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Profª: EnfªPAULINA Profª: EnfªPAULINA A.M.PEREIRAA.M.PEREIRA

Epidemiologia:Epidemiologia:

MortalidadeMortalidade

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Divulgação de Estatísticas Vitais no Brasil

• O destino das declarações de óbito alimentam dois

sistemas rotineiros e paralelos de divulgação de

estatísticas vitais, no País: o do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) e o do Ministério da

Saúde.

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O Sistema IBGE

• Desde 1939, o IBGE publica, regularmente, o “Anuário

Estatístico do Brasil”, que contém dados de mortalidade

do País, como um todo, e das Unidades da Federação,

discriminados por sexo, faixa etária e causa de óbito.

Mais recentemente o IBGE ocupou-se da apuração de

todos os eventos vitais registrados nos cartórios do

País, tarefa que antes era executada pelo Ministério da

Justiça.

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Desde 1974, o IBGE publica, anualmente, uma série

chamada “Estatísticas do Registro Civil” (IBGE), que

traduz o movimento dos registros vitais efetuados no

território nacional. As tabulações do IBGE são

apresentadas por local de registro, ou seja, de

localização de cartório.

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Este procedimento limita a utilização das

estatísticas em epidemiologia, salvo onde esta

sistemática não é importante: por exemplo, quando

se necessita de informação para o País como um

todo.

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O Sistema do Ministério da Saúde

• A importância, para a saúde pública, das informações

sobre a mortalidade levou as próprias secretarias

estaduais de saúde, de planejamento e entidades

similares, desde longa data, a se ocuparem da coleta,

da tabulação e da divulgação dos dados concernentes a

óbitos, criando um sistema estadual paralelo, que se

constitui o principal municiador do Sistema de

Informação de Mortalidade (SIM).

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Ele foi implantado em 1976, com o objetivo de

integrar e uniformizar todos os serviços estaduais

de operação de dados de declarações de óbito, no

intuito de obtenção regular de informações de

mortalidade, abrangentes e confiáveis.

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Nas “Estatísticas de Mortalidade” do Ministério da

Saúde, apresentadas em anuários desde 1977, a

tabulação de óbitos é feita segundo o local de

residência, constante da declaração, o que tem mais

sentido, em epidemiologia, em vista de referir-se à

população sob risco.

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A comparação entre os dois sistemas

• Os dados elaborados pelos estados, nos quais se

baseiam as estatísticas do Ministério da Saúde, são de

melhor qualidade, comparados aos do IBGE. Em alguns

casos, inclusive, são realizadas pesquisas específicas

para o conhecimento da existência de óbitos não

registrados bem como o esclarecimento da causa do

óbito, nos casos em que há duvidas quanto às

informações constantes das declarações.

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De maneira geral, as estatísticas assim produzidas

são mais detalhadas e adaptadas às realidades

regionais da área da saúde do que as do IBGE,

sobre as quais apresentam vantagem adicional do

seu mais fácil acesso aos profissionais de saúde

e dos outros pesquisadores interessados em sua

análise.

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O IBGE não apresenta estudos sobre a qualidade dos

dados que recebe dos cartórios mas, como há

obrigatoriedade de o cartório fornecê-los apenas a

este órgão, as informações produzidas por ele têm

maior abrangência, embora sejam de pior

qualidade.

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PRINCIPAIS INDICADORES

1 - Distribuição de Mortalidade por Faixa Etária

A. Mortalidade por Idade

A distribuição de óbitos, por grupo etário constitui modelo

extensamente empregado para a sistematização das

respectivas estatísticas.

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A interpretação pode ser feita a partir da simples

inspeção dos dados, que mostram se há

predominância de óbitos em crianças ou velhos,

ou em algum grupo etário específico.

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2. Coeficiente de Mortalidade Infantil

Este é, provavelmente, o indicador mais empregado para

medir o nível de saúde e desenvolvimento social de

uma região.

Refere-se aos óbitos de crianças nascidas vivas e

falecidas antes de completarem um ano de idade.

A mortalidade infantil mede o risco de um nascido vivo

morrer no primeiro ano de vida.

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3. Coeficiente de Mortalidade Neonatal

O período neonatal compreende as quatro primeiras

semanas de vida extra-uterina.

O coeficiente de mortalidade neonatal, portanto,

indica o risco de uma criança nascida viva

morrer nos primeiros 28 dias de vida.

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Subdivisão do período neonatal

É também conveniente subdividir este período em :

• Neonatal precoce, correspondente à primeira

semana de vida (168 horas de vida);

• Neonatal tardio, correspondente às três semanas

seguintes – ou seja, a segunda, a terceira e a

quarta semana de vida.

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É na primeira semana que as causas de morbidade

ligadas à gestação e ao parto surgem com maior

intensidade.

No período de neonatal tardio, as causas ambientais já

começam a aparecer com maior frequência nas

estatísticas, expressas pelas infecções,

principalmente respiratórias e gastrintestinais.

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4. Coeficiente de Natimortalidade

• Tradicionalmente são considerados “natimortos” ou

“nascidos mortos” as perdas fetais que ocorrem a partir

de 28 semanas de gestação, ou em que o concepto tem

peso ao redor de 1.000 gramas e cerca de 35 cm de

comprimento.

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5. Coeficiente de Mortalidade Perinatal

• Este coeficiente é muito utilizado por obstetras e

neonatologistas, pois refere-se aos óbitos ocorridos um

pouco antes, durante e logo após o parto.

