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Serviço Público Federal Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Coordenadoria de Desenvolvimento e Avaliação do Ensino Programa de Apoio ao Estudante 1 Programa de Apoio ao Estudante (PAE)

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Programa de Apoio ao Estudante (PAE)

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Introdução

O presente documento apresenta O Programa de Apoio ao Estudante (PAE). Este Programa parte da constatação de que a

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul precisa mobilizar esforços para reverter o quadro de evasão de seus cursos e

altas taxas de insucesso, além dos tempos de conclusão de curso superiores aos previstos nos projetos pedagógicos dos

cursos. Além disso,

O PAE é baseado em uma concepção do ensino e da aprendizagem que tem por base a Teoria Histórico – Cultural, orientadora

da Política de Ensino de Graduação da UFMS (VYGOTSKY, 1991; 1993; ROSA, 2011). A partir deste referencial teórico, a

aprendizagem é vista como um processo interno ao sujeito que aprende e se constitui na construção de significados pelo

sujeito. Neste sentido, precisamos primeiro explicitar quem é este sujeito que ingressa na instituição e quais processos de

desenvolvimento são subjacentes ao processo de ensino.

Concepção de sujeito e cidadão

A construção de significados, representada internamente pela construção de conceitos, é um processo que se inicia no

campo da intersubjetividade, espaço interacional construído socialmente que permite as trocas de significados com outros

seres humanos, e termina no espaço da intrasubjetividade, interiorizado, tornando-se parte do sujeito e o definindo.

Este processo de construção de significados é um processo mediado, uma vez que não temos acesso aos espaços

intrasubjetivos dos outros sujeitos. O principal elemento mediador das trocas no espaço intersubjetivo é a linguagem. Por

meio dela, trocamos significados com outros sujeitos e construímos o nosso. Observe-se de passagem, que a linguagem

como suporte à interação pressupõe múltiplos discursos e sujeitos que se expressam e não apenas um único sujeito que

anuncia seu discurso1.

Nesta perspectiva teórica, o sujeito não nasce pronto e tampouco é natural, no sentido de ser o resultado de um simples

desenvolvimento biológico. O sujeito é um construto social, fruto de um tempo e de um espaço que o colocam no espaço

experiencial e de trocas de um grupo de seres humanos que se constitui historicamente, resultado de processos que

permitiram àquele grupo de seres humanos se constituírem como tal. O espaço interacional social se manifesta nas

diferentes instituições que agregam os sujeitos, tais como a família, a escola, a igreja, as associações de diferentes tipos,

etc. Nestes espaços, os sujeitos ao interagirem se modificam e modificam o outro. Pessoa alguma é o que é sozinha. Nestes

processos interacionais, diferentes tipos de saberes são construídos: os saberes tradicionais das diferentes comunidades,

concepções de mundo e religiosas, valores estéticos, éticos e morais e o saber científico.

O espaço social, locus das interações entre os sujeitos, é um espaço político, no qual os sujeitos no papel de cidadãos tomam

decisões sobre a vida social. Por cidadão entendemos o sujeito que é capaz de analisar a realidade, de natureza sincrética,

decompondo-a em seus elementos. Neste processo, as relações entre os elementos percebidos são explicitadas. A seguir,

este sujeito deve ser capaz de reconstruir esta totalidade, incorporando as relações percebidas e as vivências do sujeito.

Partindo deste processo, este sujeito deve ser capaz de propor estratégias de superação dos problemas percebidos no

processo de análise, intervindo assim, efetivamente, no contexto social.

1 A esse respeito ver Bakthin (2006) e Maingueneau (1998).

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Para que isto ocorra, o sujeito, no seu processo constitutivo deve empoderar-se de diferentes saberes socialmente

construídos. O termo empoderar-se, e outro a ele relacionado, empoderamento, apontam para o processo pelo qual o sujeito

é capaz não somente de saber, mas, também, de usar o conhecimento no processo de tomada de decisão.

A necessidade de levar ao empoderamento pelos sujeitos do conhecimento leva a uma nova concepção do ensino e da

aprendizagem. Não basta que o estudante construa conceitos, mas é necessário que estes conceitos estejam conectados a

outras dimensões além da cognitiva. Ao se apropriar do conhecimento o estudante deve conectá-lo a outras dimensões do

ser, como as dimensões estética, ética e afetiva de modo que possa construir juízos de valor e participar de forma efetiva da

vida social, não apenas como executor, mas também como propositor de ações e políticas públicas.

O saber científico possui características distintas dos outros saberes (saberes cotidianos), pois se constitui em um corpo

organizado de asserções de conhecimento sobre o mundo, altamente estruturado, e que possui alto grau de abstração. Este

corpo de conhecimentos sobre o mundo não pode ser aprendido em nenhum outro espaço interacional que não seja a escola,

aí compreendida a Universidade. Observe-se que os saberes cotidianos não devem ser entendidos como saberes

espontâneos, construídos isoladamente pelo sujeito, por serem também socialmente construídos no espaço interacional e

intersubjetivo.

Também deve ser observado que o saber científico é um saber historicamente construído e que não pode ser apresentado

como dogmático. Ele é o resultado do status atual de nosso conhecimento sobre o mundo no qual estamos inseridos. Pode

e deve ser questionado por aqueles que dele se apropriam, pois, somente desta forma, evolui em direção a formulações mais

complexas e que descrevem de forma mais acurada o universo ao qual pertencemos. À dimensão relacionada às habilidades

cognitivas relacionadas ao pensamento lógico – matemático, chamaremos de Dimensão Cognitiva.

No entanto, não podemos perceber o sujeito apenas a partir da apropriação de significados ligados à Dimensão Cognitiva.

No processo interacional, o sujeito também desenvolve significados em outras dimensões: a Ética, a Estética, a

Socioemocional e a Política.

Estas dimensões não podem ser vistas como isoladas uma das outras, mas em constante interação dialética na qual o

avanço em uma das dimensões possibilita avanço nas outras dimensões. Em muitos casos, não somente possibilita como

permite estes avanços.

A Dimensão Ética é aquela na qual os sujeitos desenvolvem significados ligados à justificação de suas ações. Aqui

entendemos a Ética como sendo o campo dos juízos ligados à justificação de regras socialmente construídas. Assim, no

espaço interacional, o sujeito se apropria destes juízos e, a partir da interação deles com os significados que já possui,

constrói juízos justificadores de suas ações.

A Dimensão Estética é aquela dimensão ligada à concepção do Belo e da sensibilidade. Fundamento das diferentes

manifestações artísticas, a Estética é sempre um produto do desenvolvimento histórico. Além da Dimensão Cognitiva, a

Dimensão Estética está ligada ao sentimento. A Dimensão Estética não pode ser vista pelo simples acúmulo de

conhecimentos sobre arte, o que seria aspecto ligado à Dimensão Cognitiva. Deve envolver, necessariamente, a percepção

e o sentimento dos sujeitos frente aos objetos do mundo. Portanto, a concepção do Belo é sempre subjetiva ao sujeito, não

sendo derivada das leis da lógica ou da Ética. Este ponto é importante, pois remete para a relatividade do Belo, entendido

não como um absoluto, derivado da Metafísica (origem divina, por exemplo), mas um construto que, embora subjetivo, tem

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sua base na temporalidade e no social. Sendo social, não podemos falar em uma Estética, mas em Estéticas, que são

equivalentes e não têm hierarquias.

A Dimensão Socioemocional é a dimensão que lida com as emoções e sentimentos e sua influência no relacionamento social.

