práticas jornalísticas fora da grande imprensa
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Apresentação feita na 2ª Semana de Jornalismo da UFPETRANSCRIPT
PRÁTICAS JORNALÍSTICAS
FORA DA GRANDE IMPRENSA
O caso da
Marco Zero
Conteúdo
Recife, 03 de dezembro de 2014
1.
Ou como explicar às pessoas o porquê de você deixar
um cargo de editor-executivo no Diario de
Pernambuco para tentar construir uma Agência de
jornalismo investigativo, independente e sem fins
lucrativos (!?).
De dentro para fora
Quinhentos e setenta e cinco anos depois de Johannes Gutenberg inventar a prensa
tipográfica e imprimir uma mudança radical na maneira como o mundo se comunicava, os avanços
tecnológicos recentes colocaram em curso uma nova revolução que está afetando a forma
como as pessoas se relacionam, pensam, agem e, claro, consomem notícias.
No centro das transformações, a indústria jornalística, como foi desenvolvida nestes quase
600 anos, vem passando por uma profunda crise. Os complexos problemas afetam
decisivamente o modelo de negócio baseado na produção de conteúdo, comercialização de
publicidade, venda de assinaturas e, principalmente, na distribuição do produto.
O monopólio da distribuição, que pertencia a uma chamada indústria jornalística,
deixou de existir. A informação agora pode ser produzida e distribuída por qualquer um.
Com isso, a era industrial do jornalismo está terminando. Para alguns, até já
acabou...
2. O contexto
MAS O JORNALISMO NÃO ACABOU!
Acreditamos que é possível (e necessário) criar novas formas de se fazer
um jornalismo sustentável, independente e de
qualidade. Isso é fundamental para que a imprensa retome sua função
social de chamar a atenção para as injustiças, cobrar dos políticos e empresas
as promessas e obrigações assumidas, expor a corrupção, informar cidadãos e
consumidores, ajudar a organizar a opinião pública, elucidar temas complexos,
esclarecer divergências e contar boas histórias.
Só que esse jornalismo não está mais nas redações dos
veículos tradicionais. O caminho para jornalismo
sustentável, independente e de qualidade
passa por fora do que chamamos
de grande imprensa.
3. Influências teóricas- Conceito de jornalismo pós-industrial.
- Produziu o principal
estudo/diagnósticosobre o atual estágio do jornalismo.
- Novos modelos de negócios para o jornalismo.
- Conceitos de startupsadaptados para o jornalismo.
- A narrativa .
- Como contar boas histórias.
- A função social do jornalismo.
- Jornalismo digital.
- Novas ferramentas.
- Conceitos de integração,
convergência e multimídia.
4. Influências práticas
- A Marco Zero Conteúdo é uma agência de jornalismo investigativo que
aposta em matérias aprofundadas, independentes e de interesse público.
Produzidas e editadas por jornalistas que procuram ver o mundo com um olhar diferenciado, nossas reportagens podem ser livremente reproduzidaspor qualquer veículo sob a licença creative commons.
- Para manter a independência, não recebemos patrocínios de governos,
empresas públicas ou privadas. Nossa sobrevivência depende de parcerias com
algumas fundações e organismos internacionais, com a prestação de serviços editoriais, consultorias, realização de cursos, palestras e, principalmente, com a
colaboração e doações voluntárias dos leitores.
5. O que é
No jornalismo
Para a Marco Zero, o jornalismo deve chamar a atenção para as injustiças,
cobrar dos políticos e empresas as promessas e obrigações assumidas, expor
a corrupção, informar cidadãos e consumidores, ajudar a organizar a opinião
pública, elucidar temas complexos e esclarecer divergências.
No leitor
O ponto central da política editorial da Marco Zero Conteúdo são as pessoas.
Todo jornalista, ao fazer uma reportagem para a agência, deve se perguntar
em que e como o assunto em pauta interfere na vida da população. A Marco
Zero faz um jornalismo para as pessoas, interagindo com elas o máximo
possível.
6. No que acreditamos
Na ética
A Marco Zero Conteúdo norteia sua conduta pela ética. Tratamos as fontes com
respeito, agindo com honestidade e transparência na busca pelas informações. A
Marco Zero acredita que os fins não justificam os meios. Priorizamos a vida e a
segurança das nossas fontes e personagens acima de qualquer coisa. Inclusive
das reportagens.
Na qualidade
Um bom texto é questão fundamental para a Marco Zero Conteúdo. E um bom
texto implica no uso correto do idioma, no estilo atraente, na apuração precisa
das informações e na verdade dos fatos narrados. Buscamos também a qualidade
na apresentação das reportagens.
Na cidadania
Praticamos um jornalismo cidadão, comprometido com a defesa dos interesses da
população e na melhoria de vida das pessoas.
Nos Direitos Humanos
Nossa conduta e nossas reportagens respeitam e promovem os direitos humanos fundamentais, a igualdade de direitos entre todos, a dignidade e o valor das pessoas.
No coletivo
Para a Marco Zero Conteúdo, o conhecimento é uma construção coletiva. O pensamento existe a partir de um contexto histórico e social. Nossas reportagens resultam, direta ou indiretamente, do esforço, das experiências e da colaboração de várias mentes. Por isso, nossa produção está disponível gratuitamente para o uso de qualquer pessoa, instituição ou empresa.
Na cooperação
A Marco Zero se compromete a compartilhar suas experiências, aprendizados, métodos e técnicas com o objetivo de colaborar com o desenvolvimento do ecossistema da informação. Da mesma forma, defende que o financiamento de reportagens independentes e de qualidade deve ser feito de forma coletiva, através de doações dos leitores e sociedade civil organizada.
PENSAR GRANDE
COMEÇAR PEQUENO
ESCALAR RÁPIDO
7. Modelo de negócio
Centro de
Estudo da
Mídia –
MARCO CEM
Financiamento de
fundações e
organismos
internacionais
Realização de
seminários, palestras e
cursos sobre mídia
Crowdfunding
Produção, edição e
comercialização de
livros sobre jornalismo
Consultoria em
comunicação para
movimentos sociais
Doação dos leitores
E O DINHEIRO?
CROWDFUNDING
catarse.me
1) Um modelo de negócio para o jornalismo digital (Caio Túlio Costa)
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/um_modelo_de_negocio_para_o_jornalismo_digital
2) O Jornalismo Pós-Industrial (Columbia University's Tow Center for Digital
Journalism/Versão em português feita pela Revista de Jornalismo ESPM)
http://www.espm.br/download/2012_revista_jornalismo/Revista_de_Jornalismo_ESPM_5/
8. Para ler
OBRIGADO!
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