programa de avaliação da educação básica do espírito santo · 2019-05-29 · ficha...
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P A E B E S 2 0 1 8Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo
LÍNGUA PORTUGUESA
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
R E V I S T A D O P R O F E S S O R
ISSN 2237-8324
ISSN 2237-8324
P A E B E S 2 0 1 8Programa de Avaliação da Educação
Básica do Espírito Santo
Revista do ProfessorLíngua Portuguesa
Leitura e Produção de Texto
FICHA CATALOGRÁFICA
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado da Educação.
PAEBES – 2018/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.
V. 1 (2018), Juiz de Fora – Anual
Conteúdo: Revista do Professor – Língua Portuguesa – Leitura e Produção de Texto
ISSN 2237-8324
CDU 373.3+373.5:371.26(05)
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2 4
1 0 0
1 1 4
Apresentação
Resultados da escola
Itinerário de apropriação dos resultados
Avaliação somativa
Padrões de desempenho e itens
Anexos
S U M Á R I O
Objetivos gerais da Revista do Professor
– Orientar a leitura, a apropriação e a
util ização dos resultados da escola nos
testes de Língua Portuguesa aplicados no
âmbito do PAEBES 2018.
– Contribuir para a reflexão sobre o uso
dos resultados de Língua Portuguesa na
avaliação externa.
A p r e s e n t a ç ã o
R e s u l t a d o s d a e s c o l a
A v a l i a ç ã o s o m a t i v a
I t i n e r á r i o d e a p r o p r i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e i t e n s
A n e x o s
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Olá, professor(a)!
Apresentamos a você a Revista do Professor do Programa de Avaliação da Edu-
cação Básica do Espírito Santo (PAEBES) 2018.
Esta publicação tem como objetivo principal orientar a leitura, a apropriação e a
utilização dos resultados da sua escola na avaliação de Língua Portuguesa do
PAEBES 2018 apresentados no portal do programa. Para que esses resultados
adquiram significado em sua atuação profissional, disponibilizamos, nas seções
que compõem esta edição, conteúdos que visam a auxiliá-lo(a) na compreensão
dos indicadores apresentados e nas possibilidades de uso que oferecem.
Uma sugestão de itinerário que contribuirá para a leitura, a apropriação e o uso
dos resultados da avaliação abre esta publicação. Para tanto, esse itinerário
está organizado em três etapas, de modo a proporcionar um percurso que vai da
leitura e do conhecimento dos indicadores apresentados, passando pela análise
desses indicadores, até a apresentação de sugestões de como utilizá-los na
sua prática pedagógica, subsidiando a formulação de estratégias direcionadas
à melhoria do desempenho dos estudantes.
A seção seguinte consiste em um relato de experiência do uso pedagógico dos
resultados da avaliação educacional em larga escala. Especificamente no relato
apresentado, discute-se sobre habilidades desenvolvidas e, em especial, as que
ainda estão por se desenvolver à época da avaliação, considerando sua evolu-
ção durante a trajetória escolar dos estudantes.
Desejamos que esta publicação seja útil ao seu trabalho cotidiano, colaborando
para o redirecionamento das ações pedagógicas, com vistas ao pleno desen-
volvimento dos estudantes. Se esse objetivo for alcançado, teremos cumprido
nossa tarefa enquanto educadores: garantir aos nossos estudantes o direito de
aprender.
Bom trabalho!
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P A E B E S - 2 0 1 8
A p r e s e n t a ç ã o
R e s u l t a d o s d a e s c o l a
O acesso aos resultados da sua escola nos
testes de Língua Portuguesa do PAEBES 2018,
em cada etapa de escolaridade avaliada, deve
ser realizado no menu Resultados , disponível
no ambiente restrito do portal.
Clique no botão abaixo para acessar o ambiente
restrito:
A v a l i a ç ã o s o m a t i v a
I t i n e r á r i o d e a p r o p r i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e i t e n s
A n e x o s
R E S U L T A D O S
As informações apresentadas correspondem à parti-
cipação e ao desempenho dos estudantes nos testes.
Observe, em primeiro lugar, a proficiência média al-
cançada pelos estudantes em seu estado e sua es-
cola. Em seguida, confira as informações referentes
à participação dos estudantes na avaliação: número
previsto e número efetivo de estudantes, bem como
o percentual total de participação. Na sequência, é
possível verificar a distribuição dos estudantes por pa-
drão de desempenho.
Os resultados das turmas e dos alunos também po-
dem ser consultados no menu Resultados. Selecio-
nando a turma desejada, você poderá conferir os
resultados de cada aluno: percentual de acerto por
descritor e percentual total de acerto no teste, além
da categoria de desempenho, da proficiência e do
padrão de desempenho alcançados pelo estudante.
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
A p r e s e n t a ç ã o
Objetivos específicos desta seção
– Orientar a leitura, a interpretação, a
análise e o uso dos resultados de Língua
Portuguesa do PAEBES 2018.
– Contribuir para a construção de um
plano de intervenção pedagógica com
base nos resultados da avaliação.
I t i n e r á r i o d e a p r o p r i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
A v a l i a ç ã o s o m a t i v a
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e i t e n s
A n e x o s
R e s u l t a d o s d a e s c o l a
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Leitura e interpretação dos
indicadores
1 ª E T A P A
D i v u l g a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
Nesta seção, é proposto um itinerário
que orientará a leitura, a interpretação e
o uso dos resultados alcançados pelos
estudantes da sua escola nos testes de
Língua Portuguesa do PAEBES 2018.
O objetivo desta proposta é a construção
de um plano de intervenção pedagógica,
com vistas ao aprimoramento das
práticas pedagógicas e à garantia dos
direitos de aprendizagem dos estudantes.
Três etapas compõem este itinerário e, em
cada uma delas, há tarefas importantes a
serem realizadas, a fim de que você possa
se apropriar das informações produzidas
pela avaliação em larga escala.
RG RPRS
RG
RS
RP . Revista do Professor
. Revista do Gestor Escolar
. Revista do Sistema
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
A c o m p a n h a m e n t o e a v a l i a ç ã o d a s a ç õ e s d e i n t e r v e n ç ã o p e d a g ó g i c a
I M P O R T A N T E ! Percorra
esse itinerário considerando
separadamente os resultados
de cada etapa de escolaridade
avaliada nessa disciplina.
Análise dos resultados da escola
2 ª E T A P A Possibilidades de uso dos resultados (plano de intervenção pedagógica)
3 ª E T A P A
9
P A E B E S - 2 0 1 8
1 ª E T A P A
Leitura e interpretação dos indicadores apresentados
Para dar início ao itinerário de apropriação e uso dos resultados da
avaliação externa, é preciso entender o significado dos indicadores
que constituem esses resultados. Esse é o objetivo da primeira eta-
pa deste percurso: conhecer e compreender os principais indicado-
res dos resultados da sua escola na avaliação.
P a r t i c i p a ç ã o
Percentual de participação%
Número previsto de estudantes
Número efetivo de estudantes
D e s e m p e n h o
XXX,X Proficiência média
Distribuição dos estudantes por
padrão de desempenho
Percentual de acerto por descritor% D01
1 0
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Os indicadores de participação e de desempenho da sua escola
divulgados no portal do programa devem ser lidos, inicialmente,
considerando sua caracterização, apresentada a seguir.
P a r a d a 1 - P a r t i c i p a ç ã o
Esse indicador é muito importante, uma vez que, por se tratar de
avaliação censitária, quanto maior a participação dos estudantes,
mais fidedignos são os resultados dos testes cognitivos. Isso sig-
nifica dizer que é possível generalizar os resultados para toda a
escola quando a participação efetiva for igual ou superior a 80% do
total de alunos previstos para realizar a avaliação.
1. ProficiênciaMédia
2. Participação(número de alunos)
3. Evolução do Percentual de Alunospor Padrão de Desempenho
SPAECE 2017
Ceará
Escola
REDE ESTADUAL - REGULAR
Os resultados desta escola
Previsto
Efetivo
Percentual
Escola:
Município:
CREDE:
Previsto
Efetivo
Percentual
CREDE
Previsto
Efetivo
Percentual
Muito Crítico
Crítico
Intermediário
Adequado
270,7
2016 264.6 19,6 38,2 32,7 9,5
2017 273.4 14,8 35,7 36,3 13,2
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
2017 265.9 19,8 35,7 34,3 10,1
2018 313,4 16,0 33,6 37,5 12,9
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
93,7
86996
92825
272,8
LÍNGUA PORTUGUESA3ª SÉRIE EM
273,4
2139
97,2
2079
2016 265.2 16,1 44,3 33,3 6,3
2017 270.7 15,4 36,9 37,3 10,4
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
98,0
241
246
CANINDEITATIRA
EEM NAZARE GUERRA
Número de estudantes previstos
para realizar a avaliação
Número de estudantes que de fato
realizaram a avaliação
Percentual de participação dos
estudantes na avaliação
Confira, nos resultados da sua escola, os dados de participação
dos estudantes na avaliação desta disciplina.
1 1
P A E B E S - 2 0 1 8
T R I T C T
P r o f i c i ê n c i a m é d i a
P e r c e n t u a l d e a c e r t o p o r d e s c r i t o r
D i s t r i b u i ç ã o d o s e s t u d a n t e s p o r p a d r ã o d e d e s e m p e n h o
P a r a d a 2 - D e s e m p e n h o
Os indicadores de desempenho obtidos por meio da Teoria de Res-
posta ao Item (TRI) e da Teoria Clássica dos Testes (TCT), divulgados
no portal do programa, são:
I . P r o f i c i ê n c i a m é d i a
A proficiência média da escola corresponde à média aritmética das
proficiências dos estudantes em cada disciplina e etapa avaliadas.
191,2 260,6 374,5 427,8
313,5
P r o f i c i ê n c i a
Saberes estimados a
partir das tarefas que o
estudante é capaz de
realizar na resolução
dos itens do teste.
1 2
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Esse indicador contribui para o monitoramento da qualidade da
educação ofertada pela escola, especialmente quando se observa
sua evolução entre ciclos de avaliação sucessivos.
Previsto
Efetivo
Percentual
1. ProficiênciaMédia
2. Participação(número de alunos)
3. Evolução do Percentual de Alunospor Padrão de Desempenho
SPAECE 2017
Ceará
Escola
REDE MUNICIPAL - REGULAR
Os resultados desta escola
Previsto
Efetivo
Percentual
Escola:
Município:
CREDE:
Município
Previsto
Efetivo
Percentual
Muito Crítico
Crítico
Intermediário
Adequado
212,0
219,117344
103,1
17874
2015 218.9 18,0 44,0 38,0
2016 219.6 15,4 42,3 42,3
2017 212.0 4,1 18,9 37,8 39,2
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
101,4
74
73
2015 203.7 2,2 23,5 44,1 30,2
2016 214.4 1,5 17,3 41,9 39,3
2017 219.1 1,9 16,3 36,3 45,5
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
2016 210.9 2,2 21,6 38,9 37,3
2017 214.4 2,1 18,8 39,2 39,9
2018 225.3 2,2 16,3 31,1 50,4
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
101,8
103697
101869
225,3
LÍNGUA PORTUGUESA5º Ano do Ensino Fundamental
FORTALEZAFORTALEZA
ESCOLA MUNICIPAL ALMERINDA DE ALBUQUERQUE
Para entender a relação entre a proficiência média e o desempenho
dos estudantes, é importante observar essa proficiência na escala.
Essa escala possibilita relacionar a proficiência (medida) a diagnós-
ticos qualitativos do desempenho escolar (desenvolvimento de ha-
bilidades e competências).
Você pode conferir as escalas de proficiência no botão a seguir.
E S C A L A S I N T E R A T I V A S
1 3
P A E B E S - 2 0 1 8
COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Identifica letras Reconhece convenções gráficas Manifesta consciência fonológica Lê palavras Localiza informação Identifica tema Realiza inferência Identifica gênero, função e destinatário de um texto Estabelece relações lógico-discursivas Identifica elementos de um texto narrativo Estabelece relações entre textos Distingue posicionamentos Identifica marcas linguísticas
PADRÕES DE DESEMPENHO '
DOMÍNIOS
Apropriação do sistema da
escrita
Estratégias de leitura
Processamento do texto
A escala de proficiência do PAEBES, para o 5º e 9º anos do ensino fun-
damental e 3 ano do ensino médio, é a mesma utilizada pelo Sistema de
Avaliação da Educação Básica (Saeb), cuja variação vai de 0 a 500 pontos.
Essa escala é dividida em intervalos de 25 pontos, chamados de níveis de
desempenho. O PAEBES ALFA, por sua vez, utiliza uma escala própria, que
varia de 0 a 1.000 e é dividida em intervalos de 50 pontos.
Com base nas expectativas de aprendizagem para cada etapa de escola-
ridade e nas projeções educacionais estabelecidas pelo PAEBES, os níveis
da escala são agrupados em intervalos maiores, chamados de padrões de
desempenho. Os padrões de desempenho são, portanto, estabelecidos pela
Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo (SEDU), e cada um de-
les corresponde a um conjunto de tarefas que os alunos são capazes de
realizar, de acordo com as habilidades que desenvolveram.
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Identifica letras Reconhece convenções gráficas Manifesta consciência fonológica Lê palavras Localiza informação Identifica tema Realiza inferência Identifica gênero, função e destinatário de um texto Estabelece relações lógico-discursivas Identifica elementos de um texto narrativo Estabelece relações entre textos Distingue posicionamentos Identifica marcas linguísticas
PADRÕES DE DESEMPENHO '
DOMÍNIOS
Apropriação do sistema da
escrita
Estratégias de leitura
Processamento do texto
É importante observar que a média de proficiência da escola a colo-
ca em um determinado padrão de desempenho. Mas isso não signi-
fica que todos os estudantes obtiveram o mesmo desempenho. Por
isso, é fundamental conhecer a distribuição dos estudantes pelos
padrões de desempenho, de acordo com a proficiência alcançada
no teste. É isso o que veremos a seguir.
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o
Intervalos da escala
de proficiência
correspondentes ao
conjunto de determinadas
habilidades e
competências, nos quais
estão reunidos estudantes
com desempenho similar.
P r o f i c i ê n c i a e d e s e m p e n h o
Para entender a relação
entre a proficiência e
o desempenho dos
estudantes, é importante
observar esse valor na
escala de proficiência.
N í v e i s d e d e s e m p e n h o
313,5
191,2 260,6 374,5 427,8
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P A E B E S - 2 0 1 8
1. Profi ciênciaMédia
2. Participação(número de Alunos)
3. Evolução do Percentual de Alunospor Padrão de Desempenho
SAEGO 2018
Goiás
Previsto
Previsto
Efetivo
Previsto
Efetivo
Percentual
Escola
REDE ESTADUAL
Os resultados desta escola
CRECE
Escola:
Município:
CRECE:
Abaixo do BásicoBásico
Profi cienteAvançado
ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS - 9º ANO
ANAPOLIS
ANAPOLIS
COLEGIO DA POLICIA MILITAR DE GOIAS ANAPOLIS I DR CESAR TOLEDO
LÍNGUA PORTUGUESA
261,5
5316
4884
2016 307.5 2,7 7,6 24,3 65,4
2017 314.1 0,5 2,1 29,2 68,2
2018 305.8 0,4 4,7 35,9 59,0
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
98,3
234
238
305,8
2016 261.8 10,0 29,7 38,4 21,8
2017 260.3 12,0 28,8 37,8 21,4
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
2016 258.1 11,1 30,8 39,4 18,7
Edição Proficiência % por Padrão de Desempenho
60581
256,6
I I . D i s t r i b u i ç ã o d o s e s t u d a n t e s p o r p a d r ã o d e d e s e m p e n h o e s t u d a n t i l
De acordo com a proficiência alcançada no teste, o estudante apre-
senta um perfil que nos permite alocá-lo em um dos padrões de
desempenho. Em uma mesma turma e escola, podemos ter vários
alunos em cada um dos padrões de desempenho. Essa distribuição
é representada em percentuais. É importante saber quantos estu-
dantes se encontram em cada padrão e o que eles são capazes de
realizar, tendo em vista o seu desempenho.
Percentuais de
estudantes em cada
padrão de desempenho
O s q u a t r o p a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e s t a b e l e c i d o s p a r a o PA E B E S s ã o :
A b a i x o d o
b á s i c o
B á s i c o P r o f i c i e n t e A v a n ç a d o
Estudantes apresentam
carência de
aprendizagem em
relação às habilidades
previstas para sua
etapa de escolaridade,
evidenciando
necessidade de
recuperação.
Estudantes ainda
não demonstram um
desenvolvimento
adequado das habilidades
esperadas para sua
etapa de escolaridade,
demandando reforço para
uma formação adequada à
etapa de escolaridade.
Estudantes revelam
ter consolidado as
habilidades consideradas
mínimas e essenciais
para sua etapa de
escolaridade, o que
requer empenho
para aprofundar a
aprendizagem.
Estudantes conseguiram
atingir um patamar um
pouco além do que é
considerado essencial
para sua etapa de
escolaridade, exigindo
novos estímulos e
desafios.
1 6
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
I I I . P e r c e n t u a l d e a c e r t o p o r d e s c r i t o r
Além da proficiência, da distribuição dos estudantes pelos padrões
de desempenho e da participação, nos resultados da avaliação do
PAEBES, você pode conferir quais foram as habilidades avaliadas
e o desempenho dos estudantes em relação a cada uma. Essas
habilidades vêm descritas na matriz de referência, por meio dos
seus descritores.
Esse indicador é imprescindível ao monitoramento da equidade da
oferta educacional na escola, ao se constatar que os dois últimos
padrões são considerados desejáveis, enquanto os dois primeiros
estão abaixo do desempenho esperado para a etapa de escolari-
dade avaliada.
M AT R I Z D E R E F E R Ê N C I A - L í n g u a Po r t u g u e s a
Turma D01 D02 D03 D04
A - TARDE 78,45 68,49 62,97 74,52
B - TARDE 68,37 67,54 61,12 54,44
R E S U L T A D O S
A descrição pedagógica de
cada padrão de desempenho
pode ser conferida na seção
Padrões de desempenho
e itens.
As matrizes de referência
do PAEBES podem ser
consultadas no botão
abaixo:
M A T R I Z E S D E R E F E R Ê N C I A
Com base nos percentuais de acerto em cada descritor, é possível
estabelecer as habilidades que necessitam de maior atenção, tan-
to em relação à escola como um todo quanto em relação a cada
turma e a cada aluno individualmente. Para conhecer esses resul-
tados, acesse a página de resultados no link abaixo.
1 7
P A E B E S - 2 0 1 8
2 ª E T A P AAnálise dos resultados da escola
O objetivo desta etapa é a análise dos resultados da sua esco-
la. Para auxiliar o desenvolvimento desta fase do itinerário, serão
apresentadas orientações de execução e disponibilizados formu-
lários para registro das informações levantadas e analisadas, que
compõem os Anexos desta publicação.
Para tanto, é fundamental que a escola pare, olhe para os seus
resultados e organize-se para analisá-los e planejar estratégias, de
acordo com o que se pretende alcançar.
É importante ressaltar que, na Revista do Gestor Escolar, há uma
proposição para a equipe gestora realizar o itinerário de análise
dos resultados.
Sugerimos, a seguir, um passo a passo para a realização deste iti-
nerário.
