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Implantação na Casa do Hip Hop de Proposta de apoio sócio cultural para as crianças e adolescentes em processo de medidas socioeducativas de meio aberto em Porto Feliz-SP

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Implantação na Casa do Hip Hop de Proposta de apoio sócio cultural para as crianças e adolescentes em processo de medidas

socioeducativas de meio aberto em Porto Feliz-SP

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Implantação na Casa do Hip Hop de Proposta de apoio sócio cultural para as crianças e adolescentes em processo de medidas

socioeducativas de meio aberto em Porto Feliz-SP

ApresentaçãoA cidade de Porto Feliz localizada a cerca de 100 km da capital paulista,

mesmo sendo considerada de pequena escala, afinal conta com aproximadamente 50

mil habitantes é um ponto estratégico para muitas experiências culturais.

Infelizmente as experiências não se limitam apenas ao campo cultural, por conta da

proximidade à grandes centros metropolitanos do Estado mais rico do país, muito do

que acontece nesses centros é apropriado pela população local. A cidade enfrenta

dificuldades muito parecidas com às das cidades metropolitanas.

Uma dessas dificuldades com certeza é questão da concentração e má

distribuição de renda entre os membros da sociedade. A principal consequência

dessa afirmação é o aumento da criminalidade, que naturalmente é fato diretamente

ligado à aliciação de menores para tarefas diversas. A aliciação dos menores ao

mundo do crime viola a Lei 8.069/90, o Estatuto da Criança e do Adolescente

(BRASIL, 1990) que define o jovem como um ser de plenos direitos. Segundo a lei

em seu Art. 98 “a proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os

direitos reconhecidos nesta lei forem ameaçados ou violados.” (BRASIL, 1990).

Sendo assim os adolescentes são encaminhados a programas de políticas públicas de

proteção social.

Não obstante ao programa e independente do local onde tais programas serão

executados de fato, a tarefa de tal proteção é de responsabilidade mútua. Como

podemos perceber em outro ponto do Estatuto, mais precisamente em seu Art. 4 está

definida a seguinte obrigação social:

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 1990).

Tendo consciência de sua representação diante os jovens da cidade e necessidade de

comprometimento com a execução desse trecho da lei, o Coletivo Cultural Pic Favela vem

executando de forma autônoma mediações e propostas de intervenções culturais na trajetória

de vida de muitos jovens. Uma dessas mediações pode ser confirmada no seguinte trecho de

reportagem, publicada no ano de 2010 por mídia alternativa local:

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O grupo “Família Pic Favela” fez visitas aos estudantes das oitavas e nonas séries de sete EMEF’s de Porto Feliz para apresentar a vasta história do Hip Hop no Brasil e no mundo. Os eventos foram realizados nos dias 16 e 19 de novembro (em alusão à Semana da Consciência Negra) e contaram com a apresentação da intrigante história do Zumbi dos Palmares. (PORTOMAISFELIZ.COM, 2010).

É informado, ainda no restante da notícia, as aparições futuras do grupo em

eventos próximos e a programação semanal das atividades do Pic Favela que até

então realizava no Bairro Belo Alto oficinas para crianças de 10 a 17 anos. “Os

treinamentos acontecem às terças (oficinas de dança de rua), quartas (exibições de

filmes com a comunidade) e sextas-feiras (diálogo entre “educandos” e

educadores).” (PORTOMAISFELIZ.COM, 2010). Desde então o Coletivo vem

desenvolvido junto à comunidade, inúmeras manifestações culturais.

Recentemente a mais importante ação do Grupo foi a implantação da Casa do

Hip Hop Porto Feliz, por meio de integração com a Rede Nacional das Casas da

Cultura Hip Hop, que ainda se encontra em construção e o levante proposto por Bob

Controvérsia (2014a): Cultura Hip Hop em Movimento Social e Política. Dada a

importância “a Cultura Hip Hop em Movimento Social surge, aqui no Brasil, e

sobre tudo nos Estados Unidos da América – USA, em um contexto de efervescência

política, na perspectiva da discussão étnica racial e de enfrentamento ao racismo”,

sendo, portanto, uma estratégia de militância destinada ao acumulo de experiências e

recursos para execução de políticas públicas que garantam “não só acesso aos bens

e serviços, mas também à dignidade do povo preto e pobre do Brasil”. Já a Rede

Nacional de Casas da Cultura Hip Hop cumpre principalmente a missão de gerenciar

as produções e resultados da Cultura Hip Hop em Movimento Social e Política.

