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PROGRAMA DE PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS E ABUSO DE ÁLCOOL NA

SEGURANÇA DO TRABALHO

Rev. Data Descrição Elab. Ver. Apr.

0 Emissão Inicial

PROGRAMAS TÉCNICOS DO CANAL 3R+ DISPONIBILIZADO NO ISEGNET PARA DIVULGAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO ESTADO DA TÉCNICA NAS QUESTÕES DE SSMA-RS. SELECIONAMOS OS

MELHORES TRABALHOS E OS PROFISSIONAIS QUE REALMENTE CONTRIBUEM COM UM DIFERENCIAL PARA NOSSA ÁREA E SOCIEDADE.

PARABÊNS AOS AUTORES. CRÉIDITOS AOS AUTORES, A 3R BRASIL TECNOLOGIA AMBIENTAL

E AO ISEGNET .

“Elaborado PELO dr Paulo Roberto Felisberto de Carvalho com a ajuda do DR RICARDO ESCH

da Mind Performance que atende empresas através do MIND PERFORMANCE, Dr JOSE

CARLOS (ESSO), DR SERGIO SCHMIDT (NEUROLOGISTA COMPORTAMENTAL) E LIAC.”

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PROGRAMA DE PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS E ABUSO DE ÁLCOOL

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Índice

1. Introdução 2. Objetivo 3. Responsabilidades 4. Política Preventiva 5. Etapas do Programa

5.1. Divulgação da Política e do Programa 5.2. Aplicação dos Testes Laboratoriais 5.3. Avaliação Diagnóstica 5.4. Seleção de Recursos para Encaminhamento 5.5. Gerenciamento Clínico 5.6. Relatórios de Avaliação do Programa

5. Procedimentos e Fluxos

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1. Introdução O Brasil como membro da ONU vem participando das convenções na área de drogas e desde 1961 emprega esforços para restringir o uso de narcóticos a situações medico-científicas e para combater o tráfico de drogas. Em 1971 houve uma maior abrangência no sentido de controlar internacionalmente o uso e comércio de substancias psicoativas, sendo a Lei 6368/76 baseada nesta última convenção. Em 1988 as nações signatárias, através da UNCDCP (United Nations Drug Control Program) – órgão da ONU encarregado do desenvolvimento dos programas de redução de oferta, redução de demanda e produção técnico-cientifica – determinaram um controle maior sobre síntese clandestina de drogas e extradição de traficantes com o objetivo de combater a produção de drogas, o comércio e a lavagem de dinheiro. A Lei mais recente no Brasil foi publicada no Diário Oficial da União 14/01/2002, sob número 10.409. Neste sentido, aponta-se a necessidade do envolvimento da empresa, da família e de todos os setores da sociedade, tanto governo como iniciativa privada organizações não governamentais e comunitárias. A Lei 6368 de 21 de outubro de 1976, denominada como Lei Antitóxicos, dispõe sobre medidas de repressão ao trafico e prevenção e uso indevido de substancias entorpecentes ou que determinem dependência física e psíquica> Esta lei foi modificada pela Lei 10409 de 11 de janeiro de 2002 que reinterpreta vários artigos, Artigo 2 Capitulo 1: “É dever de todas as pessoas, físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras com domicilio ou sede no país, colaborar na prevenção da produção, na repressão ao tráfico ou uso indevido de produtos substancias ou drogas ilícitas que causem dependência física ou psíquica”. Parágrafo 1: “A pessoa jurídica que, injustificadamente, negar-se a colaborar com os preceitos desta lei terá imediatamente suspensos ou indeferidos auxílios, subvenções, ou autorização de funcionamento, pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, e suas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações, sob pena de responsabilidade da autoridade concedente”. Cap. II, Art.10, Parágrafo 1: “As pessoas jurídicas e as instituições e entidades, publicas ou privadas, implementarão programas que assegurem a prevenção ao tráfico e uso de produtos, substancias ou drogas ilícitas que causem dependência física ou psíquica, em seus respectivos locais de trabalho, incluindo campanhas e ações preventivas dirigidas a funcionários e seus familiares”. A Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) traz em uma de suas diretrizes (artigo 4.2.9): “Privilegiar as ações de caráter preventivo e educativo na elaboração de programas de saúde do trabalhador, considerando a prevenção do uso indevido de drogas no ambiente de trabalho, como direito do empregador e obrigação do empregador”. No Brasil, o setor industrial abriga 43,8% da mão-de-obra do pessoal ocupado. Destes, cerca de 41,77% localiza-se em empresas de grande porte (efetivo maior que 499 funcionários) e 24,8% nas