P a r a d a 1 – R e u n i ã o c o m a e q u i p e p e d a g ó g i c a e a e q u i p e g e s t o r a
A primeira parada desta etapa consiste na realização de uma reu-
nião entre a equipe pedagógica, você, professor, e a equipe gesto-
ra da escola, para a análise dos resultados alcançados pela escola
na avaliação.
Nossa sugestão é que coordenação pedagógica e professores or-
ganizem as informações sobre os resultados alcançados pela es-
cola e apresentados nessa reunião pela equipe gestora. A partir da
análise realizada, é possível partir para a elaboração de planos de
intervenção pedagógica adequados às situações detectadas.
P a r a d a 2 – R e a l i z a ç ã o d a a n á l i s e d o s r e s u l t a d o s
Após a apresentação dos resultados por parte da equipe gesto-
ra, sugerimos que, com o apoio do coordenador pedagógico, seja
realizada a reunião de análise dos resultados. A seguir, listamos
O trabalho de apropriação
e uso dos resultados da
avaliação deve ser feito
coletivamente!
1 8
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
alguns procedimentos importantes para que o processo de análise
dos resultados da avaliação permita a produção de um diagnóstico
consistente sobre o desempenho dos estudantes.
1. Providenciar cópias impressas das matrizes de referência.
2. Imprimir, no portal do programa, os resultados de todas as
turmas e alunos para os participantes ou ter à disposição
computadores com acesso à internet para que os próprios
professores naveguem pelos resultados. Para isso, a senha
de acesso ao sistema de resultados do PAEBES precisa ser
disponibilizada para os professores.
3. Providenciar cópias do Formulário de registro 1 – Análise
dos resultados (Anexo I) para cada grupo de trabalho.
4. Muito importante: convidar e motivar os professores a par-
ticiparem desse momento.
P a r a d a 3 – O r i e n t a ç õ e s p a r a a r e a l i z a ç ã o d a a n á l i s e d o s r e s u l t a d o s
Para que o momento de análise seja produtivo, é fundamental que
todos os professores tenham orientações claras sobre o que devem
fazer. Para isso, listamos algumas sugestões para esse momento.
Novamente, reforçamos que o coordenador pedagógico deverá
apoiar esse processo. Para tanto, ele deve ajudar os professores a:
1. organizarem-se em grupos, de acordo com as definições esta-
belecidas na reunião realizada pelo gestor escolar. O critério
para a organização dos grupos deve levar em consideração
as áreas de conhecimento com as quais cada professor traba-
lha, bem como as especificidades das ações previstas para a
intervenção pedagógica;
2. com todo o material em mãos, proceder à análise dos resul-
tados, de acordo com as orientações a seguir:
a. Identificar o padrão de desempenho em que cada estu-
dante se encontra.
O objetivo de organizar
os estudantes em grupos
não é o de enquadrá-los
de forma estrita, mas o
de verificar, ao analisar
o desempenho dos
estudantes na avaliação,
qual foi o desempenho
predominante em
cada turma e buscar
intervenções que
sejam adequadas às
necessidades de cada
grupo de estudantes ou
de cada estudante em
particular.
1 9
P A E B E S - 2 0 1 8
b. Organizar, em cada turma, grupos de estudantes de acordo
com o padrão e pensar em estratégias de intervenção es-
pecíficas para cada um desses grupos. É fundamental, para
isso, utilizar as orientações sobre os tipos de estratégias,
conforme o padrão de desempenho (recuperação, reforço,
aprofundamento ou desafio).
c. Identificar, com base nos resultados de cada turma, os des-
critores em que os estudantes alcançaram menos de 50%
de acerto nos testes de Língua Portuguesa.
d. Verificar se as habilidades avaliadas estão contempladas
no planejamento curricular da escola e nas atividades de-
senvolvidas na sala de aula, sobretudo aquelas que os es-
tudantes apresentaram maiores dificuldades (menos de 50%
de acerto). É importante, para isso, buscar responder a algu-
mas perguntas, tais como:
» Que tipo de descritores os estudantes menos acertaram?
» O que esse tipo de erro indica, com relação ao processo
de ensino-aprendizagem?
» São habilidades que estão contempladas nos conteú-
dos previstos no planejamento geral da disciplina e nas
atividades propostas nos planos de aula?
» Os descritores menos acertados estão relacionados a
um mesmo tópico/tema/domínio?
» Esses descritores estão relacionados a habilidades com
grau de complexidade maior que as demais habilidades
apresentadas no teste?
» Refletir se os conteúdos avaliados foram trabalhados em
sala de aula.
e. A partir das respostas a esses questionamentos, definir as
ações de intervenção pedagógica, os conteúdos e as com-
petências que serão desenvolvidos, tomando como referên-
cia as necessidades dos estudantes. Para tanto, deverá ser
elaborado um plano de intervenção pedagógica.
20
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
P a r a d a 4 – D e f i n i ç ã o d a s a ç õ e s d e i n t e r v e n ç ã o p e d a g ó g i c a
O quarto momento desta etapa do itinerário consiste na definição
das ações de intervenção pedagógica que serão contempladas no
plano de intervenção pedagógica. Para tanto, busque:
1. conversar sobre o trabalho pedagógico realizado com cada
turma, verificando se esse trabalho tem sido adequado para
o alcance dos objetivos de aprendizagem esperados;
2. identificar e registrar as práticas pedagógicas consideradas
eficazes;
3. definir as ações de intervenção pedagógica que deverão
ser contempladas no plano de intervenção pedagógica.
3 ª E T A P APossibilidades de uso dos resultados
O objetivo desta etapa é a construção de um plano de intervenção
pedagógica. Após a análise dos resultados e a identificação das
habilidades com menores percentuais de acerto nos testes de Lín-
gua Portuguesa, é hora de planejar, executar, acompanhar e avaliar
as ações de intervenção pedagógica, com vistas à melhoria dos
processos de ensino e de aprendizagem.
As ações de intervenção pedagógica serão registradas no Formu-
lário de registro 2 – Plano de intervenção pedagógica (Anexo II).
Realizar o registro de todas
as informações levantadas,
utilizando o Formulário de
registro 1 (Anexo I).
2 1
P A E B E S - 2 0 1 8
P a r a d a 1 – D e t a l h a m e n t o d a s a ç õ e s d e i n t e r v e n ç ã o p e d a g ó g i c a
A finalidade desta parada é o detalhamento das ações de in-
tervenção pedagógica que foram definidas na etapa anterior. É
importante que essa tarefa seja feita pelos grupos de trabalho
definidos anteriormente, de acordo com os critérios: áreas de co-
nhecimento com as quais cada um trabalha e as especificidades
das ações. As orientações abaixo os ajudarão na elaboração, na
execução e no acompanhamento de um bom plano de interven-
ção pedagógica. Para isso, é necessário:
1. denominar as ações de intervenção pedagógica, especifi-
cando os conteúdos, as competências e habilidades que
serão trabalhadas a partir da implementação de cada ação;
2. elaborar a justificativa para a implementação das ações de
intervenção pedagógica. Para isso, utilizar como referência
o diagnóstico realizado na análise dos resultados;
3. definir estratégias para a execução das ações;
4. nomear o responsável pela implementação das ações;
5. estabelecer o período de realização de cada ação;
6. registrar o público-alvo das ações;
7. levantar os recursos materiais e humanos necessários e dis-
poníveis para a execução de cada ação.
P a r a d a 2 – D e f i n i ç ã o d a s t a r e f a s
Esta parada refere-se ao planejamento para a implementação das
ações de intervenção pedagógica, bem como à definição das es-
tratégias de acompanhamento e avaliação das ações.
2 2
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Para isso, cada grupo de trabalho deverá realizar as seguintes tarefas:
Definir os resultados esperados para cada ação de intervenção
proposta.
8. Detalhar as tarefas de preparação, informando as condições
para a execução de cada ação, tais como: capacitação dos
profissionais, elaboração de material didático, escolha dos
estudantes que serão alvo da ação, divulgação etc.
9. Detalhar as tarefas de implementação, aquelas centrais
que se referem a cada ação de intervenção.
10. Especificar as tarefas de avaliação, que são aquelas que
objetivam a observação dos resultados da ação.
11. Definir, também, dentre os membros do grupo, o profissional
que será responsável por conduzir os processos de avalia-
ção e acompanhamento de cada ação.
12. Avaliar o tempo necessário para a execução de cada ação.
Outro ponto fundamental!
Esse é um trabalho que deve ser realizado de maneira
colaborativa. Sobretudo, é essencial que professores e
coordenação pedagógica trabalhem juntos, com o apoio
da direção da escola!
Vamos lá?
Não deixe de realizar o
registro das informações
no Formulário de registro
2 – Plano de intervenção
pedagógica (Anexo II).
Utilize também esse
formulário para registrar
as informações de
monitoramento e avaliação
das ações.
2 3
P A E B E S - 2 0 1 8
A p r e s e n t a ç ã o
R e s u l t a d o s d a e s c o l a
A v a l i a ç ã o s o m a t i v a
I t i n e r á r i o d e a p r o p r i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e i t e n s
A n e x o s
Objetivos específicos desta seção
- Apresentar os padrões de desempenho
estabelecidos para o PAEBES 2018.
- Detalhar as habilidades referentes a
cada padrão de desempenho, de acordo
com os níveis da escala de proficiência.
- Relacionar itens exemplares a
seus respectivos padrões/níveis de
desempenho.
2 4
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Os padrões de desempenho estudantil consistem em uma caracterização do desenvolvimento de habi-
lidades e competências, correspondente ao desempenho esperado dos estudantes que realizaram os
testes cognitivos do PAEBES 2018.
De acordo com sua proficiência, cada estudante é alocado em um determinado padrão. Desse modo,
torna-se possível orientar as ações de intervenção pedagógica para os grupos de estudantes com re-
sultados similares.
Esta seção apresenta a descrição pedagógica dos padrões e níveis de desempenho estabelecidos
para o PAEBES 2018.
Confira, nas próximas páginas, a descrição das habilidades referentes a cada padrão e observe os itens
exemplares que ilustram cada padrão/nível de desempenho.
LÍNGUA PORTUGUESA
Abaixo do básico
Básico Proficiente Avançado
5º Ano EF Até 150 150 a 200 200 a 250 Acima de 250
9º Ano EF Até 200 200 a 275 275 a 325 Acima de 325
3ª Série EM Até 250 250 a 300 300 a 350 Acima de 350
PRODUÇÃO DE TEXTO
Abaixo do básico
Básico Intermediário Adequado Avançado
5º Ano EF 0,1 a 2,0 2,1 a 4,0 4,1 a 6,0 6,1 a 8,0 8,1 a 10,0
2 5
P A E B E S - 2 0 1 8
Abaixo do básico
5º ano do ensino fundamental - Leitura
ATÉ 150 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 1 . ATÉ 125 PONTOS
C Ler frases.
C Localizar informações em frases, bilhetes curtos e versos.
C Reconhecer gênero e finalidade de receitas.
C Interpretar textos curtos com auxílio de elementos não verbais, como tirinhas e cartuns.
C Identificar o personagem principal em contos.
2 6
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Esse item avalia a habilidade de os estudantes associarem uma
frase, em sua estrutura canônica (sujeito, verbo e objeto), a uma
imagem que a represente. Os estudantes que marcaram a alterna-
tiva C, o gabarito, conseguiram desenvolver a habilidade avaliada.
(P050572ES) A frase que mostra o que acontece nessa cena é:A) O menino escreve no caderno.B) O menino está desenhando. C) O menino está lendo.D) O menino faz exercícios.
Veja a imagem abaixo.
Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl>. Acesso em: 18 abr. 2010. (P050572ES_SUP)
2 7
P A E B E S - 2 0 1 8
NÍVEL 2 . DE 125 A 150 PONTOS
C Localizar informações em poemas narrativos.
C Realizar inferência em textos não verbais e que conjugam linguagem verbal e não verbal, como
tirinhas.
C Identificar expressões próprias da oralidade e marcas de informalidade na fala de personagem em
histórias em quadrinhos.
C Reconhecer os gêneros receita e adivinha e a finalidade de textos informativos.
C Identificar o personagem principal em narrativas simples.
5º ano do ensino fundamental - Leitura
Abaixo do básico
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem um
texto do gênero receita. Os estudantes que optaram pela alternati-
va D mostraram-se capazes de reconhecer as características perti-
nentes a esse gênero textual.
(P050830H6) Esse texto éA) um cardápio.B) um rótulo.C) uma lista de compras.D) uma receita culinária.
Leia o texto abaixo.
Vitamina de banana mel
Ingredientes2 bananas nanicas cortadas ao meio1/2 mamão papaia picado2 xícaras de leite gelado2 colheres (sopa) de mel4 pedras de gelo
Modo de fazerColoque todos os ingredientes no liquidifi cador e bata bem. Sirva a seguir.
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/ecokids/receitas/suco_003.htm>. Acesso em: 18 jan. 2016. (P050830H6_SUP)
2 8
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Básico
5º ano do ensino fundamental - Leitura
DE 150 A 200 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 3 . DE 150 A 175 PONTOS
C Localizar informação explícita em contos, receitas e textos informativos curtos.
C Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas.
C Reconhecer a finalidade de receitas, manuais e regulamentos.
C Inferir características de personagem em fábulas.
C Interpretar linguagem verbal e não verbal em tirinhas e inferir o sentido de expressão em tirinhas.
C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários e em lendas.
2 9
P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes localizarem uma
informação explícita em uma receita. Aqueles que marcaram a al-
ternativa C – o gabarito – demonstraram ser capazes de localizar
informações explícitas no contexto avaliado.
(P050520H6) De acordo com esse texto, quantos ovos cozidos picados serão usados no sanduba?A) 1.B) 2.C) 4.D) 7.
Leia o texto abaixo.
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Sanduba bom demais
Ingredientes: 4 pães de hambúrguer (pode usar outro tipo de pão também)2 colheres de sopa de azeite4 ovos cozidos picados7 colheres de sopa de queijo fresco picado2 tomates picados1 colher de café (colherzinha pequena) de sal1 cenoura pequena ralada
Modo de preparo:Corte os pães ao meio. Misture todos os ingredientes (queijo, sal, cenoura, azeite e
ovos) numa tigela, recheie os pães. Embrulhe os pães com papel alumínio e peça para a mamãe colocar no forno médio por 15 minutos.
Disponível em: <https://goo.gl/Asx8kB>. Acesso em: 7 dez. 2015. (P050520H6_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
5º ano do ensino fundamental - Leitura
Básico
NÍVEL 4 . DE 175 A 200 PONTOS
C Localizar informação explícita em contos, reportagens e fábulas.
C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em instru-
ções de jogo.
C Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas.
C Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão ou o assunto em cartas, contos, poemas, tirinhas
e histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.
C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos e pelo travessão em
fábulas.
C Reconhecer o gênero fábula.
C Identificar a finalidade de textos informativos.
3 1
P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o
efeito de sentido decorrente do uso do ponto de exclamação em
um conto. Os estudantes que optaram pela alternativa A demons-
traram que já desenvolveram a habilidade em questão.
(P091113H6) Nesse texto, no trecho “‘Como ele é bonito!’” (ℓ. 1-2), o ponto de exclamação foi usado para indicarA) admiração.B) alívio.C) deboche.D) dúvida.
Leia o texto abaixo.
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O patinho bonito
[...] Milton era o patinho mais bonito da escola. Todos olhavam para ele e diziam: “Como ele é bonito!”. Ele se olhava no espelho e dizia: “Como eu sou bonito!”. E ficava pensando: “Sou tão bonito que talvez eu nem seja um pato de verdade. Tenho até nome diferente. [...] Quem sabe eu sou gente?”.
E Milton começou a ficar meio besta. Diziam: “Milton, vem nadar!”. Ele respondia: “Eu não. [...]”. Todos os outros patos começaram a achar o Milton meio chato. Ele foi ficando sozinho. E dizia: “Não faz mal. Sou mais bonito. Vou terminar na televisão. Vou ser o maior galã”.
Uma noite Milton resolveu fugir de casa. Foi até a cidade para tentar entrar na televisão. Quando chegou na porta da estação de TV, foi logo dizendo: “Eu me chamo Milton. Além de bonito, acho que eu tenho muito talento artístico”. [...] “Ih, não enche”, disse alguém. “Todo dia alguém arranja uma fantasia de bicho e vem aqui procurar lugar na televisão”.
– Mas você não vê que eu não estou fantasiado? Perguntou Milton. [...]– Então como é que você sabe falar?– Mas os patos falam!! disse Milton, quase chorando.– Não vem com essa, [...] disse um guarda que estava ali perto. Para mim você é um
pato mecânico. Deve ser uma espécie de robô com um computador na cabeça! [...]De repente Milton teve um estremeção. Abriu os olhos e viu que estava em casa. Ele
tinha sonhado. Olhou para seus pais, ainda meio assustado, e disse:– Eu sou um pato... eu sou um pato... E seus pais disseram:– Puxa, ainda bem que você se convenceu! [...]E daí por diante não havia pato mais contente, que tivesse mais vontade de nadar na
lagoa, do que o Milton. De vez em quando ele ainda dizia: “Sou um pato! Um pato mesmo!”. E dava um suspiro de alívio.
COELHO, Marcelo. O patinho bonito. In: Banco de Dados Folha. 1989. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/folhinha_texto_marcelo_patinho.htm>. Acesso em: 8 mar. 2016. Fragmento. (P090846H6_SUP)
3 2
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Proficiente
5º ano do ensino fundamental - Leitura
DE 200 A 250 PONTOS
NÍVEL 5 . DE 200 A 225 PONTOS
C Identificar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.
C Identificar assunto principal e personagem em contos e letras de música.
C Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens.
C Identificar assunto comum a duas reportagens.
C Identificar o efeito de humor em piadas.
C Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos e
poemas.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-
bulas, poemas, contos, tirinhas e textos didáticos, além de reconhecer o referente de expressão
adverbial em contos.
C Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas,
fábulas e contos.
C Inferir efeito de humor em tirinhas e em histórias em quadrinhos.
C Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos
e em contos.
C Reconhecer marcas características da linguagem científica em textos didáticos.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem ele-
mentos de um texto narrativo, especificamente, o desfecho de um
conto. Os estudantes que escolheram a alternativa C demonstra-
ram que desenvolveram a habilidade avaliada.
(P090846H6) Essa história termina quandoA) Milton é confundido com um pato mecânico.B) Milton é elogiado por todos da escola.C) Milton fi ca contente por ser um pato.D) Milton percebe que tinha sonhado.
Leia o texto abaixo.
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O patinho bonito
[...] Milton era o patinho mais bonito da escola. Todos olhavam para ele e diziam: “Como ele é bonito!”. Ele se olhava no espelho e dizia: “Como eu sou bonito!”. E ficava pensando: “Sou tão bonito que talvez eu nem seja um pato de verdade. Tenho até nome diferente. [...] Quem sabe eu sou gente?”.
E Milton começou a ficar meio besta. Diziam: “Milton, vem nadar!”. Ele respondia: “Eu não. [...]”. Todos os outros patos começaram a achar o Milton meio chato. Ele foi ficando sozinho. E dizia: “Não faz mal. Sou mais bonito. Vou terminar na televisão. Vou ser o maior galã”.