Ao interagirmos com outros seres humanos, nossa capacidade de empatia, nossa capacidade de controlar nossas emoções

mais profundas, nossa capacidade de tratarmos o outro de forma adequada, de modo a não gerar tensões, são centrais.

Partindo do egocentrismo infantil, estado no qual a criança não consegue perceber o ponto de vista do outro, o ser humano

deve evoluir para uma situação na qual seja capaz de perceber os sentimentos dos outros seres humanos a partir da

perspectiva deles (empatia) e controle os seus próprios sentimentos, não se deixando levar somente por eles. Considerando

que, no mundo complexo em que vivemos, as atividades somente podem ser executadas pelo trabalho em equipe, as

habilidades socioemocionais são centrais para o sucesso destas equipes.

Por fim, mas não menos importante, temos a Dimensão Política. Esta dimensão está relacionada ao desenvolvimento de

competências que permitem aos seres humanos discutir e propor formas de organização do estado em suas diferentes

instâncias e níveis de organização. Sem o desenvolvimento nesta dimensão não é possível ser cidadão. Nesta dimensão,

questões sobre o que fazer pelo bem comum são os pontos centrais. Ela busca nas demais dimensões (Cognitiva, Ética,

Estética e Socioemocional) os elementos que permitem a construção de juízos de valor nestes assuntos.

Um sujeito que se desenvolva plenamente em todas estas dimensões é um sujeito autônomo. Autonomia não significa

alguém dissociado do contexto social, mas ao contrário, alguém com um profundo elo com este contexto que, entretanto, é

capaz de tomar suas decisões próprias e conscientes, influenciado, mas não guiado pelo contexto social.

O papel da universidade

O espaço universitário, como outros espaços sociais, é um espaço interacional. A Universidade é, em nosso meio, o espaço

no qual o corpo de conhecimentos científicos é, ao mesmo tempo, produzido e socializado. Este conhecimento é

caracterizado por asserções de conhecimento sobre o mundo percebido e experienciado.

A socialização do conhecimento se dá pelas vias do Ensino, da Extensão e da Divulgação Científica. Importante observar que

no espaço da universidade a produção de conhecimentos não é um fim em si. Esta produção deve se dar em estreita

associação com o ensino e a extensão, uma vez que o pesquisar é uma ferramenta de ensino, ao alavancar o

desenvolvimento de funções cognitivas que têm seu locus no espaço da pesquisa, mas também ao promover o ambiente

necessário para que as outras dimensões formativas se manifestem.

Entendemos que, além do conjunto de conhecimentos científicos, o espaço interacional universitário é campo para trocas

nas outras dimensões já discutidas: a Dimensão Ética, a Dimensão Estética, a Dimensão Socioemocional e a Dimensão

Política. Nele ocorrem processos de mediação entre os docentes, técnicos e discentes que deverão permitir aos discentes se

apropriarem da herança coletiva caracterizada como um corpo de conhecimento organizado, construído a partir de

paradigmas estruturantes oriundos das epistemologias das diferentes disciplinas. A esta dimensão da formação decorrente

do processo interacional chamaremos de Dimensão da Formação Técnico - Científica. Se esgotássemos neste ponto a

discussão, cairíamos na armadilha da racionalidade técnica, que postula que a solução dos problemas sociais se dá

simplesmente pela elaboração pelos técnicos de estratégias de superação destes problemas baseadas apenas em critérios

de natureza técnica, não levando em conta as dimensões Ética, Estética, Socioemocional e Política.

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Portanto, o desafio de uma universidade é o de aliar à Dimensão da Formação Técnico Profissional o desenvolvimento de

competências nas outras dimensões já citadas. Para isso a formação de um estudante deve ser vista como um conjunto de

processos, o Sistema de Ensino, que proporcionarão o desenvolvimento do indivíduo em todas estas dimensões. O Sistema

de Ensino é visto, assim, como um conjunto de ferramentas integradoras entre as diferentes dimensões do ser, de modo a

ajudar o sujeito a completar o seu vir a ser, não impondo-lhe limites a priori, mas mobilizando recursos de todas as naturezas

para que este vir a ser se transforme em ser.

Papel do professor, estratégias de ensino

Dentro desta perspectiva de sujeito e do papel da Universidade na sua formação, o principal elemento mediador entre o

conhecimento a ser desenvolvido nas diferentes dimensões já anunciadas e os sujeitos é o professor. Observe-se que este

processo de mediação se dá entre o corpo de conhecimentos do qual o professor é o detentor, mas também entre os

conhecimentos dos estudantes, trazidos de suas experiências no mundo, entre os estudantes e os diferentes materiais

instrucionais e os estudantes e o conjunto de conhecimentos que o corpo social da instituição construiu historicamente.

Este professor, como mediador, não é mais a fonte única da informação, mas alguém que constrói e ajuda os estudantes a

construir pontes que lhes permitam colocar em interação os diferentes conhecimentos compartilhados no espaço

intersubjetivo e, ao se apropriarem deles, torná-los parte do espaço intrasubjetivo.

Partindo destes pressupostos, os Projetos Pedagógicos de Curso, as ações institucionais e as atividades delineadas pelos

docentes para as atividades de ensino devem sempre privilegiar a ação dos discentes, ativamente, em processos que

envolvam algum tipo de interação. Ação, aqui, pressupõe pró-atividade dos discentes, e não sujeitos que, passivamente,

absorvam conjuntos de informações.

A centralidade do ensino deve ser na construção do sujeito autônomo.

O sujeito que queremos formar

Para que possamos definir um Sistema de Ensino, primeiro é preciso definir quais as características em cada uma das

dimensões do sujeito que esperamos formar. Naturalmente, o papel da Universidade e seu Espaço Universitário Interacional

é apenas complementar em muitas das dimensões, mas cremos que é central que a instituição tente, ao menos, intervir em

todas elas.

Ao final de sua formação na UFMS, o profissional formado deve ser capaz de:

I. Aplicar os conceitos estruturantes de sua área de formação à solução de problemas;

II. Aplicar técnicas e metodologias de sua área de formação à solução de problemas;

III. Relacionar os conceitos pertinentes a seu campo de formação profissional a conceitos de outros campos de

formação profissional;

IV. Conduzir-se em sua atividade profissional com base em princípios éticos;

V. Responsabilizar-se com suas tarefas;

VI. Cumprir prazos no desenvolvimento de suas tarefas;

VII. Exprimir-se de forma clara e coerente em língua padrão;

VIII. Produzir trabalhos que atendam requisitos de qualidade definidos;

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IX. Relacionar-se com colegas de trabalho de forma propositiva;

X. Propor estratégias para superação de problemas no campo profissional;

XI. Desenvolver centros de interesse outros que os interesses puramente profissionais;

XII. Construir argumentos que levem em conta não somente aspectos técnicos, mas que englobem aspectos éticos,

estéticos, sociais e políticos;

XIII. Posicionar-se frente às questões da coletividade;

XIV. Liderar equipes no desenvolvimento de tarefas;

XV. Participar de forma propositiva e colaborativa de equipes;

XVI. Analisar situações complexas;

XVII. Sintetizar a partir de elementos disponíveis totalidades não sincréticas;

XVIII. Administrar sua carreira;

XIX. Ter compromisso com a ordem democrática;

XX. Respeitar os direitos humanos em sua atividade profissional;

XXI. Respeitar a diversidade em sua atividade profissional;

XXII. Atuar com responsabilidade ambiental, propondo na sua prática profissional soluções que levem em conta o meio

ambiente e sua preservação;

XXIII. Comprometer-se socialmente.

Objetivos

O Programa de Apoio ao Estudante é um programa interunidades que tem por objetivos:

1. Aumentar para 95% do número de ingressantes a taxa de alunos que permanecem no curso no final do primeiro

ano na UFMS;

2. Aumentar para 95 % a taxa de aprovação nas disciplinas dos dois primeiros semestres;

3. Aumentar para 75 % a taxa de sucesso nos cursos de graduação da UFMS;

4. Informar e orientar os estudantes da UFMS sobre seu campo de atuação profissional;

5. Desenvolver o processo de construção da autonomia dos estudantes de modo que estes evoluam da condição

de aluno de nível médio para condição de profissional autônomo.