• Ele inclui os natimortos e as crianças nascidas vivas,

mas falecidas na primeira semana de vida.

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6. Coeficiente de Mortalidade Pré-Escolar(um à quatro anos)

A mortalidade pré-escolar tem sido postulada como

indicador do estado nutricional da população e do

nível socioeconômico, de maneira mais ampla; desta

forma, tem um significado próximo ao da mortalidade

infantil tardia.

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7. Mortalidade Proporcional de Menores de um

ano

A proporção de óbitos de criança menores de um

ano (ou de menores de cinco anos) em relação

ao total de óbitos, é uma forma muito utilizada

de expressão da mortalidade.

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8. Mortalidade Proporcional de 50 anos ou mais

(indicador de SWAROOP-UEMURA)

A proporção de óbitos de pessoas de 50 anos ou mais,

em relação ao total de óbitos, é outro indicador

muito usado.

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9. Curva de Mortalidade Proporcional

Uma maneira especial de agrupar as idades, para

construir curvas de mortalidade proporcional,

denominada “indicador de Nelson Moraes”, é

muito usada no Brasil, com a finalidade de

comparar regiões ou acompanhar a evolução da

mortalidade, em dada população.

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10. Indicador Quantitativo da Mortalidade Proporcional

Esta forma de mensuração da mortalidade, também conhecida

como “indicador de Guedes”, toma por base as mesmas faixas

etárias utilizadas no indicador de Nelson Moraes. Através de

um sistema de ponderação, chega-se a um único número, que

resume a mortalidade da população.

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B. Mortalidade por Causas

1. Distribuição de Mortalidade por Grupos de Causas (Expressa em

números absolutos, proporções e coeficientes)

O modo mais simples de representar a mortalidade por causas consiste

em distribuí-las segundo os cinco ou seis grupos em que ocorre maior

número de óbitos ( Infecciosas e Parasitárias, Neoplásias,

Cardiovasculares, Respiratórias, Perinatais, Externas, Demais causas

Maldefinidas)

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1. Distribuição de Mortalidade por Grupos de Causas (Expressa em

números absolutos, proporções e coeficientes)

O modo mais simples de representar a mortalidade por causas consiste

em distribuí-las segundo os cinco ou seis grupos em que ocorre maior

número de óbitos ( Infecciosas e Parasitárias, Neoplásias,

Cardiovasculares, Respiratórias, Perinatais, Externas, Demais causas

Maldefinidas)

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2. Coeficiente de Mortalidade por Causas Específicas

Os coeficientes específicos de mortalidade, por uma

determinada afecção, são utilizados para estimar a

importância da afecção na comunidade e para

comparações geográficas ou temporais: por

exemplo, sobre tuberculose, doença de chagas,

diabetes e doenças cerebrovasculares.

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3. Coeficiente de Mortalidade Materna

A morte materna é uma perda evitável. É considerado

morte materna o óbito da mulher em idade fértil devido

a complicações da gestação, do parto e do puerpério.

O coeficiente de mortalidade materna relaciona o número

de mortes maternas ao número de nascidos vivos, em

um dado local, em um determinado intervalo de tempo.

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4. Mortalidade por Causas Evitáveis

Em locais onde o sistema de informação sobre as

causas de óbito é suficientemente confiável, é

possível dispor os dados de mortalidade em

relação a causas potencialmente evitáveis ou

suscetíveis de redução ou eliminação, através dos

diversos instrumentos resolutivos do sistema de

saúde.

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Este tipo de análise, que utiliza o conceito morte

“evitável” ou “prematura”, pode fornecer valiosas

informações para as autoridades sanitárias,

permitindo-lhes acompanhar ao progressos

alcançados e avaliar o desempenho do sistema de

saúde.

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5. Anos Potenciais de Vida Perdidos

O indicador “anos potenciais de vida perdidos”

(APVP) traduz o número de anos que uma

pessoa, morta prematuramente, poderia ter

vivido. Quanto mais elevado for o indicador,

pior a situação.

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6. Coeficiente de Letalidade

A letalidade é outro indicador muito usado e representa

a proporção de óbitos ocorridos entre indivíduos

afetados por um dado agravo à saúde. É uma

forma de expressão da gravidade do processo.

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C. Razões de Mortalidade

As razões de mortalidade constituem uma forma de

apresentar estatísticas e de possibilitar

comparações padronizadas.

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D. Esperança de Vida (ou Expectativa de Vida)

Trata-se de um indicador de síntese, utilizado para

expressar as características da mortalidade por idade,

muito empregado na avaliação das condições de saúde

de uma população. Ela combina a mortalidade, nas

diversas idades, dando como resultado um único valor.

Tem a vantagem de não sofrer a influência da estrutura

etária da população e, por isso, é muito útil de

comparações populacionais.

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BIBLIOGRAFIA

• PEREIRA, M.G. Epidemiologia Teoria e Prática. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1995

• ROUQUAYROL, M.Z. & ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia &Saúde. 6a ed. Rio de Janeiro, MEDSI, 2003.

• ALMEIDA FILHO,N. $ ROUQUAYROL, M.Z. Introdução à Epidemiologia moderna. 3a ed. Rio DE Janeiro; MEDSI, 2002.

• IV Plano Diretor para o Desenvolvimento da Epidemiologia no Brasil. O Ensino da Epidemiologia. Ver. Bras. Epidemiol. 2005; (8) 11.

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