Uma noite Milton resolveu fugir de casa. Foi até a cidade para tentar entrar na televisão. Quando chegou na porta da estação de TV, foi logo dizendo: “Eu me chamo Milton. Além de bonito, acho que eu tenho muito talento artístico”. [...] “Ih, não enche”, disse alguém. “Todo dia alguém arranja uma fantasia de bicho e vem aqui procurar lugar na televisão”.
– Mas você não vê que eu não estou fantasiado? Perguntou Milton. [...]– Então como é que você sabe falar?– Mas os patos falam!! disse Milton, quase chorando.– Não vem com essa, [...] disse um guarda que estava ali perto. Para mim você é um
pato mecânico. Deve ser uma espécie de robô com um computador na cabeça! [...]De repente Milton teve um estremeção. Abriu os olhos e viu que estava em casa. Ele
tinha sonhado. Olhou para seus pais, ainda meio assustado, e disse:– Eu sou um pato... eu sou um pato... E seus pais disseram:– Puxa, ainda bem que você se convenceu! [...]E daí por diante não havia pato mais contente, que tivesse mais vontade de nadar na
lagoa, do que o Milton. De vez em quando ele ainda dizia: “Sou um pato! Um pato mesmo!”. E dava um suspiro de alívio.
COELHO, Marcelo. O patinho bonito. In: Banco de Dados Folha. 1989. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/folhinha_texto_marcelo_patinho.htm>. Acesso em: 8 mar. 2016. Fragmento. (P090846H6_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
5º ano do ensino fundamental - Leitura
Proficiente
NÍVEL 6 . DE 225 A 250 PONTOS
C Identificar assunto e informação principal em reportagens e contos.
C Identificar assunto comum a cartas e poemas e a poemas e notícias.
C Identificar informação explícita em letras de música e contos.
C Reconhecer assunto em poemas e tirinhas.
C Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos.
C Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas,
contos e reportagens.
C Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.
C Inferir a finalidade de fábulas e de resenhas.
C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas.
C Inferir informação em poemas, reportagens, cartas e fábulas.
C Diferenciar opinião de fato em reportagens e contos.
C Interpretar efeito de humor e inferir sentido de palavra em piadas e tirinhas.
C Inferir sentido de palavra ou expressão em reportagens.
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes realizarem inferên-
cia do sentido de uma expressão em uma reportagem. A escolha da
alternativa B indica que eles desenvolveram a habilidade avaliada.
(P050002I7) Nesse texto, a expressão “tirou a prova dos nove” (ℓ. 16) signifi ca A) calcular.B) confi rmar.C) defender.D) suspeitar.
Leia o texto abaixo.
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Tal pai… tal fi lho?Filhote e adulto de uma mesma espécie de anêmona são tão diferentes que foram
confundidos com espécies distintas!
Um bebê e uma pessoa adulta são bastante parecidos. Muda o tamanho, mas os membros e outras partes do corpo são os mesmos: o neném já tem o nariz, os olhos, a barriga e as pernas que terá quando crescer. Isso funciona para todos os mamíferos, mas não é verdade para todos os animais. Um sapo e um girino, por exemplo, são muito diferentes; uma lagarta e uma borboleta, também. Apresento hoje mais um caso curioso: o da anêmona Isarachnanthus nocturnus.
Ao nascer, na fase larval, essa espécie mais parece uma água-viva. Nada próximo à superfície da água e movimenta-se bastante, viajando quilômetros pelos mares. Já o indivíduo adulto se fi xa no fundo do oceano e permanece no mesmo local pelo resto da vida.
Até agora, os cientistas conheciam apenas a versão adulta da anêmona, famosa entre os mergulhadores noturnos por abrir seus tentáculos apenas à noite – durante o dia, sob a luz do Sol, ela se fecha para proteger-se dos predadores. Quando o biólogo Sérgio Stampar, da Universidade Estadual Paulista, coletou no mar um exemplar da pequena larva, pensou tratar-se de uma nova espécie!
Depois de um tempo de observação no laboratório, no entanto, ele viu que o animal era, na verdade, Isarachnanthus nocturnus. [...] Quem tirou a prova dos nove e deu certeza de que eram larva e adulto de uma mesma espécie foi o exame de DNA. “Mesmo com aparências diferentes, larva e adulto apresentam o mesmo material genético”, explica Sérgio. Por isso, ele recomenda que a identifi cação das espécies tenha sempre um teste de DNA como etapa – mais ou menos como a leitura de um código de barras para identifi car um produto no supermercado.
PINHEIRO, Iara. Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/tal-pai-tal-fi lho/>. Acesso em: 8 dez. 2015. Fragmento. (P050521H6_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Avançado
5º ano do ensino fundamental-Leitura
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
ACIMA DE 250 PONTOS
NÍVEL 7 . DE 250 A 275 PONTOS
C Identificar opinião em reportagens, biografias e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e
reportagens.
C Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos.
C Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges e reportagens.
C Reconhecer relação de causa e consequência em reportagens e relação entre pronomes e seus
referentes em poemas, fábulas e contos.
C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens
e tirinhas.
C Inferir informação em contos e reportagens.
C Inferir moral e efeito de humor em piadas, fábulas e em histórias em quadrinhos.
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem, em
uma reportagem, o trecho que apresenta uma opinião. Os respon-
dentes que marcaram a alternativa D, o gabarito, conseguiram de-
senvolver a habilidade avaliada.
(P050345G5) Nesse texto, o trecho que mostra uma opinião é:A) “... que fazem as panelas de barro em que são feitas as moquecas e tortas capixabas.”.B) “As panelas de barro [...] são conhecidas e utilizadas...”.C) “Servem até como elemento de decoração.”.D) “... é preferível uma panela de barro fazendo moqueca do que enfeitando uma sala.”.
Leia o texto baixo.
Panelas de barro
Em Vitória, o artesanato mais famoso é o das paneleiras de Goiabeiras, que fazem as panelas de barro em que são feitas as moquecas e tortas capixabas.
As panelas são feitas à mão e queimadas no fogo. O barro vem de um lugar chamado Barreiros, em Vitória.
As panelas de barro do Espírito Santo são conhecidas e utilizadas em todo Brasil. Servem até como elemento de decoração. Mas, cá pra nós, é preferível uma panela de barro fazendo moqueca do que enfeitando uma sala.
PACHECO, Renato. Panelas de barro. Penedo vai, Penedo vem...Cartilha Capixaba. p. 11. (P050344G5_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
5º ano do ensino fundamental - Leitura
Avançado
NÍVEL 8 . DE 275 A 300 PONTOS
C Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música.
C Identificar opinião em poemas, crônicas, cartas pessoais e notícias.
C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e o assunto comum a duas reportagens.
C Inferir informação comum na comparação entre reportagens e charges.
C Reconhecer elementos da narrativa em fábulas e em contos.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-
las, contos, crônicas e em textos didáticos.
C Inferir informação em fábulas, efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em reportagens
e em letras de música e o significado de palavra em textos didáticos.
C Interpretar efeito de humor em piadas e contos.
C Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.
C Identificar marcas da linguagem formal/padrão em reportagens e as marcas linguísticas que carac-
terizam o público-alvo de textos de orientação.
C Reconhecer a finalidade de textos didáticos.
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o
efeito de humor em uma piada. Aqueles que marcaram a alternati-
va A, o gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada.
(P050017I7) Esse texto é engraçado porqueA) Joãozinho entendeu que a professora comeria muitas frutas.B) Joãozinho entendeu que a professora não sabia fazer contas.C) Joãozinho gritou do fundo da sala de aula. D) Joãozinho não soube responder à pergunta.
Leia o texto abaixo.
A professora pergunta aos alunos:– Se eu for à feira e comer 4 peras, 3 bananas, 10 laranjas e 1 melancia, qual será o resultado?Do fundo da sala, Joãozinho grita:– Uma dor de barriga!BRUNABIANCA. Piada da lógica do Joãozinho. In: Piadas. 2014. Disponível em: <https://www.piadas.com.br/piadas/piadas-para-
criancas/piada-da-logica-do-joaozinho>. Acesso em: 9 abr. 2018. (P050017I7_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
5º ano do ensino fundamental - Leitura
Avançado
NÍVEL 9 . DE 300 A 325 PONTOS
C Identificar assunto principal e opinião em contos, textos informativos e cartas do leitor.
C Identificar o trecho que apresenta uma opinião em reportagens.
C Reconhecer sentido de locução adverbial e conjunção aditiva em notícias e elementos da narrativa
em fábulas e contos.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-
bulas e reportagens.
C Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes.
C Inferir informações e o sentido de expressão em poemas narrativos e em fábulas.
C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas, piadas e tirinhas.
4 1
P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem uma
relação de causa e consequência estabelecida entre orações de
uma fábula. Os respondentes que marcaram a alternativa C, o ga-
barito, conseguiram desenvolver a habilidade avaliada. Esse item
avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem uma relação
de causa e consequência estabelecida entre orações de uma fá-
bula. Os respondentes que marcaram a alternativa C, o gabarito,
conseguiram desenvolver a habilidade avaliada.
(P050011I7) Em qual trecho desse texto há uma relação de causa e consequência?A) “De repente, viu ali perto um monte de bolas de gude.”.B) “Apanhou com o bico uma das bolas e jogou dentro do jarro.”.C) “Jogou tantas bolas dentro do jarro que a água subiu-lhe até o gargalo.”.D) “Onde a força falha, a inteligência vence.”.
Leia o texto abaixo.
O corvo e o jarro
Um corvo morria de sede e se aproximou de um jarro, que uma vez o vira cheio d’água. Mas, desapontado, verifi cou que a água estava tão baixa que ele não podia alcançá-la com o bico. Tentou derramar o jarro, mas era impossível: o jarro era pesado demais.
De repente, viu ali perto um monte de bolas de gude. Apanhou com o bico uma das bolas e jogou dentro do jarro. Depois outra. E outra mais. E outra. E a cada bola que jogava, a água subia. Jogou tantas bolas dentro do jarro que a água subiu-lhe até o gargalo. E o corvo pôde beber.
Onde a força falha, a inteligência vence.BAÚ DAS HISTÓRIAS E POEMAS. O corvo e o jarro. 2013.Disponível em: <https://goo.gl/VdjHpJ>. Acesso em: 18 abr. 2016.(P050680H6_SUP)
4 2
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
5º ano do ensino fundamental- Leitura
Avançado
NÍVEL 10 . ACIMA DE 325 PONTOS
C Identificar o trecho que apresenta uma opinião em fábulas, resenhas e notícias.
C Reconhecer sentido de advérbios em poemas, cartas do leitor e textos didáticos.
C Reconhecer a informação comum a duas reportagens.
C Inferir o efeito de espanto sugerido pelo uso de exclamação na fala de personagem em tirinhas.
C Inferir informação sobre a ação de um personagem em lenda.
C Identificar marcas da linguagem informal em trecho de reportagens e contos.
C Identificar o fato gerador do enredo em contos.
4 3
P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o
sentido de relações lógico-discursivas marcadas por advérbios em
um poema. Os estudantes que fizeram a opção pela alternativa C
demonstraram ter desenvolvido a habilidade em questão.
(P050269G5) O trecho desse texto que indica ideia de lugar é:A) “Brincando a gente aprende muitas coisas também.”. (ℓ. 2)B) “A gente pode brincar correndo, pulando e até sentado.”. (ℓ. 4)C) “... brincar com um anel ou com uma pedrinha no chão.”. (ℓ. 5)D) “... usando os pés – o que a gente pode fazer?”. (ℓ. 8)
Leia o texto abaixo.
5
10
Brincar
Brincar é gostoso.Brincando a gente aprende muitas coisas também. Por exemplo, brincando a gente
aprende a ... brincar!A gente pode brincar correndo, pulando e até sentado.A gente pode brincar com um anel ou com uma pedrinha no chão. E com muitas outras coisas.Usando a cabeça, a gente pode inventar uma brincadeira.Usando as mãos, a gente pode construir um brinquedo.E usando os pés – o que a gente pode fazer?E as palavras – será que a gente pode brincar com elas?Ou será que elas são tão envergonhadas que vão correndo se esconder no meio do
dicionário ... ou da gramática?Eu brinco, você brinca, os gatinhos brincam, as minhocas brin... bem, as minhocas eu
não sei se brincam, mas devem brincar, sim, do jeito delas...E você, como é que você brinca?
CAMARGO, Luiz. Disponível em: <http://migre.me/qqENp>. Acesso em: 6 abr. 2014. (P050269G5_SUP)
4 4
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
5º ano do ensino fundamental - Produção de texto
Abaixo do básico
O aluno cuja escrita encontra-se neste nível de desempenho revela já ter conseguido compreender
como funciona o sistema de escrita da Língua Portuguesa, percebendo que, para grafar uma sílaba, são
necessárias duas ou mais letras (ou apenas uma letra, desde que seja uma vogal, elemento básico para
a configuração de qualquer sílaba em uma palavra da nossa língua), compreendendo a escrita como
transcrição fonética da sua fala.
No entanto, ele ainda não possui domínio adequado da escrita, apresentando muitos desvios ortográfi-
cos e de segmentação de palavras, além da ausência ou escassez de sinais de pontuação.
Ao elaborar um texto, o aluno apresenta ideias desconexas acerca do tema (soltas, sem progressão) ou
o desenvolve de forma tangencial (superficial), porém com certa progressão. Contudo, essas ideias não
se articulam de forma coerente, uma vez que se observa escassez ou ausência de recursos coesivos ou
quase total inadequação quando os empregam, com predomínio de frases soltas, listas de palavras e/
ou de frases.
ABAIXO DO BÁSICO
0,1 a 2,0
4 5
P A E B E S - 2 0 1 8
4 6
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Nesse exemplo de escrita, observa-se a presença de palavras e si-
tuações que sugerem uma continuação da narrativa proposta, mas
com ausência de muitos elementos que compõem esse gênero,
como tempo e lugar, por exemplo.
A desorganização linguística do texto impede a demarcação das
etapas da narrativa (situação inicial, central e desfecho), sendo pos-
sível captar poucas informações, o que impede, inclusive, a classifi-
cação do texto como fuga ao tema ou à tipologia textual.
O aluno produziu um texto com o número mínimo de linhas espe-
rado, revelando desempenho linguístico abaixo do esperado para
o término do 5º ano do ensino fundamental. Além disso, cometeu
desvios de hipossegmentação por toda a extensão do texto, dificul-
tando sua compreensão.
Destacam-se seguintes desvios:
• utilização de sinal de pontuação (ponto final) de forma inadequa-
da no meio do texto (l. 04);
• omissão da letra “e” no verbo “pedi”, em “pdiajuda” (l. 02);
• “quidir” em vez de “pedi” (l. 02);
• supressão do “r” no verbo “gitando” (l. 03);
• hipossegmentação em “pdiajuda”, “foiquando”, “decapapreta”,
“pacaza”, “nuncama” (l. 02 à 06);
• supressão da preposição “com” e do artigo “o”, além da omissão
da maior parte da palavra “homem” (“cuome” onde deveria ser
“com o homem” – l. 03);
• acréscimo de uma letra “N” em “pulanmus”, assim como a troca
do “O” por “U” na sílaba final do mesmo vocábulo (l. 05);
• troca do “o” por “u” na sílaba final em “fugimus” (l. 05);
• omissão da última sílaba de “para” em “pacaza” (l. 05);
• troca da letra “s” por “z” em “pacaza” (l. 05);
• omissão da sílaba final “is”, no termo “mais”, fundido ao advérbio
“nunca”, em “nuncama” (l. 06).
4 7
P A E B E S - 2 0 1 8
5º ano do ensino fundamental - Produção de texto
Básico
O aluno cuja escrita encontra-se neste nível elabora textos com graves e frequentes desvios na escolha
de registro (marcas de oralidade e emprego de coloquialismos, principalmente) e/ou de convenções da
escrita, os quais prejudicam a inteligibilidade de seu texto por ocorrerem de forma sistemática, acompa-
nhado de muitas inadequações na utilização dos recursos coesivos, geralmente.
Do ponto de vista do desenvolvimento temático dentro da estrutura narrativa, o texto limita-se a meras
apresentações de acontecimentos, eventos e/ou cenas, omitindo fatos importantes de sua narrativa.
Contudo, sua escrita é mais compreensível do que a apresentada por alunos no nível ABAIXO DO BÁ-
SICO.
BÁSICO
2,1 a 4,0
4 8
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
4 9
P A E B E S - 2 0 1 8
Ao analisar esse texto, percebe-se que, embora a escrita do alu-
no apresente-se em nível alfabético em algumas palavras do texto,
também ocorrem desvios que dificultam a compreensão do texto
por parte do leitor. Percebe-se, por exemplo, o uso excessivo do
pronome pessoal “ele” e de outras palavras e expressões, como
“casa abandonada” e “cachorro”. Essas repetições se dão ao longo
de todo o texto e demonstram a dificuldade do aluno em utilizar
estratégias de coesão referencial.
Quanto à coesão, nota-se também a não utilização de conectivos
que auxiliariam no encadeamento dos fatos do enredo, tornando
os elementos da narrativa perceptíveis. Percebe-se que há perso-
nagens em ação, o lugar definido (“casa abandonada” em várias
linhas do texto), o tempo marcado (“noto dia” - l. 12), mas a sequên-
cia da narrativa fica perdida em meio a tantos desvios ortográficos,
provocando a ininteligibilidade do texto.
Além dessas ocorrências, destacam-se:
− “fico” (“ficou” – l. 02, 03 e 07);
− “peconro” (“procurou” -– l. 13);
− “mato” (“matou” -– l. 19);
− “xora” (“chorar” – l. 15);
− “tepreza” (“depressa” – l. 15);
− “mibora” (“embora” – l. 28);
− “sozi” (“sozinho” – l. 07);
Observam-se, ainda, desvios de hipersegmentação (“i não a che
o cachorro” - l. 10) e hipossegmentação (“ifoi mibora” - l. 28), além
da ausência de pontuação em todo o texto. Entretanto, o aluno de-
monstra conhecimento acerca do emprego de letras maiúsculas e
minúsculas.
50
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
5º ano do ensino fundamental - Produção de texto
Intermediário
O aluno com escrita alocada neste nível ainda mistura as hipóteses alfabética e ortográfica, mesmo com
predomínio dessa, apresentando eventuais desvios de registro, ou seja, aspectos gramaticais e de con-
venções da escrita que ainda influenciam na inteligibilidade de partes de seu texto.
Sua narrativa é desenvolvida de forma contínua, mas com fatos pouco organizados e relacionados de
forma pouco consistente em relação ao tema, com algumas inadequações na utilização dos recursos
coesivos, que ainda afetam a continuidade do texto.
INTERMEDIÁRIO
4,1 a 6,0
5 1
P A E B E S - 2 0 1 8
5 2
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Ao se examinar esse texto, percebe-se que, apesar
do título concordar com a proposta de narrativa da
avaliação, o aluno inicia outra situação e, somente
nas linhas 11 e 12, ele se refere a um “lugar secreto”,
destacando ao final do texto que se trata de uma
casa (“naquela casa” – l. 29-30). Mesmo assim,
pode-se afirmar que o lugar onde a narrativa des-
crita acontece está definido, da mesma forma que
o tempo no qual os fatos se desenrolam (“Numa
noite” – l. 02). Além desses dois elementos da nar-
rativa, nota-se, também, que há personagens pra-
ticando ações e o enredo foi respeitado, apresen-
tando situação inicial, central e desfecho.
