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POSSIBILIDADES DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA, BEM
COMO LEVAR OS ALUNOS DA 5ª SÉRIE DO COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ
DE ANCHIETA DA CIDADE DE UNIÃO DA VITÓRIA – PR, A REFLEXÕES
SOBRE MEDIDAS AFIRMATIVAS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Paulo Lumikoski1
Clóvis Roberto Gurski2
RESUMO
O presente trabalho, como parte integrante das atividades de formação continuada, realizadas no âmbito do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), relata os resultados obtidos da implementação da proposta pedagógica, durante o período de agosto a outubro de 2011, junto aos alunos das 5ª séries E e F, período vespertino do Colégio Estadual José de Anchieta – EFM, União da Vitória – PR. Contemplando o tema Ambiente, conteúdo estruturante da área de Ciências, condizendo com as orientações do Documento Básico das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná. Partindo do objetivo geral que permeia a transformação comportamental consciente na manutenção dos padrões de consumo e cultural com os alunos das referidas turmas, questionando, organizando dados a partir de informações obtidas através de pesquisas teóricas e relatos pessoais do cotidiano de cada aluno. Tendo o educando o papel central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente das atividades e ações implementadas no decorrer deste trabalho como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades, formação de atitudes e também através de uma conduta ética condizente ao exercício da cidadania. O resultado está exposto nos dados apresentados no artigo.
Palavras-chave: Educação Ambiental; Conscientização; Atitudes.
1 Professor formado em Ciências e Matemática, Especialista em Ensino da Matemática pela
FAFIUV, Especialista em Educação de Jovens e Adultos pela FACINTER, professor do
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) e professor do Colégio Estadual José de
Anchieta.
2 Professor formado em Ciências Biológicas, Especialista em Educação Ambiental pela UEL,
Mestre em Economia Ambiental e Industrial pela UFSC, professor do curso de Ciências
Biológicas da Universidade Estadual do Paraná – campus de União da Vitória.
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1. INTRODUÇÃO
A Educação Ambiental não se trata de um tipo especial de
educação, mas de um processo contínuo e longo de aprendizagem, de uma
filosofia de trabalho, de um estado de espírito em que todos: família, escola e
sociedade, devem estar envolvidas (AURINO, 2008).
As escolas através do seu papel sócio-educativo devem permear
e desenvolver estratégias que levem seus educandos a uma transformação
social efetiva que, explicitem e estimulem o desenvolvimento de uma
consciência ecológica dos mesmos, para a melhoria das condições de vida
própria, de seus semelhantes e dos demais seres vivos.
Segundo Prado (2005), a crescente intensidade dos desastres
ecológicos no mundo, despertou uma consciência ambientalista, ou melhor
dizendo, uma consciência ecológica entre os homens e isso se dá em toda a
parte do planeta, observa-se até com certo exagero essa questão, porém de
forma positiva, pois talvez somente assim é que se chame a atenção para este
problema, o da exploração inadequada dos recursos naturais do meio
ambiente.
Ainda o autor coloca que esse bem de valor Constitucional dentro
da nova ordem jurídica, que é reconhecido pelo Art.225 da Carta Magna, com
vistas a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e que é conhecido como natural e
cultural, vem sendo atingido de tal forma, que se tornou um dos maiores
problemas que a humanidade já enfrentou. A compreensão e a divulgação dos
problemas relativos ao meio ambiente são favorecidas, por um lado, pelo
desenvolvimento da comunicação, que chega a quase todos os indivíduos, e
por outro, pela consciência ecológica, tão difundida em meio à sociedade atual,
principalmente pelos movimentos ambientalistas.
Vinte anos após a Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro –
Brasil em 1992, a Rio+20 foi mais uma oportunidade de refletir sobre o futuro
que queremos para o mundo nos próximos vinte anos. Nessa conferência,
líderes mundiais, milhares de participantes do setor privado, ONGs e outros
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grupos se reuniram para determinar como é possível reduzir a pobreza,
promover a justiça social e a proteção do meio ambiente em um planeta que é
cada vez mais habitado (FAYEK, 2012).
Porém não podemos perder de vista que as mudanças da
realidade socioambiental e das posturas dos indivíduos dependem da
Educação Ambiental; sem ela não se faz essa transformação, porém, é preciso
compreender que a Educação Ambiental não faz “milagre”. Para mudar
algumas coisas, são necessários investimentos, políticas públicas,
envolvimento das instituições, comprometimento das pessoas, etc. Por outro
lado, só os investimentos, sem o devido acompanhamento de processos
educativos, têm pouca eficiência em termos de melhoria da qualidade
ambiental (LEME, 2010 apud GUIMARÃES, 2010).
Um dos temas que mais tem preocupado os ambientalistas é a
escassez de água em algumas partes do mundo. É a água, e não o
aquecimento global, que será o grande desafio ambiental que o mundo
enfrentará nas próximas décadas e séculos (NOGUEIRA, 2008).
Desde o surgimento da vida na Terra, a água é o elemento mais
importante para a sobrevivência de todos os seres vivos. Sem ela, o planeta
seria desabitado. Mesmo assim, a humanidade tem desperdiçado este recurso.
Dados da ONU de 2006 revelam que até 2050 mais de 45% da população
mundial não terá acesso á água potável (PEREIRA, 2012).
De acordo com o autor, previsões afirmam que nos próximos anos
a guerra não será mais pelo petróleo e sim devido à escassez dos recursos
hídricos.
Para Sagan (2009), poucos sabem, mas de toda a água do globo
terrestre apenas 1% serve para abastecer a população que, por milhares de
anos, essa minúscula quantidade atendeu às necessidades humanas, porém, o
consumo de água vem aumentando rapidamente e hoje milhões de pessoas do
mundo inteiro já enfrentam a escassez e racionamento, desse modo o
problema tende a aumentar, pois parece inacreditável, mas o mundo atual está
prestes a enfrentar uma grande crise no abastecimento de água.
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O Brasil é um país privilegiado num planeta sedento. Tem cerca
de 14% de toda a água doce que circula pela superfície da Terra. Mas a
distribuição dessa abundância é desigual. Segundo Sousa (2008), a disputa
pela água no Brasil já deixou o Agreste nordestino, chegando ao Sul e
Sudeste. Estudo da ONU menciona conflitos pelo uso da água dos rios Paraíba
do Sul, Piracicaba, Capivari – na região Sudeste.
Segundo Gruppi (2008), cerca de 30% a 40% da água no Brasil é
perdida. Para driblar o desperdício, vários setores desenvolvem alternativas
que podem permitir a diminuição dos impactos ambientais entre elas o da
construção civil. Uma delas é o sistema de aproveitamento de água de chuva.
