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OUTRAS BANCAS I. Crase 10587. (2012 – CESGRANRIO) O uso do sinal indicativo da crase é obrigatório em: (A) A metrópole exerce influência social e administrativa sobre a maioria das cidades da região. (B) Cada vez mais, os moradores têm acesso a bens de consumo como eletrodomésticos e celulares. (C) Nas grandes cidades, o crescimento populacional é sempre aliado a índices econômicos altos. (D) O governo precisa investir na saúde para corresponder a expectativa da população. (E) O planejamento familiar é necessário para não levar o mundo a uma situação insustentável. RESPOSTA O verbo “corresponder” é transitivo indireto, ou seja, exige um complemento com preposição. Além disso, a palavra que segue esse verbo, “expectativa”, é uma palavra feminina. Assim teremos a fusão da preposição com o artigo! Alternativa D. 10588. (2012 – CESGRANRIO) No trecho “50% e 70% das falhas ocorridas no passado em linhas de transmissão brasileiras estavam relacionadas às condições climáticas”, o sinal indicativo da crase deve ser empregado obrigatoriamente. Esse sinal também é obrigatório na palavra destacada em: (A) O Brasil sofreu as consequências da grande perda de carbono da floresta Amazônica. (B) A transformação acelerada do clima deve-se as estiagens em várias partes do mundo. (C) Alguns tipos de vegetação dificilmente resistem a uma grande mudança climática. (D) As usinas hidrelétricas, a partir de 1920, estavam associadas a regiões industriais. (E) O aumento da temperatura do planeta causará danos expressivos a seus habitantes. RESPOSTA O verbo “dever”, neste caso, exige um complemento com preposição, pois quem deve algo o deve a alguém. Além disso, a palavra que segue este verbo, “estiagens”, é feminina e está acompanhada do artigo plural “as”, como podemos ver. Alternativa B. 10589. (2012 – CESGRANRIO) No texto, a expressão às vezes apresenta o sinal indicativo de crase. Na seguinte frase, o a deveria também apresentar esse sinal: (A) A partir de hoje, não quero enviar mais mensagem de texto. (B) Ele pediu a todos os funcionários que enviassem notícias por e-mail. (C) Os jovens postam mensagem em redes sociais a mais de cem pessoas. (D) Podem-se trocar mensagens a vontade, mas não existe muita segurança. (E) Quero que a empresa tome medidas sobre trocas de mensagens dos funcionários. RESPOSTA As locuções adverbiais de tempo, modo e lugar que são femininos levam crase para diferenciarmos do substantivo feminino. Exemplo: à vontade é o modo, por isso leva crase. “A vontade de comer chocolate só aumentou!”, nessa frase não leva porque é apenas o substantivo. Alternativa D. 10590. (2012 – CESGRANRIO) As crases grafadas no início de cada uma das seguintes frases se justificam pela exigência do verbo acostumar: “Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios.” Uma quarta frase que poderia estar nessa sequência, grafada de acordo com a norma-padrão, seria a seguinte: (A) À ver injustiças. (B) À vida sem prazer. (C) À alguma forma de tristeza. (D) À todas as mazelas do mundo. (E) À essa correria em busca do sucesso. RESPOSTA Sendo o verbo “acostumar” um transitivo indireto, e seguindo a mesma lógica das frases do enunciado da questão, a frase da alternativa B leva crase porque a palavra “vida” é um substantivo feminino. Alternativa B. 10591. (2010 – FGV) Em “ofereceram à equipe chilena de salvamento [...]”, o emprego do acento grave: (A) É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definido feminino antes de “equipe”. (B) É considerado facultativo por estar diante de substantivo coletivo. (C) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muito dinheiro à custa de mentiras”. (D) Antecede uma locução adverbial que expressa uma circunstância. (E) Não se manteria caso “ofereceram” fosse substituído por “deram”. RESPOSTA O verbo “oferecer”, como o enunciado já sugere, é transitivo indireto, e a palavra que o segue, “equipe”, é uma palavra feminina que exige o artigo A. Alternativa A. 10592. (2010 – FGV) Na frase “é ingênuo creditar a postura brasileira apenas à ausência de educação adequada” foi corretamente empregado o acento indicativo de crase. Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está corretamente empregado.

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OUTRAS BANCAS

I. Crase

10587. (2012 – CESGRANRIO) O uso do sinal indicativo da crase é obrigatório em:

(A) A metrópole exerce influência social e administrativa sobre a maioria das cidades da região.(B) Cada vez mais, os moradores têm acesso a bens de consumo como eletrodomésticos e celulares.(C) Nas grandes cidades, o crescimento populacional é sempre aliado a índices econômicos altos.(D) O governo precisa investir na saúde para corresponder a expectativa da população.(E) O planejamento familiar é necessário para não levar o mundo a uma situação insustentável.

RESPOSTA O verbo “corresponder” é transitivo indireto, ou seja, exige um complemento com preposição. Além disso, a palavraque segue esse verbo, “expectativa”, é uma palavra feminina. Assim teremos a fusão da preposição com o artigo! Alternativa D.

10588. (2012 – CESGRANRIO) No trecho “50% e 70% das falhas ocorridas no passado em linhas de transmissão brasileiras

estavam relacionadas às condições climáticas”, o sinal indicativo da crase deve ser empregado obrigatoriamente.

Esse sinal também é obrigatório na palavra destacada em:

(A) O Brasil sofreu as consequências da grande perda de carbono da floresta Amazônica.(B) A transformação acelerada do clima deve-se as estiagens em várias partes do mundo.(C) Alguns tipos de vegetação dificilmente resistem a uma grande mudança climática.(D) As usinas hidrelétricas, a partir de 1920, estavam associadas a regiões industriais.(E) O aumento da temperatura do planeta causará danos expressivos a seus habitantes.

RESPOSTA O verbo “dever”, neste caso, exige um complemento com preposição, pois quem deve algo o deve a alguém. Alémdisso, a palavra que segue este verbo, “estiagens”, é feminina e está acompanhada do artigo plural “as”, como podemos ver.Alternativa B.

10589. (2012 – CESGRANRIO) No texto, a expressão às vezes apresenta o sinal indicativo de crase.

Na seguinte frase, o a deveria também apresentar esse sinal:

(A) A partir de hoje, não quero enviar mais mensagem de texto.(B) Ele pediu a todos os funcionários que enviassem notícias por e-mail.(C) Os jovens postam mensagem em redes sociais a mais de cem pessoas.(D) Podem-se trocar mensagens a vontade, mas não existe muita segurança.(E) Quero que a empresa tome medidas sobre trocas de mensagens dos funcionários.

RESPOSTA As locuções adverbiais de tempo, modo e lugar que são femininos levam crase para diferenciarmos do substantivofeminino. Exemplo: à vontade é o modo, por isso leva crase. “A vontade de comer chocolate só aumentou!”, nessa frase não leva

porque é apenas o substantivo. Alternativa D.

10590. (2012 – CESGRANRIO) As crases grafadas no início de cada uma das seguintes frases se justificam pela exigência do

verbo acostumar: “Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios.”

Uma quarta frase que poderia estar nessa sequência, grafada de acordo com a norma-padrão, seria a seguinte:

(A) À ver injustiças.(B) À vida sem prazer.(C) À alguma forma de tristeza.(D) À todas as mazelas do mundo.(E) À essa correria em busca do sucesso.

RESPOSTA Sendo o verbo “acostumar” um transitivo indireto, e seguindo a mesma lógica das frases do enunciado da questão, afrase da alternativa B leva crase porque a palavra “vida” é um substantivo feminino. Alternativa B.

10591. (2010 – FGV) Em “ofereceram à equipe chilena de salvamento [...]”, o emprego do acento grave:

(A) É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definido feminino antes de “equipe”.(B) É considerado facultativo por estar diante de substantivo coletivo.(C) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muito dinheiro à custa de mentiras”.(D) Antecede uma locução adverbial que expressa uma circunstância.(E) Não se manteria caso “ofereceram” fosse substituído por “deram”.

RESPOSTA O verbo “oferecer”, como o enunciado já sugere, é transitivo indireto, e a palavra que o segue, “equipe”, é uma palavrafeminina que exige o artigo A. Alternativa A.

10592. (2010 – FGV) Na frase “é ingênuo creditar a postura brasileira apenas à ausência de educação adequada” foi

corretamente empregado o acento indicativo de crase.

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está corretamente empregado.

Page 2: Portugues Outras Bancas

(A) O memorando refere-se à documentos enviados na semana passada.(B) Dirijo-me à Vossa Senhoria para solicitar uma audiência urgente.(C) Prefiro montar uma equipe de novatos à trabalhar com pessoas já desestimuladas.(D) O antropólogo falará apenas àquele aluno cujo nome consta na lista.(E) Quanto à meus funcionários, afirmo que têm horário flexível e são responsáveis.

RESPOSTA O verbo “falar”, neste caso, exige complementos um sem preposição e outro com preposição, pois quem fala algo o

fala a alguém. O pronome “aquele”, portanto, configura-se como parte do objeto indireto deste verbo, pois a preposição “a”encontra-se com o “a” inicial do pronome em questão. Note que poderíamos trocá-lo por “a este” para confirmar o emprego da

crase. Alternativa D.

10593. (2010 – FGV) Assinale a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase:

(A) O autor se comparou à alguém que tem boa memória.(B) Ele se referiu às pessoas de boa memória.(C) As pessoas aludem à uma causa específica.(D) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória.(E) Os livros foram entregues à ele.

RESPOSTA O verbo “referir-se” (VTI) exige a preposição “a”, que se encontra com o artigo que antecede a palavra feminina“pessoas”. Alternativa B.

10594. (2010 – FGV) O acento indicativo de crase foi corretamente empregado apenas em:

(A) o cidadão não atende à apelos sem fundamento.(B) no artigo, o autor citou à necessária reforma do Estado.(C) convencemos à todos da necessidade de um pacto social.(D) o debatedor não se rendeu àqueles discursos demagógicos.(E) os governantes dispuseram-se à colaborar.

RESPOSTA O verbo “render-se” (VTI) exige a preposição “a”, que se liga ao “a” inicial do pronome “aqueles”. O emprego de crasenos pronomes demonstrativos fica fácil de confirmar quando conseguimos aplicar a troca por “a estes”, no caso. Alternativa D.

10595. (2012 – CESGRANRIO) O sinal indicativo de crase está adequadamente usado em:

(A) Os pesquisadores dedicaram um estudo sobre games à um conjunto de pessoas idosas.(B) Daqui à alguns anos, os pesquisadores pretendem verificar por que os games são viciantes para os jovens.(C) Muitos dos idosos pesquisados obtiveram resultados positivos e passaram à se comportar de nova maneira.(D) A escolha de um determinado game se deveu à preocupação dos pesquisadores com as características que tal jogo apresentava.(E) Os estudos dos efeitos dos jogos eletrônicos sobre os idosos vêm sendo realizados à vários anos.

RESPOSTA A regência do verbo “deve-se” exige a preposição A. A palavra na sequência é um substantivo feminino que exige oartigo A. Alternativa D.

10596. (2011 – CESGRANRIO) O sinal indicativo da crase está empregado de acordo com a norma-padrão em:

(A) Depois de aportar no Brasil, Cabral retomou à viagem ao Oriente.(B) O capitão e sua frota obedeceram às ordens do rei de Portugal.(C) O ponto de partida da frota ficava no rio Tejo à alguns metros do mar.(D) O capitão planejou sua rota à partir da medição de marinheiros experientes.(E) Navegantes anteriores a Cabral haviam feito menção à terras a oeste do Atlântico.

RESPOSTA A regência do verbo obedecer é indireta, ou seja, esse verbo pede preposição. “ordens” é um substantivo feminino noplural. Note que podemos observar o emprego do artigo mais facilmente por ele estar no plural. Alternativa B.

10597. (2011 – CESGRANRIO) O sinal indicativo da crase é necessário em:

(A) Os cartões-postais traziam as novas notícias de quem estava viajando.(B) Recife abriga a mostra de antigos cartões-postais, fruto do esforço de um colecionador.(C) Reconhecer a importância de antigos hábitos, como a troca de cartões-postais, é valorizar o passado.(D) Enviar um cartão-postal aquela pessoa a quem se ama era, nos séculos XIX e XX, uma forma de amor.(E) Durante muito tempo, e em vários lugares do mundo, a moda de trocar cartões-postais permaneceu.

RESPOSTA Enviar (VTDI) um cartão-postal (OD) A + aquela pessoa... (OI) = crase no pronome demonstrativo “aquela”. AlternativaD.

10598. (2011 – CESGRANRIO) O sinal indicativo de crase é necessário em:

(A) A venda de computadores chegou a reduzir o preço do equipamento.(B) Os atendentes devem vir a ter novo treinamento.(C) É possível ir as aulas sem levar o notebook .(D) Não desejo a ninguém uma vida infeliz.(E) A instrutora chegou a tempo para a prova.

Page 3: Portugues Outras Bancas

RESPOSTA Ir é um verbo intransitivo geralmente acompanhado de um adjunto adverbial que exige a preposição A. O substantivo“aulas” está acompanhado do artigo no plural. Alternativa C.

10599. (2011 – CESGRANRIO) Em qual dos pares de frases abaixo o a destacado deve apresentar acento grave indicativo da

crase?

(A) Sempre que possível não trabalhava a noite./Não se referia a pessoas que não participaram do seminário.(B) Não conte a ninguém que receberei um aumento salarial./Sua curiosidade aumentava a medida que lia o relatório.(C) Após o julgamento, ficaram frente a frente com o acusado./Seu comportamento descontrolado levou-o a uma situação irremediável.(D) O auditório IV fica, no segundo andar, a esquerda./O bom funcionário vive a espera de uma promoção.(E) Aja com cautela porque nem todos são iguais a você./Por recomendação do médico da empresa, caminhava da quadra dois a dez.

RESPOSTA Nesses dois casos temos exemplos de locuções adverbiais. À esquerda indica lugar e à espera indica o modo.

Alternativa D.

10600. (2010 – CESGRANRIO) O sinal indicativo de crase deve ser usado somente no a presente em

(A) Mas a dor de dente pode passar a ser um problema.(B) Os pais costumam levar a seus filhos a obrigação de serem felizes.(C) Não se deve dar importância a chamada da capa da revista.(D) Os livros publicados por universidades devem ser levados a sério.(E) O dinheiro não traz a felicidade que se imagina, quando se luta por ele.

RESPOSTA Não se deve dar o quê? Importância (OD) A quem? (à) chamada da capa da revista (OI). Alternativa C.

10601. (2010 – CESGRANRIO) O acento indicativo da crase só está corretamente empregado em

(A) Só consegui comprar a televisão à prestações.(B) O comerciante não gosta de vender à prazo.(C) Andar à pé pela orla é um ótimo exercício.(D) Entregue o relatório à uma das secretárias.(E) Chegaremos ao trabalho à uma hora da tarde.

RESPOSTA A crase deve ser usada no emprego de hora determinada. Note que “uma”, nesse caso, não é um artigoindeterminado, mas sim um numeral. Alternativa E.

10602. (2010 – CESGRANRIO) Leia as frases abaixo

A Inglaterra aprovou uma lei pela qual o país terá de cortar em 80% ____ suas emissões de carbono.

O fato de as cifras virem ____ tona antes da conferência é outro sinal alentador. Esse cipoal de números torna complexa _____discussão em Copenhague, mas não a inviabiliza. O Presidente Barack Obama anunciou que vai _____ Copenhague e que secompromete com um corte de 17% até 2020.

As palavras que, na sequência, preenchem as lacunas acima corretamente são

(A) as – à – a – a.(B) às – à – a – a(C) às – a – à – à.(D) as – a – a – à.(E) as – a – a – a.RESPOSTA “...terá de cortar...”: essa locução verbal é transitiva direta – “as” = artigo.“virem à tona” é uma locução adverbial com crase.

“a discussão” é o sujeito do verbo “torna”, por isso não pode ter crase (o núcleo do sujeito não pode ser preposicionado).

“vai a Copenhague” e volta DE Copenhague = sem crase. Alternativa A.

10603. (2013 – CESGRANRIO) Segundo a norma-padrão, o sinal indicativo da crase não deve ser utilizado no seguinte

trecho: “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações”.

A mesma justificativa para essa proibição pode ser identificada em:

(A) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e tranquilidade. Pô-las em questãoequivale a tirar o chão de sob nossos pés.”

(B) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas certezas inquestionáveis passaram a segundo plano, dandolugar a um novo modo de lidar com as certezas e os valores.”

(C) “a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando posições estratégicas, o que tornou possível influir naformação de novas gerações, menos resistentes a visões questionadoras.”

(D) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar que quem defende determinados valores estabelecidosestá indiscutivelmente errado.”

(E) “Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável”.

RESPOSTA Não ocorre crase antes de verbos. A palavra “a” presente nas frases é apenas uma preposição. Alternativa A.

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10604. (2013 – CESGRANRIO) Há omissão do sinal indicativo da crase em:

(A) Os vizinhos tomaram providências a respeito dos latidos.(B) O autor se refere a dupla de artistas como adoráveis.(C) Agradeci a ele pelo magnífico presente.(D) Os cães continuaram a latir sem parar.(E) Ela visita a avó todos os domingos.RESPOSTA A regência do verbo “referir-se” exige uma preposição “a”, e a palavra “dupla” é um substantivo feminino antecedido deartigo, portanto deveria ocorrer crase. Alternativa B.

II. Regência

10605. (2011 – FGV) Assinale a alternativa em que a alteração do verso da canção tenha sido feita com adequação à norma

culta. Não leve em conta possível alteração de sentido.

(A) Nosso amor que eu não esqueço/Nosso amor de que eu não esqueço(B) Que você lhe diga/Que você lhe encontre(C) Diga que você me adora/Diga que você adora-me(D) Às pessoas que eu detesto/Às pessoas que não gosto(E) a comida que você pagou pra mim/a comida por que você optou para mim

RESPOSTA O verbo optar exige a preposição “por”. Como temos um pronome relativo (que) na frase, a preposição fica antes delepara identificar a função sintática por ele retomada, no caso um objeto indireto. Alternativa E.

10606. (2011 – FGV) Leia o fragmento abaixo

Infelizmente, ainda hoje assistimos no Brasil a fenômenos que há muito deveriam ter sido excluídos da vida política nacional, como acompra de votos e a atitude de diversos candidatos, durante as campanhas eleitorais, de “doar” cestas básicas e toda a sorte de brindesem troca da promessa de voto dos eleitores.

(Instituto Ethos. A Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral. Disponível em: www.ethos.org.br. Com adaptações.)

No trecho destacado acima, foi empregada a regência do verbo em completo acordo com a norma culta. Assinale a alternativa em queisso NÃO tenha ocorrido.

(A) O povo aspira a governos menos corruptos.(B) Ele assiste em Belém.(C) O combate à corrupção implica em medidas éticas por parte das empresas.(D) As empresas pagaram aos funcionários na data correta.(E) Muitas vezes o povo esquece o passado dos políticos.

RESPOSTA A regência da frase da alternativa C não está correta porque o verbo “implicar” não admite preposição, pois é um verbotransitivo direto que significa “acarretar”, “provocar”, “ter como consequência”. Alternativa C.

10607. (2010 – FGV) A construção da frase “tentará descobrir alguma coisa que possuam em comum – um conhecido, uma

cidade da qual gostam”, está correta em relação à regência dos verbos possuir e gostar.

De acordo com a norma-padrão, assinale a alternativa que apresente erro de regência.

(A) Apresentam-se algumas teses a cujas ideias procuro me orientar.(B) As características pelas quais um povo se identifica devem ser preservadas.(C) Esse é o projeto cujo objetivo principal é a reflexão sobre a brasilidade.(D) Eis os melhores poemas nacionalistas de que se tem conhecimento.(E) Aquela é a livraria onde foi lançado o romance recorde de vendas.

RESPOSTA A frase expressa na alternativa A apresenta erro de regência porque o pronome “cuja” não pode ser preposicionado,pois o verbo “procurar” pede, neste caso, um complemento direto. Alternativa A.

10608. (2010 – FGV) “Eu não atino com a das que enfiei ontem”; a utilização da preposição “com” nesse fragmento, é devida

à presença do verbo “atinar”. A frase a seguir em que a preposição destacada está mal empregada é:

(A) Azul é a cor de que mais gosto.(B) Essa é a menina de quem estamos falando.(C) Ela estará aqui em uma hora.(D) Esses são os retratos de que tiraram.(E) Essa é a história a que aludi.

RESPOSTA O uso da preposição está incorreto na frase da alternativa D porque o verbo “tirar” é transitivo direto. O pronome relativoretoma a função sintática do verbo posterior, por isso não pode haver aquela preposição. Alternativa D.

10609. (2012 – CESGRANRIO) A leitura do trecho

“A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. [...] E aprocurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. [...]”

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permite concluir que as preposições são exigidas, respectivamente, pelos seguintes verbos:

(A) desejar e ganhar.(B) desejar e pagar.(C) pagar e desejar.(D) necessitar e ganhar.(E) necessitar e pagar.

RESPOSTA O verbo “necessitar” é sempre transitivo indireto, ou seja, sempre exige uma preposição. Já o verbo “pagar” podeadmitir as duas transitividades, mas neste caso fala-se em pagar com algo, que é com o dinheiro ganho. Alternativa E.

10610. (2012 – CESGRANRIO) Considere o comportamento do verbo em destaque quanto à sua regência, em “para dar sabor

e aroma aos alimentos”.

O trecho do texto cujo verbo apresenta a mesma regência é:

(A) “Quando você lê ‘aroma natural’”(B) “‘artificial’ no rótulo significa que os aromistas”(C) “que não existem na natureza”(D) “O processo encarece o produto”(E) “enviar as moléculas às fábricas de alimentos”

RESPOSTA Assim como o verbo destacado no enunciado da questão (VTDI), a alternativa E é correta porque o verbo “enviar” exigedois complementos: um direto (as moléculas) e outro indireto (às fábricas de alimentos). Alternativa E.

10611. (2012 – CESGRANRIO) A frase cuja regência do verbo respeita a norma-padrão é:

(A) Esquecemo-nos daquelas regras gramaticais.(B) Os professores avisaram aos alunos da prova.(C) Deve-se obedecer o português padrão.(D) Assistimos uma aula brilhante.(E) Todos aspiram o término do curso

RESPOSTA A frase da alternativa A está de acordo com a norma-padrão porque o verbo “esquecer-se” exige um complementoindireto (com preposição de); a ênclise, que é o uso do pronome em relação ao verbo, está sendo usada adequadamente e aspalavras que compõem o objeto indireto concordam em gênero, número e pessoa. Alternativa A.

10612. (2010 – FGV) Leia o fragmento abaixo:

“[...] Só o Estado, reformado e renovado, incluindo o Legislativo e o Judiciário, poderá dispor dos meios e recursos, articulado à opiniãopública, para reverter essa ameaça de colapso.”

A regência do verbo dispor é a mesma de:

(A) O artigo defende a necessidade de uma nova ética social.(B) Convém atualizar velhas formas de comportamento.(C) O autor expressa suas ideias de forma clara e objetiva.(D) O palestrante fugiu ao foco dos debates.(E) Busca-se uma saída para a crise institucional.

RESPOSTA Os verbos exigem, nesse caso, um complemento com preposição (objeto indireto). Alternativa D.

10613. (2011 – CESGRANRIO) Dentre os períodos compostos abaixo, qual foi elaborado de acordo com a norma-padrão da

língua?

(A) Entrei e saí do escritório hoje correndo.(B) O relatório que te falei está em cima da mesa.(C) Esse é o colega que dei meu endereço novo.(D) O manual por que aprendeu a usar a máquina é ruim.(E) A ilha que eu mudei minha residência oficial é grande.

RESPOSTA Nós aprendemos pelo (por + o) manual, certo? Ao usarmos o pronome relativo para a construção da frase, ele retomatambém a função sintática, por isso a preposição (por) vem antes dele. Alternativa D.

10614. (2011 – CESGRANRIO) Considere as frases abaixo.

I. Manuel aspira ........................ cargo de gerente na empresa.II. Quem quiser assistir .......................... filme, deve permanecer em silêncio.III. Certamente, essa decisão implicará ........................... dissolução do grupo.IV. Ao chegar ............................ casa, verificarei se os documentos estão em ordem alfabética.Em relação à regência verbal, a sequência que preenche corretamente as lacunas é:

(A) o – ao – na – em(B) o – o – a – a(C) ao – o – na – em(D) ao – ao – a – a(E) ao – ao – na – em

Page 6: Portugues Outras Bancas

RESPOSTA O verbo “aspirar” no sentido de “desejar” é transitivo indireto, exigindo preposição A.

O verbo “assistir” no sentido de “ver” é transitivo indireto, exigindo preposição A.

O verbo “implicar” no sentido de ter como consequência, acarretar, gerar é transitivo direto.

O verbo “chegar” exige que o adjunto adverbial seja com a preposição A, nunca EM. Alternativa D.

10615. (2011 – CESGRANRIO) “Se ainda restassem dúvidas, elas acabariam no alvorecer do dia seguinte...”

O verbo acabar apresenta-se com a mesma regência com que aparece na acima:

(A) O cantor mostrou muito talento e acabou aplaudido entusiasticamente.(B) As fortes chuvas acabaram com as plantações de grãos.(C) Eles acabaram de saber que foram aprovados no concurso.(D) Acabou por reconhecer que o adversário era superior.(E) A comemoração dos formandos acabou de madrugada.

RESPOSTA O verbo “acabar” está sendo empregado como intransitivo, seguido de adjunto adverbial. Alternativa E.

10616. (2011 – CESGRANRIO) Em qual das sentenças abaixo, a regência verbal está em DESACORDO com a norma-padrão?

(A) Esqueci-me dos livros hoje.(B) Sempre devemos aspirar a coisas boas.(C) Sinto que o livro não agradou aos alunos.(D) Ele lembrou os filhos dos anos de tristeza.(E) Fomos no cinema ontem assistir o filme.RESPOSTA O verbo “fomos” exige que o adjunto adverbial seja com a preposição A, nunca EM.O verbo “assistir” no sentido de “ver” é transitivo indireto, exigindo preposição A. Alternativa E.

10617. (2011 – CESGRANRIO) Substituindo o verbo destacado por outro, a frase, quanto à regência verbal, torna-se

INCORRETA em:

(A) O líder da equipe, finalmente, viu a apresentação do projeto./O líder da equipe, finalmente, assistiu à apresentação do projeto.(B) Mesmo não concordando, ele acatou as ordens do seu superior./Mesmo não concordando, ele obedeceu às ordens do seu superior.(C) Gostava de recordar os fatos de sua infância./Gostava de lembrar dos fatos de sua infância.(D) O candidato desejava uma melhor colocação no ranking./O candidato aspirava a uma melhor colocação no ranking.(E) Naquele momento, o empresário trocou a família pela carreira./Naquele momento, o empresário preferiu a carreira à família.

RESPOSTA O verbo “lembrar” sem o pronome é transitivo direto. O correto seria “Gostava de lembrar os fatos... ou gostava de

lembrar-se dos fatos...”. Alternativa C.

10618. (2013 – CESGRANRIO) “... aquelas que de algum modo atendem a suas necessidades e a fazem avançar.”, o verbo

atender exige a presença de uma preposição para introduzir o termo regido.

Essa mesma exigência ocorre na forma verbal destacada em:

(A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações como verdadesindiscutíveis.”

(B) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução.”(C) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança é inerente à realidade tanto material quanto espiritual.”(D) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir a mudança é impossível.”(E) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças.”

RESPOSTA Na alternativa A, o verbo também é transitivo indireto com a preposição “A”. Alternativa A.

10619. (2010 – CESGRANRIO) Em relação à regência verbal e nominal, o emprego do pronome relativo, segundo o registro

culto e formal da língua, está INCORRETO em:

(A) A conclusão que chegamos é que o fracasso ensina ao homem como recomeçar.(B) O barco a cujos tripulantes me referi pode voltar a navegar.(C) O ideal por que lutamos norteia nossos projetos.(D) O infortúnio a que está sujeito o empreendedor motiva-o.(E) Após o término da pesquisa, informei-lhe que tomasse cuidado para não errar.

RESPOSTA O verbo chegar solicita a preposição “a”, que deve ser inserida antes do pronome relativo “que”. Alternativa A.

10620. (2010 – CESGRANRIO) O período escrito de acordo com a norma-padrão é

(A) O formigueiro, sobre cuja a destruição foi atribuída às crianças, era muito antigo.(B) O astrônomo de cuja teoria lhe falei vem ao Brasil no próximo semestre.(C) O planeta que moramos tem condições para abrigar várias formas de vida.(D) A constelação cuja a estrela principal se chama Alpha Centauri fica no Hemisfério Sul.(E) O planeta Marte, cujo é vizinho próximo da Terra, não parece ter água em sua superfície.RESPOSTA O verbo “falar” exige a preposição “de” para introduzir o adjunto adverbial de assunto. Essa preposição deve serposicionada antes do pronome relativo (cuja). Alternativa B.

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III. Pontuação

10621. (2012 – CESGRANRIO) No trecho “Conversamos com sociólogos, arquitetos, economistas, urbanistas e

representantes de organizações internacionais sobre o assunto”, as vírgulas são empregadas para separar itens de uma enumeração,assim como em:

(A) “Virou hábito na mídia e, provavelmente, em conversas cotidianas o uso do adjetivo ‘sustentável’.”(B) “Para alguns urbanistas, um elemento fundamental para ser levado em conta, quando se fala de sustentabilidade urbana, é o futuro.”(C) “Uma metrópole sustentável é aquela que, na próxima geração, tenha condições iguais ou melhores que as que temos hoje.”(D) “Nesse cenário, para que infraestrutura, segurança, saúde, educação e outros serviços públicos sejam acessíveis em toda a

metrópole.”(E) “A rede de transportes, por exemplo, é um dos aspectos a serem observados na constituição das cidades.”

RESPOSTA Assim como na frase expressa no enunciado da questão, a alternativa D está correta porque apresenta itens de uma

enumeração (separação de elementos de mesma função sintática), o que não ocorre nas demais alternativas. Alternativa D.

10622. (2012 – CESGRANRIO) No seguinte trecho “Entretanto, para que possamos usufruir dessa energia, precisamos

transportá-la a longas distâncias – muitas vezes, milhares de quilômetros – por meio de linhas de transmissão aéreas, expostas ao tempoe a seus caprichos”, o travessão serve para delimitar uma informação intercalada no discurso (que pode ser um adendo, um comentário,uma ponderação).

Em situação semelhante, a vírgula pode ser substituída por travessão, com essa mesma função, em:

(A) “Com o aquecimento global, o desmatamento e alguns fenômenos atmosféricos, esse número tende a aumentar nas próximasdécadas.”

(B) “Se as alterações do clima podem causar problemas na transmissão de energia, na distribuição a situação não é diferente.”(C) “Nessas áreas, as edificações, a substituição de vegetação por asfalto, a poluição dos automóveis e das fábricas causam alterações

atmosféricas que favorecem a ocorrência de fortes tempestades.”(D) “a busca de maior comodidade para os consumidores, maior controle operacional pelas empresas, maior eficiência e maior

flexibilidade da rede.”(E) “Outro aspecto relevante está na necessidade, cada vez maior, de adequar tais redes às normas legais de proteção e conservação

ambiental.”

RESPOSTA A vírgula que aparece na frase da alternativa E pode ser substituída pelo travessão porque isola uma informação, umareflexão, acrescentada às informações consideradas essenciais. As trocas de pontuação, nesse caso, são possíveis. Alternativa E.

10623. (2012 – CESGRANRIO) Considere a pontuação empregada nos trechos transcritos abaixo:

Antes do advento da internet, “bate-papo” significava conversa informal entre duas ou mais pessoas, em visitas e encontros de corpo evoz presentes. Um casal de mãos dadas na rua. Uma discussão animada de bar.

Tal trecho está reescrito, sem alteração do sentido e de acordo com a norma-padrão, em:

(A) Antes do advento da internet, “bate-papo” significava: conversa informal entre duas ou mais pessoas, em visitas e encontros decorpo e voz presentes. Isso podia se dar com um casal de mãos dadas na rua ou uma discussão animada de bar.

(B) “Bate-papo” significava, antes do advento da internet, conversa informal entre duas ou mais pessoas, em visitas e encontros decorpo e voz presentes. Por exemplo: um casal de mãos dadas na rua ou uma discussão animada de bar.

(C) “Bate-papo” significava conversa informal entre duas ou mais pessoas, em visitas e encontros de corpo e voz presentes: um casalde mãos dadas na rua e uma discussão animada de bar, antes do advento da internet.

(D) “Bate-papo” significava conversa informal entre duas ou mais pessoas, em visitas e encontros de corpo e voz presentes, antes doadvento da internet; um casal de mãos dadas na rua e uma discussão animada de bar.

(E) “Bate-papo” significava conversa informal entre duas ou mais pessoas, antes do advento da internet, em visitas e encontros decorpo e voz presentes – um casal de mãos dadas na rua – uma discussão animada de bar.

RESPOSTA A reescrita proposta na alternativa B está correta porque a pontuação utilizada auxilia na construção de um novo trecho(vide os dois-pontos, por exemplo). A nova disposição empregada aos termos mantém o significado original do trecho porque as

vírgulas colocadas em posições determinadas permitem que isso ocorra. Além disso, os novos verbetes apresentados tambémnão alteram o significado. Alternativa B.

10624. (2012 – CESGRANRIO) “Hoje, informação é poder.”

No fragmento acima, a vírgula é empregada para separar o adjunto adverbial de tempo deslocado.

Outro exemplo do texto em que a vírgula é utilizada com a mesma função encontra-se em:

(A) “nomes e números em profusão, que nos chegam por jornais.”(B) “O estado de nossas células cerebrais, as nossas emoções.”(C) “Para quem, como eu, viaja bastante e tem de trabalhar em aviões ou em hotéis.”(D) “De repente eu me dava conta de como nossa existência é frágil, de como somos governados pelo acaso e pelo imprevisto.”(E) “meu palpite é que, no dia do Juízo Final, cada um de nós vai inserir o pen drive de sua vida no Grande Computador Celestial.”

RESPOSTA As vírgulas utilizadas na frase apresentada na alternativa E isolam um adjunto adverbial de tempo; portanto, esse sinal

gráfico isola a mesma função que a apresentada no enunciado da questão. Alternativa E.

10625. (2013 – FGV) Comenta o autor do livro: “Todos têm a mesma visão, todos sentem idêntico terror, todos colaboram na

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construção do santuário. Mas o que ocorre se não existem argonautas, se não existem mais testemunhas de tal experiência?”

No fragmento acima, as aspas são empregadas para

(A) destacar palavras importantes do texto.(B) indicar o motivo de o autor ter escrito o texto.(C) mostrar que a parte entre aspas é um resumo.(D) registrar que as palavras ditas pertencem a outra pessoa.

RESPOSTA As aspas, além de isolarem uma citação, podem ser empregadas para palavras estrangeiras, neologismos, ironia,

gírias, por exemplo. Alternativa D.

10626. (2011 – FGV) Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, assim como estando as

matrizes das empresas transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que as práticasque envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia.

Assinale a alternativa em que a alteração do período acima tenha mantido adequação quanto ao seu sentido original e correção quantoà pontuação.

(A) Sofrendo o Brasil, no entanto, os influxos de modelos legislativos estrangeiros – assim como estando as matrizes das empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem –, não tardará para que as práticas que envolvem ocriminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia.

(B) Entretanto, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, – assim como estando as matrizes das empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem – não tardará para que as práticas que envolvem ocriminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia.

(C) Sofrendo, contudo, o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros – assim como estando as matrizes das empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem – não tardará para que as práticas que envolvem ocriminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia.

(D) Todavia, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, – assim como estando as matrizes das empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem –, não tardará para que as práticas que envolvem ocriminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia.

(E) Contudo, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros – assim como estando as matrizes das empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que as práticas que envolvem ocriminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia.

RESPOSTA A alteração do período proposta na alternativa A mantém o sentido do trecho original porque a pontuação utilizada

nessa reescrita (as vírgulas e o travessão) desloca alguns termos (por exemplo, a conjunção adversativa) de modo que osignificado permaneça o mesmo. Os novos termos empregados (como a substituição do “porém” pelo “no entanto”) também

auxiliam para que não haja alteração de significado. Alternativa A.

10627. (2011 – FGV) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios

das empresas e, mais ainda, a transformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tãosensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários.

Assinale a alternativa que apresente pontuação igualmente correta para o período acima.

