UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBAPROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ARTE

O TEATRO DEPOIS DO CINEMA

DIOGO JOSÉ DE MORAES LOPES BARBOSA

João PessoaAbril, 2016

O TEATRO DEPOIS DO CINEMA

Pré-projeto para produção de Artigo apresentado à disciplina de História e Historiografia do Teatro do Programa de Mestrado Profissional em Arte em Rede Nacional da Universidade Federal da Paraíba.

Professor: Erlon Cherque Pinto

João PessoaAbril, 2016

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................4

2. JUSTIFICATIVA..................................................................................................5

3. OBJETIVOS..........................................................................................................6

4. METODOLOGIA..................................................................................................7

5. CRONOGRAMA..................................................................................................8

6. REFERÊNCIAS....................................................................................................9

1. INTRODUÇÃO

Este pré-projeto se propõe a organizar a construção de um artigo que por sua

vez, pretende investigar quais rumos a natureza estética do teatro tomou após a invenção

da sétima arte pelas mãos dos irmãos Lumière em 1995. Assim como aconteceu com a

pintura depois do surgimento da fotografia, teria o teatro sofrido mudanças em seus

preceitos estéticos e se tornado algo diferente da linguagem naturalista que vinha sendo

apresentada à sociedade dos meados do século XIX ao início do século XX?

Na verdade, o que se pensou depois do estabelecimento do cinema enquanto

arte, era que não tardaria para que o teatro morresse, algo que até hoje se prega

(especialmente com o aparecimento de outras formas de entretenimento como a

televisão, o rádio, o vídeo e mais recentemente, a internet), no entanto, isto não

aconteceu.

A arte teatral existe e persiste em todas as partes do mundo até hoje, seja de

forma tímida como o teatro realizado em companhias e coletivos cênicos, grupos

pertencentes a instituições educacionais como escolas, ONGs, universidades etc., ou

seja por grandes indústrias de entretenimento como a brodway, espetáculos com atores

televisivos de apelo comercial, outros.

Desta forma, a arte da interpretação dos organismos próximos como diz o

encenador Grotowski, continua fazendo partes das nossas sociedades, contudo, este

teatro de hoje é algo completamente diferente daquele pensado por Antoine ou mesmo,

por Stanislawski, sobretudo, quanto a sua forma. Algo mudou e nossa hipótese é que a

maior mudança aconteceu em sua linguagem.

A linguagem do teatro contemporâneo é inquestionavelmente diferente daquela

naturalista encenada durante o século XIX. Com isto, o que desejamos entender aqui é

se o aparecimento dos primeiros filmes mudos e depois, do cinema sonoro, contribuiu

de alguma forma para a mudança da natureza estética e poética do teatro.

2. JUSTIFICATIVA

É necessário para o expectador e, sobretudo para profissional e estudante de

artes dramáticas, entender as peculiaridades específicas de cada linguagem (teatro e

cinema). O público muitas vezes assiste a um espetáculo esperando usufruir das mesmas

características estéticas encontradas no cinema ou na televisão, estranhando assim

quando um cenário é apresentado de forma mais realista, da mesma forma também que

um ator veterano de teatro, em frente a uma câmera, pode gerar resultados um tanto

exagerados e, dependendo da intenção do diretor do filme, inapropriados para uma

determinada película.

Desta forma, buscar referências é sempre importante para que deixemos claro

que, apesar de se tratarem de linguagens artísticas próximas, de ambas as linguagens

possuírem elementos parecidos, estamos falando de expressões diferentes onde cada um

possui códigos sígnicos próprios. Com isso, este estudo espera ajudar a deixar clara a

diferença dos tipos de arte em questão. Em uma peça de teatro cujo cenário de alguma

forma pareça inverossímil, cuja maquiagem pareça excessivamente colorida ou o

figurino se apresente pouco próximo do usual, esperamos que com este trabalho, o

expectador compreenda que cada um destes elementos “exagerados” é inerente ao teatro

contemporâneo e que tais características, em geral de cunho naturalista, serão

encontradas nas telas de cinema e de televisão.

3. OBJETIVOS

3.1. GERAL

Entender e refletir como o surgimento do cinema e o seu desenvolvimento

influenciaram as modificações na linguagem da arte teatral durante o século XX,

culminando no que conhecemos como teatro contemporâneo.

3.2. ESPECÍFICAS

Mapear o que conhecemos enquanto teatro contemporâneo.

Investigar quais principais mudanças estéticas aconteceram durante o século XX

Observar como e por que o cinema modificou a arte teatral.

Realizar um levantamento bibliográfico sobre os principais aspectos históricos e

estéticos do teatro naturalista até o contemporâneo.

Realizar um levantamento bibliográfico sobre os principais aspectos históricos e

estéticos do cinema.

4. METODOLOGIA

Como metodologia para construção deste artigo, utilizaremos principalmente

pesquisas de cunho bibliográficas juntamente com questionamentos levantados em sala

de aula durante as apresentações dos seminários da disciplina de História e

Historiografia do Teatro no Curso de Mestrado em Artes da Universidade Federal de

Pernambuco.

Através dos diálogos entre os pensadores e teóricos pesquisados e das

observações surgidas durante as aulas, pretendemos organizar as ideias e dar corpo ao

trabalho em questão.

5. CRONOGRAMA

Mês de Abril

Apresentar Pré-projeto

Estudar os textos em questão

Mês de Maio

Apresentar seminário de referencial

teórico

Escrever artigo a partir do seminário e das

leituras

Mês de Junho

Apresentar artigo

6. REFERÊNCIAS

BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo, Ed. Perspectiva, 2000.

GOMBRICH, E. A História da Arte. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1985.

MACHADO, Arlindo. Pré-cinemas & Pós-cinemas. Campinas: Ed. Papirus, 2005.

MASCARELLO, Fernando (org.). História do Cinema Mundial. Campinas: Ed.

Papirus, 2011.

PAVIS, Patrice. Análise de espetáculos. São Paulo: Perspectiva, 2003.