose
Laríngeavisa,comoobjetivogeral:
1. Tratar todas as crianças com o diagnóstico de
Papilomatose Laríngea, na área de influência dos 3
HospitaisCentrais(Maputo,BeiraeNampula)
Considera-se fundamental que o Plano Nacional
Moçambicano de Rastreio e Tratamento das crianças com
Papilomatose Laríngea atinga, no entanto os seguintes
objetivosespecíficos:
A) IdentificaçãoregionaldascriançascompotencialPL,comoobjetivode:
Sinalizartodasascriançascomidadeatéaos15anos,comPLparaseremreferenciadasaoHCM
ondeserárealizadodiagnósticodefinitivoetratamento.
Paraaconcretizaçãodoparágrafoanterioroplanodeaçãoassentanositensseguintes:
a) Criação de postos piloto nos hospitais indicados no Projeto de Intervenção para
rastreiodascriançascomPL.
b) Formaçãodeequipaslocaisparaefetivaçãodoprogramaderastreio.
c) Criação de folhetos informativos com os sinais e sintomas de alerta da PL, para a
populaçãoemgeral.
d) PromovercampanhadedivulgaçãodoplanodeIntervenção(emhospitais,centrosde
saúde,farmácias,escolas,correios,etc).
e) Criaçãode folhetos de cuidados a ter coma cânula de traqueostomiaparaos casos
extremos.
f) SensibilizaçãoparaoprogramadeprevençãodocontágioHPV,comomeiodediminuir
a incidênciadenovoscasosdePL.Nesteponto,énecessárioe importantepromover
ações de sensibilização junto da população, com a articulação e colaboração dos
Serviços de Ginecologia, Obstetrícia,Medicina Geral e Familiar, comunidades locais,
escolaresereligiosas(folhetosinformativos/sessõessobreDST).
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B) ReferenciaçãoparaUnidadeCentral
a) Diagnósticodefinitivo
ApresençadePLéconfirmadacomFibroscopiadasVASeodiagnósticodefinitivoé
realizado comMicrolaringoscopiaemSuspensão (MLES)noblocooperatório, sob
anestesiageral,utilizandoequipamentoespecíficoeapoiodoServiçodeAnatomia
Patológica.
Aavaliaçãoimagiológicapréepósoperatóriadapatologia,semprequenecessário,
está disponível no Serviço de Imagiologia através das técnicas de imagem:
TomografiaComputarizadaMulticorteeRessonânciaMagnéticacomasupervisão
daDraClaraRamalhão.
b) Tratamento
O tratamento eficaz realiza-se no Bloco Operatório, com a criança sob anestesia
geraleassentaem:
-MicrolaringoscopiaemSuspensão(MLES)comremoçãodaslesõespapilomatosas
comLaserCO2
-Aplicaçãointralesionaldeagentesanti-angiogénese–bevacizumab(Avastin)
- Sempre que necessário e como ato de “salvação”, realização de traqueostomia
preventiva.
c) Followup
Oseguimentodascriançasoperadastemdeserrotineirocomprazosespecíficos:
-Realizaçãodereintervençãocirúrgica(MLEScomLaserCO2)noBlocoOperatório,
3mesesapósa1ª intervenção,parareavaliação laríngeaetratamentodas lesões
residuais ou recidivantes (nesta segunda intervenção será programada a
necessidadedeintervençãoposterioreotimmingdeatuação).
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E) População-Alvo O Plano Nacional Moçambicano de Rastreio e Tratamento das crianças com Papilomatose
Laríngeatemcomopopulaçãoaatingir,todasascriançascomidadeatéaos15anos,deambosos
sexos,equeapósteremsidoreferenciadasaoHCM,tersidoconfirmadoodiagnósticodePL.
AníveldeAçãodePrevenção,deveconsiderar-secomopopulaçãoderiscoparadesenvolverPL,os
progenitoreseirmãosdacriançacomdiagnósticodePL.
