processo de controle de custos e análise de valor agregado

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Processos de Controle de Custos e Análise de Valor Agregado [Ano] Universidade Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodosul.edu.br

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  • Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    [Ano]

    Universidade Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodosul.edu.br

  • 2

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor

    Agregado

    MATERIAL TERICO

    Responsvel pelo Contedo:

    Prof. Ms. Artur Ubaldo Marques Jr.

    Profa. Esp. Daniela Gonalves de Moraes Marques

    Reviso Textual:

    Profa. Esp. Mrcia Ota

    Campus Virtual Universidade Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br

  • 3

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    CCoonnttrroollaarr CCuussttooss

    A reduo de custos sempre foi, e ser uma

    preocupao constante de toda e qualquer empresa que almeja

    sobreviver e prosperar em qualquer tipo de mercado.

    A contabilidade de custos sempre foi o centro das

    atenes das organizaes econmicas vencedoras.

    Todavia, percebemos que mesmo estas atividades de controle de custos

    em projetos serem de extrema importncia, elas tm sido amplamente

    negligenciada por gerentes de projeto e at mesmo sponsor, e alguns

    empresrios que agem mais por impulsos de que por conhecimento.

    Dessa forma, fcil saber que projeto vai sobreviver e qual no vai

    sobreviver, assim como, quem vai sobreviver no atual mercado globalizado de

    alta competitividade.

    Quando o assunto custo de projetos, uma frase

    que muito importante e oportuna: Quem no mede e

    no controla e quem no controla, no gerencia. Esta

    foi uma das frases favoritas de Juran, um dos pais do

    Sistema de Qualidade Total na dcada de 60 e esse

    conceito continua atual e vlido em nossos dias.

    Segundo o PMBOK (2009:152), o controle de

    custos do projeto inclui:

    Influenciar os fatores que criam mudanas na linha de base de

    custos autorizada.

    Assegurar que todas as solicitaes de mudanas sejam feitas de

    maneira oportuna.

    Gerenciar as mudanas reais conforme ocorrem.

    Assegurar que os gastos de custos no excedam os recursos

    financeiros autorizados, por perodo e total do projeto.

    Sem controle de custos nenhuma empresa sobrevive

    ou prospera, principalmente, aplicando esse conceito

    aos custos do projeto e a gesto de forma geral.

  • 4

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Monitorar o desempenho de custos para isolar e entender as

    variaes a partir da linha de base de custos.

    Monitorar o desempenho do trabalho em relao aos recursos

    financeiros gastos.

    Prevenir que mudanas no aprovadas sejam includas no relato do

    custo ou do uso de recursos.

    Informar as partes interessadas apropriadas a respeito de mudanas

    aprovadas e custos associados.

    Agir para manter os excessos de custos no previstos dentro de

    limites aceitveis.

    O controle de custos do projeto procura pelas causas de

    variaes negativas e positivas e parte do processo de

    Controle integrado de mudanas

    PMBOK (2009:152).

    A gesto de custos em projetos um processo que utiliza

    um conjunto de tcnicas multidisciplinares, que nos permite

    compreender a origem dos custos.

    Este processo pode conduzir ao aumento de proveitos,

    redues de custos e obteno de melhores nveis de

    produtividade.

    Com relao aos aspectos que envolvem o gerenciamento da qualidade,

    alerta-se que o controle dos custos deve tambm ser orientado a satisfao do

    cliente, por isso a necessidade de extremo equilbrio, j que o cliente no s

    quem paga pela realizao de um projeto, mas tambm as reas internas, que

    juntamente com a equipe do projeto interagem, gerenciam conflitos, medem

    foras e tambm se apiam, visando melhor relao custo-benefcio e

    protegendo a empresa do desperdcio e da m gesto dos custos no geral.

  • 5

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Dessa forma, existem diversas metodologias na gesto de custos, a

    saber:

    Modelo ABC;

    Custo-alvo;

    Just in time;

    Qualidade;

    Teoria das Restries;

    Gesto do Tempo;

    Gerenciamento do Valor Agregado, entre outros.