Estratégia

A estratégia do PAE é apoiar o estudante dos cursos de graduação da UFMS pela supervisão e a orientação destes estudantes

por docentes, por estudantes de graduação mais avançados ou por estudantes de pós-graduação da UFMS, pelo

desenvolvimento de estratégias de ensino diferenciadas ao longo dos cursos, sobretudo para alunos com histórico de

reprovação, e pelo desenvolvimento de ações proativas junto aos estudantes de ensino médio.

Incluímos também como uma das estratégias a institucionalização da CAAC - Central de Apoio ao Acadêmico, incorporando

as ações que as Cpacs desenvolvem. Inclusive as ações de acompanhamento da evasão e retenção conforme a proposta

desse programa, ou seja, realizar o monitoramento para todos os acadêmicos de graduação da UFMS e não apenas para os

acadêmicos atendidos na Assistência Estudantil.

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Resultados Esperados

1. Redução da evasão nos cursos de graduação da UFMS;

2. Aumento da taxa de sucesso;

3. Aumento no número de formandos dos cursos no tempo previsto para a conclusão do curso.

Agentes

São agentes do PAE;

1. PREG – gestora do programa

2. PREAE;

3. PROPP;

4. PROPLAN;

5. PROGEP;

6. Direções das Unidades da Administração Setorial;

7. Coordenadores de Curso;

8. Docentes dos cursos de graduação;

9. Estudantes dos cursos de pós-graduação;

10. Programas de pós-graduação nas áreas de Educação;

11. Técnicos em Assuntos Educacionais das Unidades da Administração Setorial;

12. NTI.

Ações

1. Criação da Central de Apoio ao Acadêmico (CAAC) nas Unidades da Administração Setorial

Ponto central do PAE é a criação dentro de cada Unidade da Administração Setorial da Central de Apoio ao Acadêmico.

Estas unidades serão as responsáveis pela coordenação das ações de apoio aos estudantes dentro de cada unidade.

Seu papel é o de identificar demandas, orientar os estudantes quanto aos caminhos dentro da instituição para solucionar

suas demandas, coordenar as ações entre os diversos agentes da Unidade da Administração Setorial envolvidos com o

PAE.

A Central de Apoio ao Acadêmico possuíra caráter consultivo e executivo, nas ações relacionadas à assistência, à

informação e à orientação estudantil, assim como demais atividades promovidas pela Unidade da Administração Setorial

ou da Gestão Superior da UFMS. A partir da criação da Secae o trabalho em conjunto entre PREAE e PREG se materializará

nesse ambiente. As atividades a serem executadas pela equipe lotada nesse setor serão: operacionalização das ações

de assistência estudantil, atendimento ao acadêmico, acompanhamento discente e encaminhamentos diversos para

solução de problemas acadêmicos. Será um setor que interligará assuntos relativos aos discentes de graduação em suas

demandas educacionais, sociais, psicológicas, entre outras que interfiram em seu desenvolvimento acadêmico.

Sugestão de competências:

Coordenar e executar, no âmbito de suas respectivas Unidades da Administração Setorial, as atividades do corpo

discente vinculadas à CAE/PREAE, abrangendo as divisões a ela subordinadas;

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Divulgar, acompanhar e executar as ações de apoio e assistência estudantil;

Orientar e encaminhar para atendimentos nas áreas médicas, odontológicas, psicológicas e outras;

Articular, com instituições locais, por meio de parcerias, o oferecimento de serviços diversos de necessidade e/ou

interesse dos acadêmicos;

Buscar parcerias com os gestores municipais para aperfeiçoar os serviços a serem prestados aos acadêmicos;

Manter sigilo quanto às informações acadêmicas e informações contidas nos formulários socioeconômicos;

Manter um arquivo reservado para a guarda dos formulários referentes à concessão dos benefícios, bem como de

outros documentos pertinentes à CAAC;

Apresentar, a cada semestre letivo, os relatórios de atividades, dentro do prazo estabelecido pela CAE/PREAE e

PREG;

Participar de toda e qualquer discussão acerca da assistência estudantil, contribuindo com propostas e tomada de

decisões;

Participar da elaboração do Programa de Recepção de Calouros;

Articular com os setores de transporte municipal, a possibilidade de desconto ou isenção do passe estudantil;

Articular a participação dos acadêmicos em eventos esportivos, artísticos, culturais e científicos;

Organizar e participar das reuniões de trabalho, conforme comunicado prévio;

Acompanhar, orientar e promover a integração dos alunos do Programa de Estudantes Convênio - Convênio de

Graduação (PEC-G), matriculados nas respectivas Unidades da Administração Setorial, quanto aos seus direitos e

deveres na Instituição;

Elaborar relatórios gerenciais;

Desenvolver outras atividades dentro de sua área de atuação.

Equipe de Referência (o quantitativo de pessoas envolvidas está diretamente relacionado à quantidade de acadêmicos

em cada uma das Unidades da Administração Setorial):

Assistente Social

Psicólogo

Técnico em Assuntos Educacionais

Assistente em Administração

Docente de cada curso (colaborativo)

Estratégias para as CAACs:

Capacitar as CAACs para essas novas tarefas;

Revisão da estrutura física, material, etc. para as CAACs;

Auxiliar no acesso a informação dos alunos ingressantes sobre todas as ações que dizem respeito a isso.

Agentes da transformação:

Colegiados de curso: indicam os docentes para compor a CAAC;

Direções de Unidade da Administração Setorial: a designação dos membros da CAAC e providencia os meios

necessários para seu trabalho;

Preg e Preae: capacitam os membros da CAAC para o desempenho de suas funções.

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2. Desenvolvimento de estratégias de ensino inovadoras, sobretudo em cursos com alto índice de reprovação em

disciplinas.

As estratégias gerais utilizadas nos cursos de graduação na UFMS partem do paradigma transmissão – recepção (a aula

expositiva é p padrão). Por estratégias inovadoras entendemos aquelas estratégias que rompem com este paradigma e

colocam os estudantes como o agente das ações que os levarão à construção de significados e à construção dos

conhecimentos.

Estas estratégias inovadoras deverão ter a ação dos alunos como foco e agente da construção do conhecimento.

Também, deverão utilizar o trabalho colaborativo entre os alunos na solução de tarefas contextualizadas escolhidas de

modo a permitir o processo de interação entre os sujeitos. Além disso, este trabalho colaborativo deve ser estendido

para além do espaço/tempo da sala de aula, pelo uso intensivo de ferramentas de comunicação e de colaboração na

construção das soluções das tarefas propostas. Neste sentido, as estratégias de ensino dos conteúdos nos cursos

deverão privilegiar a utilização de metodologias ativas.