(A) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas e, mais ainda, atransformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio adeterminado partido ou candidato, ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários.

(B) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas e – mais ainda –a transformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio adeterminado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários.

(C) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas e – mais ainda–, a transformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio adeterminado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários.

(D) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas, e, mais ainda, atransformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio adeterminado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários.

(E) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios da empresas, e, mais ainda, atransformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões, sobre aspectos tão sensíveis, como o apoio adeterminado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários.

RESPOSTA Os travessões utilizados no trecho da alternativa B apenas substituem as vírgulas do trecho original, que têm a funçãode isolar uma reflexão que é acrescentada à ideia do texto.

Note também que a ordem direta (sujeito + verbo + complemento + adjunto adverbial) nas outras alternativas sempre é “quebrada”por uma pontuação incorreta. Alternativa B.

IV. Acentuação Gráfica

10628. (2012 – CESGRANRIO) No trecho “É imperativo democratizar o acesso aos serviços básicos de uma metrópole e

diminuir as desigualdades”, as palavras são acentuadas graficamente.

O grupo em que as palavras devem ser acentuadas em virtude da mesma regra é

(A) água, sustentável

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(B) automobilística, também(C) automóvel, saúde(D) expansão, precário(E) índice, perímetro

RESPOSTA As palavras apresentadas na alternativa E são acentuadas pelo mesmo motivo que as expostas no enunciado porque

ambas são proparoxítonas, as quais todas são acentuadas. Alternativa E.

10629. (2012 – CESGRANRIO) De acordo com as regras de acentuação, o grupo de palavras que foi acentuado pela mesma

razão é:

(A) céu, já, troféu, baú(B) herói, já, paraíso, pôde(C) jóquei, oásis, saúde, têm(D) baía, cafeína, exército, saúde(E) amiúde, cafeína, graúdo, sanduíche

RESPOSTA O grupo de palavras apresentado na alternativa E é acentuado pela mesma razão porque todos os termos ali expostosconfiguram a regra do hiato (tônico, não seguido de NH, formando sílaba sozinho ou com “s”). Alternativa E.

10630. (2012 – CESGRANRIO) Algumas palavras são acentuadas com o objetivo exclusivo de distingui-las de outras.

Uma palavra acentuada com esse objetivo é a seguinte:

(A) pôr(B) ilhéu(C) sábio(D) também(E) lâmpada

RESPOSTA A palavra exposta na alternativa A é acentuada porque distingue-se de outra, chamada regra dos acentos diferenciais,

uma vez que “pôr” configura um verbo e “por” uma preposição. Essa regra foi mantida após o acordo ortográfico de 2009.Alternativa A.

10631. (2011 – CESGRANRIO) As palavras que, na sequência, recebem acento gráfico são:

(A) hifens – latex – avaro(B) gratuito – video – recem(C) benção – egoista – vies(D) martir – item – economia(E) caracteres – seca – rubrica

RESPOSTA A palavra “bênção” recebe acento gráfico porque é uma paroxítona terminada em “ão”; a palavra “egoísta” recebeacento gráfico porque é um hiato; e a palavra “viés” recebe acento gráfico porque é uma oxítona terminada em “e” seguido de “s”.

Alternativa C.

10632. (2011 – FGV) Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que distribuídos.

(A) sócio(B) sofrê-lo(C) lúcidos(D) constituí(E) órfãos

RESPOSTA A palavra apresentada na alternativa D é acentuada pela mesma regra que a palavra “distribuídos”: regra do hiato

(tônico, não seguido de NH, formando sílaba sozinho ou com “s”). Alternativa D.

10633. (2010 – FGV) Assinale a palavra que tenha sido acentuada por regra DISTINTA das demais.

(A) relógio(B) deficiências(C) distância(D) nível(E) níveis

RESPOSTA Todas as palavras apresentadas nas alternativas da questão são paroxítonas terminadas em ditongo crescente, o que

não ocorre na alternativa D, que expõe uma palavra acentuada por ser uma paroxítona terminada em “l”. Alternativa D.

10634. (2010 – FGV) Assinale a palavra que NÃO tenha sido acentuada pela mesma regra que as demais.

(A) até(B) está(C) país(D) biogás

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(E) contará

RESPOSTA Todas as palavras apresentadas nas alternativas da questão são acentuadas porque são oxítonas, o que não ocorrena alternativa D, que expõe uma palavra acentuada pela regra do hiato (tônico, não seguido de NH, formando sílaba sozinho ou

com “s”). Alternativa C.

10635. (2013 – CESGRANRIO) O grupo em que ambas as palavras devem ser acentuadas de acordo com as regras de

acentuação vigentes na língua portuguesa é

(A) aspecto, inicio(B) instancia, substantivo(C) inocente, maiuscula(D) consciente, ritmo(E) frequencia, areas

RESPOSTA As duas palavras apresentadas na alternativa E são paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Alternativa E.

10636. (2011 – CESGRANRIO) Em qual das frases abaixo, a palavra destacada está de acordo com as regras de acentuação

gráfica oficial da língua portuguesa?

(A) Vende-se côco gelado.(B) Se amássemos mais, a humanidade seria diferente.(C) É importante que você estude êste item do edital.(D) Estavam deliciosos os caquís que comprei.(E) A empresa têm procurado um novo empregado.

RESPOSTA “Amássemos” é uma proparoxítona, e todas as proparoxítonas são acentuadas. Alternativa B.

10637. (2011 – CESGRANRIO) Que palavra obedece à mesma regra de acentuação que país?

(A) Compôs(B) Baú(C) Índio(D) Negócios(E) Águia

RESPOSTA A regra dos hiatos tônicos I e U justifica essa acentuação: são tônicos, formam sílaba sozinhos ou com S e não vêm

seguidos de NH. Alternativa B.

10638. (2011 – CESGRANRIO) A frase em que ocorre ERRO quanto à acentuação gráfica é:

(A) Eles têm confiança no colega da equipe.(B) Visitou as ruínas do Coliseu em Roma.(C) O seu sustento provém da aposentadoria.(D) Descoberta a verdade, ele ficou em maus lençóis.(E) Alguns ítens do edital foram retificados.

RESPOSTA As paroxítonas terminadas em “ens” não são acentuadas. Essa terminação justifica o acento apenas das oxítonas.

Alternativa E.

10639. (2011 – CESGRANRIO) Em relação às regras de acentuação gráfica, a frase que NÃO apresenta erro é:

(A) Ele não pode vir ontem à reunião porque fraturou o pé.(B) Encontrei a moeda caida perto do sofá da sala.(C) Alguém viu, além de mim, o helicóptero que sobrevoava o local?(D) Em péssimas condições climaticas você resolveu viajar para o exterior.(E) Aqui so eu é que estou preocupado com a saúde das crianças.

RESPOSTA As palavras “alguém”, “além” e “helicóptero” estão corretamente acentuadas. As duas primeiras por serem oxítonasterminadas em “em”, já a última é uma proparoxítona – todas são acentuadas. Alternativa C.

10640. (2011 – CESGRANRIO) O par de palavras que NÃO deve ser acentuado, segundo o registro culto e formal da língua,

é

(A) interim – polen.(B) itens – pudico.(C) juizes – prototipo.(D) economico – refem.(E) heroi – biceps.

RESPOSTA As duas palavras têm a sílaba tônica na posição de paroxítona. Estas não podem ser acentuadas com as terminações“ens” e “o”, por isso ficam sem acento. Alternativa B.

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10641. (2010 – CESGRANRIO) De acordo com o registro culto e formal da língua, os vocábulos que são acentuados,

respectivamente, pelas mesmas regras de “aí” e “até” são

(A) sabiá – fé.(B) café – além.(C) diário – reféns.(D) egoísta – você.(E) consciência – três.

RESPOSTA As palavras “aí” e “egoísta” são acentuadas pela regra dos hiatos tônicos I e U. Já “até” e “você” são oxítonasterminadas em “e”. Alternativa D.

10642. (2008 – CESGRANRIO) A retirada do acento traz uma palavra de sentido diferente em

(A) árido(B) reúne(C) árvore(D) técnico(E) pássaro

RESPOSTA A palavra da letra C é uma proparoxítona, e não um hiato. Há diferença de sentido e classe gramatical entre “árvore”(substantivo) e “arvore” (do verbo “arvorar-se”). Alternativa C.

10643. (2010 – CESGRANRIO) As palavras que se acentuam pelas mesmas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e

“será”, respectivamente, são

(A) trajetória, inútil, café e baú.(B) exercício, balaústre, níveis e sofá.(C) necessário, túnel, infindáveis e só.(D) médio, nível, raízes e você.(E) éter, hífen, propôs e saída.RESPOSTA Médio – paroxítona terminada em ditongo crescente.Nível – paroxítona terminada em L

Raízes – acentuada pela regra dos hiatos tônicos I e U.

Você – oxítona terminada em “e”. Alternativa D.

V. Concordância Verbal e Nominal

10644. (2012 – CESGRANRIO) A concordância verbal está usada de acordo com a norma-padrão, EXCETO em:

(A) 80% da população brasileira mora nas regiões urbanas, expondo-se à poluição atmosférica e sonora.(B) A maioria das cidades brasileiras de grande porte possui uma rede de transportes que abrange todo o perímetro urbano.(C) Cada cidade brasileira receberão verbas especiais para promover programas voltados à sustentabilidade.(D) Mais de um país latino-americano apresentou altos índices de desigualdade social.(E) Nem os ambientalistas nem os arquitetos conseguem definir o melhor modelo de metrópole sustentável.

RESPOSTA A frase apresentada na alternativa C não está correta porque o verbo não está concordando com o sujeito; o correto

seria “receberá”. Lembre-se de que a regra é clara: o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito. Alternativa C.

10645. (2012 – CESGRANRIO) A concordância verbal está de acordo com a norma-padrão, EXCETO em:

(A) 50% dos danos à rede de distribuição elétrica no Brasil têm sido provocados por raios e chuvas intensas.(B) A maioria das tempestades severas causa prejuízos incomensuráveis às redes de transmissão de energia.(C) Muitos dos problemas de queda de energia no ano de 2011 foram gerados por temporais nas regiões urbanas.(D) Está comprovado que a maior parte da energia elétrica consumida no país tem origem em fontes hidrelétricas.(E) Cerca de 20 estados brasileiros precisa modernizar suas redes de distribuição para garantir mais eficiência.

RESPOSTA A frase apresentada na alternativa E, porque o verbo não concorda com o sujeito; o correto seria “precisam”. Quem

precisa? Os 20 estados brasileiros = sujeito. Alternativa E.

10646. (2012 – CESGRANRIO) Considerando-se que há palavras variáveis e palavras invariáveis na língua portuguesa, qual

é a frase que está em DESACORDO com a norma-padrão, no que diz respeito à concordância?

(A) Estamos todos alerta em relação ao problema dos menores de rua.(B) A população está meio descrente em relação a soluções de curto prazo.(C) As organizações que cuidam das crianças receberam bastantes recursos este ano.(D) A partir de hoje, é proibido a adoção de crianças que tenham pais biológicos vivos.(E) No caso de crianças sob maus-tratos, muitas vezes, elas próprias fogem para as ruas.

RESPOSTA Expressões como “é bom, é necessário, é permitido, é proibido” são invariáveis quando não determinamos o sujeitoda frase. Entretanto, na letra D, temos “adoção” sendo determinada pelo artigo A; sendo assim, a expressão deveria fazer a

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concordância: ... é proibidA A adoção. Alternativa D.

10647. (2012 – CESGRANRIO) Os verbos irregulares oferecem uma dificuldade a mais em relação a sua conjugação, uma vez

que não seguem o modelo mais comum dos verbos regulares.

Que forma verbal destacada abaixo está conjugada de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa?

(A) Se essas crianças podessem, certamente não estariam nas ruas.(B) O que a sociedade deseja é que cada criança esteje em sua família.(C) É preciso que não meçamos esforços para tirar as crianças das ruas.(D) Se eu ver uma criança maltrapilha chorando na rua, não mais a ignorarei.(E) Seria importante que o Congresso proposse uma lei de proteção aos menores de rua.

RESPOSTA O verbo que se configura de forma irregular (verbos irregulares são aqueles que sofrem alguns acidentes e que têmos seus morfemas modificados, de modo que não podemos estabelecer um paradigma entre eles), que está apresentadocorretamente na alternativa C é “medir” – ou, como é conjugado aqui, “meçamos”. Alternativa C.

10648. (2012 – CESGRANRIO) A forma verbal utilizada no trecho do texto poderia estar tanto no singular quanto no plural,

conforme a concordância exigida na norma-padrão.

“A maior parte dos sabores que sentimos ao provar alimentos industrializados não vêm de ingredientes de verdade.”

Um outro exemplo dessa dupla possibilidade é:

(A) A metade dos jovens compareceram ao campeonato no fim de semana.(B) Mais de 80 países participaram da olimpíada de informática.(C) Muitos de nós gostamos de comidas típicas de países orientais.(D) Naquela tarde, menos de cem mil pessoas foram ao estádio de futebol.(E) Os menores preços daquele antivírus estão disponíveis na internet.

RESPOSTA A frase exposta na alternativa A admite essa dupla possibilidade porque se trata de uma expressão partitiva. Asexpressões partitivas ou fracionárias permitem a dupla concordância do verbo, ou seja, ele tanto pode concordar com “metade”quanto com “jovens”. Alternativa A.

10649. (2012 – CESGRANRIO) A seguinte frase apresenta concordância nominal de acordo com as regras da norma-padrão

da língua portuguesa, já que o adjetivo anteposto concorda com o primeiro dos dois substantivos que o seguem.

“Com esse resultado, renomadas consultorias e bancos começam a revisar a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.”

No caso de um adjetivo vir posposto a dois substantivos, as seguintes expressões apresentam concordância de acordo com a norma-padrão, EXCETO

(A) empresas e consultorias renomadas(B) consultorias e bancos renomadas(C) consultorias e bancos renomados(D) bancos e consultorias renomadas(E) economistas e bancos renomados

RESPOSTA A alternativa B apresenta uma concordância incorreta porque o adjetivo, nesse caso, deve concordar com o substantivo

mais próximo ou com todos eles, assumindo forma masculina plural se houver substantivo feminino e masculino. Alternativa B.

10650. (2012 – CESGRANRIO) Algumas formas verbais na 3ª pessoa do plural terminam com -êm conforme o exemplo

destacado no trecho “A maior parte dos sabores que sentimos ao provar alimentos industrializados não vêm de ingredientes deverdade”.

Um verbo que também apresenta essa grafia na 3ª pessoa do plural é

(A) crer(B) ler(C) manter(D) prever(E) ver

RESPOSTA Quando conjugado na terceira pessoa do plural, o verbo apresentado na alternativa C mostra-se como “mantêm”.

Quando no singular, esse verbo diferencia-se do plural apenas pela acentuação: mantém. Alternativa C.

10651. (2012 – CESGRANRIO) De acordo com a norma-padrão, a frase que não precisa ser corrigida é:

(A) Houveram muitos acertos naquela prova.(B) Existia poucos alunos com dúvidas na sala.(C) Ocorreram poucas dúvidas sobre a matéria.(D) Devem haver muitos aprovados este ano.(E) Vão fazer dois anos que estudei a matéria.

RESPOSTA Todas as frases apresentadas nas alternativas da questão têm problemas de concordância, os quais afetam a

norma-padrão da língua, exceto na alternativa C, já que a forma verbal “ocorreram” concorda com o sujeito “poucas dúvidas”.Alternativa C.

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10652. (2011 – FGV) No Brasil, por exemplo, existem regras de criminal compliance [...]

Assinale a alternativa em que a alteração do trecho acima tenha provocado INADEQUAÇÃO quanto à norma culta. Não leve em conta aalteração de sentido.

(A) No Brasil, por exemplo, haverá regras de criminal compliance [...](B) No Brasil, por exemplo, deve haver regras de criminal compliance [...](C) No Brasil, por exemplo, há de existir regras de criminal compliance [...](D) No Brasil, por exemplo, devem existir regras de criminal compliance [...](E) No Brasil, por exemplo, poderão existir regras de criminal compliance [...]

RESPOSTA A alteração feita na frase apresentada na alternativa C está inadequada porque a expressão “há de existir” não

concordou com o sujeito “regras de criminal compliance”. Note também que neste caso o verbo “haver” não é usado comoimpessoal, pois está exercendo a função de verbo auxiliar do “existir”. Alternativa C.

10653. (2011 – FGV) Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União [...]

Assinale a alternativa em que se tenha mantido correção gramatical ao se alterar o trecho acima.

(A) Desse valor, R$ 1,9 milhões são oriundos do Orçamento da União [...](B) Desse valor, R$ 0,25 milhões são oriundos do Orçamento da União [...](C) Desse valor, R$ 1,3 milhões é oriundo do Orçamento da União [...](D) Desse valor, R$ 0,98 milhão são oriundos do Orçamento da União [...](E) Desse valor, R$ 1,25 milhão é oriundo do Orçamento da União [...]

RESPOSTA A alteração proposta na alternativa E é adequada porque a palavra “milhão” e o verbo “é” concordam com o númeroexposto, que é “1”. Alternativa E.

10654. (2010 – FGV) A Carta de Pero Vaz de Caminha

De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito grande, porque a estender a vistanão podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nemprata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados, como osde Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneiraé graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem.

(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982.p. 12-23. Literatura Comentada. Com adaptações)

“Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos.”

Sobre as estruturas linguísticas do trecho em destaque, assinale a afirmativa correta:

(A) Os pronomes “nela” e “as” se referem à nova terra.(B) Uma opção correta de acordo com a norma culta seria substituir “nem as vimos” por “nem vimos elas”.(C) É possível trocar a expressão “nem as vimos” por “nela” na ordem em que aparecem no período preservando a coerência do texto.(D) O pronome “nela” tem como referência a “terra”.(E) Neste trecho, a palavra “nem” pode ser suprimida a partir do 2º registro sem que haja prejuízo de coesão ou coerência textual.

RESPOSTA O adjunto adverbial “nela” retoma a expressão “terra muito longa”. Alternativa D.

10655. (2010 – FGV) Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas

passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com outrosacho que nem se misturam [...] Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância. Tem horas antigas que ficarammuito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seriacontar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa, sendo essa conexãoque lhe dá sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos, cada um completo em si mesmo, cada um contendo o sentidointeiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem...

(Guimarães Rosa. Apud Rubem Alves. Na morada das palavras. Campinas: Papirus, 2003. p. 139).

Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque concorda com a expressão indicada entre parênteses:

(A) “Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê [...]” – (astúcia)(B) “... uns com outros acho que nem se misturam [...]” – (uns com outros)(C) “Toda saudade é uma espécie de velhice.” – (velhice)(D) “[...] não como um filme em que a vida acontece no tempo [...]” – (filme)(E) “[...] em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem [...]” – (memória)

RESPOSTA A forma verbal “misturam”, exposta na alternativa B, com “uns com outros”, ou seja, concorda com “eles”. Alternativa B.

10656. (2010 – FGV) Quanto às estruturas linguísticas e informações expressas no fragmento

Um total de 33 mineradores presos há mais de duas semanas em uma mina no Chile, após um desmoronamento, disseram estar todosvivos em uma mensagem enviada por meio de uma sonda de perfuração, afirmaram neste domingo autoridades chilenas.

pode-se afirmar que:

(A) As formas verbais “disseram” e “afirmaram” dizem respeito a informações trazidas por diferentes grupos.(B) A forma verbal “disseram” tem como sujeito “autoridades chilenas”.(C) As autoridades chilenas foram responsáveis pelo envio da mensagem que dizia que os 33 mineradores estavam vivos.

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(D) A afirmação feita por autoridades chilenas dá ao texto uma característica argumentativa.(E) A expressão “após um desmoronamento” indica imprecisão quanto ao tempo em que o fato ocorreu.

RESPOSTA A forma verbal “disseram” diz respeito à mensagem enviada pelos próprios mineradores, e a forma verbal “afirmaram”

diz respeito à afirmação feita pelas autoridades chilenas. Esses verbos têm, portanto, sujeitos diferentes. Alternativa A.

10657. (2010 – FGV) “No título do texto (A era do insustentável) ocorre o seguinte fato gramatical:

(A) a modificação de classe gramatical do vocábulo sustentável.(B) o uso indevido de uma forma verbal como substantivo.(C) a utilização de um substantivo por outro.(D) o emprego inadequado de um adjetivo.(E) um erro de concordância nominal.

RESPOSTA A palavra “sustentável” é, originalmente, um adjetivo, mas no título do texto é usada como um substantivo, pois há um

artigo que a antecede (do = preposição + artigo), provocando a substantivação do termo. Alternativa A.

10658. (2010 – FGV) “A maioria dessas pesquisas aponta para um aumento...”; no caso desse segmento do texto, há uma

dupla possibilidade de concordância, como no seguinte trecho:

(A) As pesquisas sobre o tema privilegiaram a estética.(B) Um milhão de pesquisas já mostrou essa verdade.(C) Bandos de pesquisadores trabalhavam sobre o tema.(D) Os telefones celulares são um problema para a segurança.(E) Milhares de telefones celulares são empregados no Brasil.

RESPOSTA O verbo “mostrar”, na alternativa B, pode concordar com a palavra “milhão”, como é o caso, e com a palavra“pesquisas”, sendo conjugado como “mostraram”. Neste caso, chamamos de concordância atrativa. Alternativa B.

10659. (2012 – FGV) Assinale a alternativa cujo termo sublinhado desempenha uma função textual diferente de todas as

demais.

(A) Consumo de cocaína.(B) Combate ao tráfico.(C) Busca de aperfeiçoamento.(D) Enfrentamento da questão.(E) Custo da operação.

RESPOSTA Nessa questão temos um comparativo de adjunto adnominal e complemento nominal. Uma maneira rápida deresolver é tentar fazer uma relação passiva (forma que caracteriza o complemento nominal): cocaína é consumida, o tráfico é

combatido, aperfeiçoamento é buscado, a questão é enfrentada, mas note que não temos como inverter a operação é custada.Então, neste caso, temos um adjunto adnominal. Alternativa E.

10660. (2011 – CESGRANRIO) A frase em que a concordância nominal está INCORRETA é:

(A) Bastantes feriados prejudicam, certamente, a economia de um país.(B) Seguem anexo ao processo os documentos comprobatórios da fraude.(C) Eles eram tais qual o chefe nas tomadas de decisão.(D) Haja vista as muitas falhas cometidas, não conseguiu a promoção.(E) Elas próprias resolveram, enfim, o impasse sobre o rumo da empresa.

RESPOSTA A expressão “anexo” é um adjetivo e deve concordar com “os documentos comprobatórios da fraude”, ficando noplural. Alternativa B.

10661. (2012 – CESGRANRIO) No poema, o verso “O português são dois” está de acordo com a norma-padrão da língua

portuguesa.

A frase em que também se respeita a norma-padrão, com relação à concordância, é:

(A) Na reunião, houveram muitos imprevistos.(B) Estranhou-se as mudanças na empresa.(C) Devem fazer cinco meses que não o vejo.(D) Precisam-se de vendedores nesta loja.(E) Pensou-se muito nas sugestões dos funcionários.

RESPOSTA Na alternativa E, o verbo fica no singular porque temos um Índice de Indeterminação do sujeito (se), logo não háconcordância. Alternativa E.

10662. (2012 – CESGRANRIO) A língua portuguesa conhece situações de dupla possibilidade de concordância. A

modificação possível do termo destacado, mantendo-se a concordância, de acordo com a norma-padrão, encontra-se em:

(A) Jogar games de computador pode fazer bem à saúde – podem(B) um dos títulos mais populares do gênero no mundo, produzido pela Blizzard – produzidos(C) escolhidos pelos pesquisadores para integrar o grupo – integrarem

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(D) o grupo de controle não progrediu – progrediram(E) é preciso interagir socialmente – interagirem

RESPOSTA Nesse caso, temos a concordância do verbo no infinitivo (ar, er, ir) que pode ser feita ou não. No caso podemosconcordar diretamente com “escolhidos”, ou simplesmente deixar como está. Alternativa C.

10663. (2012 – CESGRANRIO) A frase em que a presença ou ausência da preposição está de acordo com a norma-padrão é:

(A) A certeza que a sorte chegará para mim é grande.(B) Preciso de que me arranjem um emprego.(C) Convidei à Maria para vir ao escritório.(D) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo.(E) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa.

RESPOSTA A utilização da preposição, quando nos é apresentada uma oração substantiva (introduzida por conjunção integrante –que), é facultativa. Alternativa B.

10664. (2011 – CESGRANRIO) A concordância do verbo destacado está correta em:

(A) Diante do acontecido, todos houveram por bem participar da campanha de doação.(B) Com o passar dos dias, percebia-se os estragos causados pela chuva em toda a região.(C) Hoje, já fazem dois meses que aguardo notícias de meus compatriotas.(D) Choveu convites para o evento mais importante da minha cidade natal.(E) Agora, já não existe mais dúvidas de que precisamos economizar água.

RESPOSTA Note que, nesse caso, não temos um verbo impessoal. Haver não está com sentido de existir ou ocorrer, assim ele faza concordância naturalmente. Alternativa A.

10665. (2011 – CESGRANRIO) A frase em que a concordância nominal está INCORRETA é:

(A) A confusão formada diante do prédio da instituição era meio grande.(B) Enviaremos incluso no imposto a taxa de iluminação pública.(C) Ela não devia deixar as crianças sós por tantas horas.(D) Finalmente, meu colega está quite com a Receita Federal.(E) Elas próprias descobriram o teor daquele documento.

RESPOSTA A palavra “incluso” é um adjetivo e deve concordar com “taxa”; ficando, portanto, no feminino. Alternativa B.

10666. (2011 – CESGRANRIO) Em uma mensagem de e-mail bastante formal, enviada para alguém de cargo superior numa

empresa, estaria mais adequada, por seguir a norma-padrão, a seguinte frase:

(A) Anexo vão os documentos.(B) Anexas está a planilha e os documentos.(C) Seguem anexos os documentos.(D) Em anexas vão as planilhas.(E) Anexa vão os documentos e a planilha.

RESPOSTA A expressão “anexos” é um adjetivo e deve, por isso, concordar com “os documentos”. Alternativa C.

10667. (2011 – CESGRANRIO) Em que sentença a concordância segue os parâmetros da norma-padrão?

(A) Paguei a dívida e fiquei quites com minhas obrigações.(B) A secretária disse que ela mesmo ia escrever a ata.(C) Junto com o contrato, segue anexo a procuração.(D) A vizinha adotou uma atitude pouca amistosa.(E) Após a queda, a criança ficou meio chorosa.

RESPOSTA Note que a palavra “meio” se refere ao vocábulo “chorosa” (adjetivo), sendo por isso um advérbio. Os advérbios não

flexionam, ou seja, não concordam. Alternativa E.

10668. (2011 – CESGRANRIO) O plural, de acordo com a norma-padrão, do trecho “Foi um momento mágico, pois, apesar de

bastante jovem, eu já vinha de uma experiência de vida cheia de mudanças e recomeços.” é

(A) Foi momentos mágicos, pois, apesar de bastante jovens, nós já vínhamos de uma experiência de vida cheia de mudanças erecomeços.

(B) Foi um momento mágico, pois, apesar de bastante jovem, eu já vinha de uma experiência de vidas cheias de mudanças e recomeços.(C) Foi um momento mágico, pois, apesar de bastante jovem, eu já vinha de experiências de vidas cheia de mudanças e recomeços.(D) Foram momentos mágicos, pois, apesar de bastante jovens, nós já vínhamos de experiências de vida cheias de mudanças e

recomeços.(E) Foram dois momentos mágicos, pois, apesar de bastante jovem, eu já vinha de uma experiência de vida cheia de mudanças e

recomeços.

RESPOSTA Os verbos – foram, vínhamos – concordaram com o sujeito plural, e os nomes também fizeram as devidas mudanças.

Alternativa D.

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10669. (2011 – CESGRANRIO) A concordância verbal está corretamente estabelecida em:

(A) Foi três horas de viagem para chegar ao local do evento.(B) Há de existir prováveis discussões para a finalização do projeto.(C) Só foi recebido pelo coordenador quando deu cinco horas no relógio.(D) Fazia dias que participavam do processo seletivo em questão..(E) Choveu aplausos ao término da palestra do especialista em Gestão.

RESPOSTA O verbo “fazer” é impessoal (sem sujeito) quando indicar tempo, temperatura ou fenômeno da natureza. Alternativa D.

10670. (2011 – FGV) Na expressão “votação do Código Florestal”, o termo sublinhado é paciente do termo anterior, ou seja, o

Código Florestal é votado. Assinale a alternativa em que o termo destacado exerce essa mesma função.

(A) Exploração de terras.(B) Competitividade do setor.(C) Tamanho de interesses divergentes.(D) Funcionamento da base aliada.(E) Leque de simpatizantes.

RESPOSTA A alternativa A apresenta o mesmo tipo de transformação: terras são exploradas! Trata-se de um complemento

nominal. Alternativa A.

10671. (2011 – CESGRANRIO) A sentença em que o verbo está corretamente flexionado de acordo com a norma-padrão, sem

provocar contradição de significado, é:

(A) O acaso ou a intencionalidade foi a causa da descoberta do Brasil.(B) Haviam 60% de possibilidades de o Brasil ter sido descoberto por acaso.(C) Eu e vocês acreditam na descoberta casual do nosso país.(D) Não gastava a corte tempo com as preocupações que ocupava os historiadores.(E) Devem haver mais evidências para a tese de desco-berta casual do Brasil.

RESPOSTA A palavra OU ao ligar sujeito expressando exclusão de algum deles para o sentido deixará o verbo no singular.Alternativa A.

10672. (2013 – CESGRANRIO) A concordância nominal NÃO está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa em:

(A) A falta de infraestrutura e o tamanho das cidades são culpados pelo fracasso.(B) Cidades e regiões rurais parecem ser afetadas por problemas de tipos diferentes.(C) Os grandes centros mundiais e as cidades brasileiras estão destinadas ao caos urbano.(D) Os shopping centers e os condomínios residenciais são fechados ao público externo.(E) Transportes públicos de qualidade e organização do espaço são necessários à urbanização.RESPOSTA O adjetivo, por fazer referência a um substantivo masculino (centros) e outro feminino (cidades), deve ser empregado

no masculino plural (destinados). Alternativa C.

V. Conjunção

10673. (2012 – CESGRANRIO) Leia o fragmento abaixo:

“Nesse cenário, para que infraestrutura, segurança, saúde, educação e outros serviços públicos sejam acessíveis em toda a metrópole, amanutenção da cidade se torna cada vez mais cara. É imperativo democratizar o acesso aos serviços básicos de uma metrópole ediminuir as desigualdades. No entanto, como fazer isso quando o dinheiro é limitado? [...]”

No texto, a expressão “No entanto” pode ser substituída, sem alteração do sentido, por

(A) Desde que(B) Entretanto(C) Porque(D) Quando(E) Uma vez que

RESPOSTA A conjunção “no entanto” pode ser substituída por “entretanto” porque são classificadas como adversativas. Ambas

procuram ligar ideias opostas, sendo, assim, sinônimas. Alternativa B.

10674. (2012 – CESGRANRIO) Um dos aspectos responsáveis por assegurar a coerência textual é a relação lógica que se

estabelece entre as ideias do texto.

No que diz respeito ao termo ou expressão destacada, essa relação lógica está explicitada adequadamente em:

(A) “Essa fonte responde, atualmente, por cerca de 70% da energia elétrica consumida no país. Entretanto, para que possamos usufruirdessa energia, precisamos transportá-la a longas distâncias” – (relação de causalidade)

(B) “99% da distribuição de energia elétrica no Brasil é aérea e concentra-se em grandes áreas urbanas” – (relação de conclusão)(C) “Os danos provocados por raios nas redes de distribuição podem se tornar ainda mais frequentes se levarmos em consideração o

novo modelo” – (relação de condição)

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(D) “Essa transformação se dará tanto na disponibilização quanto no consumo de energia, levando, inclusive, à economia desserecurso.”– (relação de temporalidade)

(E) “tende a tornar a distribuição mais sofisticada e, ao mesmo tempo, mais vulnerável a descargas elétricas, devido à utilização decomponentes que contêm semicondutores, mais suscetíveis a danos por raios.” – (relação de oposição)

RESPOSTA A relação de condição é estabelecida na alternativa C porque há na frase apresentada o nexo “se”. São tambémconjunções condicionais, por exemplo, caso, desde que, contanto que. Alternativa C.

10675. (2012 – CESGRANRIO) Em um texto, as frases relacionam-se umas com as outras, estabelecendo entre si relações que

contribuem para a construção do sentido do texto. Essas relações podem não ser explicitadas por meio do uso de um conectivo, como éo caso das duas frases do fragmento abaixo.

“Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava.”

A relação construída entre essas duas frases pode ser expressa, sem alteração de sentido, pelo seguinte conectivo:

(A) onde(B) como(C) contudo(D) portanto(E) conforme

RESPOSTA O conectivo apresentado na alternativa C estabelece uma relação de oposição, que é justamente o sentido originalexpresso pelas frases do texto. Alternativa C.

10676. (2011 – CESGRANRIO) Na passagem “Você tem sido um vizinho muito compreensivo, e eu ando muito relapsa na

criação dos meus cachorros. Isso vai mudar!” a conjunção que permite a junção da última oração acima com sua antecedente, semalterar o sentido, é

(A) logo(B) porque(C) mas(D) pois(E) embora

RESPOSTA A conjunção “mas” mantém a relação expressa, que seria a de as orações apresentarem ideias divergentes. Agora o

“relapso” não mais existirá, mudará a situação. Alternativa C.

10677. (2012 – FGV) “A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas, ou seja, o policial, quando sai para a rua, não

sabe o que vai encontrar diretamente;”.

A expressão sublinhada indica a presença de uma

(A) retificação.(B) conclusão.(C) oposição.(D) explicação.(E) enumeração.

RESPOSTA O “ou seja” procura dar uma ideia de complemento à palavra “incertezas”; fica mais evidente o que se quer comunicarna frase anterior. Alternativa D.

10678. (2011 – FGV) É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das empresas – principalmente, as

transnacionais –, decorrerá também de ajustamentos de postura administrativa decorrentes da adoção de critérios de responsabilizaçãopenal da pessoa jurídica em seus países de origem. Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as práticas administrativas desuas congêneres espalhadas pelo mundo, a fim de evitar respingos de responsabilização em sua matriz.

No trecho acima, as ocorrências da palavra QUE classificam-se, respectivamente, como

(A) pronome relativo e preposição.(B) conjunção integrante e preposição.(C) conjunção integrante e conjunção integrante.(D) pronome relativo e conjunção integrante.(E) preposição e pronome relativo.

RESPOSTA O primeiro “que” é considerado uma conjunção integrante (= isso) porque introduz uma oração subordinadasubstantiva. O segundo “que” é considerado uma preposição porque é parte do objeto indireto da oração, podendo ser substituído,

de forma a sanar a questão, por “de”. Alternativa B.

10679. (2011 – FGV) Ficam hibernando à espera do momento eleitoral quando deveriam estar em praça pública em busca de

militantes e se expondo ao debate.

A conjunção quando, no período acima, tem valor

(A) proporcional.(B) comparativo.

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(C) consecutivo.(D) temporal.(E) concessivo.

RESPOSTA A conjunção “quando” tem valor concessivo (= embora) porque expressa uma ideia de contraste, de quebra de

expectativa. Alternativa E.

10680. (2010 – FGV) No período: “Demorará, mas não importa o quanto demore para termos um final feliz”, “mas” e “para”

estabelecem relações de sentido que indicam, respectivamente:

(A) Conclusão, explicação.(B) Explicação, consequência.(C) Oposição, finalidade.(D) Causa, consequência.(E) Causa, explicação.

RESPOSTA A conjunção “mas” sempre estabelece uma relação de oposição às ideias apresentadas em determinado texto. Apreposição “para” estabelece uma relação de finalidade porque o objetivo buscado, e isso pode ser observado pelo contexto dotrecho destacado, é o final feliz para aquela situação, independente do tempo que leve para isso acontecer. Alternativa C.

10681. (2012 – CESGRANRIO) “Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.”

A palavra que tem o mesmo valor sintático e morfológico do que se destaca em:

(A) Vamos ao Maranhão, que a passagem está barata.(B) Ainda que chova, irei ao encontro.(C) Há mais razões para sorrir que para chorar.(D) Ele espera que tudo dê certo.(E) A cidade em que nascemos só prospera.