Diante do que foi planejado, o presente trabalho se justifica pela
necessidade de aprofundar o conhecimento sobre a Educação Ambiental que
foi desenvolvida durante o processo de implementação do Projeto de
Intervenção Pedagógica nas 5ª séries E e F, período vespertino, no Colégio
Estadual José de Anchieta – EFM na cidade de União da Vitória – Pr.
O objetivo geral proposto neste artigo é verificar as possibilidades
de aproveitamento de água de chuva, bem como levar os alunos das 5ª séries
no Colégio Estadual José de Anchieta a mudanças de comportamento que
visem à conscientização dos mesmos: de que é importante economizar e não
desperdiçar água no nosso dia a dia.
Levar ainda e oferecer aos alunos das Escolas Públicas do
Paraná de uma forma contextualizada de se trabalhar Educação Ambiental o
entendimento de suas responsabilidades sociais e ambientais sobre o consumo
e aproveitamento de água potável, considerando o aluno como sujeito ativo do
processo de aprendizagem e do conhecimento.
2. EMBASAMENTO TEÓRICO
A água é de fundamental importância para a sobrevivência dos
seres vivos e, portanto, é necessário que a sociedade esteja ciente de que
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enfrentará, muito em breve, uma grave crise no abastecimento e na qualidade
da água potável (WOLF, 2008).
Segundo a autora, as nascentes e as matas de galeria estão
sendo desmatadas e muitas espécies da fauna aquática estão ameaçadas. Os
principais rios estão poluídos e começa a faltar água nas grandes cidades.
De acordo com Martins (2003), três quartos da superfície da Terra
são cobertos por água, correspondendo a 354.200 km do planeta, formados
por oceanos, rios, lagos, pântanos, manguezais, geleiras e as calotas polares.
Dos 1.386 milhões de km3 de água apenas 2,5% desse total são de água doce,
sendo que 68,9% estão na forma de geleiras, significando que apenas 0,3% de
toda a água da Terra está acessível e pode ser consumida direto da natureza.
Para Detoni (2007), existe água disponível para atender às
necessidades da população mundial, ainda que diferenças de consumo sejam
diretamente proporcionais ao desenvolvimento socioeconômico, confirmando
que, a manutenção da qualidade de vida razoável exige 80 litros de água por
dia para cada habitante, embora o consumo médio possa variar dos 25 litros
diários de uma família indiana até os 500 litros de uma família norte-americana.
Segundo Paulino (2010), precisamos investir no gerenciamento
dos recursos naturais sustentáveis, que surgem para integrar os processos de
crescimento econômico mundial e ainda preservar os recursos naturais ainda
intocáveis.
O autor destaca ainda que:
...são diversos os questionamentos sobre a própria
continuidade e sobrevivência do planeta principalmente
pela possibilidade da escassez de água pura em um
futuro próximo.
O crescimento econômico mundial, a constante degradação do
meio ambiente e a possibilidade de exaustão dos recursos naturais colocam
em risco a sociedade mundial, com o desequilíbrio da proteção do meio
ambiente e nos trará um horizonte de profundas mudanças climáticas
causando provável escassez de alimentos e água potável (PAULINO, 2010).
Para Bueno (2008), nunca se falou tanto em preservação
ambiental como nos dias de hoje. A preocupação com o meio ambiente tomou
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conta dos meios de comunicação, das escolas e até mesmo das indústrias.
Mas apesar de todo o embate, a natureza ainda está sofrendo grandes
desgastes por causa da ação do homem e os efeitos desse desgaste já podem
ser sentidos no nosso dia a dia.
Para o autor: inundações, secas, catástrofes naturais, falta de
alimentos e de combustível são apenas algumas das consequências que já
começam a ser sentidas. E a previsão de cientistas e pesquisadores é que este
cenário piore.
Segundo Alvarenga (2008), o crescente aquecimento global, a
degradação ambiental, o controle do efeito estufa, a possível e até já
constatada falta de água em muitos lugares do planeta são problemas
ambientais que exigem de todos muita atenção para o que é possível fazer
individualmente ou em grupos, para garantir a vida no planeta Terra.
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o
conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de
vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores
que constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao ser humano cabe
interpretar racionalmente os fenômenos observados na natureza, resultantes
das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria,
movimento, força, campo, energia e vida (Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Paraná, 2008).
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e
coletivamente construída, que influencia e sofre influências de questões
sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et
al., 1998).
A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos
construídos a partir da aplicabilidade de métodos científicos. Os modelos
científicos são construções humanas que permitem interpretar a respeito de
fenômenos resultantes das relações dos elementos fundamentais que compõe
a natureza e muitas vezes são utilizados como paradigmas, leis e teorias
(Proposta Pedagógica Curricular de Ciências, 2010).
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As relações entre os humanos e as questões ambientais não é
simples. Ao mesmo tempo em que dependemos das matérias-primas que
podemos obter da natureza, nós sabemos que o modo de vida das civilizações
humanas atuais, muitas vezes, acarreta problemas ao meio ambiente
(ALVARENGA, 2008).
Ainda segundo o autor, nos últimos dois séculos, no entanto, com
o aparecimento e a expansão da indústria e o aumento da população mundial,
o impacto da interferência humana sobre os ecossistemas tem sido grande.
Busca-se hoje aprender a lidar melhor com os recursos naturais,
economizando-os e preservando-os para o futuro. É necessário propor formas
alternativas de ocupação do espaço e de exploração que minimizem ou reverta
à tendência à degradação, que representa uma ameaça a todos os seres vivos
da Terra.
Buscando amenizar esses problemas, há a necessidade do ser
humano desenvolver mecanismos e projetos que consistam principalmente em
conscientizar os alunos de escolas públicas do Paraná, no que tange o
problema da escassez de água em certos períodos e o devido aproveitamento
da água de chuva.
A importância da água no nosso planeta é inigualável e
significado de vida, daí a frase “água fonte de vida”, sendo também
fundamental para o nosso organismo, a água tem um papel importante na
nossa saúde (SERENO, 2011).
A água nos mantém vivo controla o clima, esculpe a terra, remove
e diluem resíduos e poluentes e é reciclada pelo ciclo hidrológico. Vivemos no
planeta água, cuja preciosa película de água na sua maioria salgada cobre
70% da superfície terrestre (MILLER, 2008).
Segundo o autor, todos os organismos são compostos por uma
grande parte de água. Quando nos olhamos ao espelho, o que vemos são 60%
de água, a maior parte disso está dentro de nossas células. O ser humano
poderia sobreviver sem comida durante várias semanas, mas apenas alguns
dias sem água. Quantidades enormes de água são necessárias para lhe
fornecer alimento, abrigo e atender a outras necessidades e desejos. A água
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também desempenha um papel importante ao esculpir a superfície terrestre,
controlar o clima, e remover e diluir poluentes solúveis em água. Apesar de sua
importância, é um de nossos recursos mais mal administrados. Nós a
desperdiçamos e poluímos.