No entanto, ao se considerar as competências lin-
guísticas, a escrita do aluno apresenta desvios de
caráter morfossintático, grafia, acentuação de pa-
lavras, concordância nominal/verbal, vocabulário,
com encadeamento do texto comprometido pela
falta de conectivos, pontuação e paragrafação.
Dentre esses tipos de desvios, destacam-se:
− troca de “L” por “U” em “mau”, ao invés de “mal”
que, nesse caso, deveria ser empregado consi-
derando que se trata do antônimo de “bem” (l.
01);
− troca de “R” por “L” em “abliu” (“abriu” – l. 03);
− não reconhecimento do dígrafo “SS” em “ason-
brada” (“assombrada” – l. 01) e do “RR” em “SO-
CORO” (“socorro” – l. 08);
− troca de “M” por “N” antes de “B”, na segunda
sílaba da palavra “asonbrada” (“assombrada” –
l. 01), assim como em “COMSEGUIRAN” (“conse-
guiram” – l. 06), em que as consoantes nasais
encontram-se em posições trocadas, e, também,
na palavra “OU VIRAN” (l. 04), no qual o “M” final
foi substituído pelo “N”;
− incorreção de acento na palavra “TRÉS” em
toda a extensão do texto (l. 02, 03, 15, 22, 24) e
ausência de acentuação em “ATRAS” (l. 21).
− na expressão “MAS VOUTARAM” (l. 29), ocorreu
a troca do advérbio “MAIS” pela conjunção ad-
versativa “MAS”, além da troca da letra “L” por
“U”, no verbo “VOUTARAM”;
− emprego da forma contraída da preposição
“PARA” (“PRA” - l. 19), utilizada apenas na lingua-
gem falada ou em textos informais;
− segmentação inadequada em “OU VIRAN” (l.
04), “FANTA-SMA” ao mudar de linha (l. 14-15) e
em “DEREPENTE” (l. 05), quando ocorreu hipos-
segmentação na expressão “DE REPENTE”.
− conjugação verbal inadequada em “TRÉS MENI-
NOS ESTAVA” (“OS TRÊS MENINOS ESTAVAM”
- l. 02), “E OS TRÉS QUERIA PULA” (“E OS TRÊS
MENINOS QUERIAM PULAR” - l. 23), “OS TRÉS
ABLIU A PORTA” (“OS TRÊS ABRIRAM A PORTA”
- l. 03) e “OS TRÉS TINHA” (“E OS TRÊS TINHAM”
- l. 25);
− supressão do “R” final em “PULA” (“PULAR” - l.
25), “ABRI” (“ABRIR” - l. 06) e em “MENO” (“ME-
NOR” - l. 17), como usualmente ocorre na orali-
dade ao se pronunciar essas palavras;
− ausência de pontuação em toda a extensão do
texto, observando-se apenas um ponto final em
sua conclusão (l. 05).
5 3
P A E B E S - 2 0 1 8
5º ano do ensino fundamental - Produção de texto
Adequado
Após cinco anos de escolarização no Ensino Fundamental, espera-se que o aluno já tenha domínio so-
bre o código alfabético da escrita, identificando as relações entre grafemas e fonemas, pois os desvios
eventuais de registro que ele apresenta referem-se, em sua maioria, a questões relacionadas à ortogra-
fia oficial da Língua Portuguesa e a interferências da oralidade, assim como ocorrem poucas inadequa-
ções na utilização dos recursos coesivos, que ainda afetam a continuidade do texto.
Na produção de textos narrativos, esse aluno já é capaz de compreender o tema delimitado pelas tare-
fas de produção textual, elaborando narrativas coerentes, apresentando os fatos de forma contínua, com
eventuais supressões de elementos da tipologia textual avaliada.
ADEQUADO
6,1 a 8,0
5 4
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
5 5
P A E B E S - 2 0 1 8
Nesse exemplo, observa-se que o aluno obteve uma compreensão
adequada da proposta e criou uma narrativa na qual a situação
inicial, a central e o desfecho apresentam-se de forma coerente em
relação à situação motivadora.
Além de apresentar um enredo plausível com o tema e persona-
gens em ação durante todo o desenrolar do texto, outros elemen-
tos da narrativa também se revelam, como o lugar onde os fatos
ocorreram e o tempo dos acontecimentos. Esse último, mesmo que
de forma indefinida, é representado por meio de palavras ou ex-
pressões que determinam a cronologia da narrativa, como “Uma vez” (l. 03) e “nunca mas” (l. 15).
Observa-se, também, que embora o aluno não tenha prolongado
seu texto com detalhes, valeu-se de recursos coesivos que evita-
ram a repetição de termos e deram continuidade às suas ideias, tais
como: “e”, “porque”, “mas”, “que”, “daquela” e “ele”.
Ao se considerar o ponto de vista linguístico normativo, observa-se,
na escrita do aluno, desvios relacionados à ortografia, como:
− “açombrada” para “assombrada” (l. 01);
− “por que” para “porque” (l. 05 e 09);
− “vei me tirar” para “veio me tirar” (l. 11 e 12), escrita por influência
da linguagem falada;
− “nunca mas enventei” para “nunca mais inventei” (l. 15), quando
ocorreu a troca do advérbio “mais” pela conjunção “mas” e a
troca da letra “i” pelo “e” em “enventei”, muito provavelmente por
hipercorreção.
− incorreção na concordância de plural em “dos outro” (l. 16).
− troca da letra “s” por “c” em “aconcelho” (l. 17);
− Ausência de pontuação em praticamente todo o texto, sendo que
ocorreu uma vírgula imprópria na linha 4 e dois pontos finais uti-
lizados corretamente nas linhas 17 e 19.
5 6
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
5º ano do ensino fundamental - Produção de texto
Avançado
Ao elaborar textos, o aluno que apresenta uma escrita em nível AVANÇADO não apresenta desvios de
registro e coesão ou apresenta ocorrências que não afetam a inteligibilidade do texto, por não serem
reincidentes e/ou revelarem desconhecimento. Além disso, sua produção apresenta todos os elementos
da estrutura prototípica da tipologia textual e a unidade temática mantém-se coerente ao longo de todo
o texto, revelando domínio da habilidade de produzir texto dentro do que se espera para um aluno do
5º ano do ensino fundamental, mostrando que ele transporta para a escrita suas práticas de leitura e
conhecimentos linguísticos adquiridos ao longo dessas etapas da educação básica.
AVANÇADO
8,1 a 10,0
5 7
P A E B E S - 2 0 1 8
5 8
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Nesse texto, nota-se que o aluno formulou um relato coerente com o tema,
dando continuidade aos fatos da situação proposta, relatando-os de for-
ma bem estruturada. Observa-se que, embora o aluno passe a narrar na
3ª pessoa e não na primeira, como no texto motivador, o aluno considerou
a situação proposta como sendo a inicial e partiu para o clímax, mantendo
a sequência lógica dos fatos, dando corpo ao texto.
Ao elaborar o texto em continuidade ao fragmento motivador, o tempo da
narrativa ficou subentendido, mas sem impedir a compreensão dos fatos.
Além disso, nota-se um desfecho abrupto (o menino e o cachorro encon-
tram a mãe ao saírem da casa), provavelmente pela ausência de espaço
para a inserção de novos fatos, porém isso não prejudicou a narrativa.
Muito embora tenham ocorrido alguns desvios de registro, tais como o
emprego de vírgulas em lugares impróprios, como em “a tal janela mas,
estava fechada” (l. 13), ou mesmo a ausência de uma crase em “a procura”
(l. 13), o aluno utilizou uma linguagem adequada em seu texto (até mesmo
rebuscada para essa etapa de escolaridade), paragrafando e empregan-
do pontuação em toda a extensão da história, fazendo uso de diálogos
de forma correta, e empregando recursos coesivos de modo apropriado,
cabendo destaque aqui para:
− “E lá foram eles, a procura de uma janela para sair. Eles até encontra-
ram a tal janela mas, estava muito alto para pular.” (l. 11-14);
− “Lá encontraram uma mesa, onde tinha” (l. 17 e 18);
− “Olharam bem e viram a porta dos fundos, seguiram o mapa e saíram
por ela” (l. 21, 22 e 23).
Consequentemente, a escrita desse aluno denota que ele está em estágio
avançado na produção escrita para essa etapa e, portanto, seu desempe-
nho tem desenvolvimento acima do esperado para um aluno concluinte
do 5º ano do Ensino Fundamental.
5 9
P A E B E S - 2 0 1 8
Abaixo do básico
9º ano do ensino fundamental - Leitura
ATÉ 200 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 1 . ATÉ 175 PONTOS
C Localizar informação explícita em contos, fábulas, reportagens e mitos.
C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários e em cartuns e rea-
lizar inferência em textos não verbais.
C Reconhecer a finalidade de receitas.
Esse item avalia a habilidade de os estudantes realizarem uma inferên-
cia em texto não verbal. Os estudantes que selecionaram a alternativa D,
o gabarito, demonstraram que já desenvolveram a habilidade avaliada.
(P060066B1) A personagem agarrada ao galho esperava que a amigaA) buscasse uma corda.B) chamasse alguém.C) segurasse sua mão.D) trouxesse comida.
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <http://www.turmadamonica.com.br/tirinha247>. Acesso em: 9 abr. 2010. (P060066B1_SUP)
60
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
NÍVEL 2 . DE 175 A 200 PONTOS
C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em instru-
ções de jogo.
C Identificar o assunto principal em reportagens, cartas, contos, tirinhas e histórias em quadrinhos.
C Inferir informações e características de personagem e do narrador e a personagem principal em
fábulas e piadas; elementos do cenário em fragmentos de romances; o desfecho em lendas.
C Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tirinhas e charges.
C Reconhecer a finalidade de manuais, regulamentos e textos de orientação.
C Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música, cartas, contos, tirinhas e
histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.
C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários.
C Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas.
C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos e textos de orientação.
9º ano do ensino fundamental - Leitura
Abaixo do básico
6 1
P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferirem o senti-
do de uma expressão em uma carta. Os estudantes que marcaram
a alternativa D, o gabarito, conseguiram desenvolver a habilidade
avaliada.
(P050085H6) No trecho “... que nem barata tonta,...” (ℓ. 2), a expressão destacada tem o sentido deA) estar doente.B) estar preocupado.C) ficar cansado de rodar.D) ficar sem saber o que fazer.
Leia o texto abaixo.
5
10
15
20
Querida Ângela,
Depois que você foi embora para Ribeirão Preto, eu fiquei um tempão andando pela casa que nem barata tonta, achando tudo muito sem graça. Cada vez que eu pensava que ia ter que esperar as outras férias para brincar outra vez com você, me dava vontade de sair gritando de raiva. Mamãe me deu um picolé para eu ficar contente, mas a raiva era tanta que eu mastiguei toda a ponta do pauzinho, até ficar franjinha. Mais tarde a Maria e a Cláudia vieram me chamar para brincar. Nós ficamos pulando corda na calçada, e depois sentamos no muro e ficamos brincando de botar apelidos nos meninos. O Carlinhos ficou sendo o Carlão-sem-sabão. Toda vez que a mãe dele chamava para tomar banho, ele volta depois com outra roupa, mas com a mesma cara. A Cláudia disse que o Carlinhos abre o chuveiro só pra mãe dele ouvir o barulho, mas vai ver ele fica sentado na privada vendo a água correr. Aí troca de roupa, e pronto.
A mania do Chico é dizer que um jogo não valeu sempre que ele está perdendo. Então, o apelido dele ficou sendo mesmo “Chico-não-valeu”. Não deu para inventar mais apelido porque os meninos ficaram loucos da vida, quiseram tomar a corda da gente e começaram a puxar nosso cabelo. No fim cansou, a gente acabou indo todo mundo jogar queimada na casa do Fernando.
Eu voltei para casa contente da vida, mas quando o Fábio me viu foi dizendo: “Tá tristinha porque a priminha foi embora? Vai ser ruim mexericar sozinha por aí, né?” Ah, Ângela, que raiva! Às vezes dá vontade de trocar esse irmão marmanjo por uma irmã do meu tamanho como você!
Um beijo,Marisa
Disponível em: <http://migre.me/n6vSo>. Acesso em: 25 nov. 2014. (P050084H6_SUP)
6 2
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Básico
9º ano do ensino fundamental - Leitura
DE 200 A 275 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 3 . DE 200 A 225 PONTOS
C Localizar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.
C Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas, contos e letras
de música.
C Inferir ação de personagem em crônicas e em sinopses.
C Inferir informação a respeito do eu lírico em letras de música e de personagem em tirinhas.
C Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos, fábu-
las e poemas.
C Inferir efeito de humor em piadas, tirinhas e histórias em quadrinhos.
C Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas,
fábulas e contos.
C Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens.
C Identificar o assunto comum a duas reportagens, o assunto comum a duas notícias, o assunto co-
mum a poemas e crônicas e a semelhança entre cartas do leitor e cartuns.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-
las, poemas, contos, tirinhas e reportagens.
6 3
P A E B E S - 2 0 1 8
C Reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.), termos caracterís-
ticos de contextos informais e a relação entre expressão e seu referente em reportagens, artigos de
opinião e crônicas.
C Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens.
C Inferir o efeito de sugestão pelo uso da forma verbal imperativa em cartas do leitor e de orientação
em manuais de instruções e o efeito do uso de diminutivo em contos.
Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferirem efeito de
humor em tirinhas. Os estudantes que escolheram a alternativa C
como gabarito demonstraram que já consolidaram essa habilidade.
(P091651H6) Esse texto é engraçado porqueA) a menina está cansada de limpar os pelos que Samuel solta.B) a menina pede licença ao menino para aspirar os pelos que Samuel solta.C) o menino pensa que o amontoado de pelos de Samuel é o sofá. D) o menino se recusa a sair para que a menina aspire os pelos de Samuel.
Leia o texto abaixo.
JEAN BLOG. 2011. Disponível em: <http://jeangalvao.blogspot.com.br/2011/05/tirinhas-recreio.html>. Acesso em: 12 abr. 2018. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca. (P091651H6_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
9º ano do ensino fundamental - Leitura
Básico
NÍVEL 4 . DE 225 A 250 PONTOS
C Identificar assunto e opinião em reportagens e contos.
C Identificar tema e assunto em poemas, tirinhas e charges, relacionando elementos verbais e não
verbais, e textos informativos.
C Identificar assunto comum a cartas e poemas.
C Identificar informação explícita em letras de música, contos, fragmentos de romances, crônicas e em
textos didáticos.
C Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos.
C Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, pontuação e conjunções em poemas,
charges e fragmentos de romances.
C Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.
C Reconhecer o gênero biografia, mesmo quando apresentado em uma comparação de dois textos.
C Reconhecer o gênero artigo.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas,
contos e reportagens.
C Reconhecer relações de causa e consequência e características de personagens em lendas e fábulas.
C Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.
C Inferir finalidade e efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas.
C Inferir informação em poemas, reportagens e cartas.
C Diferenciar fato de opinião em reportagens.
C Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião.
C Interpretar efeito de humor e sentido de palavra em piadas e tirinhas.
C Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas.
C Inferir o efeito de sentido provocado pela escolha de expressão em guias de viagem e romances e
o efeito de sentido provocado pelo uso de recursos ortográficos em fábulas.
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem a
relação entre um pronome e seu referente em um conto. Aqueles
que selecionaram o gabarito, alternativa C, demonstraram que já
desenvolveram a habilidade avaliada.
(P090520H6) No trecho “Este contou por que comprou o CD importado para o Luís.” (ℓ. 6), a palavra destacada refere-se aA) Antônio.B) Bruno.C) Felipe.D) Luís.
Leia o texto abaixo.
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O amigo-secreto
A turma reuniu-se na sala enfeitada.Martinha carregava um pacote enorme, cheio de laços, Suzana e Antônio conversavam
animados. Mariana pediu para Juju começar a brincadeira. Cada um devia explicar antes por que escolhera o presente para seu amigo-secreto.
Quando Juju terminou de falar, um tênis, que mais parecia uma nave especial, foi parar nas mãos de Felipe. Este contou por que comprou o CD importado para o Luís. Que explicou por que escolheu a bermuda de surfi sta para o Bruno.
– Bruno, a turma gritou. – agora é você!Bruno pôs-se a falar:Bom, pessoal, é o seguinte: na primeira semana de dezembro, já tarde da noite, lá em
casa, ouvimos um grito de fi lme de terror.Todo mundo saltou da cama: “O que foi?”Minha mãe apontou, soluçando: “A Ge-la-dei-ra! Ela que-brou!” [...] “Precisamos comprar
uma nova imediatamente”.“E o presente do amigo-secreto”, minha irmã lembrou mais que depressa.“Bolem um presente criativo e que não custe nada”, falou meu pai.– Foi aí que eu tive a ideia – continuou Bruno, abrindo a mochila e tirando de lá um
pequeno pacote.– Espero que meu amigo-secreto goste. Ele é o Rafa.– Aí, Rafa! Vai lá! – gritou a turma.Rafa começou a abrir o pacote. O silêncio era total.– Não acredito que você guardou essa foto, cara! Que idade a gente tinha?– Mostra! Mostra!E a foto embrulhada de Bruno e de Rafa, quando tinham seis anos, foi passando de mão
em mão. O maior sucesso. – Puxa, Bruno. Só faltou uma coisa – disse Rafa.– O quê?– Um abraço, cara. Gosto de você! Bom fi m de ano!
CHAMLIAN, Regina. O amigo-secreto. In: Nova escola. Era uma vez. 23 poema, canções, contos... abril, 2007. p. 36. (P070108B1_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
9º ano do ensino fundamental - Leitura
Básico
NÍVEL 5 . DE 250 A 275 PONTOS
C Localizar informações explícitas em crônicas e fábulas.
C Identificar opinião e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e reportagens.
C Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos.
C Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges, reportagens e abaixo-assinados e o gênero
sinopse.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em poe-
mas, fábulas e contos.
C Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em
fragmentos de romances, diários, crônicas, reportagens e máximas (provérbios).
C Interpretar sentido de conjunções e advérbios e relações entre elementos verbais e não verbais em
tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas.
C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens
e tirinhas.
C Inferir informação em contos e reportagens.
C Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas.
C Inferir o sentido de palavra ou expressão em histórias em quadrinhos, poemas e fragmentos de
romances.
C Inferir efeito de humor em piadas e a moral em fábulas.
C Inferir o efeito de sentido do uso de expressão popular em artigos de opinião.
C Identificar os elementos da narrativa em letras de música e fábulas.
C Comparar textos de gêneros diferentes que abordem o mesmo tema.
C Reconhecer o assunto comum entre textos informativos.
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem uma
informação explícita em uma reportagem. Os estudantes que mar-
caram a alternativa A, o gabarito, demonstraram que já desenvol-
veram a habilidade avaliada.
(P090325G5) De acordo com esse texto, na pintura de Jean-Léon Gérome, Napoleão Bonaparte montavaA) um cavalo marrom.B) um corcel branco.C) uma mula branca.D) uma mula castanha.
Leia o texto abaixo.
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Qual é a cor do cavalo?
A piada é sem graça de tão velha: qual é a cor do cavalo branco de Napoleão? Pois a resposta é: depende de quem o retratou. Usar um cavalo branco ajuda a distinguir o protagonista de outros elementos presentes em uma pintura, por isso o uso frequente. Mas os artistas registraram o general francês em cavalos de várias cores.