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empresas de médio porte (100 a 499 funcionários). Podemos, então, inferir que 0,65% das empresas do Brasil classificadas como de grande porte, empregam 41,51% da mão-de-obra ocupada, representando 56,37% da receita/valor bruto da produção industrial. A adoção de programas de prevenção ao uso de álcool e drogas somente pelas grandes empresas, resultaria em 41,51% dos trabalhadores e suas famílias beneficiadas, tendo acesso a informação, ao tratamento da dependência química, podendo funcionar como multiplicadores em um processo social educativo sem precedentes, com grande impacto social aumentando eficiência de ganhos, aumentando a produtividade, redução nos acidentes de trabalho, diminuição do custeio de saúde, além da boa imagem da empresa no mercado cumprindo um papel social relevante. Benefícios esperados: Redução de acidentes, aumento de produtividade e na moral dos trabalhadores, bem como lucros. Grande parte da população usuária de droga está inserida no mercado de trabalho. Boa parte dos dependentes estão empregados em medias e pequenas empresas. O custo de um acidente de trabalho é cinco vezes maior que o que se gasta para recuperar um indivíduo dependente químico. 1.1 Componentes de um Programa de prevenção de uso de álcool e drogas: Compromisso do “Número um” da empresa ou seu representante legal: essencial para o sucesso do programa, representado por um documento que expõe o compromisso da alta direção com o desenvolvimento das diversas ações do programa. Política da Empresa documentada por escrito: divulgação da D.O que deve ser anexada ao contrato do trabalho e ter a ciência de cada Colaborador. Os motivos pelos quais o programa está sendo implantado, buscando assegurar a integridade física e mental dos colaboradores, reduzindo acidentes e os resultados visando difundir na comunidade a boa imagem da empresa. Detalhar as violações das normas das empresas e suas conseqüências. Descrever comportamentos proibidos, incluindo a proibição do uso, porte, guarda, distribuição, venda, fornecimento a qualquer pretexto no ambiente da empresa ou a serviço dela externamente. Detalhar o que é oferecido como ajuda em assistência medica. Treinamento de Diretores, gerentes e supervisores: treinamento através de Consultoria para divulgação do programa; conhecimento da política da empresa; observação do desempenho dos funcionários; identificação de situações suspeitas em caso de baixa produtividade ou comportamentos inadequados, evitando confronto; conhecimento das opções oferecidas para o dependente químico e de como abordar e de que forma colaborar para a implantação e operacionalização das ações previstas. Educação e envolvimento de empregados e seus familiares: desenvolver meios auxiliares de instrução, folders, manual ou qualquer outra forma de comunicação divulgando o conteúdo do programa e educação da família.

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Testes de Laboratório para verificação de uso de álcool e drogas: através de empresa idônea, identificando indivíduos que necessitem de ajuda, não podendo se admitir que apenas testes sejam as ferramentas utilizadas. Avaliação diagnóstica de casos identificados; encaminhamento as clinicas referenciadas e recursos terapêuticos necessários para tratamento dos casos de dependência química detectados. Gerenciamento clínico dos casos encaminhados; Relatórios periódicos de avaliação do programa. ABRANGENCIA: EMPRESA PÚBLICAS E PRIVADAS 2. OBJETIVO

� Evitar o consumo de substâncias psicoativas em situações de trabalho;

� Identificar e intervir precocemente em situações de risco;

� Garantir tratamento adequado e eficiente para indivíduos apresentando comprometimentos relacionados ao abuso de álcool ou outras drogas, disponibilizando aos seus dependentes os benefícios do programa ajudando na promoção da saúde e bem estar dos colaboradores, da família e da comunidade.

3. RESPONSABILIDADES

O programa será operado pelo Serviço Social com a assessoria para tratamento da Mind Performance e do Dr Sergio Schmidt, em conformidade com as diretrizes da Fundação Gerdau. 4. POLÍTICA PREVENTIVA

A política de prevenção do uso indevido de álcool e outras drogas em situações de trabalho reflete a visão da empresa sobre o problema e serve como diretriz para os procedimentos incluídos nos programa. Esta visão reflete os seguintes ângulos da questão: segurança, desempenho e saúde. Sob a óptica da segurança (trabalho e meio-ambiente), a política procura restringir ao máximo os riscos associados ao consumo de substâncias psicoativas em situações do trabalho. Esta restrição está baseada no estabelecimento de regras e limites, de mecanismos concretos de fiscalização e de procedimentos administrativos em caso de transgressão. Sob a óptica do desempenho, a política baseia-se no conceito de aptidão para o trabalho, estabelecendo critérios para o desempenho da função e para o monitoramento deste desempenho em indivíduos previamente identificados.

