pre-textual marcelo 28-06 (1)

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  • 8/19/2019 Pre-textual Marcelo 28-06 (1)

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

    INSTITUTO DE BIOQUÍMICA MÉDICA

    PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA BIOLÓGICA

    Marce! Bar"!#a D$ar%e

    O &'(ac%! )a *&!+,c&a $r"a,a ,! c!'(!r%a'e,%! )e e%$)a,%e )a

    E)$ca./! B0&ca )! '$,&c1(&! )e N&%er2&-RJ

    Rio de Janeiro2015

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    Marcelo Barboza Duarte

    O &'(ac%! )a *&!+,c&a $r"a,a ,! c!'(!r%a'e,%! )e e%$)a,%e )a

    E)$ca./! B0&ca )! '$,&c1(&! )e N&%er2&-RJ

    Dissertação apresentada ao Programa

    de Pós !raduação em "u#mica Biológica do

    $nstituto de Bio%u#mica M&dica da

    'ni(ersidade )ederal do Rio de Janeiro* como

    re%uisito para obtenção do t#tulo de Mestre em

    +ducação* !estão e Di,usão em Bioci-ncias.

    /rientadora Pro,a. Dra. ristina de

    /li(eira Maia

    Rio de Janeiro2015

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    Marcelo Barboza Duarte

    O &'(ac%! )a *&!+,c&a $r"a,a ,! c!'(!r%a'e,%! )e e%$)a,%e )a

    E)$ca./! B0&ca )! '$,&c1(&! )e N&%er2&-RJ

    Dissertação apresentada ao Programa

    de Pós !raduação em "u#mica Biológica do

    $nstituto de Bio%u#mica M&dica da

    'ni(ersidade )ederal do Rio de Janeiro* como

    re%uisito para obtenção do t#tulo de Mestre em

    +ducação* !estão e Di,usão em Bioci-ncias.

    pro(ado em 3333333343333333343333333333.

     3333333333333333333333333333333333333333 

    /rientadora Pro,a. Dra. ristina de /li(eira Maia

     3333333333333333333333333333333333333333 

    /rientadora Pro,a. Dra.

     3333333333333333333333333333333333333333 

    /rientadora Pro,a. Dra.

    3

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    AGRADECIMENTOS

    Mesmo em muitos momentos solit6rios da nossa (ida acad-mica e pro,issional*

    onde nos apareceram os 7,antasmas do des8nimo* ansiedade e sensação de ,racasso9*

    acabaram tamb&m por se apresentar as 7mãos amigas e solid6rias9* %ue nos en(ol(eram

    com o seu acalento e con,orto* moti(ação* respeito e a:uda. isso* não poderia cometer 

    a in:ustiça de não mencionar as pessoas %ue se posicionaram dessa ,orma para o in#cio e

    conclusão desse trabal;o. + %ue direta e indiretamente sem saber* não somente

    con,iaram em nós e em nossa proposta de eecutar uma tare,a de taman;a

    responsabilidade* con,orme epressa em tela* bem como cooperaram de (6rias ,ormas

     para %ue a mesma c;egasse a 7eist-ncia9< e são tais pessoas dignas do meu respeito*

    carin;o e consideração Pro,= Denise Roc;a orrea >annes ?"uando esta(a perdendo o

    rumo me da(a uma sacudida@* Pro,= Ania Maria Ramos de Casconcelos ?"ue %uando

    começa(a a desanimar* me dizia 7Marcelo Camos9.@ E min;a /rientadora* Pro,=

    ristina de /li(eira Maia ?"ue apareceu no momento certo* eato e crucial para ,azer 

    esse trabal;o destra(ar e c;egar ao seu ponto de cl#ma* bem como complementar com

    suas orientaçFes* sugestFes e dicas para uma obra enuta e concisa@. Gão encontro

     pala(ras para epressar para essa e%uipe sensacional

     Gão poderia tamb&m es%uecer de Denise ampos* sempre atenciosa para

    conosco* e de todos os meus colegas mestrandos e e%uipe da primeira edição* no %ual

     passei a admirar e a respeitar* onde sempre com carin;o me acol;eram em suas

    simpatias de cada personalidade.

    + em especial a min;a %uerida e amada esposa A8nia GaHara* %ue com paci-ncia*

    altru#smo e perse(erança tem me a:udado de (6rias ,ormas* no %ual* como sempre (em

    contribuindo e,eti(amente e positi(amente em nossos trabal;os.

    + ,undamentalmente a a%uele %ue me troue a eist-ncia* a (ida e a sociedade* para %ue de alguma ,orma pudesse não só me relacionar com a mesma* mas tamb&m

    contribuir com essa e a ,utura. $ndependente das situaçFes dram6ticas %ue (i(i desde a

    in,8ncia e ainda em certos momentos %ue nos a,etam com os seus dardos. Pois o meu

    riador e Pai* %ue me c;amou pelo nome na rua da amargura* me ,ez promessas e

    tamb&m me outorgou responsabilidades. lguns o c;amam de Deus* outros o c;amam

    de energia e ou de ,orça* mas respeitando a todos e as suas opiniFes* eu o c;amo e

    ten;oo simplesmente como Pai. /brigado Pai* por tudo %ue me ensinaste at& a%ui

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    educação & um elemento importante na luta pelosdireitos ;umanos. I o meio para nos a:udar* aos nossos

    ,il;os e as pessoas a redescobrirem a sua identidade* eassim* aumentar o seu autorespeito. +ducação & onosso passaporte para o ,uturo* pois o aman;ã só pertence ao po(o %ue prepara o ;o:e9. ?M>/M K*1L251L5@

    7/ primeiro princ#pio da ação não (iolenta & a nãocooperação com tudo %ue & ;umil;ante9. ?M.!GDN$* 1OL1LO@

    7'm son;o não & apenas para ser son;ado ou contado*e sim em muitos momentos interpretado* pois pode ser 

    %ue ;6 son;os %ue de(am ou serão (i(idos na dura ecrua realidade. +ntão son;e e não ten;a medo deson;ar. Mas procure sempre saber se o seu son;o & poss#(el de se tornar em realidade* onde cada um ,ar6 asua parte* ele te alimentando de esperanças e utopias e(oc- ,azendo a sua em acreditar e lutar at& o ,im. Pois*somente no ,im saber6s se son;os se realizam9.?MR+>/ D'RQ+@

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    P!e'a3 Te,4! 'e)!5

    ?utor Marcelo Duarte@

    Qen;o medo %ue um dia a ,rieza do indi(idualismo* do egocentrismo* da

    competiti(idade nas e das relaçFes ;umanas* bem como a ,alta de solidariedade da

    mesma no 8mbito escolar* (en;a tornar tal espaço de aprendizagem apenas em paredes

    ,rias pelos ti:olos e concretos embrutecidos pelo tempo* condicionamento e

    determinação< e assim como esses* tamb&m (en;am ,icar petri,icados meia dzia de

     pro,issionais %ue atuarão nesses espaços com o nico intuito de gerenci6lo no controle

    do aprendizado* a %uem aprender e o %ue aprender. )icando o apreender de ,ora de tal

     perspecti(a.

    Qen;o medo %ue a escola suma em sua especi,icidade e d- lugar a pr&dios

    decadentes* abandonados* en(el;ecidos e em total estado de abandono* assim como

    a%ueles %ue de(eriam estar dentro desses espaços e serem con,ortados pela

     possibilidade de se relacionar com o aprendizado e a troca do mesmo.

    Qen;o medo de %ue as escolas desaparecem lentamente por seus estados de

    sucateamento de estruturas ,#sicas* de contedo* de pro,issionais e dos su:eitos %ue

    de(eriam ser parte da autoria principal da construção de um ,uturo mel;or* mais

     bril;ante* democr6tico e tal(ez igualit6rio.

    Aim Qen;o medo %ue um dia* tal(ez da%ui a pelo menos 100 anos* nossos

    espaços escolares se:am trocados por um ,ormato de ensino %ue distancia su:eitos e

    outros su:eitos* autores de outros autores* sub:eti(idade de outras sub:eti(idades e assim

     priorize uma certa alteridade mecanizada e constitu#da intencionalmente na lógica do

    mercado* da mercadoria e da alienação mais (oraz do %ue as (istas at& então.

    Qen;o medo do meu po(o cair na amargura da ignor8ncia e por ,alta de

    aprendizado e criticidade* (en;am se le(ar por uma nica (erdade* ;istória e processode construção do saber. Dando lugar a (iol-ncia* a barb6rie e a reprodução dessas por 

    longos anos* ;istórias e recaindo sobre muitas (idas. Pois* as conse%u-ncias de toda essa

    trag&dia escolar* do sistema educacional ou de aprendizagem* tal como de suas pol#ticas

    imediatistas de ,ins mercadológicos atingirão diretamente os nossos descendentes e

    geraçFes bem próimas.

    Aim Qen;o medo* muito medo...

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    RESUMO

    +ste trabal;o tem como ob:eti(o (eri,icar como educandos da Rede Pblica de ensinodo Munic#pio de Giterói4RJ percebem o ,enmeno da (iol-ncia nas suas comunidades ecomo esta percepção se e(idencia em seus discursos. )oi preciso entender algumascaracter#sticas do Munic#pio* como o #ndice de desen(ol(imento ;umano ?$DN@ e a suarealidade atual na %uestão aumento da (iol-ncia con,orme dados do $nstituto deAegurança Pblica ?$AP@. 'tilizamos como ,undamentação teórica da pes%uisa ocondicionamento do corpo pela disciplina* segundo Mic;ael )oucault e Bandura com aQeoria ogniti(a Aocial* al&m da teoria de CHgotsSH %ue associa a aprendizagem ao

     processo social. 'tilizamos um %uestion6rio semiestruturado com %uestFes ob:eti(as euma discursi(a %ue ,oi respondido por 120 alunos da Rede +stadual de +nsino deescolas da Tona Gorte de Giterói* estado do Rio de Janeiro* com idades entre 1U e 1V

    anos. s respostas Es %uestFes ob:eti(as ,oram contabilizadas e as %uestFessemiestruturadas ,oram analisados por meio de t&cnica categorial de an6lise de contedo?BRD$G* 2011@. )ica notório %ue ;6 relação entre o aumento da (iol-ncia* e o impactoda mesma na (ida dos estudantes da zona norte do Munic#pio niteroiense.

    Paa*ra-c4a*e3 educação< escola< (iol-ncia< ass&dio.

    ABSTRACT

    Q;is WorS aims to determine ;oW teac;ing students o, Public Ac;ool ,rom Giterói 4 RJ percei(e t;e p;enomenon o, (iolence in t;eir communities and ;oW t;is perception ise(ident in ;is speec;es. $t Was necessarH to understand some c;aracteristics o, t;e

     Giterói* as t;e ;uman de(elopment inde ?ND$@ and its current realitH on t;e %uestiono, (iolence according to data ,rom t;e /,,ice o, Public Aa,etH ?$AP@. Xe used ast;eoretical ,oundation o, t;e researc; bodH conditioning ,or discipline* according toMic;ael )oucault and Bandura Wit; t;e Aocial ogniti(e Q;eorH* in addition to t;e

    CHgotsSHYs t;eorH associated Wit; social learning process. Xe use a semistructured%uestionnaire Wit; ob:ecti(e %uestions and a discourse t;at Was ansWered bH 120students o, t;e Public Ac;ool o, t;e Atate o, Rio de Janeiro* Gort; Tone o, Giterói*aged betWeen 1U and 1V Hears. Q;e ansWers to ob:ecti(e %uestions Were recorded andsemistructured %uestions Were analHzed using categorical tec;ni%ue o, contentanalHsis ?BRD$G* 2011@. $t is Well SnoWn t;at t;ere is a relations;ip betWeen t;eincrease in (iolence* and t;e impact o, same on t;e li(es o, students in t;e nort;ern

     part o, t;e MunicipalitH niteroiense.