Jacques-Louis David representou Napoleão Bonaparte sobre um grande corcel branco – a imagem mais famosa do general em ação – em “Napoleão Cruzando os Alpes”. Pois há um quadro, de 1848, que é uma versão mais realista da mesma cena. Depois de ver a pintura de David no Museu do Louvre, que julgou implausível (um cavalo empinando no alto de uma montanha?), o pintor de Paul Delaroche decidiu colocar Napoleão montado numa mula castanha. Outro pintor, Jean-Léon Gérome, que registrou a invasão francesa ao Egito, mostra o general contemplando as pirâmides sobre um cavalo marrom. Na campanha da Rússia, Napoleão usou uma mula – branca.
“Ele deve, sim ter usado muitos cavalos brancos, mas trocava de montaria durante as batalhas, que eram muito longas”, diz a professora da UNESP Beatriz Westin, autora de “A Arte como Expressão da Glória – Napoleão Bonaparte”.
Disponível em: <http://www.nucleodebroglie.com/2013/03/qual-e-cor-do-cavalo.html>. Acesso em: 23 fev. 2014. (P090324G5_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Proficiente
9º ano do ensino fundamental - Leitura
DE 275 A 325 PONTOS
NÍVEL 6 . DE 275 A 300 PONTOS
C Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música.
C Localizar informações explícitas em artigos de opinião e crônicas.
C Identificar opinião em poemas e crônicas e o trecho que apresenta uma opinião em sinopses e re-
portagens.
C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e assunto comum a duas repor-
tagens.
C Reconhecer elementos da narrativa em fábulas e contos.
C Identificar a finalidade em fábulas e contos.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-
las, contos, crônicas, fragmentos de romances, artigos de opinião e reportagens.
C Inferir informação e efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em reportagens e letras
de música.
C Inferir informações em fragmentos de romances.
C Interpretar efeito de humor em piadas, contos e crônicas.
C Inferir o efeito de sentido da pontuação, da polissemia como recurso para estabelecer humor e da
ironia em tirinhas, anedotas e contos.
C Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.
C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e histórias em quadrinhos.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferirem o assun-
to/tema abordado em um artigo. Os estudantes que marcaram a
alternativa D, o gabarito, conseguiram desenvolver a habilidade
avaliada.
(P090033I7) Qual é o assunto desse texto?A) A evolução tecnológica.B) A poluição luminosa.C) As lendas sobre as estrelas.D) As particularidades das estrelas.
Leia o texto abaixo.
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Olhares para o infi nito
Observar estrelas no céu noturno, em lugar distante da poluição luminosa, é uma oportunidade única. Esses pontos brilhantes, com diferentes cores e tamanhos, há muito tempo despertam nossa curiosidade, fazendo com que levemos para o fi rmamento nossos mitos e lendas. A aparente eternidade das estrelas nos passa a sensação de que o divino e o mágico estão no céu.
Além de admirá-las, passamos a compreendê-las. Em particular, nos últimos 100 anos, graças aos avanços tecnológicos, podemos observar as estrelas além da luz visível, descobrindo os detalhes que envolvem seu nascimento, sua evolução e sua morte.
As estrelas são muito mais do que pontos brilhantes no céu. São objetos com grande massa em alta temperatura, e a matéria que as constitui está no estado de plasma, no qual se encontra altamente ionizada (eletricamente carregada). Devido ao balanço entre a força gravitacional, que tende a fazer a estrela contrair, e à pressão gerada pela alta temperatura, que tende a fazê-la expandir, a estrela permanece em equilíbrio na maior parte da sua existência. [...]
OLIVEIRA, Adilson de. Olhares para o infi nito. In: Ciência Hoje. 2018. Disponível em: <http://cienciahoje.org.br/artigo/olhares-para-o-infi nito/>. Acesso em: 24 jul. 2018. Fragmento. (P090033I7_SUP)
C Inferir o sentido de expressão em letras de música, tirinhas, poemas, fragmentos de romances e o
sentido de palavra em cartas do leitor.
C Inferir o sentido de expressão característica da área da informática em textos jornalísticos.
C Reconhecer o uso de variantes linguísticas em letras de música, tirinhas, poemas e fragmentos de
romances.
C Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas e artigos.
C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes.
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9º ano do ensino fundamental - Leitura
Proficiente
NÍVEL 7 . DE 300 A 325 PONTOS
C Localizar a informação principal em reportagens.
C Identificar ideia principal e finalidade em notícias, reportagens e resenhas.
C Identificar assunto principal em notícias e opinião em contos e cartas do leitor.
C Reconhecer sentido de locução adverbial e elementos da narrativa em fábulas e contos.
C Reconhecer relação de causa e consequência, entre pronomes e seus referentes e entre advérbio
de lugar e o seu referente em fábulas e reportagens e o sentido de conjunção proporcional em
textos expositivos.
C Reconhecer características da linguagem (científica, jornalística, padrão) em reportagens e crônicas.
C Reconhecer elementos da narrativa em crônicas.
C Reconhecer argumentos e opiniões em notícias, artigos de opinião e fragmentos de romances.
C Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes.
C Inferir aspecto comum na comparação de cartas do leitor.
C Diferenciar abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos.
C Inferir informação em contos, crônicas, notícias e charges.
C Inferir sentido de palavras, repetição de palavras, expressões, linguagem verbal e não verbal e pon-
tuação em charges, tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de romances e reportagens.
C Inferir informações e efeito de sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas e piadas.
C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de diminutivo em crônicas.
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a fina-
lidade de textos do gênero reportagem. Os estudantes que marca-
ram a alternativa C, o gabarito, demonstraram que já consolidaram
essa habilidade.
(P090324G5) A finalidade deste texto éA) convencer.B) divertir.C) informar.D) narrar.
Leia o texto abaixo.
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Qual é a cor do cavalo?
A piada é sem graça de tão velha: qual é a cor do cavalo branco de Napoleão? Pois a resposta é: depende de quem o retratou. Usar um cavalo branco ajuda a distinguir o protagonista de outros elementos presentes em uma pintura, por isso o uso frequente. Mas os artistas registraram o general francês em cavalos de várias cores.
Jacques-Louis David representou Napoleão Bonaparte sobre um grande corcel branco – a imagem mais famosa do general em ação – em “Napoleão Cruzando os Alpes”. Pois há um quadro, de 1848, que é uma versão mais realista da mesma cena. Depois de ver a pintura de David no Museu do Louvre, que julgou implausível (um cavalo empinando no alto de uma montanha?), o pintor de Paul Delaroche decidiu colocar Napoleão montado numa mula castanha. Outro pintor, Jean-Léon Gérome, que registrou a invasão francesa ao Egito, mostra o general contemplando as pirâmides sobre um cavalo marrom. Na campanha da Rússia, Napoleão usou uma mula – branca.
“Ele deve, sim ter usado muitos cavalos brancos, mas trocava de montaria durante as batalhas, que eram muito longas”, diz a professora da UNESP Beatriz Westin, autora de “A Arte como Expressão da Glória – Napoleão Bonaparte”.
Disponível em: <http://www.nucleodebroglie.com/2013/03/qual-e-cor-do-cavalo.html>. Acesso em: 23 fev. 2014. (P090324G5_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Avançado
9º ano do ensino fundamental - Leitura
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
ACIMA DE 325 PONTOS
NÍVEL 8 . DE 325 A 350 PONTOS
C Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crônicas.
C Identificar argumento em reportagens e crônicas.
C Reconhecer o efeito de sentido da repetição de expressões e palavras, do uso de pontuação, de
variantes linguísticas e de figuras de linguagem em poemas, contos e fragmentos de romances.
C Reconhecer a relação de causa e consequência em contos.
C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas do leitor que abordam o mesmo tema e entre artigos
de opinião.
C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunções em crônicas, contos, cordéis e reportagens.
C Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos.
C Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de figuras de linguagem e recursos gráficos em
poemas e fragmentos de romances.
C Diferenciar fato de opinião em artigos, reportagens e crônicas.
C Identificar opinião em fábulas e reconhecer sentido de advérbios em cartas do leitor.
C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em tirinhas.
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P A E B E S - 2 0 1 8
C Reconhecer a finalidade de textos informativos com linguagem científica.
C Reconhecer a ideia defendida em artigos de opinião.
C Reconhecer o trecho retomado por pronome demonstrativo em textos de orientação e o termo reto-
mado por pronome relativo em reportagens.
C Inferir informação em crônicas.
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a ideia
defendida pelo autor em um artigo de opinião. Aqueles que assina-
laram a alternativa B – o gabarito – demonstraram ter desenvolvido
a habilidade proposta nesse item.
(P090113C2) Nesse texto, o autor defende a ideia de queA) a criação da comissão para estudar o efeito estufa ajudará a amenizar a situação.B) a mudança climática acarretará enormes prejuízos para a humanidade.C) é importante serem realizadas convenções sobre o clima.D) é preciso evitar desastres como as enchentes.
Leia o texto abaixo.
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Meio ambiente e a Convenção do Clima
Toda vez que se fala da Convenção do Clima na imprensa, fala-se também em desastres do meio ambiente. Efeito estufa, gás carbônico em excesso na atmosfera, são sinônimos de desastre. Desastres naturais climáticos, principalmente enchentes, que causam enorme destruição são o transtorno visível mais direto que se usa como ameaça para tentar convencer aqueles que não querem passar a adotar processos energéticos mais limpos (e mais caros). O que há de verdade nisto tudo? Afi nal, aquecimentos e resfriamentos do planeta não são novidades. Quem não ouviu falar das eras glaciais, por exemplo? Por que agora deveria ser diferente?
A resposta é que as mudanças passadas foram naturais, e agora, o efeito é artifi cial, causado pelo homem, e o resultado de modifi car o efeito estufa, de contribuir artifi cialmente para um aquecimento do planeta, pode trazer resultados que são uma grande incógnita. Não se sabe ao certo o que pode acontecer. Os estudos ainda não são totalmente unânimes em prever os resultados. Mas uma coisa é certa. Vai ser um processo destrutivo que pode trazer enormes prejuízos para todos.
Reduzir o efeito estufa é possível, mas passa a ser um problema econômico. Adotar processos de geração de energia mais limpos, e sem emissão de gás carbônico, custa caro, e poderá afetar a economia dos países, principalmente aqueles que precisam investir mais porque poluem mais. O Congresso Americano nomeou uma comissão para estudar o assunto. [...]
Disponível em: http://www.dge.inpe.br/ozonio/kirchhoff /html/artigo11.html>. Acesso em: 7 jun. 2011. Fragmento. (P090111C2_SUP)
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9º ano do ensino fundamental - Leitura
Avançado
NÍVEL 9 . DE 350 A 375 PONTOS
C Localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa humor em contos, crônicas
e artigos de opinião.
C Distinguir o trecho que apresenta a informação principal em reportagens.
C Identificar variantes linguísticas em letras de música e marcas da linguagem informal em trecho de
reportagens, contos e crônicas.
C Reconhecer a finalidade, o gênero e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas,
crônicas, poemas e reportagens.
C Inferir o sentido de palavra em reportagens e inferir informação em poemas.
C Reconhecer a ideia defendida pelo autor em artigos de opinião.
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem a
relação de sentido estabelecida por conjunções em reportagens.
Os estudantes que marcaram a alternativa B, o gabarito, demons-
traram que já desenvolveram a habilidade em questão.
(P090991H6) Nesse texto, o trecho que traz uma ideia de condição é:A) “Mas, o que muitos deles não sabem...”. (ℓ. 2)B) “Se a distância vai para 60 cm ou mais,...”. (ℓ. 9)C) “Primeiro, os cientistas fizeram testes com adultos,...”. (ℓ. 11)D) “Depois, os mesmos vídeos foram mostrados...”. (ℓ. 13)
Leia o texto abaixo.
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Cientistas revelam como os recém-nascidos veem seus pais – e isso é fascinante
É muito comum ver pais conversando com seus recém-nascidos, fazendo gracinhas e caras e bocas. Mas, o que muitos deles não sabem é que seus pequenos não conseguem entender suas emoções na maioria das vezes.
Um estudo feito no Instituto de Psicologia na Universidade de Oslo e na Universidade de Uppsala, envolvendo crianças de dois a três dias de vida, mostrou que a capacidade dos bebês de distinguir emoções varia de acordo com a distância a que eles estão do rosto da outra pessoa.
Esse estudo mostra que a distância máxima para um bebê distinguir se a pessoa está feliz ou triste é de 30 cm. Se a distância vai para 60 cm ou mais, a imagem se torna extremamente turva e ele não consegue distinguir as emoções do rosto.
Primeiro, os cientistas fizeram testes com adultos, usando vídeos de faces que mudavam de expressão constantemente, para mostrar a facilidade que temos de distinguir umas das outras. Depois, os mesmos vídeos foram mostrados para recém-nascidos: suas reações para as expressões mostradas no vídeo indicaram se eles podiam ver as imagens ou não. No geral, os bebês respondiam aos estímulos recebidos a uma distância de 30 cm ou menos.
De acordo com o professor Svein Magnussen, recém-nascidos são capazes de imitar as expressões faciais dos adultos desde os primeiros dias de vida. Mas, isso não significa que eles são capazes de entender o que cada expressão em particular significa.
RAGAZZI, Jéssica. Disponível em: <http://migre.me/sXaKu>. Acesso em: 11 fev. 2016. (P090777H6_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
9º ano do ensino fundamental - Leitura
Avançado
NÍVEL 10 . ACIMA DE 375 PONTOS
C Reconhecer a ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses.
C Identificar os elementos da narrativa em contos e crônicas.
C Diferenciar fato de opinião e opiniões diferentes em artigos e notícias.
C Inferir o sentido de palavras em poemas e contos.
C Inferir o efeito de sentido provocado pela repetição de formas verbais em fábulas.
C Reconhecer o tema comum entre textos do gênero poema.
C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunção adversativa em sinopses e o gênero
artigo de opinião.
C Inferir o efeito de sentido causado pelo uso do recurso estilístico da rima e por escolha de expressão
em poemas e crônicas.
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem o gê-
nero artigo de opinião. Os estudantes que escolheram a alternativa
A demonstraram o desenvolvimento da habilidade avaliada.
(P090112C2) Esse texto é um exemplo deA) artigo de opinião.B) carta de leitor.C) notícia.D) relato.
Leia o texto abaixo.
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Meio ambiente e a Convenção do Clima
Toda vez que se fala da Convenção do Clima na imprensa, fala-se também em desastres do meio ambiente. Efeito estufa, gás carbônico em excesso na atmosfera, são sinônimos de desastre. Desastres naturais climáticos, principalmente enchentes, que causam enorme destruição são o transtorno visível mais direto que se usa como ameaça para tentar convencer aqueles que não querem passar a adotar processos energéticos mais limpos (e mais caros). O que há de verdade nisto tudo? Afi nal, aquecimentos e resfriamentos do planeta não são novidades. Quem não ouviu falar das eras glaciais, por exemplo? Por que agora deveria ser diferente?
A resposta é que as mudanças passadas foram naturais, e agora, o efeito é artifi cial, causado pelo homem, e o resultado de modifi car o efeito estufa, de contribuir artifi cialmente para um aquecimento do planeta, pode trazer resultados que são uma grande incógnita. Não se sabe ao certo o que pode acontecer. Os estudos ainda não são totalmente unânimes em prever os resultados. Mas uma coisa é certa. Vai ser um processo destrutivo que pode trazer enormes prejuízos para todos.
Reduzir o efeito estufa é possível, mas passa a ser um problema econômico. Adotar processos de geração de energia mais limpos, e sem emissão de gás carbônico, custa caro, e poderá afetar a economia dos países, principalmente aqueles que precisam investir mais porque poluem mais. O Congresso Americano nomeou uma comissão para estudar o assunto. [...]
Disponível em: http://www.dge.inpe.br/ozonio/kirchhoff /html/artigo11.html>. Acesso em: 7 jun. 2011. Fragmento. (P090111C2_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Abaixo do básico
3ª série do ensino médio - Leitura
ATÉ 250 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 1 . ATÉ 200 PONTOS
C Localizar informação explícita a respeito da ação de personagem em crônicas e em fragmentos de
romances.
C Localizar informação explícita a respeito de um local em que acontece uma cena em crônicas.
C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos, em instru-
ções de jogo e em notícias.
C Inferir efeito do uso da exclamação em textos de orientação.
C Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal.
C Reconhecer a finalidade de cartazes.
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes localizarem uma
informação explícita a respeito de um local em que acontece uma
cena em uma crônica. Aqueles que marcaram a alternativa D – o
gabarito – demonstraram ser capazes de localizar informações ex-
plícitas no contexto avaliado.
(P121337H6) De acordo com o narrador desse texto, o sanduíche de mortadela elogiado pelo chef americano é encontradoA) em Belém.B) em Marília.C) na Bahia.D) no Mercadão de São Paulo.E) no trajeto Rio-São Paulo.
Leio o texto abaixo.
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Comida tranqueira: descubra a sua
Adoro sanduíche de mortadela. Desde criança. Aliás, nem entendo por que a mortadela não merece um lugar especial junto aos grandes tops da culinária. [...] Em São Paulo, no Mercadão, há um sanduíche de mortadela que até o chef e crítico de culinária americano Anthony Bourdain, em passagem pelo Brasil, elogiou. O segredo: pão francês com muuuuuita mortadela. [...] Outro dia conversava com um recém-conhecido com quem pretendo fazer um trabalho. No momento em que ele confessou que havia almoçado um sanduíche de mortadela de pé, tornamo-nos íntimos. [...]
Há certo preconceito contra a comida tranqueira. Qualquer restaurante francês inaugurado ganha atenções, avaliações, é elogiado. Mesmo que sirva um menu-degustação com dois fi apos de peixe grelhado, depois uma nesga de carne com um pingo de molho. Deixa a gente com fome. Mas come-se com cara de chique. Garanto: feijoada de bar costuma ser ótima. Sim, daquele barzinho da esquina. Na cozinha, há alguém que faz a mesma feijoada todos os sábados há uns 15 anos. Não vai fazer bem? [...] Um grande amigo ama pastel de ovo frito, que só existe no mercadão de Marília, [...]. Como fui criado lá e ele nasceu na mesma cidade, até hoje, quando vamos, devoramos essa bomba calórica. [...]
Já publiquei várias fotos no meu Instagram comendo coxinha de beira de estrada. Sou maluco por coxinhas. [...] Só perdem para os sanduíches tradicionais. [...] Outro dia, perguntei em um posto no trajeto Rio-São Paulo: qual é o mais vendido?
– Americano – respondeu o chapeiro.[...] Pelo país afora, há pratos que despertam o mesmo prazer e idêntico peso de
consciência. O acarajé fritinho na hora da Bahia. O tacacá em Belém, no Pará, com jambu, tucupi e camarão seco.
Talvez seja essa a maravilhosa culinária brasileira, [...]. Alguns chefs como Alex Atala se interessam por ela. Mas ainda é na rua, baratinha, que se encontra a boa comida tranqueira. [...] Comida tranqueira é gourmet.
CARRASCO, Walcyr. Disponível em: <http://walcyrcarrasco.com.br/2016/09/09/comida-tranqueira-descubra-a-sua/>. Acesso em: 5 maio 2017. Fragmento. (P121335H6_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
NÍVEL 2 . DE 200 A 225 PONTOS
C Reconhecer a causa de ação de personagem em fragmentos de romances.