A ONU – Organização das Nações Unidas – considera que o
volume de água doce suficiente para a vida em comunidade e exercício das
atividades humanas, sociais e econômicas, é de 2500 metros cúbicos de
água/habitante/ano. Lembramos que 1 metro cúbico é equivalente a 1000 litros.
Em regiões onde a disponibilidade de água/habitante/ano se situe abaixo de
1500 metros cúbicos, a situação é considerada crítica (BARATA, 2006).
De acordo com Nogueira (2008), o mundo não está ficando sem
água doce. Há muita água doce em nosso globo azul e não está chovendo
menos do que costumava chover em mil anos atrás, mas é claro que como em
qualquer outro recurso, existe a escassez local, e estas sim estão piorando.
Porém atualmente 29 países já têm problemas com a falta de
água, entre eles, pode-se citar o Oriente Médio; Índia e o Norte da África, e até
2050, as previsões da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que mais de 50
países enfrentarão crise no abastecimento de água (SAGAN, 2009).
O fenômeno da escassez de água não é, entretanto, atributo
exclusivo das regiões áridas e semiáridas. Muitas regiões com recursos
hídricos abundantes, mas insuficientes para atender a demandas
excessivamente elevadas, também experimentam conflitos de usos e sofrem
restrições de consumo que afetam o desenvolvimento econômico e a qualidade
de vida. As águas de qualidade inferior, tais como, esgotos, particularmente os
de origem doméstica, águas de drenagem agrícola e águas salobras, devem,
sempre que possível, ser consideradas como fontes alternativas para uso
menos restritivos (BRAGA, 2005).
Segundo Sagan (2009), o Brasil é um país privilegiado, possui
20% de toda a água da superfície da Terra, porém, também enfrenta grandes
problemas de abastecimento, pois 80% dessa água estão localizadas na
Amazônia, região mais desabitada do país.
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Como entender a escassez de água no Brasil, quando se aprende
na escola que o país tem a maior bacia hidrográfica do planeta e foi abençoado
com chuvas tropicais abundantes (SOUSA, 2008).
Como se pode constatar, apenas uma pequena parcela de água
se encontra disponível para consumo humano e mesmo esta parcela tem, em
muitos casos, de ser tratada antes de ser consumida, uma vez que se encontra
frequentemente poluída.
O acesso à água potável é uma necessidade humana
fundamental e, assim, um direito básico, de acordo com a Lei nº 9.433
(BRASIL, 1997). Não se consegue imaginar vida sem água, pois ela é utilizada
para beber, produzir e preparar alimentos, entre outros fins tão essenciais para
a sobrevivência.
Em decorrência do aumento expressivo da perda da qualidade da
água, a captação da água de chuva em ambientes urbanos é uma alternativa
em constante crescimento e um assunto de interesse cada vez maior diante
das múltiplas vantagens de sua adoção. A importância da sensibilização da
população, na utilização racional da água tratada, incentivando o uso da água
de chuva para fins não potáveis, é uma das maneiras para minimizar a
escassez de água potável (OURIQUES, R. Z. et al. 2005).
Segundo Martinetti (2011), a principal vantagem em utilizar a água
pluvial é a redução da demanda por água potável, dessa forma se contribui
para a redução das enchentes nas cidades, haja vista que se utilizada em larga
escala é capaz de reter grandes quantidades de água das chuvas, evitando o
transbordamento dos rios.
O aproveitamento da água da chuva é feito desde a antiguidade.
O primeiro registro que se tem do uso da água da chuva é verificado na pedra
Mohabita, data de 830 A.C., que foi achada na antiga região de Moab, perto de
Israel (TOMAZ, 2007).
Atualmente o aproveitamento da água de chuva é praticado em
países como Estados Unidos, Alemanha, Japão, entre outros (MAY, 2004).
Segundo a autora, no Brasil o sistema é utilizado em algumas
cidades do Nordeste como fonte de suprimento de água.
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Para Maria (2011), não existe nenhuma outra fonte de maior
qualidade de água disponível para nós do que a da água da chuva, ao contrário
da água captada nas barragens, que exige um processo de tratamento para lhe
assegurar uma qualidade adequada para consumo humano, a água da chuva
que é coletada em telhados e armazenada adequadamente representa uma
fonte sustentável de água ideal para uso dentro e fora da casa.
O aproveitamento da água de chuva refere-se a um sistema
relativamente simples, que consiste na captação, filtragem, armazenamento e
distribuição da água que cai no telhado da edificação. A água de chuva é uma
das formas de ocorrência de água na natureza e faz parte do processo de
trocas do ciclo hidrológico. As chuvas são fundamentais para a recarga dos
rios, dos aquíferos, para o desenvolvimento das espécies vegetais e também
para carregar partículas de poeira e poluição existentes na atmosfera. A
qualidade das águas pluviais pode variar em relação ao grau de poluição do
ambiente. Os requisitos de qualidade e segurança sanitária das águas pluviais
estão diretamente relacionados com o fim a que se destinam (ALVES, 2011).
Em tempos modernos, aproveitar água de chuva para consumo
humano, geralmente para fins não potáveis, é apenas parte de uma nova forma
de nos relacionarmos com a água. No contexto atual onde a grande maioria
das cidades tem boa parte de seu solo impermeabilizado com ruas de asfalto e
lajes de concreto, a criação de sistemas ecológicos que integrem o homem e a
água na paisagem garante a redução do número de enchentes, a recarga do
lençol freático, um melhor conforto térmico e outros benefícios diretos e
indiretos (CASTAGNA, 2011).
O aproveitamento da água de chuva é de vital importância,
podendo representar uma redução de gastos expressiva com a utilização deste
recurso, ainda sem valor comercial (OURIQUES, R. Z. et al. 2005).
Para Vasconcellos (1997), a presença em todas as práticas
educativas, da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano
com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é condição
imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra.
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Dentro desse contexto, sobressaem-se as escolas, como espaços
privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois
isso necessita de atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações
orientadas em projetos e em processos de participação que levem à
autoconfiança, às atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a
proteção ambiental implementados de modo interdisciplinar (DIAS, 1992).
Em 2004, 42,34% (64.333) das escolas brasileiras reconheceram
que desenvolviam projetos de Educação Ambiental; outras 5.481 escolas
(3,61%) afirmaram possuir em seus currículos disciplinas especiais para a
questão ambiental e mais de 72% delas (109.863) revelaram incluir a temática
ambiental nas disciplinas (MEC, 2004).