RESPOSTA No trecho destacado e na alternativa D, a palavra “que” é uma conjunção integrante (= isso). Na letra A, temos uma

conjunção explicativa (= pois); na B, conjunção concessiva; na C, conjunção comparativa; na E, pronome relativo. Alternativa D.

10682. (2012 – CESGRANRIO) Os conectivos são responsáveis por relacionar termos e orações, criando entre eles relações

de sentido, conforme se observa no trecho abaixo.

“É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem-vestida chorando sozinha num shopping center ou num supermercado”

Os sentidos expressos por se e ou são, respectivamente,

(A) tempo e lugar(B) causa e adição(C) concessão e modo(D) proporção e oposição(E) condição e alternânciaRESPOSTA “Se” é uma conjunção condicional e “ou” é uma conjunção alternativa. Alternativa E.

VI. Pronomes

10683. (2012 – CESGRANRIO) “A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos.”

Nós nos acostumamos a morar em apartamentos de fundos.

A troca de pronomes também respeita as regras de concordância estabelecidas na norma-padrão em:

(A) Tu te acostuma/Você se acostuma.(B) Tu se acostuma/Você se acostumas.(C) Tu te acostumas/Você se acostuma.(D) Tu te acostumas/Você vos acostuma.(E) Tu te acostumas/Você vos acostumais.

RESPOSTA A alternativa C apresenta o verbo e o pronome concordando com a pessoa à qual se referem. Alternativa C.

10684. (2013 – FGV) Assinale a alternativa em que o pronome demonstrativo sublinhado foi empregado por referir-se a um

momento distante no tempo.

(A) “E, para além da nostalgia de uma infância em meio aos livros e à cultura dentro da Franco Giglio, aquela biblioteca, assim comoimagino que outras pela cidade, marcaram infâncias, proporcionaram outras leituras do mundo...”

(B) “...a muitos adultos que hoje produzem e transmitem essa paixão pelos livros a muitas outras crianças!”(C) “Nessa rua brincávamos com os vizinhos, corríamos e apertávamos campainhas”(D) “Mas a vocação de encontro e de lazer desses espaços públicos jamais deve ser perdida”

RESPOSTA O pronome “aquela”, empregado na frase da alternativa A, é, neste caso, um indicativo de espaço, mais

especificamente um espaço que está longe de quem relata o acontecido e de quem o ouve. Alternativa A.

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10685. (2012 – FGV) “No momento em que começa a existir essa transformação política e social, a compreensão da sociedade

como um ambiente conflitivo, no qual os problemas da violência e da criminalidade são complexos [...]”

A presença do pronome demonstrativo essa na primeira frase desse segmento mostra que

(A) a transformação aludida está presente no momento em que o texto foi composto.(B) esse segmento do texto não é o segmento inicial, já que se refere a algo dito antes.(C) a transformação política e social acontecerá em futuro próximo.(D) o autor apresenta uma visão depreciativa sobre a transformação referida.(E) o autor do texto considera a transformação algo conhecido de todos.

RESPOSTA O pronome em questão (essa) refere-se a algo dito anteriormente, ou seja, retoma a ideia já apresentada. Alternativa

B.

10686. (2012 – CESGRANRIO) O pronome se, em relação ao verbo, desempenha o mesmo papel que se verifica em “se

indignar” (... falar mal dos outros ou se indignar com os preços...) em

(A) “trocavam-se” (...por cartas não batiam papo, no máximo trocavam-se mensagens.)(B) “inicia-se” (... a qualquer hora do dia inicia-se uma conversa.)(C) “continua-se” (continua-se uma conversa)(D) “com que se escreve” (a velocidade frenética com que se escreve o que vai à mente...)(E) “se lembre” (é possível até que o emissor sequer se lembre da maioria...)

RESPOSTA Os pronomes “se” são partes integrantes dos verbos. Nas outras alternativas, pronomes apassivadores. Alternativa E.

10687. (2012 – CESGRANRIO) De acordo com a norma-padrão o pronome se pode ser deslocado para depois do verbo

destacado em:

(A) “não se batia papo”(B) “estão se transformando”(C) “que se escreve”(D) “mal se conhecem”(E) “o emissor sequer se lembre”

RESPOSTA O pronome “se” pode ser deslocado para depois do verbo na alternativa B porque se trata de uma locução verbal emque o último verbo está no gerúndio (não poderia se fosse no particípio). Alternativa B.

10688. (2013 – FGV) Assinale a alternativa em que o pronome relativo sublinhado tem seu antecedente corretamente

indicado.

(A) “Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros cada vez mais vorazes de velocidade, ...”./velocidade.(B) “Primeiro veio a grande notícia, uma praça, onde era a caixa d’água do Bigorrilho, hoje pomposamente chamado de Reservatório

Batel.”/praça.(C) “E a grande novidade se alastrou pela rua... onde ficávamos sabendo de todas as notícias do bairro, Inaugurou uma

biblioteca!!!”/bairro.(D) “Foram tantas as referências, não só literárias, que me acompanharam a vida toda!”/literários.

RESPOSTA O pronome relativo “onde” retoma lugar fixo e se refere, como sugere a alternativa B, à palavra “praça”. Alternativa B.

10689. (2011 – CESGRANRIO) A palavra em destaque na frase:

“As coisas novas que aprendo exercitam o cérebro.” tem a mesma classe da palavra destacada em:

(A) “[...] um sintoma de que eu me tornaria”(B) “[...] um teste vocacional que, para minha imensa surpresa, deu arquitetura”(C) “Tenho a comunicar que – aos 58 anos – comecei a ter aulas de piano”(D) “Dizem que, quando chegamos a uma certa idade, é bom aprendermos”(E) “Acho que nunca vou conseguir fazer piruetas patinando, [...]”RESPOSTA No trecho em destaque e na alternativa B, a palavra “que” é pronome relativo, além de retomar a expressão anterior

“um teste vocacional”; poderíamos trocá-lo por “o qual”. Nas outras alternativas, temos conjunções integrantes (= isso). AlternativaB.

VII. Vozes do Verbo

10690. (2012 – CESGRANRIO) A frase “os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse” apresenta voz passiva

pronominal no trecho em destaque.

A seguinte frase apresenta idêntico fenômeno:

(A) Necessita-se de muito estudo para a realização das provas.(B) É-se bastante exigente com Língua portuguesa nesta escola.(C) Vive-se sempre em busca de melhores oportunidades.(D) Acredita-se na possibilidade de superação do aluno.

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(E) Criou-se um método de estudo diferente no curso.

RESPOSTA A frase da alternativa E apresenta voz passiva pronominal porque é formada por um verbo principal conjugado na

terceira pessoa acrescido do pronome “se”. Nas demais alternativas, temos um índice de indeterminação do sujeito. Alternativa E.

10691. (2011 – CESGRANRIO) O verbo em negrito é o verbo principal da expressão na voz passiva em “O documento foi

publicado pela primeira vez em 1817 [...]”.

Integra igualmente uma expressão da voz passiva o item destacado em:

(A) “Embora narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século [...]”(B) “Embora a carta de Caminha não tenha servido de fonte [...]”(C) “[...] por quase três séculos estivera perdida [...]”(D) “[...] não puderam [...] ser definitivamente comprovadas”(E) “Por mais profundas e detalhadas que sejam [...]”

RESPOSTA A alternativa D apresenta voz passiva porque o sujeito sofre a ação, porque temos o verbo ser e um verbo seguido departicípio. Alternativa D.

10692. (2011 – CESGRANRIO) Segundo os compêndios gramaticais, existem duas possibilidades de escritura da voz passiva

no português. Na frase abaixo, encontra-se uma delas:

“A palavra nunca fora usada até então com viés pejorativo no Brasil.”

A outra possibilidade de escritura, na forma passiva, na qual o sentido NÃO se altera é:

(A) A palavra nunca se usou até então com viés pejorativo no Brasil.(B) A palavra nunca se usara até então com viés pejorativo no Brasil(C) A palavra nunca se tem usado até então com viés pejorativo no Brasil.(D) A palavra nunca se usava até então com viés pejorativo no Brasil.(E) A palavra nunca se usaria até então com viés pejorativo no Brasil.

RESPOSTA A frase da alternativa B é adequada porque mantém a voz passiva (agora sintética) e, mesmo com a alteração daforma verbal, o tempo (pretérito-mais-que-perfeito) não é alterado. Alternativa B.

10693. (2011 – CESGRANRIO) O trecho em que se encontra voz passiva pronominal é:

(A) “[...] feito hamsters que se alimentam de sua própria agitação.”(B) “Recolher-se em casa [...].”(C) “[...] sinal de que não se arrumou ninguém”(D) “Mas, se a gente aprende a gostar [...]”(E) “[...] nela a gente se refaz [...]”

RESPOSTA A alternativa C apresenta voz passiva pronominal porque o verbo está conjugado na terceira pessoa e é acrescido do

pronome “se”. Poderíamos fazer a forma analítica: sinal de que não foi arrumado ninguém. Alternativa C.

10694. (2009 – FGV) Leia o fragmento abaixo:

“O Fórum Social Mundial (FSM) de Belém abre um novo ciclo do movimento altermundialista. O FSM acontecerá na Amazônia, nocoração da questão ecológica planetária, e deverá colocar a grande questão sobre as contradições entre a crise ecológica e a crisesocial. Será marcado ainda pelo novo movimento social a favor da cidadania na América Latina, pela aliança dos povos indígenas, dasmulheres, dos operários, dos camponeses e dos sem-terra, da economia social e solidária.”

A respeito do trecho acima, analise as afirmativas a seguir:

I. O termo altermundialista remete à expressão um outro mundo é possível.II. Há uma ocorrência de voz passiva.III. O plural de sem-terra poderia ser também “sem-terras”.Assinale:

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESPOSTA “Altermundialista” significa exatamente “outro mundo é possível”; a voz passiva pode ser encontrada em “O FórumSocial Mundial [...] Será marcado (verbo ser + verbo no particípio) ainda pelo novo movimento social a favor da cidadania na América

Latina [...]”; e o termo “sem-terra” apresenta a mesma forma para singular e plural. Alternativa A.

10695. (2009 – FGV) O segmento “...deixam de ser percebidas como revoluções” mostra uma forma de voz passiva com

auxiliar (verbo ser); a frase a seguir em que a troca de voz passiva pronominal pela passiva com auxiliar não foi corretamente feita é:

(A) Os ministérios são organizados para se demitirem./serem demitidos.(B) Nada se deve imputar aos homens dementes e aos enamorados./deve ser imputado.(C) O diabo não é tão feio como se pinta./é pintado.(D) O louvor e a censura fazem-se com poucas palavras./foram feitos.

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(E) Para dar justificação à união dos sexos inventou-se o amor./foi inventado.

RESPOSTA Pode-se dizer que a troca de vozes não é adequada porque o tempo verbal é modificado. O correto seria “são feitos”.Alternativa D.

10696. (2008 – FGV) “A tutela dos direitos sociais [...] está devidamente resguardada [...] pelo princípio de proteção das

minorias, [...] e o estabelecimento da igualdade étnica.”

Assinale a alternativa em que haja período na voz ativa, com adequação gramatical à norma culta, correspondente semanticamente aotrecho do texto alterado acima.

(A) O princípio de proteção das minorias e do estabelecimento da igualdade étnica resguardam devidamente a tutela dos direitossociais.

(B) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica resguardam devidamente a tutela dos direitos sociais.(C) O princípio de proteção das minorias e de estabelecimento da igualdade étnica resguarda devidamente a tutela dos direitos sociais.(D) O princípio de proteção das minorias e o de estabelecimento da igualdade étnica resguardam devidamente a tutela dos direitos

sociais.(E) O princípio de proteção das minorias e o estabelecimento da igualdade étnica resguarda devidamente a tutela dos direitos sociais.RESPOSTA A alternativa B apresenta um período de voz ativa sem alterar o significado do trecho, sem alterar o tempo verbal

(presente do indicativo). Em outras alternativas, é apresentado o tempo verbal correto, mas a concordância verbal inadequada.Alternativa B.

VIII. Emprego dos Tempos e Modos Verbais

10697. (2012 – CESGRANRIO) No trecho abaixo, as formas verbais destacadas estão correlacionadas.

“Mudanças estruturais e na ordem do pensamento são fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilidade seja ao menospossível.”

Ao substituir a forma verbal são por seriam para expressar uma hipótese, a frase deve ser modificada, de acordo com a norma-padrão,para:

(A) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilidade era ao menospossível.

(B) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilidade for ao menospossível.

(C) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilidade fosse aomenos possível.

(D) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilidade será aomenos possível.

(E) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilidade seria aomenos possível.

RESPOSTA O verbo “ser”, conjugado na forma “seriam” (futuro do pretérito do indicativo), indica algo que ocorreria, se umacondição fosse atendida. Já o verbo “fosse” (no pretérito imperfeito do subjuntivo) indica a condição não atendida. Esseparalelismo –ria/–sse é considerado o ideal na linguagem-padrão. Alternativa C.

10698. (2012 – CESGRANRIO) O seguinte verbo em destaque NÃO está conjugado de acordo com a norma-padrão;

(A) Se essa tarefa não couber a ele, pedimos a outro.(B) Baniram os exercícios que não ajudavam a escrever bem.(C) Assim que dispormos do gabarito, saberemos o resultado.(D) Cremos em nossa capacidade para a realização da prova.(E) Todos líamos muito durante a época de escola.

RESPOSTA A conjugação do verbo pôr no subjuntivo é puser. Como “dispusermos” é um verbo derivado dele, usamos a mesma

relação. Alternativa C.

10699. (2012 – CESGRANRIO) O verbo entre parênteses está conjugado de acordo com a norma-padrão em:

(A) Desse jeito, ele fale a loja do pai. (falir)(B) O príncipe branda a sua espada às margens do rio. (brandir)(C) Os jardins florem na primavera. (florir)(D) Eu me precavejo dos resfriados com boa alimentação. (precaver)(E) Nós reouvemos os objetos roubados na rua. (reaver).

RESPOSTA A conjugação do verbo “reaver” (verbo defectivo, ou seja, de um verbo que não tem conjugação completa), na primeirapessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo, é “reouvemos”. Alternativa E.

10700. (2013 – FGV) Os verbos de estado podem significar estado permanente, estado transitório, mudança de estado,

aparência de estado e continuidade de estado. Assinale a alternativa em que o valor dado ao verbo sublinhado está incorreto.

(A) “Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros cada vez mais vorazes de velocidade, ...”/mudança de estado.(B) “Eu, já leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei encantada”/continuidade de estado.

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(C) “E criei a Bisbilhoteca, que é a minha leitura da Franco Giglio...”/estado permanente.(D) “Aquela pequena casinha que parecia antiga, amarelinha...”/aparência de estado.

RESPOSTA No caso da alternativa B, poderíamos trocar “fiquei encantada” por “tornei-me encantada”. Portanto, existe a ideia de

mudança de estado momentâneo; existe uma transformação, e não uma continuidade de estado. Alternativa B.

10701. (2013 – FGV) “Nessa rua brincávamos com os vizinhos, corríamos e apertávamos campainha”. O emprego do pretérito

imperfeito do indicativo nesses casos mostra ações que

(A) ocorreram antes de outras ações passadas.(B) foram interrompidas por outras ações.(C) se passaram na dependência de outras ações.(D) aconteciam de forma habitual no passado.

RESPOSTA Uma das características do pretérito imperfeito do indicativo é denotar ações que ocorriam com frequência nopassado, ações que eram habituais, que era rotina. Alternativa D.

10702. (2013 – FGV) “[...] trazendo crianças e suas famílias para desfrutarem do que jamais poderiam ter em casa [...]”. O

segmento sublinhado apresenta uma forma reduzida (infinitivo). A sua forma desenvolvida adequada é

(A) para que desfrutassem.(B) para que desfrutaram.(C) para que desfrutem.(D) para que desfrutariam.

RESPOSTA A forma desenvolvida ficaria no pretérito imperfeito do subjuntivo “desfrutassem”. Note que nas orações reduzidas não

usamos as conjunções (para = preposição); ao colocarmos a conjunção (para que) devemos fazer ajustes nos tempos verbais.Alternativa A.

10703. (2011 – FGV) Que eu não mereço a comida que você pagou pra mim.

Assinale a alternativa em que a alteração do verso acima tenha sido feita de acordo com a norma culta. Não leve em conta possívelalteração de sentido.

(A) Que Vossa Excelência pagou pra mim(B) Que vós pagaste pra mim(C) Que Vossa Senhoria pagastes pra mim(D) Que tu pagastes pra mim(E) Que tu pagáreis pra mim

RESPOSTA Os verbos devem concordar com o sujeito (pronomes, no caso). Todos os pronomes de tratamento (Vossa

Excelência) são de 3ª pessoa (= você/ele), assim a letra A não apresenta problemas. Alternativa A.

IX. Temas Combinados

Leia o texto para responder as questões 10704 a 10709 Com a criação da Secretaria Estadual de Saúde paulista, em 1947, instituiu-se a recomendação de que os centros de saúdecontassem com um “Serviço de Higiene Bucodentária”. Desde então, sucessivos arranjos institucionais marcaram a organização daassistência odontológica pública, tanto em São Paulo como em outras unidades federativas.Embora os profissionais buscassem desenvolver ações educativas, sua prática clínica reproduzia, essencialmente, o que faziam osdentistas nos consultórios particulares. A abordagem era individual e não se lograva realizar um diagnóstico de situação emtermos populacionais e, menos ainda, se utilizava qualquer tecnologia de programação resultante de processos de planejamentoque considerassem a saúde bucal da população como um todo.Tal cenário mudou radicalmente quando, em 1952, o SESP – Serviço Especial de Saúde Pública – implementou os primeirosprogramas de odontologia sanitária, inicialmente em Aimorés, MG, e em seguida em vários municípios do Norte, Nordeste eSudeste do Brasil. O alvo principal desses programas era a população em idade escolar, tida como epidemiologicamente maisvulnerável e, ao mesmo tempo, a mais sensível às intervenções de saúde pública. Assim, métodos e técnicas de planejamento eprogramação em saúde passaram a fazer parte do cotidiano de dezenas de profissionais de odontologia em várias regiões do País.A odontologia de mercado seguia absolutamente majoritária, mas deixou de ser a única modalidade assistencial neste segmento dosetor saúde.

(NARVAI, P.C. Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade (com adaptações). Revista de Saúde Pública, v. 40, SãoPaulo, ago. 2006. Disponível em: www.scielosp.org/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf).

10704. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 – VUNESP) De acordo com o texto, a organização da assistência

odontológica pública, antes da implantação dos primeiros programas de odontologia sanitária, estava caracterizada pela atuação dosprofissionais de forma

(A) distinta do que havia em relação aos consultórios particulares, nos quais se dava menos atenção ao planejamento da saúde bucal.(B) bastante engajada aos preceitos das ações educativas, tal como era comum nos consultórios particulares.(C) articulada com os propósitos de diagnóstico de situação em termos populacionais, com mais prevenção do que atendimento.(D) análoga ao que se vivenciava nos consultórios particulares, com ações que privilegiavam a abordagem individual.(E) alternativa ao tipo de atendimento dos consultórios particulares, privilegiando abordagens preventivas e coletivas.

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RESPOSTA (A) Errado – Não havia muitas diferenças em relação aos procedimentos adotados nos consultórios particulares, hajavista que a abordagem era individual e não contemplava diagnósticos em termos populacionais. (B) Errado – No trecho “Embora osprofissionais buscassem desenvolver ações educativas, sua prática clínica reproduzia, essencialmente, o que faziam os dentistas

nos consultórios particulares.”, dá-se a entender que os consultórios particulares não costumavam privilegiar ações de cunhoeducativo. (C) Errado – As similaridades com o atendimento realizado em consultórios particulares tornavam os procedimentosmais individualizados do que propriamente focados no coletivo. (D) Certo. (E) Errado – A abordagem, de forma similar ao praticadonos consultórios particulares, privilegiava o indivíduo, não o coletivo. Alternativa D.

10705. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 – VUNESP) As ações educativas, no período relativo ao contexto

da criação da Secretaria Estadual de Saúde paulista, eram

(A) organizadas e assinalavam o desejo do poder público para se diminuir a abordagem individual.(B) incipientes e ainda estavam distantes de considerar a saúde bucal da população em sua totalidade.(C) inexistentes, e a população tinha de recorrer às orientações dos profissionais nos consultórios particulares.(D) previstas no serviço público e no particular, que privilegiavam a conscientização da população como um todo.(E) exclusivas dos profissionais de consultórios particulares, a quem cabia o trabalho de prevenção.RESPOSTA De acordo com o texto, quando da criação da Secretaria Estadual de Saúde paulista, não havia uma organização dasações educativas voltadas para a população. Essas ações, embora fossem tencionadas pelos profissionais envolvidos, nãodiferiam muito da abordagem individualizada praticada nos consultórios particulares, que não levavam em consideração políticasde planejamento da saúde populacional.Para validar esse pensamento, o texto foca sua atenção no exemplo da saúde bucal.

Dessa forma, desconsideramos as letras A, C, D e E, por irem de encontro ao que foi exposto anteriormente.

A letra B é, portanto, a que melhor resume as ideias trabalhadas no texto: as ações educativas eram incipientes (iniciantes,

embrionárias, amadoras) e não abrangiam na sua completude a população. Alternativa B.

10706. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 – VUNESP) Segundo o texto, o que justificava a escolha da

população em idade escolar como alvo das ações dos programas de odontologia sanitária era

(A) a impossibilidade dos indivíduos de entenderem essas ações, o que decorria da ausência de problemas de saúde bucal.(B) a falta de acesso a esse tipo de ação, o que tornava os indivíduos menos propensos aos problemas de saúde bucal.(C) a tendência natural dos indivíduos aos problemas de saúde bucal e, concomitantemente, a recusa por ações preventivas.(D) a fragilidade dos indivíduos, vítimas de problemas bucais, e, ao mesmo tempo, a tradição das ações sanitárias.(E) a suscetibilidade dos indivíduos aos problemas de saúde bucal e, simultaneamente, a forma como reagiam a essas ações.RESPOSTA De acordo com o texto “O alvo principal desses programas era a população em idade escolar, tida comoepidemiologicamente mais vulnerável e, ao mesmo tempo, a mais sensível às intervenções de saúde pública.”.Isso quer dizer que esse público-alvo se mostrava mais suscetível aos problemas de saúde bucal e respondia mais facilmente às

intervenções do poder público nessa área.

Isso é plenamente traduzido na letra E.

Não se menciona no texto que esses indivíduos se mostravam resistentes a esses tratamentos ou que não entendiam o propósitodas ações. Também não se menciona o acesso restritivo a esses tratamentos como justificativa para a escolha do público-alvo emquestão. Alternativa E.

10707. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 – VUNESP) Observe três reescritas com base no trecho: …

instituiu-se a recomendação de que os centros de saúde contassem com um “Serviço de Higiene Bucodentária”.

I. … recomendava-se que os centros de saúde contassem com um “Serviço de Higiene Bucodentária”.II. … recomendou-se que os centros de saúde contavam com um “Serviço de Higiene Bucodentária”.III. … recomenda-se de que os centros de saúde contam com um “Serviço de Higiene Bucodentária”.Tendo por referência a regência verbal e o emprego dos verbos, está correto o contido em

(A) I, apenas.(B) III, apenas.(C) I e III, apenas.(D) II e III, apenas.(E) I, II e III.RESPOSTA Como a oração introduzida pelo “que” levanta uma possibilidade, exige-se que o verbo “contar” seja conjugado nomodo Subjuntivo.

Assim, são inválidas as construções II e III, em que as formas verbais “contavam” e “contam” estão flexionadas respectivamente nopretérito imperfeito do indicativo e no presente do indicativo.

A construção I é a única válida, pois nela correlacionam-se de forma adequada os tempos pretérito imperfeito do indicativo –recomendava-se – e pretérito imperfeito do subjuntivo – contassem . Alternativa A.

10708. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 – VUNESP) Em voz passiva, a frase – … em 1952, o SESP […]

implementou os primeiros programas de odontologia sanitária … – assume a seguinte forma:

(A) … em 1952, implementaram os primeiros programas de odontologia sanitária pelo SESP…(B) … em 1952, o SESP foi implementando os primeiros programas de odontologia sanitária…(C) … em 1952, os primeiros programas de odontologia sanitária foram implementados pelo SESP…

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(D) … em 1952, houve a implementação dos primeiros programas de odontologia sanitária no SESP…(E) … em 1952, os primeiros programas de odontologia sanitária implementou-se o SESP…RESPOSTA Na conversão da voz ativa para a passiva analítica, devem ser observados os seguintes procedimentos:1) O sujeito da voz ativa (no caso, “SESP”) se converte no agente da passiva (“pelo SESP”);

2) O objeto direto (paciente) da voz ativa (no caso, “os primeiros programas de odontologia sanitária”) se converte em sujeito na vozpassiva;

3) O verbo “ser” é acrescentado como auxiliar e é flexionado no mesmo tempo do verbo principal da voz ativa (no caso, pretéritoperfeito do indicativo – tempo de “implementou”);

4) O verbo principal da voz ativa (no caso, “implementar”) assume a forma particípio na voz passiva.

Assim, seguindo os procedimentos descritos, temos a seguinte construção em voz passiva analítica: “em 1952, os primeirosprogramas de odontologia sanitária foram implementados pelo SESP”. Alternativa C.

10709. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 – VUNESP) A abordagem era individual e não se lograva realizar

um diagnóstico de situação em termos populacionais e, menos ainda, se utilizava qualquer tecnologia de programação resultante deprocessos de planejamento que considerassem a saúde bucal da população como um todo.

No trecho, se o termo tecnologia for empregado na forma plural, a oração em destaque deverá ser redigida, quanto à concordânciaverbal e nominal, da seguinte forma:

(A) … se utilizava quaisquer tecnologias de programações resultante de processos de planejamento…(B) … se utilizavam qualquer tecnologias de programações resultantes de processos de planejamento…(C) … se utilizava quaisquer tecnologias de programação resultante de processos de planejamento…(D) … se utilizavam quaisquer tecnologias de programação resultantes de processos de planejamento…(E) … se utilizava qualquer tecnologias de programação resultantes de processos de planejamento…RESPOSTA Devem ser observados os seguintes procedimentos:1) Emprego da forma plural “se utilizavam”, para que haja concordância com o núcleo do sujeito paciente “tecnologias” (seutilizavam quaisquer tecnologias... = quaisquer tecnologias ... eram utilizadas).

2) Emprego do plural “quaisquer”, concordando com o substantivo plural “tecnologias”.

3) Emprego da forma plural “resultantes”, concordando com o substantivo plural “tecnologias”.

Assim, temos a seguinte redação: “… se utilizavam quaisquer tecnologias de programação resultantes de processos deplanejamento…” Alternativa D.

As questões 10710 a 10713 referem-se ao texto que segue. A odontologia de mercado jamais perdeu a hegemonia no sistema de saúde brasileiro. Em linhas gerais, sua concepção de práticacentrada na assistência odontológica ao indivíduo doente, realizada com exclusividade por um sujeito individual no restritoambiente clínico-cirúrgico, não apenas predomina no setor privado, como segue exercendo poderosa influência sobre os serviçospúblicos. A essência da odontologia de mercado está na base biológica e individual sobre a qual constrói seu fazer clínico e emsua organicidade ao modo de produção capitalista, com a transformação dos cuidados de saúde em mercadorias, solapando asaúde como bem comum sem valor de troca, e impondo-lhes as deformações mercantilistas e éticas sobejamente conhecidas.Neste início do século XXI, a maioria dos serviços públicos odontológicos brasileiros reproduz, mecânica e acriticamente, oselementos nucleares do modelo de prática odontológica do setor privado de prestação de serviços.

(NARVAI, P. C. Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade (com adaptações). Revista de Saúde Pública, v. 40, SãoPaulo, ago. 2006. Disponível em: www.scielosp.org/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf).

10710. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 – VUNESP) Conforme as informações apresentadas no texto,

entende-se que

(A) há uma crítica ao sistema de saúde brasileiro, que ignora a odontologia de mercado e deixa a população sem o devido atendimento.(B) a lógica da odontologia de mercado, com a transformação da saúde em mercadoria, impõe-se no serviço público de forma inovadora

e crítica.(C) há explicitamente uma crítica à odontologia de mercado, pois esta compromete a qualidade da saúde da população brasileira.(D) se faz apologia à essência da odontologia de mercado, que minimiza as práticas que reproduzem o mecanicismo e a acriticidade.(E) a odontologia dos serviços públicos do início do século XXI apresenta encaminhamentos diversos do que se postula no sistema

capitalista.

RESPOSTA (A) Errado – O sistema de saúde brasileiro é adepto da odontologia de mercado e, por isso, é criticado. (B) Errado – A

odontologia de mercado também está presente no setor privado, não se constituindo, assim, uma prática inovadora, e simcontestável. (C) Certo. (D) Errado – Fazem-se críticas à odontologia de mercado, e não apologia (elogio). (E) Errado – A odontologiade mercado está ancorada nas práticas regidas pela lógica capitalista. Alternativa C.

10711. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 – VUNESP) Observe as frases:

• A odontologia de mercado jamais perdeu a hegemonia no sistema de saúde brasileiro.• … solapando a saúde como bem comum sem valor de troca…Os sinônimos dos termos hegemonia e solapando são, respectivamente,

(A) influência e construindo.(B) supremacia e enfraquecendo.

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(C) reclusão e ocultando.(D) constituição e reforçando.(E) superioridade e reformulando.

RESPOSTA O termo “hegemonia” apresenta aproximação semântica com “liderança”, “supremacia”. Já o termo “solapando” égerúndio do verbo “solapar”, que significa “enfraquecer”, “destruir”. Alternativa B.

10712. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 – VUNESP) Analise as afirmações.

I. Em – odontologia de mercado – e – realizada com exclusividade – as expressões preposicionadas estão empregadas com valor deadjetivo e de advérbio, respectivamente.

II. Na oração – … solapando a saúde como bem comum… – os termos bem e comum devem ser classificados, respectivamente, comoadvérbio e adjetivo.

III. Na oração – … sobre a qual constrói seu fazer clínico… – o pronome seu retoma a expressão serviços públicos.Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.(B) III, apenas.(C) I e III, apenas.(D) II e III, apenas.(E) I, II e III.

RESPOSTA (I) Verdadeira – O termo “de mercado” exerce função sintática de adjunto adnominal, modificando o substantivo“odontologia”, desempenhando, assim, função adjetiva. Já o termo “com exclusividade” exerce função de adjunto adverbial,

modificando a forma verbal “realizada”, desempenhando, assim, função adverbial. (II) Falsa – O termo “bem” é classificado comosubstantivo e o termo “comum”, adjetivo. (III) Falsa – O pronome “seu” retoma “odontologia de mercado”. Alternativa A.

10713. (Cirurgião Dentista Judiciário – TJ-SP – 2010 – VUNESP) Assinale a alternativa em que a frase contém

informações em conformidade com o sentido do texto.

(A) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setor privado, apesar de não continuar exercendo poderosainfluência sobre os serviços públicos.

(B) A concepção de prática da odontologia de mercado não predomina no setor privado, mas continua exercendo poderosa influênciasobre os serviços públicos.

(C) A concepção de prática da odontologia de mercado não predomina no setor privado nem continua exercendo poderosa influênciasobre os serviços públicos.

(D) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setor privado, porque continua exercendo poderosa influênciasobre os serviços públicos.

(E) A concepção de prática da odontologia de mercado predomina no setor privado e continua exercendo poderosa influência sobre osserviços públicos.

RESPOSTA A odontologia de mercado não apenas predomina no setor privado, mas também continua a exercer uma forteinfluência no setor público. Alternativa E.

O difícil equilíbrio“As tecnologias digitais aumentam a democratização infinitamente, e vão em caminho contrário ao da

intervenção do Estado”, afirma o cientista político Alexandre Barros. Exemplo das mudanças em curso,“o governo do Egito caiu em uma revolta sem líder”, aponta Paulo Tonet Camargo, diretor da Associação Nacional de Jornais(ANJ). “Assistimos a um fenômeno fantástico no mundo, das revoluções sem líder”,

diz ele. “As pessoas querem viver de acordo com sua própria consciência, dar opinião, exercer seu livre- -arbítrio. Esse é o novomodelo”. Para o diplomata Marcos Troyjo, o mundo vive o momento da fundação de

algo novo, em plena construção e ainda desconhecido. Os três participaram do seminário Liberdade emDebate, promovido pelo Instituto Millenium, ao lado do jornalista Ricardo Gandour, diretor de conteúdo doGrupo Estado, que destacou, nessa virada de paradigma, a necessidade de fortalecer as instituições para a

mediação equilibrada do exercício do poder em suas diferentes esferas. Para Troyjo, o novo ambiente políticoe social em formação vai se basear em alguns parâmetros principais, entre eles a dinâmica altamente aceleradadas tecnologias, crucial para a liberdade de expressão e um desafio para as empresas de comunicação.Ao permitir que cada vez mais gente tenha seu próprio canal de expressão, seja uma rádio on-line ou um blog,a Internet, segundo Barros, tornaria obsoletas as tradicionais alegações éticas e morais para a intervenção do

Estado na sociedade por meio de veículos públicos de comunicação. “A tecnologia torna a justificativa moralpara intervenções nessa área menos crível”. Mas é preciso que a rede seja neutra e livre. “Por isso, a grandebatalha para não controlar a Internet; por enquanto, dá para termos o Julian Assange no Wikileakes; daqui apouco, não se pode mais”.Precisamos fortalecer nossa democracia, resgatando e restaurando, com força máxima, esses cânones básicos:

equilíbrio e representatividade dos poderes; o poder mediador das instituições”, diz Gandour. Na avaliaçãodele, a Internet multiplica os canais de repercussão e interatividade e realimenta a produção de notícias, masa maior parte do que se gera de informação primária na rede ainda nasce das redações tradicionais. ParaTroyjo, passo importante para deixar o modelo de Estado Babá é a sociedade recusar a tutela, ou, no casoda mídia, o excesso de investimento publicitário estatal.

Na análise de Alexandre Barros, os estados são quase sempre arbitrários e desmedidos quando tentam intervirnas ações da sociedade ou do indivíduo. Na opinião do cientista político, “é fundamental que exista liberdadetanto de pensamento como de circulação de ideias, de associação e de dissociação – quando alguém podedeixar uma religião, por exemplo, mesmo tendo sido batizado.

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30Atualmente, qualquer esforço de controlar conteúdos na sociedade “é ridículo”, na opinião do diretor da ANJ.

“Antigamente, o que não saía no Repórter Esso, ninguém ficava sabendo. Hoje, se algum telejornal não der anotícia, milhares de sites vão furá-lo em dois segundos”.

(Jornal O Globo, Projetos de Marketing, 23 de março de 2011).

10714. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) De acordo com o contexto, o “difícil equilíbrio”, explicitado

no título do texto, ocorre entre:

(A) o uso das tecnologias digitais e o poder de expressão dos cidadãos.(B) a tradição de estabelecer limites sociais e a restrição ao emprego de tecnologias digitais.(C) a cultura da intervenção do Estado e a soberania popular.(D) a necessidade de fortalecer as instituições e a mediação equilibrada do exercício do poder.(E) o exercício do poder em suas diversas esferas e a intervenção do Estado na vida dos cidadãos.

RESPOSTA O texto põe em campos opostos as justificativas éticas e morais para a intervenção do Estado na sociedade e a

soberania desta, construída por meio da liberdade de expressão e pensamento. O emprego das tecnologias digitais se daria nosentido de potencializar o poder contestador da sociedade, em oposição às tentativas de controle da informação pelo Estado.Alternativa C.

10715. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) De acordo com o contexto, a afirmação segundo a qual “As

tecnologias digitais aumentam a democratização infinitamente...” (linha 1) se justifica no seguinte trecho:

(A) “As pessoas querem viver de acordo com sua própria consciência, dar opinião, exercer seu livre-arbítrio.” (linhas 5 e 6).(B) “...necessidade de fortalecer as instituições para a mediação equilibrada do exercício do poder...” (linhas 9 e 10).(C) “o novo ambiente político e social em formação vai se basear em alguns parâmetros principais, entre eles a dinâmica altamente

acelerada das tecnologias...” (linhas 10 a 12).(D) “Precisamos fortalecer nossa democracia, resgatando e restaurando, com força máxima, esses cânones básicos...” (linha 19).(E) “os estados são quase sempre arbitrários e desmedidos quando tentam intervir nas ações da sociedade ou do indivíduo.” (linhas 25

e 26).

