programa de boas prÁticas em domicÍlios da … · nova denominação aos bairros e revoga a lei...
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Barbara Cecconi Deon, Luisa Helena Hecktheuer, Mariana Etchepare, Mariele Naissinger, Silvana Saccol
Gramado, 31 de maio de 2012
PROGRAMA DE BOAS PRÁTICAS
EM DOMICÍLIOS DA CIDADE DE
SANTA MARIA - RS
ALIMENTAÇÃO
(PROENÇA et al., 2005)
(KARABUDAK; BAS; KIZILTAN, 2008; ZANDONADI et al., 2007)
é uma das atividades mais importantes do
ser humano.
Transformações no mundo contemporâneo
Fatores como: Industrialização, urbanização, profissionalização
das mulheres, elevação do nível de vida e de educação...
Mudanças significativas na alimentação, nos hábitos
alimentares dos seres humanos e no preparo das refeições.
• A cada ano, pelo menos 2 bilhões de pessoas no
mundo sofrem de doenças de origem alimentar.
(PANALIMENTOS, 2008)
• Maiores problemas de saúde pública no mundo
contemporâneo.(BEHRENS et al., 2010; LEITE et al., 2009; SANLIER, 2009)
Dados da Análise Epidemiológica dos Surtos de Doenças
Transmitidas por Alimentos (DTAs), no período de 2000 a 2011:
3746
51,8%
(BRASIL, 2011)
• Muitos casos de DTAs poderiam ser evitados, se
comportamentos preventivos fossem adotados em
toda a cadeia produtiva de alimentos.
• As pessoas que preparam alimentos em casa estão
mal informadas sobre as medidas para prevenir
doenças.
Cuidados na manipulação dos alimentos
(SCOTT, 2001; UNUSAN, 2007)
(REDMOND; GRIFFITH, 2003)
(KARABUDAK; BAS; KIZILTAN, 2008)
Programas para a adoção de boas
práticas é uma importante estratégia para
sensibilizar a população.
OBJETIVO GERAL:
Desenvolver e aplicar um programa educativo
sobre boas práticas na manipulação de alimentos nos
domicílios.
Amostra pesquisada
• Para desenvolver a pesquisa foi selecionada uma
amostra de Domicílios da cidade de Santa Maria –
RS, através da atual divisão geográfica da cidade;
• 15 domicílios por bairro (41) = 615 residências.
• Para avaliar os resultados dos dados, esses domicílios
foram agrupados por RA.
• A região leste apresentava somente um bairro, este foi
agrupado com a região centro-leste, ficando, assim, 7 RA.
• Critérios de inclusão da amostra:
– interesse e disponibilidade em participar da
pesquisa;
– se o responsável pela manipulação dos
alimentos estava no momento da entrevista;
– permissão em avaliar a cozinha.
Diagnóstico
• Primeira etapa: março a julho de 2011.
• FORMULÁRIO
6 questões abertas, 52 fechadas
incluindo dados pessoais, conhecimentos e práticas em
segurança dos alimentos.
Desenvolvimento e aplicação do programa
educativo
• Segunda etapa: agosto a outubro de 2011.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
DE MAIOR ACESSO
emissoras de rádio; palestras nas comunidades, emissora de
televisão local, jornais, internet (Facebook, e e-mail).
• Como material facilitador
de aprendizagem, foi
elaborada a Cartilha do
Manipulador de Alimentos
nos Domicílios.
Avaliação do acesso ao programa
educativo
• Na terceira e última etapa, no mês de novembro de 2011, foi
retornado a ⅓ dos entrevistados de cada bairro
5 domicílios por bairro = 205.
Análise estatística
• Para determinar o acesso dos entrevistados ao programa
educativo utilizaram-se estatísticas descritivas de
frequência.
• O intervalo de confiança estimado foi de 95% e a análise
estatística desenvolvida foi realizada através do software
SPSS 15.0.
Figura 1
Soto et al. (2009), na etapa do programa educativo,
veicularam mensagens informativas nas sacolas do
supermercado parceiro, durante dez meses.
Figura 2
Dos entrevistados que tiveram acesso ao programa
educativo:
100% informaram ter gostado de receber as informações.
88% relataram ter colocado em prática muitas informações
recebidas ou que estão procurando aplicar aos poucos estas
informações.
• O programa educativo foi bem aceito e comentado por todos
aqueles que tiveram acesso, não necessariamente à
amostra pesquisada.
• Destaca-se a utilização dos meios de comunicação como
ótimos parceiros, uma vez que as informações foram
transmitidas para um grande público.