Segundo o MEC ocorreu uma evolução quanto ao número de
escolas do Ensino Fundamental e de escolas que oferecem Educação
Ambiental no Brasil como se observa no gráfico 1.
Gráfico 1: Evolução do número de escolas do Ensino Fundamental e de escolas que ofereceram Educação Ambiental. Fonte: Censo Escolar - MEC/INEP (2004).
Verifica-se no gráfico 1 que o número de escolas do Ensino
Fundamental diminuíram gradativamente entre os anos de 2001 a 2004.
Todavia, o número de escolas do Ensino Fundamental que oferecem E. A.,
teve um crescimento significativo.
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O MEC em referência as propostas curriculares em educação
ambiental estabelece que seja necessária uma práxis pedagógica desafiadora,
uma vez que exige uma nova organização dos tempos e espaços da escola e
adequação da matriz curricular. Para tal trabalho o MEC estabelece diretrizes
que cada ente federado deverá abordar (PEREIRA, 2011).
Segundo o autor, por estes motivos, é essencial que as Diretrizes
Curriculares Nacionais do Conselho Nacional de Educação – CNE auxiliem no
dever atribuído constitucionalmente ao Estado de promover a educação
ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente (C.F., art. 225 § 1º inciso VI) e na
implementação das Políticas Nacionais de Educação Ambiental (estabelecidas
pela Lei nº 9.795, de 27.04.99, regulamentadas pelo Decreto nº 4.281, de
25.06.2002, e pela Lei nº 6.938/81) que exigem também do ensino formal o
dever de capacitar as pessoas, em todos os níveis e modalidades de ensino,
para a participação ativa na defesa do meio ambiente.
Conforme dados do INEP a maioria dos estados brasileiros tem a
educação ambiental presente em mais de 90% de suas escolas, de acordo
com o senso da educação básica 2004. Os estados do Sul trabalham com
Média de 96,93% segundo relatórios do Censo (MEC, 2011).
Segundo Pereira (2011), a educação ambiental apresentada nas
propostas curriculares dos três Estados do Sul segue o delineamento proposto
pelo MEC. Como já afirmado, cada Estado aborda a questão da inserção
curricular da dimensão ambiental com uma sistematização particular.
Adequando a sua realidade e interpretando a sua real necessidade como
política educacional ambiental de acordo com as diretrizes do MEC.
Apresentamos, a partir de agora, algumas considerações de
acordo com documentos e proposta em educação ambiental criada pelo Estado
do Paraná em 03/11/2011. De acordo com o Art. 2º:
Entende-se por educação ambiental os processos
contínuos e permanentes de aprendizagem, em todos os
níveis e modalidades de ensino, em caráter formal e não
formal, por meio dos quais o indivíduo e a coletividade, de
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forma participativa, constroem, compartilham e privilegiam
saberes, conceitos, valores socioculturais, atitudes
práticas, experiências e conhecimentos, voltados ao
exercício de uma cidadania comprometida com a
preservação, conservação, recuperação e melhoria do
meio ambiente e da qualidade de vida, para todas as
espécies.
Nesse sentido a E. A. conforme cita o Art. 11º da proposta do
Estado do Paraná, entende-se por educação ambiental no ensino formal
aquela desenvolvida de forma presencial ou à distância no âmbito dos
currículos das instituições de ensino públicas e privadas, conforme a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional vigente, englobando:
I. Educação básica: educação infantil, ensino fundamental e ensino
médio;
II. Educação superior;
III. Educação especial;
IV. Educação profissional;
V. Educação de jovens e adultos,
VI. Educação de comunidades tradicionais, como quilombolas,
indígenas, faxinalenses, ribeirinhas, ilhéus, dentre outros.
Como referenciado o estado do Paraná, além do apresentado
desenvolve programas: como exemplo o pacto sustentável. Programa esse
com o intuito de promover junto às escolas metodologias de construção e
implementação de ferramentas como instrumento para o trabalho com a
educação ambiental, apontando como elemento fundamental sua relação com
os conteúdos das diversas disciplinas (PEREIRA, 2011).
A Educação Ambiental já é uma realidade, pois suas ações estão
hoje presentes em todos os segmentos da sociedade. Assim, faz-se
necessário, cada vez mais, buscar caminhos que nos forneçam subsídios para
que essas práticas sejam reflexos de nosso movimento de ação e reflexão
como educadores ambientais (GUIMARÃES, 2010).
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Diante dos fatos, percebe-se a relevância deste projeto que
pretende trabalhar questões ambientais como a falta de água e o
aproveitamento da água da chuva com alunos de 5ª série do Colégio Estadual
José de Anchieta, na cidade de União da Vitória – estado do Paraná; levando-
os a entender a problemática da escassez de água em partes do planeta e
também no ambiente onde vivem a fim de desenvolver estratégias simples e
reais para que cada um possa ajudar e fazer a sua parte, adquirindo
consciência e dando grande importância às questões ambientais, exercendo
realmente a sua cidadania neste planeta em que vivemos. Esses princípios
devem orientar nossas ações.
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3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local de Estudo
Este trabalho foi desenvolvido no Colégio Estadual José de
Anchieta – Ensino Fundamental e Médio (Figura 1), localizado no município de
União da Vitória – PR.
Figura 1: Fachada frontal do colégio. Fonte: http://www.uvajoseanchieta.seed.pr.gov.br/modules/noticias/index.php?storytopic=1.
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O município se localiza no extremo sul do Estado do Paraná,
pertence à microrregião do Médio Rio Iguaçu. A localização geográfica do
município de União da Vitória no Estado do Paraná, bem como seus municípios
limítrofes está representada na figura 2:
Figura 2 – Localização geográfica do Município de União da Vitória. Fonte: Rocha (2012).
Conforme se observa na figura 2, os municípios limítrofes são:
Norte – Cruz Machado – PR e Mallet – PR; Sul – Porto União – SC; Leste –
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Paulo Frontin – PR e Paula Freitas – PR e a Oeste – Porto Vitória – PR
(ROCHA, 2012).
O prédio do Colégio Estadual José de Anchieta – Ensino
Fundamental e Médio abriga três modalidades de ensino: pré a 4ª série com a
Escola Municipal Hilda Romanzini de Mello que está em transferência gradativa
para outro prédio escolar; 5ª a 8ª séries (Ensino Fundamental) e 1ª a 3ª séries
(Ensino Médio) do Colégio Estadual José de Anchieta – Ensino Fundamental e
Médio e a Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFI) de União
da Vitória.