É importante que estas atividades privilegiem um processo de construção do conhecimento que parta do

experiencial/vivido/narrado/descrito em direção a formas de pensamento mais abstratas, pelo desenvolvimento de

conceitos científicos, estes entendidos não como uma substituição simples dos conceitos cotidianos, mas como uma

evolução natural destes conceitos, permitindo deste modo aos estudantes a análise de situações complexas.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Ambientes virtuais de ensino;

Vídeos;

Simuladores;

Estudos de caso;

Abordagens baseadas em problemas (Problem Basic Learnning, PBL);

Trabalhos em grupos colaborativos;

Narrativas;

Produção de materiais pelos estudantes (vídeos, textos, obras de arte, programas de rádio e tv via WEB, etc.);

Visitas a campo;

Ambientes baseados na WEB, como Facebook, Twiter, Grupos de Discussão, Fóruns baseados na WEB, etc.;

Laboratórios de informática nas Cpacs.

Agentes da transformação:

Professores: concebem as estratégias inovadoras e desenvolvem os Planos de Ensino baseados nelas;

Colegiados de Curso: analisam as propostas dos professores das disciplinas e coordenam as ações entre os professores

das disciplinas;

Direções de Unidades: providenciam os meios para a implementação das estratégias propostas;

CED/Preg: fornece a capacitação para que os docentes concebam e implementem as estratégias inovadoras;

CFP/Preg e CDA/Preg: fornecem o apoio pedagógico para a construção das estratégias inovadoras e para análise dos

resultados obtidos.

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3. Uso de Tecnologias de Comunicação e Informação (TICs) para ações de apoio a distância.

A universidade do Século XXI tem que ter presente que o espaço/tempo da aula (entendidos com um locus no espaço

compartilhado pelos estudantes e professores em certo intervalo de tempo) deve ser um espaço/tempo que privilegie

as discussões que levem os estudantes a construírem/atribuírem significados aos conceitos ou ressignificarem estes

mesmos conceitos.

Do mesmo modo, o espaço/tempo da aula presencial não deve ser visto como a única instância possível para a troca de

significados entre professores e alunos e entre os alunos. A “sala de aula” do Século XXI deve ser concebida em um

espaço/tempo compartilhado presencialmente complementado por um espaço/tempo virtual, no qual a sala de aula

presencial estende-se e no qual a ação didática também acontece.

Para que isto aconteça, é necessário que os docentes se apropriem das ferramentas de comunicação disponíveis neste

espaço/tempo virtuais e os utilizem na sua ação didática.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Ambientes virtuais de ensino;

Ambientes comunicacionais baseados na WEB, como: Facebook, Twiter. Grupos de Discussão, Fóruns baseados na

WEB, etc.

Correio eletrônico;

Laboratórios de informática das Cpacs/Secae.

Agentes da transformação:

Professores: concebem as estratégias de comunicação e as integram aos Planos de Ensino das disciplinas e as suas

práticas interacionais com os alunos;

Colegiados de curso: analisam as propostas dos professores das disciplinas e coordenam as ações entre os

professores das disciplinas dos dois semestres iniciais;

Direções de Unidades: providenciam os meios para a implementação das formas de comunicação propostas;

CED/Preg: fornece a capacitação para que os docentes utilizem as estratégias comunicacionais;

CFP/Preg e CDA/Preg: fornecem o apoio pedagógico para a construção das estratégias

comunicacionais/colaboracionais e para análise dos resultados obtidos;

NTI: dá suporte aos ambientes necessários para a execução das ações propostas

4. Desenvolvimento de ações preventivas junto aos ingressantes para detectar problemas de aprendizagem já nos

primeiros semestres na UFMS.

A UFMS deve ser proativa e identificar já nas primeiras avaliações das disciplinas dos dois primeiros semestres do curso

estudantes com problemas de aprendizagem.

Estes problemas podem ter diferentes origens: ensino médio deficiente, hábitos de estudo não amadurecidos, falta de

material instrucional, problemas de adaptação ao ambiente universitário, desencanto com a carreira escolhida, etc.

Nestes casos, o professor da disciplina deve ter acesso a Secae da Unidade da Administração Setorial do curso a quem deve

relatar os casos que considere merecedores de atenção especializada. Esta Central deve mobilizar os meios para que este

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estudante possa se recuperar ao longo do semestre e obter a aprovação na disciplina. Os Técnicos em Assuntos Educacionais

(TAE) e Psicólogos podem contribuir na orientação profissional nos grupos de estudo.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Formação de grupos de estudo;

Tutoria dos ingressantes por estudantes dos últimos semestres do curso ou por estudantes de Pós -Graduação;

Fornecimento, na modalidade empréstimo, de material instrucional;

Capacitações dos estudantes ingressantes quanto a metodologias de estudo (construção de tabelas de alocação de

tempo, técnicas de solução de problemas, formas de consulta de livros na biblioteca, uso de ferramentas

computacionais para busca de informação, etc.);

Análises estatísticas para identificar padrões que permitam: i) a caracterização de grupos de risco quanto a

reprovação, e ii) identificar formas eficientes de ações preventivas junto a estes alunos.

Apoio por Psicólogo, Técnicos em Assuntos Educacionais ou Assistente Social a estudantes em situação de

dificuldade social e/ou psicológicas em decorrência do ingresso no ambiente universitário.

Agentes da transformação:

Professores: identificam os alunos que apresentam problemas de aprendizagem para os quais as estratégias de

recuperação praticadas na disciplina não se mostram eficientes;

Colegiados de Curso: encaminham os casos identificados à Secae da Unidade. Além disso, desenvolvem estratégias

proativas que permitam aos estudantes se adaptarem ao ambiente universitário, como, por exemplo, oficinas sobre

hábitos de estudo ou seminários de orientação profissional;

Direções de Unidades: providenciam os meios para a implementação das formas de apoio propostas;

CAE/PREAE: Orienta estratégias de integração e promove orientação aos estudantes conforme a necessidade do

caso, encaminhando o estudante para atendimento de pessoal especializado se necessário. Concede bolsa para

alunos de graduação dos últimos semestres;

CDA/Preg: fornece o apoio pedagógico para a elaboração de estratégias de recuperação de estudantes e para a

análise dos resultados obtidos.

5. Criação dos Grupos de Apoio nas diferentes Unidades da Administração Setorial.

Alguns problemas identificados ao longo dos anos e que influenciam a evasão e aumentam as taxas de reprovação em

disciplina dos primeiros semestres são: o desconhecimento do curso e suas características e exigências, a

descontinuidade entre a posição de aluno da Educação Básica e de estudante universitário, o que implica em maior grau

de autonomia por parte do sujeito, a exigência maior por parte do ambiente universitário de trabalho independente por

parte dos estudantes em relação ao que era praticado no ensino médio.

Além disso, com o ingresso dos estudantes cada vez mais jovens nos cursos superiores e o retardamento da fase adulta

para a faixa dos trinta anos, com a consequente criação de uma categoria psicossocial inexistente em décadas

anteriores, a do jovem adulto, que traz ainda as inseguranças das fases finais da adolescência, os estudantes

universitários têm muitas dúvidas em relação à carreira e em relação à própria identidade como sujeito autônomo.

Neste sentido, os Grupos de Apoio, compostos por no máximo seis estudantes dos dois primeiros semestres e um

professor conselheiro, docente do curso ou da Unidade da Administração Setorial, ou pelos TAE da Secae, deverão se

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constituir em um espaço de discussão no qual os estudantes possam socializar suas dúvidas e angústias e serem

orientados pelo professor conselheiro. O objetivo do aconselhamento não é o de auxiliar o estudante em suas tarefas

nas disciplinas (esta será a tarefa dos Grupos de Estudo, descritos adiante), mas fornecer um ponto de referência aos

estudantes que necessitem de suporte para sua inserção no ambiente universitário.