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Sob a óptica da saúde, a política prevê a possibilidade de tratamento para portadores de dependência química, assim como mecanismos de avaliação do resultado deste tratamento e procedimentos relativos a casos não resolvidos. Todos os componentes da política são configurados de acordo com os critérios definidos pela empresa, em função de suas demais políticas de segurança, desempenho e saúde.

5. ETAPAS DO PROGRAMA

� Divulgação da política e do programa � Formalização da política em documentos assinado pelo diretor da Usina, em concordância

com os colaboradores e sindicato

Os procedimentos do programa são divulgados a todos os empregados no momento da admissão pelo médico do trabalho e validados no ato da assinatura do contrato de trabalho, com a D.O anexa. No programa de integração com o Serviço Social há um reforço da política: seus motivos, objetivos e procedimentos, bem como no exame pré-admissional ao colher urina para o teste que será encaminhada sob custódia. Os colaboradores sujeitos a mecanismos de fiscalização baseados em testes laboratoriais, documentam sua anuência a tal procedimento. Em grupos sindicalizados, o respectivo sindicato explicitará ciência e concordância com os procedimentos.

� Aplicação de testes laboratoriais

Os testes são aplicados nas seguintes circunstâncias: - Exames pré-admissionais: realizados após ciência do candidato da política da empresa. O

objetivo principal deste exame é restringir o acesso aos quadros funcionais da empresa de indivíduos cujo consumo de substância psicoativas já tenha contornos disfuncionais, no entanto, funcionado também como advertência aos candidatos sobre a política de restrição adotada pela empresa.

- Exames aleatórios (sorteio): realizados periodicamente (mensal) em uma amostra aleatória

do grupo de empregados sujeitos à política restritiva, tendo como principal objetivo advertir e coibir possíveis transgressões à política. Anualmente são testados 30% do QL da usina, totalizando em torno de 50 exames/mês.

- Exames pós-acidentes: realizados imediatamente após circunstâncias definidas como

acidentes de trabalho em todos os envolvidos. Têm como objetivo central identificar a

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influência do consumo de substâncias psicoativas em tais eventualidades e servir como mecanismo de coibição de tal consumo.

- Exames motivados (por suspeita): realizados sob determinação das chefias em indivíduos

cujo comportamento, ou outras evidências (sinais, sintomas, provas materiais), sugiram fortemente o consumo de substâncias psicoativas em situações de trabalho. Têm como objetivo identificar indivíduos trabalhando sob o efeito de tais substâncias e coibir tal atitude.

- Exames de monitoração: realizados periodicamente (mensal, quinzenal, semanal) por um

prazo pré-estabelecido (seis ou doze meses) em indivíduos previamente identificados como usuários de substâncias psicoativas. Este exame tem como objetivo monitorar o comportamento do indivíduo em relação a este consumo e coibi-lo.

As substâncias testadas obedecem à política de restrição da empresa e são: canabinóides (maconha), cocaína, anfetaminas e metanfetaminas, opiáceos, benzodiazepínicos, barbitúricos, fenciclidina (PCP), e álcool. Os testes para detecção das substâncias são realizados através de análise de urina. Os testes para detecção do consumo de álcool são realizados através de análise do ar expirado (bafômetro) em aparelho que possibilite a documentação impressa. Os resultados laboratoriais positivos serão submetidos à revisão por profissional médico para investigação de possíveis causas do resultado, outras que não o uso indevido da substância. Só serão considerados positivos para efeito da política da empresa, resultados laboratoriais que forem devidamente investigados pelo médico responsável pela revisão e confirmados como conseqüência de uso indevido.

� Avaliação diagnóstica

Todos os casos identificados de uso indevido/nocivo de álcool e outras drogas, seja por intermédio de testes, busca espontânea ou identificação com base em evidências clínicas, serão encaminhados para Serviço Social que comunicará a gerência do colaborador. Em entrevista com a assistente social serão investigadas correlações do uso indevido com outras circunstâncias de vida ou possíveis patologias concorrentes para avaliação diagnóstica. A avaliação tem o objetivo de classificar o uso da substância de acordo com critérios preconizados pela Organização Mundial de Saúde em uma das três categorias definidas: uso eventual, uso habitual (abuso) ou dependência. O resultado desta avaliação é determinante para a conduta a ser seguida. Tanto os casos diagnosticados como dependência química ou de uso eventual serão orientados em entrevista com assistente social quanto à política da empresa, encaminhados a recursos de assistência profissional disponíveis através do Programa de Assistência ao Empregado e incluídos no programa de monitoração por testes. O colaborador deverá formalizar através de contrato a sua

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inclusão no Programa, assim como o aceite ao tratamento. Poderá haver adesão voluntária ao programa sendo oferecida assistência médica ao Colaborador ou dependente familiar.

