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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM LÍNGUA PORTUGUESA: TRABALHANDO AS
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DE ALUNOS DISLÉXICOS
Autora: Luciana Catarina de Mattos dos Santos1
Orientador: Professor Doutor Altair Pivovar2
RESUMO
Com este artigo, pretende-se apresentar a importância do tema aquisição da
linguagem e dislexia, que é uma dificuldade que abrange leitura, escrita e soletração
e por ser um distúrbio de aprendizado encontrado nas salas de aula com muita
frequência, sendo que o professor de Língua Portuguesa não encontra apoio
didático-pedagógico para lidar com alunos com esse perfil.
O artigo apresenta reflexões e questionamentos obtidos na implantação do
material didático, com atividades voltadas para a aquisição da linguagem e a
dislexia, socializado através do GTR (Grupo de Trabalho em Rede) com professores
da rede estadual do Estado do Paraná.
Palavras-chave: Aprendizagem; leitura; dislexia.
1 Professora PDE com formação em Língua Portuguesa e Literatura. Docente do Colégio Estadual
Professor Victor do Amaral. 2 Professor orientador PDE – UFPR, Doutor em Educação.
INTRODUÇÃO
Estima-se que 10 a 15% da população mundial tem perfil de dislexia. É por
isso que verificamos grande número de alunos reprovados em nossas escolas.
Alunos com perfil de dislexia são abrangidos pela instrução nº 013/08-SUE/SEED
(PARANÁ, 2008). De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, "é
tarefa da escola que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que
utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas
esferas de interação" (2008, p. 48). É um desafio muito grande estudar o assunto da
dislexia e trabalhar com a língua ao mesmo tempo, uma vez que se percebe nas
escolas que grande parte dos professores não conhece o assunto em questão, o
que é prejudicial para o processo de ensino-aprendizagem.
Os alunos com distúrbios de aprendizagem, seja a dislexia, a disortografia e
disgrafia, seja a discalculia, devem ser avaliados de forma diferenciada e, se
necessário for, poderão frequentar a Sala de Recursos. Ensinar a Língua
Portuguesa nos tempos atuais não tem sido uma tarefa fácil nas escolas. Com a
inclusão em sala de aula, os alunos aprendem de forma diferenciada, e não é raro
ter alunos disléxicos. Na maioria das vezes, não é possível saber o que fazer com os
mesmos, no que se refere à aprendizagem.
O professor deverá ser o mediador nesse processo, fazendo com que o aluno
que tem esse perfil consiga gostar da escola e aprender ao mesmo tempo a sua
língua materna. Para que seja possível entendermos a dislexia, precisamos
conhecer os processos de habilidades da linguagem verbal e não verbal. O aluno
que tem distúrbio de dislexia apresenta problemas de aprendizagem em várias
disciplinas, pois ele não consegue aprender a língua portuguesa, que é a sua língua
materna.
O maior problema encontrado atualmente nas escolas é a inclusão, o que faz
com que o professor precise lidar com as diferenças, buscando soluções para
atender alunos com distúrbios diversos de aprendizagem, para fazer com que eles
desenvolvam consciência fonológica, decodificação e interação, tendo ao mesmo
tempo o aprendizado da leitura e da escrita.
Assim surgiu esta proposta de trabalho, que ocorreu durante o período de
participação no Programa de Desenvolvimento Educacional, em 2012 e 2013, e
consiste em um projeto de intervenção na realidade escolar, proporcionando
estratégias adequadas de aprendizagem para alunos que apresentam o perfil de
dislexia. O trabalho proposto foi desenvolvido no primeiro semestre do ano letivo de
2013 no Colégio Estadual Victor do Amaral – Ensino Fundamental, Médio e
Profissional, sendo público-alvo os estudantes com perfil de dislexia do Ensino
Fundamental.
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE)
O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) é uma política pública
do Estado do Paraná que busca estabelecer o diálogo entre professores do ensino
superior e os da educação básica, por meio de atividades teórico-práticas
orientadas.
O programa objetiva proporcionar aos professores da rede pública estadual
alguns recursos que auxiliem no desenvolvimento de suas práticas educacionais,
contribuindo para um melhor redimensionamento de suas aulas (BRASIL, Ministério
da Educação, 2012).
O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) pressupõe o
reconhecimento dos professores como produtores de conhecimento sobre o
processo ensino-aprendizagem, a organização dos programas de formação
continuada e a criação de condições efetivas, no interior da escola, para o debate e
promoção de espaços para a construção coletiva do saber (SEED, 2012).