    6e7 8!r)3 education< sc;ool< (iolence< siege.

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    SUM:RIO

    PR+A+GQ[\/........................................................................................................10

    $GQR/D'[\/.............................................................................................................12

    P]Q'>/ $ontetualizando o espaço............................................................................................21

    P]Q'>/ $$+ntendendo o Au:eito ognosc#(el e ognoscente........................................................2

    P]Q'>/ $$$/ Per,il da mostra* Procedimentos e Metodologia.....................................................2V

    P]Q'>/ $Cn6lise dos Dados..........................................................................................................U2

    /GA$D+R[^+A )$G$A.........................................................................................UL

    R+)+R_G$A.............................................................................................................0

    9

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    ; APRESENTAÇÃO

    Min;a tra:etória acad-mica se deu como Bac;arel em Qeologia e Nabilitação

     para o +nsino Religioso pela )aculdade Qeológica de Minas !erais ?)Q+M$!* 2000

    200U@* uma instituição pri(ada e com parceria com o Munic#pio e a )undação Municipal

    de +ducação de 'berl8ndia* Qri8ngulo Mineiro. Gesta região* residi at& o primeiro

    semestre de 200. +ntretanto* no ano de 2001 ti(e a eperi-ncia de passar %uase 02

    ?dois@ meses numa aldeia ind#gena denominada de Motacoccitos em Puerto Au6rez*

    Bol#(ia* o %ue me deu uma no(a perspecti(a de relaçFes sociais.

    Durante o ano de 200U ,ui con(idado pela mesma instituição onde me graduei

     para lecionar algumas disciplinas de Qeologia Aistem6tica. Gesses momentos a min;a

    atenção e indagaçFes esta(am mais para as 6reas da ,iloso,ia e da teologia. Min;a

    monogra,ia ,ora em de,esa de uma educação laica* mesmo sendo teólogo.

    inda no ano de 200* agora em Giterói* ,ui lecionar ensino religioso 7não

    con,essional e sim plural9 ?>ei n. L.UL* de 20 de dezembro de 1LL@ em escolas

     pri(adas do re,erido Munic#pio* bem como disciplinas da 6rea de teologia em

    Aemin6rios* $nstitutos Qeológicos e )aculdades %ue o,erta(am tal curso. Gesse mesmo

    momento atua(a em pro:etos sociais e instituiçFes não go(ernamentais %ue trabal;a(am

    com adolescentes e :o(ens em situação de risco social. Meu ol;ar começara a se aguçar 

    não mais para %uestFes tão somente teológicas* ,ilosó,icas e sub:eti(as ou abstratas* mas

    tamb&m para as pr6ticas e concretas. +sta(a deiando o dom#nio da abstração teórica

     Gos trabal;os %ue comecei a realizar com adolescentes e :o(ens em situação de

    risco social nas comunidades de Giterói* Aão !onçalo e Rio de Janeiro ,ui me

    aproimando de outra realidade* a educação escolar numa outra perspecti(a* não apenas

    como educador* mas pelo ponto de (ista do educando.

    >ecionando disciplinas de ,iloso,ia e teologia* licencieime em Pedagogia comNabilitação em dministração* Auper(isão* /rientação +ducacional e ao Magist&rio das

    disciplinas Pedagógicas do +nsino )undamental e M&dio pela 'ni(ersidade )ederal

    )luminense ?'))* 200200L@. Mesmo nos trabal;os realizados pro,issionalmente e

    academicamente meu ol;ar ainda esta(a atrelado as %uestFes religiosas e ,ilosó,icas nos

    curr#culos escolares. +sta tend-ncia ,ica e(idente no desen(ol(imento da monogra,ia da

    licenciatura em pedagogia* cu:o tema ,oi a denncia de educação religiosa no ,ormato

    obrigatória e con,essional pela Rede Pblica de Giterói* cu:o tema ,oi O e,&,!Re&

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    INTRODUÇÃO

    ada (ez mais obser(amos not#cias e estudos relati(os E presença de (iol-ncia

    nas escolas. De acordo com M))+A/>$ ?1L@* sendo apresentado por AGQ/A

    ?200L* p6g.1V@* basta 7estarmos atentos E ;istória ;umana para percebermos %ue a

    (iol-ncia & a ;erança comum a todo e %ual%uer con:unto ci(ilizacional* pois est6 inscrita

    na cena da ;istória tanto nas sociedades primiti(as como nas mais recentes9. Portanto*

    ,ica notório %ue não ;6 como negar %ue a (iol-ncia est6 presente e ocorre em todas as

    classes sociais indiscriminadamente ?GD'* 2001@. Mas se & necess6rio e urgente

    entend-la para assim lidar com seus tent6culos %ue atingem sem prerrogati(as (6rios

    8mbitos das es,eras sociais.

    J6 %ue* o ;omem não & isolado e nem tão pouco aprisionado no seu mundo pri(ado ou pblico* dilu#do no coleti(o e re,leo das determinaçFes* mas & %uasesocial*

     pois & na e pela relação com os outros* & atra(&s da linguagem %ue ele se constitui e &

    constituinte de outros su:eitos* ad%uirindo* portanto* uma natureza cultural e ;istórica

    %ue l;e con,ere a condição ;umana ?C$!/QA`$* 1LLL@.

    Para tanto* nos despo:aremos de todo e %ual%uer tipo de preconceito* para %ue

    assim possamos camin;ar na proposta e entender não somente o ,enmeno da (iol-ncia

    no re,erido Munic#pio* mas tamb&m sua relação com a instituição escolar e suacomunidade como um todo< uma (ez %ue* a mesma :6 & um espaço compleo e

    contraditório em suas pol#ticas e pr6ticas. om isso* se ,az necess6rio percorrer o

    desdobramento do %ue & (iol-ncia* sua ação* e,eito e conse%u-ncias dentro do espaço

    escolar e etraescolar da (ida dos educandos de Giterói.

     Gesse momento :6 cabe E de,inição do %ue seria (iol-ncia e crime* pois serão

    termos tratados e ,io condutor de todo o trabal;o apresentado e sua discursão. Qal como

    o relacionamento desse termo com os su:eitos ob:eto da pes%uisa* %ue serão

    adolescentes de 1U a 1V anos< a região desses* sua escola e (ida social* no sentido de

    eposição direta e indireta ao ,enmeno da (iol-ncia e podendo ser ou resultar em

    crime. 'ma (ez %ue* nem toda a (iol-ncia & dita ou constitu#da em ou como um crime*

     por&m* todo o tipo de crime & uma ,orma de (iol-ncia. Portanto* ;6 de se considerar 

    uma clara e ob:eti(a de,inição desses dois termos para mel;or compreensão do discurso.

    Aegundo os dicion6rios 'RI>$/ B'R"'+ D+ N/>GD ?200O@ e

    M/R A/R+A ?200@ (iol-ncia & o estado* %ualidade ou car6ter da%uilo %ue &

    (iolento< ato de (iol-ncia ou de (iolentar< irascibilidade< (eem-ncia< abuso de ,orça<

    12

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    tirania< opressão< constrangimento ou ação (iolenta. Aendo essa ltima o ato ou e,eito

    de cometer (iol-ncia. /s mesmos ainda de,inem (iol-ncia como o constrangimento

    eercido sobre alguma pessoa para obrig6la ou coagila a ,azer um ato %ual%uer. Go

    dicion6rio :ur#dico do pro,essor XAN$G!Q/G D/A AGQ/A ?2001@ (iol-ncia &

    constrangimento ,#sico ou moral sobre algu&m. Go mesmo dicion6rio 7(iol-ncia A.,.

    Aegundo Rui Barbosa* & o uso da ,orça material ou o,icial* debaio de %ual%uer das duas

    ,ormas* em grau e,iciente* para e(itar* contrariar ou dominar o eerc#cio de um direito9

    ?AGQ/A< D$$/GR$/ J'R]D$/. +d. Del Rei< BN* 2001. P6g. 2@.

    J6 no %ue de,ine crime* os re,eridos ?'RI>$/ M/R@ dicion6rios

    mencionam %ue crime & delito< in,ração de um de(er< %ual%uer (iolação gra(e da lei por 

    ação ou por omissão* dolosa ou culp6(el< %ual%uer (iolação muito gra(e de ordem

    moral* ci(il e religiosa* sendo cab#(eis de punição con,orme as leis< ação il#cita<

    transgressão a um preceito legal e ato %ue se declara pun#(el.

     Ga re(ista :ur#dica online da 'ni(ersidade +stadual de Ponta !rossa ?'+P!@*

    )+RGGD/ +>+'QIR$/ nos esclarece %ue crime

    l&m de um ,enmeno social* o crime & na realidade* um episódio na (ida deum indi(#duo. Gão podendo portanto* ser dele destacado e isolado* nemmesmo ser estudado em laboratório ou reproduzido. Gão se apresenta nomundo do diaadia como apenas um conceito* nico* imut6(el* est6tico notempo e no espaço. /u se:a cada crime tem a sua ;istória* a sua

    indi(idualidade< não ;6 dois %ue possam ser reputados per,eitamente iguais.+(identemente* cada conduta criminosa ,az nascer para as (#timas* resultados%ue :amais serão es%uecidos* pois delimitouse no espaço a marca de umaagressão* se:a ela de %ue tipo ,or ?moral< patrimonial< ,#sica< etc...@. conceituação :ur#dica do crime & ponto culminante e* ao mesmo tempo* umdos mais contro(ersos e desconcertantes da moderna doutrina penal* este :6era o pensamento do mestre Gelson N'G!R$* a,irmando ainda %ue ocrime &* antes de tudo* um ,ato* entendendose por tal não só a epressão da(ontade mediante ação ?(olunt6rio mo(imento corpóreo@ ou omissão?(olunt6ria abstenção de mo(imento corpóreo@* como tamb&m o resultado?e,,ectus sceleris@* isto &* a conse%uente lesão ou periclitação de um bem ouinteresse :ur#dico penalmente tutelado. $nicialmente* na doutrina penal

     brasileira* adotouse um conceito ,ormal do delito* no %ual o crime seria toda

    a conduta ;umana %ue in,ringisse a lei penal. Geste conceito* (eri,ica(ase o,ato do indi(#duo transgredir a lei penal apenas* sem %ue %ual%uer outro ,ator ,osse analisado. Posteriormente* adotouse uma de,inição material de crime*cu:o nascimento ,oi atribu#do a $N+R$G!. Passouse a de,inir o crime comosendo o ,ato oriundo de uma conduta ;umana %ue lesa ou pFe em perigo um

     bem :ur#dico protegido pela lei. ?)onte ;ttp44WWW.uepg.br4r:4a1(1at0L.;tm@

    om a de,inição de (iol-ncia e crime* não ;6 como deiar de mencionar outro

    item de grande import8ncia e %ue se relaciona com esses termos e suas de,iniçFes* %ue

    nesse momento precisa nos dizer algo sobre (iol-ncia e crime na perspecti(a in,anto