RESPOSTA De acordo com o texto, as tecnologias digitais favorecem a democratização, haja vista que as pessoas encontram nelaum meio para livremente se expressarem, emitindo juízos, opiniões, de acordo com o que suas consciências desejam. Essademocratização ganha uma amplitude infinita com a internet, e o exemplo da Primavera Árabe ilustra bem isso – uma revoluçãosem líder, amplificada em seu teor pela internet. Alternativa A.

10716. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) A ideia contida no segmento “...o mundo vive o momento da

fundação de algo novo...” (linhas 6 e 7) pode ser inferida da expressão:

(A) “mediação equilibrada” (linha 10).(B) “parâmetros principais” (linha 11).(C) “excesso de investimento” (linha 24).(D) “virada de paradigma” (linha 9).(E) “intervenção do Estado na sociedade” (linhas 14 e 15).

RESPOSTA O trecho “... o mundo vive o momento da fundação de algo novo...” traz a ideia de mudança, observada com a utilizaçãodos meios digitais para divulgação de informações, opiniões e ideias em geral. Esse conteúdo se aproxima da expressão “viradade paradigma”, que significa uma mudança nos padrões de acesso e de divulgação tradicionais da informação. Alternativa D.

10717. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) De acordo com o contexto, a expressão em destaque no

segmento “...e vão em caminho contrário ao da intervenção...” (linhas 1 e 2) não significa:

(A) opor-se a(B) estar em desacordo com(C) ir em contradição a(D) ir ao encontro de(E) ir de encontro a

RESPOSTA A expressão “ao encontro de” é equivalente à ideia de “a favor de”, contrária, portanto, à ideia presente no trechooriginal. Não se deve confundir essa expressão com “de encontro a”, que significa “em oposição a”. Alternativa D.

10718. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) Acerca das ideias e estruturas linguísticas do segmento

“Assistimos a um fenômeno fantástico no mundo, das revoluções sem líder...” (linha 4), é correto afirmar que:

(A) Não acarretaria prejuízo sintático-gramatical ao segmento a omissão da preposição requerida pelo verbo.(B) Não acarretaria prejuízo semântico-gramatical ao segmento a inserção do artigo o após a vírgula.(C) Está subentendida a contração da preposição a com o artigo o, antes da expressão “das revoluções”.(D) Poder-se-ia flexionar o verbo na 3ª pessoa do plural, acrescido do pronome apassivador se – “Assistiram-se” –, para concordar com

o sujeito da voz passiva “revoluções sem líder”.(E) Poder-se-ia substituir a vírgula por ponto e vírgula.

RESPOSTA (A) Errado – A omissão da preposição “a” acarreta um problema de regência. O verbo “assistir”, no sentido de“presenciar”, é transitivo indireto e exige a regência da preposição “a”. (B) Errado – Deveríamos também acrescentar a preposição“a”, resultando na contração “ao”. Isso se dá em virtude de o verbo “assistir” – no sentido de “presenciar” – exigir a regência da

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preposição “a”. (C) Certo – “Assistimos a um fenômeno fantástico no mundo, (ao fenômeno) das revoluções sem líder...”. (D) Errado– Devido ao fato de o verbo ser transitivo indireto, não é possível haver uma construção passiva sintética. Tem-se, na verdade, umcaso de indeterminação do sujeito, o que faz com que o verbo seja necessariamente conjugado na 3ª pessoa do singular: Assistiu-se a um fenômeno fantástico... (E) Errado – A elipse da forma verbal é demarcada pela vírgula, e não pelo ponto-e-vírgula.Alternativa C.

10719. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) Considerando o uso correto do recurso de coesão

referencial anafórica, observa-se o uso inadequado do pronome demonstrativo no seguinte segmento:

(A) “Esse é o novo modelo.” (linha 6).(B) “...nessa virada de paradigma...” (linha 9).(C) “...nessa área menos crível...” (linha 16).(D) “Por isso, a grande batalha...” (linhas 16 e 17).(E) “...esses cânones básicos:...” (linha 19).

RESPOSTA O pronome “esse” – e suas variações – funciona como elemento coesivo anafórico, que cumpre a função de retomaraquilo já explicitado no texto. É o que ocorre nas letra A, B, C e D: o emprego das formas anafóricas se dá pela retomada de termos,expressões ou ideias anteriores – na letra A, retoma-se “revoluções sem líder”; na letra B, retoma-se “fundação de algo novo”; naletra C, retomam-se as intervenções do Estado na sociedade via meios públicos de comunicação; na letra D, retoma-se o conteúdo“É preciso que a rede seja neutra e livre”. Já o pronome “este” – e suas variações – funciona como elemento coesivo catafórico, quecumpre a função de antecipar aquilo que ainda será citado no texto. No caso, da letra E, deveria ser empregada a construção “estescânones básicos”, uma vez que ela está antecipando a citação de “equilíbrio e representatividade dos poderes”. Alternativa E.

10720. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) “...os estados são quase sempre arbitrários e desmedidos

quando tentam intervir...” (linha 25) – o verbo em destaque está incorretamente conjugado na frase:

(A) Futuramente nós interviremos nas ações das instituições públicas.(B) Hoje nós é que interviemos nas ações das instituições públicas.(C) Se possível, nós interviríamos nas ações das instituições públicas.(D) Agora nós intervimos nas ações das instituições públicas.(E) Antes nós já tínhamos intervindo nas ações das instituições públicas.

RESPOSTA (A) Certo – Trata-se da 1ª pessoa do plural do futuro do presente do indicativo. (B) Errado – Deve-se conjugar a 1ªpessoa do presente do indicativo, cuja grafia correta é “intervimos”. O presente do indicativo é uma necessidade, haja vista apresença do advérbio “Hoje”. (C) Certo – Trata-se da 1ª pessoa do plural do futuro do pretérito do indicativo. (D) Certo – Trata-se da1ªpessoa do plural do presente do indicativo. (E) Certo – Trata-se da 1ª pessoa do plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo

na sua forma composta. Alternativa B.

10721. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) “Hoje, se algum telejornal não der a notícia, milhares de sites

vão furá-lo...” (linhas 30 e 31) – apresenta concordância incorreta a seguinte frase:

(A) As milhares de matérias que publicamos são interessantes.(B) Os milhares de sites que visitamos são conhecidos.(C) Os milhares de provedores que consultamos são estrangeiros.(D) Os milhares de pessoas que consultam a rede são inteligentes.(E) Os milhares de usuários da rede são beneficiados.

RESPOSTA Como “milhar” é um numeral masculino, ele deve ser acompanhado do artigo definido “o”. Assim, está correta aconcordância em “Os milhares de sites”, “Os milhares de provedores”, “Os milhares de pessoas” e “Os milhares de usuários”.Porém, está errada a construção “As milhares de matérias”, devendo-se corrigi-la para “Os milhares de matérias”. Alternativa A.

10722. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) A regência nominal determina o emprego da expressão

sublinhada no segmento:

(A) “...no mundo, das revoluções sem líder” (linha 4).(B) “...nessa virada de paradigma, a necessidade...” (linha 9).(C) “...obsoletas as tradicionais alegações éticas e morais...” (linha 14).(D) “...com força máxima, esses cânones básicos...” (linha 19).(E) “...recusar a tutela...” (linha 23).RESPOSTA Nas alternativas B, C, D e E, as construções destacadas são resultado das respectivas regências verbais – em B, overbo “destacar” solicita um adjunto adverbial regido pela preposição “em”; em C, o verbo “tornar” exige um objeto diretoacompanhado de predicativo; em D, o verbo “restaurar” solicita um adjunto adverbial regido pela preposição “com”; em E, o verbo“recusar” exige um objeto direto.Já na alternativa A, a construção destacada é resultado da regência do nome “fenômeno”, que exige um complemento nominal

regido pela preposição “de” – fenômeno das revoluções sem líder. Alternativa A.

10723. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) A preposição presente no segmento “alegações éticas e

morais para a intervenção...” (linha 14) tem o mesmo valor semântico que a preposição sublinhada em:

(A) “...vão em caminho contrário...” (linha 1).(B) “...caiu em uma revolta...” (linha 3).

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(C) “...de acordo com sua...” (linha 5).(D) “Na análise de Alexandre...” (linha 25).(E) “...qualquer esforço de controlar...” (linha 29).

RESPOSTA A preposição “para”, presente no trecho destacado, possui o sentido de finalidade, propósito. (A) Errado – Apreposição “em” possui valor semântico de direção. (B) Errado – A preposição “em” possui valor semântico decomplementaridade. (C) Errado – A preposição “com” possui valor semântico de aproximação, concordância. (D) Errado – A

preposição “de” possui valor semântico de posse. (E) Certo – A preposição “de” possui valor semântico de finalidade e equivale a“para”. Alternativa E.

Quando a infelicidade da pergunta é a respostaO que é o desenvolvimento sustentável? Não sabemos, felizmente. Como disse certa vez o psicanalista

francês André Green, “a infelicidade da pergunta é a resposta”. E essa não é uma pergunta qualquer. É apergunta. Com o Livro aprendemos que a revelação se dá pela História. E, mesmo a da humanidade, temseus momentos definidores.

Os próximos muitos anos são um desses momentos decisivos da história. Sabemos que estamos consumindode uma forma insustentável os recursos que a natureza nos oferece e renova. E que, com o crescimentoda população e a desejável elevação dos padrões de consumo de bilhões de pessoas, essa tendência seráfortemente acelerada.O rumo atual é insustentável! Pode causar estranheza tal assertividade. Afinal, não apenas não sabemos com

clareza o significado do conceito de desenvolvimento sustentável, como também não sabemos medir a noçãode sustentabilidade com precisão.Há muitos esforços importantes sendo despendidos para nos aproximarmos de melhores mensurações daideia de sustentabilidade. A medição do Produto Interno Bruto dos países está sob implacável crítica porsuas grandes fragilidades, e a forma insuficiente e equivocada de as contas nacionais considerarem os recursos

naturais é uma das razões mais importantes.Também a Comissão de Estatística das Nações Unidas tem promovido a elaboração de uma família deindicadores de desenvolvimento sustentável pelas instituições nacionais de estatística. E muitos indicadoressintéticos e outras formas de avaliar a sustentabilidade do desenvolvimento atual estão sendo aprimorados.Esses esforços têm dado origem a ferramentas importantes e úteis. As pesquisas científicas, assim como as

estatísticas e indicadores, sugerem cenários com forte tendência à degradação da capacidade da natureza derenovar serviços fundamentais à qualidade da vida humana (clima, água doce, solos férteis, biodiversidade,etc.) em velocidade condizente com as taxas previstas para sua utilização. Essa é a crise ambiental do séculoXXI em sua dimensão conhecida.Somos, contudo, muito ignorantes sobre a realidade natural do planeta e há um risco acima do aceitável de

estarmos gerando processos irreversíveis que trariam no futuro consequências potencialmente catastróficaspara a civilização e a espécie humana. Para qualquer mentalidade racional, o princípio da precaução é oimperativo aplicável.É importante lembrar que esse processo é insustentável para a civilização e para a biodiversidade do nossotempo, mas não para a natureza. Na escala de tempo do planeta, contada em milhões e de milhões de anos,

a humanidade é impotente para gerar dano significativo à natureza.Não sabemos o que é o desenvolvimento sustentável e tampouco temos claro o que significa desenvolvimento.A identidade entre crescimento econômico e desenvolvimento é o produto de uma época histórica, que, comotodas as demais, será superada.Desenvolvimento, como observou notavelmente Jean Claude Carriérre, é etimologicamente inequívoco em

várias línguas. Desenvolver não significa apenas “ampliar, crescer” e, sim, “des(fazer) o que está envolvido; ou,em espanhol, des(arrollar) o que está arrollado; ou ainda, em francês ou inglês, development/développement,isto é, des-envelopar”. Desenvolvimento, para a sabedoria da linguagem, é um processo de libertação de umpotencial contido, aprisionado pelas circunstâncias da história.Finalmente, sustentável é muito mais do que simplesmente duradouro. E significa mais, até, do que

compromisso com as futuras gerações. Sustentável diz respeito ao tempo. A consciência humana também dizrespeito ao tempo e o que distingue o homem é a consciência.Chegou o momento de a humanidade deixar a adolescência, reconhecer a existência de limites e ampliar asfronteiras de sua relação com o tempo, isto é, assumir um pouco mais conscientemente a sua história em umtempo mais longo.

A questáo do desenvolvimento sustentável confunde-se com a questão da consciência humana. A pergunta:“O que é o desenvolvimento sustentável?” é também a pergunta “Quem é o Homem?” A resposta para apergunta sobre o que é o desenvolvimento sustentável é também a resposta sobre quem será o homem queo homem construirá.

(Sérgio Besserman, Jornal O Globo, 15-8-2010, com adaptações).

10724. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) As expressões “contas nacionais” (linha 14) e “instituições

nacionais” (linha 17) são uma referência a contas:

(A) de uma nação específica.(B) da nação brasileira.(C) de nações não especificadas.(D) de nações desenvolvidas.(E) de nações em desenvolvimento.

RESPOSTA O adjetivo “nacionais” está sendo empregado no sentido genérico, não se referindo a nenhuma nação em específico.

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O termo “nacionais” se traduz corretamente por “referente a qualquer país”. Alternativa C.

10725. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) Com base na coesão e coerência textuais, a alternativa

correta quanto ao emprego da pontuação e de palavras ou expressões é:

(A) No segmento “Os próximos muitos anos ...” (linha 5), a palavra em destaque pode ser substituída por “seguintes”.(B) A expressão “uma forma insustentável” (linha 6) está empregada em sentido conotativo.(C) No segmento “esforços importantes sendo despendidos” (linha 12), a palavra em destaque está grafada no lugar de “dispendidos”.(D) A expressão “muito ignorantes” (linha 24) significa muito estúpidos, muito grosseiros.(E) O emprego da vírgula antes da conjunção e em “por suas grandes fragilidades, e a forma insuficiente e equivocada ...” (linhas 13 e

14) é adequado.

RESPOSTA (A) Errado – Se substituirmos por “seguintes”, será necessário alterar a colocação desse termo na frase. Para manter

a coesão, devemos escrever “Os muitos anos seguintes...”. (B) Errado – Trata-se de uma expressão empregada em seu sentidodenotativo, ou literal. (C) Errado – A grafia correta é “despendidos” e significa “gastos”, “desembolsados”, “empregados”, etc. (D)Errado – No contexto, a expressão “muito ignorantes” significa “muito leigos”, “pouco conhecedores”, etc. (E) Certo – A vírgula dianteda conjunção aditiva “e” se justifica pelo fato de ela conectar orações de sujeitos diferentes: “a medição do Produto Interno Bruto”,na 1ª oração, e “a forma insuficiente e equivocada”, na 2ª oração. Alternativa E.

10726. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) De acordo com a sequência lógica do texto e com a coesão e

a coerência textuais, o parágrafo que constitui contraponto ao parágrafo que o antecede é o:

(A) 3°(B) 4°(C) 5°(D) 6°(E) 7°

RESPOSTA O 7º parágrafo é introduzido pela conjunção coordenativa adversativa contudo. O conteúdo desse parágrafo é umaressalva (oposição) em relação aos conteúdos dos parágrafos anteriores. Alternativa E.

10727. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) De acordo com a “sabedoria da linguagem” (linha 37), a

palavra desenvolvimento significa:

(A) ampliação(B) crescimento(C) liberação(D) aumento(E) progresso

RESPOSTA Por meio do trecho “Desenvolvimento, para a sabedoria da linguagem, é um processo de libertação de um potencialcontido, aprisionado pelas circunstâncias da história.”, é possível associar a palavra desenvolvimento à ideia de liberação.

Alternativa C.

10728. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) A expressão “Esses esforços” (linha 19) retoma as ações

explicitadas nos parágrafos:

(A) 1° e 2°(B) 2° e 3°(C) 3° e 4°(D) 4° e 5°(E) 5° e 6°

RESPOSTA A expressão “Esses esforços” retoma o conteúdo do 4º e 5º parágrafos. Neles, são apresentadas ideias dos esforçosno sentido de mensurar melhor a ideia de sustentabilidade: no 4º parágrafo, cita-se a forma frágil da medição do Produto InternoBruto dos países, que não leva em consideração a disponibilidade de recursos naturais; já no 5º parágrafo, cita-se o esforço daComissão de Estatística das Nações Unidas de criar indicadores de medição para a sustentabilidade. Alternativa D.

10729. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) Acarretaria prejuízo à clareza, à coesão e à coerência do

texto caso se omitisse a palavra sublinhada no trecho:

(A) “O que é ...” (linha 1).(B) “E mesmo a da humanidade ...” (linha 3).(C) “... de uma forma insustentável ...” (linha 6).(D) “... natureza nos oferece ...” (linha 6).(E) “O que é o desenvolvimento ...” (linha 45).

RESPOSTA (A) Errado – Omitindo o termo destacado, não se desfaz a ideia original de questionamento. (B) Certo – É necessário oartigo “a”, pois este é requerido pelo substantivo elíptico “história”. (C) Errado – A omissão do artigo indefinido “uma” não desfaz aideia original de indeterminação. (D) Errado – A omissão do pronome “nos” apenas confere mais impessoalidade ao trecho, masnão compromete a clareza, a coesão e a coerência. (E) Errado – Omitindo o artigo definido “o”, não se desfaz a ideia original de

questionamento. Alternativa B.

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10730. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) Em “Afinal, não apenas não sabemos com clareza o

significado do conceito de desenvolvimento sustentável, como também não sabemos ...” (linhas 9 e 10), entre as duas orações seestabelece relação semântica de:

(A) adição(B) explicação(C) causa(D) comparação(E) finalidade

RESPOSTA A locução não só ... como também tem valor aditivo. De acordo com o trecho, não sabemos nem o significado dedesenvolvimento sustentável, nem como medi-lo. Alternativa A.

10731. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) “As pesquisas científicas, assim como as estatísticas e

indicadores, sugerem ...” (linhas 19 e 20) – assim como nesse trecho, a concordância está correta na frase:

(A) Eu, como ela, lutamos pelas causas ambientais.(B) Eu, como eles, lutamos pelas causas ambientais.(C) Ele, como tu, lutais pelas causas ambientais.(D) Tu, como ele, lutas pelas causas ambientais.(E) Nós, como eles, lutam pelas causas ambientais.RESPOSTA A forma verbal “sugerem” concorda com o núcleo do sujeito “pesquisas”. O trecho entre vírgulas “assim como asestatísticas e indicadores” é uma oração adverbial comparativa deslocada da ordem direta.Dessa forma, (A) Errado – O correto seria: Eu, como ela, luto pelas causas ambientais. (B) Errado – O correto seria: Eu, como eles,luto pelas causas ambientais. (C) Errado – O correto seria: Eu, como tu, luto pelas causas ambientais. (D) Certo. (E) Errado – Ocorreto seria: Nós, como eles, lutamos pelas causas ambientais. Alternativa D.

10732. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) Não ocorre mudança de voz verbal em:

(A) “... os recursos que a natureza nos oferece e renova ...” (linha 6) / os recursos que nos são oferecidos e renovados pela natureza ...(B) “Também a Comissão de Estatística das Nações Unidas tem promovido a elaboração ...” (linha 16) / Também a Comissão de

Estatística das Nações Unidas promove a elaboração ...(C) “Há muitos esforços importantes sendo despendidos ...” (linha 12) / Despendem-se muitos esforços importantes ...(D) “Afinal, não apenas não sabemos com clareza o significado ...” (linhas 9 e 10) / Afinal, não apenas não se sabe com clareza o

significado ...(E) “... reconhecer a existência de limites ...” (linha 43) / a existência de limites ser reconhecida ...

RESPOSTA (A) Errado – A primeira construção está na voz ativa, pois o sujeito – natureza – é agente das ações verbais “oferecer” e“renovar”. Já a segunda construção está na voz passiva, pois o sujeito – recursos – é paciente das ações verbais “oferecer” e“renovar”. (B) Certo – Em ambas as construções, temos como sujeito “Comissão de Estatísticas das Nações Unidas”, agente daação verbal “promover”. Dessa forma, temos ambas as construções na voz ativa. (C) Errado – A primeira construção está na voz

ativa: não há sujeito, pois se trata de uma oração com verbo impessoal “haver”. Já a segunda oração está na voz passiva, pois osujeito – esforços – é paciente da ação verbal “despender”. (D) Errado – A primeira construção está na voz ativa, pois o sujeito –nós – é agente da ação verbal “saber”. Já a segunda construção está na voz passiva, pois o sujeito – significado – é paciente daação verbal “saber”. (E) Errado – A primeira construção está na voz ativa, pois o sujeito – humanidade – é agente da ação verbal“reconhecer”. Já a segunda construção está na voz passiva, pois o sujeito – existência – é paciente da ação verbal “reconhecer”.Alternativa B.

10733. (Oficial de Fazenda – SEFAZ-RJ – 2011 – CEPERJ) A preposição para tem valor semântico de consequência no

trecho:

(A) “... previstas para sua utilização ...” (linha 22).(B) “... catastróficas para a civilização ...” (linhas 25 e 26).(C) “Para qualquer mentalidade ...” (linha 26).(D) “... é impotente para gerar ...” (linha 30).(E) “Desenvolvimento, para a sabedoria ...” (linha 37).

RESPOSTA (A) Errado – A preposição “para” estabelece uma relação de finalidade. (B) Errado – A preposição “para” estabeleceuma relação de complementaridade. (C) Errado – A preposição “para” estabelece uma relação de complementaridade. (D) Certo.(E) Errado – A preposição “para” estabelece uma relação de conformidade (equivale a “de acordo”). Alternativa D.

Leia o texto a seguir e responda as questões 10734 a 10741.

Quem fala palavrão no dia a dia de trabalho pode ser preterido na hora da promoção. É o que mostrapesquisa feita pelo site americano CareerBuilder. O estudo, que ouviu mais de dois mil gerentes de RH e 3.800trabalhadores, indica que 64% dos gestores analisam negativamente um empregado que use termos chulos comfrequência, enquanto 57% disseram ser menos propensos a promover essa pessoa. Descontadas as diferenças

culturais entre Brasil e Estados Unidos, especialistas confirmam que, aqui também, o palavrão, especialmentequando não é usado com moderação, pode ser prejudicial à imagem profissional. Principalmente em empresasgrandes e com estruturas hierárquicas mais formais.– Nos Estados Unidos, é possível notar que esse tipo de linguajar é evitado por questão de respeito, o que estáassociado ainda à cultura jurídica do país, muito rígida quanto a temas como o assédio moral – afirma Jorge

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Martins, consultor de Recrutamento da Robert Half, ao fazer a comparação. – Já no Brasil, o repúdio a essetipo de comportamento tem mais a ver com o conservadorismo, que ainda predomina nas empresas grandes.Martins diz, ainda, que, por aqui, e nos países latinos de maneira geral, ainda existe uma grande confusãoentre o ambiente corporativo e o caseiro, o que pode explicar uma maior incidência de palavrões no mercadode trabalho nacional. Mas, para o especialista, o que pesa mesmo são as diferenças entre os setores, seja lá ou cá.

– Em empresas como agências de publicidade ou da área de TI, as pessoas se soltam mais e o palavrão é maiscomum e tolerado. Já em outras indústrias mais tradicionais, que têm uma cultura corporativa forte, a coisafunciona de forma diferente. De todo modo, é fundamental sempre saber se posicionar frente ao seu interlocutor.Ou seja: saber com quem está falando. É a regra que segue Conceição dos Santos, gerente de DepartamentoPessoal de uma empresa de bebidas. Na sala que compartilha com cinco colegas, com quem tem intimidade,

às vezes fala um palavrão, sem temer represálias.– Afinal, ninguém é de ferro. Mas, quando preciso atender ao público externo ou conversar com umcoordenador de outra área, evito. Tem que falar com as pessoas certas – acredita Conceição, que tambémfaz uma diferenciação entre diferentes tipos de palavrão. – Nunca xingo ninguém ou uso um palavrão paraofender. Eu falo em momentos de estresse ou de raiva, mas sempre em tom alto, e é comigo mesma.

A gerente de DP está na estatística americana dos 51% dos empregados que usam palavrão no trabalho e dos95% que só falam na frente dos colegas, como ainda mostra a pesquisa do CareerBuilder. E, embora os númerossejam altos, quando o uso é exagerado pode criar problemas. O coach e sócio da Alliance Coaching, AlexandreRangel, relata duas situações em que o palavreado afetou a carreira de dois profissionais. A primeira foi a deum diretor de marketing, demitido por um novo vice-presidente da companhia, entre outros motivos, por

causa de seu linguajar chulo e agressivo. Já em outro caso, quando fazia um coaching para um grupo de oitosupervisores, uma das questões com que Rangel precisou lidar foi a falta de tolerância de um participantecom a boca suja de um dos seus pares.– Muitas vezes, as pessoas não percebem a necessidade de mudança na maneira de agir em função doambiente em que está. Não dá para levar o comportamento de arquibancada para o trabalho – afirma Rangel.

E, embora a maioria dos funcionários admita falar palavrão no trabalho, eles próprios se incomodam quandoos colegas exageram. É o que relata uma funcionária de uma empresa da área de TI, que prefere não seidentificar. Recém-chegada ao escritório, já conseguiu se incomodar com o comportamento pouco amigávelde um integrante da equipe.– Mas não sou só eu. Houve uma rearrumação na sala, e ninguém quis sentar ao lado dessa pessoa. Para a

coach Waleska Farias, especializada em gestão de carreira e imagem, uma palavra chula, muitas vezes, éutilizada como mecanismo de defesa, por quem busca mascarar algum tipo de sentimento. E, como notrabalho, nem sempre dá para botar em prática a máxima “os incomodados que se mudem”, ela sugere que,quando esse tipo de comportamento atrapalha o bom humor alheio, o ideal é tentar conversar com quemprovoca a discórdia.

– O primeiro passo é dizer diretamente para o “boca suja” que não gosta de palavrões. Se, ainda assim, elenão maneirar, pode ser o caso de ir falar com o chefe. A linguagem reflete o estado emocional das pessoase a energia negativa pode acabar sendo reproduzida no entorno, o que nem sempre é bom – diz Waleska.

(Uso de palavrões no trabalho pode diminuir chances de promoção. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/emprego/uso-depalavroes-no-

trabalho-pode-diminuir-chances-de-promocao-5833571#ixzz24BQYLtAU>. Acesso em: 12 set. 2012).

10734. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL) Sobre a substituição, sem prejuízo do sentido original, dos

termos “preterido” (linha 1), “repúdio” (linha 10), “incidência” (linha 13) e “represálias” (linha 20) considere as afirmativas a seguir.

I. “preterido” pode ser substituído por “desfavorecido”.II. “repúdio” pode ser substituído por “reiteração”.III. “incidência” pode ser substituído por “intermitência”.IV. “represálias” pode ser substituído por “retaliações”.Assinale a alternativa correta.

(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

RESPOSTA I. Verdadeira. II. Falsa – O termo “repúdio” (linha 10) pode ser substituído por “desprezo”, “rejeição”. Já “reiteração”significa “repetição”. III. Falsa – O termo “incidência” (linha 13) pode ser substituído por “repetição”, “ocorrência”. O termos“intermitência”, por sua vez, quer significa “descontinuidade”. IV. Verdadeira. Alternativa B.

10735. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL) Assinale a alternativa que explica, corretamente, a frase: “De

todo modo, é fundamental sempre saber se posicionar frente ao seu interlocutor.” (linha 17).

(A) Antecipa o caráter saudável do uso de palavrões no ambiente de trabalho quando se busca proporcionar descontração e assegurara intimidade com os colegas e com o público.

(B) Resume a recomendação de reprimir com rigor o uso de palavrões diante dos chefes e de altos funcionários e relaxar nas demaiscircunstâncias de trabalho.

(C) Identifica a variedade de situações e circunstâncias do trabalho que devem ser diferenciadas pelo trabalhador através da adequaçãoda linguagem e da moderação do uso de palavrões em certas ocasiões.

(D) Sintetiza a necessidade de moderar o uso de palavrões perante o público externo e de liberá-lo diante de colegas de trabalho e defuncionários hierarquicamente superiores.

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(E) Sugere que o trabalhador deve impor seus hábitos linguísticos, mesmo que entre eles esteja o uso de palavrão, no ambiente detrabalho, a fim de garantir sua afirmação.

RESPOSTA Essa frase faz referência às diversas situações em que é necessário identificar qual a mais adequada variedade delinguagem. Em situações mais informais, com falantes de maior intimidade, é até possível o emprego de um ou outro palavrão

sem que isso seja julgado como inconveniente. Já em situações formais, diante de chefes ou pessoas de convívio não tãopróximo, o emprego de palavrões se torna inadequado e deselegante.(A) Errada – De acordo com o texto, dependendo da situação de comunicação, não é saudável o emprego de palavrões noambiente de trabalho. (B) Errada – Não se trata de rigor, e sim de discernimento. É preciso identificar as situações em que oemprego de palavrões não é adequado. (C) Certa. (D) Errada – Não se trata de liberar o uso de palavrões no ambiente de trabalho,pois, em muitas situações, o uso de uma linguagem chula pode ser desagradável no dia a dia profissional. (E) Errada – De formaalguma o texto sugere a imposição do linguajar chulo como forma de afirmação. É necessário haver discernimento e cautela no

emprego de palavrões. Alternativa C.

10736. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL) Com base no texto, assinale a alternativa correta.

(A) A pesquisa apontou que mais da metade dos gestores entrevistados admitiu que o uso de palavrões pelo trabalhador tem márepercussão.

(B) A pesquisa comprovou que o risco de avaliação negativa atribuída aos trabalhadores que usam palavrões sobe a mais da metade,de acordo com os gestores entrevistados.

(C) Mais da metade dos consultores brasileiros entrevistados para o texto admitiu fazer uso de palavrão no ambiente de trabalho.(D) O texto indicou que mais da metade dos candidatos a emprego nos Estados Unidos é descartada na entrevista de admissão em

decorrência do hábito de falar palavrões.(E) O texto revelou que mais da metade dos trabalhadores americanos está sujeita à demissão por proferir palavrões no ambiente de

trabalho.

RESPOSTA (A) Certa – De fato, 64% dos gestores analisam negativamente um empregado que use termos chulos comfrequência, enquanto 57% disseram ser menos propensos a promover essa pessoa. (B) Errada – A avaliação negativa é maisprovável em profissionais que empregam frequentemente palavrões no ambiente de trabalho. É possível ocasionalmente se falarum palavrão no ambiente de trabalho sem que isso acarrete má avaliação. Há de se tomar cuidado para não se tornar frequente einconveniente esse uso. (C) Errada – A estatística de 51% diz respeito aos empregados americanos que admitem fazer uso depalavrões no trabalho. (D) Errada – O resultado da pesquisa diz respeito a profissionais já empregados, e não a candidatos avagas de emprego. (E) Errada – O risco de demissão se aplica aos que falam palavrões com frequência e de forma inadequada no

ambiente de trabalho. Alternativa A.

10737. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL) Sobre os termos “profissional” (linha 6) e “profissionais” (linha

28), assinale a alternativa correta.

(A) Os dois são adjetivos variáveis, isto é, ora aparecem no singular, ora aparecem no plural, conforme os substantivos que elesacompanham.

(B) Os dois são substantivos que podem variar do singular para o plural, acarretando a mudança de significado e a perda do vínculocom a ideia de profissão.

(C) “profissionais” é um substantivo no plural que tem uma carga de significado ambígua em decorrência do comportamento amadordas pessoas designadas pelo termo.

(D) “profissional”, no singular, é um adjetivo por ser invariável, isto é, o plural contrariaria as normas gramaticais, mesmo que osubstantivo “imagem” estivesse no plural.

(E) “profissional” está no singular para concordar com o substantivo “imagem”, mas poderia ser um substantivo, caso a construçãofosse “imagem do profissional”.

RESPOSTA O termo “profissional” é adjetivo e modifica o substantivo “imagem”. Já “profissionais” é substantivo, determinado pelonumeral adjetivo “dois”.(A) e (B) Falsas, por classificarem os dois termos como pertencentes à mesma classe gramatical. (C) Falsa, pois “profissionais” éusado para designar os empregados citados no texto. (D) Afirma equivocadamente que o adjetivo “profissional” é invariável. (E) Em“imagem do profissional”, o termo “profissional” é substantivo determinado pelo artigo definido “o”. Alternativa E.

10738. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL) Sobre a frase “E, embora os números sejam altos, quando o uso

é exagerado pode criar problemas.” (linhas 26 e 27), considere as afirmativas a seguir.

I. Fica subentendida a expressão “de palavrões” logo após “uso”.II. Fica subentendido que “uso exagerado” é aquele que excede os números apurados na pesquisa.III. O conectivo “embora” pode ser substituído por “a despeito de”, sem necessidade de alteração na flexão verbal.IV. O conectivo “embora” pode ser substituído por “ainda que”, sem prejuízo do sentido original.Assinale a alternativa correta.

(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

RESPOSTA I. Verdadeiro – O fato de tornar elíptico o termo “de palavrões” após “uso” se dá no sentido de evitar a repetição de“palavrão” (e suas variações), já citado algumas vezes no texto. II. Falso – O uso exagerado de palavrões é o alvo da pesquisa, quemostra que os profissionais com esse hábito são malvistos pelos gestores. III. Falso – Com o emprego da locução “a despeito de”,

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é necessário se alterar a construção para “E, a despeito de os números serem altos...”. IV. Verdadeiro – Os conectores “Embora” e“Ainda que” têm valor concessivo. Alternativa B.

10739. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL) Sobre o sentido do trecho “E, como no trabalho, nem sempre dá

para botar em prática a máxima ‘os incomodados que se mudem’...” (linhas 41 e 42), assinale a alternativa correta.

(A) Nas relações de trabalho, é recomendável buscar um paliativo, antes de sugerir ao chefe que transfira ou demita o funcionário que seexcede nos palavrões.

(B) Nas relações de trabalho, pode haver um inconveniente que inviabilize a mudança do funcionário incomodado com os palavrõesproferidos pelo colega.

(C) Nessas circunstâncias, cabe verificar se o funcionário que fala palavrões em excesso é um protegido do chefe, antes de solicitar umatransferência de setor.

(D) No ambiente de trabalho, é necessário ponderar se o colega de trabalho está passando por alguma crise íntima ou pessoal, antes detomar uma atitude drástica.

(E) No ambiente de trabalho, é sugerido que o trabalhador dê preferência a mudar de emprego, evitando criar constrangimento ouinimizade com um colega de trabalho.

RESPOSTA É possível concluir, pelo contexto, que os incomodados com os companheiros de trabalho que insistem em proferir

palavrões nem sempre encontram mobilidade dentro da empresa. Não é possível, assim, criar um paliativo, sendo necessáriauma conversa franca que manifeste a insatisfação.(A) Errada – Não é recomendável um paliativo, e sim uma conversa franca antes de se levar ao conhecimento dos superiores. (B)Certa. (C) Errada – Não se menciona no texto essa precaução de se verificar se o falante de palavrões é ou não um protegido dochefe. (D) Errada – Não se menciona no texto essa precaução de se verificar se o falante de palavrões está ou não passando porproblemas íntimos. (E) Errada – Não se menciona no texto essa recomendação de se mudar de emprego. Alternativa B.

10740. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL) A respeito da ideia de tolerância, que aparece duas vezes ao

longo do texto, considere as afirmativas a seguir.

I. Nas agências de publicidade, as pessoas são mais indulgentes com o uso de palavrões.II. Os palavrões são recebidos com menos intransigência em empresas da área de TI.III. Um dos participantes do treinamento demonstrou pouca condescendência com o colega que abusava dos palavrões.IV. Um participante do treinamento exibiu falta de suscetibilidade ao excesso de palavrões proferidos pelo colega.Assinale a alternativa correta.

(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

RESPOSTA I. Verdadeiro – É o que se afirma no 4º parágrafo: “Em empresas como agências de publicidade ou da área de TI, aspessoas se soltam mais e o palavrão é mais comum e tolerado.”. II. Verdadeiro – É o que se afirma no 4º parágrafo: “Em empresascomo agências de publicidade ou da área de TI, as pessoas se soltam mais e o palavrão é mais comum e tolerado.”. III. Verdadeiro– É feita uma menção no antepenúltimo parágrafo a uma empregada recém-chegada que se incomodou com os exageros de umcolega: “Recém-chegada ao escritório, já conseguiu se incomodar com o comportamento pouco amigável de um integrante daequipe. ... Houve uma rearrumação na sala, e ninguém quis sentar ao lado dessa pessoa.”. IV. Falsa – Ao contrário: a funcionáriarecém-chegada se mostrou suscetível aos excessos de palavrões proferidos por um colega: “Recém-chegada ao escritório, já

conseguiu se incomodar com o comportamento pouco amigável de um integrante da equipe.”. Alternativa D.