A postura do conselheiro é central neste tipo de grupo. A sua ação de orientação não deve ser a de dizer ao estudante o

que fazer, mas, sim, oferecer-lhe possibilidades não vislumbradas por ele e ajudá-lo a discernir qual a melhor entre elas.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Grupos de apoio;

Atendimento individualizado.

Agentes da transformação:

Professores: direcionam para os Grupos de Apoio aqueles alunos que apresentam baixo aproveitamento nas

disciplinas;

Conselheiros: orientam os Grupos de Apoio;

Colegiados de Curso: supervisionam os Grupos de Apoio e orientam a sua ação. Promovem reuniões de coordenação

com os professores conselheiros;

Direções de Unidades: providenciam os meios para a implementação dos Grupos de Apoio;

Clínicas de Psicologia: fornecem atendimento individualizado se for o caso;

CAE/PREAE: Assessora as CAACs.

6. Formação de Grupos de Estudo, sob supervisão de docente ou de estudante de pós-graduação da UFMS.

Diferentemente do item anterior, os Grupos de Estudo têm por função auxiliar os acadêmicos na execução de atividades

ligadas às disciplinas do curso.

A orientação destes Grupos de Estudos poderá ser realizada por docente do curso ou por estudante de programa de pós-

graduação, principalmente bolsistas da CAPES que têm que realizar o Estágio de Docência na graduação.

Esta orientação deverá ser direcionada para a crescente autonomia dos estudantes. Assim, não é função dos tutores a

realização de tarefas pelos estudantes (como solucionar uma lista de problemas, por exemplo), mas levá-los ao

desenvolvimento de estratégias para a solução das tarefas propostas pelos docentes das disciplinas. Também é função

dos Grupos de Estudo levar os estudantes ao desenvolvimento de hábitos de trabalho que lhes permitam dar conta de

forma autônoma das diferentes tarefas propostas pelos docentes das disciplinas.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Solução em grupo de tarefas propostas pelos docentes;

Seminários apresentados pelos alunos sobre temáticas das disciplinas;

Discussões em grupo sobre hábitos de estudo e trabalho;

Oficinas com especialistas (por exemplo, uma oficina sobre redação de textos técnicos).

Agentes da transformação:

Professores: direcionam para os Grupos de Estudo aqueles estudantes com dificuldades de aprendizagem;

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Tutores (Professores/Estudantes de Pós-graduação): orientam os Grupos de Estudo;

Colegiados de Curso: supervisionam os Grupos de Estudo e orientam a sua ação. Promovem reuniões de

coordenação com os tutores;

Direções de Unidades: providenciam os meios para a implementação dos Grupos de Estudo;

CDA/CFP/CED/PREG: Orientam e capacitam os tutores quanto aos processos de tutoria dentro do Grupo de Estudos,

tanto na modalidade presencial como na modalidade a distância;

CBC/Preg: promove oficinas sobre o uso eficiente do acervo disponível nas bibliotecas e sobre o uso de bases de

dados;

CAE/Preae: oferece bolsas para tutores (alunos dos últimos semestres).

7. Inserção de tópicos de revisão de conteúdos do ensino médio relevantes ao contexto das disciplinas dos dois

primeiros semestres do curso associados aos conteúdos das disciplinas.

É reconhecido pelos docentes universitários que a formação em nível médio não prepara os alunos para os cursos superiores.

Tanto na dimensão puramente cognitiva como na dimensão atitudinal, os estudantes ingressantes não entram na

universidade preparados para as demandas que lhes serão apresentadas. Cria-se assim um círculo vicioso: o estudante que

entra na universidade não consegue seguir os cursos ofertados da forma desejável, se atendo ao mínimo para a aprovação

e, ao concluir seu curso, volta para a sociedade e vai formar novos estudantes universitários que também serão deficientes.

Isto é particularmente forte nos cursos de formação de professores. É preciso romper este círculo vicioso.

Uma das soluções propostas frequentemente envolve a oferta dos chamados nivelamentos, disciplinas de revisão de

conteúdos em nível médio. Esta opção apresenta sérios problemas: i) É desmotivadora, uma vez que o estudante ingressante

revê conteúdos que estudou recentemente para entrar na universidade; ii) É descontextualizada, pois os conteúdos revisados

o são fora do contexto de sua aplicação em nível superior; iii) É temporalmente defasada, pois quando de sua aplicação às

disciplinas em nível superior o processo de obliteração já terá ocorrido.

Por essa razão, propomos a alocação de tempo dentro da carga horária das disciplinas de momentos de revisão dos

conteúdos em nível médio necessários para o sucesso naquela disciplina. Esta alocação de tempo pode ser feita utilizando-

se as TICs, em ambientes virtuais de ensino, por exemplo. Os Grupos de Estudo também podem contribuir para este processo

de revisão de conteúdos em nível médio. Deve-se salientar que estas estratégias de revisão destes conteúdos devem ser

pautadas em metodologias ativas, conforme descrito anteriormente neste documento, e fortemente contextualizadas.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Momentos nas aulas específicos para a revisão dos conteúdos necessários;

Seminários apresentados pelos alunos sobre os conteúdos necessários para acompanhar o curso;

Elaboração de estudos dirigidos (o uso de Webquests seria importante e criaria um banco de atividades para o

futuro);

Elaboração de portais com os conteúdos em nível médio;

Associação aos Grupos de Estudo para a realização desta revisão de conteúdos específicos;

Oficinas sobre os conteúdos em nível médio.

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Agentes da transformação:

Professores: mapeiam os conteúdos em nível médio necessários às suas disciplinas. Preparam seus Planos de

Ensino levando em conta a necessidade de revisão destes conteúdos no desenvolvimento da disciplina. Direcionam

para os grupos de estudo estudantes com dificuldades de aprendizagem oriundas de deficiências em conteúdos em

nível médio. Preparam materiais específicos para a revisão dos conteúdos em nível médio;

Colegiados de Curso: supervisionam os Planos de Ensino de modo que contemplem a revisão dos conteúdos em

nível médio necessários ao bom aproveitamento na disciplina. Promovem reuniões de coordenação com os

professores, buscando sinergias entre as diferentes disciplinas;

Direções de Unidades: providenciam os meios para a implementação das ações de revisão dos conteúdos em nível

médio;

CDA/CFP/CED/PREG: Orientam e capacitam os professores quanto aos processos de tutoria dentro do Grupo de

Estudos, tanto na modalidade presencial como na modalidade a distância;

NTI: dá suporte aos sistemas necessários para o uso das TICs.

8. Capacitação dos docentes da UFMS para trabalharem com alunos ingressantes.

O professor que trabalha com o acadêmico ingressante na UFMS precisa conhecer (e reconhecer) o acadêmico

ingressante. Este sujeito ainda está longe de ser o estudante autônomo que se espera de alguém que frequenta a

universidade. Este fato impõe que a atitude do docente ao lidar com este acadêmico seja diferenciada do docente que

trabalha as disciplinas de final de curso, quando se espera que a autonomia dos sujeitos seja maior.

Este professor deve ser capacitado para identificar estudantes com dificuldades de aprendizagem e encaminhá-los aos

Grupos de Apoio ou de Estudo, conforme o caso. As metodologias ativas propostas anteriormente também exigem que

este docente seja capacitado para aplicá-las, uma vez que este docente foi formado e, na grande maioria dos casos, tem

atuado na docência a partir de uma perspectiva da educação bancária, no paradigma da transmissão recepção.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Oficinas sobre os métodos ativos;

Sessões de sensibilização com os docentes dos semestres iniciais antes do início das aulas;

Reuniões dos docentes dos semestres iniciais com as Direções, Colegiados de Curso e Núcleos Docentes

Estruturantes sobre o perfil do aluno ingressante;

Oficinas sobre como identificar estudantes com dificuldades de aprendizagem.