     :u(enil. / +statuto da riança e do dolescente ?+@ nos diz no 7rt. 5. Gen;uma

    13

    http://www.uepg.br/rj/a1v1at09.htmhttp://www.uepg.br/rj/a1v1at09.htm

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    criança ou adolescente ser6 ob:eto de %ual%uer ,orma de neglig-ncia* discriminação*

    eploração* (iol-ncia* crueldade e opressão* cabendo punição na ,orma da lei %ual%uer 

    atentado* por ação ou omissão* aos seus direitos ,undamentais.9

    / re,erido teto se a,irma em conson8ncia com a onstituição Brasileira de1LOO* no rt. 22V* %ue diz 7I de(er da ,am#lia* da sociedade e do +stado assegurar E

    criança* ao adolescente e ao :o(em* com absoluta prioridade* o direito E (ida* E sade* E

    alimentação* E educação* ao lazer* E pro,issionalização* E cultura* E dignidade* ao

    respeito* E liberdade e E con(i(-ncia ,amiliar e comunit6ria* al&m de coloc6los a sal(o

    de toda ,orma de neglig-ncia* discriminação* eploração* (iol-ncia* crueldade e

    opressão ?Q#tulo C$$$* Da /rdem Aocial* ap. C$$* Da )am#lia* da riança* Do

    dolescente* Do :o(em e do $doso@. /nde ainda no mesmo rtigo* mas no %uarto par6gra,o 7 lei punir6 se(eramente o abuso* a (iol-ncia e a eploração seual da

    criança e do adolescente.9

    Aendo assim* em uma escola e espaço educacional desmoti(ado e desmoti(ador 

    ;6 a possibilidade de apatia para com os su:eitos en(ol(idos. Ae a escola e seu espaço

    ,orem local de con,litos não esclarecidos e não resol(idos* muito em bre(e os mesmos

    se tornarão espaço de açFes de (iol-ncias (erbais e morais* resultando consecuti(amente

    em espaço de embates ,#sicos< no %ual em ambos os momentos ;6 a (iol-ncia de ,ormaespec#,ica e progressi(a %ue* a seu modo (ai se tornando generalizada. /ra* e se o local

    origin6rio dos educandos e educadores tamb&m ,or local de constantes e cont#nuas açFes

    e ,atos de (iol-ncias* logo o comportamento dos su:eitos en(ol(idos em tal espaço serão

    a,etados e aos poucos modelados por seus impactos ?BGD'R* 1LU@.

    "uando nos re,erimos E escola e ,azemos sua relação com os educandos e a

    (iol-ncia* & :ustamente por%ue a mesma como outros espaços* tamb&m possui o seu

    como espaço e ou local de desaguamento de comportamentos e pr6ticas aprendidas e

    7impressas9 nos e dos educandos. Aobre o condicionamento dos corpos e a docilidade

    dos mesmos na perspecti(a de M. )oucault ?2012@* (emos o seguinte

     Gesses es%uemas de docilidade* em %ue o s&culo KC$$$ te(e tanto interesse* o%ue ;6 de tão no(oZ Gão & a primeira (ez* certamente* %ue o corpo & ob:etode in(estimentos tão imperiosos e urgentes< em %ual%uer sociedade* o corpoest6 preso no interior de poderes muito apertados* %ue l;e impFemlimitaçFes* proibiçFes ou obrigaçFes. Muitas coisas entretanto* são no(asnessas t&cnicas. escala* em primeiro lugar* do controle não se trata decuidar do corpo* em massa* grosso modo* como se ,osse uma unidadeindissoci6(el* mas de trabal;6lo detal;adamente< de eercer sobre ele umacoerção sem ,olga* de mant-lo ao n#(el mesmo da mec8nica f mo(imentos*

    14

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    gestos atitude* rapidez poder in,initesimal sobre o corpo ati(o. / ob:eto* emseguida* do controle não* ou não mais* os elementos signi,icati(os docomportamento ou a linguagem do corpo* mas a economia* a e,ic6cia dosmo(imentos* sua organização interna< a coação se ,az mais sobre as ,orças%ue sobre os sinais< a nica cerimnia %ue realmente importa & a doeerc#cio. modalidade en,im implica numa coerção ininterrupta* constante*

    %ue (ela sobre os processos da ati(idade mais %ue sobre seu resultado e seeerce de acordo com uma codi,icação %ue es%uadrin;a ao m6imo o tempo*o espaço* os mo(imentos. +sses m&todos %ue permitem o controle minuciosodas operaçFes do corpo* %ue realizam a su:eição constante de suas ,orças el;es impFem uma relação de docilidadeutilidade* são o %ue podemos c;amar as 7disciplinas9.

    / momento ;istórico das disciplinas & o momento em %ue nasce uma arte docorpo ;umano* %ue (isa não unicamente o aumento de suas ;abilidades* nemtampouco apro,undar sua su:eição* mas a ,ormação de uma relação %ue nomesmo mecanismo o torna tanto mais obediente %uanto & mais til* ein(ersamente. )ormase então uma pol#tica das coerçFes %ue são um trabal;osobre o corpo* uma manipulação calculada de seus elementos* de seus gestos*

    de seus comportamentos. / corpo ;umano entra numa ma%uinaria de poder %ue o es%uadrin;a* o desarticula e o recompFe. 'ma 7anatomia pol#tica9* %ue& tamb&m igualmente uma 7mec8nica do poder9* est6 nascendo< ela de,inecomo se pode ter dom#nio sobre o corpo dos outros* não simplesmente para%ue ,açam o %ue se %uer* mas para %ue operem como se %uer* com ast&cnicas* segundo a rapidez e a e,ic6cia %ue se determina. disciplina ,abricaassim corpos submissos e eercitados* corpos 7dóceis9.

    7in(enção9 dessa no(a anatomia pol#tica não de(e ser entendida como umadescoberta sbita. Mas como uma multiplicidade de processos muitas (ezesm#nimos* de origens di,erentes* de localizaçFes esparsas* %ue se recordam* serepetem* ou se imitam* apoiamse uns sobre os outros* distinguemse segundoseu campo de aplicação* entram em con(erg-ncia e esboçam aos poucos a,ac;ada de um m&todo geral. +ncontramolos em ,uncionamento noscol&gios* muito cedo< mais tarde nas escolas prim6rias< in(estiram lentamenteo espaço ;ospitalar< e em algumas dezenas de anos reestruturam aorganização militar. ircularam Es (ezes muito r6pido de um ponto a outro?entre o e&rcito e as escolas t&cnicas ou os col&gios e liceus@* Es (ezeslentamente e de maneira mais discreta ?militarização insidiosa das grandeso,icinas@. ?)/'>'>Q* 2012< p6g. 1U21U@

    Por tais ,atos* (eri,icase %ue a no(a classe emergente* a burguesia* por 

    interm&dio de instituiçFes tais como ;ospitais* manicmios* prisFes* escolas e asilos*

     procurou ecluir do cen6rio social as prostitutas* os mendigos* os doentes* os (el;os e ascrianças %ue (aga(am pelas ruas* com o intuito de reorganizar o espaço urbano*

    esconder da (ida social as epressFes ,at#dicas da mis&ria e manter maior controle social

    e pol#tico. Aegregando e ecluindo tudo a%uilo %ue poderia causar 7a desordem*

    (iol-ncia* indisciplina* (adiagem e (agabundagem9 no tecido social controlado e

    disciplinado pela coerção burguesa. /u se:a* o sistema capitalista produz (#timas %ue se

    tornam seus principais ad(ogados* isso pela alienação e a ideologia. Piza ?201U* p6g.

    U1@ nos traz `. Mar ?1O1O1OOU@ para o di6logo com as seguintes consideraçFes

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    Aegundo Mar* isso se d6* principalmente* por%ue o indi(#duo & alienado do processo de produção. / indi(#duotrabal;ador* %ue produz a ri%ueza dosistema não se recon;ece em seu trabal;o* não se (- como respons6(el pelageração da ri%ueza* não se cr- dono dos produtos %ue criou4produziu4,abricoue não se (-* portanto* como pertencente a esse mundo. Gão ,az uso dele* por não ser seu. classe %ue se bene,icia dessa alienação cria constantemente um

    con:unto de ideias %ue ,a(orecem esse  status quo a ponto do indi(#duo crer %ue as coisas são naturalmente assim.

    P$T ?201U* p6g. U2*UU@ complementa em nossa eplanação sobre )oucault*

    utilizandose do mesmo para nos dizer %ue

    resposta de )oucault & simples corpos dóceis. Aó corpos ,abricados paraesse sistema* criados para esse modo de (ida* constituem* sustentam e ,azem

     permanecer esse modo de (ida. )oucault nos pFe diante dos ol;os os micro procedimentos ,#sicos* materiais* emp#ricos e principalmente cotidianos deadestramento do corpo para %ue ele se torne o corpo moderno ade%uado paraa (ida moderna* para a (ida regida pelo capitalismo.

    /bser(ase %ue a docilidade & necess6ria ao no(o ;abitat moderno* &

    con%uistada por mecanismos materiais simples e bem determinados< :6 %ue & o resultado

    ób(io de uma teoria do adestramento praticado do e no ;omem moderno. Ae isso não

    ocorresse* o su:eito dominado e alienado não estaria preparado para a (ida no e pelo

    sistema capitalista de produção. / indi(#duo precisa ser domesticado para isso* & a

    sub:eti(idade domesticada do indi(#duo moderno* do corpo %ue ser6 constru#do e ao

    mesmo constituir6 o sistema de produção. +ssa sub:eti(idade auiliar6 na sustentação

    do sistema* alimentandoo* bem como na sua manutenção* e tamb&m :usti,icandoo

    como nico modo poss#(el de (ida social< e com isso criando no(os ;6bitos constru#dos

     para a manutenção do no(o ;abitat moderno* ci(ilizado na perspecti(a pós s&culo KC$$.

    )oucault nos %uer deiar n#tido %ue os mecanismos e coerção dos corpos estão

    sobre o tempo e o espaço. Por isso trouemos os demais autores* e %ue estão tentando

    nos dizer %ue 7o indi(#duo moderno passa a não ter liberdade de se mo(imentar li(remente no espaço ?(i(e em clausurado a todo instante* mesmo sentindose li(re@ e

    não controla seu tempo9. / tempo* essencialmente sub:eti(o e indi(idual* passa a ser 

    ob:eti(o e coleti(izado pelos meios e m&todos do sistema de produção capitalista. 'ma

    (ez %ue* o indi(#duo & disciplinado por meio do controle de seu espaço e de seu tempo.

    Qudo ocorrendo de ,orma sutil* sem a necessidade de (iol-ncia eplicita sobre o corpo*

     pois se cria a# uma (iol-ncia impl#cita* in(is#(el* muitas (ezes* simbólica* %ue se indica

    como coerção eterna e termina em autocoerção pelo próprio su:eito dominado edomesticado con,orme o padrão institucional.

    16

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    Diante da problem6tica apresentada e discutida por . Bandura* M. )oucault* `.

    Mar e Piza* no %ual deram suas contribuiçFes sobre aprendizado* comportamento*

    condicionamento e docilidade mental e comportamental* :6 podemos entender de %ue

    modo se processa a ação educati(a e pedagógica contempor8nea< no %ual não se obser(a

    e nem le(a em conta a realidade %ue os educandos estão inseridos e ou mergul;ados*

    isso com relação aos e,eitos e conse%u-ncias do ,enmeno da (iol-ncia no Munic#pio ao

    %ual estão inseridos. Mas em apenas colocalos submetidos para um aprendizado %ue os

    torne ob:eto de manipulação* controle e subordinação* bem como a produção e controle

    de suas sub:eti(idades.

    om isso* ,az se necess6rio esclarecer %ue* ;6 ,orte relação entre as causas*

    e,eitos e conse%u-ncias da (iol-ncia so,rida na escola %uanto da %ue & so,rida nacomunidade ou bairro em %ue se est6 inserido* isso podendo a,etar tanto a (ida ps#%uica

    %uanto a comportamental dos educandos e bem como dos pro,essores.

    pós as abordagens rele(antes sobre a signi,ic8ncia da (iol-ncia* bem como a

    relação dessa versus  sociedade* escola* seus su:eitos* contedos e espaço< se torna

     prudente de,inir o termo agressão* %ue & instrumento tamb&m da (iol-ncia* isso com

    seus (6rios aspectos* n#(eis e 8mbitos* a isso AGQ/A ?200L@ nos adianta* %uando

    a,irma %ue 7 a agressão pode ser definia como um impulso instintivo que se refere à

    relação ataque/defesa necessária à sobrevivência da espécie animal, incluindo a

    humana”. Por&m* ela conclui %ue* 7no entanto, enquanto nos animais irracionais essa

    relação é regulada apenas por mecanismos genéticos de natureza instintiva, no homem

    é subordinada às leis histricas e culturais9 ?AGQ/A* 200L* p6g. 15@.