� Seleção de recursos para encaminhamento

A seleção de recursos para tratamento de casos de dependência química será realizada com base em critérios geográficos e clínicos. Os critérios clínicos utilizados pressupõem as seguintes possibilidades de tratamento: ambulatorial extensivo, ambulatorial intensivo, hospitalar com supervisão médica, e hospitalar com assistência médica intensiva. A metodologia aplicada é flexível o bastante para acolher indivíduos com diferentes perfis demográficos, sócio-culturais e psicológicos. A abordagem terapêutica prevê assistência individual e/ou grupo, englobando as áreas biológica, psicológica e social.

� Gerenciamento clínico

A partir do início do tratamento proposto, o caso deve será acompanhado pela Mind Performance que através do envio de relatórios deverá manter o Serviço Social informado sobre a evolução do processo terapêutico. Cabe ao Serviço Social a multiplicação das informações obtidas através das consultorias ao Medico do Trabalho e ao gestor da área envolvida para definição das ações e procedimentos definidos, garantindo o sigilo sempre que necessário. O modelo de gerenciamento clínico utilizado se baseia em contatos e relatórios de evolução, periódicos, colhidos junto ao recurso terapêutico e enviados ao Serviço Social.

Concluído o tratamento, será realizada uma reunião entre a equipe responsável pelo encaminhamento do caso (assistente social, médico do trabalho e gestor) com o objetivo de determinar as condições de trabalho e os mecanismos de monitoração pós-tratamento.

� Relatórios de avaliação do programa

Trimestralmente será elaborado um relatório de avaliação do programa com o objetivo de avaliar a condução e resultados obtidos. O relatório inclui os seguintes dados: - Número de testes realizados por categoria (pré-admissionais, aleatórios, pós-acidentes,

motivados e de monitoração); - Número de testes positivos por categoria; - Número de casos identificados de uso indevido de álcool e outras drogas, por mecanismo de

identificação (teste, busca espontânea, identificação pela empresa); - Número de casos avaliados por categoria diagnóstica (uso eventual, abuso e dependência

química); - Número de encaminhamentos realizados por categoria diagnóstica;

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- Número de casos de dependência química encaminhados a tratamento terapêutico (ambulatorial extensivo, ambulatorial intensivo, hospitalar com supervisão médica, hospitalar com assistência médica intensiva);

- Número de casos concluídos por tipo de resultado clínico.

O acompanhamento do programa através dos relatórios de avaliação permite à empresa aferir a efetividade do programa em: - Reduzir progressivamente o número de casos de uso indevido de álcool e outras drogas em

situações de trabalho; - Identificar precocemente casos de uso disfuncional de álcool e outras drogas; - Tratar eficazmente casos de dependência química e reduzir o número de recidivas. Além disso, a perspectiva de integração de todos estes dados permite uma visão global do problema e do impacto da política em sua evolução ao longo do tempo.

5. PROCEDIMENTOS E FLUXOS

5.1. Implantação

a) Definição da política b) Elaboração do programa

o Definição dos procedimentos o Definição dos responsáveis e alocação de recursos

c) Negociação com sindicatos d) Formalização dos procedimentos com O Programa de Assistência ao Empregado e) Compromisso formal com o Número Um da Empresa ou seu representante legal. f) Produção de material de divulgação g) Divulgação da política e do programa h) Oficialização da anuência dos empregados (cláusula/aditivo contratual), que por orientação

do RH corporativo será feita através da anexação da D.O alusiva, ao contrato de trabalho. 5.2. Testes