F) Metas/ Resultados esperados O Plano Nacional Moçambicano de Rastreio e Tratamento das crianças com Papilomatose
Laríngea tem comometa, formação de equipa local experiente, para tratar em tempo útil cada
criança diagnosticada com PL, sempre que possível na fase sem dificuldade respiratória,
promovendoaremoçãorápidadacânuladetraqueostomianascriançasjáemfasemaisavançada,
assimcomotratandoasrecidivasemfaseprecoce(evitandoarealizaçãodenovatraqueotomia).
É igualmente meta otimizar o rastreio epidemiológico nas áreas de intervenção do Projeto,
atualmenteinexistentes.
AduraçãoprevistadoProjetoéde4(quatro)anos,comautonomizaçãogradual.Assim,espera-se
comoresultadodaintervençãoemMoçambique:
• TratamentodascriançascomPLnumafasesemdispneia.
• TratamentodasrecidivasdaPLantesdanecessidadedetraqueotomia.
• TratamentodascriançascomPLecomtraqueotomiaparaadecanulaçãoomaisprecoce
possível.
G) Estratégia de Intervenção Aprevençãoprimáriaeareduçãoderiscodetransmissão,orastreioesinalizaçãodascriançascom
PL, assim comoo seu diagnóstico clínico precoce, realizadas coma intervenção dos cuidados de
saúde primários (nos diferentes postos de saúde) e posterior referenciação para os Hospitais
Centrais, constituem medidas indispensáveis para a redução das taxas de morbilidade e
mortalidadedaPL.
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ParaatingirosObjetivosdoPlanoNacionalMoçambicanodeRastreioeTratamentodascrianças
comPapilomatoseLaríngea,comnaturezaorganizativaemelhoramentodaspráticasprofissionais,
serãoaçõespertinentesnocampodaintervenção:
1-Criaçãoeformaçãodasequipas(pessoalmédico,enfermagemeoutro),noHCM,naáreadesta
patologia,emMaputo-Moçambique.
Para concretizaçãodeste iteménecessárioumaprimeira deslocaçãodogrupoORLdoCHEDVà
zonadeintervenção/Moçambique,paraconheceraequipadetrabalho,assimcomoparacontato
realcomasituaçãodascrianças.
Aformaçãodecorreráduranteumperíodode7dias,noHCM,na1ªdeslocaçãoaMoçambique
Nos4primeirosdias,formalizam-seasequipasdetrabalho,alogísticaetodaaformaçãoteórico-
práticanecessáriaaoplanodeação(reuniões, formaçãodosdiferentesprofissionaishospitalares,
distribuição de tarefas para a divulgação/sensibilização em relação à patologia, treino da equipa
local, formação no diagnóstico com Fibroscopia das Vias Aéreas Superiores com fibroscópio
flexível).
Nos3diasfinais,realizam-sevisitasaoshospitaisreferenciadoresparaoHCM(BeiraeNampula)e
seráimplementadacirurgianoHCM,nascriançasjápreviamenteselecionadasesinalizadascomPL.
Assim,aprimeiradeslocaçãoaMaputoincluiaCoordenadoradoProjetodeIntervençãoeaequipa
médicadePortugal(2médicosORL,1anestesista,1enfermeira),porumperíodode7dias,como
objetivode:
a) ApresentaçãodoProjetoàsEntidadesCompetentes
b) Reconhecimentodasnecessidadeslocais
c) Formaçãodasequipeslocais
d) Açãodesensibilizaçãonoterreno
e) ImplementaçãodeestratégiasdoprojetodeIntervenção
f) VisitaeesclarecimentodoProjetonosHospitaisreferenciadores(BeiraeNampula)
g) Realizaçãodeintervençõescirúrgicasnascriançaspreviamenteselecionadas
Prevê-se no primeiro ano de Implementação do Projeto de Intervenção e após a primeira
deslocação da equipa de Portugal que inclui a coordenadora do projeto e 2 médicos ORL, 1
enfermeirae1anestesista,mais3deslocações(de3em3meses)daequipaPortuguesa(2médicos
ORL,1enfermeirae1anestesista)comoobjetivoderealizarascirurgiasefollow-updascrianças
previamenteoperadas.NofimdasegundadeslocaçãodaequipaaMoçambique,seráreavaliadae
ajustadaanecessidadequantoaonúmerodedeslocaçõeserecursoshumanos.