10741. (Auditor Fiscal – SEFAZ-PR – 2012 – COPS UEL) Sobre a expressão “boca suja”, que aparece duas vezes no

texto (linhas 32 e 45), assinale a alternativa correta.

(A) A atribuição do sentido conotativo à expressão depende da subjetividade do leitor, que pode interpretá-la em seu sentidodenotativo e preservar os significados.

(B) A linguagem conotativa ocorre somente na segunda vez, porque as aspas são usadas e porque a expressão personifica quem aproferiu.

(C) O sentido conotativo aparece na primeira ocorrência porque não é da boca do falante que saem os palavrões pronunciados.(D) O uso da linguagem figurada está nas duas ocorrências, embora, na segunda, a expressão significa “aquele que fala palavrões”.(E) O uso da linguagem figurada na expressão consiste na transferência da ideia de sujeira, de quem ouve para quem fala.RESPOSTA A expressão “boca suja” está empregada em linguagem conotativa (figurada) nas duas aparições. Não há margempara ambiguidade, pois a interpretação literal (denotativa) não se aplica ao contexto. Na segunda aparição – o “boca suja” –, é feita

uma menção àqueles que proferem palavrões de forma muito frequente.(A) Errada – Não há cabimento cogitar uma interpretação literal à expressão “boca suja”. Não é uma questão de escolha do leitor,interpretá-la como denotativa ou conotativa. (B) Errada – A conotação ocorre nas duas construções. Na segunda, tem-se umasubstantivação da expressão. (C) Errada – O simples fato de os palavrões serem pronunciados por terceiros não é a justificativapara considerar conotativa a expressão “boca suja”. Ela é uma metáfora da pessoa que faz uso de linguagem chula. (D) Certa. (E)Errada – Não é propriamente a ideia de sujeira, e sim a de linguagem chula que está presente na metáfora “boca suja”. AlternativaD.

Texto para as questões 10742 a 10751 Do campo para a cidadeAté 1940, os migrantes se dirigiam predominantemente para a cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, e também para a

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cidade e o estado de São Paulo, e eram em grande parte oriundos de Minas Gerais e do Nordeste. Desde então, seriam os estadosdessa região os principais responsáveis pela expulsão de populações, que se dirigiriam primeiro para São Paulo e, após 1950-60,também para o Paraná, Goiás, Mato Grosso e Rondônia. Estabeleceram-se assim novos polos de atração de migrantes e novasáreas de expansão das fronteiras agrícolas, o que se acentuou após a instauração do regime militar em 1964. (...)Os anos 1970 assinalaram um ponto de inflexão extremamente significativo em nosso perfil demográfico, na medida em quecomeçou a se inverter a relação entre população rural e urbana, ficando esta cada vez mais concentrada no que passava a ser,genérica e simbolicamente, denominado como Sul ou Sul Maravilha, numa alusão às possibilidades reais ou sonhadas que aregião oferecia.Toda essa situação passaria a produzir desdobramentos econômicos e sociais graves, que seriam identificados e avaliados, cadavez mais, como negativos para o país. De um lado, o que se verificava era o esvaziamento e o empobrecimento do campo; de outro,com o inchamento das grandes cidades, um agravamento dos problemas de habitação, educação, saúde e segurança.Mais recentemente, os deslocamentos não se fizeram tanto de áreas rurais para urbanas, mas sim entre áreas urbanas e, nessecaso, não mais tendo como destino preferencial as cidades metropolitanas, e sim aquelas de médio porte, que se tornaram polos deatração de fluxos migratórios. (....)Todas essas transformações desenham um novo mapa e um novo perfil para a população brasileira. Somos, na virada do séculoXX para o XXI, um novo Brasil urbano, inclusive com uma diferenciação bem menor entre campo e cidade. Nosso povo deixou deser jovem e começou a envelhecer. Sem dúvida, é hora de o Brasil amadurecer.

(GOMES, 2002).

10742. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais – Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) “Até 1940, os

migrantes se dirigiam predominantemente para a cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, e também para a cidade e o estado deSão Paulo, e eram em grande parte oriundos de Minas Gerais e do Nordeste”.

Sobre esse segmento inicial do texto, a inferência correta é:

(A) os migrantes, inicialmente dirigidos ao Rio de Janeiro, passaram a mudar seu destino para o Distrito Federal.(B) o fluxo migratório até 1940 seguia o padrão de partida de regiões mais pobres para regiões mais ricas.(C) a cidade e o estado de São Paulo atraíam predominantemente migrantes da região Nordeste.(D) os migrantes que se dirigiam ao Sul eram oriundos de grande parte de Minas e do Nordeste.(E) Minas Gerais e o Nordeste eram as únicas fontes dos migrantes para o Sul.

RESPOSTA (A) Errado – O Rio de Janeiro era naquela época denominado de Distrito Federal. (B) Certo – A região Nordeste e o

sertão de Minas Gerais concentram grande parte da população na zona de pobreza. (C) Errado – Não é possível afirmar que amaioria dos migrantes para São Paulo (capital e Estado) seja oriunda do Nordeste. O texto afirma que se trata de “uma grandeparte”, o que não implica necessariamente maioria. (D) Errado – Rio de Janeiro e São Paulo estão situados na região Sudeste.Não é possível afirmar qual a composição dos migrantes para a região Sul, com base nas informações disponibilizadas no texto.(E) Errado – Não se pode afirmar qual a composição dos migrantes para a região Sul, uma vez que o trecho somente faz menção aRio de Janeiro e São Paulo, situados na região Sudeste. Alternativa B.

10743. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais – Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) Num texto, a fim de

ser criada coesão e coerência, estabelecem-se relações formais e semânticas entre elementos do texto. A alternativa em que o termodestacado do primeiro e segundo parágrafos do texto tem seu referente indicado de forma INADEQUADA é:

(A) que − populações.(B) então − desde o ano de 1940.(C) a região − Sul ou Sul Maravilha.(D) dessa região − Minas Gerais e Nordeste.(E) o que − o estabelecimento de novos polos de atração de migrantes.

RESPOSTA A expressão “dessa região” retoma apenas “Nordeste”, haja vista que Minas Gerais é um Estado. Alternativa D.

10744. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais – Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) “Até 1940, os

migrantes se dirigiam predominantemente para a cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, e também para a cidade e o estado deSão Paulo, e eram em grande parte oriundos de Minas Gerais e do Nordeste. Desde então, seriam os estados dessa região os principaisresponsáveis pela expulsão de populações, que se dirigiriam primeiro para São Paulo e, após 1950-60, também para o Paraná, Goiás,Mato Grosso e Rondônia. Estabeleceram-se assim novos polos de atração de migrantes e novas áreas de expansão das fronteirasagrícolas, o que se acentuou após a instauração do regime militar em 1964. (...)”

Por tratar-se de um texto didático, os vocábulos nele empregados têm caráter preponderadamente objetivo; o vocábulo desse primeiroparágrafo que acrescenta uma opinião do autor ao dado objetivo é:

(A) região.(B) atração.(C) expulsão.(D) expansão.(E) instauração.RESPOSTA Com o emprego do vocábulo “expulsão”, tem-se a inserção de uma opinião implícita ao texto.O autor deixa a entender que as pessoas que migravam da região Nordeste o faziam a contragosto, de forma “forçada”.

Esse posicionamento é reforçado pelo trecho “seriam os estados dessa região os principais responsáveis pela expulsão depopulações”.

Os outros vocábulos assumem o seu sentido próprio, isento de parcialidade. Alternativa C.

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10745. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais – Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) “Estabeleceram-se

assim novos polos de atração de migrantes e novas áreas de expansão das fronteiras agrícolas, o que se acentuou após a instauração doregime militar em 1964. (...)”.

A relação estabelecida pelo autor do texto entre o segmento negritado e o anterior é a de que:

(A) o regime militar, citado no segundo segmento, foi a razão do surgimento de novos polos de atração de migrantes e novas áreas deexpansão das fronteiras agrícolas.

(B) ainda que não sejam explicitadas as razões, o segundo segmento é apontado como causa de maior intensidade nas mudançasapontadas anteriormente.

(C) tanto o primeiro quanto o segundo segmento indicam consequências do estabelecimento de novos polos de atração para osmigrantes de Minas e Nordeste.

(D) o primeiro segmento indica uma das razões para o surgimento de um regime militar de exceção, em 1964.(E) o segundo segmento (negritado) é apontado como a condição das alterações citadas no segmento anterior.RESPOSTA Após instauração do regime militar, acentuaram-se o surgimento de novos polos de atração de migrantes e aexpansão de novas áreas agrícolas. Isso quer dizer que o regime militar foi o principal desencadeador desse processo,

configurando, assim, a causa de maior relevância (não a única, mas a de efeitos mais intensos).(A) Inválida, uma vez que limita o regime militar como a única razão, o que não é verdade. (C) e (D) Estabelecem uma equivocadarelação de causa e consequência. (E) Explora uma relação de condição não existente no texto. Alternativa B.

10746. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais – Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) Há um conjunto de

fatores apontados como marcas de desdobramentos econômicos e sociais graves (3º parágrafo). A alternativa em que o problemaapontado está corretamente definido é:

(A) problemas de saúde − falta de pessoal e material para o atendimento de um número cada vez maior de migrantes, necessitados deassistência médica.

(B) problemas de habitação − construção rápida demais de pequenas habitações para os migrantes, tendo como consequência uma sériede acidentes.

(C) empobrecimento do campo − a população rural, sem o apoio dos mais jovens, ficava restrita ao recebimento de valores dosprogramas sociais.

(D) problemas de educação − dada a pobreza cultural dos migrantes, sobretudo os nordestinos, o nível de aprendizado caiuvertiginosamente.

(E) esvaziamento do campo − reduzida utilização de máquinas agrícolas, mostrando defasagem na agricultura.

RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – Problemas de habitação – com o crescente fluxo de migrantes para as grandes metrópoles,começa haver o povoamento de áreas impróprias para moradia ou, então, o aumento do número de “sem-teto”. (C) Errado –Empobrecimento do campo – com a concentração da atividade econômica nas grandes cidades e a migração para estas de grandeparte da mão de obra, a economia do campo fica restrita a atividades de baixo valor agregado, resultando no seu empobrecimento.

(D) Errado – Problemas de educação – com o crescente fluxo de migrantes para as grandes metrópoles, a rede de ensino destasnão consegue atender toda a demanda. (E) Errado – Esvaziamento do campo – Com a concentração das principais atividadeseconômicas nas grandes metrópoles, ocorre para estas uma considerável migração da mão de obra, resultando no esvaziamentodo campo. Alternativa A.

10747. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais – Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) O texto lido é um

exemplo de texto didático, retirado de um livro de História do Brasil para o ensino médio. Entre as características apontadas abaixo,aquela que corresponde mais especificamente ao texto lido é:

(A) identificação clara das fontes dos conhecimentos transmitidos ao leitor.(B) a tentativa de mostrar a utilidade das informações prestadas para o conhecimento da realidade atual do país.(C) exposição de fatos históricos em ordem cronológica, identificando aqueles de maior importância para o assunto tratado.(D) linguagem clara e de uso coloquial a fim de que todos os leitores possam decodificar facilmente as informações prestadas.(E) a preocupação de explicar as razões dos fatos apontados, além de, com a preocupação de clareza, exemplificar continuamente.

RESPOSTA (A) Errado – Embora a citação das fontes da informação seja uma característica presente no texto de caráter didático, oautor não a emprega no texto. (B) Errado – Não é objetivo do texto mostrar a utilidade das informações prestadas, mas somente asexpor. (C) Certo – O autor expõe uma ordem cronológica de acontecimentos, destacando período de regime militar. (D) Errado – Alinguagem empregada no texto não é rebuscada, mas mantém o tom formal. É equivocado afirmar que a linguagem predominanteé a coloquial. (E) Errado – O texto até cita as razões, mas não se aprofunda nas explicações. Por exemplo, é citado que o regimemilitar acentuou o surgimento de novos polos de atração para migrantes, mas não se explicam as razões de isso ter ocorrido.

Alternativa C.

10748. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais – Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) Há uma série de

transformações citadas no texto como marcas de um novo perfil para nosso país; a transformação que está indicada de formaINCORRETA é:

(A) migração da área rural para as áreas urbanas / migração entre áreas urbanas.(B) cidades metropolitanas como alvo de migrações / cidades de médio porte como alvo de migrações.(C) distinções bem acentuadas entre campo e cidade / diferenciação bem menor entre campo e cidade.(D) país de marcante distinção entre ambiente rural e urbano / menor diferenciação entre campo e cidade.(E) povo jovem e de grande dinamismo / povo mais maduro e consciente de suas responsabilidades.

RESPOSTA O último período do texto afirma que o povo brasileiro começou a envelhecer, porém não é possível inferir, com base

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nas informações contidas no texto, que esse amadurecimento foi acompanhado de uma maior conscientização social por parte da

população brasileira. Alternativa E.

10749. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais – Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) “Toda essa situação

passaria a produzir desdobramentos econômicos e sociais graves”. Esse segmento do texto pode ser reescrito, conservando-se o seusentido, de várias formas distintas; a frase em que a modificação proposta conserva esse sentido original é:

(A) Desdobramentos econômicos e sociais graves passariam a ser produzidos por toda essa situação.(B) Graves desdobramentos sociais e econômicos viriam a ser produzidos por toda essa situação.(C) Graves desdobramentos econômicos e sociais seriam modificados por toda essa situação.(D) Toda essa situação seria levada a produzir graves desdobramentos econômicos e sociais.(E) Toda essa situação chegaria a produzir desdobramentos econômicos e sociais graves.RESPOSTA O trecho original está construído na voz ativa. Para convertê-lo para a voz passiva, as seguintes modificações sãonecessárias:1) O paciente (alvo da ação) “desdobramentos econômicos e sociais graves” torna-se sujeito na voz passiva.

2) Insere-se o verbo auxiliar “ser” conjugado no mesmo tempo do verbo principal na voz ativa – no caso, “produzir”. Como este estáno infinitivo, devemos somar a forma verbal “ser”.

3) O verbo principal da voz ativa – produzir – assume a forma particípio – produzido – na voz passiva.

Assim, temos: Toda essa situação passaria a produzir desdobramentos econômicos e sociais graves = Desdobramentoseconômicos e sociais graves passariam a ser produzidos por toda essa situação. Alternativa A.

10750. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais – Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) “Nosso povo deixou

de ser jovem e começou a envelhecer. Sem dúvida é hora de o Brasil amadurecer”; o final do texto nos diz que:

(A) é chegado o momento de o Brasil amadurecer, pois a maioria de nossa população já chegou à terceira idade.(B) apesar de o nosso povo ter deixado de ser jovem e ter começado a envelhecer, é hora de o nosso país amadurecer.(C) como nosso povo já deixou de ser jovem e começou a envelhecer, o momento de amadurecimento já deveria ter ocorrido.(D) certamente nosso país deve amadurecer, aproveitando-se do fato de que a maioria de nossa população é de jovens e ainda tardará

muito em envelhecer.(E) é certo que nosso país deve amadurecer, visto que nossa população já deixou de ser predominantemente jovem e iniciou processo

de envelhecimento.

RESPOSTA Como os brasileiros já não estão mais concentrados de forma predominante na faixa etária jovem, o país estápassando por um processo de envelhecimento, que resultará certamente no amadurecimento da população brasileira. AlternativaE.

10751. (Auditor Fiscal e Técnico de Tributos Municipais – Belo Horizonte-BH – 2012 – FDC) Nos segmentos

abaixo, as preposições negritadas têm seu emprego justificado por algum termo anterior; o segmento em que o emprego da preposição(ou combinação de preposição + artigo) NÃO pertence a esse caso é:

(A) inchamento das grandes cidades.(B) polos de atração de migrantes.(C) empobrecimento do campo.(D) a cidade do Rio de Janeiro.(E) expulsão de populações.RESPOSTA Não há necessidade da contração “do” (de + o) antes de “Rio de Janeiro”. É possível ligar o substantivo “cidade” a seuaposto especificador “Rio de Janeiro” sem a necessidade de emprego da preposição.Nos demais casos, a preposição “de” é solicitada pelo termo antecedente – expulsão de quem? empobrecimento de quê ou dequem? atração de quê? inchamento de quê? Alternativa D.

A polícia e a violência na escolaMiriam Abramovay e Paulo Gentili Em alguns países, a presença da polícia dentro das escolas tem sido uma das respostas mais recorrentes para enfrentar a violênciadas sociedades contemporâneas. A proposta parece ser a maneira mais elementar de oferecer proteção às crianças e aos jovens, asprincipais vítimas da violência. Muros altos, grades imensas, seguranças armados ou policiais patrulhando o interior das escolasparecem brindar aquilo que desejamospara nossos filhos: segurança e amparo.Todavia, os efeitos positivos desse tipo de iniciativa nunca foram demonstrados. Conforme evidenciam pesquisas e experiênciasno campo da segurança pública, o ataque aos efeitos da violência costuma não diminuir sua existência. Precisamos compreender aorigem e as razões da violência no interior do espaço escolar para pensar soluções que não contribuam para aprofundá-las.Nesse sentido, quando as próprias tarefas de segurança dentro das instituições educacionais são transferidas para pessoasexteriores a elas, cria-se a percepção de que os adultos que ali trabalham são incapazes ou carecem de poder suficiente pararesolver os problemas que emergem. Instala-se a ideia de que a visibilidadede uma arma ou a presença policial tem mais potência que o diálogo ou os mecanismos de intervenção que a própria escola podedefinir. A medida contribui para aprofundar um vácuo de poder já existente nas relações educacionais, criando um clima dedesconfiança entre os que convivem no ambiente escolar.A presença da polícia no contexto escolar será marcada por ambiguidades e tensões. Estabelecer os limites da intervenção doagente policial é sempre complexo num espaço que se define por uma especificidade que a polícia desconhece. Nenhuma formaçãoeducacional foi oferecida aos policiais que estarão agora dentro das escolas, o que constitui enorme risco. As pesquisas sobre

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juventude evidenciam um grave problema nas relações entre a polícia e os jovens, particularmente quando eles são pobres, comuma reação de desconfiança e desrespeito promovendo um conflito latente que costuma explodir em situações de alta tensão entreos jovens e a polícia. Reproduzir essa lógica no interior da escola não é recomendável.A política repressiva não é o caminho para tornar as escolas mais seguras. A escola deve ser um local de proteção e protegido, e apresença da polícia pode ser uma fonte de novos problemas.Devemos contribuir para que as escolas solucionem seus problemas cotidianos com a principal riqueza que elas têm: suacomunidade de alunos, docentes, diretivos e funcionários. Programas de Convivência Escolar e outras alternativas têmdemonstrado um enorme potencial para enfrentar a dimensão educacional da violência social. O potencial da escola está naostentação do saber, do conhecimento, do diálogo e da criatividade. Não das armas.

10752. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) “Em alguns países, a presença da polícia dentro

das escolas tem sido uma das respostas mais recorrentes para enfrentar a violência das sociedades contemporâneas”. Nesse primeiroperíodo do texto, deslocou-se o termo “em alguns países” para outras posições na frase; a nova posição que pode ALTERAR o sentidoda frase original é:

(A) A presença da polícia dentro das escolas, em alguns países, tem sido uma das respostas mais recorrentes para enfrentar a violênciadas sociedades contemporâneas.

(B) A presença da polícia dentro das escolas tem sido, em alguns países, uma das respostas mais recorrentes para enfrentar a violênciadas sociedades contemporâneas.

(C) A presença da polícia dentro das escolas tem sido uma das respostas mais recorrentes, em alguns países, para enfrentar a violênciadas sociedades contemporâneas.

(D) A presença da polícia, em alguns países, dentro das escolas tem sido uma das respostas mais recorrentes para enfrentar a violênciadas sociedades contemporâneas.

(E) A presença da polícia dentro das escolas tem sido uma das respostas mais recorrentes para enfrentar a violência das sociedadescontemporâneas em alguns países.

RESPOSTA Nas alternativas A, B, C e D, há a especificação de que a presença da polícia nas escolas se dá em alguns países. Jána alternativa E, o que se especifica é que a violência ocorre em alguns países.Nas alternativas A, B, C e D, o adjunto adverbial “em alguns países” modifica a 1ª oração – a presença da polícia dentro das escolas

tem sido uma das respostas mais recorrentes. Na alternativa E, o adjunto adverbial “em alguns países” modifica a 2ª oração – paraenfrentar a violência das sociedades contemporâneas. Alternativa E.

10753. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) Ao dizer que “a presença da polícia dentro das

escolas tem sido uma das respostas mais recorrentes para enfrentar a violência das sociedades contemporâneas”, o autor do textopretende dizer, com o segmento sublinhado, que essa tem sido uma das formas:

(A) mais atuais;(B) mais avançadas;(C) mais frequentes;(D) mais eficazes;(E) mais ineficientes.RESPOSTA O termo “recorrentes” significa “repetitivos”, “frequentes”, “reiteradas”. Assim, mais recorrentes significa maisfrequentes. Alternativa C.

10754. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) Em muitas passagens do texto, o autor constrói

frases com o auxílio de formas verbais no infinitivo. Se substituirmos essas formas pelo substantivo cognato correspondente, a únicaforma INADEQUADA da nova frase é:

(A) “...para enfrentar a violência das sociedades contemporâneas” / para o enfrentamento da violência das sociedades contemporâneas;(B) “...parece ser a maneira mais elementar de oferecer proteção às crianças e aos jovens” / parece ser a maneira mais elementar de oferta

de proteção às crianças e aos jovens;(C) “...parecem brindar aquilo que desejamos para nossos filhos” / parecem um brinde àquilo que desejamos para nossos filhos;(D) “Precisamos compreender a origem e as razões das violências” / Precisamos da compreensão da origem e das razões das violências;(E) “...para pensar soluções que não contribuam para aprofundá-las” / para pensar soluções que não contribuam para o seu

aprofundamento.RESPOSTA Nas alternativas A, B, D e E, a substituição pelos substantivos cognatos preserva o sentido original.Já na alternativa C, isso não ocorre. O verbo “brindar”, presente no trecho “...parecem brindar aquilo que desejamos para nossos

filhos”, adquire o significado de “homenagear”, “cumprimentar”, “felicitar”. O substantivo cognato “brinde”, no entanto, pode assumirsignificação associada a “pequeno presente”, “regalo”, “prenda”, como em “ganhou de brinde um convite para o show”.

Pode ocorrer, assim, alteração do sentido original, em virtude da polissemia do substantivo “brinde”, que pode significar “ato debrindar” ou “prenda”. Alternativa C.

10755. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) “Muros altos, grades imensas, seguranças

armados ou policiais patrulhando o interior das escolas parecem brindar aquilo que desejamos para nossos filhos: segurança e amparo”.As vírgulas empregadas nesse segmento do texto, justificam-se pela mesma razão das que são empregadas em:

I. “...com a principal riqueza que elas têm: sua comunidade de alunos, docentes, diretivos e funcionários”.II. “As pesquisas sobre juventude evidenciam um grave problema nas relações entre a polícia e os jovens, particularmente quando eles

são pobres, com uma reação de desconfiança...”.III. “A escola deve ser um local de proteção e protegido, e a presença da polícia pode ser uma fonte de novos problemas”.

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IV. “O potencial da escola está na ostentação do saber, do conhecimento, do diálogo e da criatividade”.(A) I e II;(B) II e III;(C) III e IV;(D) I e IV;(E) I, II, III e IV.

RESPOSTA As vírgulas se justificam pelo fato de estarem isolando termos coordenados entre si, componentes de umaenumeração. I. Verdadeira – As vírgulas separam os termos coordenados entre si: alunos, docentes, diretivos e funcionários. II.Falsa – As vírgulas são justificadas pelo fato de isolarem uma oração adverbial intercalada “particularmente quando eles sãopobres”. III. Falsa – A vírgula se justifica pelo fato de estar separando uma oração de caráter adversativo, introduzida pelo conector“e” (= mas). IV. Verdadeira – As vírgulas separam os termos coordenados entre si: saber, conhecimento, diálogo e criatividade.Alternativa D.

10756. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) O segundo parágrafo do texto começa com o

conectivo “todavia”, que mostra a oposição entre dois elementos do texto. A frase construída abaixo que mostra adequadamente aoposição presente no texto é:

(A) Apesar de a presença da polícia nas escolas ser essa uma medida muito recorrente, os efeitos da medida nunca foram demonstrados.(B) Embora a presença da polícia no interior das escolas diminua a violência nesse espaço, muros altos e grades imensas podem

colaborar na mesma tarefa.(C) Ainda que os efeitos positivos nunca tenham sido demonstrados, a construção de muros altos e de grades imensas nem sempre traz

segurança e amparo.(D) Policiais no espaço escolar dá segurança, mas essa medida não costuma ser empregada isoladamente.(E) Mesmo que a segurança nas escolas tenha aumentado, isso não ocorre em função de medidas adotadas até agora.RESPOSTA O tópico frasal do 1º parágrafo diz respeito à presença cada vez mais recorrente da polícia nas escolas. Já o tópicofrasal do segundo parágrafo diz respeito à pouca efetividade dessas medidas.Unindo esses dois tópicos por meio de um conector de oposição, temos como uma das possibilidades de construção a frase da

letra A: Apesar de a presença da polícia nas escolas ser essa uma medida muito recorrente, os efeitos da medida nunca foramdemonstrados. Alternativa A.

10757. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) “Todavia, os efeitos positivos desse tipo de

iniciativa nunca foram demonstrados. Conforme evidenciam pesquisas e experiências no campo da segurança pública, o ataque aosefeitos da violência costuma não diminuir sua existência”.

O segundo período desse fragmento do texto, em relação ao período anterior, funciona como:

(A) causa;(B) consequência;(C) explicação;(D) comparação;(E) modo.

RESPOSTA O 2º período é uma justificativa do 1º. É possível conectar os dois períodos da seguinte forma: Os efeitos positivos

desse tipo de iniciativa nunca foram demonstrados, pois, conforme evidenciam pesquisas e experiências no campo da segurançapública, o ataque aos efeitos da violência costuma não diminuir sua existência. Alternativa C.

10758. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) Se “o ataque aos efeitos da violência costuma

não diminuir sua existência”, a única medida realmente positiva entre as que estão abaixo é:

(A) programas de convivência escolar;(B) construção de muros e grades;(C) patrulhamento ostensivo no espaço escolar;(D) melhorar a relação entre policiais e jovens;(E) terceirizar as medidas de segurança.RESPOSTA O texto julga como ineficaz a presença da polícia no ambiente escolar com o propósito de diminuir a violência. A essaideia, somam-se as medidas de construção de muros e grades e patrulhamento ostensivo no espaço escolar. A convivência entre

policiais e jovens é, assim, prejudicada, pois não causa boa impressão a terceirização da segurança nas escolas.Em contraposição a essas medidas, estão os programas que visam à melhoria da convivência no espaço escolar. Eles semostram bem mais efetivos. Isso fica bem evidenciado no seguinte trecho: Programas de Convivência Escolar e outras alternativastêm demonstrado um enorme potencial para enfrentar a dimensão educacional da violência social. Alternativa A.

10759. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) O segmento do texto em que a forma verbal

sublinhada pode também ser empregada, na frase, em número diferente (singular ou plural) é:

(A) “Muros altos, grades imensas, seguranças armados ou policiais patrulhando o interior das escolas parecem brindar aquilo quedesejamos para nossos filhos: segurança e amparo”.

(B) “Conforme evidenciam pesquisas e experiências no campo da segurança pública, o ataque aos efeitos da violência costuma nãodiminuir sua existência”.

(C) “Instala-se a ideia de que a visibilidade de uma arma ou a presença policial tem mais potência que o diálogo ou os mecanismos deintervenção que a própria escola pode definir”.

(D) “...cria-se a percepção de que os adultos que ali trabalham são incapazes ou carecem de poder suficiente para resolver os problemas

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que emergem”.(E) “Instala-se a ideia de que a visibilidade de uma arma ou a presença policial tem mais potência...”.

RESPOSTA (A) Errado – A forma verbal “parecem brindar” também pode ser empregada na forma “parece brindarem”. Note,porém, que, para flexionar o verbo auxiliar – parecer – no singular, é necessário obrigatoriamente flexionar o verbo principal –brindar – no plural. Dessa forma, não é possível alterar isoladamente a forma verbal sublinhada “parecem”. (B) Errado – Não hácomo flexionar a forma verbal “costuma” de maneira diferente, haja vista que ela deve concordar em número e pessoa com o

núcleo do sujeito “ataque”. (C) Certo – Há duas possibilidades: se os núcleos conectados pela conjunção “ou” – “visib ilidade deuma arma” e “presença policial” – forem excludentes, o verbo “ter” assume a forma singular “tem”; se eles não forem excludentes, overbo “ter” assume a forma plural “têm”. (D) Errado – Não há como flexionar a forma verbal “cria-se” de maneira diferente, haja vistaque ela deve concordar em número e pessoa com o núcleo do sujeito paciente “percepção” (cria-se a percepção = a percepção écriada). (E) Errado – Não há como flexionar a forma verbal “instala-se” de maneira diferente, haja vista que ela deve concordar emnúmero e pessoa com o núcleo do sujeito paciente “ideia” (instala-se a ideia = a ideia é instalada). Alternativa C.

10760. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) No terceiro parágrafo do texto, há a menção à

medida de contratarem-se pessoas externas à escola para serviços de segurança; entre as consequências dessa medida, segundo otexto, NÃO se inclui:

(A) o descrédito na competência do pessoal escolar;(B) o reconhecimento da falta de poder de decisão da própria escola;(C) a crença na exibição ostensiva de armas como medida de proteção;(D) a confiança na presença do poder policial;(E) a maior confiança no diálogo ou em mecanismos escolares de intervenção.

RESPOSTA (A) Certo – É o que fica bem evidente no seguinte trecho “cria-se a percepção de que os adultos que ali trabalham sãoincapazes... para resolver os problemas que emergem”. (B) Certo – É o que fica bem evidente no seguinte trecho “cria-se apercepção de que os adultos que ali trabalham... carecem de poder suficiente para resolver os problemas que emergem”. (C) Certo– É o que fica bem evidente no seguinte trecho “Instala-se a ideia de que a visibilidade de uma arma... tem mais potência que o

diálogo ou os mecanismos de intervenção que a própria escola pode definir.”. (D) Certo – É o que fica bem evidenciado no seguintetrecho: “Instala-se a ideia de que... a presença policial tem mais potência que o diálogo ou os mecanismos de intervenção que aprópria escola pode definir.”. (E) Errado – É justamente o que é posto em xeque. Com a presença de pessoas externas à escolapara serviços de segurança, cria-se a impressão de falta de autonomia por parte da direção escolar. Alternativa E.

10761. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) Marque o item em que as palavras sublinhadas

nas duas frases possuam o mesmo valor semântico:

(A) “...tem sido uma das respostas mais recorrentes para enfrentar a violência...” / “a visibilidade de uma arma ou a presença policialtem mais potência que o diálogo...”.

(B) “Precisamos compreender as origens e a razão das violências no interior do espaço escolar...” / “...para enfrentar a dimensãoeducacional da violência social”.

(C) “Precisamos compreender a origem e a razão das violências no interior do espaço escolar para pensar soluções...” / “...quando aspróprias tarefas de segurança dentro das instituições de segurança são transferidas para pessoas exteriores a ela...”.

(D) “...num espaço que se define por uma especificidade...” / “Devemos contribuir para que as escolas solucionem seus problemas...”.(E) “...cria-se a percepção de que os adultos que ali trabalham são incapazes...” / “Estabelecer os limites da intervenção do agente

policial é sempre complexo num espaço que se define por uma especificidade...”.

RESPOSTA (A) Errado – A palavra “mais”, na primeira construção, possui valor de intensidade, modificando o adjetivo“recorrentes”; já a palavra “mais”, na segunda construção, possui valor de quantidade, modificando o substantivo “potência”. (B)Errado – Na primeira construção, dá-se a entender que há vários tipos de violência no ambiente escolar; já na segunda construção,faz-se referência a um tipo específico de violência. (C) Errado – Na primeira construção, a preposição “para” dá a ideia de finalidade

(transferida para quê?); já na segunda construção, a preposição “para” dá a ideia de posse (transferida para quem?). (D) Errado –Na primeira construção, o “que” é pronome relativo e possui valor adjetivo restritivo; já na segunda construção, o “que” é conjunçãoe estabelece relação de finalidade. (E) Certo – O “se”, presente nas duas construções, é partícula apassivadora e cria o efeito deimpessoalização da linguagem. Alternativa E.

10762. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) A frase abaixo que apresenta voz verbal diferente

das demais é:

(A) “Programas de Convivência Escolar e outras alternativas têm demonstrado um enorme potencial...”.(B) “A presença da polícia no contexto escolar será marcada por ambiguidades e tensões”.(C) “Instala-se a ideia de que a visibilidade de uma arma ou a presença policial...”.(D) “...quando as próprias tarefas de segurança dentro das instituições educacionais são transferidas para pessoas exteriores a elas...”.(E) “Todavia, os efeitos positivos desse tipo de iniciativa nunca foram demonstrados”.

RESPOSTA (A) A frase está na voz ativa, pois o sujeito “Programas de Convivência Escolar e outras alternativas” é agente da açãoverbal “demonstrar”. (B) A frase está na voz passiva analítica (verbo auxiliar + verbo principal no particípio). Seu sujeito – A presençada polícia no contexto escolar – é paciente da ação verbal “marcar”. (C) A frase está na voz passiva sintética (verbo principal + se).Seu sujeito – a ideia de que a visibilidade de uma arma ou a presença policial – é paciente da ação verbal “instalar”. (D) A fraseestá na voz passiva analítica (verbo auxiliar + verbo principal no particípio). Seu sujeito – as próprias tarefas de segurança dentrodas instituições educacionais – é paciente da ação verbal “transferir”. (E) A frase está na voz passiva analítica (verbo auxiliar +

verbo principal no particípio). Seu sujeito – os efeitos positivos desse tipo de iniciativa – é paciente da ação verbal “demonstrar”.Alternativa A.

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10763. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) “Todavia, os efeitos positivos desse tipo de

iniciativa nunca foram demonstrados. Conforme evidenciam pesquisas e experiências no campo da segurança pública, o ataque aosefeitos da violência costuma não diminuir sua existência. Precisamos compreender a origem e as razões da violência no interior doespaço escolar para pensar soluções que não contribuam para aprofundá-las”.

Sobre a estrutura argumentativa desse parágrafo, pode-se dizer que:

(A) os argumentos apresentados na defesa da tese se localizam no terreno das opiniões pessoais;(B) a autoridade dos argumentos apresentados está ligada à experiência profissional do autor do texto;(C) a presença de certos argumentos mostra a necessidade de combaterem-se as causas e não os efeitos da violência;(D) a opinião do autor é que devemos fazer pesquisas e experiências a fim de não haver o aprofundamento da violência;(E) segundo o autor, as soluções para os problemas detectados já foram encontradas, mas falta vontade política para aplicá-las.

RESPOSTA (A) Errado – Segundo o texto, essas opiniões são endossadas por pesquisas e experiências na área de segurançapública e não se limitam a meras opiniões pessoais. (B) Errado – A autoridade dos argumentos se dá pela sua fonte – pesquisase experiências na área de segurança pública –, e não propriamente pela experiência profissional do autor. (C) Certo – É o que ficabem explicitado no seguinte trecho: “...o ataque aos efeitos da violência costuma não diminuir sua existência. Precisamoscompreender a origem e as razões da violência no interior do espaço escolar para pensar soluções que não contribuam paraaprofundá-las.”. (D) Errado – A opinião do autor é que devemos compreender as verdadeiras razões da violência, baseando-se nasdiversas experiências já bem-sucedidas. Não se entende que devamos experimentar sem antes de fato compreender as razões.(E) Errado – Segundo o autor do texto, ainda não conhecemos as verdadeiras razões da violência. Alternativa C.

10764. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) “A proposta parece ser a maneira mais elementar

de oferecer proteção às crianças e aos jovens”. Se substituirmos o termo sublinhado por um pronome pessoal oblíquo átono, a formacorreta da frase seria:

(A) A proposta parece ser a maneira mais elementar de oferecer proteção a elas e a eles.(B) A proposta parece ser a maneira mais elementar de oferecer-lhes proteção.(C) A proposta parece ser a maneira mais elementar de oferecer a eles proteção.(D) A proposta parece ser a maneira mais elementar de oferecer proteção a eles, crianças e jovens.(E) A proposta parece ser a maneira mais elementar de lhes oferecer proteção às crianças e aos jovens.