• Sugere-se a necessidade de continuidade de programas no
processo de conscientização da população, visto que os
domicílios são um elo fundamental na cadeia alimentar para
prevenir as DTAs.
BEHRENS, J. H. et al. Consumer purchase habits and views on food safety: A Brazilian study. Food Control, Amsterdam, v. 21, p. 963-
969, July 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Dados epidemiológicos - DTA período de 2000 a 2011*. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/10_passos_para_investigacao_surtos.pdf>. Acesso em: 14 out. 2011.
KARABUDAK, E. et al. Food safety in the home consumption of meat in Turkey. Food Control, Amsterdam, v. 19, p. 320-327, Mar. 2008.
CANDEIAS, N. M. F. Conceitos de educação e de promoção em saúde: mudanças individuais e mudanças organizacionais. Revista
Saúde Pública, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 209-213, abr. 1997.
PROENÇA, R. P. da C. et al. Qualidade nutricional e sensorial na produção de refeições. Florianópolis: Ed. UFSC, 2005.
REDMOND, E. C.; GRIFFITH C. J. Consumer food handling in the house: a review of food safety studies. Journal of Food Protection, v. 66,
n. 1, p. 130-161, Jan. 2003.
SANTA MARIA. Lei complementar n. 042, de 29 de dezembro de 2006. Cria unidades urbanas, altera a divisão urbana de Santa Maria, dá
nova denominação aos bairros e revoga a Lei Municipal nº 2770/86, de 02/07/1986, Artigos 2º a 25 e dá outras providências. Santa Maria,
RS, 2006. Disponível em: <http://www.santamaria.rs.gov.br/docs/secretarias/ArqSec60.pdf>. Acesso em: 25 out. 2010.
SCOTT, E. Foodborne disease and other hygiene issues in the home. Journal of Applied Bacteriology, v. 80, p. 5-9, 1996.
SOTO, F. R. M. et al. Programa de vigilância sanitária de alimentos em domicílios no município de Ibiúna, SP. Higiene Alimentar, São
Paulo, v. 23, n. 176 / 177, p. 64-67, set./out. 2009.
UNUSAN, N. Consumer food safety knowledge and practices in the home in Turkey. Food Control, Amsterdam, v. 18, p. 45–51, Jan.
2007.
LEITE, L. H. M. et al. Boas práticas de higiene e conservação de alimentos em cozinhas residenciais de usuários do programa saúde da
família-Lapa. Revista de Ciências Médicas, Campinas, v. 18, n. 2, p. 81-88, mar./abr. 2009a.
Programa de Boas Práticas em Domicílios da
cidade de Santa Maria – RS
“Alimente sua família com segurança”
e-mail: [email protected]
PROJETO
Projeto de Mestrado visita residências para avaliar boas práticas de alimentação
18/07/11 11:07:01
Um projeto de Mestrado em Ciência e Tecnologia dos Alimentos da UFSM está visitando 615residências do município. É o projeto Somar - Programa de Boas Práticas em Domicílios dacidade de Santa Maria - RS / Alimente sua família com segurança. A pesquisadora responsável,Barbara Cecconi Deon, conta com cinco monitoras e está colhendo informações em 15 casas decada um dos 41 bairros do município. A orientação é da profª Luisa Helena Hecktheuer.
Nestas visitas, são aplicados questionários sobre as práticas e o conhecimento de manipulaçãode alimentos nas residências. A avaliação é feita diretamente nas cozinhas das casas. A ideia éidentificar as principais dificuldades quanto à manipulação de alimentos.
A partir da finalização da coleta de dados, a próxima etapa da pesquisa é um programaeducativo que vai trabalhar em várias frentes: programas de rádio nas emissoras AM ecomunitárias da cidade, que devem entrar no ar nas próximas semanas; palestras nas própriascomunidades dos bairros; espaço de divulgação nos jornais; e via e-mail, para as pessoasvisitadas que têm acesso à internet.
Este programa vai buscar a conscientização das pessoas, explica Barbara Deon, "a partir daidentificação de pontos críticos e falta de conhecimento sobre manipulação de alimentos nasresidências". A pesquisadora cita como exemplos de pontos a serem trabalhados: a frequênciada limpeza de geladeiras, o armazenamento correto de alimentos e a higienização de verduras e
frutas.
Após um período de três meses de programa educativo, as pesquisadoras pretendem retornar àsresidências para avaliar se o programa foi eficiente ou não e se houve mudanças nas práticascom alimentos, nas residências.
UFSM