C Inferir características de personagem em fábulas e ação de personagem em crônicas.
C Inferir informação a respeito do eu lírico em letras de música.
C Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música e contos.
C Identificar o assunto principal em reportagens.
C Reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.) e a relação entre
expressão e seu referente em reportagens e artigos de opinião.
C Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos
e contos e por advérbio de modo em poemas.
C Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens.
C Inferir o efeito do uso de notação e da exclamação na fala de personagem em tirinhas.
C Inferir o trecho que provoca efeito de humor em piadas e o fato que gera humor em histórias em
quadrinhos.
C Identificar o público-alvo de cartazes.
C Inferir a crítica apresentada em cartuns.
3ª série do ensino médio - Leitura
Abaixo do básico
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem o
assunto/tema abordado em uma reportagem. Os estudantes que
marcaram a alternativa A, o gabarito, conseguiram desenvolver a
habilidade avaliada.
(P121555H6) Qual é o tema desse texto?A) A importância das minhocas para o solo.B) A necessidade de pesquisas sobre minhocas.C) A repulsa de algumas pessoas às minhocas.D) O aumento da produção de grãos no solo.E) O uso excessivo de agrotóxicos no solo.
Leia o texto abaixo.
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Minhocas aliadas
Apesar de inofensivas, as minhocas não despertam muita simpatia na maioria das pessoas, não é mesmo? O que você faria se encontrasse uma em seu jardim? Espero que não tenha nojo, pois esses pequenos animais [...] são de grande ajuda para que a qualidade do solo esteja sempre em dia!
[...] Há séculos a presença de minhocas nas lavouras é considerada um indicador de qualidade do solo – agrônomos italianos escreveram sobre isso ainda no século 17 [...].
Entretanto, ainda não se sabia exatamente por que esses anelídeos acabavam sendo benéfi cos para a terra. É aí que entra em cena um estudo feito por cientistas da Universidade de Wageningen, nos Países Baixos, e da Universidade do Norte do Arizona, nos Estados Unidos, em parceria com o ecólogo brasileiro George Brown [...].
Eles conduziram um tipo de pesquisa que chamamos de revisão bibliográfi ca – é quando o pessoal reúne tudo que já foi descoberto sobre o assunto e, a partir disso, tenta tirar conclusões gerais sobre o tema. E veja que audacioso: a equipe de George analisou praticamente tudo que já havia sido escrito sobre minhocas em 53 artigos científi cos, publicados entre 1910 e 2013. [...]
Depois de tanto trabalho, eles concluíram que as minhocas fazem mesmo muito bem para a terra. Um exemplo disso é o fato de que a presença delas tende a aumentar a produção de grãos em 25%. Bastante, não é mesmo? [...]
Mas atenção: elas não fazem milagre. Para desfrutar dos benefícios da presença delas na terra, o agricultor também deve ser aliado das minhocas e evitar o uso excessivo de agrotóxicos. Esses venenos podem fazer um mal danado para as minhoquinhas – podem matá-las ou mesmo impedir que elas deem aquela força para o solo. [...]
TOSCANO, Gabriel. Minhocas aliadas. In: Ciência Hoje das Crianças. 2014. Disponível em: <http://chc.org.br/minhocas-aliadas/>. Acesso em: 5 fev. 2018. Fragmento. (P121549H6_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
NÍVEL 3 . DE 225 A 250 PONTOS
C Localizar informações explícitas em fragmentos de romances, crônicas, textos didáticos e artigos.
C Identificar tema e assunto em poemas e charges, relacionando elementos verbais e não verbais.
C Identificar elementos da narrativa em histórias em quadrinhos.
C Reconhecer a finalidade de recurso gráfico em artigos.
C Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, pontuação, conjunções em poemas,
charges, fragmentos de romances, anedotas e contos.
C Inferir o sentido de palavra em letras de música, reportagens e artigos.
C Reconhecer relações de causa e consequência em lendas e fábulas.
C Reconhecer relação entre pronome e seu referente em manuais de instruções.
C Inferir características de personagens em lendas, letras de música e fábulas e inferir sentimento
expresso pelo narrador em contos.
C Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião.
C Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas.
C Inferir causa da ação de um personagem e interpretar expressão de personagem em tirinhas.
C Reconhecer o objetivo comunicativo de notícias e reportagens.
C Reconhecer aspecto comum na comparação de letras de música e poemas e entre textos jornalís-
ticos e charges.
C Identificar a tese defendida pelo autor em artigos.
3ª série do ensino médio - Leitura
Abaixo do básico
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P A E B E S - 2 0 1 8
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem o ob-
jetivo comunicativo de uma notícia. Os estudantes que escolheram
a alternativa C demonstraram o desenvolvimento da habilidade
avaliada.
(P120005I7) Qual é o objetivo comunicativo desse texto?A) Anunciar um produto.B) Defender uma opinião.C) Divulgar um evento.D) Ensinar uma tarefa.E) Narrar uma história.
Leia o texto abaixo.
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3º Encontro Proler Estimula O Prazer Da Leitura
Nos dias 21 e 22 de maio, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) promove o 3º Encontro Regional do Proler: Tecendo Histórias. O evento, criado para atrair e estimular novos leitores e para incentivar a formação de mediadores de leitura, terá palestras e ofi cinas, e ainda, uma programação exclusiva para crianças, o Prolerzinho. As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 19 de maio.
O encontro abre no dia 21 com a palestra de Flávio Stein, escritor, músico e diretor teatral, que abordará a “Mediação de Leitura: um exercício contínuo”. No dia 22, os convidados são Alexandre Huady Torres Guimarães e Valeria Bussola Martins, professores da Universidade Mackenzie, que vão tratar do tema “Lendo o Mundo: A Construção de Sentidos”. As palestras ocorrem às 19h, no bloco F4, Campus Itajaí.
Para o “Prolerzinho – Folia dos Livros” estão programadas contações de histórias, ofi cinas de fotografi a e de percussão, mostra de cinema infantil, exposição do artista Portinari e sobre a nova ortografi a, mostra de banners e fotos das ações desenvolvidas pelo Proler e pelo Núcleo das Licenciaturas nas escolas, e ainda, uma biblioteca ambulante com obras infantis e adultas. As atividades do Prolerzinho contam com a parceria do SESC, do grupo Contarte e da Biblioteca Municipal de Itajaí. As atrações ocorrerão das 8h às 17h, no Bloco F4, Campus Itajaí. [...]
BAZI, Ana Paula. 3º Encontro Proler Estimula O Prazer Da Leitura. In: Jornal de Boas Notícias. 2014. Disponível em: <https://jornaldeboasnoticias.com.br/3o-encontro-proler-estimula-a-descoberta-e-o-prazer-da-leitura/>. Acesso em: 30 jul. 2018. Fragmento. (P120005I7_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Básico
3ª série do ensino médio - Leitura
DE 250 A 300 PONTOS
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
NÍVEL 4 . DE 250 A 275 PONTOS
C Localizar informações explícitas em crônicas, fábulas e reportagens.
C Identificar os elementos da narrativa em letras de música, fábulas e contos e o narrador em primeira
pessoa em fragmentos de romances.
C Reconhecer a finalidade de abaixo-assinado e verbetes.
C Identificar o gênero notícia com temática e linguagem técnicas.
C Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em
fragmentos de romances, contos, diários, crônicas, reportagens, máximas (provérbios) e artigos.
C Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas.
C Inferir o sentido de palavra ou expressão em histórias em quadrinhos, poemas e fragmentos de
romances.
C Comparar textos de gêneros diferentes para reconhecer a ideia comum entre eles.
C Interpretar o sentido de conjunções, de advérbios e as relações entre elementos verbais e não ver-
bais em tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas.
C Reconhecer relações de sentido estabelecidas por conjunções ou locuções conjuntivas em letras
de música e crônicas.
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P A E B E S - 2 0 1 8
C Reconhecer o uso de expressões características da linguagem (científica, profissional etc.), marcas
linguísticas que evidenciam o locutor em reportagens e a relação entre pronome e seu referente em
artigos e reportagens.
C Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal em notícias e charges.
C Reconhecer o trecho que caracteriza uma opinião em entrevistas e reportagens.
C Inferir efeito de humor e de ironia em tirinhas.
C Inferir efeito do uso de letras maiúsculas em artigos.
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o
sentido de relações lógico-discursivas marcadas por advérbios em
uma tirinha. Os estudantes que fizeram a opção pela alternativa B
demonstraram ter desenvolvido a habilidade em questão.
(P120198G5) No segundo quadrinho desse texto, a palavra “tão” estabelece uma ideia deA) comparação.B) intensidade.C) modo.D) negação.E) tempo.
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <http://casadastiras.blogspot.com.br/2009/10/nicolau-lucas-lima_16.html>. Acesso em: 24 fev. 2014. (P120197G5_SUP)
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
3ª série do ensino médio - Leitura
Básico
NÍVEL 5 . DE 275 A 300 PONTOS
C Localizar informações explícitas em artigos de opinião, crônicas e notícias.
C Identificar finalidade e elementos da narrativa em fábulas e contos.
C Identificar a finalidade de relatórios científicos, resenhas e reportagens.
C Determinar informação comum entre artigos de opinião e tirinhas.
C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes.
C Reconhecer opiniões divergentes sobre o mesmo tema em diferentes textos.
C Distinguir o trecho que apresenta opinião do narrador em crônicas.
C Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunções, a relação de causa e consequência e
entre pronomes e seus referentes em fragmentos de romances, fábulas, crônicas, contos, artigos de
opinião, reportagens e entrevistas.
C Reconhecer o sentido de expressão e de variantes linguísticas em letras de música, tirinhas, poemas
e fragmentos de romances.
C Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas, arti-
gos, resenhas e entrevistas.
C Reconhecer o tema de crônicas e assunto em reportagens.
C Identificar o tema de notícias que apresentam temática e linguagem técnicas.
C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e histórias em quadrinhos.
C Inferir informações em fragmentos de romances e em poemas e ação de personagem em histórias
em quadrinhos e tirinhas.
C Inferir o efeito de sentido da pontuação e da polissemia como recurso para estabelecer humor ou
ironia em tirinhas, anedotas e contos e o trecho que apresenta ironia em crônicas.
C Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos em contos, artigos,
crônicas e romances.
C Inferir informação e o efeito de sentido produzido por expressão em reportagens e tirinhas.
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P A E B E S - 2 0 1 8
C Reconhecer variantes linguísticas em artigos.
Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferirem o efeito
de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em artigos. Os es-
tudantes que assinalaram a alternativa D, o gabarito, revelam já ter
essa habilidade consolidada.
Leia o texto abaixo.
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Celular na sala de aula: o desafi o de estar inteiro
Manter a atenção de um aluno durante a aula tornou-se tarefa quase impossível para os professores diante da concorrência desleal dos celulares que dão acesso a redes sociais e a um divertido mundo digital.
A questão do celular em sala de aula hoje não está mais centrada no inconveniente do ruído ao se receber uma ligação. O problema não é simplesmente se o aluno pode ou não conversar ao celular. Aliás, a geração atual pouco fala ao celular. Silenciosamente, olhos e dedos percorrem e tateiam as telas dos smartphones, enquanto o professor fala ou orienta alguma atividade, numa dispersão que nem sempre é ruidosa ou barulhenta. O silêncio e a apatia durante a aula podem ser decorrentes exatamente da absorção no uso de aplicativos para troca de mensagens.
Para muitos, a solução é impedir a entrada desses aparelhos em sala de aula. Parece-me, no entanto, que a questão não é proibir o celular nem liberar seu uso indistintamente durante as aulas.
Se o celular pode desconectar o aluno da aula, ele também pode servir como recurso para conectar pessoas e informações ao contexto da aula. De forma planejada e orgânica, as funcionalidades e os recursos do celular podem integrar a aula e possibilitar a realização de atividades que demandam pesquisa de dados e informações, registro de imagens e sons, auxílio na realização de cálculos, etc.
Até mesmo em atividades fora da escola, o celular pode permitir facilmente o registro, o armazenamento e o compartilhamento de ações, procedimentos, imagens, informações e impressões, como numa visita guiada em que os alunos vão anotando e gravando no aparelho o desenvolvimento e a avaliação da atividade.
É claro que a intensidade, conveniência e efi ciência da utilidade do celular como recurso didático precisam levar em conta a faixa etária dos alunos e a pertinência do conteúdo ou atividade desenvolvida. Não se trata, portanto, de seguir um imperativo do uso do celular em toda aula e durante todo o tempo. [...]
Lembrando os versos de Fernando Pessoa (“Sê todo em cada coisa. Põe quanto és/ No mínimo que fazes”), é preciso promover e garantir a presencialidade do aluno durante a aula, valendo-se, inclusive, do uso didático-pedagógico do celular.
SALDANHA, Luís Cláudio Dallier. Disponível em: <http://www.tribunademinas.com.br/celular-na-sala-de-aula-o-desafio-de-estar-inteiro/>. Acesso em: 21 dez. 2015. Fragmento. (P120444H6_SUP)
(P120509H6) No último parágrafo desse texto, os parênteses foram usados paraA) apresentar uma indicação de leitura.B) incluir um dado informativo.C) inserir uma correção.D) mostrar um trecho de uma obra.E) realçar uma informação.
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Proficiente
3ª série do ensino médio - Leitura
DE 300 A 350 PONTOS
NÍVEL 6 . DE 300 A 325 PONTOS
C Localizar informações explícitas em infográficos, reportagens, crônicas e artigos.
C Localizar a informação principal em reportagens.
C Identificar ideia principal e finalidade em notícias, reportagens e resenhas.
C Identificar a finalidade e a informação principal em notícias.
C Reconhecer características da linguagem (científica, jornalística, coloquial) em reportagens, marcas
da oralidade em entrevistas e da linguagem coloquial em contos.
C Reconhecer variantes linguísticas em contos, notícias, reportagens e crônicas.
C Reconhecer elementos da narrativa em crônicas e resenhas.
C Reconhecer argumentos e opiniões em notícias, artigos de opinião e fragmentos de romances.
C Identificar o argumento em contos.
C Diferenciar abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos.
C Inferir informação em contos, crônicas, notícias e charges.
C Inferir sentido de palavras, repetição de palavras, expressões, linguagem verbal e não verbal e pon-
tuação em charges, tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de romances e artigos de opinião.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
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P A E B E S - 2 0 1 8
C Inferir informação, sentido de expressão e o efeito de sentido decorrente da escolha de expressão
e do uso de recursos morfossintáticos em crônicas.
C Inferir o sentido decorrente do uso de recursos gráficos em poemas.
C Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal e o efeito de humor em tirinhas.
C Inferir informação a respeito de personagem em tirinhas e manuais de instruções com apoio de re-
cursos visuais.
C Reconhecer a relação entre os pronomes e seus referentes em contos e o referente de pronome
relativo em artigos de opinião.
C Reconhecer elementos da narrativa em contos.
C Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos e recursos estilísti-
cos da antítese e da ironia em poemas.
C Reconhecer ideia comum e opiniões divergentes sobre o mesmo tema na comparação entre dife-
rentes textos.
C Reconhecer ironia e efeito de humor em crônicas, entrevistas e tirinhas.
C Reconhecer a relação de causa e consequência em piadas e fragmentos de romances.
C Comparar poemas que abordem o mesmo tema.
C Diferenciar fato de opinião em contos, artigos, reportagens e crônicas.
C Diferenciar tese de argumentos em artigos, entrevistas e crônicas e reconhecer um argumento utili-
zado para defender uma ideia em entrevistas.
C Reconhecer o emprego do recurso estilístico da comparação entre elementos em um trecho de
contos de longa extensão.
C Reconhecer o efeito do uso dos travessões em relatos.
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a ideia
comum na comparação de textos que tratam do mesmo tema. Os
estudantes que marcaram a alternativa E, o gabarito, demonstra-
ram ter desenvolvido a habilidade proposta nesse item.
(P120239G5) Um aspecto comum a esses dois textos éA) a escolha da palavra na escrita.B) a importância dos olhos para a leitura.C) a mudança da leitura com o tempo.D) as transformações ocorridas no mundo.E) as várias possibilidades de leitura.
Leia os textos abaixo.
Texto 1 Texto 2Olhos Verdes
[...] Como se lê num espelhoPude ler nos olhos seus!Os olhos mostram a alma,Que as ondas postas em calmaTambém refletem os céus;Mas, ai de mim!Nem já sei qual fiquei sendoDepois que os vi! [...]
DIAS, Gonçalves. Poemas. Rio de Janeiro: Ediouro. 1997.
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não pode prescindir da continuidade da leitura daquele (A palavra que eu digo sai do mundo que estou lendo, mas a palavra que sai do mundo que eu estou lendo vai além dele). [...] Se for capaz de escrever minha palavra estarei, de certa forma, transformando o mundo. O ato de ler o mundo implica uma leitura dentro e fora de mim. Implica na relação que eu tenho com esse mundo.
FREIRE, Paulo. Abertura do Congresso Brasileiro de Leitura. Campinas. Nov. 1981. Fragmento.
(P120239G5_SUP)
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P A E B E S - 2 0 1 8
3ª série do ensino médio - Leitura
Proficiente
NÍVEL 7 . DE 325 A 350 PONTOS
C Localizar informação explícita em resenhas.
C Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crônicas.
C Identificar a informação principal em artigos e reportagens.
C Identificar argumento em reportagens e crônicas e o trecho que comprova a tese defendida em
artigos de opinião.
C Reconhecer o efeito de sentido da repetição de expressões e palavras, do uso de pontuação, de
variantes linguísticas e de figuras de linguagem em poemas, contos, fragmentos de romances e
artigos.
C Reconhecer variantes linguísticas e o efeito de sentido de recursos gráficos em crônicas, artigos,
letras de música e fábulas.
C Inferir o efeito do uso das aspas em crônicas.
C Reconhecer a relação de causa e consequência e relações de sentido marcadas por conjunções em
reportagens, artigos, ensaios, crônicas, contos, cordéis e poemas.
C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas do leitor que abordam o mesmo tema.
C Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos.
C Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de figuras de linguagem e recursos gráficos em
poemas e fragmentos de romances.
C Diferenciar fato de opinião em artigos, reportagens e resenhas.
C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal e o efeito da escolha de palavra em tirinhas.
C Identificar elementos da narrativa e a relação entre argumento e ideia central em crônicas e frag-
mentos de romances.
C Reconhecer o gênero reportagem e a finalidade de propagandas e entrevistas.
C Reconhecer o tema em poemas e reportagens.
C Inferir o sentido de palavras e expressões em piadas e letras de música.
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
C Inferir informação em artigos.
C Inferir o sentido de expressão em fragmentos de romances.
C Recuperar o referente do pronome demonstrativo “lá” em reportagens, o trecho retomado por pro-
nome demonstrativo em crônicas e por pronome relativo em artigos.
C Inferir o trecho que apresenta ironia em histórias em quadrinhos.
C Reconhecer o efeito do uso dos parênteses em notícias que apresentam temática e linguagem técnicas.
C Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma expressão em contos de longa extensão.
Esse item avalia a habilidade de os estudantes distinguirem a in-
formação principal das secundárias em um artigo. Os estudantes
que escolheram a alternativa A demonstraram que desenvolveram
a habilidade avaliada.