Tipo Circunstância* Local** Resultado*** Ação****

Pré-admissão Agendada Empresa Negativo Contratação Positivo Não contratação

Aleatório Aleatória Empresa Negativo Relatório Positivo Avaliação Diagnóstica

Monitoração Aleatória Empresa Negativo Relatório Positivo Demissão

Pós-acidente Imediata Empresa Negativo Relatório Positivo Avaliação Diagnóstica

Motivado Imediata Empresa Negativo Relatório Positivo Avaliação Diagnóstica

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* Testes pré-admissionais serão realizados em datas agendadas com o candidato. Testes aleatórios e de monitoração serão realizados periodicamente em datas aleatórias determinadas pelo gestor do programa. Testes pós-acidente e motivados serão realizados no prazo mais breve possível a partir do acidente ou da suspeição de uso. ** Testes pré-admissionais serão realizados em locais pré-determinados fora da empresa. *** Todos os resultados serão analisados pelo médico do trabalho antes de comunicados ao Serviço Social. **** As ações incluídas na tabela acima são exemplos retirados de políticas existentes em outras empresas. 5.3. Avaliação Diagnóstica Fonte de Identificação

Avaliação Diagnóstica

Resultado Ação**

Teste Positivo Uso Eventual Orientação Monitoração

Busca Espontânea Uso Disfuncional* Assistência Profissional Monitoração

Evidências de Uso Dependência Química Tratamento Especializado Monitoração

* Uso disfuncional é aquele que se caracteriza pela existência de problemas relacionados a tal uso, sem, no entanto, configurar dependência. O uso disfuncional pode, ou não, estar relacionado a outras circunstâncias de vida ou patologias predisponentes. ** A assistência profissional a ser oferecida em casos de uso disfuncional se justifica diante de evidências de outros problemas que possam estar produzindo ou contribuindo para tal uso. A monitoração dos casos identificados será realizada através de testes periódicos ou através de entrevistas com o colaborador e/ou familiares. 5.4. Tratamento Terapêutico

Nível Características Clínicas Setting Características Terapêuticas

1

Grau de intoxicação ou síndrome de abstinência leve. Sem complicações orgânicas. Comprometimento psíquico discreto e relacionado à dependência. Resistência ao tratamento de grau leve.

Ambulatorial Extensivo

Tratamento ambulatorial não-estruturado, em consultório ou clínica especializada, extensivo (máximo de 9 horas por semana), conduzido por pessoal devidamente treinado, em caráter interdisciplinar.

2

Grau de intoxicação ou síndrome de abstinência leve ou moderado. Complicações orgânicas compatíveis com tratamento ambulatorial. Complicações psíquicas e/ou sociais presentes.

Ambulatorial Intensivo

Tratamento estruturado, em clínica especializada, intensivo (mínimo de 9 horas semanais ou em regime de hospital-dia, conduzido por pessoal devidamente treinado, em caráter interdisciplinar, com supervisão médica.

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3

Risco de complicações relacionadas à intoxicação ou síndrome de abstinência. Iminência de danos orgânicos severos ou presença de lesões requerendo acompanhamento médico não-intensivo. Complicações psíquicas requerendo supervisão profissional 24 horas/dia.

Internação com Supervisão Médica

Tratamento estruturado, em ambiente semi-hospitalar, em regime de internação, sob acompanhamento profissional 24 horas/dia e supervisão médica diária.

4

Histórico ou clínica de síndrome de abstinência ou intoxicação grave. Complicações orgânicas requerendo tratamento médico e suporte de enfermagem intensivos. Complicações psíquicas requerendo tratamento médico e suporte de enfermagem intensivos.

Internação com Assistência Médica Intensiva

Tratamento estruturado, em ambiente hospitalar, com cuidados médicos intensivos e suporte para intervenção imediata em situações agudas e risco de vida.

5.5. Gerenciamento de Casos

O papel do gerente de casos encontra-se esquematizado da seguinte forma: • Receber a notificação do caso identificado; • Informar o gestor da área envolvida o resultado do teste e solicita um parecer de

desempenho; • Entrevistar o colaborador; • Avaliar o caso e dar ciência aos envolvidos; • Encaminhar o caso ao recurso terapêutico selecionado; • Acompanhar sistematicamente o caso junto ao recurso terapêutico através de contato

pessoal e relatório de evolução; • Manter sistematicamente o gestor da área envolvida informado da evolução do caso e

eventual necessidade; • Organizar, à conclusão do tratamento, reunião com o gestor da área envolvida para

planejamento da monitoração pós-tratamento;

Empresa - Gerência do RH

Mind Performance/ Dr Sergio Schmidt

Gerente de Casos Serviço Social

Serviço Médico/Médico

Revisor

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5.6. Relatórios de Avaliação Compete ao médico do trabalho o preenchimento mensal dos campos 1, 2 e encaminhamento ao Serviço Social que se responsabilizará pela consolidação do relatório.