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Nos três (3) anos seguintes, são programadas 3 deslocações (de 4 em 4 meses) com a mesma
equipaeobjetivo.UmavezporanoserãoacompanhadospelaCoordenadoradoProjeto.
2–Realizaçãodeintervençõescirúrgicasemcercade186criançascompapilomatoselaríngea,no
Centro de Diagnóstico e Tratamento das Papilomatoses Laríngeas - Serviço de ORL do Hospital
CentraldeMaputo.
3-CriaçãodeFolhetosInformativosparaALERTAdossinaisesintomasdaPLeSENSIBILIZAÇÃOde
todaapopulaçãoparaaPL.(OqueéaPL?ComosetransmiteaPL?Quaisossintomasprecoces
daPL?QuaisossintomasgravesdaPL?OquefazerquandosesuspeitaestarinfetadocomHPV?
ComosetrataaPL?ComoseprevineaPL?)
4-DivulgaçãotransversaldosfolhetosecartazessobreaPL,paraalertadossintomasnascrianças
compatologia,parasuareferenciaçãoposterioraoHCM.
5 - Disponibilidade para contato online / videoconferência dos profissionais de Moçambique,
EspanhaePortugal,nosentidodeinterajudaeresoluçãodeproblemas.
6-DeslocaçãodeequipasmédicasetécnicasMoçambicanasaoCHEDV/Portugalparaformação
específicanaáreadePL, incluindo1médicoORL,1médicoanestesistae1enfermeira,durante1
semanaemcadaanodoProjeto.
H) Recursos necessários
1)RecursosHumanos
O Plano Nacional Moçambicano de Rastreio e Tratamento das crianças com Papilomatose
Laríngeaintegraumgrupodetrabalhoconstituídopor:
• ProfessoraVitóriaBranco–MédicadoServiçoORLdoHCM/LíderdoProjeto
• Dr.PedroMachava–DiretordoServiçoORLdoHCM
• Dra.CarlaCarrilho–DiretoradoServiçodeAnatomiaPatológicadoHCM
• Dra.EmiliaJeque–DiretoradeAnestesiologiadoBlocoOperatóriodoHCM
• Dra. Clara Ramalhão – Médica de Neurorradiologia do Hospital Pedro Hispano /
CoordenadoradoProjeto
• Dr.HugoAmorim–DiretordoServiçoORLdoCHEDV/Coordenadordogrupodetrabalho
dePortugal
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• Dr.CarlosPinheiro-MédicodoServiçoORLdoCHEDV
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• Dr.HugoAmorim-MédicodoServiçoORLdoCHEDV
• Prof.NunoTrigueiros–MédicodoServiçoORLdoHospitalPedroHispano
• Dra.AlexandraCorreia–MédicadoServiçoORLdoCHEDV
• Dra.AnabelaSantiago–MédicadoServiçoORLdoCHEDV
• Dr.PauloFigueiredo–MédicoAnestesista/DiretordoServiçodeAnestesiadoCHEDV
• EnfermeiraManuelaCardoso–CoordenadoradoBO/ORLdoCHEDV
• Professor Alfonso Rodriguez – Professor Catedrático em Anatomia Patológica de
UniversidadeAutónomadeBarcelona(ÁreadeInvestigação)
• Dra.MarizaOrtega –Médica Forense daUniversidade Autónoma de Barcelona (Área de
Investigação)
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto(4anos):202.504Euros(IVAincluído)(anexo1,1a)
2)RecursosMateriais
São essenciais para o desenvolvimento e atuação do projeto Plano Nacional Moçambicano de
Rastreio e Tratamento das crianças com Papilomatose Laríngea, os seguintes equipamentos,
fármacoseconsumíveis:
2.1 - ePM: Programa informático / base de dados (para registo das crianças sinalizadas, das
cirurgias,registodatipagemdoHPV,registodasrecidivas)/Vídeo-conferência incluindoo
respetivohardware.(commanutençãoeatualização)
Aimplementaçãodeumprojetodedimensãonacional,numpaíscomumaáreageográficaenorme
e recursoshumanosescassos,paraserviável, terádesersuportadonumsistemade informação
queinterajacomtodososprofissionaisdosdiferenteshospitais(emMoçambiquee“Overseas”)de
umaformaimediataeemtemporeal.AsnovastecnologiasdeinformaçãoeoestadoatualdaWeb
e Rede permitem criar um sistema de informação que, independentemente da localização
geográfica, aproximam os profissionais envolvidos e garantem uma avaliação mais cuidada do
doente.