    Portanto* ;6 imediata necessidade de re,letirmos sobre não apenas os termos ou

    de,iniçFes %ue en(ol(em o ,enmeno da (iol-ncia* mas sobretudo* suas caracter#sticas*etensão e operação no 8mbito social* institucional e educacional. +m tal perspecti(a*

    ;6 de se le(ar em conta %ue

    o considerarmos as signi,icaçFes espec#,icas dos termos crime* agressão e(iol-ncia* e as condiçFes peculiares %ue os determinam* con(&m ressaltar %ueesses conceitos* embora completamente di,erentes* podem tamb&mentretecerse em4por meio de certas açFes ;umanas. Gesse sentido* se por umlado eistem inmeros atos de agressão %ue são praticados de ,orma (iolenta*;6* em sentido contr6rio* outros %ue não o são. Do mesmo modo* um ato

     pode se caracterizar como criminoso sem %ue impli%ue necessariamente

    agressão ou (iol-ncia* como tamb&m pode en(ol(er agressFes ,#sicas oumorais %ue (eiculam ,ormas epl#citas de (iol-ncia. )inalmente* ;6determinadas açFes %ue não são consideradas (iolentas* mas %ue em sua

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    ess-ncia são a epressão mais pura da (iol-ncia* como nos casos da (iol-nciasimbólica e da (iol-ncia institucional %ue* por interm&dio da dominação e daeploração* de,inem o car6ter ;ier6r%uico das relaçFes sociais e interpessoais*con,erindo a tais relaçFes as marcas das desigualdades econmicas e sociais?AGQ/A* 200L* p6g. 1@.

    / discurso dos par6gra,os & com e,eito no sentido %ue muitos entendem a

    (iol-ncia* isso a relacionandoa com impulsos instinti(os e irracionais. omo se os

    su:eitos %ue (i(em em torno da (iol-ncia ou en(ol(idos com a mesma não obti(essem

    7poder9 sobre seus pensamentos e açFes resultantes de contatos direto e indireto com a

    (iol-ncia. /u se:a* a discursão & eposição ,az o es,orço de demonstrar %ue a (iol-ncia

    ;umana não & um mero sentimento* pensamento e ato de irracionalidade< mas sim uma

    construção elaborada sobre uma ,orma de ata%ue* de,esa e autode,esa. ssim* ;6 %ue se

    considerar %ue a (iol-ncia & um ,enmeno com caracter#sticas pol#ticas e bem ob:eti(as. tais ,atos C$!/QA`$ ?1LL@ nos esclarece o seguinte

    s açFes ;umanas* embora continuem baseadas nas possibilidades dosórgãos ,#sicos* ao longo do desen(ol(imento (ão se distanciando dasdeterminaçFes ,isiológicas* e o %ue era uma relação direta entre o ;omem e omundo* passa a ser medida por contedos culturais. Gesse caso* o ;omem* aoter a capacidade de con,erir signi,icação Es açFes* tem a possibilidade deinterpretar os atos agressi(os e decidir se ir6 pratic6los ou não* mesmo %ueas condiçFes em %ue este:a en(ol(ido despertem nele impulsos instinti(os deagressão. Portanto* não se :usti,ica %uali,icar as açFes agressi(as* criminosas

    ou (iolenta do ;omem como 7irracionais9 ?C$!/QA`$* 1LL* p6g. 1V@.

    + corroborando com C$!/QA`$* AGQ/A ?200L@* utilizandose de a,irmati(as de

    NGGN R+GDQ ?1L01LV5@* asse(era %ue

    +m relação a esse aspecto* R+GDQ lembra %ue embora eminentesnaturalistas biólogos* ,isiólogos* etólogos* e zoólogos ti(essem se unido

     para resol(er o enigma da agressão no campo do comportamento ;umano* osresultados de seus estudos acabaram representando algo teoricamente

     perigoso* uma (ez %ue ,oram transpostos e aplicados ao problema da(iol-ncia. $sso por%ue alguns trabal;os recentes* ao interpretarem a (iol-ncia

    em termos biológicos e concebendoa como agressão* trans,ormam o ato(iolento em um comportamento natural ou irracional.

    Aegundo R+GDQ* como a (iol-ncia & :usti,icada para alcançar o ,im %ue busca* pelo ,ato de ser regida pela categoria meio,im* ela :amais poder6 ser considerada uma mani,estação do processo (ital ou um ,enmeno irracional*uma (ez %ue somente o ser racional encontra razFes em suas açFes* mesmo%ue tais razFes* bem como os meios para atingir os ,ins* se:am inadmiss#(eis*

     :ustamente por irem al&m das normas e das leis con(encionalmente aceitas pela sociedade ?AGQ/A* 200L< p6g15@.

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    Para deiar claro o aspecto pol#tico e não instinti(o e irracional da (iol-ncia*

    AGQ/A ?200L@ se reporta a BQ$>>+ ?1LOV@* para re,orçar o signi,icado da ação e

    e,eito da (iol-ncia no meio social* no %ual nos apresenta a asserti(a de %ue

    De acordo com esse autor* a (iol-ncia somente pode ser compreendida se (ier de um ser %ue busca eceder os limites. ssim* os acessos de ,ria no reinoanimal nunca são ecessos* uma (ez %ue os animais* em sua impulsi(idade ena aus-ncia de proibiçFes* não são nem pac#,icos* nem cru&is* massimplesmente naturais. / %ue & bem di,erente do %ue ocorre em relação Eesp&cie ;umana %ue* de(ido E sua capacidade de agir sobre a natureza etrans,orm6la em ,unção de ob:eti(os próprios* ao mesmo tempo em %ue setrans,orma* con,erel;e a possibilidade de transgredir os contedosinstitu#dos socialmente* praticando a (iol-ncia. Portanto* a (iol-ncia não temlugar na natureza* mas apenas no mundo dos ;omens.

    Desse modo* podese pensar a (iol-ncia potencializada pelo princ#pio doecesso* ou se:a* como transgressão das normas sociais* signi,icando a

     pala(ra transgressão* por sua (ez* não apenas como 7(iolação das leis9 mascomo o ato de ir al&m dos limites legais de uma sociedade.

    Por outro lado* se encontramos ,re%uentemente no 8mago da noção de(iol-ncia a ideia de irracionalidade e ,ato* não l;e ,altam razFes para isso*uma (ez %ue a (iol-ncia %uando %uer irromper traz consigo o inimagin6(el* acon,lagração e a transgressão da ordem * isso ocorre na por%ue a (iol-nciasurge de um argumento não racional ou de ,orças instinti(as %ue saem docontrole* mas por%ue (em acompan;ada de terr#(eis argumentos racionais%ue transgridem as con(ençFes e os limites de con(i(-ncia socialmente

     pactuados ?AGQ/A* 200L* p6g. 1@.

    Portanto* ao comunicarmos o ,enmeno da (iol-ncia na escola nesta obra*ressaltase %ue estamos lidando com um ,enmeno de caracter#sticas e categoria

    ;umana* racional e pol#tica.

    Diante dos ,atos descritos e discorridos* começamos a re,letir %ue parece ;a(er 

    certa relação entre o aumento da (iol-ncia em Giterói com o aumento da (iol-ncia nas

    escolas pblicas do Munic#pio* isso possibilitando tamb&m ou tal(ez o ass&dio e

    en(ol(imento de crianças e adolescentes com pr6ticas il#citas e criminosas< bem como*

    da relação do aumento da (iol-ncia na e com a escola* com o aumento da agressi(idade

    dos educandos dentro da mesma.

    Qais ;ipóteses surgem pelo ,ato das di(ersas correntes teóricas dentro da

    ntropologia* da Pedagogia* da Aociologia* da )iloso,ia* do Direito e da Psicologia %ue

    coadunam da re,leão de %ue todo o comportamento so,re in,lu-ncia do ambiente no

    %ual se mani,esta* se relaciona e interage direta ou indiretamente. >ogo* notase certa

    necessidade e import8ncia em se (eri,icar %ual a relação dos educandos com o ambiente

    de onde se originam e o ambiente escolar ao %ual são inseridos. 'ma (ez %ue* toda

    relação en(ol(e açFes de apatia* a,eti(idade* agressi(idade ou (iol-ncia. Por ambiente

    19

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    entendese o pa#s* a região* a cultura* a ,am#lia* a classe social* a casta* a tribo* a

    religião* etc. Go %ual por meio e atra(&s da sociabilização e socialização* %ue se designa

    a assimilação das normas e das regras de uma sociedade ?RGN< MRQ$GA* 1LL0@.

    /ra* se ;6 certa necessidade e import8ncia em se (eri,icar a relação dos

    educandos com o meio de origem e o meio inserido* no caso com a escola* se de(e

    tamb&m ,azer o es,orço de entender %ue uma educação %ue se considerasse dentro de

    um processo democr6tico e progressista* essa de(eria ser abarcada de um local ou escola

    onde as crianças pudessem interagir ?com@ e 7eperimentar9 seu espaço* contedo*

    su:eitos* processos* din8micas e o próprio con;ecimento a ser apreendido. 'ma (ez %ue*

    os educandos são organismos ati(os em interação com o meio %ue os cerca e os

    en(ol(e* e não simples recipientes (azios a espera de serem preenc;idos. >embrando

    com isso %ue* cada indi(#duo tem suas necessidades especi,icas* tanto ,undamental*

    como b6sicas e est&ticas. escola %ue constru#sse esse espaço e com tais perspecti(as

     poder#amos a começar denominala de ambiente (erdadeiramente democr6tico

    ?N']* 2005@.

    >ogo* Qoda a construção re,lei(a* teórica e pr6tica da pes%uisa estar6

    in,luenciada e ,undamentada nos autores citados e outros %ue serão apresentados*

    entretanto* cabe ressaltar %ue o ponto inicial de todo o mosaico est6 partindo de 7

    Repblica de Platão” ?2V42OU2V .@* %ue trata do cidadão portador de direitos ci(is*

    sub:eti(os* e dentre outros ?P>Q\/* Repblica. Qradução Maria Nelena da Roc;a

    )erreira. L= +dição* ')M!@.

     Ga mesma obra* procuramos dar conta de le(antar a %uestão da determinação*

    condicionamento e sub:ugação dos corpos* mentes* pensamentos e sub:eti(açFes de uma

    classe social e econmica sobre outra. tra(&s da 7alegoria da ca(erna9* do li(ro C$$*

    tentamos demonstrar como todos os su:eitos não estão totalmente determinados a

     permanecerem na condição de preso* escra(o e sub:ugado nas ca(ernas %ue l;e sãoimpostas.