A estrutura organizacional do PDE está representada, para fins didáticos, no
Plano Integrado de Formação Continuada, constituindo-se de três eixos de
atividades: teórico-prático, de aprofundamento teórico e didático-pedagógico, com
utilização de suporte tecnológico, sendo todas realizadas no decorrer do Programa,
composto de quatro períodos semestrais, distribuídos em dois anos (PARANÁ,
SEED, 2012).
Os trabalhos do PDE se distribuem em cursos de formação e
aperfeiçoamento pessoal e profissional, elaboração e implantação de um projeto de
intervenção para a escola da rede pública estadual de que o professor faz parte
(específico para um tema abrangente de sua área de trabalho e que esteja de
acordo com a relevância docente) e encontros de orientações a esse respeito.
Também está incluído no Programa de Desenvolvimento Educacional, como
atividades do professor participante do PDE, um sistema de Educação a Distância
(EaD), através de uma plataforma Moodle, em que o professor é responsável pelas
tutorias, desenvolvimento teórico e níveis de aproveitamento, criando um Grupo de
Trabalho em Rede (GTR).
Os Grupos de Trabalho em Rede constituem-se em uma atividade do PDE
que se caracteriza pela interação virtual entre os professores PDE e os demais
professores da Rede Pública Estadual.
O GTR se apresenta tem por objetivos incentivar o aprofundamento teórico-
metodológico nas áreas de conhecimento, possibilitar novas alternativas de
formação continuada para os professores da Rede Pública Estadual, viabilizar mais
um espaço de estudo e discussão sobre as especificidades da realidade escolar e
socializar o Projeto de Intervenção Pedagógica na escola.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A dislexia é uma dificuldade apresentada em relação à leitura, não
envolvendo o pensamento. Entendemos que a dislexia é um problema de linguagem
e não um problema de inteligência; portanto, não é um “defeito”. Podemos dizer que
é um comprometimento do sistema de linguagem, o módulo fonológico, que é o
começo de tudo. É como se fabricasse a linguagem, fazendo com que os sons
sejam reconhecidos e formem palavras.
A dislexia é dividida em dois tipos, que são a adquirida e a desenvolvimental.
A dislexia adquirida é originária de um acidente vascular cerebral, sendo
caracterizada pela dificuldade de leitura, ou a incapacidade de ler. A
desenvolvimental é um distúrbio da leitura e escrita que pode ocorrer durante o
processo de alfabetização.
O aluno disléxico pode apresentar uma dificuldade específica da linguagem
em leitura, escrita e soletração. De acordo com Catts & Kahmi (1999, p. 32), a
dislexia é vista como:
Um distúrbio do desenvolvimento da linguagem, cuja característica principal é a dificuldade no processamento fonológico, que leva a criança portadora desse transtorno a fracassar na aprendizagem da decodificação das palavras escritas.
O papel do professor deve ser o de alguém que está auxiliando o tempo todo,
mas procurando deixar o aluno disléxico ter sua autonomia, e não sentir pena do
mesmo. Deve tratá-lo com carinho, aceitando a diferença e proporcionando-lhe
condições para que a aprendizagem aconteça.
O aluno com perfil de dislexia pode fazer uma leitura decifratória ou
hiperanalítica, na tentativa de ler um texto. Para os leitores disléxicos, o processo de
aprendizagem de leitura e de se tornar um leitor é extremamente lento. Os objetivos,
que são muito comuns a todos os leitores, são atingidos com muito atraso. No
começo, as dificuldades em relacionar as letras aos sons interferem na
aprendizagem da leitura.
Não existe uma única causa para a dislexia, pois ela pode resultar de vários
fatores, como visão, falta de domínio cerebral e desordens em estruturas cerebrais,
sendo de ordem genética ou neurológica.
A dislexia tem base neurológica, transmitida por um gene dominante, que a
torna hereditária. Existe uma incidência expressiva do fator genético e suas causas,
devido a um gene de uma pequena ramificação cromossômica, que, por ser
dominante, encontra-se nas mesmas famílias. De acordo com Bakhtin (1997), “o
código não passa de um recurso técnico da informação, não um valor operatório e
criador na aquisição de conhecimentos. O código é um contexto deliberadamente
estabelecido, necrosado” (p. 215). Portanto, falar sobre dislexia é muito complexo,
pois envolve bem mais do que códigos. O aluno com perfil disléxico olha para a
língua, para o código, como se as letras dançassem, não tivessem sentido algum, e
a maioria dos professores exige que eles leiam, interpretem e escrevam a partir de
uma leitura que não foi entendida.
A dislexia, quando não é identificada, pode causar sérios danos ao aluno,
como deixar a escola, apresentar problemas em casa com a família e na sociedade
como um todo. É função da escola, de pais e professores oportunizar tratamento
especializado de forma contínua, para auxiliar alunos com esses distúrbios de
aprendizagem.