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Este sistema informático (ePM) permitirá fazer deste projeto um case study internacional,
colocandoMoçambiqueaparcomasmaisrecentestecnologiasdeinformação.
Assim, pretende-se com o ePM dar resposta às necessidades das Unidades de Saúde
Moçambicanas,comadisponibilizaçãode todasas ferramentasnecessáriasparaa realizaçãodas
atividades clínicas e administrativas, numa perspetiva de um Processo Clínico Eletrónico único,
centralizandoedisponibilizandotodaainformaçãodosutentesemrastreiodaPL,anívelnacional.
Pretende-se, com a solução ePM, disponibilizar de forma eficaz a informação recolhida nas
estações de diagnósticos regionais, disponibilizando, e sempre que necessário, referenciando as
criançasparaoHospitalCentrodeMaputo.OePMincorporaráumsistemadetelemedicinaparaa
realizaçãodevideochamadasentreasestaçõesdiagnósticaseoHospitalCentraldeMaputo,assim
como,comaequipaPortuguesaeEspanholadoprojeto.
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Aprestaçãodecuidadosdesaúdedequalidadeexigesoluçõesnovasaoníveldagestãodesistemas
deinformação,peloque,desencadearemosdesdelogo,todososesforçosparatornaresteprojeto
numareferênciadevanguardaaoníveldosrastreiosmédicosdeexcelência.
Veranexocomdescriçãodetalhada(anexo2eanexo2.1)
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:164.956Euros(IVAincluído)(anexo2)
2.2-SistemadeVideonasolaringoscópio
OdiagnósticoclínicodePL,dascriançaspreviamentetriadasnoshospitaisdereferenciação,será
efectuadoporumexamecomVideonasolaringoscópio.Édisponibilizadoumequipamentorobusto
completamente integrado e com custos reduzidos de manutenção. Dada a necessidade da sua
utilização intensanosdiasdeavaliaçãodosdoentes,opta-seporumsistemacompactocomdois
nasofaringolaringoscópios.
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Este equipamento permite a visualização directa e registo de imagem (com possibilidade de
videoconferência)paratomadasdedecisãoimediatas,evitandoadeslocaçãorepetidadosdoentes.
Veranexocomdescriçãodetalhada(anexo3)
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:35.178Euros(IVAincluído)(anexo4)
2.3-Microscópiocirúrgico
Otratamentodapapilomatoseimplicaotratamentocirúrgicoemblocooperatóriocomrecursoa
microscópiooperatório.Estetipodeequipamentoestáaptoáadaptaçãoparautilizaçãocomlazer
CO2. Sendo um equipamento multidisciplinar poderá também ser utilizado em outras áreas de
OtorrinolaringologiabemcomoemNeurocirurgia.
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Oequipamentoseráestregueecomsuporte,pelodistribuidoroficialemMoçambique
Veranexocomdescriçãodetalhada(anexo5)
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:177.365Euros(IVAincluído)(anexo6)
2.4-Instrumentalcirúrgico
Em proposta anexa, inclui-se todo o instrumental cirúrgico necessário às intervenções com
instrumentosadaptadosàsdiferentesidades.