(BOB CONTROVERSIA, s/d).

Como lembrado, a Rede Nacional de Casas de Cultura Hip Hop é um projeto

amplo, mas que ainda se encontra em construção. Uma partícula dessa construção,

que já se encontra em atividade e expansão é a Rede das Casas da Cultura Hip Hop

do Estado de São Paulo. Tal empreendimento estadual é modelo para novas redes no

território nacional, isso principalmente por tornar públicas suas instruções para

regimentos internos para as futuras Casas que se proporem a fazer parte da Rede.

Um ponto importante são as recomendações relacionas à Autonomia e

Independência de suas ações. Nisso,

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Poderá firmar convênios, acordos e outros mecanismos para ampliar suas atividades ou melhorar as condições dos serviços prestados à sua comunidade e para a própria Rede. Entretanto, estes recursos não podem resultar em desrespeito à autonomia e ao controle democrático da Rede das Casas da Cultura Hip Hop do Estado de São Paulo e seus princípios norteadores, ou seja, a serviço exclusivo da vontade de uma pessoa ou de um artista, de uma entidade ou associação que não tenha a necessária vivencia e respeito com a Cultura Hip Hop em Movimento Social. (BOB CONTROVERSISTA, 2014b) 

Sendo assim, o Coletivo Pic Favela representante da Rede e gestor cultural

da Casa Hip Hop Porto Feliz reconhece a necessidade de legitimar suas atividades,

firmando oficialmente um acordo com membros da Assistência Social da Prefeitura

Municipal de Porto Feliz, que em momento oportuno, visitaram a Casa, com a

proposta de subsidiar ações de resgate e acompanhamento sócio cultural de menores

passando por medidas socioeducativas e/ou em regime de liberdade assistida

propostas pela Casa. Parte do que se conversou informalmente com o pessoal da

Prefeitura era que se elaborasse um projeto para intervenção sócio cultural, esse em

questão, acompanha seguinte justificativa.

Justificativa

A Casa do Hip Hop de Porto Feliz tem no grupo musical Família Pic Favela,

seu maior representante. O grupo que é formado originalmente por: Mc Corvo

(Fábio), DJ Jotape (João Paulo), Mc Jessé (Jesser) e Mc Yorran (Yoran Invertido)

não serão os únicos envolvidos com a Casa, embora sejam os mais influentes. A

Casa do Hip Hop de Porto Feliz, atualmente se encontra em processo de implantação

de CNPJ, por conta disso conta com Equipe de Comunicação: Lee (Letícia Hidalgo);

Equipe de Projetos e Arrecadação de Recursos: Ferpedo (Fellipe Eloy T.

Albuquerque); Equipe de Logística: Anderson Oliveira; Equipe de Colaboradores

Externos: Neto Pelegrini, Évora, Careca, Gisele Ap. Ramos de Albuquerque. Dentre

estes nomes estão os elegíveis para Equipe de Gestão e Fiscalização da Casa.

A formação desses membros é bem diversificada, há desde estudantes do

Ensino Médio, empresários a professores especialistas e mestrandos em

Universidades Públicas Estaduais e Federais. Esse amplo conjunto de colaboradores

possibilita não só uma ambiente de alto nível intelectual, mas também um campo

fértil para trocas de experiência interpessoal, afinal há um elo comum que une a

todos: a Cultura Hip Hop.

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A Rede das Casas da Cultura Hip Hop do Estado de São Paulo deverá ser administrada por todos e todas através de representantes escolhidos para conduzi-la, mas, sobretudo, através da Assembléia Geral, órgão máximo da organização, a quem caberá à missão de representação, onde se darão as decisões mais importantes da Rede das Casas da Cultura Hip Hop do Estado de São Paulo, que são tomadas segundo o princípio da gestão democrática, centralismo democrático e participativo para o devido estabelecimento das mediações para que todas e todos sejam ouvidos e acordos sejam traçados de forma horizontal e simplificada na dialética da Cultura Hip Hop, buscando sempre o consenso e a unidade de luta. (BOB CONTROVERSISTA, 2014b)