    Para Perez (2006:), as causas mais frequentes de desvios nos custos

    num projeto so:

    Alteraes no escopo de projeto: a instabilidade ou impreciso do

    escopo a mais frequente e com forte impacto nos custos (PRADO,

    2003). Sabe-se que somente 61% dos projetos mantm o escopo

    original (SOTILLE, 2003).

    Homem/horas realizados X Homem/horas planejados e

    vendidos: mesmo sem alteraes no escopo, possvel que ocorra

    um consumo maior de Homem/horas do que o planejado. Os

    motivos podem ser:

    o Improdutividade da equipe, ocasionada tanto por fatores internos

    como externos.

    o Falha no planejamento ou na estimativa (tarefa ou recurso no

    previsto, durao subestimada, etc.).

    o Execuo de servios fora de escopo, no aprovados e no

    vendidos.

    o Excessivo detalhamento ou gerao de documentao

    desnecessria.

    Desvio de custo unitrio de mo de obra (%): mesmo que a

    quantidade realizada de homem/horas apurada num determinado

    perodo esteja sob controle, pode ocorrer uma imprevista elevao

    nos seus custos unitrios comparativamente queles do oramento,

    a principal causa pode ser mo de obra utilizada com qualificao

    superior prevista, por exemplo: profissional snior ao invs de

    pleno.

  • 6

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Conforme MORAES (2008: 1):

    (...) o gerenciamento de custos do projeto

    trata principalmente do custo dos recursos

    necessrios para terminar as atividades

    do cronograma. No entanto, o

    gerenciamento de custos do projeto tambm

    deve considerar o efeito das decises do projeto sobre o custo

    de utilizao, manuteno e suporte do produto, servio ou

    resultado do projeto, por exemplo: a limitao do nmero de

    revises de projeto pode reduzir o custo do projeto custa

    de um aumento nos custos operacionais do cliente. Essa

    viso mais ampla do gerenciamento de custos do projeto

    muitas vezes chamada de estimativa de custos do ciclo de

    vida. A estimativa de custos do ciclo de vida, juntamente com

    tcnicas de engenharia de valor, pode aprimorar a tomada de

    decises e usado para reduzir o custo e o tempo de

    execuo e para melhorar a qualidade e o desempenho da

    entrega do projeto.

    Dessa forma, para gerir custos, consideramos as necessidades de

    informao das partes interessadas. O que podemos entender disso que

    cada stakeholders ir medir os custos da sua forma, ou seja, importante criar-

    se diversas vises e apresent-las nos relatrios de evoluo do projeto

    visando atender as diferentes partes interessadas.

    Sabemos que a relao entre escopo, tempo, qualidade, custo e risco

    de um projeto muito sutil, a linha que as dividem tnue e sempre que uma

    destas dimenses diferir do que planejamos, o resultado ser alterado. O

    problema que as variaes so inevitveis, mesmo que possam vir a ser

    positivas, porm na sua grande maioria so negativas.

    Os processos de gerenciamento de custos e suas

    ferramentas e tcnicas associadas variam de acordo

    com a rea de aplicao, geralmente so selecionados

    durante a definio do ciclo de vida do projeto e so

    documentados no plano de gerenciamento de custos.

  • 7

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Um problema grave ou que pelo menos gera algum estresse na gesto

    dos custos a forma com foram avaliados e custeados os projetos na fase de

    estimativa e estudos preliminares.

    Segundo Woiler e Mathias (1996), considerando certo nvel de risco de

    um projeto, o custo da inexatido ser crescente com a impreciso com que foi

    feita a anlise de viabilidade, j os custos de elaborao e anlise de

    viabilidade do projeto sero decrescentes com a impreciso, fato que podemos

    visualizar na figura a seguir:

    Figura 01: A Regio de custo mnimo

    Fonte: Woiler e Mathias (1996)

    De todos os documentos que do suporte aos processos de entrada no

    PMBOK (2009) para o Controle de Custos, podemos considerar o mais

    importante como sendo as Informaes sobre o desempenho do trabalho

    que incluem posicionamentos sobre o progresso do projeto, tais como: quais

    entregas foram iniciadas, os seus progressos e quais foram concludas. As

    informaes podem incluir tambm custos que foram autorizados e incorridos e

    estimativas para completar o trabalho do projeto.