    Qamb&m estaremos in,luenciados pela obra 7 Pol#tica de ristóteles” ?UO5U22

    ..@* %ue nos deu a re,leão sobre o ;omem como o nico animal pol#tico e

    determinado a (i(er em sociedade. + não apenas pela sua construção psicobiosocial*

    mas por ser capaz de se posicionar politicamente e ,azer pol#tica em suas pr6is

    ?R$AQQ+>+A. Pol#tica. Aão Paulo. +ditora +scala* col. Mestres Pensadores*

    200O@.

    20

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    tra(&s dos re,eridos se inclui ainda a %uestão da isegoria* entendida como*

    direito a pala(ra* ,ala* mani,estação* discurso e da isonomia* entendida como* direito a

    ser amparado* assistido e :ulgado4:ustiça pelas mesmas leis e pelos seus mesmos

    mecanismos* sem distinção ou acepção de pessoa ?JP$AAh MR/GD+A*

    Dicion6rio B6sico de )iloso,ia. U= +dição. +ditora Ta;ar* RJ@.

    Qamb&m nas obras Pedagogia do /primido e Pedagogia da utonomia* ambos

    de Paulo )reire ?1L211LLV D..@* nossa perspecti(a ,oi sobre uma escola democr6tica*

    emancipatória e %ue en(ol(a os su:eitos com uma dial&tica e aprendizagem* e não meros

    ,ormatos domesticadores ?)R+$R+* Pedagogia do /primido. 50= +dição* +ditora Paz e

    Qerra RJ* 2010@.

    I - CONTETUALIANDO O ESPAÇO

    Para entendermos mel;or a realidade do Munic#pio e sua problem6tica* (amos

    analisar as caracter#sticas relati(as ao crescimento populacional e o ]ndice de

    Desen(ol(imento Numano ?$DN@ ao longo de 1L anos* segundo dados do $nstituto

    Brasileiro de !eogra,ia e +stat#stica ?$B!+@. população passou de U.155 ;abitantes*

    no ano 1LL1 para L5.V0 ;abitantes em 2011 e um aumento do $DN de 0*O1 em 1LL1

     para 0*OUV em 20102  ?ltima in,ormação@. Ceri,icase %ue* apesar do aumento populacional da cidade* o ]ndice de Desen(ol(imento Numano ?$DN@ mante(ese

    crescente.

    om re,leão a %uestão da Ciol-ncia* ainda segundo o $nstituto de Aegurança

    Pblica do Rio de Janeiro* o $APU* o aumento da (iol-ncia e da criminalidade tem se

    dado de ,orma preocupante entre os anos de 2010 a 201. Aomente de 201U para 201

    os ;omic#dios aumentaram em O e os ,urtos a (e#culos aumentaram em . 'm

    eemplo claro* & %ue no ano de 2012 o nmero de ;omic#dios dolosos ?pr6tica com

    intenção de matar@ em seus registros saltaram de V5 ocorr-ncias para 111 ocorr-ncias

    em 201* %uase %ue o dobro. Go caso de roubo a (e#culos* em Giterói ocorreram O

    1 - http://cidades.ibge.gov.br/painel/poplacao.php!lang"#cod$n"330330#search"rio-de- %aneiro&niteroi&in'ogr()1*cos:-evol()7()3o-poplacional-e-pir()2$ide-et()1ria 

    2  ;ttp44WWW.cidades.ibge.go(.br4tras4temas.p;pZlangjcodmunjUU0UU0idtemaj11Osearc;jriode:aneirokniteroikUODndicededesen(ol(imento;umanomunicipalid;m

    U  ;ttp44WWW.isp.r:.go(.br4dadoso,iciais.asp 

    21

    http://cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun=330330&search=rio-de-janeiro%7Cniteroi%7Cinfogr%E1ficos:-evolu%E7%E3o-populacional-e-pir%E2mide-et%E1riahttp://cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun=330330&search=rio-de-janeiro%7Cniteroi%7Cinfogr%E1ficos:-evolu%E7%E3o-populacional-e-pir%E2mide-et%E1riahttp://cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun=330330&search=rio-de-janeiro%7Cniteroi%7Cinfogr%E1ficos:-evolu%E7%E3o-populacional-e-pir%E2mide-et%E1riahttp://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=330330&idtema=118&search=rio-de-janeiro%7Cniteroi%7C%C3%8Dndice-de-desenvolvimento-humano-municipal-idhm-http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=330330&idtema=118&search=rio-de-janeiro%7Cniteroi%7C%C3%8Dndice-de-desenvolvimento-humano-municipal-idhm-http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=330330&idtema=118&search=rio-de-janeiro%7Cniteroi%7C%C3%8Dndice-de-desenvolvimento-humano-municipal-idhm-http://www.isp.rj.gov.br/dadosoficiais.asphttp://www.isp.rj.gov.br/dadosoficiais.asphttp://www.isp.rj.gov.br/dadosoficiais.asphttp://cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun=330330&search=rio-de-janeiro%7Cniteroi%7Cinfogr%E1ficos:-evolu%E7%E3o-populacional-e-pir%E2mide-et%E1riahttp://cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun=330330&search=rio-de-janeiro%7Cniteroi%7Cinfogr%E1ficos:-evolu%E7%E3o-populacional-e-pir%E2mide-et%E1riahttp://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=330330&idtema=118&search=rio-de-janeiro%7Cniteroi%7C%C3%8Dndice-de-desenvolvimento-humano-municipal-idhm-http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=330330&idtema=118&search=rio-de-janeiro%7Cniteroi%7C%C3%8Dndice-de-desenvolvimento-humano-municipal-idhm-http://www.isp.rj.gov.br/dadosoficiais.asp

  • 8/19/2019 Pre-textual Marcelo 28-06 (1)

    22/44

    roubos no ano de 2012* e 1.2 roubos no ano de 201* onde só em Dezembro de 201

    ,oram ,eitos 11L registros segundo o $AP. inda segundo dados do $AP* os assaltos ou

    roubos a estabelecimentos comerciais aumentaram em 1* a nibus 2L* de celulares

    V1 e a pedestres 22. +m an6lise aos dados do $AP* ,ica notório %ue Giterói te(e um

    aumento da (iol-ncia em todo o seu con:unto* em um percentual de mais de 0

    somente entre os anos de 2012 a 201.

     Go %ue tange a sua situação com um bom $DN* pes%uisas realizadas pelo

    $nstituto de Pes%uisa de ]ndice de "ualidade de Cida da ')) ?$"C'))@ ™  7com

    ,ontes do nu6rio +stat#stico do +stado do Rio de Janeiro de 1LLU41LL* Giterói*

    Bairros* e o anu6rio estat#stico 1LLU41LL do $P>GR$/* como dados complementares

    do $B!+ e da Aecretaria +stadual de Justiça do Rio*9 procuraram dar conta decon,igurar um modelo de ]ndice e indicador das cidades do re,erido +stado desde 1LL0

    at& 1LL.

     Gesse momento apresentarei alguns #ndices %ue são usados para con,igurar e

    elaborar indicadores de %ualidade de (ida de uma cidade* +stado ou Pa#s. +ntretanto*

    não adentrarei nos mesmos ou apresentarei suas de,iniçFes ou ,unçFes< uma (ez %ue*

    nossa proposta nesse momento & de entender o %ue ,az dentro de pressupostos

    (eri,icados* um mel;or entendimento sobre %ualidade de (ida populacional ou coleti(a*

    e indi(idual. /s indicadores utilizados pelo $"C')) para medição das cidades do

    +stado do Rio de Janeiro com seus percentuais positi(os e negati(os sobre a %ualidade

    de (ida* ,oram 1O* no %ual se epressam em

    • Percentual de domic#lios com rede geral de 6gua<• Percentual de domic#lios com rede geral de esgoto<• Percentual de domic#lios com lio coletado diretamente<• Qerminais tele,nicos por grupos de mil ;abitantes<• Percentual de c;e,es de domic#lios abaio da lin;a de pobreza ?Aigni,icando

    recebimento de 02 sal6rios m#nimos@<• Renda m&dia mensal* em sal6rios m#nimos* dos c;e,es de domic#lios e

    Percentual de c;e,es de domic#lios com renda acima de 20 sal6rios m#nimos<• Qaa percentual de al,abetização dos c;e,es de domic#lio<• Percentual de c;e,es de domic#lio com at& 0U anos de estudo<• Percentual de c;e,es de domic#lio com 15 anos ou mais de estudo<• Percentual de matriculados no ensino ,undamental* em relação E população em

    idade escolar ?entre 05 e 1 anos@<

    4 - +onte:https://,,,.google.co$.br/"estdoalidadedevidae$niteroi#start"20  

    22

    https://www.google.com.br/#q=estudo+qualidade+de+vida+em+niteroi&start=20https://www.google.com.br/#q=estudo+qualidade+de+vida+em+niteroi&start=20https://www.google.com.br/#q=estudo+qualidade+de+vida+em+niteroi&start=20

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    • Percentual de matriculados no ensino m&dio* em relação E população em idadeescolar ?entre 15 e 1L anos@<

    • Qaa de depend-ncia ,inanceira e outras razão entre a soma da população de 0a 1 anos e com 0 anos ou mais* e a população entre 15 e 5L anos ?01 anos 0 anos@ 4 ?155L anos@<

    • >eitos ;ospitalares por grupos de mil ;abitantes<• M&dicos por grupos de mil ;abitantes<• asos de doenças in,ecciosas e parasitarias* ecluindo a $DA* por grupos de

    mil ;abitantes<• onsumo de energia el&trica per capta<•  Gmero m&dio de cmodos por domic#lio<•  Gmero de ;omic#dios por grupos de mil ;abitantes.

    $nteressante ressaltar %ue %uase todos os mesmos %uesitos são elencados pela

    ,orma de pes%uisa utilizada pela /rganização para a ooperação e Desen(ol(imento+conmico ?/+D@ sobre o ob:eto %ualidade de (ida.5 omo o próprio artigo do $"C

    ')) ™ asse(era %ue o trabal;o de pes%uisa apresentado e seus #ndices e indicadores

     procurou apresentar 7uma definição de qualidade de vida, e mostrar que se trata de um

    conceito poss!vel de ser medido" #lém disso, foi necessário apresentar o significado e a

    import$ncia para a qualidade de vida de cada indicador utilizado9 ?>M+$D* 1LLV*

     pg. 1UVU@. om isso* e nas perspecti(as postas o autor 7definiu qualidade de vida como

     sendo as condiç%es necessárias, mas não suficientes, para que as pessoas ou indiv!duosbusquem realizarem seus planos de vida e ob&etivos9 ?>M+$D* 1LLV* pg.1U52@.

    Desse modo* ,ica e(idente o percentual positi(o e crescente do $DN de Giterói* e

     bem como ainda um dos mel;ores do Pa#s* por&m sendo contro(ersos com a sua

    realidade atual* isso no %ue tange a (iol-ncia* %ue só (ai aumentando en%uanto a

    segurança Pblica (ai só diminuindo* como se obser(a nos dados e mat&rias estat#sticas

    do próprio $nstituto de Aegurança Pblica do +stado do Rio de Janeiro* o $AP om isso*

     percebese %ue o $DN não controla o aumento de (iol-ncia de uma cidade* sendo um,ato %ue se de(e ser tratado por outras ,ormas.

    ssim* ao nos depararmos com tais contradiçFes e o aumento do ,enmeno da

    (iol-ncia na idade* assim como nas +scolas Pblicas da Rede +stadual* logo nos

     propusemos a (eri,icar tais %uestFes %ue nos ,oram sendo bastante instigantes e

    intrigantes.