Veranexocomdescriçãodetalhada(anexo7)
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:77.426Euros(IVAincluído)(anexo8)
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2.5 -LaserCO2(comcontratodemanutençãoeTécnicopresencial)comacessórios (óculos)+
aspiradoresdefumos
Em proposta anexa inclui-se todo equipamento necessário às intervenções cirúrgicas, com
instrumentosepeçasdemãoadaptadosàsdiferentesidades.Dadaacriticidadedoequipamento,
propõe-seumserviçodesuporte full-servicecomgarantiade6anoseapoio técnicodeparceiro
local.
Veranexocomdescriçãodetalhada(anexo9)
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:125.000Euros(IVAincluído)(anexo10)
2.6–AgentesantiangiogéneseBevacizumab(Avastin–100mg/ml–frascoampolade4ml)
Veranexocomdescriçãodetalhada(anexo13)
23
CustoAssociadodoprojeto:(estimativapara62frascos)18.600Euros(IVAincluído)(anexo13)
24
2.7-MaterialdeAnestesia:
-Torre/AparelhodeAnestesia
Veranexocomdescriçãodetalhada(anexo11)
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:39.500Euros(IVAincluído)(anexo11)
Em proposta anexa inclui-se todo equipamento necessário à anestesia na criança e adulto, com
instrumentosepeçasdemãoadaptadosàsdiferentesidades.Dadaacriticidadedoequipamento,
propõe-seumserviçodesuporte full-servicecomgarantiade5anoseapoio técnicodeparceiro
local.
2.8-Materialdescartável(tudooqueforpossíveldevidoàscaracterísticasdadoença)
• CampoparamesaMayo
• Campodescartávelcomóculo
• Pattiesneurocirúrgicos
• Algodãoesterilizado
• Batasesterilizadas
• Luvasesterilizadas
• Fitaautoadesiva
• Frascodeanatomiapatológica
• Tubodeaspiraçãodesiliconeesterilizado
• Solutos(neosinefrina0,25e0,5%/Sorofisiológico/Formol)
• TubosorotraqueaisdeanestesiaparacirurgiaLaser(nº4,5/5/5,5/6-25unidades
decada)
(autilizaraproximadamenteem51pacientesnoprimeiroanoeem45pacientes/ano,nos3anos
seguintes)
Veranexocomdescriçãodetalhada(anexo12eanexo12.a)
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:13.000Euros(IVAincluído)(anexos12e12.a)
2.9-Impressãoacoresdefolhetosecartazes(paradistribuiçãonosHospitais,CentrosdeSaúde,
Escolas,Farmácias,Igrejas)
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:5.000Euros(IVAincluído)
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I) Orçamento
1-Recursoshumanos/deslocações/alojamento/alimentação/outros(projeto:4anos)
a. 1º ano - 1ª deslocação ao Hospital Central deMaputo e Hospitais referenciadores
(Beira eNampula), inclui aCoordenadoradoProjetode Intervençãoe a equipade
Portugal(2médicosORL,1anestesista,1enfermeira),porumperíodode7dias.
b. 1º ano - As 3 deslocações seguintes incluem a equipa de 2 médicos ORL, 1
anestesistae1enfermeira,porumperíodode7dias.
c. nos3anosseguintes,programam-se3deslocaçõesemcadaano,comaequipade2
médicos ORL, 1 anestesista, 1 enfermeira, por um período de 7 dias, sendo
acompanhados,numadasdeslocaçõesemcadaano,pelaCoordenadoradoProjeto.