RESPOSTA É possível substituir o objeto indireto “às crianças e aos jovens” pelo pronome oblíquo “lhes”, resultando naconstrução A proposta parece ser a maneira mais elementar de oferecer-lhes proteção. Alternativa B.

10765. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) “Nesse sentido, quando as próprias tarefas de

segurança dentro das instituições educacionais são transferidas para pessoas exteriores a elas, cria-se a percepção de que osadultos que ali trabalham são incapazes ou carecem de poder suficiente para resolver os problemas que emergem”.

Sobre os componentes sublinhados desse fragmento do texto, a única afirmativa EQUIVOCADA é:

(A) o pronome pessoal “elas” se refere às pessoas anteriormente citadas;(B) a primeira ocorrência da preposição “de” é devida à presença anterior do termo “percepção”;(C) a primeira ocorrência do pronome relativo “que” tem por antecedente “adultos”;(D) a segunda ocorrência do pronome relativo “que” tem por antecedente “problemas”;(E) a segunda ocorrência da preposição “de” é devida à presença anterior do verbo “carecer”.

RESPOSTA (A) Errado – O pronome “elas” se refere a “instituições escolares”. (B) Certo – De fato, a preposição “de” é requisitadapela regência do nome “percepção” (percepção de algo). (C) Certo – De fato, o primeiro “que” é pronome relativo e retoma “adultos”.(D) Certo – De fato, o segundo “que” é pronome relativo e retoma “prob lemas”. (E) Certo – De fato, a preposição “de” é requisitadapela regência do verbo “carecer” (carecer de algo). Alternativa A.

10766. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) O título dado ao texto – a polícia e a violência

na escola – conduz a uma discussão cuja solução é a seguinte:

(A) “A política repressiva não é o caminho para tornar as escolas mais seguras”.(B) “Devemos contribuir para que as escolas solucionem seus problemas cotidianos com a principal riqueza que elas têm: sua

comunidade de alunos, docentes, diretivos e funcionários”.(C) “O potencial da escola está na ostentação do saber, do conhecimento, do diálogo e da criatividade”.(D) “A presença da polícia no contexto escolar será marcada por ambiguidades e tensões”.(E) “Estabelecer os limites da intervenção do agente policial é sempre complexo num espaço que se define por uma especificidade que a

polícia desconhece”.

RESPOSTA O texto julga como ineficaz as medidas de policiamento ostensivo nas escolas. Elas geram falsas ilusões, atuandonos efeitos da violência, não em suas causas. A solução sugerida está nos programas de convivência escolar, comprovada noseguinte trecho: “Devemos contribuir para que as escolas solucionem seus problemas cotidianos com a principal riqueza que elastêm: sua comunidade de alunos, docentes, diretivos e funcionários”. Alternativa B.

10767. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) Num comentário sobre o texto lido nesta prova,

um leitor do jornal onde a polícia e a violência na escola foi publicado escreveu: “Apoio a medida de levar policiais à escola, poisassim os marginais não terão coragem de invadi-la”.

Tal comentário:

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(A) apoia a opinião do autor do texto diante do problema discutido;(B) sugere uma nova medida para solucionar o problema da violência na escola;(C) contraria a opinião das autoridades policiais;(D) opõe-se frontalmente à opinião dos autores do texto;(E) critica as medidas até agora tomadas para combater a violência nas escolas.

RESPOSTA O texto explicita opiniões contrárias à presença ostensiva de policiais no ambiente escolar. Isso pode ser comprovadoem alguns trechos, como “os efeitos positivos desse tipo de iniciativa [presença ostensiva da polícia nos ambientes escolares]nunca foram demonstrados.” e “A presença da polícia no contexto escolar será marcada por ambiguidades e tensões.”. Alternativa

D.

10768. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) “...a presença da polícia pode ser uma fonte de

novos problemas”. O fragmento do texto que NÃO serve de apoio para essa ideia é:

(A) “...quando as próprias tarefas de segurança dentro das instituições educacionais são transferidas para pessoas exteriores a elas,cria-se a percepção de que os adultos que ali trabalham são incapazes...”.

(B) “Instala-se a ideia de que a visibilidade de uma arma ou a presença policial tem mais potência que o diálogo...”.(C) “A presença da polícia no contexto escolar será marcada por ambiguidades e tensões”.(D) “Nenhuma formação educacional foi oferecida aos policiais que estarão agora dentro das escolas,...”.(E) “Muros altos, grades imensas, seguranças armados ou policiais patrulhando o interior das escolas parecem brindar aquilo que

desejamos para nossos filhos”.

RESPOSTA (A) Certo – A menção a pessoas exteriores é uma referência negativa à presença ostensiva de policiais no ambiente

escolar. (B) Certo – De fato, trata-se de uma falsa ilusão, consequência da presença de policiais no ambiente escolar. (C) Certo –De fato, trata-se de uma consequência negativa dessa escolha de segurança. (D) Certo – Trata-se de um risco, que pode trazerproblemas na relação entre policiais e estudantes. (E) Errado – Essa declaração vai contra a tese presente no texto de que apresença da polícia no ambiente escolar pode trazer problemas. Essa declaração se limita a afirmar que se trata de uma medidasegura e confiável. Alternativa E.

10769. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) Assinale a alternativa em que o valor do tempo

verbal sublinhado foi corretamente indicado.

(A) “Em alguns países, a presença da polícia dentro das escolas tem sido uma das respostas mais recorrentes...” / ação encerrada emtempo recente.

(B) “...parecem brindar aquilo que desejamos para nossos filhos” / ação habitual no passado.(C) “Conforme evidenciam pesquisas e experiências no campo da segurança pública...” / ação que se iniciou no passado e continua no

presente.(D) “A presença da polícia no contexto escolar será marcada por ambiguidades e tensões” / ação futura que se realizará na dependência

de outra ação futura.(E) “Nenhuma formação educacional foi oferecida aos policiais...” / ação completamente realizada no passado.

RESPOSTA (A) Errado – A forma verbal “tem sido” faz referência a ações que têm acontecido e que ainda continuam a acontecer.(B) Errado – A forma verbal “desejamos”, no presente do indicativo, tem noção atemporal (ou seja, independente do tempo),referindo-se a um hábito. (C) Errado – A forma verbal “evidenciam”, no presente do indicativo, tem noção atemporal (ou seja,independente do tempo), referindo-se a uma definição. (D) Errado – A forma verbal “será marcada” corresponde a uma ação futura.No contexto, a realização dessa ação não é dependente da concretização de outra. (E) Certo – A forma verbal “foi oferecida”, com oauxiliar flexionado no pretérito perfeito do indicativo, corresponde a uma ação verbal já concluída no passado. Alternativa E.

10770. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) Em todas as alternativas abaixo, foram reescritas

frases com a finalidade de eliminar a presença do vocábulo “não”, mas mantendo-se o sentido original do texto. A alternativa em que areescritura ALTERA o sentido original é:

(A) “...o ataque aos efeitos da violência costuma não diminuir sua existência” / o ataque aos efeitos da violência costuma aumentar suaexistência.

(B) “...pensar soluções que não contribuam para aprofundá-las” / pensar soluções que sejam indiferentes a seu aprofundamento.(C) “Reproduzir essa lógica no interior da escola não é recomendável” / Reproduzir essa lógica no interior da escola é desaconselhável.(D) “A política repressiva não é o caminho para tornar as escolas mais seguras” / para tornar as escolas mais seguras devemos deixar de

lado a política repressiva.(E) “O potencial da escola está na ostentação do saber, do conhecimento, do diálogo e da criatividade. Não das armas”. / A ostentação

das armas é o contrário da escola, onde está a ostentação do saber, do conhecimento, do diálogo e da criatividade.

RESPOSTA (A) Certo – Ocorre mudança de sentido, pois “não diminuir” não necessariamente significa “aumentar”. (B) Errado – Aideia de “não contribuir” encontra equivalência de sentido na construção “sejam indiferentes”. (C) Errado – A ideia de “não érecomendável” encontra equivalência de sentido na construção “desaconselhável”. (D) Errado – A ideia de “não é o caminho”encontra equivalência de sentido na construção “deixar de lado”. (E) Errado – A ideia de “Não das armas” encontra equivalência desentido na construção “A ostentação das armas é o contrário da escola”. Alternativa A.

10771. (Analista de Controle Externo – TCE-RJ – 2012 – FEMPERJ) A alternativa cuja indicação gráfica está

corretamente expressa é:

(A) RIQUEZA – o sufixo -EZA forma substantivos abstratos a partir de adjetivos;(B) CONHECIMENTO – o sufixo -MENTO forma substantivos a partir de adjetivos;

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(C) POLICIAL – o sufixo -AL forma adjetivos a partir de verbos;(D) PROTEÇÃO – o sufixo -ÇÃO forma adjetivos a partir de verbos;(E) DESCONFIANÇA – o sufixo -ANÇA forma substantivos a partir de adjetivos.

RESPOSTA (A) Certo – Deriva RIQUEZA do substantivo RICO. Trata-se de um substantivo abstrato, cuja existência está restrita auma qualidade. (B) Errado – O sufixo -MENTO forma substantivos a partir de verbos. É o que ocorre com CONHECIMENTO,derivado de CONHECER. (C) Errado – O sufixo -AL forma adjetivos a partir de substantivos. É o que ocorre com POLICIAL, derivadode POLÍCIA. (D) Errado – O sufixo -ÇÃO forma substantivos a partir de verbos. É o que ocorre com PROTEÇÃO, derivado de

PROTEGER. (E) Errado – O sufixo -ANÇA forma substantivos a partir de verbos. É o que ocorre com CONFIANÇA, derivado deCONFIAR. Alternativa A.

Rumo à civilização da religaçãoAnalistas, especialmente vindos da biologia, das ciências da Terra e da cosmologia, nos advertem que o tempo atual se assemelhamuito às épocas de grande ruptura no processo da evolução, épocas caracterizadas por extinções em massa. Efetivamente, ahumanidade se encontra diante de uma situação inaudita. Deve decidirse quer continuar a viver ou se escolhe sua autodestruição.O risco não vem de alguma ameaça cósmica – o choque de algum meteoro ou asteroide rasante – nem de algum cataclismo naturalproduzido pela própria Terra – um terremoto sem proporções ou algum deslocamento fenomenal de placas tectônicas. Vem daprópria atividade humana. O asteroide ameaçador se chama homo sapiens demens, surgido na África há poucos milhões de anos.Pela primeira vez no processo conhecido de hominização, o ser humano se deu os instrumentos de sua autodestruição. Criou-severdadeiramente um princípio, o de autodestruição, que tem sua contrapartida,o princípio de responsabilidade. De agora em diante, a existência da biosfera estará à mercê da decisãohumana. Para continuar a viver, o ser humano deverá querê-lo. Terá que garantir as condições de sua sobrevida. Tudo depende desua própria responsabilidade. O risco pode ser fatal e terminal.Resumidamente, três são os nós problemáticos que, urgentemente, devem ser desatados: o nó da exaustão dos recursos naturaisnão renováveis, o nó da suportabilidade da Terra (quanto de agressão ela pode suportar?) e o nó da injustiça social mundial.Não pretendemos detalhar tais problemas amplamente conhecidos. Apenas queremos compartilhar e reforçar a convicção demuitos, segundo a qual a solução para os referidos problemas não se encontra nos recursos da civilização vigente. Pois o eixoestruturador desta civilização reside na vontade de poder e de dominação. Assujeitar a Terra, espoliar ao máximo seus recursos,conquistar os povos e apropriar-se de suas riquezas, buscar a prosperidade mesmo à custa da exploração da força do trabalho e dadilapidação da natureza: eis o sonho maior que mobilizou e continua mobilizando o mundo moderno. Ora, esta vontade de poder ede dominação está levando a humanidade e a Terra a um impasse fatal. Ou mudamos ou perecemos.Temos que mudar nossa forma de pensar, de sentir, de avaliar e de agir. Somos urgidos a fazer uma revolução civilizacional. Soboutra inspiração e a partir de outros princípios mais benevolentes para com a Terra e seus filhos e filhas. Por ela os seres humanospoderão salvar-se e salvar também o seu belo e radiante planeta Terra.Mais ainda. Esposamos a ideia de que os sofrimentos atuais possuem uma significação que transcende a crise civilizacional. Elesse ordenam a algo maior. Revelam o trabalho de parto em que estamos, sinalizando o nascimento de um novo patamar dehominização. Estão surgindo os primeiros rebentos de um novo pacto social entre os povos e de uma nova aliança de paz e decooperação com a Terra, nossa casa comum.Recusamo-nos à ideia de que os 4,5 bilhões de anos de formação da Terra tenham servido à sua destruição. As crises e ossofrimentos se ordenam a uma grande aurora. Ninguém poderá detê-la. De uma época de mudança passamos à mudança de época.Estamos deixando para trás um paradigma que plasmou a história nos últimos quinze mil anos.

(Adaptação de BOFF, Leonardo. O despertar da águia: o dia-bólico e o sim-bólico na construção da realidade. Petrópolis: Vozes, 1998).

10772. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2009 – FGV) Com relação à estruturação do texto e dos

parágrafos, analise as afirmativas a seguir:

I. Os três primeiros parágrafos em conjunto apresentam e descrevem o risco de autodestruição que acomete a humanidade.II. O quarto e o quinto parágrafos em conjunto apresentam os problemas e as soluções advindos do princípio de responsabilidade.III. O sexto, o sétimo e o oitavo parágrafos em conjunto advertem sobre a necessidade de mudança de paradigma e anunciam o início de

novos tempos.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.RESPOSTA (I) Correto. Vamos transcrever os três primeiros parágrafos para analisar: “Analistas, especialmente vindos dabiologia, das ciências da Terra e da cosmologia, nos advertem que o tempo atual se assemelha muito às épocas de granderuptura no processo da evolução, épocas caracterizadas por extinções em massa. Efetivamente, a humanidade se encontradiante de uma situação inaudita. Deve decidir se quer continuar a viver ou se escolhe sua autodestruição. O risco não vem dealguma ameaça cósmica – o choque de algum meteoro ou asteroide rasante – nem de algum cataclismo natural produzido pelaprópria Terra – um terremoto sem proporções ou algum deslocamento fenomenal de placas tectônicas. Vem da própria atividadehumana. O asteroide ameaçador se chama homo sapiens demens, surgido na África há poucos milhões de anos. Pela primeira

vez no processo conhecido de hominização, o ser humano se deu os instrumentos de sua autodestruição. Criou-severdadeiramente um princípio, o de autodestruição, que tem sua contrapartida, o princípio de responsabilidade. De agora emdiante, a existência da biosfera estará à mercê da decisão humana. Para continuar a viver, o ser humano deverá querê-lo. Teráque garantir as condições de sua sobrevida. Tudo depende de sua própria responsabilidade. O risco pode ser fatal e terminal”.(II) Incorreto. Os parágrafos reforçam ainda mais a problemática do princípio da autodestruição, e no final afirmam: ou mudamos ouperecemos. Há apenas esse reforço da gravidade do problema, sem haver, no entanto, proposições que visem a solucioná-lo. (III)Correto. Vamos analisar os parágrafos:

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Temos que mudar nossa forma de pensar, de sentir, de avaliar e de agir. Somos urgidos a fazer uma revolução civilizacional.Sob outra inspiração e a partir de outros princípios mais benevolentes para com a Terra e seus filhos e filhas. Por ela os sereshumanos poderão salvar-se e salvar também o seu belo e radiante planeta Terra. Mais ainda. Esposamos a ideia de que ossofrimentos atuais possuem uma significação que transcende a crise civilizacional. Eles se ordenam a algo maior. Revelam otrabalho de parto em que estamos, sinalizando o nascimento de um novo patamar de hominização. Estão surgindo os primeirosrebentos de um novo pacto social entre os povos e de uma nova aliança de paz e de cooperação com a Terra, nossa casacomum.

Recusamo-nos à ideia de que os 4,5 bilhões de anos de formação da Terra tenham servido à sua destruição. As crises e ossofrimentos se ordenam a uma grande aurora. Ninguém poderá detê-la. De uma época de mudança passamos à mudança deépoca. Estamos deixando para trás um paradigma que plasmou a história nos últimos quinze mil anos”. Alternativa D.

As categorias da éticaA vida humana se caracteriza por ser fundamentalmente ética. Os conceitos éticos “bom” e “mau” podem ser predicados a todosos atos humanos, e somente a estes. Isso não ocorre com os animais brutos. Um animal que ataca e come o outro não éconsiderado maldoso, não há violência entre eles.Mesmo os atos de caráter técnico podem ser qualificados eticamente. Esses atos sempre servem para a expansão ou limitação doser humano. Sob a perspectiva ética, o que importa nas ações técnicas não é a sua trama lógica, adequada ou eficiente para obterresultados, mas sim a qualificação ética desses resultados.A eficiência técnica segue regras técnicas, relativas aos meios, e não normas éticas, relativas aos fins. A energia nuclear pode serempregada para o bem ou para o mal. Na verdade, ela é investigada, apurada e criada para algum resultado, que lhe conferevalidade. Não vale por si mesma, do ponto de vista ético. Pode valer pela sua eventual utilidade, como meio; mas o uso de energianuclear, para ser considerado bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina.Vê-se, pois, que o plano ético permeia todas as ações humanas. Isso ocorre porque o homem é um ser livre, vocacionado para oexercício da liberdade, de modo consciente. Sem liberdade não há ética. A liberdade supõe a operação sobre alternativas; ela seconcretiza mediante a escolha, a decisão, a consciência do que se faz. Isso implica refugir à determinação unilinear necessária, àdeterminação meramente causal. É a afirmação da contingência, da multiplicidade. Diante da multiplicidade de caminhos a nossadisposição, avaliamos e escolhemos.Na verdade, somos obrigados a escolher. Somos obrigados a exercer a liberdade. Assim, a decisão supõe a possibilidade e,paradoxalmente, a necessidade de estimar as coisas e as ações humanas para atender as nossas demandas; supõe a avaliação demúltiplos fatores que perfazem uma situação humana complexa. Aí, portanto, temos também compreendida a esfera do valor. Nãohá liberdade sem valoração. Essa esfera, entretanto, é muito ampla, pois envolve não só o mundo da ética, mas também o dautilidade, da estética, da religião etc.Sob o ângulo especificamente ético, não haverá escolha, exercício da liberdade, definição ética quando não houver avaliação,preferência a respeito das ações humanas. Eis por que na base da ética, como dissemos, encontram-se necessariamente a liberdadee a valoração; a ética só se põe no mundo da liberdade, da escolha entre ações humanas avaliadas.A escolha, a decisão, que é manifestação de nossa liberdade, só é possível tendo por fundamento o mundo axiológico, tantoquanto este tem por condição de possibilidade a liberdade. Não se pode estimar sem alternativas possíveis.Na medida em que se escolhe, se avalia para obter a consciência do que é preferido. Ao escolher um caminho, pondera-se que, dealgum modo ou sob algum prisma, é o melhor em relação a outro; o caminho escolhido mata outras possibilidades. Na escolha nãopode haver indiferença. Ela está dirigida à ação, à exteriorização, à tomada de posição. Isto significa que a escolha, a decisão, nosleva à determinação normativa ou imperativa de uma via em detrimento de outra.O mundo oferece resistências e determinações necessárias e, por meio destas, as ações éticas se realizam precisamente enquantoas contrariam. As ações éticas brilham justamente quando se opõem às tendências “naturais” do homem. Assim, a liberdade nãosó se contrapõe à necessidade, como sua negação, mas também existe em função desta. Não há liberdade sem necessidade. Não háética sem impulsão, sem desejo. A melhor prova da liberdade é o esforço de superação da necessidade, afirmando-a e negando-adialeticamente, a um só tempo. Então, o mundo ético só é possível no meio social, no bojo das determinações sociais.O fenômeno ético não é um acontecimento individual, existente apenas no plano da consciência pessoal. Isso porque o entesingular do homem só se manifesta, como ser autêntico, em suas relações universais com a sociedade e com a natureza. Essefenômeno é resultante de relações sociais e históricas, compreendendo também o mundo das necessidades, da natureza. A ética sóexiste no seio da comunidade humana.Os homens ou grupos de homens que controlam a produção e os meios de circulação econômica dos bens possuem maiorliberdade do que aqueles que não têm o poder desse controle. Por aí se vê também que a liberdade e a ética não se reduzem afenômenos meramente subjetivos; elas têm sempre dimensões sociais, históricas e objetivas.Há, assim, um grande esforço, um esforço ético-político para se obter uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens,quer dentro das comunidades, quer entre as comunidades. Na verdade existe uma ética sobre a ética, uma metaética. A metaética éutópica, crítica, subversiva e transcende as condições mais imediatas da vida social. No entanto, ela precisa ser possível nomundo dos fatos sociais, sob pena de se perder como uma utopia de meros sonhos.

(Adaptado de ALVES, Alaôr Caffé. In: www.centrodebate.org).

10773. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) A partir da tese defendida pelo autor, é correto

afirmar que:

(A) a ética é condicionante da existência humana e fundamenta qualquer tipo de ação que envolva uma escolha entre “certo” e “errado”.(B) o conceito de ética aplica-se sobretudo aos seres humanos que praticam atos de natureza técnica e atuam profissionalmente.(C) a violência entre animais brutos decorre da inexistência de uma noção ética que regule suas relações.(D) as noções de “bom” e “mau” estão na base das organizações sociais, sejam elas humanas ou não.(E) o princípio ético que orienta os atos técnicos está menos nos seus resultados e mais na própria concepção desses atos.

RESPOSTA (A) Certo – No parágrafo de abertura, o autor esclarece que “os conceitos éticos ‘bom’ e ‘mau’ podem ser predicados atodos os atos humanos (...)”, enfim, o ser humano está apto a separar o certo do errado. E conclui no quarto parágrafo que “(...) o

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plano ético permeia todas as ações humanas.”. (B) Errado – Parafraseando o texto, os princípios éticos permeiam todos osâmbitos de ações humanas, até mesmo os de natureza técnica ou profissional. Não significa, assim, que estes últimos sedestaquem frente aos demais. A expressão “até mesmo” enfatiza a inclusão, e não a relevância. (C) Errado – Segundo o texto, noprimeiro parágrafo, não existe violência entre os animais brutos, pois inexistem para estes os conceitos de “bom” e “mau”. (D)Errado – Segundo o texto, os conceitos de “bom” e “mau” somente se aplicam às relações humanas. (E) Errado – No trecho “Aeficiência técnica segue regras técnicas, relativas aos meios, e não normas éticas, relativas aos fins.”, fica evidente que os princípios

éticos se concentram mais nos resultados (fins) do que nos meios. Alternativa A.

10774. (Auditor Fiscal da Receita Estadual– SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Com relação aos terceiro e quarto parágrafos,

analise as afirmativas a seguir.

I. O objetivo principal do terceiro parágrafo é conceituar regras técnicas e normas éticas.II. O plano do terceiro parágrafo inclui uma exemplificação para sustentar a tese anteriormente explicitada.III. O início do quarto parágrafo apresenta uma conclusão acerca das ideias apresentadas no terceiro.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Falsa – O objetivo central do texto é defender a seguinte tese: “A eficiência técnica segue regras técnicas, relativasaos meios, e não normas éticas, relativas aos fins.”. Até se trabalham sutilmente os conceitos de “regras técnicas” e “normas éticas”,mas a serviço do objetivo principal. (II) Verdadeira – A exemplificação do emprego da energia nuclear serve para diferenciar a regratécnica da norma ética, evidenciando, dessa forma, que a eficiência técnica leva em consideração a primeira em detrimento dasegunda. (III) Verdadeira – Isso fica bem evidente com o emprego da conjunção “pois”, posicionada após o verbo (Vê-se, pois,que...). Trata-se de uma conjunção conclusiva, equivalente a “portanto”. Alternativa E.

10775. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) A escolha, a decisão, que é manifestação de

nossa liberdade, só é possível tendo por fundamento o mundo axiológico.

Considerando o contexto da frase, o vocábulo sublinhado tem significado equivalente a:

(A) das normas.(B) dos mercados.(C) dos indivíduos.(D) das liberalidades.(E) das verdades.

RESPOSTA De acordo com a definição dicionária, “axiológico” está relacionado a “axioma”, ou seja, a algo que deve ser tomadocomo regra, norma, e que não requer comprovações. Diz respeito às normas morais que devem reger a escolha dos indivíduos.Essa acepção se distancia das expressões “dos mercados”, pois esta se refere unicamente ao mundo dos negócios; “dosindivíduos”, pois as normas éticas são de cunho coletivo, e não individual; “das liberdades”, pois o texto regulamenta o exercíciodas liberdades individuais por meio das normas éticas; por fim, “das verdades”, já que o processo de escolha é pautado por aquiloque representa a melhor opção do ponto de vista ético, não tendo uma relação necessariamente restrita ao conceito de verdade.Alternativa A.

10776. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Da compreensão adequada de conceitos

apresentados pelo texto, analise as afirmativas a seguir.

I. O senso comum de liberdade é reconstruído e passa a incluir a noção de que nem todos são livres na mesma medida.II. O conceito de ética fundamenta-se numa perspectiva naturalista e põe em segundo plano seu viés social.III. As ideias de liberdade e obrigação não são concepções excludentes; ao contrário, envolvem implicação necessária.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Verdadeira – De acordo com o texto, a ideia de que todos são igualmente livres não é verdade. Isso fica bemevidente no trecho: “Os homens ou grupos de homens que controlam a produção e os meios de circulação econômica dos benspossuem maior liberdade do que aqueles que não têm o poder desse controle.”. (II) Falsa – Essa afirmativa é contradita naseguinte passagem do texto: “O fenômeno ético não é um acontecimento individual, existente apenas no plano da consciênciapessoal. Isso porque o ente singular do homem só se manifesta, como ser autêntico, em suas relações universais com a

sociedade e com a natureza.”. Dessa forma, só faz sentido se falar em ética quando esta é abordada sob um ponto de vistacoletivo, social. (III) Verdadeira – De acordo com o texto, somos obrigados a buscar a liberdade e a escolher. Dessa forma, ostermos “obrigação” e “liberdade” se relacionam entre si por meio de uma implicação. Alternativa D.

10777. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) A energia nuclear pode ser empregada para

o bem ou para o mal. Na verdade, ela é investigada, apurada e criada para algum resultado, que lhe confere validade. Não vale por

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si mesma, do ponto de vista ético. Pode valer pela sua eventual utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para serconsiderado bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina.

Considerando as estratégias de referenciação no trecho acima, assinale a alternativa cujo pronome não se refere à expressão energianuclear:

(A) ela.(B) lhe.(C) si.(D) sua.(E) que.

RESPOSTA O pronome relativo “que” retoma o antecedente “fins humanos” (... se destina aos fins humanos). Já os demaispronomes de terceira pessoa – ela, lhe, si e sua – referem-se a “energia nuclear”. Alternativa E.

10778. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Sob o ângulo especificamente ético, não

haverá escolha, exercício da liberdade, definição ética quando não houver avaliação, preferência a respeito das ações humanas. Eispor que na base da ética, como dissemos, encontram-se necessariamente a liberdade e a valoração; a ética só se põe no mundo daliberdade, da escolha entre ações humanas avaliadas.

Com relação à estrutura e à compreensão do trecho transcrito, é correto afirmar que:

(A) a grafia de por que justifica-se por se tratar, morfologicamente, de uma conjunção subordinativa explicativa.(B) a oração como dissemos é do tipo intercalada e expressa uma retificação ao que foi dito.(C) as palavras escolha e exercício classificam-se sintaticamente como núcleos de sujeito.(D) o deslocamento do vocábulo só para a posição anterior ao artigo a não altera o sentido original da frase.(E) a conjunção quando introduz uma oração que exprime condição para a realização do fato anteriormente expresso.

RESPOSTA (A) Errado – A grafia “por que” se justifica por este introduzir uma interrogativa indireta – “Eis por que... encontram-senecessariamente a liberdade e a valoração”. É possível substituir a forma “por que” por “por que motivo”, ficando, assim, maisevidente a indagação indireta. (B) Errado – Não há uma retificação (correção), e sim uma ratificação (confirmação) do que foi ditoantes. (C) Errado – Os termos “escolha” e “exercício” se classificam como objetos diretos do verbo impessoal “haver”. (D) Errado –Muda-se o sentido com essa alteração. Originalmente se diz que a ética está presente apenas no mundo da liberdade. Com aalteração, dá-se a entender que somente a ética está presente no mundo da liberdade. (E) Certo – Embora seja costumeiramenteempregada com valor temporal, a conjunção “quando” introduz uma ideia de condição, equivalendo a “se”, “caso”. Alternativa E.

10779. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Quanto à estrutura e formação do vocábulo

metaética, é correto afirmar que:

(A) forma-se pelo processo de composição por aglutinação.(B) tem agregada ao radical étic- uma desinência nominal de gênero feminino.(C) contém um prefixo de origem grega também presente na palavra “metafísica”.(D) apresenta uma vogal de ligação -a, necessária em razão do hífen.(E) constitui-se por meio da justaposição de dois substantivos.

RESPOSTA A palavra metaética é formada pela junção do prefixo “meta” – que significa “além de” – com o radical formador dapalavra “ética”. Assim, temos um processo de derivação prefixal. Não se pode confundir com o processo de composição, uma vezque este exige a união de dois radicais, o que não é o caso da palavra metaética. Alternativa C.

10780. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) De acordo com o contexto, observa-se

emprego não literal de vocábulo ou expressão em:

(A) Isso não ocorre com os animais brutos.(B) supõe a avaliação de múltiplos fatores.(C) Na escolha não pode haver indiferença.(D) o caminho escolhido mata outras possibilidades.(E) O fenômeno ético não é um acontecimento individual.

RESPOSTA Entende-se por linguagem literal aquela que deve ser entendida ao “pé da letra”, ou seja, trata-se da linguagemdenotativa. Já a linguagem não literal, ou conotativa, diz respeito àquela em que o sentido empregado difere do literal. No caso daletra D, o vocábulo “mata” não está empregado no seu sentido dicionário – tirar a vida de um ser. Esse vocábulo é empregado nosentido de “elimina”. Alternativa D.

10781. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Na medida em que se escolhe, se avalia para

obter a consciência do que é preferido. Ao escolher um caminho, pondera-se que, de algum modo ou sob algum prisma, é o melhorem relação a outro; o caminho escolhido mata outras possibilidades.

Na escolha não pode haver indiferença.

Com relação à forma e à significação do trecho acima, analise as afirmativas a seguir.

I. A oração reduzida Ao escolher um caminho informa circunstância de tempo.II. A locução na medida em que poderia ser substituída, sem prejuízo da estrutura e do sentido, por à medida que.III. Nas duas ocorrências, a partícula se é analisada como parte integrante do verbo.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

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(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Verdadeira – A oração “Ao escolher um caminho” é adverbial temporal reduzida de infinitivo. Desenvolvida, poderia

ser escrita da seguinte forma: “Quando se escolhe um caminho”. (II) Verdadeira – A locução conjuntiva “Na medida em que” éempregada com sentido causal, porém, no contexto, assume valor proporcional. Assim, faz sentido substituí-la pela locuçãoadequada para esse sentido: “à medida que”. (III) Falsa – Nas aparições “se escolhe (algo)”, “se avalia (algo)” e “pondera-se(algo)”, o “se” desempenha papel de partícula apassivadora. Alternativa D.

10782. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Dos trechos transcritos do texto, assinale

aquele em que se poderia empregar opcionalmente o acento indicativo de crase.

(A) Preferência a respeito das ações humanas.(B) Diante da multiplicidade de caminhos a nossa disposição.(C) Na verdade, somos obrigados a escolher.(D) Podem ser predicados a todos os atos humanos.(E) Não se reduzem a fenômenos meramente subjetivos.

RESPOSTA (A) Errado – Como a palavra “respeito” é substantivo masculino, não se admite o emprego da crase em “a respeito”.(B) Certo – Antes de pronomes possessivos femininos, é facultativo o emprego da crase. As construções “a nossa disposição” e “ànossa disposição” são admitidas. (C) Errado – Não se emprega a crase antes de verbos. Assim, não se admite o seu emprego em“a escolher”. (D) Errado – Os pronomes indefinidos repelem o artigo definido. Assim, não se admite crase em “a todos”. (E) Errado– Não se emprega crase antes de substantivos masculinos (no caso, “fenômenos”). Alternativa B.

10783. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Os homens ou grupos de homens que

controlam a produção e os meios de circulação econômica dos bens possuem maior liberdade do que aqueles que não têm o poderdesse controle.

Assinale a alternativa em que se apresenta correta a reescrita do trecho acima quanto ao padrão escrito culto e ao sentido construído.

(A) Os homens ou grupos de homens cujo o controle da produção e dos meios de circulação econômica dos bens é maior possuem maisliberdade do que aqueles que não tem o poder de controlá-lo.

(B) Os homens ou grupos de homens que o controle da produção e dos meios de circulação econômica dos bens é maior possuem maisliberdade do que os que não têm o poder de o controlar.

(C) Os homens ou grupos de homens para os quais o controle da produção e dos meios de circulação econômica dos bens é mais livrepossuem mais liberdade do que aqueles que não tem aquele poder.

(D) Os homens ou grupos de homens cujo controle da produção e dos meios de circulação econômica dos bens é maior possuem maisliberdade do que os que não têm esse poder de controle.

(E) Os homens ou grupos de homens com controle da produção e dos meios de circulação econômica dos bens maiores possuem maisliberdade do que os que não têm o poder de controlar isto.

RESPOSTA (A) Errado – A construção “cujo o” é inadequada, uma vez que o artigo é repelido por esse pronome relativo. Em vez daforma “tem” – sem acento –, deve-se grafar a forma “têm” – com acento –, para que haja concordância com o sujeito “aqueles”.Além disso, deve-se empregar a flexão “os” (controlá-los), para que haja a concordância com os referentes “produção” e “meios decirculação econômica”. (B) Errado – Em vez do pronome relativo “que”, devemos empregar a forma “cujo” – “Os homens ou gruposde homens cujo controle” –, uma vez que este pronome relativo é o indicado para relações de posse. Além disso, deve-seempregar a flexão “os” (os controlar), para que haja a concordância com os referentes “produção” e “meios de circulação

econômica”. (C) Errado – Em vez da forma “tem” – sem acento –, deve-se grafar a forma “têm” – com acento –, para que hajaconcordância com o sujeito “aqueles”. (D) Certo. (E) Errado – Em vez de “maiores”, deve-se usar “maior”, para que haja aconcordância com o substantivo “controle”. Além disso, deve-se empregar o pronome demonstrativo “isso”, em vez de “isto”, pois háreferência a algo já citado no texto. Alternativa D.

10784. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Vê-se, pois, que o plano ético permeia todas

as ações humanas.

Com relação à frase transcrita e à análise sintática tradicional, considere as afirmativas a seguir.

I. O vocábulo “que” é uma conjunção integrante e presta-se a articular a oração subjetiva ao núcleo verbal que a subordina.II. A forma verbal vê-se está na voz ativa e seu sujeito recebe a classificação de sujeito indeterminado.III. O período estrutura-se por coordenação, sendo a segunda oração coordenada sindética conclusiva introduzida pela conjunção pois.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Verdadeira – Temos uma oração principal – Vê-se – e uma oração subordinada substantiva subjetiva (funçãosintática de sujeito) – que o plano ético permeia todas as ações humanas. A conjunção “que” é, portanto, subordinativa integrante.(II) Falsa – A forma verbal “Vê-se” está na voz passiva sintética. (Vê-se algo = Algo é visto). O seu sujeito é oracional – que o planoético permeia todas as ações humanas. (III) Falsa – Trata-se de um período composto por coordenação e por subordinação. Temos

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uma oração principal e, ao mesmo tempo, coordenada sindética conclusiva “Vê-se” e uma oração subordinada substantivasubjetiva – “que o plano ético permeia todas as ações humanas.”. Alternativa A.

10785. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) O advérbio Aí, no quinto parágrafo, refere-se

ao processo compreendido nas etapas assim apresentadas pelo autor.