Portanto, os menores que participarão das atividades propostas pela Casa do

Hip Hop de Porto Feliz, estarão não só inseridos em meio a um grupo de produtores

culturais porto-fenicenses- que valorizam o trabalho em grupo, a solidariedade, a

boa conversa, a decência e principalmente ao respeito mútuo e auto-estima-, mas

entre pessoas compromissadas em cumprir as instruções da “Carta de Princípios –

#RededasCasas da Cultura Hip Hop do Estado de São Paulo” (BOB

CONTROVERSISTA, 2014b), para assim fortalecer e participar desse projeto de

construção de um Brasil melhor. Um dos membros da Casa1, tem formação

especifica de Conselheiro pela Universidade Federal de Santa Catarina, pelo curso

de Extensão universitária em Prevenção do uso de drogas - Capacitação para

Conselheiros e Líderes Comunitários, e pode oferecer acompanhamento e recursos

materiais para instrução daqueles menores que passam por medidas justamente por

conta de inflações motivadas pelo uso de drogas.

De qualquer modo, ainda fora do âmbito formalista da universidade, existem

os membros capacitados em efetuar oficinas e apresentações artísticas como

mediação os conflitos individuais dos menores. A arte aqui sendo encarada não

como terapia, mas mecanismo de interpretação e mudança de perspectiva sobre as

dificuldades da vida cotidiana na cidade. Nesse ponto, não só os membros do grupo

Família Pic Favela estão aptos para oferecer auxilio, mas dentre os professores no

mínimo um tem formação especifica no ensino das Artes (Fellipe Eloy Teixeira

Albuquerque).

1 Os outros membros também estão dispostos a participar de cursos de formação e aperfeiçoamento no setor cultural, logo assim que encontrarem recursos e condições logística para os realizarem.

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Materiais e métodos

Há uma multiplicidade de atividades que já são realizadas semanalmente pela

Casa, como os Ensaios, o Cine Macumba, as Rodas de Conversas, as Pesquisas

Individuais e as Seções de Projetos, ainda há abertura para artistas e intelectuais da

região usar o espaço para eventos combinados. Recentemente a Casa contou com

apresentações de grupos musicais convidados, como por exemplo, o Crônicas,

algumas Oficina de Grafite ao vivo, com o Pekeno, Nanndo e Marco Aurélio, com

Contação de Histórias para Crianças, com a professora Sônia Jacqueline e vivências

de Lambe-lambe e fabricação de colas caseiras organizado pela própria equipe.

Mesmo com tudo isso, o mais relevante com certeza e a programação semanal:

Oficina contínua de Breaking: Realizada todas as segundas-feiras a partir das 19:30 h, a oficina é ministrada pelo B. Boy Kolorido. É destinada a qualquer público sem limite de idades e tem como principal proposta desenvolver a percepção corporal através da linguagem da Dança e do elemento Breaking, presente na Cultura Hip Hop.

Ensaios: Momento em que o grupo ou parte dele se reúnem para ensaiarem suas canções. Comumente essa programação é corriqueira, sem data definida, mas sendo realizada sempre quando dois ou mais membros do Grupo Família Pic Favela coincidem de se encontrarem na Casa do Hip Hop de Porto Feliz.

Cine Macumba: Seção temática de filmes e documentários relacionados geralmente à Cultura Hip Hop, luta de classe e de minorias, fatos históricos desconhecidos, preconceito e racismo, biografias de personalidades negras, orgulho, Arte, e etc. A seções são sempre acompanhadas de apresentação formal prévia dos filmes escolhidos e discussão posterior sobre as impressões e propostas do diretor. As seções tem dia especifico para acontecerem, todas as quartas-feiras das 20:00h às 23:00h.

Rodas de Conversas: Momentos de descontração e interação recreativa, são ações executadas comumente entre pequenos grupos de membros que geralmente chegam antes das atividades propostas ou que acabam se dispersando depois do término das mesmas, por causas adversas. São acompanhadas sempre por um ou mais dos membros dos elegíveis, pois estes acreditam no potencial da criatividade e espontaneidade do ser humano, que pode sem perceber contribuir para uma ideia de evento ou manifestação futura, com apenas uma palavra. São ações que acontecem corriqueiramente, pois sempre há circulação de pessoas na Casa seja preparando o ambiente para os eventos ou cuidando da limpeza após estes acontecerem.