(P110078ES) A ideia principal desse texto é queA) a relação dos homens com os alimentos está diferente.B) a falta de armazenamento de comida acarretava problemas. C) o acúmulo exagerado de gordura provoca mal à saúde.D) o alimento dos primeiros humanos era retirado da natureza.E) o corpo humano é capaz de reter energia para sobreviver.
Leia o texto abaixo.
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NutricosméticosBeleza de dentro para fora?
O ser humano viveu por muito tempo em selvas e cavernas. Nesses tempos pré-históricos, era grande a difi culdade para obter os nutrientes necessários para que o organismo se mantivesse vivo e atuante, e os primeiros humanos recorriam à caça e à coleta de raízes, frutas e sementes para conseguir seu alimento. Eles não conheciam formas de armazenar a caça e os materiais coletados, que se estragavam com facilidade. A procura por alimento, portanto, era sua principal atividade.
Para suportar períodos em que o alimento era escasso, o corpo humano tinha a capacidade (provavelmente herdada de seus ancestrais, que a adquiriram ao longo da evolução) de formar um reservatório de energia na forma de gordura, tecnicamente chamado de tecido adiposo. Se a comida era abundante, os indivíduos comiam o quanto podiam e a energia vinda do alimento que não era imediatamente usada no metabolismo fi cava acumulada nesse tecido. Quando faltava alimento, os que tinham bastante energia acumulada no corpo podiam sobreviver até que as condições melhorassem, e os que não tinham muitas vezes pereciam. Essa reserva de gordura não é mais necessária para o homem moderno. Ao contrário, o acúmulo exagerado de gordura no corpo faz mal à saúde.
O modo como os humanos encaram os alimentos, bem como as suas funções, sofreu modifi cações com o passar do tempo.
CHORILLI, Marlus. Ciência hoje. março de 2010, vol. 45, Nº. 268. Fragmento. (P110077ES_SUP)
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P A E B E S - 2 0 1 8
Avançado
3ª série do ensino médio - Leitura
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
ACIMA DE 350 PONTOS
NÍVEL 8 . DE 350 A 375 PONTOS
C Localizar informações explícitas, ideia principal e trecho que causa humor em contos, crônicas, arti-
gos de opinião e reportagens.
C Identificar variantes linguísticas em letras de música e reportagens.
C Reconhecer efeitos estilísticos em poemas.
C Reconhecer ironia e efeitos de sentido decorrentes da repetição de palavras em sinopses e poemas.
C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo tema na comparação entre diferentes textos.
C Reconhecer o gênero carta do leitor a partir da comparação entre dois textos.
C Reconhecer a finalidade e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas e crônicas.
C Reconhecer finalidade e traços de humor em reportagens.
C Reconhecer o efeito de sentido do humor em tirinhas.
C Reconhecer o tema em contos e fragmentos de romances.
C Reconhecer relação de sentido marcada por conjunção em crônicas e circunstância de lugar marca-
da por adjunto adverbial de lugar em resenhas.
C Inferir informação e tema em reportagens, poemas, histórias em quadrinhos e tirinhas.
C Inferir o sentido e o efeito de sentido de palavras ou de expressão em poemas, crônicas, fragmentos
de romances e reportagens.
C Reconhecer a ideia defendida pelo autor em artigos de opinião.
C Inferir característica do eu lírico em letras de música.
C Inferir o efeito do uso das aspas em resenhas.
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a ideia
defendida em um artigo de opinião. Aqueles que assinalaram a al-
ternativa D – o gabarito – demonstraram ter desenvolvido a habili-
dade proposta nesse item.
(P100145E4) Nesse texto, sobre a relação entre leitura e identidade, há uma tese em: A) “Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos?”. (ℓ. 7-8)B) “Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, ... ”. (ℓ. 12-13)C) “A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros...”. (ℓ. 13-14)D) “A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo.” (ℓ. 15-17)E) “Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo”. (ℓ. 23-24)
Leia o texto abaixo.
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A importância da leitura como identidade social
Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2 200 000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos?
Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura. Seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura.
Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo.
Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida.
A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos?
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: <http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/32/artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento. (P100143E4_SUP)
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P A E B E S - 2 0 1 8
3ª série do ensino médio - Leitura
Avançado
NÍVEL 9 . DE 375 A 400 PONTOS
C Diferenciar fatos de opiniões e opiniões diferentes em artigos e notícias.
C Inferir o sentido de palavras em poemas.
C Localizar ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses.
C Identificar a ideia central e o argumento em apresentações de livros, reportagens, editoriais, crôni-
cas e artigos de opinião.
C Inferir o assunto tratado em artigos de opinião.
C Identificar elementos da narrativa em crônicas, contos e fragmentos de romances.
C identificar ironia e tema em poemas e artigos.
C Inferir efeito de humor e ironia em tirinhas e charges.
C Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunção em artigos, reportagens e fragmentos de
romances.
C Reconhecer a relação de causa e consequência em reportagens e fragmentos de romances.
C Reconhecer o efeito de sentido de recursos gráficos em artigos e do uso de expressão metafórica
caracterizadora de personagem em fragmentos de romances.
C Inferir recurso estilístico utilizado em crônicas.
C Reconhecer variantes linguísticas em letras de música e piadas.
C Reconhecer o gênero resenha e a finalidade de reportagens, resenhas e artigos.
C Reconhecer a tese defendida pelo autor em artigos de opinião em forma de paráfrase.
9 6
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem o con-
flito gerador do enredo de uma crônica. Os estudantes que esco-
lheram a alternativa B demonstraram que desenvolveram a habili-
dade avaliada.
(P121493H6) O confl ito gerador desse texto ocorre quando o pai do narradorA) anima-se ao fazer uma visita para Paula.B) apresenta-se como um droneiro.C) está na rua com o carro ligado.D) saca um boné do bolso.E) tenta explicar a função das peças do drone.
Leia o texto abaixo.
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25
Droneiro
Meu pai me pede que eu o acompanhe. Não sei pra onde ele vai, mas topo ir junto. Dou um beijo na minha mãe, que está lendo no quarto, e vou pra garagem. Mas meu pai já está no meio da rua com o carro ligado.
Duas quadras depois, ele saca um boné do bolso da jaqueta e diz solenemente:– Filho, você sabe que existe o Paulinho Corsaletti dentista, um profi ssional sério, que
nunca deixa um cliente na mão. Esse não usa boné. (Olho pra sua careca.) Mas também existe o Paulinho Corsaletti violeiro, que não recusa uma festa [...]. Esse está sempre de boné. (Ele coloca o boné na cabeça.) Hoje você vai conhecer o Paulinho droneiro1. Esse usa o boné assim. (Ele tira o boné e o coloca de novo, com a aba virada pra trás.).
Paramos numa curva de uma estrada de terra, debaixo de uma árvore, e meu pai monta o drone2. Tenta me explicar a função de cada peça, mas de repente paro de acompanhar o raciocínio. Não me interesso muito por tecnologia. Meu pai sabe disso e diz pra eu não me preocupar com a parte técnica, que o melhor está por vir.
Feito uma mosca gigante de fi cção científi ca, logo o drone está sobrevoando os pastos. Na tela do smartphone acoplado ao controle, vemos o vale do Sapo, o rio da Âncora, o rebanho de vacas e alguns cavalos [...]. Eles correm, em miniatura, como corriam na minha imaginação quando eu brincava com meu Forte Apache.
Então, meu pai conduz o drone em direção à cidade. A estação de trem, as casas velhas [...]. E no alto do morro a igreja amarela e branca, idêntica a uma peça de maquete.
A vida toda é desse tamaínho. Meu pai se anima: vamos fazer uma visita pra Paula.Ele baixa o drone em cima da casa da minha irmã, ao mesmo tempo em que telefona pra
ela. Sai aí no quintal. E lá está ela! Em seguida, surgem minha sobrinha e meu cunhado. Eles acenam pra câmera e voltam pra dentro. [...]
Revejo os pátios das duas escolas onde estudei, os quintais dos amigos [...].Um carcará pousa numa cerca não muito longe de nós [...]. Meu pai concorda que já deu
e guarda a tralha toda numa caixa cinza de isopor.De carro, presos mais uma vez em nossos corpos grandes e pesados, meu pai me
pergunta como vão as coisas em São Paulo.
*Vocabulário:1Droneiro: pessoa que faz uso de drone.2Drone: pequena aeronave comandada via controle remoto que grava e transmite imagens.
CORSALETTI, Fabrício. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/fabriciocorsaletti/2017/08/1910828-droneiro.shtml>. Acesso em: 27 out. 2017. Fragmento. (P121493H6_SUP)
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P A E B E S - 2 0 1 8
3ª série do ensino médio - Leitura
Avançado
NÍVEL 10 . ACIMA DE 400 PONTOS
C Reconhecer o efeito de sentido resultante do uso de recursos morfossintáticos e ortográficos em
artigos e letras de música.
C Inferir efeito de ironia na fala do narrador em fragmentos de romances.
C Inferir informação sobre o entrevistado em entrevistas.
C Inferir o sentido de uma expressão popular em resenhas e o sentido de expressão em crônicas.
C Reconhecer o conflito gerador do enredo em fábulas.
C Reconhecer a finalidade de cartas do leitor.
C Reconhecer os gêneros crônica e editorial.
C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunção adversativa em artigos.
C Reconhecer a relação de causa e consequência em reportagens.
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem uma
relação de causa e consequência a partir de trechos selecionados
do texto utilizado como suporte. Os respondentes que marcaram
a alternativa C, o gabarito, conseguiram desenvolver a habilidade
avaliada.
(P120504ES) Qual é o trecho desse texto em que há uma relação de causa e consequência?A) “Em dias ensolarados é muito gostoso caminhar pelo campus da universidade...”. (ℓ. 1)B) “... para sentir o calor do Sol, observar árvores verdinhas, sentir o perfume das fl ores...”. (ℓ. 2-3)C) “A percepção que temos do mundo à nossa volta é decorrente do contato sensorial.”. (ℓ. 6)D) “As sensações [...] criam diversas reações, como de paz e tranquilidade,...”. (ℓ. 10-11)E) “... favorecendo as confi gurações mais adaptadas aos desafi os impostos pelo meio.”. (ℓ. 17-18)
Leia o texto abaixo.
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Um olhar para além dos sentidos
Em dias ensolarados é muito gostoso caminhar pelo campus da universidade onde trabalho [...] para sentir o calor do Sol, observar árvores verdinhas, sentir o perfume das fl ores e ouvir os pássaros que cantam nas ruas do campus.
Essas agradáveis sensações, percebidas pelos nossos sentidos, modifi cam nossos sentimentos e provocam diversas reações.
A percepção que temos do mundo à nossa volta é decorrente do contato sensorial. Tudo que é percebido pelos nossos sentidos faz com que construamos uma percepção da realidade. Mas os nossos sentidos, embora muito desenvolvidos, percebem apenas uma parte do mundo à nossa volta. [...]
As sensações que temos são interpretadas pelo cérebro e criam diversas reações, como de paz e tranquilidade, na situação descrita acima; ou de medo e apreensão, se estivermos em lugares sujos e escuros. Entretanto, cada pessoa reage aos mesmos estímulos de maneira completamente diferente.
Nossos sentidos funcionam em determinadas regiões do nosso corpo a partir de estímulos que recebemos do meio ambiente. Eles são baseados em “sensores” muito sofi sticados que foram desenvolvidos ao longo de milhões de anos, fruto da evolução.
Cada um deles foi se transformando devido aos estímulos do meio ambiente, favorecendo as confi gurações mais adaptadas aos desafi os impostos pelo meio. Estamos aqui hoje graças ao sucesso do nosso projeto. Ele foi vencedor na concorrência imposta pela natureza.
O nosso olhar para o mundo é infl uenciado, portanto, pelas nossas experiências, e as nossas experiências são afetadas pelas sensações que nossos sentidos captam. Esse retorno contínuo é de fundamental importância para o nosso desenvolvimento. Tanto os sensores (sentidos) como as sensações (interpretações) são responsáveis por isso. O resultado disso é sempre um individuo único com as suas visões particulares do mundo.
Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/fi sica-sem-misterio/um-olhar-para-alem-dos-sentidos#>. Acesso em: 27 fev. 2011.
Fragmento. (P120733ES_SUP)
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P A E B E S - 2 0 1 8
Objetivos específicos desta seção
- Apresentar um relato de boas práticas
vinculadas aos resultados da avaliação
externa em larga escala.
- Refletir sobre a relação entre currículo e
avaliação.
- Refletir sobre o desenvolvimento
de habilidades, considerando sua
evolução entre as diferentes etapas de
escolaridade.
- Propor práticas que mobilizem as
diferentes áreas do conhecimento para
o desenvolvimento de determinadas
habilidades.
A p r e s e n t a ç ã o
R e s u l t a d o s d a e s c o l a
A v a l i a ç ã o s o m a t i v a
I t i n e r á r i o d e a p r o p r i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
P a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e i t e n s
A n e x o s
O q u e o p r o f e s s o r p o d e f a z e r
c o m o s r e s u l t a d o s
100
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
As avaliações externas em larga escala, ou avaliações somativas,
são muito importantes para a escola, pois oferecem diversas pos-
sibilidades para o trabalho dos gestores e professores. Avaliações
de caráter formativo, que ocorrem durante o ano letivo, permitem ao
professor obter resultados mais imediatos e, portanto, intervenções
mais rápidas. Entretanto, é possível extrair informações relevantes
das avaliações somativas – que ocorrem ao final do ano letivo – e
utilizá-las para rever as práticas pedagógicas.
A avaliação somativa está preocupada com os resultados das
aprendizagens. Sua principal característica é a capacidade de in-
formar, situar e classificar o avaliado. Desse modo, a avaliação so-
mativa é essencialmente objetiva, tendo em vista sua capacidade
de sintetizar o que o aluno aprendeu ou não, o que é ou não capaz
de fazer, ao final de cada ciclo de aprendizagem. Além disso, quan-
do há parâmetros sólidos de análise, com base nos indicadores de
desempenho, essa avaliação fornece informações substanciais que
auxiliam na verificação da qualidade da educação ofertada.
Com a ajuda dos indicadores de desempenho, a avaliação soma-
tiva permite situar e informar as escolas se houve avanço efetivo,
pois possibilita a comparabilidade dos dados ao longo do tempo,
em série histórica. Pela diversidade de informações divulgadas,
serve também como devolutiva para professores e gestores, a fim
de ajudá-los a superar as dificuldades de ensino e aprendizagem,
fornecendo subsídios para (re)planejamento de práticas pedagógi-
cas e de gestão.
101
P A E B E S - 2 0 1 8
R e l a t o d e e x p e r i ê n c i a
Apresentamos, nesta seção, um relato de experiência que ilustra si-
tuações vivenciadas por grande parte das escolas, no que se refere
ao percurso realizado pela comunidade escolar para se apropriar
dos resultados das avaliações externas em larga escala e utilizá-
-los para aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem.
A fim de destacar aspectos importantes dos resultados da escola,
a experiência relatada mostra, a partir de um contexto ficcional, as
etapas referentes aos processos de leitura, apropriação e uso dos
resultados.
É sempre bom conhecer projetos de sucesso, não exatamente
com a intenção de copiá-los, desconsiderando a diversidade
existente entre as escolas, mas com o intuito de aperfeiçoar as
práticas pedagógicas com base em experiências bem-sucedidas
e em exemplos de estratégias encontradas por profissionais
que proporcionaram, de alguma forma, avanços relacionados à
aprendizagem dos estudantes. Esses relatos de sucesso podem
ser utilizados como motivadores e como ideias a serem adaptadas
para cada realidade.
Os profissionais de cada escola são as pessoas mais indicadas
para avaliar as possibilidades de melhoria da aprendizagem;
são eles que conhecem os seus alunos, a comunidade, a equipe
e os recursos disponíveis. No entanto, compartilhar ideias torna-
se importante para a compreensão de que, apesar dos diversos
desafios encontrados, há muitos profissionais e escolas fazendo a
diferença, e pequenas ações podem gerar resultados significativos.
Ainda nesta seção, sugerimos práticas pedagógicas que visam ao
desenvolvimento de determinadas habilidades, relacionando-as a
outras áreas do conhecimento, bem como à Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), ao currículo da rede e às matrizes de referência
da avaliação externa.
102
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
P r o p o s t a t e m á t i c a i n t e r d i s c i p l i n a r
Para a escola em que este relato se baseia, apresentar e discutir os
resultados da avaliação externa em larga escala são ações conso-
lidadas, fazendo parte da programação de atividades das equipes
gestora e pedagógica. Durante uma reunião da coordenação pe-
dagógica com todo o corpo docente, percebeu-se, com base nos
resultados das avaliações aplicadas pelos professores, em sala de
aula, e na análise dos resultados das avaliações externas daquele
ano, que muitos alunos não conseguiam acompanhar determina-
dos conteúdos do ensino médio. A situação, de início, foi sinalizada
pelos professores de Língua Portuguesa e de Matemática. Os do-
centes apontaram que grande parte das dificuldades apresenta-
das pelos alunos estavam relacionadas a habilidades abordadas
desde o ensino fundamental, e muitos estudantes chegavam ao
ensino médio sem ter consolidado essas habilidades. Ainda nessa
reunião, professores de outras áreas ponderaram que o não desen-
volvimento de algumas habilidades de Língua Portuguesa interferia,
também, no desempenho dos estudantes em suas disciplinas.
Após uma manhã de discussões, uma professora propôs um trabalho
que englobasse toda escola, e não apenas os professores de Língua
Portuguesa, um projeto interdisciplinar baseado em temas. Objeti-
vando que o corpo docente compreendesse os benefícios da reali-
zação do trabalho para o desenvolvimento dos alunos, a professora
proponente, juntamente com outros professores que se dispuseram,
assumiu a responsabilidade de elaborar uma proposta, listando suas
contribuições, para apresentar na próxima reunião a toda a equipe.
O projeto elaborado propunha orientar os planejamentos dos con-
teúdos bimestrais, a partir do 5º ano do ensino fundamental, por te-
mas. Assim, cada professor deveria abordar o tema escolhido em
correspondência com sua disciplina, e os professores de Língua Por-
tuguesa poderiam aproveitar os diferentes textos utilizados pelos
demais professores, sobre o mesmo assunto, trabalhando com os
alunos as habilidades em que eles apresentavam mais dificuldades.
O projeto elaborado
propunha orientar
os planejamentos
dos conteúdos
bimestrais, a partir
do 5º ano do
ensino fundamental,
por temas
103
P A E B E S - 2 0 1 8
Além disso, aproveitariam o que seria trabalhado pelas diferentes
áreas para propor produções de texto sobre o tema abordado. Ao
final do ano letivo, cada turma, com a ajuda dos professores, esco-
lheria as produções de destaque para compor um livro, que ficaria
na biblioteca à disposição de toda escola.
O objetivo do projeto era trabalhar, de forma mais direcionada, o
desenvolvimento das habilidades em que os alunos apresentavam
menos domínio desde o início da segunda etapa do ensino funda-
mental, a fim de que chegassem ao ensino médio sem grandes di-
ficuldades, estando preparados para aprofundá-las. Por outro lado,
a proposta também buscava recuperar, com os alunos do ensino
médio, as habilidades que ainda não haviam sido consolidadas,
conforme se verificou na análise dos resultados das avaliações in-
ternas e externas.