(A) situação humana / múltiplos fatores / demandas(B) liberdade / decisão / avaliação(C) decisão / possibilidade / liberdade(D) decisão / possibilidade / avaliação(E) múltiplos fatores / demandas / ações humanas

RESPOSTA Seguindo a ordem adotada no texto, o autor defende que a decisão de escolha deve envolver a possibilidade (e, aomesmo tempo, a necessidade) de se estimar pessoas ou coisas e a avaliação de inúmeros fatores. Ou seja, podemos concluirque o processo resumido pelo advérbio “Aí” é descrito pela sequência decisão-possib ilidade (e necessidade) de estimar –avaliação de inúmeros fatores. Dessa forma, temos na letra D a resposta. Observemos que a letra C até se aproxima dasequência, porém “liberdade” é decorrência de “valor”, que, por sua vez, é consequência do processo retomado pelo advérbio “Aí”.Alternativa D.

10786. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Da leitura do quarto parágrafo, deduz-se que o

autor:

(A) afirma-se perplexo ante a unilateralidade das escolhas.(B) contraria a ideia de liberdade como ação racionalmente concebida.(C) opõe-se à aceitação do determinismo como fonte das ações humanas.(D) defende a vocação como forma de realização pessoal.(E) situa na determinação causal a origem da infelicidade humana.

RESPOSTA (A) Errado – O autor, em nenhum momento, transparece perplexidade. O seu ponto de vista é defendido de maneiraharmônica e racional. (B) Errado – O autor afirma que a liberdade se concretiza a partir da consciência daquilo que se faz, ou seja,supõe que a liberdade seja resultado de um raciocínio de escolha. (C) Certo – A determinação unilinear e a mera determinaçãocausal são insuficientes, segundo o autor, para que concretizemos a liberdade de escolha e de avaliação. (D) Errado – O autor nãose concentra em aspectos de realização nem de vocação pessoal. Sua análise se concentra em aspectos gerais, ligados às

escolhas humanas. (E) Errado – Não se cita no parágrafo uma relação entre a determinação causal e a infelicidade. Alternativa C.

10787. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Mesmo os atos de caráter técnico podem ser

qualificados eticamente. Esses atos sempre servem para a expansão ou limitação do ser humano. Sob a perspectiva ética, o queimporta nas ações técnicas não é a sua trama lógica, adequada ou eficiente para obter resultados, mas sim a qualificação éticadesses resultados.

No trecho acima, está implícita uma posição contrária à concepção de neutralidade atribuída aos atos de caráter técnico. O instrumentolinguístico que permite a construção desse implícito é o emprego do vocábulo:

(A) qualificados.(B) limitação.(C) mesmo.(D) não.(E) mas.

RESPOSTA Das opções de termos apresentadas, a que quebra a ideia de neutralidade é a letra C. O termo “Mesmo” reforça ainclusão dos atos de caráter técnico no grupo de ações humanas que são passíveis de avaliação com base em critérios éticos.Alternativa C.

10788. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Nas alternativas a seguir, ambas as expressões

servem essencialmente à articulação sequencial das ideias do texto, à exceção de uma. Assinale-a.

(A) pois / porque (4º parágrafo).(B) assim / entretanto (5º parágrafo).(C) quando / eis por que (6º parágrafo).(D) mas também / então (9º parágrafo).(E) por aí / sempre (11º parágrafo).

RESPOSTA Todos os termos apresentados nas letras A, B, C e D contribuem para a progressão textual, estabelecendo coesão

entre as partes que compõem o texto. Já na letra E, a expressão “por aí” desempenha função coesiva, mas o mesmo não pode serdito do advérbio “sempre”. Este apenas funciona como um modificador da ação verbal, não exercendo, assim, papel coesivo. A suaausência apenas alteraria o sentido da ação verbal, mas não afetaria a continuidade entre as partes do texto. Alternativa E.

10789. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Há, assim, um grande esforço, um esforço

ético-político para se obter uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens, quer dentro das comunidades, quer entre ascomunidades.

Assinale a alternativa em que a reescritura do trecho mantém o padrão escrito culto e o sentido proposto pelo autor.

(A) Existe, assim, um grande esforço, um esforço ético-político a fim de que se obtenha uma distribuição igualitária dos direitos entre os

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homens, seja dentro das comunidades, seja entre as comunidades.(B) Há, assim, um grande esforço, um esforço ético-político afim de se obter uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens,

ora dentro das comunidades, ora entre as comunidades.(C) Tem, assim, um grande esforço, um esforço ético-político em obter uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens, ou

dentro das comunidades, ou entre as comunidades.(D) A, desta feita, um grande esforço, um esforço ético-político para obtenção de uma distribuição igualitária dos direitos entre os

homens, quer dentro das comunidades, quer entre as comunidades.(E) Existem, entretanto, um grande esforço, um esforço ético-político por obter uma distribuição igualitária dos direitos entre os homens,

mais dentro das comunidades que entre as comunidades.

RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – Deve-se empregar a construção “a fim de” – locução conjuntiva final – em vez da grafia errada“afim de”. Além disso, a construção “ora... ora” exprime ideia de alternância, de exclusão, o que contraria o sentido original desimultaneidade. (C) Errado – De acordo com o padrão formal, não se emprega o verbo “ter” no sentido de “haver”. Além disso, aconstrução “ou... ou” exprime ideia de alternância, de exclusão, o que contraria o sentido original de simultaneidade. (D) Errado –Em vez de “A”, deve-se empregar a forma verbal “Há”, flexão do verbo “haver”. (E) Errado – Deve-se empregar a forma verbal “Existe”– no singular –, para que haja concordância com o sujeito “esforço”. Além disso, a conjunção “entretanto” tem valor semântico deoposição, diferente da conjunção “assim”, de caráter conclusivo. A expressão “mais... do que” traz uma ideia de superioridade quenão consta na redação original. Alternativa A.

10790. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2010 – FGV) Na frase do 4º parágrafo do texto “A liberdade

supõe a operação sobre alternativas;”, o verbo irregular foi flexionado corretamente.

Assinale a alternativa em que se apresenta flexão incorreta da forma verbal.

(A) Eles impunham condições para que o acordo fosse assinado.(B) O julgador interveio na polêmica sobre os critérios de seleção.(C) Não foi confirmado se a banca quereria dar à redação caráter eliminatório.(D) Se os autores se disporem a ratear o valor, a publicação da revista será certa.(E) É necessário que atentemos para a questão da mudança de paradigma científico.

RESPOSTA A forma verbal “se disporem” está incorretamente conjugada. Por se tratar do futuro do subjuntivo da forma verbal“dispor-se”, devemos empregar a flexão “se dispuserem”. Alternativa D.

Corrupção, ética e transformação socialEm toda História do Brasil, talvez nunca tenhamos visto um momento em que notícias de corrupção tenham

sido tão banais nos meios de comunicação, e tão discutidas por grande parte da população. Em qualquer lugar (mesmo que seja umônibus, por exemplo), sempre há alguém falando sobre a crise na saúde, a crise na educação e, inclusive, a crise ética na políticabrasileira.

Contudo, é preciso notar também que, muitas vezes, enquanto cidadãos, nós mesmos raramente decidimosfazer alguma coisa pela transformação da realidade – isso, quando fazemos algo. Certo comodismo nos tomade assalto e reveste toda a nossa fala de uma moral vazia, estéril, que se reduz à crítica que não busca alterara realidade. Afinal de contas, em época de eleições, como a que estamos prestes a vivenciar, nós notamos nas propagandaspolíticas dos partidos a presença dos mesmos políticos e das mesmas propostas políticas, as

mesmas já prometidas nas eleições anteriores, e que jamais foram executadas. Logicamente há as exceçõesde certos governantes que fazem por onde efetivar suas promessas, mas esses, infelizmente, continuam sendo uma minoria emtodo o Brasil.Numa outra perspectiva, é interessante perceber também quão contraditória consiste ser a distância entre o que nós criticamos emnossos políticos e as ações que nós reproduzimos em nosso cotidiano. De uma forma ou de

outra, reproduzimos a corrupção que nós percebemos na administração pública nacional quando empregamoso chamado jeitinho brasileiro, em que o peso de um sobrenome ou o peso da influência do status socialpassa a ser um dos elementos determinantes para a obtenção de certos fins. É nesse sentido que podemos apontar aqui um graveproblema social brasileiro, uma das principais bases para se buscar o fim dacorrupção política no Brasil: a existência de uma ética baseada em uma falta de ética. Como poderemos

superar essa incongruência?Com certeza, a Educação pode ser a saída ideal. Mas tem de ser uma Educação voltada para desenvolvernas crianças, nos jovens e até mesmo nos universitários – independentemente de frequentarem instituições públicas ou privadas –uma preocupação para com o bem público, isto é, para com a sociedade. UmaEducação que os leve a superar uma concepção de mundo utilitarista, segundo a qual toda sociedade

humana não passa de um somatório de indivíduos e seus interesses pessoais, que tão bem se acomodaao jeitinho brasileiro, será o primeiro passo para se desenvolver uma sociedade mais justa, uma sociedadeem que a preocupação com o público, com o coletivo, será a forma ideal para buscar a felicidade individual,que tanto preocupa certos conservadores.Para tanto, sabemos que é preciso não uma “educação política”, mas sim uma educação politizada. Uma

educação que reconheça que a solução para a corrupção centra-se em conceber a política não apenas comoum instrumento para se alcançar um determinado fim, consolidando-se, portanto, numa mera razão instrumental. Uma educação naqual a própria política, a partir do momento em que buscar ser de fatoum meio para se alcançar o bem de todos – como ao que se propõe o nosso modelo democrático –,vai estruturar uma ética que localizará no comodismo e no jeitinho brasileiro as raízes de nosso

analfabetismo político, substituindo-os por outras formas de ação social ao longo da construçãode uma cultura cívica diferente.

(adaptado de MOREIRA, Moisés S. In www.mundojovem.com.br).

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10791. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) De acordo com o texto, é incorreto afirmar que:

(A) A concepção de democracia no Brasil inclui, contraditoriamente, a razão instrumental como filosofia.(B) O fato de fazermos uso do jeitinho como instrumento é uma das evidências de nosso analfabetismo político.(C) O conceito de Educação politizada implica a negação do modelo de civismo em voga na sociedade atual.(D) A ideia de justiça social deve ter como corolário a noção de que a felicidade de um é a felicidade de todos.(E) A equivalência entre bem público e sociedade é um dos pontos de partida para o sucesso da educação pública.

RESPOSTA (A) Certo – O autor rejeita o emprego da política como unicamente um instrumento para se alcançar um determinadofim. Dessa forma, deixa claro que o brasileiro associa o conceito de democracia a uma razão meramente instrumental. (B) Certo –O autor considera o jeitinho brasileiro uma manifestação de corrupção, incoerente com as reivindicações em prol da ética noperíodo de eleições. (C) Certo – O autor critica a forma de civismo adotada pelos brasileiros, que ainda privilegia o jeitinhobrasileiro. (D) Certo – É defendida a ideia de uma sociedade que se preocupe com o público, o coletivo. (E) Errado – Essa ideiaengloba todas as esferas de educação, independente de instituições públicas ou privadas. Alternativa E.

10792. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) Com relação à estruturação do texto e dos parágrafos,

analise as afirmativas a seguir:

I. O primeiro parágrafo introduz o tema, situando historicamente a origem da corrupção no Brasil.II. O terceiro parágrafo opõe a capacidade de criticar o outro à incapacidade de observar a própria forma de agir.III. Do quinto parágrafo deduz-se que uma educação politizada ensina que os fins não justificam os meios.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Falsa – Não se fala no parágrafo da origem histórica da corrupção no Brasil. Apenas se afirma que ela tem sidobem mais comentada do que antes. (II) Verdadeira – Compara-se o comportamento do brasileiro no período de eleições, quereivindica a ética por parte dos políticos, com as atitudes do dia a dia, que privilegiam o jeitinho brasileiro. (III) Verdadeira – O autordefende que a política não se resume a um conjunto de instrumentos para a busca de um determinado fim. Alternativa D.

10793. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) Com relação aos processos de formação de palavras,

analise as afirmativas a seguir:

I. Na palavra jeitinho, o sufixo -inho significa “diminuição”.II. Denomina-se composição o processo de formação da palavra utilitarista.III. A palavra analfabetismo forma-se por derivação prefixal e sufixal, a partir do radical alfabet-.Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Falsa – O sufixo – inho é marca de diminutivo pejorativo. (II) Falsa – Trata-se de um processo de derivação, comacréscimos de sufixos (útil – utilitário – utilitarista). (III) Verdadeira – Acrescentaram-se o prefixo -a(n) e o sufixo -ismo. Alternativa C.

10794. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) O emprego correto da vírgula verifica-se apenas em:

(A) A educação, saída ideal para diversos problemas sociais, requer empenho coletivo, e a sociedade deve oferecê-lo.(B) A administração do dinheiro público que é bem de todos, precisa ser controlada, e regulada por leis adequadas.(C) Embora sejam instrumentos democráticos as leis não garantem a ética na gestão pública, fato incontroverso no Brasil.(D) É claro, que se fôssemos levar a lei ao pé da letra, muitos sofreriam sanções diariamente.(E) O tempo não para, as transformações sociais são urgentes mas há quem não perceba, que isso é evidente.

RESPOSTA (A) Certo – O termo “saída ideal para diversos problemas sociais” é um aposto e, portanto, deve ser isolado porvírgulas. Já a vírgula antes do “e” aditivo é facultativa e se justifica pelo fato de serem diferentes os sujeitos das oraçõesconectadas por essa conjunção. (B) Errado – Deveria haver uma vírgula depois de “público”, para isolar a oração explicativa “que ébem de todos”. Além disso, está equivocada a vírgula antes do “e” aditivo, uma vez que o sujeito das orações conectadas por essa

conjunção é o mesmo. (C) Errado – Deveria haver uma vírgula depois de “democráticos”, para isolar a oração adverbial deslocadada ordem direta “Embora sejam instrumentos democráticos”. (D) Errado – A vírgula depois de “claro” deveria ser posicionadadepois de “que”, para isolar a oração adverbial deslocada da ordem direta “se fôssemos levar a lei ao pé da letra”. (E) Errado –Deveria haver uma vírgula antes da conjunção adversativa “mas”. Além disso, é equivocado o emprego da vírgula depois de“perceba”, visto que ela está isolando a oração principal – perceba – da oração subordinada substantiva objetiva direta – que isso éevidente. Alternativa A.

10795. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) De acordo com a norma gramatical, o item em que se

substituiu corretamente o complemento verbal sublinhado por um pronome é:

(A) buscar a felicidade individual / buscar-la.

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(B) preocupa certos conservadores / preocupa-lhes.(C) localizará as raízes de nosso analfabetismo político / localizará elas.(D) sabemos que é preciso uma educação politizada / sabemo-lo.(E) tenhamos visto um momento / tenhamos-no visto.

RESPOSTA (A) Errado – O pronome oblíquo “a” é o indicado para substituir o termo grifado, que é um objeto direto. Como “buscar”tem no final “r”, a forma resultante é “buscá-la”. (B) Errado – O pronome oblíquo “os” é o indicado para substituir o termo grifado,que é um objeto direto. A forma resultante é “preocupa-os”. (C) Errado – O pronome oblíquo “as” é o indicado para substituir o termogrifado, que é um objeto direto. Como a forma verbal está no tempo futuro, é necessário empregar a mesóclise nesse caso,resultando na forma “localizá-las-á”. (D) Certo. (E) Errado – O pronome oblíquo “o” é o indicado para substituir o termo grifado, queé um objeto direto. Como não se admite ênclise depois de particípio, devemos posicionar o pronome enclítico ao verbo auxiliar“tenhamos”. Como este tem final “s”, a forma resultante é “tenhamo-lo visto”. Alternativa D.

10796. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) A conjunção Contudo (linha 5) conecta:

(A) a oração subordinada aditiva à oração principal: sempre há alguém falando.(B) os parágrafos um e dois, introduzindo valor de consequência entre os fatos.(C) os parágrafos um e dois, apresentando uma conclusão acerca do que se disse.(D) a oração subordinada subjetiva à principal: é preciso notar.(E) os parágrafos um e dois, informando contraste entre as ideias expostas.

RESPOSTA A conjunção “Contudo” é coordenada adversativa. Nesse caso, está sendo empregada para conectar o 1º e o 2ºparágrafos do texto, estabelecendo entre as ideias neles expostas uma relação de oposição ou contraste. Alternativa E.

10797. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) De acordo com a norma-padrão, o pronome relativo

está corretamente empregado na seguinte alternativa:

(A) Esses são alguns autores sem cujas ideias ele jamais teria escrito o artigo.(B) As características que um povo se identifica devem ser preservadas.(C) Esse é o projeto cuja a meta principal é a reflexão sobre civismo no Brasil.(D) Eis os melhores poemas nacionalistas os quais se tem conhecimento.(E) Aqueles são os escritores cujos foram lançados os romances traduzidos.

RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – A forma verbal “se identifica” solicita a regência da preposição “com” (identificar-se com algo,com alguém). Assim, deve-se posicioná-la antes do pronome relativo, resultando nas construções “características com que umpovo se identifica” ou “características com as quais um povo se identifica”. (C) Errado – O pronome relativo “cujo” e suas variaçõesrepelem o artigo definido posicionado após. (D) Errado – A construção “se tem conhecimento” exige a regência da preposição “de”(tem-se conhecimento de algo). Assim, deve-se posicioná-la antes do pronome relativo, resultando na construção “poemasnacionalistas dos quais se tem conhecimento” ou “poemas nacionalistas de que se tem conhecimento”. (E) Errado – O pronome“cujo” e suas variações devem ser acompanhados necessariamente por substantivo. Alternativa A.

10798. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) Na frase “as ações que nós reproduzimos em nosso

cotidiano”, a regência do verbo em destaque é a mesma de:

(A) Alguns atribuem valor positivo ao famoso jeitinho.(B) Essa crítica, sem dúvida, cabe a todos os brasileiros.(C) Prefiro oposição inteligente a adesões inseguras.(D) Sem dúvida, a noção de civismo está na pauta de debates.(E) O comodismo contamina o indivíduo cansado de lutar em vão.

RESPOSTA A forma verbal “reproduzimos” é transitiva direta e tem como complemento – objeto direto – o termo “ações”. (A) Errado– O verbo “atribuir” está sendo empregado como transitivo direto e indireto e tem como complementos “valor positivo” – objetodireto – e “ao famoso jeitinho” – objeto indireto. (B) Errado – O verbo “caber” é transitivo indireto e tem como complemento – objetoindireto – o termo “a todos os brasileiros”. (C) Errado – O verbo “preferir” é transitivo direto e indireto e tem como complementos“oposição inteligente” – objeto direto – e “a adesões inseguras” – objeto indireto. (D) Errado – O verbo “estar” é verbo de ligação. (E)Certo – O verbo “contaminar” é transitivo direto e tem como objeto direto o termo “o indivíduo”. Alternativa E.

10799. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) Ao substituir a expressão sublinhada no fragmento

“se reduz à crítica que não busca alterar a realidade”, assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase deve ser empregado.

(A) se reduz a mesma crítica.(B) se reduz a certa crítica.(C) se reduz a qualquer crítica.(D) se reduz a alguma crítica.(E) se reduz a toda crítica.

RESPOSTA Os pronomes indefinidos “certa”, “qualquer”, “alguma” e “toda” repelem o artigo definido “a”, não havendo, assim,possibilidade de emprego da crase. Já o pronome demonstrativo “mesma” solicita o artigo “a”. Isso fica evidente com asubstituição pela forma masculina “mesmo” acompanhada de um substantivo masculino – se reduz ao mesmo problema. Assim,temos a fusão da preposição “a” com o artigo “a”, resultando na contração “à”. Alternativa A.

10800. (Auditor da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) “Como poderemos superar essa incongruência?”

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Assinale a alternativa que não tem significação semelhante à do termo sublinhado:

(A) Inconveniência.(B) Incompatibilidade.(C) Indolência.(D) Impropriedade.(E) Inadequação.

RESPOSTA A palavra “indolência” significa “preguiça”, “falta de disposição”. Seu significado se distancia, assim, dos demaisvocábulos, que apontam no sentido de “erro”, “inconsistência”. Alternativa C.

O jeitinho brasileiro e o homem cordialO jeitinho caracteriza-se como ferramenta típica de indivíduos de pouca influência social. Em nada se relaciona com um sentimentorevolucionário, pois aqui não há o ânimo de se mudar o status quo. O que se busca é obter um rápido favor para si, às escondidase sem chamar a atenção; por isso, o jeitinho pode ser também definido como “molejo”, “jogo de cintura”, habilidade de se “darbem” em uma situação “apertada”.Sérgio Buarque de Holanda, em O Homem Cordial, fala sobre o brasileiro e uma característica presente no seu modo de ser: acordialidade. Porém, cordial, ao contrário do que muitas pessoas pensam, vem da palavra latina cor, cordis, que significa coração.Portanto, o homem cordial não é uma pessoa gentil, mas aquele que age movido pela emoção no lugar da razão, não vê distinçãoentre o privado e o público, detesta formalidades, põe de lado a ética e a civilidade.Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um suposto caráter emocional do brasileiro, descrito como “o homemcordial” pelo antropólogo. No livro Raízes do Brasil, esse autor afirma que o indivíduo brasileiro teria desenvolvido uma históricapropensão à informalidade. Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras terem sido concebidas de forma coercitiva eunilateral, não havendo diálogo entre governantes e governados, mas apenas a imposição de uma lei e de uma ordem consideradasartificiais, quando não inconvenientes aos interesses das elites políticas e econômicas de então. Daí a grande tendência fratricidaobservada na época do Brasil Império, que é bem ilustrada pelos episódios conhecidos como Guerra dos Farrapos e Confederaçãodo Equador.Na vida cotidiana, tornava-se comum ignorar as leis em favor das amizades. Desmoralizadas, incapazesde se impor, as leis não tinham tanto valor quanto, por exemplo, a palavra de um “bom” amigo. Alémdisso, o fato de afastar as leis e seus castigos típicos era uma prova de boa vontade e um gesto de confiança,o que favorecia boas relações de comércio e tráfico de influência. De acordo com testemunhos de comerciantes holandeses, eraimpossível fazer negócio com um brasileiro antes de fazer amizade com ele. Um adágio da época dizia que “aos inimigos, as leis;aos amigos, tudo”. A informalidade era – e ainda é – uma forma de se preservar o indivíduo.Sérgio Buarque avisa, no entanto, que esta “cordialidade” não deve ser entendida como caráter pacífico. O brasileiro é capaz deguerrear e até mesmo destruir; no entanto, suas razões animosas serão sempre cordiais, ou seja, emocionais.

(In: www.wikipedia.org – com adaptações).

10801. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) De acordo com o texto, é incorreto afirmar que:

(A) o jeitinho brasileiro é um comportamento típico de indivíduos de pouca influência social e avessos a formalidades.(B) a instituição do jeitinho tem origem, segundo os antropólogos, no comprovado caráter emocional do brasileiro.(C) a imposição de leis e de ordens tidas como artificiais pode explicar a propensão do brasileiro para driblar normas.(D) na sociedade colonial, era comum observar que o brasileiro tendia a valorizar a amizade em detrimento da própria lei.(E) o indivíduo que utiliza a ferramenta do jeitinho age por emoção, ignorando os limites entre as esferas pública e privada.

RESPOSTA (A) Certo – Trata-se de um comportamento típico de pessoas de pouca influência social, que não desejam obedecer

aos rigores formais das leis e vão em busca discretamente de favorecimentos imediatos. (B) Errado – O texto apresenta essecomportamento como suposto, e não como já comprovado. É o que fica evidenciado no trecho: Em termos antropológicos, o jeitinhopode ser atribuído a um suposto caráter emocional do brasileiro. (C) Certo – É o que se afirma no 3º parágrafo: as instituições e asleis muitas vezes foram impostas aos brasileiros, sem haver um diálogo prévio entre governante e governado. (D) Certo – Emvirtude do caráter coercitivo das leis, tornava-se uma prova de amizade driblar os rigores formais para favorecer um conhecido. (E)Certo – O indivíduo não obedece aos rigores previstos de forma objetiva nas leis, deixando-se levar pela necessidade de sercordial em suas relações. Alternativa B.

10802. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) Com relação à estruturação do texto e dos parágrafos,

analise as afirmativas a seguir:

I. O segundo parágrafo introduz o tema, discorrendo sobre a origem etimológica de jeitinho.II. O quarto parágrafo apresenta um fato que busca explicar a disposição para a informalidade nas relações comerciais.III. O quinto parágrafo esclarece as diferenças entre as noções de cordialidade e passividade, que não são sinônimas.Assinale:

(A) se somente a afirmativa I está correta.(B) se somente a afirmativa II está correta.(C) se somente a afirmativa III está correta.(D) se somente as afirmativas II e III estão corretas.(E) se todas as afirmativas estão corretas.

RESPOSTA (I) Falsa – Discorre-se sobre a origem etimológica de cordial. (II) Verdadeira – Apresentam-se exemplos de fatoscotidianos observados no período colonial que endossam a tese do jeitinho brasileiro: a necessidade de se fazer amizade com osbrasileiros, citada pelos comerciantes holandeses, e a menção de aplicar as leis aos inimigos, citada pelo adágio da época. (III)Verdadeira – Nesse parágrafo, cita-se a menção de Sérgio Buarque de Holanda, que estabelece diferenciação entre tom cordial etom pacífico. O brasileiro tem da primeira característica, mas não necessariamente da segunda. Alternativa D.

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10803. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras

terem sido concebidas de forma coercitiva e unilateral, não havendo diálogo entre governantes e governados, mas apenas aimposição de uma lei e de uma ordem consideradas artificiais, quando não inconvenientes aos interesses das elites políticas eeconômicas de então.

A respeito do uso do vocábulo quando no fragmento acima, pode-se afirmar que se trata de uma conjunção:

(A) subordinativa com valor semântico de condição.(B) coordenativa com valor semântico de tempo.(C) coordenativa com valor semântico de finalidade.(D) subordinativa com valor semântico de concessão.(E) coordenativa com valor semântico de explicação.

RESPOSTA De acordo com o contexto, a expressão quando não assume valor condicional, equivalendo a desde que não. Lê-seno texto que são impostas leis e ordens consideradas artificiais, desde que não sejam inconvenientes aos interesses das elitespolíticas e econômicas. Vale ressaltar que a ideia de tempo está associada a uma relação de subordinação, e não coordenação,

como se afirma na letra B. Alternativa A.

10804. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) Assinale a alternativa que complete corretamente as

lacunas do fragmento a seguir:

____ que ____ ao mínimo as exigências de documentos autenticados para compra e venda de imóveis.

(A) Foi divulgado – seria reduzida.(B) Foi divulgada – seria reduzidas.(C) Foi divulgado – seria reduzido.(D) Foi divulgada – seriam reduzida.(E) Foi divulgado – seriam reduzidas.

RESPOSTA A primeira lacuna deve ser preenchida com a forma “Foi divulgado”, para que haja concordância com o sujeitooracional “que seriam reduzidas ao mínimo as exigências...”. O verbo de sujeito oracional deve ser conjugado na 3ª pessoa do

singular. Já a segunda lacuna deve ser preenchido com “seriam reduzidas”, para que haja concordância com o substantivo enúcleo do sujeito “exigências”. Alternativa E.

10805. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuí

do a um suposto caráter emocional do brasileiro /o que favorecia boas relações de comércio e tráfico de influência

Quanto ao emprego de pronomes pessoais, os trechos sublinhados foram corretamente reescritos em:

(A) pode ser-lhes atribuído / as favorecia.(B) pode ser a ele atribuído / lhes favorecia.(C) pode ser atribuído a ele / as favorecia.(D) pode-o ser atribuído / as favorecia.(E) pode sê-lo atribuído / lhes favorecia.

RESPOSTA O termo “a um suposto caráter emocional do brasileiro” exerce função sintática de objeto indireto. Dessa forma, deve-se representá-lo pelo pronome oblíquo “lhe” ou pela forma “a ele”, apropriados para esse fim. São possíveis, assim, as seguintes

construções: pode ser-lhe atribuído, pode lhe ser atribuído, lhe pode ser atribuído, pode ser atribuído a ele, pode ser a ele atribuído,etc. Já o termo “boas relações de comércio e tráfico de influência” exerce função de objeto direto. Dessa forma, deve-se representá-lo pelo pronome oblíquo “as”, apropriado para esse fim. Como o pronome relativo “que” atua como fator de próclise, deve-seposicionar o pronome oblíquo antes do verbo, resultando na construção “o que as favorecia”. Alternativa C.

10806. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) Deve-se isso ao fato de as instituições brasileiras

terem sido concebidas de forma coercitiva e unilateral.

Tem significação oposta à do termo sublinhado o vocábulo:

(A) licenciosa.(B) tirana.(C) normativa.(D) proibitiva.(E) repressora.

RESPOSTA O adjetivo “coercitiva” é derivado do substantivo “coerção”, que significa “proib ição”, “repressão”, “norma”, etc. Dessaforma, a única opção que se afasta desse significado associado à imposição é a letra A: a ideia de “licenciosa” está associada àideia de “concessão”, “liberação”. Alternativa A.

10807. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) O emprego correto da vírgula verifica-se apenas na

frase:

(A) Quando as instituições falham o cidadão que é sempre o maior prejudicado, perde, pois deixa de ter garantidos os caminhos legaispara o amplo exercício da cidadania.

(B) A democracia brasileira embora já esteja consolidada, é recente pois o país viveu um longo período sob comando de dirigentes nãoescolhidos por eleições diretas.

(C) A lei determina que, todos os cidadãos, independentemente de sua condição social, têm direito à educação gratuita e de qualidade

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em todos os níveis, mas nem todos podem usufruir desse direito.(D) O jeitinho, fenômeno generalizado no Brasil, dificilmente é avaliado como dano social, isto é, quase nunca é associado a

comportamentos que podem ferir interesses coletivos.(E) Terminado o debate foi a vez de todos se confraternizarem numa agradável parada para o cafezinho, que já se encontra na lista das

instituições nacionais.

RESPOSTA (A) Errado – Deve-se empregar uma vírgula após “falham”, para se isolar a oração adverbial deslocada da ordemdireta “Quando as instituições falham”. Já a oração adjetiva “que é sempre o maior prejudicado” deve ser isolada por vírgulas, porter caráter explicativo. O correto, então, seria: Quando as instituições falham, o cidadão, que é sempre o maior prejudicado, perde,pois deixa de ter garantidos os caminhos legais para o amplo exercício da cidadania. (B) Errado – Deve-se isolar por vírgulas aoração adverbial deslocada da ordem direta “embora já esteja consolidada”. Além disso, deve-se empregar vírgula após “recente”,para isolar a oração coordenada explicativa “pois o país viveu um longo período sob comando de dirigentes não escolhidos poreleições diretas.”. Assim, o correto seria: A democracia brasileira, embora já esteja consolidada, é recente, pois o país viveu umlongo período sob comando de dirigentes não escolhidos por eleições diretas. (C) Errado – É equivocado o emprego da vírgulaapós “que”, uma vez que a ligação do verbo com o seu complemento se dá de forma direta. Assim, o correto seria: A lei determina

que todos os cidadãos, independentemente de sua condição social, têm direito à educação gratuita e de qualidade em todos osníveis, mas nem todos podem usufruir desse direito. (D) Certo – As vírgulas que isolam o termo “fenômeno generalizado no Brasil”se justificam por se tratar de um aposto explicativo. Já as vírgulas que isolam a expressão “isto é” se justificam por se tratar de umaexpressão interpositiva. (E) Errado – Deve-se empregar a vírgula após “debate”, para isolar a oração adverbial reduzida deslocadada ordem direta “Terminado o debate”. Assim, o correto seria: Terminado o debate, foi a vez de todos se confraternizarem numaagradável parada para o cafezinho, que já se encontra na lista das instituições nacionais. Alternativa D.

10808. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) Assinale a alternativa que completa corretamente as

lacunas do fragmento a seguir:

O texto refere-se ______ teses antropológicas, cujos temas interessam ______ todos que se dispuserem ______ investigar a históriado jeitinho brasileiro.

(A) as – à – à.(B) às – a – à.(C) às – a – a.(D) as – à – a.(E) às – à – a.

RESPOSTA A primeira lacuna deve ser preenchida com a forma “às”, resultado da contração da preposição “a” – exigida pelaregência da forma verbal “referir-se” (referir-se a algo) – com o artigo definido “as” – solicitado pelo substantivo feminino plural“teses”. Já a segunda lacuna deve ser preenchida com a preposição “a”, exigida pela regência do verbo “informar” (informar algo aalguém). Não ocorre crase, pois o pronome indefinido “todos” repele o artigo definido. Por fim, a terceira lacuna deve serpreenchida com a preposição “a”, exigida pela regência do verbo “dispor-se” (dispor-se a algo). Não ocorre crase, pois o verbo“investigar” repele o artigo definido. Alternativa C.

10809. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) De acordo com a norma padrão, o pronome relativo

está corretamente empregado apenas na seguinte alternativa:

(A) essas são algumas ideias por cujos os ensinamentos procuro me guiar.(B) aquelas são as mais antigas histórias de comércio as quais se tem memória.(C) apresentou um projeto que a principal filosofia dele é a democratização do saber.(D) o comportamento ético por que um povo se orienta define seu caráter.(E) o filósofo onde me refiro defendeu tese recentemente.

RESPOSTA (A) Errado – O pronome relativo cujo (e suas variações) repele o artigo definido posicionado depois dele. (B) Errado –A construção se tem memória exige a regência da preposição de (se tem memória de algo). Dessa forma, devemos empregar acontração das quais (aquelas são as mais antigas histórias de comércio das quais se tem memória). (C) Errado – Deveria serempregado o pronome relativo cujo para indicar a relação de posse (apresentou um projeto cuja principal filosofia é ademocratização do saber). (D) Certo – A preposição por é solicitada pela forma verbal se orienta (se orienta por algum caminho).(E) Errado – O pronome relativo onde é empregado apenas para se referir a lugar. Devemos empregar, no trecho transcrito, opronome relativo que (o filósofo a que me refiro defendeu tese recentemente). Alternativa D.

10810. (Fiscal da Receita Estadual – Amapá-AP – 2010 – FGV) Assinale a alternativa que apresenta uma concordância

nominal incorreta.

(A) Persistência é necessário à obtenção de resultados positivos na carreira profissional.(B) As questões definidas serão bastantes para a arguição do doutorando.(C) Vão incluídos na pasta do congressista a programação e o mapa dos locais dos eventos.(D) Consideraram-se satisfatórios os resumos encaminhados à organização do simpósio.(E) Anexo à tese vão as cópias dos documentos históricos referidos no artigo.

RESPOSTA (A) Certo – Como o substantivo “persistência” não está determinado por artigo, emprega-se a forma invariável “énecessário”. (B) Certo – O termo “bastantes” tem função adjetiva e equivale a “muitas”, “suficientes”. (C) Certo – Opta-se pela flexãomasculino plural “Vão incluídos”, para que haja a concordância com os núcleos do substantivo composto “programação” e “mapa”.Outra possibilidade é efetuar a concordância com o núcleo mais próximo: Vai incluída na pasta do congressista a programação e omapa... (D) Certo – Emprega-se a forma plural “Consideraram-se satisfatórios”, para que haja concordância com o núcleo do sujeitopaciente “resumos” (Consideraram-se satisfatórios os resumos = Foram considerados satisfatórios os resumos). (E) Errado –

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Deve-se empregar a forma plural “Anexas”, para que haja concordância com o substantivo “cópias”. Outra possibilidade é utilizar aexpressão invariável “Em anexo”. Alternativa E.

Responsabilidade Penal da Pessoa JurídicaNo Brasil, embora exista desde 1988 o permissivo constitucional para responsabilização penal das

pessoas jurídicas em casos de crimes ambientais (artigo 225, parágrafo 3º), é certo que a adoção, na prática, dessa possibilidadevem se dando de forma bastante tímida, muito em razão das inúmeras deficiências de técnica legislativa encontradas na Lei 9.605,de 1998, que a tornam quase que inaplicável neste âmbito.