Pesquisas Individuais e em Grupo: Ação de levantamento de referencias sobre novos e antigos grupos dos diferentes gêneros artísticos e musicais, sobretudo, aqueles relacionado à cultura Hip Hop (Rap, Grafite, Break Dance, Discotagem), Africana, Brasileira, Ibero-Americana e Latino-Americana. A pesquisa é organizada diariamente pelos membros presentes na Casa principalmente por meio da Internet, Vídeo, Rádios, Programas de Televisão, Leitura de Livros2 e contatos intermediados por outros grupos.

Sessões de Projetos: Evento programado para ter seus resultados consultados todos os sábados, mas é desenvolvido corriqueiramente por membros indicados pelo grupo dos elegíveis. Os editais são de responsabilidade da futura equipe de captação de recursos (Ferpedo e Corvo) e os projetos são redigidos por ambos. Embora, o

2 A Casa do Hip Hop de Porto Feliz mantém uma Biblioteca própria com cerca de duzentos títulos, entre diversos assuntos relacionados à cultura juvenil.

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conteúdo das propostas de aquisição de recursos e execução de projetos é aberta a contribuições de todos os envolvidos com a Casa a decisão final de envio de propostas é da equipe de Captação de Recursos.Sendo assim aqueles menores que forem encaminhados para a Casa do Hip

Hop de Porto Feliz, poderão participar democraticamente das atividades agendadas

por terceiros e na medida do possível de toda esta programação já estabelecida.

Outrossim, para a política de gerenciamento da Casa, nada impede que para aquele

que participando da proposta de apoio sócio cultural estabelecida por esse

documento, também possa almejar uma função entre os elegíveis da Equipe de

Gestão. Esse é o melhor resultado que podemos esperar da cooperação entre a casa

do Hip Hop e a Prefeitura Municipal.

Objetivos

O Coletivo Cultural Família Pic Favela cumprindo os princípios

estabelecidos pela Carta de Princípios, escrita por Bob Controversista (2014b)

destinadas a Rede das Casas da Cultura Hip Hop do Estado de São Paulo, estabelece

alguns objetivos para a proposta de intervenção sócio cultural. Para explicitar com

clareza a proposta, separamos os objetivos em duas partes: Objetivo Geral e os

Objetivos específicos:

Objetivo Geral: A principal intenção em organizar atividades voltadas exclusivamente para o resgate sócio cultural de menores passando sob medidas sócio educativas e/ou em regime de liberdade assistida é estabelecer convênio com a Prefeitura. Tal convênio será a primeira parceria oficial da Casa do Hip Hop de Porto Feliz com uma entidade pública, funcionando como legitimação e reconhecimento das atividades propostas pela Equipe de Gestão da Casa. Estabelece-se esse objetivo para ser encarado também como uma porta para novos convênios, inclusive com entidades não governamentais e empresariais, sendo uma oportunidade de desenvolver e analisar novas experiências culturais.

Objetivos Específicos: 1- Dentre os objetivos específicos, está a difusão da Cultura Hip Hop entre os menores

envolvidos nas atividades propostas pela Equipe de Gestão da Casa. Discutindo principalmente suas diferentes modalidades e seus princípios norteadores, como a conscientização social, a auto estima pessoal e coletiva, o estimulo ao esporte e a poesia.

2- Exposição de exemplos e discussões sobre as diferentes práticas de mudança social e participação política. Tendo sobretudo os exemplos de personalidades brasileiras, ibero-americanas, latino-americanas e africanas.

3- Discussão e esclarecimento sobre o problema das drogas e seu efetivo combate. Vivências de conscientização apoiada em material didático e audiovisual.

4- Amplo debate sobre as questões de identidade de gênero, sexualidade, étnico-racial, geracionais, regionais e das culturas marginais. Estabelecer reflexão sobre os diferentes discursos de poder e subversão da ordem estruturalista.

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Em todo caso, os objetivos poderão ser adequados conforme interesses de

ambas as partes do convênio, mantendo assim o principio básico da discussão

democrática.