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia:
Dislexia, de causa genética e hereditária, é um transtorno/distúrbio neurofuncional, ou seja, o funcionamento cerebral depende da ativação integrada e simultânea de diversas redes neurais para decodificar as informações, no caso, as letras do alfabeto. Quando isso não acontece adequadamente, há uma desordem no caminho das informações, dificultando o processo da decodificação das letras, o que pode, muitas vezes, acarretar o comprometimento da escrita.
O aluno com dislexia pode ter saúde física e emocional normal, ser inteligente,
participar da sociedade como um todo, mas tem problemas no que se refere à leitura e à
escrita. A dislexia é um distúrbio que não tem cura, mas pode ser amenizada ao longo
da vida escolar do aluno quando descoberta cedo e avaliada por bons profissionais,
como professores, fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos. O que existe na
sociedade em relação à dislexia é o preconceito. Ao contrário do que muitos pensam, a
pessoa com perfil de dislexia não é deficiente, é apenas diferente. E toda diferença deve
ser trabalhada e aceita ao mesmo tempo.
Segundo o médico Drauzio Varella, conhecido nacionalmente por suas aparições
na mídia, a dislexia “é um transtorno genético hereditário da linguagem, de origem
neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de codificar o estímulo ou símbolo
gráfico. A dislexia compromete a capacidade de aprender a ler e a escrever com
correção e fluência e de compreender um texto. Em diferentes graus, os portadores
desse defeito congênito não conseguem estabelecer a memória fonêmica, isto é,
associar os fonemas às letras”.
Todo profissional da educação deveria entender que a criança, o aluno com
dislexia, é inteligente, só que precisa de atividades diferenciadas para aprender. Ele não
é aluno de classe especial: o que ele tem é um distúrbio de aprendizagem. Não precisa
de uma escola especializada e nem é aluno de exclusão. O que acontece é o
aprendizado de forma diferente.
O maior problema encontrado nas escolas é o desconhecimento sobre a dislexia,
a ampla ignorância sobre o assunto. De acordo com Shaywtz (2006), é o que impede o
aluno disléxico de explorar seu potencial.
O lugar em que a dislexia aparece com mais frequência é na escola. Existem
disléxicos que encontram dificuldades em outros contextos, mas sem dúvida a
escola é onde o distúrbio mais aparece. A escola que conhecemos não foi feita para
alunos com perfil de dislexia; foi criada para os alunos “normais”. É por isso que
muitos disléxicos se evadem da escola antes de terminarem o ensino fundamental,
pois muitas vezes sofrem humilhações de colegas e até de professores, por não
conseguirem ler e nem escrever como a maioria dos colegas de classe.
Quando o aluno não consegue ler ou escrever, ele sofre um significativo
preconceito social. A pessoa leva consigo esse sentimento de rejeição por toda a
vida escolar, se não for trabalhada a sua autoestima. A experiência com a escrita se
manifesta com palavras do tipo “não escrevo bem”, ou “não gosto muito de
escrever”. Por isso o professor em sala de aula deve ser um especialista em
despertar a autoestima, estando aberto para lidar com as diferenças, fazendo com
que os alunos entendam o sentido e o contexto das coisas e percebam as
dificuldades que eles enfrentam como disléxicos na escola e na sociedade como um
todo.
O aluno com perfil de dislexia tem uma história de cobranças e fracassos que
o fazem sentir-se incapaz. A escola tem um papel muito importante com alunos que
apresentam distúrbios de linguagem. Motivá-los exigirá de nós mais esforço,
atenção e disponibilidade, para que sintam-se seguros, queridos e aceitos pelo
professor e pelos colegas. Shaywitz (2006, p. 95), diz que “para os leitores
disléxicos, o processo de aprendizagem de leitura e de se tornar um leitor
capacitado é extremamente lento. No começo, as dificuldades em relacionar as
letras aos sons interferem na aprendizagem da leitura”.
Um disléxico normalmente tem a leitura comprometida, mas, se tiver um bom
acompanhamento pedagógico e psicológico, pode se tornar um leitor capacitado e
formar representações completas de palavras familiares. Em sua grande maioria, os
disléxicos precisam de uma palavra impressa para que a representação dessa
palavra seja para eles real.
A psicolinguística e a medicina definem a dislexia como perturbação da leitura
e dificuldade no reconhecimento da relação entre símbolos gráficos e fonemas. É
biológica a causa da dificuldade de leitura do disléxico, razão pela qual entendemos
que um diagnóstico seguro só pode ser realizado por uma equipe multidisciplinar,
composta por neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e
professores.