d. Deslocação de 1 vez por ano, durante 7 dias, da equipamoçambicana ao CHEDV-
Portugal
Custo Associado para a equipa Portuguesa (4 anos): 166.768 Euros (IVA incluído)
(anexo1)
Custo associado para a equipaMoçambicana (4 anos): 35.736 Euros (IVA incluído)
(anexo1a)
2-Programainformático/Computadores/Telemedicina
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:164.956Euros(IVAincluído)
3-Equipamentopesado/contratodemanutenção/Técnicopresencial
3.1-SistemadeVideonasofaringolaringoscópio
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:35.178Euros(IVAincluído)
3.2-Microscópiocirúrgico
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:177.365Euros(IVAincluído)
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3.3-LaserCO2
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:125.000Euros(IVAincluído)
3.4-Instrumentalcirúrgico
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:77.426Euros(IVAincluído)
3.5-MaterialdeAnestesia
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:39.500Euros(IVAincluído)
4-Consumíveis
a) Fármacos–Bevacizumab(62ampolas)
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:18.600Euros(IVAincluído)
b) Descartáveis
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:13.000Euros(IVAincluído)
5-ImpressãodeFolhetoseCartazes
CustoAssociadoparaatotalidadedoprojeto:5.000Euros(IVAincluído)
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PROJETODEINTERVENÇÃOHUMANITÁRIANASAÚDEEMMOÇAMBIQUE
CUSTOTOTALDOPROJETO
Rúbricas Valores(IVAincluído) Anexos
ComparticipaçãoGoverno
Moçambique
RecursosHumanos-EquipaPortugal 166.768,00€ Anexo1
RecursosHumanos-EquipaMoçambique 35.736,00€ Anexo1a
ProgramaInformáticoePM 164.956,00€ Anexo2
Videonasolaringoscópio 35.178,00€ Anexo4
MicroscópioCirúrgico 177.365,00€ Anexo6 177.365,00€
LaserCO2 125.000,00€ Anexo10 125.000,00€
Instrumentoscirúrgicos 77.426,00€ Anexo8
EquipamentoAnestesia 39.500,00€ Anexo11 39.500,00€
Descartáveis 13.000,00€ Anexos12e12.a
Fármacos(Avastin) 18.600,00€ Anexo13
Materialdedivulgação(folhetos/cartazes) 5.000,00€
Total 858.529,00€ 341.865,00€
J) Cronograma
1. Na primeira deslocação efetiva: instalação dos Recursos materiais/técnicos e
reunião/formação de equipas de trabalho no local (englobando as diferentes
especialidades que atuam quer no diagnóstico e tratamento da PL (ORL, Anatomia
Patológica), quer na prevenção/educação da população (Ginecologia, Obstetrícia,
Pediatria,MGF)
2. Visita e ação de sensibilização nos 3 Hospitais Centrais de Moçambique (Maputo,
Beira, Nampula) com contato direto das equipas de trabalho, de toda a logística no
terreno,eatuaçãoprática/cirúrgicanoHospitalCentraldeMaputo.
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3. Avaliação e Estadiamento (estado atual da PL) com base de dados a ser atualizada
continuamente.
4. TratamentodascriançascomdiagnósticodePL(doscasosmaisgravesparaosmenos
graves)efollowuprotineiro.
5. Ações de formação para a divulgação do Programa de Prevenção. Sensibilização
transversalcomdistribuiçãodeFolhetosecartazespelamaioráreapossível.
6. AcompanhamentodoprogramadePrevenção /possibilidadede contatoonline com
videoconferênciaduranteotempodaintervenção.
K) Avaliação Final O Projeto - Plano Nacional Moçambicano de Rastreio e Tratamento das crianças com
Papilomatose Laríngea, surgedeumS.O.S. lançadopelaProf.VitóriaBrancoNeves,no iníciodo
ano2015,transmitindo-nosasuapreocupaçãoeenvolvimentocomascriançasquelhesurgemem
sofrimento,compapilomatoselaríngea.
A sua motivação e apelo assentam num pedido de resolução célere e prática deste grande
problema,incapacitanteemortal,queafetaassuascriançasmoçambicanas.
Reunidos profissionais fortemente motivados, um projeto com esta essência flui sem grandes
dificuldades.E,quandoalicerçadosolidamenteemrecursoshumanosemateriais,ficapreenchido
peloenormepotencialassertivo,paracumprirasmetaseobjetivosaosquaissepropõe.
Nosdiasdehoje,ainformaçãoeoconhecimentonãotêmfronteiras,eainterajudasegueomesmo
princípio.
29
Com a implementação deste Projeto, será possível beneficiar outras áreasmédicas e cirúrgicas,
muitoalémdeajudarascriançascomPL.