    5 - http://,,,.oecdbetterli'einde.org/pt/paises/brail-pt

    23

    http://www.oecdbetterlifeindex.org/pt/paises/brazil-pthttp://www.oecdbetterlifeindex.org/pt/paises/brazil-pt

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    Para tanto* nos propusemos a (eri,icar em uma das escolas da Rede +stadual do

    re,erido Munic#pio a ação do aumento da (iol-ncia* tal como se os educandos estão ou

    não diretamente ligados ao ,enmeno da (iol-ncia na cidade* seus e,eitos e

    conse%u-ncias* bem como a %uestão da segurança desses e a relação desses ,atos com a

    (ida escolar dos mesmos* %ue ,oram ob:etos e instrumentos da pes%uisa para (eri,icação

    da relação do aumento da (iol-ncia no espaço escolar* no %ual ,oram pes%uisados

    estudantes com ,aia et6ria de 1U a 1V anos* independentemente do g-nero ou seo.

    II - ENTENDENDO O SUJEITO COGNOSCÍVEL E COGNOSCENTE

    Aegundo Jean X. ). Piaget ?1OL1LO0 D.@ a $ntelig-ncia & o processo de

    adaptação e reorganização dos con;ecimentos ad%uiridos no e pelo meio com a

    interação entre os ob:etos inseridos nesse meio* a# estaria embutido os conceitos de

    assimilação* acomodação* e%uilibração e abstração emp#rica e re,lei(a. +sses

    con;ecimentos %ue se tornam ou tornarão em intelig-ncia se dão por est6gios* tal como

    o est6gio sensório motor ?02 meses@* pr&operatório ?020V anos@* operatório ?0V anos

    em diante@* e dentro do est6gio operatório temos a sua subdi(isão %ue & o est6gio

    operatório concreto de 0V a 11 ?ou 12 anos@ e o est6gio operatório ,ormal %ue (ai de 12

    anos em diante.

    Cale lembrar %ue segundo J. Piaget a intelig-ncia não & um mecanismo %ue se d6

    no desen(ol(imento da ,ala da criança4indi(#duo* mas sim %ue a intelig-ncia & anterior E

    ,ala* ao %ual :6 est6 inserida no indi(#duo no seu nascimento. /u se:a* dir#amos %ue est6

    antes do indi(#duo nascer e %ue o segue após o nascimento* bem como durante toda a

    sua (ida. Aendo a intelig-ncia pr&(erbal.

    pós a assimilação e construção da linguagem (erbal e não (erbal* por (olta dos

    02 ?dois@ anos de idade* a criança tamb&m ir6 para o mundo da linguagem ecomportamento moral* isso por (olta dos 0 ?%uatro@ anos em diante. /ra* at& os 10 ou

    12 anos o percurso ainda & muito curto para se :ulgar uma criança e um adolescente

    entre essa idade.

    om isso* Piaget dir6 %ue a criança tamb&m passa por est6gios ou n#(eis no

    8mbito da moral* e não apenas uma intro:eção acabada dos (alores e códigos &ticos %ue

    l;e são passados e ou ensinados. Dentro dessa perspecti(a ser6 apresentado por Piaget

    os seus est6gios ou n#(eis de ou da moral %ue a criança (ai galgando interiormente* o%ue & a anomia moral* a ;eteronomia moral e a autonomia moral. $sso por%ue* a moral

    24

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    na e para a criança tamb&m e(olui na criança* para e atra(&s da mesma. Pois* ao c;egar 

    na autonomia moral a criança se basear6 em contratos de respeito mtuo nas suas

    relaçFes* claro %ue a educação anterior ter6 ,orte in,lu-ncia nessa perspecti(a e

     possibilidade de relacionamento pessoal e interpessoal* at& c;egar a tal est6gio de moral.

    J6 para >e( A. CHgotsSH ?1OL1LU D.@ sua teoria do desen(ol(imento do

    su:eito cognosc#(el abarcar6 a mediação simbólica. Para ele* aprendendo o su:eito

    desen(ol(ese* teoria %ue se contrapFe a Piaget* onde para esse* o desen(ol(imento pFe

    o su:eito em est6gios e %ue por esses o mesmo (ai aprendendo.

    CHgotsSH ir6 trabal;ar tamb&m na %uestão do desen(ol(imento e aprendizagem

    do su:eito na perspecti(a de zona de desen(ol(imento proimal* zona de

    desen(ol(imento real e zona de desen(ol(imento potencial* %ue seria o auge para

    eercer as potencialidades do aprendizado e assim se desen(ol(er mais e mais.

    Para Nenri P. N. Xallon ?1OVL1L2 D.@ em sua contribuição ao entendimento

    do desen(ol(imento do su:eito* a,irmar6 %ue a intelig-ncia nasce das emoçFes* %ue se

    epressa por meio e atra(&s do corpo* mo(imento* sentimentos e linguagem* como

    ,orma direta de estruturação do desen(ol(imento e intelig-ncia.

    >ogo* podemos entender %ue segundo Xallon a intelig-ncia est6 a ser(iço nãodela mesma* mas sim das emoçFes %ue se potencializam em todas as ,ormas e maneiras

    de comunicação e interação do su:eito com o meio* bem como consigo mesmo* e

     principalmente com os outros. /u se:a* as emoçFes por meio do corpo e da linguagem

    em todos os seus sentidos* 8mbitos e aspectos se estrutura e se epressa por meio e

    atra(&s da linguagem (erbal* %ue & estruturada e organizada na intelig-ncia do indi(#duo

    em processo de desen(ol(imento integral. Mesmo e ainda %ue ;a:a certo antagonismo

    entre ,unção e ,uncionamento entre intelig-ncia e emoçFes. +emplo claro seria %uando

     para se ler ou estudar um li(ro muitas (ezes buscamos uma dada posição mais ade%uada

    e con,ort6(el para o corpo ou emoçFes* a mais ,a(or6(el a essa & a %ue seria mel;or 

     para si mesmo* numa perspecti(a racional e da concepção da própria intelig-ncia

    ;umana. $sso por%ue para o autor as emoçFes %ue entram em erupção* con,lituam ?com@

    e in,luenciam a intelig-ncia nesse simples ato de ler um li(ro em determinada posição.

    integração e a associação entre a,eti(idade e intelig-ncia* & uma perspecti(a

    Xalloniana %ue não pode ser descartada e nem deslocada das suas possibilidades de e para ser re,letida. >embrando ainda %ue a cada teoria a%ui concebida ;a(iase e se

    25

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    ,ruti,ica(a dentro e sobre um conteto especi,ico %ue abarca(a um car6ter agregador das

     potencialidades e possibilidades intelectuais* e bem como de interação e inter(enção

    com o meio em %ue esta(am inseridos os teóricos apresentados. 'ma (ez %ue* esses

    esta(am comprometidos e enga:ados com a cooperação de superar os obst6culos e

    di,iculdades de seu tempo e suas perspecti(as* isso dentro do campo educacional e de

    desen(ol(imento intelectual e social dos educandos %ue comunga(am não só de seus

    contetos* mas de sua (isão geopol#tica local* nacional e internacional em determinada

    &poca.

    Dentro de tais perspecti(as ,ica apresentado* bem como em sua eposição* %ue a

    escola e seus en(ol(idos com o prolongamento e etensão da comunidade escolar*

    de(em ter em mente %ue as crianças %ue ali adentram não c;egam como uma 7t6bularasa9* mas %ue cada uma traz consigo suas (i(encias* ;istórias* especi,icidades*

     perspecti(as* memórias* linguagens* necessidades e 7repertorio pronto9. Ae pondo e se

     portando tanto como su:eitos %uanto criadores* bem como Aer e se portar e,eti(amente

    7como animal Pol#tico9. + esse ,azer pol#tico dos educandos ocorrer6 dentro de um

     processo de apatia ou a,eti(idade com a%uilo %ue l;e & indi,erente* tanto com %uem l;e

    apresenta o indi,erente* como a%uilo ?contedo@ %ue l;e & eposto.

    om isso* entendemos %ue seu ,azer pol#tico ser6 se relacionar mel;or coma%uilo %ue mel;or atende suas necessidades e aspiraçFes ?cogniti(as* emocionais* ,#sicas

    e materiais@. /u se:a* os educandos dentro de uma margem de idade entre 12 1V anos

    irão ,azer pol#tica* mesmo sendo contraditória e contro(ersa na perspecti(a escolar*

    go(ernamental e de determinadas instituiçFes. /s alunos ,arão a sua pol#tica sobre a

     pol#tica %ue se l;es impFe* :6 %ue são determinados a serem animais pol#ticos* mesmo

    %ue as instituiçFes não os recon;eça ou credencie a tal ,ato e posicionamento

    ?R$AQQ+>+A< Pol#tica* 200O@.

    Jose, Breuer ?1O21L25 D.@ ,oi %uem primeiramente ,ez uso do processo de

    tratamento terap-utico denominado por ele como M&todo at6rtico. +sse tratamento

     possibilita a liberação de a,etos e emoçFes ligadas a acontecimentos traum6ticos %ue

    não puderam ser epressos na ocasião da (i(-ncia desagrad6(el ou dolorosa. +sta

    liberação de a,etos le(a E eliminação dos sintomas.

    J6 Aigmund A. )reud ?1O51LUL@ em sua autobiogra,ia* a,irma %ue desde o

    in#cio de sua pr6tica m&dica usara a ;ipnose* não só com ob:eti(os de sugestão* mas

    26

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    tamb&m para obter a ;istória da origem dos sintomas. Posteriormente* tamb&m passou a

    utilizar o m&todo cat6rtico e aos poucos ,oi modi,icando a t&cnica de Breuer* logo*

    acabou abandonando a ;ipnose* por%ue nem todos os pacientes se presta(am a ser 

    ;ipnotizados< e assim desen(ol(eu a t&cnica de 7concentração*9 na %ual a rememoração

    sistem6tica era ,eita por meio da con(ersação normal< e por ,im abandonou tamb&m as

     perguntas diretas e com a direção da sessão* para con,iar na ,ala desordenada do

     paciente* e assim etrair o %ue ,osse tido como ob:eto e ob:eti(o E (eri,icação dos

    sintomas e a partir da# se dar o tratamento das causas da doença do paciente

    ?N+RRMGG* 1LO@.