Mesmo sabendo que não é possível superar as dificuldades de leitura para
um disléxico, é de suma importância o empenho da escola no sentido de
acompanhar o aluno com distúrbio de dislexia. Entender a dislexia exige uma
complexidade de fatores, dependendo da compreensão do funcionamento do
cérebro no que se refere à aprendizagem.
Muitas vezes, a dislexia é confundida com qualquer outro problema em
relação à leitura, sendo que, às vezes, o problema é só falta de incentivo do
profissional da educação, criando metodologias diferentes que despertem o
interesse do aluno pela leitura.
Enfim, a dislexia é um distúrbio de aprendizagem caracterizado por uma
dificuldade na decodificação de palavras, em que se mostra uma insuficiência no
processamento fonológico. Ela é de origem neurológica e caracterizada também
pela dificuldade de soletração. Infelizmente, esses problemas não desaparecem com
a mudança de faixa etária; o que acontece é uma melhora da qualidade de vida
escolar do disléxico quando a escola se interessa pelo aluno com tal distúrbio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Projeto de Intervenção Pedagógica foi aplicado com alunos do Ensino
Fundamental, pois essa é a fase escolar em que os alunos com perfil de dislexia
mais apresentam problemas de leitura, escrita e interpretação de textos diversos.
De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, “é tarefa da
escola que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a
leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de
interação” (2008, p. 48).
Partindo desse pressuposto, propiciamos aos alunos atividades que
envolveram o assunto em questão e trabalhamos para que eles conseguissem
conviver com a dislexia, bem como soubessem lidar com ela através de exercícios
repetitivos, pois se percebe que eles aprendem melhor com a repetição das
atividades propostas.
Assim, viabilizamos exercícios que melhorassem a coordenação e
lateralidade motora, através de textos curtos, para que eles conseguissem perceber
os fonemas e tentassem formar, produzir uma consciência fonológica. Para que a
ação metodológica se tornasse prática e real, trabalhamos com atividades que
valorizaram a interação logográfica, fonológica, ortográfica e semântica.
Durante a implementação do projeto, lemos para os alunos o livro João,
Preste Atenção!, de Patrícia Secco. A leitura desse livro proporcionou reflexões
sobre a autoestima dos alunos disléxicos, e a interpretação oral da história fez com
que contassem a sua experiência, as dificuldades enfrentadas na escola como
pessoa com distúrbio de dislexia. Incluímos no trabalho uma pesquisa autobiográfica
de pessoas famosas com dislexia e que venceram, apesar de toda as dificuldades
encontradas ao longo da vida no que se refere à leitura e escrita. Após o processo
de pesquisa no laboratório de informática da escola, elaboramos um painel com
fotos de famosos disléxicos, criando frases motivadoras a respeito da dislexia. Esse
painel foi exposto para a escola.
Se o aluno disléxico não aprende do jeito que ensinamos, temos de ensinar
do jeito que ele aprende. Entendemos que a mudança de postura frente ao distúrbio
em questão é um processo complexo e lento, tudo a longo prazo, pois envolve a
toda a comunidade escolar.
Acreditamos que os resultados do trabalho foram muito satisfatórios. Não foi
um fim, mas sim um começo, em que despertamos na comunidade escolar a
importância de valorizar alunos disléxicos, bem como de ajudá-los em sua
autoestima, esclarecendo que não são os únicos nessa busca constante, que é
identificar e trabalhar com alunos disléxicos em uma escola preparada apenas para
alunos ditos “normais”.
Na realização do GTR, alguns cursistas discorreram sobre as dificuldades
encontradas em suas escolas sobre o tema da dislexia. Em suas escolas, muitas
vezes o tema abordado não era conhecido nem pelo pedagogo. A grande maioria
dos professores do estado desconhece o tema. Como sugestão dos próprios
cursistas, seria interessante que, nas semanas pedagógicas, fossem abordados
temas como distúrbios de aprendizagem que são comuns em sala de aula, mas que
o professor acaba trabalhando sozinho, sem auxílio pedagógico. Ressaltamos,
ainda, cursos de capacitação sobre o tema, para auxiliar o docente a, de forma mais
aprofundada, realizar um trabalho adequado às necessidades do aluno.
Com a realização deste projeto, esperamos ter ajudado a melhorar a
autoestima de cada aluno que participou do projeto, a fim de que ele consiga
acompanhar a escola da melhor maneira possível.
Ressaltamos que não existe uma receita pronta para trabalharmos com
disléxicos. Podemos, através de estratégias metodológicas, facilitar a vida desse
aluno que tem dislexia e que a terá por toda a sua vida. Através do projeto,
concluímos que somente estratégias específicias, com a participação da família,
resolverão o problema. O compromisso deve ser de todos: alunos, pais, professores
e comunidade escolar.
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