Agentes da transformação:

Professores: participam das atividades formativas;

Colegiados de Curso: organizam as atividades formativas e sensibilizam os docentes dos semestres iniciais;

Direções de Unidades: apoiam os Colegiados e estimulam os docentes a participarem das atividades formativas;

CDA/CFP/CED/Preg: Orientam e capacitam os professores quanto às metodologias ativas;

CAE/Preae: Definem o perfil socioeconômico dos ingressantes. Assessora as CAACs, por meio das capacitações e

das necessidades levantadas pelas CAACs sobre a realidade dos acadêmicos, de forma a possibilitar que os

professores organizam sua metodologia de ensino com base na realidade dos acadêmicos atendidos.

Central de Apoio ao Acadêmico: capacitam os docentes das unidades quanto às características dos estudantes que

frequentam cursos naquela unidade;

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NTI: Elaboram o programa para dimensionar o perfil do acadêmico, de forma a possibilitar que diagnósticos possam

ser construídos por cursos, unidades, etc.

Progep: coordena o processo de capacitação por meio de ações de capacitação permanente dos docentes.

9. Ações de assistência econômica e psicológica aos estudantes com dificuldades econômicas e/ou psicossociais.

Uma das causas de abandono dos cursos é a falta de condições econômicas para prosseguir os estudos. Embora haja

um sistema de bolsas e de suporte ao estudante carente na instituição, este sistema precisa ser aprimorado e divulgado

aos estudantes já na matrícula. Os estudantes devem saber já no primeiro dia na instituição destas possibilidades e

como usufruir delas.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Seminários com os alunos ingressantes sobre as formas de suporte que a instituição oferece e que favorecem

sua permanência;

Distribuição de folders quando da matrícula sobre as formas de suporte que a instituição oferece e como obter

estas ajudas;

Divulgação permanente pelos portais institucionais (UFMS, Preg, Preae, UAS) dos mecanismos de suporte ao

estudante com dificuldades econômicas e sociais;

Identificação de alunos em situação de risco e seu encaminhamento aos setores responsáveis pelo apoio aos

acadêmicos;

Construção de uma área do estudante no portal institucional que congregue todas as informações importantes

aos estudantes, de forma a facilitar o acesso à informação.

Agentes da transformação:

Professores: identificam alunos com carências de natureza socioeconômica e os encaminham para a Secae;

Colegiado de Curso: acompanha os alunos que têm carência socioeconômica;

Direção da Unidade: providencia os meios para que os alunos em situação de carência sejam atendidos;

CAE/Preae: atende as demandas das unidades. Tem postura proativa, procurando as unidades para

identificar precocemente estudantes com carência socioeconômica. Colabora na capacitação dos

coordenadores de curso e dos membros da Secae

Proplan: insere no orçamento solicitação de recursos para atender alunos com carência socioeconômica;

NTI: dá suporte aos ambientes virtuais.

10. Desenvolvimento de projetos de pesquisa para estudar o processo de inserção dos estudantes no ambiente

acadêmico da instituição e o impacto deste ambiente sobre estes sujeitos.

O problema da inserção dos alunos em nível médio no ambiente universitário deve ser objeto de pesquisa por parte da

universidade. Esta pesquisa deve identificar, entre outras variáveis:

O impacto do ambiente universitário na percepção de eu dos sujeitos ingressantes;

As angústias causadas pela mudança de meio e seu impacto sobre o desempenho acadêmico e a evasão;

O conhecimento dos alunos sobre a carreira escolhida, suas fontes de informação e perspectivas profissionais

dos ingressantes;

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O comportamento da curva de estímulo dos ingressantes e as formas pelas quais o estímulo para seguir um

curso universitário se comporta;

Hábitos de estudo e seu impacto sobre o desempenho acadêmico;

As lacunas de conhecimento dos ingressantes que impactam sobre seu desempenho acadêmico e a evasão;

As formas de relacionamento com os alunos veteranos e o impacto destas formas sobre o desempenho dos

ingressantes, a evasão e a postura dos ingressantes no campo universitário.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Trabalhos de Conclusão de Curso;

Monografias em cursos de especialização;

Dissertações/Teses em Programas de Pós-graduação;

Projetos de Pesquisa.

Agentes da transformação:

Colegiados de curso: coletam informações para os pesquisadores;

Preg/Preae: elaboram os instrumentos de pesquisa e sistematizam as informações coletadas;

Programas de Pós-graduação/Propp: colaboram na elaboração dos instrumentos de pesquisa e na

sistematização das informações coletadas (há possibilidade de que vários destes estudos originem dissertações

de mestrado em programas nas áreas de Educação, Ensino, Serviço Social, Psicologia e Ciências Sociais).

11. Inserção dos alunos ingressantes em projetos especiais como: PIBID, PET, Projetos de Ensino, PIBIC, etc.

Ao entrarem na universidade os alunos devem ser inseridos em projetos de formação acadêmica que ultrapassem os limites

da sala de aula. Esta inserção já nos primeiros semestres é motivadora e, também, os orienta na direção da autonomia

pretendida. Além disso, a complementação financeira das bolsas ofertadas ajuda a permanência destes alunos na

instituição.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Projetos institucionais como o PIBID, o PET, as Bolsas de Monitoria;

Projetos de pesquisa dos docentes contemplando bolsas de Iniciação Científica aos alunos ingressantes;

Criação de bolsas para projetos de ensino de graduação;

Alocação de recursos aos projetos de ensino que envolvam alunos ingressantes para a oferta de bolsas;

Oferta de bolsas em Projetos de Extensão que envolvam alunos ingressantes.

Agentes da Transformação:

Colegiados de curso: realizam o mapeamento e a divulgação das oportunidades de inserção em projetos disponíveis

na Unidade da Administração Setorial. Estimulam a formação de grupos PET ou PIBID (estes específicos para

licenciaturas), negociam bolsas de monitoria junto à Preg;

Direções de Unidade: estimulam e criam condições para que seus docentes busquem financiamento nas agências

para a oferta de bolsas PIBIC ou de Desenvolvimento Tecnológico;

Preg, Propp e Preae: gestionam junto aos órgãos de fomento interno e externos recursos para o financiamento de

bolsas para projetos.

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12. Racionalização da estrutura curricular

A grade de horários das disciplinas dos cursos deve ser racionalizada com a oferta de todas as disciplinas em um único

turno, preferencialmente sem lacunas no horário. Com isto os estudantes terão um custo menor de permanência na

universidade, sem necessidade de gastar em almoço ou gastar mais de um passe por dia, ou poderão utilizar os outros

turnos para atividades nos Grupos de Apoio ou Grupos de Estudo.

Agentes da transformação:

Colegiados de curso: concebem a grade de horários privilegiando o turno único;

Direções de Unidade da Administração Setorial: promovem a alocação de docentes e salas para que o turno

único possa ser implementado;

Preg: induz alterações nos projetos pedagógicos que contemplem a intencionalidade do turno único de aulas

nos dois primeiros semestres;

13. Criação de materiais de apoio específico ao estudante ingressante

Há alunos ingressantes que ainda não têm a capacidade de trabalhar diretamente com livros textos no nível e linguagem em

que são escritos os textos universitários. Esta é uma das causas da reprovação e da evasão, sendo traduzida pelos docentes

em frases do tipo ‘meu aluno reprova porque não sabe ler’. Naturalmente que o objetivo do curso universitário deve ser levar

o ingressante a desenvolver ferramentas intelectuais que o capacitem a interagir com o conhecimento nas diferentes mídias

nas quais ele é apresentado de forma autônoma, evoluindo da condição de aluno à condição de estudante.