Fazem parte do quadro de pessoal, um diretor com 40 horas,
duas pedagogas com 40 horas, uma pedagoga com 20 horas, 46 professores
QPM e 18 professores PSS, uma funcionária técnico administrativo com 40
horas que atende a biblioteca, seis funcionários (as) técnico administrativo com
40 horas, uma delas a secretária e outra trabalha na biblioteca; oito
funcionárias auxiliar operacional, sendo que duas atuam como inspetora, uma
que atua na cozinha e três atuam na limpeza, organização e preservação do
ambiente escolar e de seus utensílios e instalações (PPP, 2010).
Quanto à parte física pedagógica, pela manhã são utilizadas 20
salas de aula e à tarde 11 salas de aula para as turmas regulares. Nos dois
períodos de funcionamento da escola está disponibilizado 1 sala para
atendimento dos alunos da Sala de Recursos, outra sala para atender a Sala
de Apoio à Aprendizagem, 1 sala para a biblioteca, 1 sala com o laboratório de
informática do Programa Paraná Digital com 20 computadores e uma
impressora e uma TV multimídia pendrive. No ano de 2008, foi disponibilizada
uma sala para reorganização do laboratório de ciências, possibilitando o
resgate dos equipamentos e utensílios que estavam disponibilizados para a
FAFI. Este laboratório também será utilizado pelas disciplinas de Biologia e
Química (PPP, 2010).
Para a parte física administrativa são utilizadas duas salas para a
secretaria que dispõem de 4 computadores do Programa Paraná Digital ligados
a duas impressoras e outros 3 computadores com impressora, uma sala para a
direção, uma para a equipe pedagógica e 1 sala para os professores sendo
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que apenas esta sala não dispõe de computador e impressora. Dispõe-se
também de um auditório com espaço para 200 pessoas, uma quadra de
esportes coberta e de um pátio externo sendo parcialmente coberto, os quais
são utilizados pelas três instituições que utilizam este prédio (PPP, 2010).
3.2 Material de estudo
Durante a realização deste trabalho, o colégio possuía 901 alunos
distribuídos em dois períodos de estudo, nos níveis fundamental e médio
conforme se observa nos quadros 1 e 2.
Ensino Fundamental Matutino Vespertino Total
5ª série – alunos 68 60 128
Nº de turmas 2 2 4
6ª série – alunos 102 61 163
Nº de turmas 3 2 5
7ª série – alunos 108 71 179
Nº de turmas 3 3 6
8ª série – alunos 101 59 160
Nº de turmas 3 2 5
Total de alunos E. F. 379 251 630
QUADRO 1: Número de alunos e turmas do Colégio Estadual José de Anchieta - União da Vitória – PR, no ensino fundamental. Fonte: Projeto Político Pedagógico do colégio (2010).
Conforme se observa no quadro 1, o Colégio Estadual José de
Anchieta possuía dois períodos de funcionamento, matutino e vespertino, nos
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quais estudavam alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental. Na 5ª série
estudavam 68 alunos sendo duas turmas de manhã e 60 alunos, sendo
também duas turmas à tarde, totalizando 128 alunos em 4 turmas. Na 6ª série,
estudavam 102 alunos em três turmas de manhã e 61 alunos em duas turmas
à tarde, totalizando 163 alunos em 5 turmas. Já na 7ª série o colégio contava
com 108 alunos em três turmas pela manhã e 71 alunos em três turmas, à
tarde totalizando 179 alunos em 6 turmas. Ainda na 8ª série, o número de
alunos que estudavam no período matutino era de 101 em três turmas e no
período vespertino era de 59 alunos em duas turmas, totalizando 160 alunos
em 5 turmas. O total de alunos que estudaram no colégio segundo o PPP
(2010) no ensino fundamental foi de 379, no período matutino e 251 no período
vespertino, totalizando 630 alunos.
Ensino Médio Matutino Vespertino Total
1ª série – alunos 68 28 96
Nº de turmas 2 1 3
2ª série – alunos 78 28 106
Nº de turmas 2 1 3
3ª série - alunos 61 8 69
Nº de turmas 2 1 3
Total de alunos E. M. 207 64 271
Quadro 2: Número de alunos e turmas do Colégio Estadual José de Anchieta – União da Vitória – PR, no ensino médio. Fonte: Projeto Político Pedagógico do colégio (2010).
De acordo com o que se observa no quadro 2, o colégio possuía
também dois períodos de funcionamento, matutino e vespertino, nos quais
estudavam alunos do ensino médio de 1ª a 3ª séries. Na 1ª série estudava 68
alunos no período matutino em duas turmas e 28 alunos no período vespertino
19
uma turma, totalizando 96 alunos e três turmas. Na 2ª série estudavam 78
alunos de manhã, em duas turmas e 28 alunos uma turma à tarde, totalizando
106 alunos e três turmas. Ainda na 3ª série, estudavam 61 alunos de manhã
em duas turmas e 8 alunos à tarde uma turma, totalizando 69 alunos em três
turmas. O total de alunos que estudavam no ensino médio no colégio segundo
o PPP (2010) foi 207 no período matutino e 64 no período vespertino,
totalizando 271 alunos.
3.3 Implementação
O projeto será implementado através de ações, conforme se
observa no quadro 3.
Período/Época - 2011 Atividades
3ª semana/agosto Reunião com todos os envolvidos do colégio no
projeto PDE
4ª semana/agosto Aplicação de um questionário/pré-teste
5ª semana/agosto Atividade prática: construção de um pluviômetro
1ª semana/setembro Leitura e fundamentação sobre Educação
Ambiental
2ª semana/setembro Atividades com vídeos e imagens
3ª semana/setembro Observação de campo: verificação de local no pátio
do colégio para instalação de cisterna
4ª semana/setembro Instalação de cisterna
1ª semana/outubro Aplicação de um questionário/pós-teste
2ª semana/outubro Atividade coletiva: formação de grupos para
20
acompanhar a utilização da água de chuva no
colégio
3ª semana/outubro Elaboração de um caderno temático
4ª semana/outubro Encerramento da implementação do projeto PDE
Quadro 3: Cronograma de implementação. Fonte: Lumikoski (2011).
A primeira ação será a realização de uma reunião geral,
envolvendo o diretor do colégio, a equipe pedagógica, o professor PDE e os
alunos das 5ª séries E e F, todos envolvidos no projeto PDE.
A segunda ação será à aplicação de um questionário intitulado
pré-teste, composto das seguintes questões:
1. Em sua opinião, qual a importância da água na vida dos seres
vivos?
2. Você acredita que pode faltar água em nosso planeta, algum dia?
Justifique.
3. O que você acha que as pessoas devem fazer para que a água
não acabe?
4. Para você, o aproveitamento de água de chuva, pode impedir ou
amenizar a escassez de água, no planeta?