    Para A. )reud

    / es%uecido era sempre algo penoso para o indi(#duo* e era eatamente por isso %ue ;a(ia sido es%uecido e o penoso não signi,ica(a* necessariamente*sempre algo ruim* mas podia se re,erir a algo bom %ue se perdera ou %ue ,oraintensamente dese:ado. "uando )reud abandonou as perguntas no trabal;oterap-utico com os pacientes e os deiou dar li(re curso Es suas ideias*obser(ou %ue* muitas (ezes* eles ,ica(am embaraçados* en(ergon;ados comalgumas ideias ou imagens %ue l;es ocorriam. esta ,orça ps#%uica %ue seopun;a a tornar consciente* a re(elar um pensamento* )reud denominouresist-ncia. + c;amou de repressão o processo ps#%uico %ue (isa encobrir*,azer desaparecer da consci-ncia* uma ideia ou representação insuport6(el edolorosa %ue est6 na origem do sintoma. +stes contedos ps#%uicos7localizamse9 no inconsciente. Posteriormente* descobriu %ue poderiam ter sido imaginadas* mas com a mesma ,orça e conse%u-ncias de uma situaçãoreal. %uilo %ue* para o indi(#duo* assume (alor de realidade & a realidade

     ps#%uica. + & isso o %ue importa* mesmo %ue não corresponda E realidadeob:eti(a. ?B/`* )'RQD/ Q+$K+$R* 2001< p6g. L@

    III - O PERFIL DA AMOSTRA? PROCEDIMENTOS E METODOLOGIA

     Ga perspecti(a de J. Breuer e A. )reud tentamos utilizar uma elaboração e

    con,iguração de um %uestion6rio ainda inacabado* mas %ue com perguntas %ue ,izessem

    o respondente ir se sentindo a (ontade de ,alar sobre si* e ao mesmo tempo epondo o

    %ue realmente nos importa(a na con,ecção da proposta da pes%uisa. Mesmo ;a(endo

    certa irregularidade na ordenação das perguntas* as mesmas tin;am uma ordenação

     psicológica le(ando o su:eito entre(istado a ir se sentindo numa esp&cie de 7Di(ã9. $sso

    ocorrendo dentro da sala de aula e com outras pessoas compenetradas com as mesmas

    %uestFes a serem respondidas. s perguntas %ue ocupam o lugar 7cat6rtico9 estão

    conectadas as demais de ,orma aleatória* como proposto pelo próprio m&todo

    apresentado. Por&m* as %ue são desta%ue do processo e da compreensão da pes%uisa são

    as %ue nesse momento destacaremos com as letras do nosso al,abeto* por&m não estãoclassi,icadas assim no %uestion6rio. +emplo

    27

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    a@ $dade

     b@ Aeo ou !-nero

    c@ Aeu Pai e sua Mãe moram :untosZ

    d@ Aeus Pais trabal;amZe@ Coc- trabal;aZ

    ,@ Coc- :6 ,ez uso de algum tipo de droga il#citaZ

    g@ inda ,az usoZ

    ;@ J6 ,oi con(idado para algum trabal;o il#cito ou ,ora da >eiZ

    i@ J6 se sentiu assediadoV  por pr6ticas il#citasZ

     :@ / Bairro em %ue (oc- mora & (iolento ou perigosoZ

    S@ Descre(a ou aponte os principais ,atos %ue ocorrem nele e te c;amam a atençãoZ

    )ica notório %ue pode ;a(er respostas não totalmente (erdadeiras* mas o

    con:unto do %uestion6rio le(a ao respondente não a mentir* ele pode mentir* mas não

    omitir< e mesmo omitindo* a elaboração e con,ecção do %uestion6rio como uma esp&cie

    de 7Di(ã9* tem a intenção de etrair apenas as perguntas dese:adas. 'ma (ez %ue*

    7algumas respostas podem até ter 'sido imaginadas,” mas com a mesma força e

    consequências de uma situação real   ?N+RRMGG* 1LO* p6g. [email protected]  J6 %ue* 7a%uilo

    %ue para o indi(#duo assume (alor de realidade & a realidade ps#%uica deste9. /u se:a*

    muitos podem (i(enciar psi%uicamente o %ue não (i(enciam ,isicamente e na ação

     pr6tica. Por&m* não deia de ser uma realidade ps#%uica. >embrando %ue todo o

    comportamento so,re in,lu-ncia do ambiente no %ual se mani,esta* e %ue os educandos

    são organismos ati(os em interação com o meio %ue os cerca e os en(ol(e ?Go lar* na

    comunidade* na +scola* etc.@* e não simples recipientes (azios a espera de serem

     preenc;idos. + %ue cada indi(#duo tem necessidades especi,icas* tanto ,undamentais*

    como b6sicas e est&ticas.

    Portanto* ,oi proposital procuramos elaborar e con,igurar um %uestion6rio %ue

    le(asse o respondente a uma esp&cie de 7Di(ã9 moment8neo* por&m ob:eti(o. Deiando

    6 - tilia$os o ter$o trabalho pore atal$ente no niverso do cri$e a ao cri$inosata$b$ descrita co$o trabalho principal$ente entre tra*cantes do io de aneiro.

    7 - ps a distribio do estion;rio hove algns alnos e no sabia$ o e signi*cavaassdio.

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    29/44

    os entre(istados ,alarem* e isso a começar deles mesmos* do %ue gostam* do %ue não

    gostam* com o %ue se identi,icam* etc.

    Dandose o ob:eto da pes%uisa* seu local* ob:eti(os* m&todos e elaboração de

    instrumentos* e após reuniFes com a e%uipe da Pes%uisa* ,oise elaborado um%uestion6rio semiestruturado com 51 %uestFes discursi(as e optati(as* totalizando 05

     p6ginas.

    / %uestion6rio ,oi aplicado em turmas da 5= s&rie do +nsino )undamental ao 1

    ano do +nsino M&dio. escola pes%uisada não ,ora uma das %uais lecion6(amos* pois

    ocorreria de comprometer a pes%uisa e os seus dados. +ntão* delimitamos uma região do

    Munic#pio com alguns de seus Bairros* e logo partimos para a abordagem dos

    educandos. +ssa se deu da seguinte ,orma com todas as turmas ou salas onde ocorreu o

     processo de entre(ista e coleta de dados por meio de 05 passos importantes

    ;  presentação "uem era o pes%uisador4entre(istador* sua Nistória de Cida* ondec;egou academicamente e pro,issionalmente* a $nstituição por detr6s da pes%uisa*

     por%ue esta(a ali* para %ue esta(a ali e a import8ncia da pes%uisa<

      +m todas as salas ou turmas ;a(iam a presença de um respons6(el da escola* ,osseo próprio pro,essor %ue permaneceu em sala e assim a:udando na distribuição dos%uestion6rios* ou com a presença de um inspetor de alunos do turno<

      pós esses procedimentos de abordagem e in#cio da coleta de dados por meio do%uestion6rio* ,oi solicitado aos respondentes %ue ,ossem sinceros* pois ;a(eria sigilo e%ue não se preocupassem com a %uebra do sigilo dos mesmos* para tanto* colocariamapenas siglas onde ,ica o nome do respondente* e não o nome em si* logo* não seriamidenti,icados. Gen;um entre(istado poderia receber a:uda de outro na con,ecção dasrespostas* pois se ;ou(essem d(idas sobre o %ue ,osse o pes%uisador as tiraria* massem incenti(6los ou moti(6los a respostas não (er#dicas<

    H  ada sala ou turma ,oi cedido E aula inteira pelo pro,essor regente por li(re e

    espont8nea (ontade* no %ual dura(am cada dia de trabal;o da pes%uisa com cada turmaem m&dia de 01 ;ora<

      diretora da escola nos concedeu acesso irrestrito aos alunos* por&m sem aobtenção da identi,icação dos mesmos na pes%uisa.

    pós isso* ,omos recol;endo os %uestion6rios de cada dia no seu t&rmino. o se

    concluir a pes%uisa ,oi percebido certa moti(ação por parte dos educandos em se

    epressarem* isso ocorrendo após os tr-s primeiros passos da abordagem* uma (ez %ue*

    os mesmos se sentiram identi,icados e con,ortados ao ,alarem de seus dilemas paraalgu&m %ue (in;a de uma realidade próima e ou parecida com a de muitos deles.

    29

  • 8/19/2019 Pre-textual Marcelo 28-06 (1)

    30/44

    Por isso* e intencionalmente* mencionei min;a tra:etória de %uando ,ui 7pi(ete e

    in,rator9 desde os 0L anos de idade at& os 1V anos* onde abandonei a escola por di(ersos

    moti(os e por di(ersas (ezes* mas (indo a regressar a (ida escolar após os 2U anos de

    idade* e da# adentrando na academia e me graduando como >icenciado em Pedagogia

    com multi;abilitação* Bac;arel em Qeologia* Bac;arel em )iloso,ia* Bac;arelando em

    Direito* +specializado em )iloso,ia* e agora tril;ando o Mestrado em +ducação* !estão

    e Di,usão em Bioci-ncias. pós essa abordagem estrat&gica* a moti(ação não ,oi só

     percebida* mas tamb&m ,oi epressa pelos alunos ao me relatarem ,atos etra

    %uestion6rio* bem como di(ersos problemas* con,litos* ad(ersidades e medos %ue

    esta(am (i(enciando< al&m de con(ites %ue alguns receberam e esta(am recebendo para

    a (ida il#cita e criminosa. J6 %ue em seus comportamentos diante da ,igura do

    entre(istador* eles se portaram como se esse ,osse 7par9 deles* de algum modo se

    identi,icaram com a proposta ali e com a ;istória de (ida do entre(istador. $sso ,oi o %ue

     pareceu

    Para %ue a pes%uisa ,osse mais ob:eti(a* especi,ica e controlada* ,izemos sua

    delimitação a seguir.

    De(ido ao aumento da (iol-ncia e criminalidade em Giterói & %ue ,izemos um

    recorte especi,icamente na Tona norte do Munic#pio para nos debruçamos na con,ecçãoda proposta. J6 %ue a região da Tona Gorte & a = em maior nmero de ocorr-ncias

     policiais segundo o $APO e o Bairro do )onseca como o U mais (iolento da Região.L

    >ogo* nos propomos em realizar um pro:eto de pes%uisa %ue (iesse ou ao menos

     pudesse dar conta de responder algumas %uestFes %ue podem estar diretamente

    conectadas com o problema le(antado e apontado nesse trabal;o. Para tanto* traçamos o

    seguinte per,il e com as seguintes caracter#sticas da e para a pes%uisa* %ue

    denominaremos de 71 a 5 M/M+GQ/9. omo o ?1@ momento* ,oi a elaboração de

    um %uestion6rio semiestruturado com perguntas abertas e ,ec;adas* entretanto com

    algumas %ue se interligam para identi,icarmos poss#(eis contradiçFes nas respostas dos

    respondentes* como mencionado. Qal %uestion6rio possui 05 ?inco@ p6ginas contento

    51 %uestFes entre optati(as* a,irmati(as e ou 7discursi(as9. s perguntas importantes

    nesse momento ,oram

    8  ;ttp44WWW.isp.r:.go(.br4dadoso,iciais.asp 

    9  ;ttp44WWW.onde,uiroubado.com.br4niteroi4r: 

    30

    http://www.isp.rj.gov.br/dadosoficiais.asphttp://www.isp.rj.gov.br/dadosoficiais.asphttp://www.isp.rj.gov.br/dadosoficiais.asphttp://www.ondefuiroubado.com.br/niteroi/rjhttp://www.ondefuiroubado.com.br/niteroi/rjhttp://www.isp.rj.gov.br/dadosoficiais.asphttp://www.ondefuiroubado.com.br/niteroi/rj

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    a@ $dade

     b@ Aeo ou !-nero

    c@ Aeu Pai e sua Mãe moram :untosZ

    d@ Aeus Pais trabal;amZe@ Coc- trabal;aZ

    ,@ Coc- :6 ,ez uso de algum tipo de droga il#citaZ

    g@ inda ,az usoZ

    ;@ J6 ,oi con(idado para algum trabal;o il#cito ou ,ora da >eiZ

    i@ J6 se sentiu assediado por pr6ticas il#citasZ

     :@ / Bairro em %ue (oc- mora & (iolento ou perigosoZ

    S@ Descre(a ou aponte os principais ,atos %ue ocorrem nele e te c;amam a atençãoZ

    s perguntas %ue se interliga(am diretamente para a composição da construção

    da resposta e tentati(a de identi,icação de contradição nas respostas dos respondentes

    ,oram as seguintes perguntas de ?,@ E ?S@.