Relatório Periódico de Avaliação

Período: Cliente: 1) Testes Realizados

Tipo Quantidade Resultados

Observação Positivos Negativos

Pré-admissionais Aleatórios

Pós-acidentes Motivados Monitoração

Total 2) Resultados Positivos por Droga

Tipo Droga

Álcool Maconha Cocaína Anfetamina BDZ Barbitúricos Opiáceos PCP Obs. Pré-admissionais Aleatórios Pós-acidentes Motivados Monitoração

Total 3) Casos Avaliados

Tipo Quantidade Resultados

Uso Eventual Uso Disfuncional Dependência Testes Busca

Espontânea

Evidências de Uso

Total 4) Casos Encaminhados a Assistência Profissional

Quantidade Resultados

Observações Satisfatório Insatisfatório

5) Casos Encaminhados a Tratamento Especializado

Nível Quantidade Resultados

Observações Satisfatório Insatisfatório

1 2 3 4

Total

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Os relatórios periódicos serão consolidados a cada 3 (três) meses para demonstrar evolutivamente os resultados atingidos pelo programa, organizando-os por área. 5.7. Síntese do Procedimento

� Notificação de novo caso pela Saúde Ocupacional ao Serviço Social

� Notificação à área (Gerente e Facilitador) pelo médico do trabalho e assistente social:

Médico do trabalho: informações técnicas

Assistente Social: Disponibilização de Recursos para Tratamento

� Entrevista do Serviço Social com o colaborador em questão para avaliação do caso

� Acompanhamento do caso através de relatórios enviados

� Após tratamento, entrevista do Serviço Social e Medicina Ocupacional para avaliação de

retorno ao trabalho.

Será considerado violação de norma e teste positivo a não aceitação aos procedimentos ou o não

cumprimento das normas da empresa para execução das ações do programa.

6. NOVAS TENDÊCIAS "

"Inovação na prevenção da saúde e dos riscos de acidentes em geral com o desenvolvimento

de métodos a partir de medições semi-autonomas do deficit de atenção: 3R.Regazzi.S.Schmidt

A 3R Brasil Tecnologia Ambiental e a Consutomed vem desenvolvendo em parceria um programa

inovador, informativo e educativo como premissa para a realização de estudo para implementação de

um sistema piloto de Medição do Deficit de Atenção Remoto (MEDAR) que permite atende de forma

clara e objetica escolas e DETRAN(s) e empresas identificando comportamentos e condições

neuropsicofisiológicos com impacto no aprendizado, na capacidade de direção e laboral, uma medida

inovadora para identificação de riscos devido a erro humano. A ferramenta MEDAR poderá ser

aplicada para prevenção de acidentes, controle e investigação de atitudes inseguras, além da

promoção da qualidade de vida e saúde neuropsicológica como método complementar as medidas de

prevenção e controle da área de SSMA-RS (Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Responsabilidade

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Social) das empresas. Em contra partida, poderá ser usada como importante veículo de promoção da

prevenção de acidentes de trânsito.

Propomos uma ferramenta auxiliar para a medição do déficit de atenção que permite identificar

alterações na capacidade de direção dos indivíduos que consumiram álcool e outras drogas licitas ou

ilícitas, além das questões do sono, não contemplados no controle dos acidentes de trânsito, um novo

parâmetro para decisão, cientificamente provado e determinístico, que pode ser posteriormente

aplicado como um instrumento Legal . A partir de gadgests com a metodologia 3R.Regazzi.S.Schmidt

a população, escolas e os órgãos de controle poderão aplicá-los por meio de dispositivos digitais

móveis para a avaliação quantitativa e qualitativa do deficit de atenção no momento dos testes, se

tornando uma importante ferramenta para medidas proativas, preventivas e educativas. O sistema

terá uma fidelidade por usuário através do CPF ou outras formas que não comprometa o usuário para

que o mesmo sinta-se a vontade na realização dos testes e a partir de um histórico das medições

procure uma operação assistida para diagnóstico on-line com médico especialista que poderá indicar

um tratamento ou informar sobre os problemas de aprendizagem e os riscos a saúde e de acidentes

nas condições identificadas: a partir do histórico individual e exames complementares.

Todos os direitos e crédito para meu amigo, doutor, pesquisador e músico, Paulo Carvalho.

Por Dr Paulo Carvalho

+55 21 78595297

M.Sc Rogério Dias Regazzi

+55 21 9999-6852

Dr Sérgio Schmidt

[email protected]