5. O que você sabe a respeito da Educação Ambiental?
6. Você acha que é importante, as pessoas terem uma educação
voltada para a consciência dos problemas ambientais, de nosso
planeta?
7. Na sua escola, existe algum projeto que trate de temas
relacionados ao ambiente?
21
8. Você acha importante que a escola desenvolva projetos, que
levem os alunos a terem atitudes positivas, em relação aos
problemas existentes ao ambiente, onde vivem?
9. Em sua opinião, quais são os maiores problemas ambientais
atualmente, que estamos vivenciando em nosso planeta?
Na terceira ação será feita uma atividade prática envolvendo a
construção de um pluviômetro. O pluviômetro significa (pluvio=nuvem
carregada de chuva+metro= medida). É um instrumento que recolhe a água da
chuva e determina o valor da precipitação em milímetros (FRANCISO, 2012).
Para se construir o pluviômetro, os alunos necessitaram das seguintes
materiais:
a) Garrafa plástica pet de dois litros descartável;
b) Funil pequeno;
c) Régua de plástico graduada em milímetros,
d) Fita adesiva (duréx).
Para a construção do pluviômetro os alunos deverão seguir
atentamente as orientações, como a fixação de uma régua para verificar a
quantidade de água que possivelmente será coletada da chuva. Após a
construção do pluviômetro, os alunos poderão fixar em local pré-estabelecido
por eles em suas casas, fazendo a observação e o registro diário, semanal e
mensal dos índices pluviométricos dos locais onde moram.
A quarta ação proposta envolve a aplicação de textos para a
fundamentação teórica dos assuntos desenvolvidos em sala de aula,
individualmente e em grupos.
A quinta ação envolverá a produção de um trabalho com vídeos e
imagens junto ao portal dia a dia educação da secretaria de estado da
educação do Paraná bem como outros meios de consulta com o intuito de se
observar o aproveitamento de água de chuva que já vem sendo feito em
muitos lugares do mundo, bem como em regiões do nosso estado. Cabe
22
ressaltar que a pesquisa pode envolver o conhecimento teórico do tema bem
como o conhecimento prático.
A sexta ação proposta no projeto trata-se de uma observação de
campo junto ao pátio do colégio onde os alunos e professor PDE (eu) tendo o
aval do diretor, determinará um local apropriado para se fazer a instalação de
uma cisterna ou caixa d’água, que após ser instalada fará a coleta da água de
chuva.
Na sétima ação será feita a montagem da cisterna ou caixa
d’água no local preestabelecido. A cisterna ou caixa d’água e demais materiais
necessários para a instalação, foram adquiridos com recursos do professor
PDE (eu) e auxilio do colégio.
A oitava ação propõe a aplicação de um questionário intitulado
pós-teste, que traz as mesmas questões do pré-teste, que terá como objetivo
de verificar quais foram os conhecimentos adquiridos pelos alunos após a
implementação do projeto PDE no colégio.
A nona ação será desenvolvida através da formação de grupos,
nos quais serão estudadas as possíveis formas de utilização da água da chuva
coletada pela cisterna do colégio. Observa-se que não basta somente coletar a
água da chuva e deixá-la ociosa, é necessária sua utilização como prevê o
projeto. Cada grupo deverá estabelecer medidas de uso através de uma
pesquisa de campo junto aos professores e demais alunos.
A décima ação proposta no projeto, será a elaboração de um
caderno temático, com textos de embasamento teórico relativos aos temas e
assuntos desenvolvidos durante a implementação. Este caderno poderá ser
utilizado nas aulas de ciências das turmas que participaram do projeto, bem
como, pelas demais turmas do colégio e estará disponível para utilização dos
demais professores da rede pública de ensino, no portal dia a dia educação da
Secretaria de Estado da educação do Paraná, assim que seja postado.
Para finalizar as ações propostas na implementação a décima
primeira ação será a realização de uma reunião com todos os envolvidos para
agradecer a colaboração e a atenção prestada do início ao fim.
23
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará sequência
ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza,
representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova.
Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática,
no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos
responsáveis (APROMAC, 2012).
Nos meses em que este projeto foi desenvolvido, de agosto a
outubro de 2011, todas as ações e atividades previstas tiveram o
acompanhamento e a observação atenta da direção, equipe pedagógica do
colégio e do orientador do PDE, com objetivo de dar suporte àquilo que estava
sendo desenvolvido durante a implementação.
A reunião proposta na primeira ação envolvendo a importância da
água, alertando para a possibilidade da escassez desse bem natural foi bem
recebida pelos ouvintes envolvidos. Durante a reunião ocorreu comentários e
sugestões que enriqueceram ainda mais o projeto a ser implementado.
Na aplicação do pré-teste, os alunos ouviram atentamente a
leitura oral e as explicações do professor PDE, para que em seguida
respondessem às questões de maneira correta e consciente. O pré-teste e o
pós-teste foram aplicados para 58 alunos que compõem as duas turmas de 5ª
série no período vespertino do colégio e os resultados das perguntas
respondidas pelos alunos foram tabuladas em gráficos para uma melhor
interpretação.
24
Pré-teste Pós-teste
50
56
7
012
É importante
Não é importante
Não responderam
Gráfico 2: Em sua opinião qual a importância da água na vida dos seres vivos. Fonte: Lumikoski (2012).
Observa-se no gráfico 2, que dos 58 alunos que responderam à
questão sobre a importância da água na vida dos seres, 50 alunos declararam
que a água é importante na vida dos seres vivos, 7 alunos responderam que a
água não é importante na vida dos seres vivos e apenas 1 aluno não
respondeu à questão, no pré-teste. No pós-teste, dos 58 alunos, 56
responderam que a água é importante na vida dos seres vivos, ninguém
respondeu que a água não é importante na vida dos seres vivos e apenas 2
alunos não responderam à questão. Esse resultado é em virtude do trabalho
desenvolvido durante a implementação como a utilização de material teórico,
pesquisas na internet e observações feitas pelos alunos em seu cotidiano.
25
Gráfico 3: Você acredita que pode faltar água em nosso planeta, algum dia. Fonte: Lumikoski (2012).
No gráfico 3, verifica-se que dos 58 alunos que responderam a
questão sobre a falta de água em nosso planeta, no pré-teste, 46 alunos
responderam sim, 8 alunos responderam não e 4 alunos responderam talvez.
Dos 58 alunos perguntados no pós-teste, 42 responderam sim, 14
responderam não e apenas 2 responderam talvez. Tal resultado é em vista do
trabalho desenvolvido durante a implementação como a utilização de material
teórico, pesquisas em livros da biblioteca do colégio e observações feitas pelos
alunos no seu dia a dia.