    Caber ao GP estimular as variveis positivas e suprimir

    as variveis negativas, esse exerccio diuturno, pois

    gerenciar e em alguns casos cortar custos, so como as

    nossas unhas, toda semana precisamos cort-las.

  • 8

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    De acordo com o PMBOK (2009), a principal

    ferramenta de controle de custos em projetos a Gesto do

    Valor Agregado (GVA) ou EVM, sigla original em ingls. um

    mtodo comumente usado para medio do desempenho.

    Integra as medidas de escopo, custos e cronograma para

    auxiliar a equipe de gerenciamento a avaliar e medir o

    desempenho e progresso do projeto.

    GVA no prov medidas para medir qualidade do projeto, ento,

    possvel que GVA indique que um projeto est abaixo do oramento, frente

    do cronograma e escopo executado. Em outras palavras, GVA somente uma

    ferramenta da caixa de ferramentas do gerente de projetos.

    GVA requer quantificao do plano de projeto, dessa maneira

    geralmente percebido como sendo incapaz para projetos orientados a

    descobertas (pesquisa) ou projetos de software geis, por exemplo: pode ser

    impossvel planejar certos projetos de pesquisa adiantadamente, desde que

    pesquisa propriamente dita descubra algumas oportunidades (caminhos de

    pesquisa) e ativamente limite outras.

    Entretanto, algumas escolas de pensamento continuam acreditando que

    todo trabalho pode ser planejado, mesmo que em time boxes semanais ou

    outros incrementos curtos. Assim, o desafio criar implementaes geis ou

    orientadas a descobertas com o princpio GVA, e no simplesmente rejeitar a

    noo de medidas de desempenho tcnico objetivas.

    Os princpios do GVA podem ser aplicados a todos os projetos em

    qualquer setor ou indstria, sendo que ele desenvolve e monitora trs

    dimenses chaves para cada pacote de trabalho e conta de controle, de acordo

    com o PMBOK (2009: 154):

    uma tcnica de gerenciamento de projetos que requer

    as informaes de uma linha de base integrada contra a

    qual o desempenho pode ser medido na durao do

    projeto.

  • 9

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    O Valor Planejado (VP) o oramento autorizado designado para o

    trabalho a ser executado para uma atividade ou componente da estrutura

    analtica do projeto. Inclui o trabalho autorizado em detalhes, mais o oramento

    para o mesmo, distribudo por fase pela vida do projeto. a linha de base de

    medio do desempenho ou PMB, lembrando que o valor total planejado para

    um projeto chamado de oramento no trmino ou ONT.

    Valor Agregado (VA) o valor do trabalho terminado

    expresso em termos do oramento aprovado atribudo a esse

    trabalho para uma atividade ou componente da estrutura analtica

    do projeto. o trabalho autorizado que foi terminado, mais o

    oramento autorizado para o mesmo.

    O VA sendo medido deve ser relacionado linha de base do VP, e o VA

    medido no pode ser maior que o oramento VP de um componente.

    Custo Real (CR) o custo total incorrido e registrado na execuo do

    trabalho para uma atividade ou para um componente da Estrutura Analtica do

    Projeto EAP. o custo total incorrido na execuo do trabalho que o VA

    mediu. O CR tem que corresponder em definio ao que foi orado para o VP e

    medido no VA, por exemplo: somente horas diretas/custos diretos, ou todos os

    custos inclusive os indiretos. O CR no ter limite superior; tudo o que for gasto

    para atingir o VA ser medido.

    A partir desses trs conceitos, as variaes a partir da linha de base

    aprovada tambm sero monitoradas e geraro os seguintes indicadores:

    Variao de Custo VC ou CV (Cost Variance):

    uma medida do desempenho, em termos de custo,

    em um projeto. a diferena algbrica entre o

    valor agregado (Earned Value) e o custo real

    (Actual Cost). Um valor positivo indica um bom

    desempenho. A frmula: CV = EV AC.