    ,@ Coc- :6 ,ez uso de algum tipo de droga il#citaZ

    g@ inda ,az usoZ

    ;@ J6 ,oi con(idado para algum trabal;o il#cito ou ,ora da >eiZ

    i@ J6 se sentiu assediado por pr6ticas il#citasZ

     :@ / Bairro em %ue (oc- mora & (iolento ou perigosoZ

    S@ Descre(a ou aponte os principais ,atos %ue ocorrem nele e te c;amam a atençãoZ

    Para %ue o processo da pes%uisa seguisse um camin;o a ser replicado* ,izemos

    as seguintes delimitaçFes* segundo seu per,il e suas caracter#sticas. /nde no ?2@

    momento* a pes%uisa se restringiria somente ao Munic#pio de Giterói e ,osse realizada

    em uma das escolas +staduais da Tona Gorte* e no %ual & composta por 12 Bairros* e%ue são +ngen;oca* )onseca* Ciçoso Jardim* ubango* aramu:o* Aanta B6rbara*

    Qenente Jardim* o(a da /nça* Parte do morro do astro* Parte do Barreto* Baldeador e

     parte de Aão >ourenço.

    omo ?U@ momento* a idade dos pes%uisados4entre(istados estaria dentro da

    ,aia et6ria de 1U a 1V anos de idade. Go ?@ momento* %ue as demais respostas %ue

    não ,ossem rele(antes para a coneão da obtenção dos dados não seriam consideradas

    rele(antes no momento. + em ?5@ momento* e como ltima caracter#stica %ue os

    31

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    educandos não obti(essem a:uda de outro colega* pro,essor* inspetor ou min;a< uma (ez

    %ue* cabia a cada um dar conta de epor sua poss#(el e pro(6(el realidade* %ue ser6

    constatada em suas coneFes das perguntas e respostas destacadas de ?,@ a ?S@.

    escola escol;ida para a pes%uisa não ,oi por nen;uma opção ou posição pol#tica e ideológica no sentido partid6rio ?a@ por parte dos pes%uisadores* a mesma ,ora

    escol;ida pelo simples ,ato de ter se aberto para a elaboração do pro:eto. Mesmo

    descobrindo após a pes%uisa* %ue tal escola possui muitos d&,icits no site do $nstituto

     Gacional de +studos e Pes%uisas ?$G+P@* isso no %ue diz respeito ao seu ]ndice de

    Desen(ol(imento da +ducação Brasileira ?$D+B@. Mas ainda seria muito cedo para

    ,azermos %ual%uer relação com o le(antamento a%ui apresentado e relacionarmos com

    os pressupostos da pes%uisa em %uestão* e desses se tirar %ual%uer conclusão precipitadasobre o $D+B da mesma.

    >ogo* a escola & +stadual* ,ica no Munic#pio de Giterói e ,oi escol;ida pela

     perspecti(a da proposta do pro:eto e não politicamente partid6ria* uma (ez %ue* na

    região da Tona Gorte do Munic#pio ;6 outras escolas da Rede +stadual. +ntão a %ue ,oi

    nosso al(o e ob:eto da pes%uisa ,ora a escola %ue trataremos com o código K. . T*

    situada na lameda Aão Boa(entura* região da Tona Gorte e cercada por con,litos entre

    ,açFes como D10* Q* QP e C. Nou(e um total de 120 alunos %ue responderam ao%uestion6rio* e sendo correspondentes das s&ries do 5 ano do +nsino )undamental*

     por&m* somente os alunos com 1U anos de idade* e isso indo at& os alunos do 1 ano do

    +nsino M&dio com no m6imo 1V anos de idade< onde esses & %ue ,oram os ob:etos e

    su:eitos principais da pes%uisa.

    IV AN:LISE DOS DADOS

    ntes de adentrarmos nos dados coletados diretamente* ;6 %ue se re,letir ainda

    sobre o ,enmeno (iol-ncia no re,erido Munic#pio* ressaltando nesse momento o

    crescimento de registros de apreensão de crianças e adolescentes. 'ma (ez %ue* os

    su:eitos ob:eto da pes%uisa em tela são eatamente adolescentes de 1U a 1V anos* e

    educandos de uma escola pblica da zona norte de Giterói. $nclusi(e se esses :6 se

    en(ol(eram com ,atos relacionados a crimes* (iol-ncias e pr6ticas il#citas* bem como se

    o Bairro onde os mesmos residem & (iolento e perigoso. /s dados do $AP de 2010 a

    10  D migo dos migos* Q Qerceiro omando* QP Qerceiro omando Puro e C omandoCermel;o.

    32

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    201 nos diz o seguinte sobre os registros de apreensão de crianças e adolescentes em

     Giterói.

    TABELA - K;

    A(ree,/! )e Cr&a,.aA)!ece,%e

    A,! T!%a )e Re

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    Au:eitos e aracter#sticas da mostra

    Destaco %ue os dados contidos em todos os gr6,icos não apenas se relacionam*

    se complementam e se autoeplicam* bem como* corroboram com a relação do

    aumento da (iol-ncia em Giterói. +ssa conclusão se baseia no per,il e caracter#sticas daamostra %ue est6 en(ol(ida com adolescentes de 1U a 1V anos de idade. om isso a

    estruturação da pes%uisa e a -n,ase na %uestão da (iol-ncia* relacionamse diretamente

    com os su:eitos compreendidos em tal ,aia et6ria. Mesmo %ue nosso espaço de

     pes%uisa ,oi E escola* a mesma est6 conectada ao aumento da (iol-ncia no Munic#pio

    em %uestão. /u se:a* ambos os dados* ,atos e situaçFes se relacionam e se

    complementam como eplicação do ,enmeno (iol-ncia em Giterói e seu impacto na

    (ida dos educandos de determinada região.

    /u ser6 %ue o aumento da (iol-ncia* a apreensão de crianças e adolescentes e o

    %uantitati(o de adolescentes %ue utilizaram drogas em uma nica escola não se

    relacionam ao ,enmeno aumento da (iol-nciaZ lbert Bandura ?1L25@ desen(ol(eu

    uma teoria %ue mais tarde ,icou con;ecida como Qeoria ogniti(a Aocial* mas %ue em

    sua &poca era con;ecida como o 7aprendizado (ic6rio9 ou aprendizado por obser(ação.11  eperi-ncia* bastante simples* ,oi desen(ol(ida em 1LU e en(ol(eu dois grupos de

    11  Dispon#(el ;ttp44WWW.uSH.edu4eus;e24Bandura4Bandura1LUJAP.pd, 

    34

    http://www.uky.edu/~eushe2/Bandura/Bandura1963JASP.pdfhttp://www.uky.edu/~eushe2/Bandura/Bandura1963JASP.pdf

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    crianças reunidas por ele* colocados um após o outro em uma mesma sala de :ogos na

     presença de um adulto. Ga sala ;a(ia um boneco in,l6(el e o adulto começara a agir de

    ,orma agressi(a e (iolenta com o boneco* sem interação direta com as crianças.

    Para o primeiro grupo %ue ,ora colocado na sala* a maioria dos respondentesdisseram %ue o adulto agiu com etrema (iol-ncia para com o boneco. J6 o segundo

    grupo respondente dizia %ue (iu a atitude do adulto como uma mera brincadeira. >ogo

    em seguida as crianças são deiadas sozin;as na sala de :ogos e seu comportamento &

    ,ilmado. penas pela obser(ação das mesmas em relação E atitude do adulto* o primeiro

    grupo sem incenti(o* mas apenas pela percepção e obser(ação do comportamento do

    adulto* age de ,orma bem mais agressi(a com o boneco do %ue o segundo grupo. /u

    se:a* a conclusão do eperimento ,ora %ue as crianças podem imitar espontaneamente ocomportamento de um modelo* sem estimulo aparente. +sse processo de imitação

    Bandura c;amar6 de modelagem.

    Ae relacionarmos os dados e in,ormaçFes do gr6,ico 01* 02* 0U* 0 e 05

    obser(aremos %ue diante dos ,atos apresentados* Bandura ,oi crucial e categórico em

    sua posição e eplicação sobre a (iol-ncia como ob:eto a ser aprendido e reproduzido.

    GR:FICO K Pr&,c&(a& >a%! $e !c!rre' ,! Ba&rr!@

    35

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    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    110

    120

    65

    22

    51

    1520

    1

    27

    10 8   9  12

    25

    TRÁFICO ASSALTO

    TIRO ESTUPRO

     ASSASSINATO ROUBO

    FURTO VIOLÊNCIA

     ASSÉDIO PERIGO

    TRANQUILO EM BRANCO

    L!"#$ %EM BRANCO&

    GR:FICO K - Ba&rr! Per&

    =>? @)>A?B? ? C>?D)

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    il#citas & pr6tica il#cita* crime e (iol-ncia contra o menor e pelo menor. omparar 

    gr6,ico 01* 0 e 05.

    GR:FICO KH U! )e )r!LH

    >D>L J?AB

    AI?B

     M +)L B? J) J?AB

    0 20 40 60 80 100 120

    +)H>

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    om a realidade dos dados da pes%uisa e as discursFes estabelecidas* podemos

    começar a re,letir %ue o aumento da (iol-ncia em Giterói pode estar relacionado ao

     próprio desencadeamento do processo ,enomenológico da (iol-ncia* de resultante como

    desigualdades sociais* ,inanceiras e econmicas de uma classe ou grupo social* ou como

    do próprio processo de superação e alteração de uma ordem social ;ierar%uizada e

    imposta (erticalmente. Aendo assim* a (iol-ncia pode ser ou estar sendo como

    dispositi(o e mecanismo de desestruturação da estabilidade social capitalista e

    mobilidade antagnica diante do mesmo. )icando assim a não resolução do ,enmeno e

     problema do aumento da (iol-ncia em Giterói* bem como criando mais indagaçFes

    sobre o %ue os dados %uerem nos dizer ou nos omitir* no sentido pol#tico e ideológico

     por detr6s dos mesmos* ao %ual ,oram (eri,icados* mensurados e discutidos.

    ulminando na %uestão Pode a (iol-ncia ser ,ator de mobilidade* alteração e destruição

    de uma ordem social imposta* mesmo nos antagonismos da própria (iol-ncia e sua

    ,enomenologiaZ

    CONSIDERAÇ9ES

    om as ;ipóteses le(antadas* o ob:eti(o a ser alcançado e a (eri,icação

    eperimental da relação aumento da (iol-ncia no Munic#pio niteroiense e o impacto da

    mesma na (ida dos estudantes da rede pblica* e da zona norte* ,ica e(idente %ue eiste

    coneão entre a (iol-ncia %ue esses con(i(em direta e indiretamente* :6 %ue a (iol-ncia

     pode ser socializada e compartil;ada de (6rias ,ormas. $nclusi(e %ue adolescentes de 1U

    a 1V anos de idade em con(i(-ncia com conteto (iolente* tendem a reproduzir pr6ticas

    ou comportamentos (iolentos* con,orme os teóricos nos apontaram en,aticamente. 'ma

    (ez %ue* esses con(i(em em regiFes %ue os assombra com os res%u#cios do ,enmeno

    (iol-ncia e parece %ue ,orçosamente os assedia ou con(oca para at& mesmo pr6ticas

    il#citas* con,orme os dados apresentados na obra.

    Aendo assim* mesmo %ue os educandos dentro dessa ,aia et6ria se posicionem

    contra a (iol-ncia e at& mesmo assumam outras ,ormas de posicionamento pol#tico

    como ,orma de resist-ncia ao controle e regulação social por meio da escola* os mesmos

    acabam por se deiar en(ol(er pela (iol-ncia e seus tent6culos* como um modo deresist-ncia e posicionamento ,rente Es mltiplas ,ormas de (iol-ncia %ue se impFe

    39

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    diante de tais educandos e da re,erida região. /u se:a* diante das (iol-ncias %ue esses

    são epostos* os mesmos acabam por reproduzir comportamentos e pr6ticas associadas E

    (iol-ncia e a pr6ticas il#citas* como uma esp&cie de resist-ncia e ou identi,icação.

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    http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_13.07.2010/art_227_.shtmhttp://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_13.07.2010/art_227_.shtmhttp://saudepublica.bvs.br/http://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/42274/45947http://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/42274/45947http