26
Pré-teste Pós-teste
24
34
2224
12
0
Economizar
Não desperdiçar
Não sabem
Gráfico 4: O que você acha que as pessoas devem fazer para que a água não acabe. Fonte: Lumikoski (2012).
No gráfico 4, observa-se que dos 58 alunos perguntados no pré-
teste sobre o que as pessoas devem fazer para que a água não acabe, 24
alunos responderam que as pessoas devem economizar água, 22 alunos
responderam que as pessoas não devem desperdiçar água e 12 alunos
responderam não saber o que as pessoas devem fazer para que a água não
acabe. No pós-teste, dos 58 alunos perguntados, 34 alunos responderam que
as pessoas devem economizar água, 24 alunos responderam que as pessoas
não devem desperdiçar água e ninguém respondeu que não sabia o que as
pessoas devem fazer para que a água não acabe. O resultado observado é em
virtude do trabalho desenvolvido durante a implementação como a utilização de
material teórico, pesquisas na internet e observações feitas pelos alunos no
seu cotidiano.
27
Gráfico 5: Para você, o aproveitamento de água de chuva pode impedir ou amenizar a escassez de água no planeta. Fonte: Lumikoski (2012).
O gráfico 5 mostra que dos 58 alunos pesquisados no pré-teste
sobre o aproveitamento de água de chuva e, se este pode impedir ou amenizar
a escassez de água no planeta, 50 alunos responderam que sim, 4 alunos
responderam que não e 4 alunos responderam que talvez o aproveitamento de
água de chuva pode impedir ou amenizar a escassez de água no planeta. E
dos 58 alunos pesquisados no pós-teste, 54 alunos responderam sim, 4 alunos
responderam não e nenhum aluno respondeu talvez. O resultado observado
refere-se ao trabalho desenvolvido durante a implementação como a utilização
de material teórico, pesquisas na internet e na biblioteca do colégio, bem como
das observações feitas pelos alunos no seu dia a dia.
28
Gráfico 6: O que você sabe a respeito da Educação Ambiental. Fonte: Lumikoski (2012).
Verifica-se no gráfico 6 que dos 58 alunos perguntados no pré-
teste, 40 alunos responderam que a Educação Ambiental é importante,
nenhum aluno respondeu que a Educação Ambiental não seja importante e 18
alunos responderam que não sabem se a Educação Ambiental é ou não é
importante. Já no pós-teste dos 58 alunos, 40 alunos responderam que a
Educação Ambiental é importante, 4 alunos responderam que não é importante
e 14 alunos responderam não saber se a E. A. é ou não é importante. O
resultado é em virtude do trabalho desenvolvido durante a implementação
como a utilização de material teórico, pesquisas na internet, vídeos e
observações do cotidiano dos alunos.
29
Gráfico 7: Você acha que é importante as pessoas terem uma educação voltada para a consciência dos problemas ambientais de nosso planeta. Fonte: Lumikoski (2012).
No gráfico 7 observa-se que dos 58 alunos perguntados no pré-
teste sobre a importância das pessoas terem uma educação voltada para a
consciência dos problemas ambientais de nosso planeta, 54 alunos
responderam sim, nenhum aluno respondeu não e 4 alunos não responderam à
essa questão. No pós-teste, dos 58 alunos perguntados, 44 alunos
responderam sim, nenhum aluno respondeu não e 14 alunos não responderam
á questão. O resultado verificado é em virtude do trabalho desenvolvido
durante a implementação como a utilização de vídeos, pesquisas em jornais
escritos e revistas, pesquisas na internet e observações do dia a dia dos
alunos.
30
Pré-teste Pós-teste
10
58
34
0
14
0
Sim
Não
Desconhecem
Gráfico 8: Na sua escola, existe algum projeto que trate de temas relacionados ao ambiente. Fonte: Lumikoski (2012).
O gráfico 8 revela no pré-teste que dos 58 alunos pesquisados
quanto à questão, na sua escola existe algum projeto que trate de temas
relacionados ao ambiente que, 10 alunos responderam sim, 34 alunos
responderam não e 14 alunos responderam que desconhecem a existência de
projetos que tratem de temas relacionados ao ambiente. No pós-teste, dos 58
alunos pesquisados, todos responderam sim à questão, nenhum aluno
respondeu não e nenhum aluno respondeu não desconhecer a existência de
projetos na escola. O resultado refere-se ao trabalho desenvolvido durante a
implementação como a utilização de material teórico, pesquisas na internet,
revistas, jornais, livros da biblioteca do colégio e observações dos alunos no
seu cotidiano.
31
Pré-teste Pós-teste
54
58
0 0
4
0
Sim
Não
Talvez
Gráfico 9: Você acha que é importante que a escola desenvolva projetos que levem os alunos a terem atitudes positivas em relação aos problemas existentes ao meio onde vivem. Fonte: Lumikoski (2012).
No gráfico 9, observa-se que dos 58 alunos perguntados no pré-
teste sobre à questão acima, 54 alunos responderam sim, nenhum aluno
respondeu não e apenas 4 alunos responderam talvez. Já no pós-teste, dos 58
alunos perguntados, todos responderam sim à questão, nenhum aluno
respondeu não e nenhum aluno respondeu talvez. O resultado é em virtude do
trabalho desenvolvido durante a implementação como a utilização de material
teórico, pesquisas na internet e observações dos alunos do seu dia a dia.
32
Pré-teste Pós-teste
12
10
8 8
18
10
8
24
12
6
Desmatamento
Lixo
Poluição
Falta de água potável
Outros
Gráfico 10: Em sua opinião, quais são os maiores problemas ambientais que estamos vivenciando atualmente em nosso planeta. Fonte: Lumikoski (2012).
Verifica-se no gráfico 10 que, dos 58 alunos pesquisados no pré-
teste sobre à questão acima, 12 alunos responderam que o desmatamento é o
maior problema ambiental da atualidade, 8 alunos acham que é o lixo, 18
alunos responderam que é a poluição, 8 responderam que é a falta de água
potável e 12 alunos acham que existem outros problemas ambientais existem
atualmente em nosso planeta. No pós-teste, dos 58 alunos pesquisados sobre
a questão, 10 alunos responderam que o desmatamento é o maior problema
ambiental da atualidade, 8 alunos responderam que é o lixo, 10 alunos
responderam que é a poluição, 24 alunos acham que é a falta de água potável
o maior problema da atualidade e apenas 6 alunos responderam que existem
outros problemas ambientais atualmente em nosso planeta. O resultado é em
virtude do trabalho desenvolvido durante a implementação como na utilização
de material teórico, pesquisas na internet e em livros da biblioteca do colégio,
vídeos e observações dos alunos no seu cotidiano.