    Variao de Cronograma ou Prazos VPR ou

    SV (Schedule Variance): uma medida do desempenho ao atender

    o cronograma de um projeto. a diferena algbrica entre o valor

    agregado (Earned Value) e o valor planejado (Planned Value). Um

  • 10

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    valor positivo demonstra que a entrega do valor antecipado. Vale

    observar que isto no significa necessariamente que haja

    antecipao do marco final do projeto, pois para que se possa

    afirmar uma antecipao efetiva, todas as variaes observadas

    devem ser no caminho crtico do projeto. Frmula: SV = EV PV.

    ndice de Desempenho de Custo - IDC - ou CPI (Cost

    Performance Index): uma medida da eficincia, em termos de

    custo, em um projeto. a razo entre o valor agregado (Earned

    Value) e o custo real (Actual Cost). ndice de Desempenho de Custo

    maior ou igual a um indica que os recursos do projeto esto sendo

    utilizados de forma eficiente. A frmula: CPI = EV / AC.

    ndice de Desempenho de Prazos - IDP -

    ou SPI (Schedule Performance Index):

    uma medida da eficincia ao atender o

    cronograma de um projeto. a razo entre

    o valor agregado (Earned Value) e o valor

    planejado (Planned Value). ndice de

    Performance de Cronograma maior ou igual a um indica ritmo

    eficiente de avano no cronograma. Frmula: SPI = EV / PV.

    Anlise dos Casos dos ndices de Desempenho:

    o CPI < 1 projeto est com custo maior que o previsto no

    oramento.

    o CPI > 1 projeto est com custo menor que o previsto no

    oramento.

    o CPI = 1 projeto est com os custos iguais aos previstos no

    oramento.

    o SPI < 1 projeto est com o cronograma atrasado em relao

    ao previsto.

    o SPI > 1 projeto est com o cronograma adiantado em relao

    ao previsto.

    o SPI = 1 projeto est com o cronograma em dia em relao ao

    previsto.

  • 11

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Ainda, segundo o PMBOK (2009:156), conforme o projeto progride, a

    equipe do projeto pode elaborar uma previso para a estimativa no trmino

    (ENT) que pode ser diferente do oramento no trmino (ONT) baseado no

    desempenho do projeto.

    A abordagem de previso de ENT mais comum uma soma manual

    feita de maneira bottom-up pelo gerente e a equipe do projeto. O mtodo de

    ENT bottom-up do gerente do projeto baseado nos custos reais e na

    experincia incorrida do trabalho executado e requer uma nova estimativa para

    completar o trabalho restante do projeto. Este mtodo pode ser problemtico j

    que interfere na conduta do trabalho do projeto.

    Normalmente, no h um oramento separado para a

    elaborao da estimativa para terminar (EPT), portanto, custos

    adicionais so incorridos para o projeto conduzir a mesma.

    Frmula: ENT = CR + EPT bottom-up.

    Enquanto os dados do GVA podem rapidamente fornecer muitas ENTs

    estatsticas, somente trs dos mtodos mais comuns esto descritos abaixo:

    Previso da ENT para o trabalho EPT executado no ritmo

    orado: este mtodo de ENT aceita o desempenho do projeto real

    at a data (se favorvel ou desfavorvel) como representado pelos

    custos reais e prev que todo o trabalho EPT futuro ser executado

    no ritmo orado. Equao: ENT = CR + ONT VA.

    Previso da ENT para o trabalho EPT executado ao IDC

    presente: este mtodo assume que o que tem acontecido at agora

    no projeto tende a continuar no futuro. Assume-se que o trabalho

    EPT a ser executado ter o mesmo ndice de desempenho de custo

    cumulativo (IDC) incorrido pelo projeto at a data. Equao: ENT =

    ONT / IDC cumulativo.