Análise dos resultados

Para todos os fins, as atividades serão acompanhadas de avaliação auto instrucional a ser definida com a Equipe de Gestão da Casa. Nesse ponto a equipe manterá total autonomia informando apenas ao pessoal da Prefeitura seus critérios e resultados. A principio, já temos uma metodologia estabelecida para cada atividade semanal, que poderão ser tomadas como exemplo para futuras propostas acordadas entre as partes envolvidas.

Avaliação dos Ensaios: A avaliação dos resultados dos ensaios é feita geralmente de forma participativa. Aqueles que estão presente opinião sobre as performances dos artistas do grupo, sugerindo as adequações que acharem necessárias. Estes por sua vez, carregados de certa experiência de palco, decidem acatar ou não as opiniões dos espectadores presentes.

Avaliação das Seções do Cine Macumba: A avaliação no caso das seções do Cine Macumba, será sempre em grupo, ou seja, a discussão em grupo estabelecerá um consenso sobre os resultados da analise sobre o filme escolhido para o dia. Estas discussões em grupo sempre serão intermediadas por membros da Equipe de Gestão da Casa, preferencialmente por um dos elegíveis.

Avaliação das Rodas de Conversas: As avaliações das rodas de conversa terão sempre como critério primordial a auto avaliação, sendo interpostos intervenções nas conversas que estiverem em desacordo com os princípios recomendados pela “Carta de Princípios”, escrita por Bob Controversista (2014b) direcionada a todas as Casa da Cultura Hip Hop do Estado de São Paulo. Fora desse critério os assuntos das Rodas de Conversas são livres, desde que tenham como prioridade o crescimento pessoal e coletivo dos envolvidos.

Avaliação das Pesquisas pessoais e em Grupo: As avaliações das atividades de Pesquisas individuais e em Grupo, sempre será em formato mútuo, ou seja tanto auto avaliativa quanto em grupo. A proposta é que mesmo quando os envolvidos passarem por momentos de pesquisa individuais, as divulguem para o restantes dos membros, afinal, não existe pesquisa que não seja publicada. Na questão das Pesquisas em Grupo, um dos membros da Equipe de Gestão da Casa, preferencialmente um dos elegíveis, intermediará análise dos resultados

Avaliação das Seções de Projetos: As avaliações das Seções de Projeto serão sempre externas. Embora esteja determinado os responsáveis em escolher os Projetos que serão enviados para os Editais, cada Edital conta com equipe de seleção própria. Os resultados das Seções de Projetos será estabelecida a partir do numero de Projetos aceitos por Equipes de Seleção externa à Gestão da Casa.

Destes procedimentos de avaliação serão encaminhados- por tempo a ser

determinado- relatórios dos resultados individuais dos menores encaminhados para

cada uma das Atividades. Para futuras atividades a serem desenvolvidas com a

Equipe de Gestão da Casa junto ao pessoal da Prefeitura, novos critérios de

avaliação poderão ser estabelecidos e antigos suprimidos ou adequados.

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Cronograma das Atividades

O cronograma das Atividades Semanais seguirão suas datas já estabelecidas,

As novas Atividades terão um cronograma de datas pensado depois da aprovação

deste Projeto e de acordo com interesses da partes envolvidas.

OrçamentoO planejamento orçamentário, assim como o cronograma será discutido entre

as partes. Conforme o combinado se organizará um número maior ou menor de

atividades. Em anexos há uma lista de possíveis propostas de acordo supostas

propostas de financiamento orçamentário.

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Referências

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente- Lei nº 8.069, de 13 de Julho de

1990. Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 1990.

BUZO, Alessandro. Hip-hop: dentro do movimento. Rio de Janeiro: Aeroplano,

2010.

HALL, Stuart. Que “negro” é esse na cultura negra? In: Da diáspora: identidades e

mediações culturais. -2ª ed.-. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013. –p. 372-388.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO. Plano Municipal de Cultura-

Lei 12. 253/2010. Ribeirão Preto: Gabinete da Prefeitura, 2010. BUZO, Alessandro.

RIBEIRO, Sônia Maria Pereira. A comunicação e a promoção da igualdade racial.

In: LAIA, Maria Aparecida de (org.); SILVEIRA, Maria Lucia da (org.). I Prêmio

para artigos de graduação e pós-graduação: Construindo a Igualdade Racial. São

Paulo, PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2010. -p. 193-204.