Durante a construção do pluviômetro, os alunos receberam as
orientações necessárias e ao final da atividade perceberam que o mesmo é um
instrumento simples e útil. Levaram o instrumento para casa, fizeram os
33
registros diários, semanal e mensal os quais foram discutidos em sala de aula.
Observa-se através da figura 3 o pluviômetro após sua construção.
Figura 3: Pluviômetro. Fonte: Lumikoski (2011).
Verifica-se que a média mensal pluviométrica da região é de 115
mm e a anual é de 1.700 mm, conforme consulta junto ao portal do turismo da
cidade de União da Vitória (2012).
No que se refere à leitura e fundamentação teórica dos textos
apresentados aos alunos, individualmente pôde se perceber a atenção dada
por eles em relação aos temas abordados. Em grupos, o que pôde se perceber
foi o debate entre os integrantes a respeito dos temas que lhes chamaram a
atenção. Ao final foi feito um debate oral com os alunos e o professor PDE,
onde se percebeu o interesse e o aproveitamento deles na atividade proposta.
Na atividade seguinte, desenvolvida com vídeos e imagens, os
alunos perceberam e concluíram que muitos países no mundo, inclusive o
Brasil e algumas cidades e regiões do nosso estado, já fazem o
aproveitamento de água da chuva e que esta prática é importante para se
preservar o meio ambiente, porém, para que seja realmente eficaz deve ser
aplicada de forma efetiva pelas pessoas.
34
A quinta ação envolveu a produção de trabalhos com vídeos e
imagens conforme se observa na figura 4, onde ocorreram discussões em
grupo e relatos individuais dos estudos realizados.
Figura 4: Alunos assistindo vídeos e imagens. Fonte: Lumikoski (2011).
Conforme ficou proposto na ação seguinte os alunos e professor
PDE instalaram a cisterna ou caixa d’água no pátio do colégio a qual foi
possível observar a importância da mesma na coleta de água da chuva,
utilização viável também em residências. A água coletada pode ser utilizada
para vários fins conforme estudo já realizado durante a implementação.
Observa-se através da figura 5 a cisterna instalada.
35
Figura 5: Cisterna ou caixa d’água, no pátio do colégio. Fonte: Lumikoski (2011).
Durante a implementação ocorreram várias discussões em grupo,
bem como debates que foram estendidos à comunidade escolar estabelecendo
metas de utilização consciente da água, bem como da água das chuvas
coletada através da cisterna no colégio. Também se verificou a possibilidade
dos alunos acompanharem as aplicações das ações no colégio como em suas
casas.
Para sistematizar os conhecimentos adquiridos pelos alunos e
professor PDE, após a implementação do projeto, foi elaborado um caderno
temático composto de textos de embasamento teórico relativos ao tema e
assuntos desenvolvidos, o qual será disponibilizado para possível utilização de
alunos e professores da rede estadual de ensino, no portal dia a dia educação
do Paraná e a quem tenha interesse, como forma de contribuir para a melhoria
das aulas de ciências, se assim o julgarem.
Para o desenvolvimento das atividades pedagógicas, foram
utilizados os seguintes recursos metodológicos: Estudos e debates de textos
com fundamentação em Educação Ambiental; apresentação de slides em data
show, TV multimídia e pendrive com documentários, dinâmicas de grupos,
atividades individuais, vídeos, sempre buscando a participação e o
envolvimento de todos através da contextualização dos assuntos.
Finalizadas as ações do projeto, fez-se uma reunião para
agradecer a todos os envolvidos na implementação do projeto PDE no colégio,
desde o início, considerando-se que os objetivos propostos foram
possivelmente alcançados.
5. CONCLUSÃO
O presente trabalho traduz uma discussão extremamente
relevante e oportuna no contexto escolar, uma vez que a Educação Ambiental
por vezes se confunde com a própria educação formal.
36
Identificou-se, nesta pesquisa, que o Projeto: Possibilidades de
aproveitamento de água de chuva, bem como levar os alunos da 5ª série do
Colégio Estadual José de Anchieta da cidade de União da Vitória – PR, a
reflexões sobre medidas afirmativas na área da Educação Ambiental,
desenvolvido nos meses de agosto à outubro de 2011 no Colégio Estadual
José de Anchieta, trouxe contribuições significativas para o desenvolvimento de
uma conscientização sobre Educação Ambiental quanto aos processos
escolares no envolvimento da vida escolar dos alunos e nos problemas
vivenciados no próprio cotidiano.
Para os alunos, foi um momento de grande valia, pois
proporcionou a aquisição de conhecimentos e valores importantes com o
cuidado do meio ambiente em que vivemos.
No instante em que os alunos participavam das atividades e
ações propostas neste trabalho, vivenciaram a troca de experiências entre os
colegas de turma e o professor PDE na busca de informações que serão
transformadas em conhecimento, proporcionando inúmeras reflexões do
quanto é preciso que cada um faça para melhorar, cuidar e realmente
preservar o meio ambiente em que vivemos.
A escola é uma das principais ferramentas para a disseminação
da Educação Ambiental, porém, ela também deve ser responsável na ação e
na transformação social para atingir as mudanças ambientais baseadas no
diálogo, na cidadania com consciência local e planetária, no fortalecimento do
sujeito, na superação do domínio capitalista e no pensamento crítico e
inovador. Nesse sentido, o professor tem um papel fundamental para que a
educação assuma um compromisso, elaborando uma proposta pedagógica
voltada para a conscientização, mudanças de atitudes e práticas sociais, para
isso, o professor deverá ter uma formação inicial e continuada em Educação
Ambiental de forma crítica e em uma perspectiva interdisciplinar, para que ele
possa realizar um trabalho educacional voltado a uma relação dialética entre
homem, sociedade e ambiente, regidos por princípios da ética, justiça e
cidadania, pois o professor deve estar em constante transformação, ao mesmo
tempo em que possibilita a transformação de outros.
37
Desenvolvemos este projeto sem pretensão de nos colocarmos
como salvadores ou idealistas sobre o poder da escola, a respeito dos
problemas ambientais atuais, pois percebemo-nos inseridos num contexto
social maior, lento, burocrático, cujas implicações ultrapassam os limites da
escola enquanto instituição. Ao mesmo tempo, reconhecemos a importância do
espaço escolar para o desenvolvimento de reflexões, sobre os vários aspectos
dos problemas ambientais, a fim de oportunizar ao educando reelaborar
conceitos e adquirir uma consciência mais crítica, que o leve a uma inserção
mais consciente no meio em que vive.
O projeto encerrou, mas as atividades não, pois o colégio segue
este caminho de preservação com o objetivo de poder garantir um futuro
melhor às futuras gerações.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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