Essa transição, todavia, precisa ser mediada por materiais projetados para servirem de pontes cognitivas entre o estado de

desenvolvimento intelectual do ingressante e o estágio no qual ele possa interagir com os materiais instrucionais necessários

à sua formação em nível superior.

Deve ser enfatizado, que não se está propondo a criação de ‘apostilas’, mas a criação de materiais de apoio aos textos

tradicionalmente utilizados pelos ingressantes.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Materiais multimídia;

Roteiros de estudos;

Materiais disponibilizados por meio de ambientes virtuais de ensino;

Textos explicativos que trabalhem minucias técnicas dos materiais utilizados;

Grupos de tutoria;

Oficinas sobre técnicas de estudo e de solução de problemas;

Elaboração de textos próprios em disciplinas que utilizam materiais dispersos;

Elaboração de mapas conceituais;

Trilhas de estudo (materiais conectando o conteúdo das aulas com os textos utilizados);

Webquests.

Agentes da transformação

Professores das disciplinas e do curso – elaboram os materiais;

Colegiados e Núcleos Docentes Estruturantes: supervisionam e orientam os docentes;

Preg/CDA: providenciam a impressão e disponibilização do material em ambiente on-line;

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Propp/Editora: imprimem os materiais produzidos;

Preg/CFP, CED, CBC e CDA: capacitam os docentes para a produção dos materiais

Preg/CED: disponibiliza o ambiente on-line.

14. UFMS vai à escola

Um dos problemas que tem sido identificado como causa de abandono dos estudantes é o desconhecimento destes

estudantes sobre a carreira associada ao curso em que se matriculam. A ausência de informações básicas (por exemplo, a

diferença de atribuições e empregabilidade entre formados em cursos de Licenciatura e de Bacharelado) faz com que depois

de algum tempo na instituição o estudante se dê conta de que está no curso ‘errado’, por não ser a carreira que realmente

deseja, optando então por abandoná-lo ou optar por novo ingresso seletivo.

Deste modo, é necessária uma ação coordenada da UFMS para ampliar a divulgação das carreiras associadas aos seus

cursos junto aos estudantes de ensino médio (principalmente da terceira série), chamando a atenção para os seguintes

pontos: atividades do profissional, possibilidades de remuneração, disciplinas que compõe a formação, oportunidades de

inserção no mercado de trabalho local, mercado global para aquele profissional, perspectivas futuras para a carreira e a

empregabilidade, etc.

Observe-se que estamos falando de carreiras e não de cursos. Assim, o material produzido para o curso de Licenciatura em

Matemática servirá para a divulgação de todos os cursos de Matemática ofertados pela UFMS.

Algumas ferramentas que podem ser utilizadas:

Produção de materiais impressos (folders, caderno de profissões);

Produção de portal específico sobre as profissões ofertadas na UFMS;

Produção de vídeos para serem divulgados no Youtube e na TVU sobre as diferentes carreiras;

Visitas às escolas para a realização de seminários com os alunos do terceiro ano do ensino médio das escolas nas

cidades nas quais a UFMS possui seus câmpus e em cidades polo estratégicas, como Dourados, por exemplo;

Feiras das profissões itinerantes e semanas das profissões;

UFMS de portas abertas

Criação de página no Facebook sobre os cursos da UFMS.

Agentes da transformação:

Coordenadores de Curso e docentes do curso: elaboram os textos para os materiais impressos, participam dos

programas de tv, capacitam alunos para participarem das visitas às escolas;

Acadêmicos: participam da produção dos materiais impressos e visuais, participam das visitas às escolas;

Reitoria/ACS: produzem os vídeos e fazem a manutenção da página no Facebook;

Preg/CDA: produz a página WEB sobre os cursos ofertados na instituição.

Estrutura atual que pode ser utilizada na implantação do PAE

1. Número de TAE lotados nas Unidade da Administração Setorial:

2. Número de Assistentes Sociais lotados(as) nas Unidade da Administração Setorial:

3. Número de Psicólogos(as) lotados(as) nas Unidade da Administração Setorial:

4. Espaço Físico já disponível nas Unidade da Administração Setorial:

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5. Equipamentos já disponíveis nas Unidade da Administração Setorial:

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CAAC – Pessoal e infraestrutura que existem e podem ser usadas no PAE

Atualmente a UFMS já mantém em seus campi as Comissões Permanentes de Apoio e Assistência Acadêmica (CPACs),

regulamentadas pela Resolução nº 10, de 24 de abril de 2009 do Conselho de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis

(COEX). Estas comissões já dispõem de espaço físico para a promoção das atividades propostas no Programa de Apoio ao

Estudante (PAE), no que se refere à parte de apoio aos estudantes objeto da Assistência Estudantil. As Comissões são

compostas por Técnicos, Docentes e Discentes. Destacamos que a atuação dessas Comissões para o desenvolvimento das

atividades relativas à Assistência Estudantil no interior é primordial, sem as quais não teríamos condições de proporcionar

as Ações de Assistência Estudantil nessas Unidades.

Atualmente, a Divisão de Acessibilidade e Ações Afirmativas (Diaf/CAE/Preae) e a Divisão de Acompanhamento da Política

de Assistência Estudantil (Dipe/CAE/Preae) têm promovido em conjunto uma articulação entre os Técnicos Intérpretes de

Linguagem Brasileira de Sinais (TILs) e a Administração Central, no sentido de fortalecer as ações desenvolvidas por esses

profissionais nas unidades em que estão lotados. Além de propiciar a manutenção de uma rede para o atendimento

especializado de acadêmicos com necessidades educacionais especiais.

Assim, o intuito é integrar os TILs ao Setor que ficará responsável pelo Apoio Estudantil nas Unidades, onde isso ainda não

ocorre, respeitando as especificidades da atuação desse profissional.

Por fim, outro aspecto relevante das Comissões existentes é que elas detêm em sua composição membros docentes que

poderão auxiliar sobremaneira na articulação necessária com seus pares, com a intenção de viabilizar a aplicação efetiva do

Projeto PAE.

Siglas:

Administrador (Ad)

Assistente de Aluno (ADi)

Assistente em Administração (AA)

Assistente Social (AS)

Discente (Di)

Docente (Do)

Psicólogo (Psc)

Tradutor Intérprete de Linguagem de Sinais (TIL)

Técnico de Informática (TI)

Técnico em Assuntos Educacionais (TAE)

Técnico em Contabilidade (TC)

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Campus de Aquidauana (CPAQ)

Constituição das CPAC-membros:

Tânia Maria Alencar Vieira (AS) – Presidenta da CPAC

Alberto dos Santos Gonzalez(TAE)

Nelson Dias (TIL)

Nosimar Ferreira dos Santos Rosa (Do)

Ângelo Perboni (AA)

LeizaInara Vargas dos Santos (Do)

Lucy Ribeiro Ayach (Do)

Estrutura Física

Uma sala para uso e atendimento geral;

Um laboratório de informática com 10 computadores.

Campus de Chapadão do Sul (CPCS)

Constituição das CPAC-membros:

Anderson Abreu de Jesus (Ad) – Presidente da CPAC

Kleber Augusto Gastaldi (Do)

Vilson Crescêncio de Jesus (TAE)

Vinícius Mosca Aguero (TI)

Naiane Cristina de Oliveira (Di)

Estrutura Física

Uma sala para uso e atendimento geral;

Um laboratório de informática com 23 computadores.