Oalargamentoeinterconexãodabasededadosreferenteacadadoente,comafácilutilizaçãodo
ePM,trazemacessibilidadeaohistóricoerápidaatuaçãomédico-cirúrgicasemprequenecessário
bem como uma ligação dos três hospitais entre si por teleconsulta, assim como a ligação aos
profissionaisemPortugal.Comestesistemadotar-se-áasinstituiçõescomsistemadeinformação
queseráoembriãopilotoparaalargaratodasasunidadesdoHospital.Tambémcomestesistema
serácriadaumabasededadosfiávelquepoderáserutilizadapeloGovernodeMoçambiquepara
monitorizarasaúdedapopulaçãodeMoçambique.
A atualização de umabase de dados completa relativos à patologia PL (diagnóstico, tratamento,
follow up) será de importância máxima para a consulta destes e para uma intervenção eficaz,
permitindotambém,queogrupodetrabalhodeBarcelonaacesseestesmesmosdados,paraum
importante trabalho de investigação que poderá ajudar e orientar no tratamento da PLR. Esta
atualizaçãodedadospermitiránofuturoauxiliarnadefiniçãodoperfilepidemiológicodadoença
noterritórioMoçambicano.
A utilizaçãodos recursosmateriais doProjeto, nomeadamenteomicroscópio cirúrgico e o Laser
CO2, noutras áreas deORL, assim comopor outras especialidades, elevará a qualidadedo gesto
técnico-cirúrgicodetodososprofissionaiscomaconsequentemelhoriadaqualidadedasaúdedos
doentes tratados. Destaque-se a oportunidade para, com este equipamento e em colaboração
entreaequipamoçambicanaeportuguesadarumautilizaçãoeaportarconhecimentosparaoutras
áreasdaespecialidadesemcustosacrescidos.
Acreditamos que o apoio da equipa espanhola, dedicada à investigação, será umamais valia na
avaliaçãoeestudodetodososcasosdePL,combenefícioinequívoconodiagnósticoetratamento
dascrianças.
Esteprojeto,nascidodoapelodeumasópessoa,reuniunumcurtoespaçodetempoumconjunto
depessoasque,numtrabalhouno,motivadoeemsintonia,sedisponibilizamparatratareajudar
as criançasmoçambicanas compapilomatose laríngea, constituí a premissa que, coma ajuda de
todasasentidadesenvolvidas,culminaránoobjetivofinalapresentado.
30
L) Documentação consultada • OpenJournalofPediatrics,2013,3,127-132
Impediments to clinical diagnosis and management of juvenile-onset recurrent respiratory
papillomatosisinIlorin,Nigeria
StephenOluwatosinAdebola,AdekunleDavidDunmade
• Theincidenceandprevalenceofjuvenile-onsetrecurrentrespiratorypapillomatosisintheFree
StateprovinceofSouthAfricaandLesotho
ARTICLE in INTERNATIONAL JOURNAL OF PEDIATRIC OTORHINOLARYNGOLOGY 78(12) •
SEPTEMBER2014
• Therapyforrecurrentrespiratorypapillomatosis
KarenJAuborn1,2
1DepartmentofOtolaryngology,LongIslandJewishMedicalCenter,TheLongIslandCampusof
AlbertEinsteinCollegeofMedicine,NewHydePark,NY,USA
2North Shore-Long Island Jewish Research Institute, BoasMarks Biomedical Science Research
Building,Manhasset,NY,USA
• Therapyforrecurrentrespiratorypapillomatosis
KarenJAuborn1,2
1DepartmentofOtolaryngology,LongIslandJewishMedicalCenter,TheLongIslandCampusof
AlbertEinsteinCollegeofMedicine,NewHydePark,NY,USA
2North Shore-Long Island Jewish Research Institute, BoasMarks Biomedical Science Research
Building,Manhasset,NY,USA
• http://hpvinfo.com.br/hpv-livro-10-hpv-e-papiloma-de-laringe
• http://www.who.int/immunization/diseases/hpv/en