    Se for bvio que o ONT no mais vivel, o gerente do

    projeto deve elaborar uma ENT prevista. Elaborar uma

    previso da ENT envolve a execuo de estimativas ou

    prognsticos de condies e eventos no futuro do projeto

    com base nas informaes e conhecimento disponveis

    no momento da previso.

  • 12

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Previso ENT para o trabalho EPT considerando ambos os

    fatores IDP e IDC: nesta previso, o trabalho EPT ser executado

    numa taxa de eficincia que considera os ndices de desempenho de

    prazo e de custos. Este mtodo mais til quando o cronograma do

    projeto um fator de impacto no esforo de EPT. Equao: CR +

    [(ONT VA) / (IDC cumulativo x IDP cumulativo)].

    ndice de desempenho para trmino (IDPT): a projeo

    calculada do desempenho de custos que deve ser atingido no

    trabalho restante para alcanar um objetivo de gerenciamento

    especificado, como o ONT ou a ENT. Equao para o IDPT baseado

    na ONT: (ONT VA) / (ONT CR). Equao para o IDPT baseado

    na ENT: (ONT VA) / (ENT CR).

    Anlise de desempenho compara o desempenho de custos atravs do

    tempo, atividades do cronograma ou pacotes de trabalho acima e abaixo do

    oramento e recursos financeiros estimados necessrios para terminar o

    trabalho em progresso. Se o GVA estiver sendo utilizado, as seguintes

    informaes so determinadas:

    anlise: da variao;

    anlise das tendncias;

    desempenho do valor agregado.

    Anlise da variao possui as medies do desempenho de custos

    (VC, IDC) e so usadas para avaliar a magnitude de variao linha de base

    de custos original.

    Cada uma dessas abordagens pode ser correta para

    qualquer dado projeto e fornecer equipe de

    gerenciamento do mesmo com um sinal de aviso

    antecipado se as previses ENT no estiverem dentro dos

    limites de tolerncia aceitveis.

  • 13

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Um dos aspectos importante a determinao da

    causa e grau de divergncia relativa linha de base do

    desempenho de custos e a deciso se ao corretiva ou

    preventiva necessria. A faixa percentual de variaes

    aceitveis tender a diminuir conforme mais trabalho

    concludo.

    As variaes percentuais maiores permitidas no incio do projeto podem

    diminuir conforme o projeto se aproxima do final. Alm disso, podemos sempre

    utilizar os softwares para gerenciamento de projetos de forma que eles possam

    controlar as trs dimenses do GVA (VP, VA a CR).

    Vamos conhecer alguns outros mtodos que possam envolver controle

    de custos no projeto.

    Custeio ABC: O sistema de custeio baseado em atividades (ABC

    Activity Based Costing) procura, igualmente, amenizar as distores

    provocadas pelo uso do rateio, necessrios aos sistemas tratados

    anteriormente, principalmente no que tange ao sistema de custeio por

    absoro. Poderia ser tratado como uma evoluo dos sistemas j discutidos,

    mas sua relao direta com as atividades envolvidas no processo configura

    mero aprofundamento do sistema de custeio por absoro.

    Martins (2003:87) informa que o Custeio Baseado em Atividades uma

    metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distores

    provocadas pelo rateio arbitrrio dos custos indiretos. Este sistema tem como

    fundamento bsico a busca do princpio da causa, ou seja, procura identificar

    de forma clara, por meio de rastreamento, o agente causador do custo, para

    lhe imputar o valor.

    Custo Alvo ou custo meta: (em ingls: target costing) uma estratgia

    de gesto de custos que, a partir do preo de mercado e de uma margem de

    lucro desejada, estabelece um teto de custo para os produtos ou servios.

    Essa estratgia mais eficaz quando ocorre na fase de projeto do

    produto. A nfase do custo-meta no projeto do produto decorre do

  • 14

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    conhecimento de que a maior parcela do custo de certo

    produto ou servio determinada na fase de projeto. Durante a

    fase de fabricao melhorias so possveis, porm o maior

    efeito do custo-meta pode ser obtido na fase de projeto.