C o n h e c i m e n t o e n r i q u e c i d o
Ao trabalhar com textos diversificados, os alunos teriam contato
com diferentes gêneros e, consequentemente, com a leitura, não
só nas aulas de Língua Portuguesa. Além disso, ao intensificar o
contato dos alunos com textos diversificados sobre o mesmo tema,
os professores estariam apresentando formas distintas de tratar um
mesmo assunto, enriquecendo o conhecimento dos alunos sobre o
tema em questão e desenvolvendo habilidades referentes à inter-
pretação, à inferência, entre outras.
O projeto apresentado solicitava que os materiais utilizados em cada
disciplina fossem compartilhados entre os professores. Isso possibili-
taria a exploração da intertextualidade e, também, que os professo-
res de Língua Portuguesa reutilizassem os textos, a fim de abordar
outras habilidades. Os temas para cada bimestre foram escolhidos,
em conjunto, por todos os professores, na reunião de apresentação
da proposta. Nessa reunião, ficou definido que as discussões sobre
o andamento e impacto do projeto seriam feitas nos dias dos con-
selhos de classe, assim todos os professores estariam presentes e
poderiam participar. A coordenação pedagógica e a gestão escolar
ficaram responsáveis por monitorar o comprometimento dos profes-
sores com o projeto e a receptividade pelos alunos.
O objetivo do
projeto era
trabalhar, de
forma mais
direcionada, o
desenvolvimento
de habilidades
em que
os alunos
apresentavam
menos domínio
104
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
R e s u l t a d o s d o p r o j e t o
Boa parte da escola se empenhou em trabalhar da forma proposta.
O projeto, criado ao final do 1º bimestre, foi desenvolvido ao longo
dos três bimestres seguintes. No conselho de classe do 2º bimestre,
os professores de Língua Portuguesa mencionaram que já haviam
notado diferenças no desempenho dos estudantes, apontaram que
sentiram os alunos mais motivados por perceberem a relação es-
tabelecida entre as disciplinas e por terem aprofundado o conheci-
mento sobre o tema proposto. Destacaram, ainda, os avanços nas
produções de texto, que foram enriquecidas pela quantidade de
informações sobre o assunto. Os alunos estavam percebendo a im-
portância da leitura, estabelecendo relação entre leitura e produ-
ção de texto. As habilidades trabalhadas no bimestre foram listadas
e os avanços, discutidos.
As percepções sobre o projeto e suas contribuições foram mais
significativas no 3º bimestre. Os professores das outras disciplinas
também começaram a sentir os impactos e, assim, seguiram se em-
penhando, o que foi importante para a continuidade da proposta.
Novamente, os professores de Língua Portuguesa apontaram as
habilidades trabalhadas durante o bimestre.
No conselho de classe do 4º bimestre, os professores de Língua
Portuguesa listaram todos os gêneros textuais que foram trabalha-
dos durante os três bimestres, considerando os textos utilizados em
todas as disciplinas. Além disso, apontaram as habilidades em que
os alunos demonstraram mais avanço e aquelas em que eles ainda
apresentavam dificuldades. Os professores de todas as disciplinas
puderam apontar suas percepções, o desempenho dos estudan-
tes nas avaliações internas foi discutido, e chegou-se à conclusão
de que o projeto tinha contribuído significativamente para o desen-
volvimento dos alunos. Segundo os docentes, os alunos demons-
travam mais facilidade na interpretação de textos, de diferentes
complexidades, e suas produções se revelavam mais enriquecidas.
Nessa reunião, os professores apresentaram as produções de texto
dos alunos escolhidas por cada turma para compor o livro.
Os alunos
demonstravam
mais facilidade
na interpretação
de textos,
de diferentes
complexidades, e
suas produções
se revelavam
mais enriquecidas
105
P A E B E S - 2 0 1 8
Ao final do 4º bimestre, os resultados das avaliações externas ain-
da não tinham sido divulgados, mas a expectativa dos profissionais
era sentir o impacto do projeto também nessas avaliações. Anali-
sando a trajetória dos bimestres de realização do projeto, pôde-se
perceber que os avanços eram gradativos; diante disso, a escola
decidiu manter o projeto no ano seguinte, iniciando o trabalho com
os temas já no 1º bimestre. Os profissionais da escola acreditavam
que aquele era um caminho permanente a ser seguido e que a
cada ano os resultados poderiam ser melhores. Para essa escola,
ficaram evidentes as contribuições que uma ideia simples, coloca-
da em prática, pode gerar.
Considerando a interdisciplinaridade como um projeto que
pode ser adotado por muitas escolas – e que esse tipo de
atividade garante a construção integral do conhecimento e
transpassa os limites entre os componentes curriculares –,
apresentamos, a seguir, uma sugestão de articulação entre as
áreas, primeiramente para o ensino fundamental e, em seguida,
para o ensino médio, objetivando estimular o desenvolvimento
de determinadas habilidades de Língua Portuguesa.
Tra b a l h o co m h a b i l i d a d e s
Com objetivo de garantir o desenvolvimento das habilidades essen-
ciais a serem adquiridas ao longo da educação básica, em todos
os componentes curriculares, foi criada, com a participação da co-
munidade e de especialistas, a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). A base consiste em um documento que engloba os obje-
tivos de aprendizagem de cada uma das etapas da educação bá-
sica, tornando-se uma importante referência para a (re)formulação
dos currículos das redes. O documento final pode ser consultado
em http://basenacionalcomum.mec.gov.br.
A BNCC é organizada de modo a apresentar os conhecimentos es-
senciais que os alunos, de todo território nacional, precisam desen-
volver em determinada etapa, buscando garantir um ensino mais
equânime para todas as regiões, sem desconsiderar, no entanto, as
106
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
especificidades locais. Cada rede e escola devem utilizar a base
para reorientar a construção ou adaptação de seus currículos, com-
preendendo as aprendizagens necessárias, para cada etapa, dis-
postas no documento, e acrescendo a elas as que são específicas
de cada região.
Dessa forma, para garantir o desenvolvimento das competências e
habilidades necessárias aos estudantes, as escolas são orientadas
a construir um trabalho pautado no currículo, que deve ser alinhado
ao proposto na base. Por isso, é muito importante que os professo-
res das diferentes disciplinas conheçam a BNCC e participem da
elaboração ou reformulação dos currículos de suas escolas.
A BNCC para os anos finais do ensino fundamental, organizada por
componente curricular de acordo com a etapa, apresenta os pos-
síveis campos de atuação social para cada componente: campo
artístico-literário; campo da vida cotidiana; campo das práticas de
estudo e pesquisa; campo de atuação na vida pública; e campo jor-
nalístico-midiático. As habilidades relacionadas a cada ano/faixa, a
depender do componente curricular, estão organizadas por unida-
des temáticas ou práticas de linguagem (no caso de Língua Portu-
guesa, por exemplo), que, por sua vez, estão relacionadas a diferen-
tes objetos do conhecimento: conteúdos, conceitos ou processos.
Os campos com material suplementar para o redator de currículo –
que deve ser norteado pela BNCC –, com comentários sobre cada
habilidade e as possibilidades para o currículo, permitem que o pro-
fessor, ao consultar esse material, tenha subsídios para trabalhar as
habilidades com os alunos de forma apropriada.
Correlacionando a BNCC com as matrizes de referência de Língua
Portuguesa do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb),
que apresentam as habilidades que os alunos precisam desenvol-
ver em determinada etapa de escolaridade e passíveis de aferição
em um teste de múltipla escolha, é possível selecionar algumas ha-
bilidades essenciais para que os estudantes se tornem leitores pro-
ficientes, capazes de interpretar, efetivamente, textos de gêneros
diversos. Algumas dessas habilidades começam a ser abordadas
nos anos iniciais do ensino fundamental, em gêneros mais simples,
e permanecem em desenvolvimento constante por todas as séries
da educação básica, até que os estudantes sejam capazes de mos-
trar que as consolidaram, quando em contato com gêneros mais
complexos.
É muito
importante que
os professores de
diferentes disciplinas
conheçam a BNCC
e participem da
elaboração ou
reformulação
dos currículos
de suas escolas
107
P A E B E S - 2 0 1 8
Algumas habilidades abordadas em diferentes etapas
» Inferir uma informação implícita em um texto.
» Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
» Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
na comparação de textos que tratam do mesmo tema,
em função das condições em que ele foi produzido e
daquelas em que será recebido.
» Identificar a tese de um texto.
» Estabelecer relação entre a tese e os argumentos ofere-
cidos para sustentá-la.
S u g e s t õ e s d e a t i v i d a d e s
Compreendendo a relevância de um trabalho que proporcione o
desenvolvimento das habilidades descritas e, ainda, que o não de-
senvolvimento dessas habilidades ao longo do ensino fundamental
pode comprometer o desempenho dos estudantes no ensino mé-
dio, nas diferentes disciplinas, discutiremos, a seguir, algumas ati-
vidades que visam a solucionar as possíveis lacunas apresentadas
pelos estudantes nos diferentes anos/faixas de escolaridade. As
dificuldades nas habilidades mencionadas são percebidas não só
em Língua Portuguesa, mas também em outras disciplinas, uma vez
que interpretar enunciados e textos de diferentes gêneros é uma
capacidade exigida dos estudantes a todo momento. Considerando
isso, torna-se interessante pensar em um trabalho que articule o de-
senvolvimento dessas habilidades às diferentes áreas do currículo.
Portanto, a fim de atingir o objetivo de enriquecer o desenvolvimen-
to dessas habilidades pelos alunos do ensino fundamental e médio,
propomos um trabalho interdisciplinar indicando um assunto atual
e relevante, que pode ser explorado por diversas disciplinas: o des-
matamento.
108
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
E N S I N O F U N D A M E N T A L
Pensando em uma atividade articulada com as propostas da BNCC,
que sugere, nos “Campos de atuação”, que o campo artístico-lite-
rário e o campo jornalístico/midiático devem ser trabalhados do 5º
ao 9º ano do ensino fundamental, sugerimos uma atividade de ar-
ticulação entre uma música de Luiz Gonzaga, intitulada “Xote eco-
lógico”, e uma peça publicitária contra o desmatamento, da organi-
zação não governamental internacional World Wildlife Fund (WWF).
X o t e e c o l ó g i c o ( L u i z G o n z a g a )
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar
Cadê a flor que estava aqui?
Poluição comeu
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu
E o verde onde é que está?
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes sobreviveu
(Disponível em: https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/295406/.
Acesso em: 18/10/2018.)
109
P A E B E S - 2 0 1 8
A música do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga, que
contém versos como “Não posso respirar, não posso mais nadar”, e
a vegetação exibida na peça publicitária da WWF, com a forma de
um pulmão machucado (acompanhada pela frase em inglês “Be-
fore it’s too late”), explicitam como o desmatamento pode tornar a
vida humana inviável no planeta.
A habilidade de reconhecer diferentes formas de tratar uma infor-
mação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em
função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que
será recebido, serve como ponto de partida para as diversas dis-
cussões possibilitadas pela associação desses dois textos no tra-
balho do componente curricular Língua Portuguesa.
Além disso, esses dois textos podem ser perfeitamente explorados
em Ciências e Geografia, por se tratar de um tema trabalhado nes-
sas disciplinas. Tomando como exemplo a BNCC para os compo-
nentes Ciências e Geografia para os anos finais do ensino funda-
mental, citamos duas habilidades relacionadas a essas disciplinas,
respectivamente:
(Disponível em: http://adnews.com.br/publicidade/a-propaganda- contra-o-desmatamento.html. Acesso em: 18/10/2018.)
110
R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
(Disponível em: http://pjpontes.blogspot.com/2013/11/desmatamen-to-na-amazonia-sobe-apos-4.html. Acesso em 17/10/2018.)
CIÊNCIAS
1 - (EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc.
GEOGRAFIA
2 - (EF08GE16) Analisar as principais problemáticas comuns às grandes cidades latino-americanas, particularmente aquelas relacionadas à distribuição, estrutura e dinâmica da população e às condições de vida e trabalho.
O professor de Ciências e o professor de Geografia, usando os tex-
tos indicados para o trabalho dessas habilidades, poderiam, por
exemplo, apresentar a música de Luiz Gonzaga e a peça publici-
tária da WWF, analisando como a condição de vida da população
e todo o ecossistema estão ameaçados pelo desmatamento. Isso
demonstra como o trabalho de articulação entre os componentes
curriculares pode ser rico e produtivo para os alunos.
E N S I N O M É D I O
Consolidando de forma apropriada essas habilidades no ensino
fundamental, elas podem ser aprofundadas no ensino médio. Ob-
serve a charge e a reportagem a seguir.
1 1 1
P A E B E S - 2 0 1 8
Desmatamento na Amazônia está para atingir limite irreversível
O desmatamento da Amazônia está prestes a atingir determinado limite a partir do qual regiões da floresta tropical podem passar por mudanças irreversíveis.
O desmatamento da Amazônia está prestes a atin-gir um determinado limite a partir do qual regiões da floresta tropical podem passar por mudanças irreversíveis, em que suas paisagens podem se tor-nar semelhantes às de cerrado, mas degradadas, com vegetação rala e esparsa e baixa biodiversi-dade. O alerta foi feito em um editorial publicado nesta quarta-feira (21/02) na revista Science Ad-vances. O artigo é assinado por Thomas Lovejoy, professor da George Mason University, nos Esta-dos Unidos, e Carlos Nobre, coordenador do Ins-tituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mu-danças Climáticas – um dos INCTs apoiados pela FAPESP no Estado de São Paulo em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí-fico e Tecnológico (CNPq) – e pesquisador aposen-tado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “O sistema amazônico está prestes a atin-gir um ponto de inflexão”, disse Lovejoy à Agên-cia FAPESP. De acordo com os autores, desde a década de 1970, quando estudos realizados pelo professor Eneas Salati demonstraram que a Ama-zônia gera aproximadamente metade de suas pró-prias chuvas, levantou-se a questão de qual seria o nível de desmatamento a partir do qual o ciclo hidrológico amazônico se degradaria ao ponto de não poder apoiar mais a existência dos ecossiste-mas da floresta tropical. Os primeiros modelos ela-borados para responder a essa questão mostraram que esse ponto de inflexão seria atingido se o des-matamento da floresta amazônica atingisse 40%.
Nesse cenário, as regiões Central, Sul e Leste da Amazônia passariam a registrar menos chuvas e ter estação seca mais longa. Além disso, a vege-tação das regiões Sul e Leste poderiam se tornar semelhantes à de savanas. Nas últimas décadas, outros fatores além do desmatamento começaram a impactar o ciclo hidrológico amazônico, como as mudanças climáticas e o uso indiscriminado do fogo por agropecuaristas durante períodos secos – com o objetivo de eliminar árvores derrubadas e limpar áreas para transformá-las em lavouras ou pastagens. A combinação desses três fatores indica que o novo ponto de inflexão a partir do qual ecos-sistemas na Amazônia oriental, Sul e Central po-dem deixar de ser floresta seria atingido se o des-matamento alcançar entre 20% e 25% da floresta original, ressaltam os pesquisadores. O cálculo é derivado de um estudo realizado por Nobre e ou-tros pesquisadores do Inpe, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e da Universidade de Brasília (UnB), publicado em 2016 na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. “Apesar de não sa-bermos o ponto de inflexão exato, estimamos que a Amazônia está muito próxima de atingir esse li-mite irreversível. A Amazônia já tem 20% de área desmatada, equivalente a 1 milhão de quilômetros quadrados, ainda que 15% dessa área [150 mil km2] esteja em recuperação”, ressaltou Nobre.
(Disponível em: https://exame.abril.com.br/ciencia/desma-tamento-na-amazonia-esta-para-atingir-limite-irreversivel/. Acesso em 16/10/2018.)
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A reportagem exibida foi veiculada na revista Exame e, por apre-
sentar um ponto de vista que é defendido por meio de argumentos,
pode ser utilizada para trabalhar, em Língua Portuguesa, habilida-
des como: reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função
das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será
recebido; distinguir um fato da opinião relativa a esse fato; identi-
ficar a tese de um texto; e estabelecer relação entre a tese e os
argumentos oferecidos para sustentá-la, por exemplo.
A charge de Jean Galvão, além de estar criticamente relacionada
ao tema proposto, representa muito bem a habilidade de inferir uma
informação implícita em um texto. A fala do garoto (“99, 100. Lá vou
eu!”) remete a uma brincadeira infantil muito popular, o esconde-es-
conde, em um contexto no mínimo inusitado. A imagem do menino
sobre um tronco de árvore sendo levado por um caminhão parece
sugerir que, em função do desmatamento, há uma grande perda de
recursos naturais, metaforicamente indicada na perda de lugares
para as crianças se esconderem, na citada brincadeira.
Nesse sentido, a articulação com os outros componentes curricu-
lares se dá de forma ainda mais rica, possibilitando o envolvimen-
to, além de aspectos relacionados a linguagens, das habilidades
relacionadas às Ciências Humanas, às Ciências da Natureza etc.,
já que, ao apresentar os dois textos, os professores dessas áreas
podem despertar nos alunos, a partir de uma visão global, um inte-
resse maior pelo tema trabalhado.
Professor, um ambiente de aprendizagem interdisciplinar,
como o que foi relatado nesta seção, pode ser reproduzido
na sua escola também.
Considere que, além de proporcionar aos seus alunos uma
prática diferente da habitual, você pode aprender, juntamen-
te com os outros professores, o quanto pode ser rico esse
trabalho de articulação com as outras disciplinas. Reflita com
a equipe pedagógica e pense nessas possibilidades.
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A seguir, você encontra os formulários e seus respectivos quadros para
registro das informações levantadas e analisadas durante o percurso
proposto no Itinerário de Apropriação dos Resultados.
São eles:
Anexo I – Formulário de Registro 1 – Análise dos Resultados da Escola
Anexo II – Formulário de Registro 2 – Plano de Intervenção Pedagógica
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R E V I S T A D O P R O F E S S O R - L í N g u A P O R T u g u E S A
Paulo César Hartung Gomes
Governador do Estado do Espírito Santo
César Roberto Colnaghi
Vice-Governador do Estado do Espírito Santo
Haroldo Corrêa Rocha
Secretário de Estado da Educação
Andressa Buss Rocha
Subsecretária de Estado de Planejamento e Avaliação
Paulo Cesar Possato Aragão
Gerente de Informação e Avaliação
SUBGERÊNCIA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
Renata da Silva Marinho (Subgerente)
Ingrid Rúbia Reis Zanetti
Andressa Mara Malagutti Assis
SUBGERÊNCIA DE ESTATÍSTICA EDUCACIONAL
Denise Pereira da Silva (Subgerente)
Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora
Marcus Vinicius David
Coordenação Geral do CAEd
Lina Kátia Mesquita de Oliveira
Manuel Palácios da Cunha e Melo
Eleuza Maria Rodrigues Barboza
Coordenação da Pesquisa de Avaliação 2016-2019
Manuel Palácios da Cunha e Melo
Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Design e Tecnologias da Comunicação
Edna Rezende Silveira de Alcântara
Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Desenvolvimento de Instrumentos de Avaliação
Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública
Eliane Medeiros Borges
Supervisão de Construção de Instrumentos e Produção de Dados
Rafael de Oliveira
Supervisão de Entregas de Resultados e Desenvolvimento Profi ssional
Wagner Silveira Rezende