SOUZA, Rafael Lopes de. O Movimento Hip Hop: a anti-cordialidade da “República

dos Manos” e a estética da violência. São Paulo: Annablume; FAPESP, 2012.

Dissertações e teses

SILVA, Daniela Fernanda Gomes da. O som da diáspora: a influência da Black

music norte-americana na cena Black paulistana. São Paulo: Universidade de São

Paulo, 2013.

Vídeografia

CANAL WILLIAM SILVA. Vídeos Família Pic Favela- 13 vídeos. Último

documento carregado em 15 de abr. de 2014. Disponível em:

https://www.youtube.com/playlist?list=PLD7872BC0863B0FB9 Acesso em 08 jul.

2015.

Webgrafia

BOB CONTROVERSISTA. A Cultura Hip Hop em Movimento Social e as Políticas

de Afirmação. In: CONTROVERSIAS- Sentimentos Rimados em Busca da Práxis.

Publicado em: 29 out. 2014. Disponível em:

https://controvesias.wordpress.com/2014/10/29/a-cultura-hip-hop-em-movimento-

social-e-as-politicas-de-afirmacao/ Acesso em 12 set. 2015. (a)

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______________________. Carta de Princípios – #RededasCasas da Cultura Hip

Hop do Estado de São Paulo. In: CONTROVERSIAS- Sentimentos Rimados em

Busca da Práxis. Publicado em: 17 ago. 2014. Disponível em:

https://controvesias.wordpress.com/2014/08/17/carta-de-principios-rededascasas-da-

cultura-hip-hop-do-estado-de-sao-paulo/ Acesso em 12 set. 2015. (b)

______________________. Porque construir uma organização nacional de Casas

Da Cultura Hip Hop com unidade política?. In: CONTROVERSIAS- Sentimentos

Rimados em Busca da Práxis. Publicado em: 31 dez. 2013. Disponível em:

https://controvesias.wordpress.com/2013/12/31/porque-construir-uma-organizacao-

nacional-de-casas-da-cultura-hip-hop-com-unidade-politica/ Acesso em 12 set.

2015.

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO EM PORTO FELIZ. Fórum Hip Hop neste

final de semana em Porto Feliz. Edição de sábado, 10 de julho de 2010. Disponível

em: http://www.emportofeliz.com.br/2010/07/forum-hip-hop-neste-final-de-semana-

em.html Acesso em 08 jul. 2015.

PORTOMAISFELIZ.COM.BR. Família Pic Favela visita escolas na Semana da

Consciência Negra. Edição de terça-feira, 23 de novembro de 2010. Disponível em:

http://www.portomaisfeliz.com.br/noticias/detalhe.asp?t=Fam

%EDlia+Pic+Favela+visita+escolas+na+Semana+da+Consci

%EAncia+Negra&cod_canal=854&cod_conteudo=25845 Acesso em: 08 jul. 2015.

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Anexos

Propostas de Atividades e Orçamentos

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Diante conversa informal se estabeleceu a ideia de organizar atividades

Semanais durante três meses a definir. Sendo assim, a Equipe de Gestão da Casa do

Hip Hop de Porto Feliz, formulou a seguinte proposta de atividades:

MÊS 1: Proposta de orçamento: R$ 1000,00.

1ª Semana: Teorização da História do Hip Hop no mundo, no Brasil e em

Porto Feliz. Proposta de orçamento: R$ 250,00.

Apresentação oral, com entrega de textos impressos e exposição de imagens em projeção de grande escala para ilustração e debate sobre as origens do Movimento Hip Hop e de seus 4 Elementos, desde Bronx, Nova York até contemporaneidade. Discussão sobre a influência de personalidades do Rap, principalmente sobre Afrika Bambaata a Emicida e Jay Z.

2ª Semana: Oficina de Rima e Poesia. Proposta de orçamento: R$ 250,00.

Explicação da proposta de Oficina de Rima e Poesia Marginal. Apresentação dos Objetivos e metodologia de Escrita. Formação de grupos dos menores envolvidos com a oficina.

3ª Semana: Apresentação dos resultados da Oficina e discussão sobre o DJ.

Proposta de orçamento: R$ 250,00.