    Teoria das Restries: tambm denominada de TOC (Theory

    of Constraints) um desenvolvimento relativamente recente no

    aspecto prtico da tomada de diversas decises

    organizacionais nas quais existem restries.

    A TOC foi inicialmente descrita pelo Dr. Eliyahu Goldratt em seu livro, A

    Meta, uma restrio qualquer coisa numa empresa que a impede ou limita

    seu movimento em direo aos seus objetivos.

    claro que a aplicao da TOC requer uma apropriada definio dos

    objetivos a serem atingidos. Para a maior parte das empresas, o objetivo

    principal o lucro presente e sua sustentabilidade no futuro.

    Existem dois tipos bsicos de restries: fsicas e

    no-fsicas. As restries fsicas na maior parte das vezes

    esto relacionadas a recursos: mquinas, equipamentos,

    veculos, instalaes, sistemas etc. As restries no-

    fsicas podem ser a demanda por um produto, um

    procedimento corporativo ou mesmo um paradigma mental no

    encaminhamento de um problema.

    Atualmente, a Corrente Crtica considerada um dos maiores avanos

    na rea de gerenciamento de projetos dos ltimos 30 anos e tem como origem

    a Teoria das Restries.

    A Corrente Crtica entra exatamente na mudana de paradigma,

    sugerindo que se planeje as atividades estimando suas duraes de forma

    agressiva, reduzindo o tempo, mas de forma que seja factvel, para cada

    atividade do cronograma. Mas, onde colocaremos os tempos estimados

    que comporo a margem de segurana?

  • 15

    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Ser colocado um tempo ao final do cronograma, que geralmente uma

    estimativa baseada na mdia da durao das tarefas. Assim, consegue-se uma

    reduo em torno de 50% da estimativa original do cronograma. Esta margem

    de segurana chamada de pulmo.

    O que podemos perceber nitidamente que o uso do mtodo da

    Corrente crtica aumenta o controle das atividades, mas para isso, deve

    existir na organizao um histrico dos reais tempos de atividades idnticas de

    projetos anteriores. Desse modo, poderemos chegar em uma estimativa mais

    perto do real.

    Por fim, todo nosso trabalho de controle de custos

    gerar como sadas esperadas os seguintes artefatos,

    segundo o PMBOK (2009):

    Medies de desempenho do trabalho.

    Previses de oramentos.

    Atualizaes em ativos de processos organizacionais:

    o causas das diferenas;

    o ao corretiva escolhida e suas razes e

    o outros tipos de lies aprendidas a partir do controle de custos.

    Solicitaes de mudanas.

    Atualizaes no plano de gerenciamento do projeto:

    o Linha de base do desempenho de custos: mudanas na linha

    de base do desempenho de custos so incorporadas em

    resposta s mudanas aprovadas no escopo, recursos das

    atividades ou estimativas de custos PMBOK (2009:159).

    o Plano de gerenciamento de custos.

    Atualizaes nos documentos do projeto:

    o estimativa de custos e

    o bases de estimativas.

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    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Sintetizando

    Figura 2: Controlar Custos: entradas, ferramentas & tcnicas e sadas.

    Fonte: Adaptado PMBOK (2009:153).

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    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Anotaes

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    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

    Referncias

    BARCAUI, Andr B.; QUELHAS, Osvaldo. A Teoria das Restries aplicada na

    gerncia de projetos: Uma introduo corrente crtica. Disponvel em:

    http://www.pmtech.com.br/newsletter/Marco_2005/TOC_e_CCPM_em_GP.pdf.

    Acessado em: 21 set. 2011.

    HELDMAN, Kim. Gerncia de Projetos: Guia para o exame oficial do PMI. 5

    Ed. Rio de Janeiro: Campus Elsevier. 2009.

    MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9Ed. So Paulo: Atlas, 2003.

    MORAES, Frederico Dias, Projeto 07 Gerenciamento de Custos. Setembro de

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    Processos de Controle de Custos e Anlise de Valor Agregado

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