Campus de Coxim (CPCX)

Constituição das CPAC-membros:

Dario Vaneli Junior (TAE) – Presidente da CPAC

Silvana Aparecida da Silva Zanchett (Do)

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Aureni Vieira de Lima Araújo (Di)

Estrutura Física

Uma sala para uso e atendimento geral dividida com o laboratório de informática com 10 computadores.

Campus de Naviraí (CPNV)

Constituição das CPAC-membros:

Sergio AntonioGracia (TAE) – Presidente da CPAC

Gabriela Cândido Salatin (AA)

Lenita Regina de Oliveira Dreyer (AA)

Josiane Peres Gonçalves (Do)

Jorge Ricardo Gouveia (AA)

Estrutura Física

Uma sala para uso e atendimento geral;

Um laboratório de informática com 10 computadores.

Campus de Nova Andradina (CPNA)

Constituição das CPAC-membros:

Maria Ivone Lima de Andrade Cunha (TAE) – Presidente da CPAC

Fábio da Silva Sousa (Do)

Bruno Mazer Garcia (TI)

GemaelChaebo (Do)

José Soares Ribeiro (Do)

Joana Dark Barbosa Ferreira (Di)

Estrutura Física

Uma sala para uso e atendimento geral;

Um laboratório de informática com 9 computadores;

Um espaço reservado para atendimento da TIL.

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Campus de Paranaíba (CPAR)

Constituição das CPAC-membros:

Jair Carvalhos dos Santos (TIL) – Presidente da CPAC

Andréia Cristina Ribeiro (Do) – Diretora do Câmpus

Camilla Bellini Colussi (Do)

Geraldino Carneiro de Araújo (Do)

Hiran Aparecido da Silva (AA)

Keila Patrícia Gonzalez (TAE)

Leonardo Chaves de Carvalho (AA)

Marco Antônio Costa da Silva (Do)

Mayara Karolina A. R. Gomes Coutinho (Psc)

Ronilson Vilela dos Reis (TC)

Sabrina Helena Bonfim (Do)

Marcos Vinícius Sales da Silva (Di)

Nataly Batista de Jesus (Di)

Claudio Noburo Ide (Di)

Estrutura Física

Um laboratório de informática com 11 computadores;

Observação: atualmente cada membro atende às demandas da CPAC em sua sala de trabalho, não

possuindo espaço em comum para eles/as. No entanto, há um prédio em construção no Campus cuja

distribuição do espaço não foi efetuada.

Campus de Ponta Porã (CPPP)

Constituição das CPAC-membros:

Mara Lucineia Marques Correa (Do) – Presidenta da CPAC

Amaury Antônio de Castros Junior (Do) – Diretor do Câmpus

Juliani Lucinda Caldeira Ferreira (TAE)

Claudia Carreira da Rosa (Do)

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Coordenadoria de Desenvolvimento e Avaliação do Ensino

Programa de Apoio ao Estudante

24

Dionísio Machado Leite Filho (Do)

Marta Costa Beck (Do)

Robson Sores Silva (Do)

Camila de Araújo Cabral Romeiro (TIL)

Luciene Cléa da Silva Monteiro Bandechi (Do)

Lauro Maycon Fernandes Ferreira (Do)

Estrutura Física:

Uma sala para uso e atendimento geral;

Um laboratório de informática com 10 computadores.

Campus de Três Lagoas (CPTL)

Constituição das CPAC-membros:

Maria Auxiliadora Vieira Dias (Psc) – Presidenta da CPAC

Carla Fabiana Graetz (Psc)

Josilene Moreira Silveira (TAE)

Rosemaire Cristina Salomão Fernandes (AS)

Francisco José Avelino Júnior (Do)

Marise da Paz Ferreira Neta (Di)

Estrutura Física

Duas salas para uso e atendimento geral;

Um laboratório de informática com 10 computadores.

Um espaço reservado para atendimento da AS.

Campus do Pantanal (CPAN)

Constituição das CPAC-membros:

Aline de Lima Rodrigues (Do) – Presidente da CPAC

Agnaldo Gomes Proença (AS)

Franciele Ariene Lopes Santana (Psc)

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Karla Jocelia Nonato (Do)

Rodrigo Domingues da Costa (ADi)

Fabrício Santiago Almeida (Do)

Lucineide Rodrigues da Silva (Do)

Lourdes Benedita Tomichá de Melo (AA)

Estrutura Física

Duas salas para uso e atendimento geral;

Um laboratório de informática com 10 computadores.

CAAC – Layout e instalações necessárias – condição ideal

Listamos a seguir as condições consideradas ideais para a Central de Apoio ao Acadêmico desenvolver suas funções de

forma satisfatória:

Pessoal:

1) Uma Assistente Social para cada 400 alunos2;

2) Um Psicólogo para cada 400 alunos;

3) Um (a) Técnico (a) em Assuntos Educacionais (TAE) para cada 500 alunos;

4) Um Assistente em Administração para cada 500 alunos.

Infraestrutura:

1) Sala com divisórias para atendimento individual e que atenda as condições de acessibilidade;

2) Mobiliário para o pessoal;

3) Mobiliário para visitantes;

4) Computadores;

5) Uma impressora3.

CAAC – Layout e instalações necessárias – condição mínima

Pessoal:

1) Uma Assistente Social;

2) Um Psicólogo para cada turno de funcionamento dos cursos;

3) Um (a) Técnico (a) em Assuntos Educacionais (TAE).

Infraestrutura:

2 Fonte: projeto de lei da deputada Alice Portugal em 2008. 3 Se não houver impressora em rede compartilhada.

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26

1) Sala com divisórias para atendimento individual e que atenda as condições de acessibilidade;

2) Mobiliário para o pessoal;

3) Computadores;

4) Uma impressora4.

4 Idem.

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27

Cronograma de implantação do PAE

Ano 1

Mês

Tarefa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Elaboração do projeto: redação e coordenação com os demais órgãos envolvidos

Aprovação institucional para o PAI (Coeg, Coext, Coun)

Seleção de 3 unidades para implantação de projeto piloto

Implantação do projeto piloto nas unidades escolhidas

Desenvolvimento das atividades do PAI

Desenvolvimento das ferramentas de avaliação do PAI

Primeira avaliação do Impacto do PAI na evasão e na repetência dos cursos envolvidos no projeto

piloto

Segunda avaliação do Impacto do PAI na nos níveis gerais de aproveitamento, na evasão e na

repetência dos cursos envolvidos no projeto piloto

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Ano 2

Mês

Tarefa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Reformulação do projeto com base nos resultados do projeto piloto (PAI-R)

Seleção de novas unidades para participarem do PAI-R

Implantação do PAI-R nas novas unidades e nas unidades do projeto piloto

Desenvolvimento das atividades do PAI-R

Reformulação das ferramentas de avaliação do PAI-R

Primeira avaliação do Impacto do PAI na evasão e na repetência dos cursos envolvidos no projeto

piloto

Segunda avaliação do Impacto do PAI na nos níveis gerais de aproveitamento, na evasão e na

repetência dos cursos envolvidos no projeto piloto

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Programa de Apoio ao Estudante

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Ano 3

Mês

Tarefa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Implantação do PAI-R nas demais unidades

Desenvolvimento das atividades do PAI-R

Primeira avaliação do Impacto do PAI na evasão e na repetência dos cursos envolvidos no projeto

piloto

Segunda avaliação do Impacto do PAI na nos níveis gerais de aproveitamento, na evasão e na

repetência dos cursos envolvidos no projeto piloto

Redação e divulgação do relatório de avaliação do PAI-R e seus impactos nos índices de evasão e

repetência nos dois primeiros semestres dos cursos