Apresentação dos resultados da oficina de Rima e Poesia Marginal pelos menores envolvidos com a oficina. Análise e discussão sobre as experiências no processo de elaboração dos textos de cada grupo. Prévia sobre as atividades e funções do DJ.

4ª Semana: Oficina de DJ. Proposta de orçamento: R$ 250,00.

Atividade de fruição estética dos menores envolvidos com a proposta. Será proposta a apresentação de um DJ- o membro do Coletivo: Jotape- seguida por discussão e mini-curso prático de mixagem.

MÊS 2: Proposta de orçamento: R$ 1000,00.

1ª Semana: Teorização sobre o Breaking. Proposta de orçamento: R$

250,00.

Apresentação oral, com entrega de textos impressos e exposição de imagens em projeção de grande escala para ilustração e debate sobre as origens do Breaking Dance e de suas modalidades. Discussão sobre a influência de personalidades do Breaking, principalmente sobre as primeiras manifestações no Metrô São Bento em São Paulo e das diversas escolas do interior, inclusive das apresentações no antigo Correto da praça da Matriz de Porto Feliz .

2ª Semana: Apresentação de Crew3. Proposta de orçamento: R$ 250,00.

Atividade de fruição estética dos menores envolvidos com a proposta. Será proposta a apresentação de um B. Boy- o membro do Coletivo: Kolorido- seguida por discussão sobre as experiências da atividade de B.Boy e mini-curso teórico sobre Crews.

3ª Semana: Aula prática Proposta de orçamento: R$ 250,00.

3 Nome dado dentro do segmento do Hip Hop aos grupos de B. Boys.

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Atividade de preparação prática dos menores envolvidos com a oficina. Formação de Crews e ensaio para apresentação final. As atividades serão mediadas pelo B. Boy Kolorido e subdividida em estilos e modalidades.

4ª Semana: Apresentação dos menores. Proposta de orçamento: R$ 250,00.

Atividade prática com apresentação de Breaking dos menores com discussão sobre as experiências individuais de cada menor envolvido na oficina.

MÊS 3: Proposta de orçamento: R$ 1000,00 + 40 Latas de tinta Spray.

1ª Semana: Teorização sobre o Grafite. Proposta de orçamento: R$ 250,00.

Apresentação oral, com entrega de textos impressos e exposição de imagens em projeção de grande escala para ilustração e debate sobre as origens do Grafite. Discussão sobre a influência de personalidades do Grafite, principalmente sobre Os Gêmeos, Nina Pandolfo, Nunca de São Paulo e Nanndo de Porto Feliz.

2ª Semana: Grafite ao vivo. Proposta de orçamento: R$ 250,00.

Atividade de fruição estética dos menores envolvidos com a proposta. Será proposta a apresentação de um grafiteiro- com vinculo com o Coletivo- seguida por discussão sobre as experiências da atividade de grafiteiro e mini-curso teórico sobre Grafite.

3ª Semana: Oficinas de produção de Grafite. Proposta de orçamento: R$

250,00.

Atividade prática com proposta de formação básica de produção de grafite feita pelos menores com discussão sobre as experiências individuais de cada menor envolvido na oficina. As atividades serão propostas de acordo com formação de grupos e por modalidades do grafite: Hip Hop, Bomber, Letras Grafitadas, Com Máscaras e Lambe-lambe.

4ª Semana: Oficinas de produção de Grafite. Proposta de orçamento: R$

250,00.

Atividade prática com proposta de formação básica de produção de grafite feita pelos menores com discussão sobre as experiências individuais de cada menor envolvido na oficina. As atividades serão propostas pelo estimulo à criatividade individual e a partir da modalidade Free Style, que valorização a criação de novos personagens.

Todas atividade propostas serão acompanhadas de propostas complementares

na Casa do Hip Hop de Porto feliz, como por exemplo, Seções do Cine Macumba

com filmes relacionados com cada um dos 4 Elementos, também com Rodas de

Conversas, Pesquisas e participação nas Seções de Projeto. Os menores envolvidos

com as atividades do CREAS serão convidados para participarem das atividades

permanentes da Casa. As propostas da Casa que ocorreram de forma

concomitantemente às do CREAS, serão pensadas como contraposta a iniciativa da

Prefeitura.

Cada atividade poderá sofrer alterações de acordo com conversa com a outra

parte.

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