A partir de uma perspectiva que tem como ponto de partida os debates travados no âmbito doutrinárionacional, insuflados pelos também acalorados debates em plano internacional sobre o tema e pela crescente aceitação dapossibilidade da responsabilização penal da pessoa jurídica em legislações de países de importância central na atividadeeconômica globalizada, é possível vislumbrar que, em breve, discussõessobre a ampliação legal do rol das possibilidades desse tipo de responsabilização penal ganhem cada vez

mais espaço no Brasil.É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das empresas – principalmente, astransnacionais –, decorrerá também de ajustamentos de postura administrativa decorrentes da adoçãode critérios de responsabilização penal da pessoa jurídica em seus países de origem. Tais mudanças, inevitavelmente, terão queabranger as práticas administrativas de suas congêneres espalhadas pelo mundo,

a fim de evitar respingos de responsabilização em sua matriz.Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal – que atende diretivas da União Europeiasobre o tema – trouxe, no artigo 31 bis, não só a possibilidade de responsabilização penal da pessoa jurídica(por delitos que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais, ou por conta, nome, ou em proveitodelas), mas também estabelece regras de como essa responsabilização será aferida nos casos concretos

(ela será aplicável [...], em função da inoperância de controles empresariais, sobre atividades desempenhadaspelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu nome). A vigência na nova norma penal já trouxeefeitos práticos no cotidiano acadêmico e empresarial, pois abundam, naquele país, ciclos de debates acercados instrumentos de controle da administração empresarial, promovidos por empresas que pretendemimplementar, o quanto antes, práticas administrativas voltadas à prevenção de qualquer tipo de

responsabilidade penal.Dessa realidade legal e da tendência político-criminal que dela se pode inferir, ganham importância, noespectro de preocupação não só das empresas estrangeiras situadas no Brasil, mas também das própriasempresas nacionais, as práticas de criminal compliance.Tem-se, grosso modo, por compliance a submissão ou a obediência a diversas obrigações impostas às empresas

privadas, por meio da implementação de políticas e procedimentos gerenciais adequados, com a finalidadede detectar e gerir os riscos da atividade da empresa.Na atualidade, o direito penal tem assumido uma função muito próxima do direito administrativo, isto é,vêm-se incriminando, cada vez mais, os descumprimentos das normas regulatórias estatais, como formade reforçar a necessidade de prevenção de riscos a bens juridicamente tutelados. Muitas vezes, o mero

descumprimento doloso dessas normas e diretivas administrativas estatais pode conduzir à responsabilizaçãopenal de funcionários ou dirigentes da empresa, ou mesmo à própria responsabilização da pessoa jurídica,quando houver previsão legal para tanto.Assim sendo, criminal compliance pode ser compreendido como prática sistemática de controles internoscom vistas a dar cumprimento às normas e deveres ínsitos a cada atividade econômica, objetivando prevenir

possibilidades de responsabilização penal decorrente da prática dos atos normais de gestão empresarial.No Brasil, por exemplo, existem regras de criminal compliance previstas na Lei dos Crimes de Lavagem deDinheiro – Lei 9.613, de 3 de março de 1998 – que sujeitam as pessoas físicas e jurídicas que tenhamcomo atividade principal ou acessória a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros,compra e venda de moeda estrangeira ou ouro ou títulos ou valores mobiliários, à obrigação de comunicar

aos órgãos oficiais sobre as operações tidas como “suspeitas”, sob pena de serem responsabilizadaspenal e administrativamente.Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, assim como estando as matrizesdas empresas transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardarápara que as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos

da economia. Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse para as empresas nacionais e estrangeiras queatuam no Brasil, bem como para os profissionais especializados na área criminal, que atuarão cada vezmais veementemente na prevenção dos riscos da empresa. (...)

(Leandro Sarcedo e Jonathan Ariel Raicher. Valor Econômico. 29/03/2011 – com adaptações).

10811. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Com base na leitura do texto, analise as

afirmativas a seguir:

I. Nas empresas transnacionais, políticas de criminal compliance devem ser pensadas em adequação às diferentes legislações quepodem ser adotadas nos diversos países em que atuam.

II. Para evitar que bens juridicamente tutelados sejam atingidos, o direito penal vem se aproximando cada vez mais do direitoadministrativo.

III. No tocante ao modelo de criminal compliance adotado hoje no Brasil, percebe-se a nítida influência da reforma do Código Penalespanhol.

Assinale(A) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(B) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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(C) se nenhuma afirmativa estiver correta.(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Verdadeiro – O 3º parágrafo deixa bem evidente esse pensamento, ao afirmar que “Tais mudanças, inevitavelmente,terão que abranger as práticas administrativas de suas congêneres espalhadas pelo mundo”. (II) Verdadeiro – Tal ideia vem bemexplícita no 7º parágrafo. (III) Falso – Não há essa influência citada no texto. A Espanha é apresentada somente como um exemplodentre países que adotaram práticas de “criminal compliance”. Alternativa D.

10812. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) É correto afirmar que o sexto parágrafo do

texto, quanto à sua tipologia e à sua função discursiva em relação ao texto como um todo, mantém maior aproximação com o

(A) quinto parágrafo.(B) sétimo parágrafo.(C) oitavo parágrafo.(D) quarto parágrafo.(E) segundo parágrafo.

RESPOSTA O sexto parágrafo tem características expositivas, com a apresentação de uma definição acerca do que vem a ser“compliance”. Aproxima-se, dessa forma, quanto à tipologia e à forma do discurso, ao oitavo parágrafo, que define a expressão“criminal compliance”. Alternativa C.

10813. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale a alternativa em que se tenha

indicado INCORRETAMENTE a relação entre vocábulo e o termo a que ele se refere.

(A) seus (linha 13) – das empresas(B) a (linha 4) – Lei 9.605(C) dela (linha 26) – da tendência político-criminal(D) sua (linha 15) – das empresas(E) delas (linha 19) – das atividades sociais

RESPOSTA O termo “dela” refere-se a “realidade legal”. O trecho “... da tendência político-criminal que dela se pode inferir”, dito deoutra forma, equivale a”... “da tendência político-criminal que se pode inferir da realidade legal”. Alternativa C.

10814. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Por ínsitos (linha 39), NÃO se pode entender

(A) inerentes.(B) peculiares.(C) típicos.(D) adventícios.(E) característicos.

RESPOSTA O vocábulo “ínsitos” significa “implantados”, “inseridos”, “inatos” etc. Assim, as letras A, B, C e E apresentam possíveis

sinônimos. Já na letra D, o vocábulo “adventício” significa “anormal”, “exótico”, “estranho”, “acidental”. Alternativa D.

10815. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) A palavra sujeitas (linha 48) exerce, no texto,

função sintática de

(A) complemento nominal.(B) objeto direto.(C) predicativo do objeto.(D) predicativo do sujeito.(E) adjunto adverbial de modo.

RESPOSTA O termo “sujeitas” concorda com o substantivo “empresas transnacionais”, desempenhando, assim, função adjetiva.No trecho “empresas transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem”, é possível identificar umverbo de ligação implícito: “empresas transnacionais que aqui operam (e estão) sujeitas às normas de seus países de origem”. Otermo “sujeitas” exerce, assim, função sintática de predicativo do sujeito. Alternativa D.

10816. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale a palavra que, no texto, NÃO tenha

valor adverbial.

(A) mais (linha 10).(B) bastante (linha 3).(C) penal (linha 46).(D) só (linha 27).(E) antes (linha 24).

RESPOSTA (A) O termo “mais” modifica o substantivo “espaço”, desempenhando, assim, função adjetiva. (B) O termo “bastante”modifica o adjetivo “tímida”, desempenhando, assim, função adverbial. (C) O termo “penal(mente)” modifica o adjetivo“responsabilizadas”, desempenhando, assim, função adverbial. (D) O termo “só” modifica o verbo “ganham”, desempenhando,assim, função adverbial. (E) O termo “antes” modifica o verbo “implementar”, desempenhando, assim, função adverbial. Alternativa

A.

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10817. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Porém, sofrendo o Brasil os influxos de

modelos legislativos estrangeiros, assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operam sujeitas às normasde seus países de origem, não tardará para que as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversos outrossegmentos da economia (linhas 47 a 50).

Assinale a alternativa em que a alteração do período acima tenha mantido adequação quanto ao seu sentido original e correção quantoà pontuação.

(A) Sofrendo o Brasil, no entanto, os influxos de modelos legislativos estrangeiros – assim como estando as matrizes das empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem -, não tardará para que as práticas que envolvem ocriminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia.

(B) Entretanto, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, – assim como estando as matrizes das empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem – não tardará para que as práticas que envolvem ocriminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia.

(C) Sofrendo, contudo, o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros – assim como estando as matrizes das empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem – não tardará para que as práticas que envolvem ocriminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia.

(D) Todavia, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, – assim como estando as matrizes das empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem -, não tardará para que as práticas que envolvem ocriminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia.

(E) Contudo, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros – assim como estando as matrizes das empresastransnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que as práticas que envolvem ocriminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia.

RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – É equivocada a posição da vírgula após “estrangeiros”. Esta deveria ser posicionada após osegundo travessão. (C) Errado – É necessário haver uma vírgula após o segundo travessão, para separar as orações adverbiaisreduzidas da oração principal “não tardará...”. (D) Errado – É equivocada a posição da vírgula após “estrangeiros”. (E) Errado – É

necessária a presença do segundo travessão depois de “países de origem”. Alternativa A.

10818. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Trata-se, portanto, de um assunto de

relevante interesse para as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem como para os profissionais especializadosna área criminal, que atuarão cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos da empresa (linhas 50 a 53).

No período destacado acima, o SE classifica-se como

(A) pronome reflexivo.(B) partícula apassivadora.(C) parte integrante do verbo.(D) pronome oblíquo.(E) indeterminador do sujeito.

RESPOSTA A construção “Trata-se de”, formada por verbo transitivo indireto flexionado na 3ª pessoa do singular acompanhado dapartícula “se”, é configuração do 2º caso de indeterminação do sujeito. O “se” recebe a classificação, portanto, de índice de

indeterminação do sujeito. Alternativa E.

10819. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) No Brasil, por exemplo, existem regras de

criminal compliance... (linha 41).

Assinale a alternativa em que a alteração do trecho acima tenha provocado INADEQUAÇÃO quanto à norma culta. Não leve em conta aalteração de sentido.

(A) No Brasil, por exemplo, haverá regras de criminal compliance...(B) No Brasil, por exemplo, deve haver regras de criminal compliance...(C) No Brasil, por exemplo, há de existir regras de criminal compliance...(D) No Brasil, por exemplo, devem existir regras de criminal compliance...(E) No Brasil, por exemplo, poderão existir regras de criminal compliance...

RESPOSTA Deve-se empregar a forma verbal “hão de existir” no lugar de “há de existir”, para que haja concordância com o núcleo

do sujeito “regras”. Alternativa C.

10820. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale o termo que, no texto, desempenhe

função sintática idêntica à de à obrigação (linha 44).

(A) às normas (linha 48).(B) de ajustamentos (linha 12).(C) a diversas obrigações (linha 29).(D) da adoção (linha 12).(E) dessa possibilidade (linha 3).

RESPOSTA O termo “à obrigação” desempenha função sintática de objeto indireto do verbo bitransitivo “sujeitar” (sujeitar alguém aalgo). (A) Errado – O termo “às normas” desempenha função sintática de complemento nominal de “sujeitas”. (B) Certo – O termo“de ajustamentos” é objeto indireto do verbo “decorrer”. (C) Errado – O termo “a diversas obrigações” é complemento nominal de

“obediência”. (D) Errado – O termo “da adoção” é complemento nominal de “decorrentes”. (E) Errado – O termo “dessapossib ilidade” é complemento nominal de “adoção”. Alternativa B.

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10821. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale a alternativa em que o elemento in-

tenha valor idêntico ao de insuflados (linha 6).

(A) influxos (linha 47).(B) intermediação (linha 43).(C) inaplicável (linha 4).(D) inúmeras (linha 3).(E) inferir (linha 26).

RESPOSTA O prefixo “in-” em “insuflados” transmite a ideia de “entrada”, “interior”. (A) Certo. (B) Errado – O prefixo é “inter-”, e não“in-”. (C) Errado – Tem-se o prefixo “in-”, mas ele indica a ideia de negação. (D) Errado – Tem-se o prefixo “in-”, mas ele indica aideia de negação (inúmeras = não é possível numerar). (E) Errado – Não há a presença do prefixo “in-”. Alternativa A.

10822. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Na Espanha, por exemplo, a recentíssima

reforma do Código Penal – que atende diretivas da União Europeia sobre o tema – trouxe, no artigo 31 bis, não só a possibilidadede responsabilização penal da pessoa jurídica (por delitos que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais, ou porconta, nome, ou em proveito delas), mas também estabelece regras de como essa responsabilização será aferida nos casos concretos(ela será aplicável [...], em função da inoperância de controles empresariais, sobre atividades desempenhadas pelas pessoas físicasque as dirigem ou que agem em seu nome) (linhas 16 a 21).

A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. Há uma oração coordenada sindética aditiva e uma oração coordenada sindética alternativa.II. Há três orações na voz passiva, mas somente uma com agente da passiva explícito.III. Há quatro orações subordinadas adjetivas desenvolvidas e uma oração subordinada adjetiva reduzida.Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Verdadeiro – A oração “não só...mas também estabelece regras...” é coordenada sindética aditiva; já a oração “ou(que sejam cometidos) por conta, nome, ou em proveito delas” é coordenada sindética alternativa. (II) Verdadeiro – As orações navoz passiva são: “por delitos que sejam cometidos no exercício”, “regras de como essa responsabilização será aferida nos casosconcretos”, “ela será aplicável [...], em função da inoperância”. A primeira traz o agente explícito – “pessoas jurídicas”. (III) Verdadeiro– As orações adjetivas desenvolvidas são: “que atende diretivas da União Europeia sobre o tema”, “que sejam cometidos noexercício de suas atividades sociais...”, “que as dirigem” e “que agem em seu nome”. Já a oração adjetiva reduzida é“desempenhadas pelas pessoas físicas”. Alternativa E.

10823. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) É certo que a mudança do enfoque sobre o

tema, no âmbito das empresas – principalmente, as transnacionais -, decorrerá também de ajustamentos de postura administrativadecorrentes da adoção de critérios de responsabilização penal da pessoa jurídica em seus países de origem. Tais mudanças,inevitavelmente, terão que abranger as práticas administrativas de suas congêneres espalhadas pelo mundo, a fim de evitarrespingos de responsabilização em sua matriz (linhas 11 a 14).

No trecho acima, as ocorrências da palavra QUE classificam-se, respectivamente, como

(A) pronome relativo e preposição.(B) conjunção integrante e preposição.(C) conjunção integrante e conjunção integrante.(D) pronome relativo e conjunção integrante.(E) preposição e pronome relativo.

RESPOSTA A oração “que a mudança do enfoque...” é subordinada substantiva subjetiva (sujeito). Portanto, o “que” que a introduzé uma conjunção integrante. Já em “terão que abranger”, o “que” simplesmente conecta o verbo auxiliar ao principal, funcionando,

assim, como preposição. Alternativa B.

(Rodrigo Zoom. http://www.flickr.com/photos/rodrigozoom).

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10824. (Auditor – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) A respeito da interpretação do quadrinho, analise as afirmativas a seguir:

I. Associando texto e imagem, é correto afirmar que o uso da ironia é a chave para o entendimento do quadrinho.II. Na fala do homem, o humor reside em um trocadilho com relação à fala da mulher.III. Não há elementos textuais que indiquem ser possível afirmar com certeza se o homem entendeu ou não a mensagem da mulher.Assinale

(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.

RESPOSTA A fala do homem é ambígua, ou seja, dá margem a mais de uma interpretação. Uma possibilidade é ele ter de fatoentendido o correto significado de “sedentária” e ter se expressado de forma irônica na sua resposta à mulher. Outrapossibilidade é ele ter entendido errado o significado de “sedentária”, associando essa palavra a sede, gerando, assim, um efeitode humor. Assim, temos: (I) Falso – A ironia é uma possibilidade de interpretação. A outra é o trocadilho “sedentária” por “sedenta”,que gera o efeito de humor. (II) Verdadeiro – O humor pode ser gerado da troca de “sedentária” por “sedenta”. (III) Verdadeiro –Conforme explicado, há duas interpretações possíveis para a fala do homem. Não se pode afirmar qual delas é a que cabe de fatoao contexto do quadrinho. Alternativa B.

10825. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) A respeito do quadrinho, analise as afirmativas

a seguir:

I. Ao passar parte da fala do homem para o discurso indireto, ficaria correta a frase “O homem pediu à mulher que trouxesse um copo deágua bem gelada para ele”.

II. Na fala da mulher, ficaria correto substituir devia por deveria.III. Há marcas linguísticas na fala do homem que caracterizam o registro coloquial.Assinale

(A) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Verdadeiro – A forma “traga” – imperativo afirmativo –, presente no discurso direto, converte-se em “trouxesse” –pretérito imperfeito do subjuntivo – no discurso indireto. (II) Verdadeiro – É frequente na linguagem coloquial a troca do futuro dopretérito pelo pretérito imperfeito. (III) Verdadeiro – A redução de “está” para “tá” é uma marca de registro coloquial. Alternativa C.

10826. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale a alternativa em que a alteração da

fala do homem do quadrinho NÃO tenha sido feita com adequação à norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido.

(A) Quando tu voltares, traz um copo de água bem gelada para mim!(B) Quando vós voltardes, trazei um copo de água bem gelada para mim!(C) Quando tu voltares, não tragas um copo de água bem gelada para mim!(D) Quando vós voltardes, não tragais um copo de água bem gelada para mim!(E) Quando vós voltardes, não trazeis um copo de água bem gelada para mim!

RESPOSTA A flexão da 2ª pessoa do plural do Imperativo Negativo do verbo “trazer” é “não tragais”. Alternativa E.

Último DesejoNosso amor que eu não esqueço

E que teve o seu começoNuma festa de São JoãoMorre hoje sem foguete

Sem retrato e sem bilheteSem luar, sem violãoPerto de você me caloTudo penso e nada faloTenho medo de chorar

Nunca mais quero o seu beijoMas meu último desejoVocê não pode negarSe alguma pessoa amiga pedirQue você lhe diga

Se você me quer ou nãoDiga que você me adoraQue você lamenta e choraA nossa separaçãoÀs pessoas que eu detesto

Diga sempre que eu não prestoQue meu lar é o botequim

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Que eu arruinei sua vidaQue eu não mereço a comidaQue você pagou pra mim

(Noel Rosa)

10827. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale a alternativa em que a alteração do

verso da canção tenha sido feito com adequação à norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido.

(A) Nosso amor que eu não esqueço (v.1) / Nosso amor de que eu não esqueço(B) Que você lhe diga (v.14) / Que você lhe encontre(C) Diga que você me adora (v.16) / Diga que você adora-me(D) Às pessoas que eu detesto (v.19) / Às pessoas que não gosto(E) Que você pagou pra mim (v.24) / Por que você optou para mim

RESPOSTA (A) Errado – O verbo “esquecer”, quando pronominal, é transitivo indireto e solicita a regência da preposição “de”.Assim, a correta reescrita seria “Nosso amor de que eu não me esqueço”. (B) Errado – O verbo “encontrar” é transitivo direto.Portanto, o seu complemento deve ser substituído pelo pronome pessoal oblíquo “o(a)(s)”. Assim, a correta reescrita seria “Quevocê o encontre”. (C) Errado – Orações subordinadas fazem com que empreguemos a próclise (pronome oblíquo antes do verbo),e não a ênclise (pronome oblíquo depois do verbo). (D) Errado – O verbo “gostar” solicita a regência da preposição “de”. Portanto, areescrita correta seria “Às pessoas de que não gosto”. (E) Certo – “Por que” equivale a “Pela qual”. A preposição “por” é exigida peloverbo “optar”. Alternativa E.

10828. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) A respeito da composição de Noel Rosa,

analise as afirmativas a seguir:

I. É possível inferir pela leitura da composição que se trata do último desejo da vida de um dos amantes.II. Não é possível identificar textualmente se a voz que fala na composição é masculina ou feminina.III. O último desejo é constituído por dois pedidos.Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(C) se nenhuma afirmativa estiver correta.(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Falso – Não se pode afirmar que seja o último desejo da vida de um dos falantes. É sim apenas o último pedidoque ele faz à amada. (II) Verdadeiro – É possível inferir contextualmente que se trata de uma figura masculina. Porém, textualmente,não há elementos indicadores de gênero que identifiquem essa pessoa. (III) Verdadeiro – São dois pedidos: um, caso asindagações partam de pessoas amigas, e outro, caso as indagações partam de pessoas que o personagem detesta. Alternativa

B.

10829. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV)

Diga que você me adoraQue você lamenta e choraA nossa separaçãoÀs pessoas que eu detestoDiga sempre que eu não presto(versos 16-20)No trecho acima há quantas ocorrências, respectivamente, de pronomes e conjunções?

(A) Sete e cinco.(B) Cinco e cinco.(C) Seis e cinco.(D) Sete e quatro.(E) Seis e quatro.RESPOSTA Em destaque, temos os pronomes: pronome pessoal do caso reto “eu”, pronome pessoal do caso oblíquo “me”,pronome de tratamento “você”, pronome possesivo “nossa” e pronome relativo “que” (substituindo “pessoas”). Sublinhado, temosas conjunções: conjunção integrante “que” introduzindo orações subordinadas substantivas objetivas diretas e a conjunçãocoordenativa aditiva “e”.Diga que você me adora

Que você lamenta e chora

A nossa separação

Às pessoas que eu detesto

Diga sempre que eu não presto

Alternativa D.

10830. (Auditor Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Que você pagou pra mim (verso 24)

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Assinale a alternativa em que a alteração do verso acima tenha sido feita de acordo com a norma culta. Não leve em conta possívelalteração de sentido.

(A) Que Vossa Excelência pagou pra mim(B) Que vós pagaste pra mim(C) Que Vossa Senhoria pagastes pra mim(D) Que tu pagastes pra mim(E) Que tu pagáreis pra mim

RESPOSTA (A) Certo. (B) Errado – O correto seria “Que vós pagastes pra mim”. (C) Errado – O correto seria “Que Vossa Senhoriapagou pra mim”. (D) Errado – O correto seria: “Que tu pagaste pra mim”. (E) Errado – O correto seria “Que tu pagaras pra mim”.

Alternativa A.

Cidadania e Responsabilidade Social do Contador como agente da conscientização tributária das empresas e da sociedadeEntende-se que a arrecadação incidente sobre os diversos setores produtivos é necessária para a manutenção

da máquina governamental, para a sustentação do Estado em suas atribuições sociais e para aplicação namelhoria da qualidade de vida da população. É imprescindível que a tributação seja suportável e mais bemdistribuída e que contribuam com justiça e se beneficiem dessa contribuição.

A conjuntura atual exige maior qualificação em todas as áreas do conhecimento; assim, a profissão contábildeve despertar para a conscientização tributária. Conceitos como parceria e corresponsabilidade no sistematributário somente podem ser efetivados se a sociedade como um todo estiver mais esclarecida e comprometida.Apresentar alguns fatores como a falta de conscientização tributária e participação cidadã pode representarum alerta, mas não é o suficiente.

Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se que o desenvolvimento social e econômico foi possívelporque o homem sistematizou formas de organização entre os povos. A necessidade de organização fez comque o Estado se tornasse o elemento direcionador desse processo. E, como forma de se autofinanciar, criou otributo a fim de possibilitar as condições mínimas de sobrevivência para a sociedade civil. E, como partícipee ponto referencial de controle, exatidão e confiança, surgiu o profissional contábil.

O contador – aqui citado na forma masculina sem querer suscitar questões de gênero – não pode mais servisto como o profissional dos números, e sim um profissional que agrega valor, espírito investigativo,consciência crítica e sensibilidade ética. Se a atual conjuntura exige maior qualificação profissional, oconhecimento contábil deve transcender o processo específico e visualizar questões globais pertinentes aonovo mundo do trabalho, que exige criatividade, perfil de empreender e habilidade de aprender,

principalmente nas relações sociais.Sendo assim, alguns conceitos tornam-se essenciais para estabelecer a relação entre Estado, sociedade,empresa e o contador. O Estado tem por missão suprir as necessidades básicas da população; assim, suaeficiência e transparência tornam-se mister do processo.Entre a sociedade, a empresa e o Estado, está o profissional contábil, que, por sua vez, é o elo entre Fisco

e contribuinte. É de fundamental importância que esse profissional aprimore seu entendimento tributário,percebendo sua necessidade. Ratifica-se, assim, o conceito de que a conscientização tributária poderepresentar um ponto de partida para a formação cidadã como uma das formas eficazes de atender àsdemandas sociais, com maior controle sobre a coisa pública.É dever do Estado manter as necessidades básicas da população; e, para isso, são impostas obrigações.

Os contribuintes, porém, não possuem apenas deveres, mas também plenos direitos.Se o Fisco – aqui referenciando-se o estadual – é por demais significativo para o funcionamento da máquinaadministrativa, sua eficiência e transparência tornam-se mister do processo. Nesse sentido, se a evasãotributária é uma doença social, seu combate ou tratamento não pode ficar restrito aos seus agentes; é necessárioo envolvimento de toda a sociedade. Entretanto, interesses diversos sempre deixaram a sociedade à margem

do processo, como se ela não precisasse participar de forma efetiva das decisões econômicas e, emcontrapartida, contribuir de forma direta e irrestrita para a própria sustentação.(...)

(MERLO, Roberto Aurélio; PERTUZATTI, Elizandra. Disponível em: <www.rep.educacaofiscal.com.br/material/fisco_contador.pdf>. Comadaptações).

10831. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Com base na leitura do texto, analise as afirmativas a

seguir:

I. Aponta-se, no texto, uma nova perspectiva de atuação do profissional contábil, diferente da concepção tradicional de profissional dosnúmeros.

II. O texto defende a necessidade de se desenvolver no profissional contábil uma consciência tributária.III. O contador deve igualmente se envolver no combate à evasão tributária.Assinale(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Verdadeira – É o que se menciona no quarto parágrafo: o contador deve agregar ao seu trabalho valor, espíritoinvestigativo, consciência crítica e sensibilidade ética. (II) Verdadeira – Cita-se de forma explícita essa informação no 2º parágrafo:“a profissão contábil deve despertar para a conscientização tributária.”. (III) Verdadeira – Não só o contador, mas toda a sociedade,segundo o texto, deve se envolver no combate à evasão tributária. Alternativa E.

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10832. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) O contador – aqui citado na forma masculina sem

querer suscitar questões de gênero – não pode mais ser visto como o profissional dos números, e sim um profissional que agregavalor, espírito investigativo, consciência crítica e sensibilidade ética (linhas 15 a 17).

A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. O par de travessões poderia ser substituído por um par de parênteses.II. As duas ocorrências da conjunção E têm valor aditivo.III. A primeira oração do período está na voz passiva.Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Verdadeiro – O trecho “aqui citado... questões de gênero”, de caráter explicativo, pode ser demarcado por vírgulas,travessões ou por parênteses. (II) Falso – O primeiro “e” tem caráter adversativo, equivalendo a “mas”; o segundo “e” tem valoraditivo. (III) Verdadeiro – A oração “O contador... não pode ser mais visto...” está na voz passiva analítica, com o sujeito paciente “Ocontador”. Alternativa E.

10833. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale a alternativa correta a respeito da relação

entre o quinto e o sexto parágrafos.

(A) O sexto parágrafo estabelece uma relação de oposição com o parágrafo anterior.(B) O quinto e o sexto parágrafos poderiam ser fundidos num só.(C) O quinto parágrafo apresenta uma definição, que será desdobrada no parágrafo seguinte.(D) Os dois parágrafos apresentam aspectos semelhantes em relação ao mesmo assunto, sendo um paráfrase do outro.(E) O sexto parágrafo apresenta uma ressalva em relação ao parágrafo anterior.

RESPOSTA O quinto parágrafo traz no seu primeiro período uma afirmação geral, que cita a existência de relações entre Estado,sociedade, empresa e o contador. O segundo período inicia a explicação dessas relações, que é continuada no sexto parágrafo.Dessa forma, poderíamos fundir quinto e sexto parágrafos num só, pois eles têm uma ideia central única – o primeiro período do 5ºparágrafo. Alternativa B.

10834. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Entre a sociedade, a empresa e o Estado, está o

profissional contábil, que, por sua vez, é o elo entre Fisco e contribuinte. É de fundamental importância que esse profissionalaprimore seu entendimento tributário, percebendo sua necessidade. Ratifica-se, assim, o conceito de que a conscientizaçãotributária pode representar um ponto de partida para a formação cidadã como uma das formas eficazes de atender às demandassociais, com maior controle sobre a coisa pública (linhas 24 a 28).

As ocorrências do QUE no período acima classificam-se, respectivamente, como

(A) pronome relativo – pronome relativo – pronome relativo(B) pronome relativo – conjunção – conjunção(C) conjunção – conjunção – conjunção(D) conjunção – pronome relativo – pronome relativo(E) pronome relativo – pronome relativo – conjunção

RESPOSTA O primeiro “que” é pronome relativo e substitui o termo antecedente “profissional contábil”. O segundo “que” introduz aoração subordinada substantiva subjetiva (sujeito) “que esse profissional aprimore seu entendimento tributário”. Portanto, trata-sede uma conjunção integrante. Por fim, o terceiro “que” introduz a oração subordinada substantiva completiva nominal “de que aconscientização tributária pode trabalhar...”. Portanto, trata-se de uma conjunção integrante. Alternativa B.

10835. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) A respeito da estrutura do texto e suas ideias, analise

as afirmativas a seguir:

I. O texto apresenta apoio em trajetória histórica para abordar seu tema.II. Há trechos de autorreferencialidade (metalinguagem) no texto.III. O texto não apresenta argumentos, limita-se à exposição de fatos.Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Verdadeira – É o que se faz, por exemplo, no 3º parágrafo, no qual é feita uma contextualização histórica que justifica

a necessidade de criação do tributo e sua função social. (II) Verdadeira – Podemos citar como exemplos alguns trechos isoladosentre travessões, como “aqui citado na forma masculina sem querer suscitar questões de gênero” e “aqui referenciando-se oestadual”. Neles, há uma explicação para o que se disse, o que caracteriza a metalinguagem. (III) Falsa – O texto apresenta simposicionamentos. Um deles se refere à necessidade de o profissional contábil não se restringir a um profissional de números.Alternativa C.

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10836. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se

que o desenvolvimento social e econômico foi possível porque o homem sistematizou formas de organização entre os povos (linhas 10e 11).

A oração sublinhada no período acima tem valor

(A) causal.(B) concessivo.(C) comparativo.(D) temporal.(E) consecutivo.

RESPOSTA A oração reduzida “Ao analisar o progresso da humanidade” pode ser desenvolvida da seguinte forma: “Quando seanalisa o progresso da humanidade”. A oração em destaque, portanto, tem valor temporal. Alternativa D.

10837. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) É imprescindível que a tributação seja suportável e

mais bem distribuída e todos contribuam com justiça e se beneficiem dessa contribuição (linhas 3 e 4).

Em relação ao período acima, atribua a seguinte convenção: QUE = Δ e E = +.

Assinale a alternativa que melhor represente a estrutura do período.

(A) É imprescindível Δ [a tributação (A + B) + todos (D + E)].(B) É imprescindível Δ (a tributação A + B + todos D + E).(C) É imprescindível Δ (a tributação A + B) + (todos D + E).(D) É imprescindível Δ (a tributação A) + (B) + (todos D) + (E).(E) É imprescindível Δ a tributação (A + B) + [todos (D + E)].RESPOSTA O melhor esquema que traduz a sintaxe do período é a letra A. O “que” é uma conjunção integrante, responsável porintroduzir o trecho “que a tributação seja... dessa contribuição”, que funciona como sujeito da oração principal “É imprescindível”.Internamente a esse trecho, podemos identificar trechos coordenados entre si (ligados, portanto, pelo +):1) “que a tributação seja... mais distribuída” e “(que) todos contribuam... dessa contribuição”

2) “suportável” e “mais bem distribuídas” – predicativos de “seja”

3) “todos contribuam com justiça” e “(todos) se beneficiem dessa contribuição”. Alternativa A.

10838. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale a alternativa em que a oração desempenhe

função sintática DISTINTA da de que o desenvolvimento social e econômico foi possível (linha 10).

(A) que a arrecadação incidente sobre os diversos setores produtivos é necessária para a manutenção da máquina governamental, paraa sustentação do Estado em suas atribuições sociais e para aplicação na melhoria da qualidade de vida da população (linhas 1 a 3).

(B) que a tributação seja suportável (linha 3).(C) manter as necessidades básicas da população (linha 29).(D) que esse profissional aprimore seu entendimento tributário (linha 25).(E) participar de forma efetiva das decisões econômicas (linha 35).

RESPOSTA A oração “que o desenvolvimento social e econômico foi possível” é subordinada substantiva subjetiva, ou seja,desempenha função sintática de sujeito. As orações apresentadas nas letras A, B, C e D também desempenham função sintáticade sujeito. Já na letra E, a oração “participar de forma efetiva das decisões econômicas” é subordinada substantiva objetiva indiretareduzida de infinitivo. Alternativa E.

10839. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale a palavra formada pelo mesmo processo que

corresponsabilidade (linha 6).

(A) necessidades (linha 22).(B) qualificação (linha 17).(C) imprescindível (linha 3).(D) irrestrita (linha 36).(E) governamental (linha 2).

RESPOSTA Em “corresponsabilidade”, temos um processo de derivação, com o acréscimo do prefixo “co-” e do sufixo”-dade” aoradical formador de “responsável”. Da mesma forma, temos “imprescindível”, formado pela soma do prefixo “im-” e do sufixo “-vel”ao radical formador de “prescindir”. Nas demais opções, temos apenas o acréscimo de prefixos ou sufixos aos radicaisformadores. Alternativa C.

10840. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Nesse sentido, se a evasão tributária é uma doença

social, seu combate ou tratamento não pode ficar restrito aos seus agentes; é necessário o envolvimento de toda a sociedade (linhas32 a 34).

Assinale a alternativa em que a alteração do trecho destacado no período acima NÃO tenha sido feita de acordo com a norma culta. Nãoleve em conta alteração de sentido.

(A) é necessária a discussão aberta entre todos os membros da sociedade.(B) é necessário debate com toda a sociedade.(C) é necessário abertura política para se discutir a questão.

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(D) é necessária participação de toda a sociedade.(E) é necessária a organização de um debate público a respeito da questão.

RESPOSTA A expressão “é necessário” é invariável quando o substantivo posposto não é determinado. Flexiona-se apenasquando o substantivo é determinado por artigo, pronome ou numeral. Dessa forma, é equivocada a construção apresentada naletra D. Em vez de “É necessária participação...”, deve-se empregar a construção “É necessário participação...”. Alternativa D.

10841. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Ratifica-se, assim, o conceito de que a

conscientização tributária pode representar um ponto de partida para a formação cidadã como uma das formas eficazes de atenderàs demandas sociais, com maior controle sobre a coisa pública (linhas 26 a 28).

No período acima, empregou-se corretamente o acento grave para indicar o fenômeno da crase.

Assinale a alternativa em que o acento grave tenha sido empregado corretamente.

(A) Em visita ao Rio, fomos à Copacabana da Bossa Nova.(B) Esta prova vai de 13h às 18h.(C) Finalmente fiquei face à face com a tão esperada prova.(D) Os candidatos somente podem deixar o local de prova à partir das 15h.(E) Pedimos um bife à cavalo.

RESPOSTA (A) Certo – O nome de lugar “Copacabana da Bossa Nova” solicita o artigo definido “a”. Isso pode ser evidenciado pormeio do seguinte artifício: “fomos à Copacabana da Bossa Nova” = “voltamos da Copacabana da Bossa Nova”. Notemos que,alterando-se a preposição “a” pela preposição “de”, o resultado é a contração “da”, evidenciando, assim, a necessidade do artigo

definido por parte do nome. (B) Errado – Como “13h” está antecedido pela preposição “de” – não contraída com artigo –, devemosanteceder a preposição “a” a “18h” – sem contração com o artigo “as”. (C) Errado – Não se emprega crase em expressõesformadas por palavras repetidas. (D) Errado – Não se emprega crase antes de verbos – no caso, “partir”. (E) Errado – Não seemprega crase antes de palavra masculina – no caso, “cavalo”. Alternativa A.

10842. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale a palavra que, no texto, NÃO desempenhe

papel adjetivo.

(A) suficiente (linha 9).(B) alguns (linha 8).(C) sua (linha 24).(D) própria (linha 36).(E) diversos (linha 1).

RESPOSTA (A) O termo “suficiente” é substantivo. (B) O termo “alguns” modifica “fatores”, desempenhando função adjetiva. (C) O

termo “sua” modifica “vez”, desempenhando função adjetiva. (D) O termo “própria” modifica “sustentação”, desempenhando funçãoadjetiva. (E) O termo “diversos” modifica “setores”, desempenhando função adjetiva. Alternativa A.

10843. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se

que o desenvolvimento social e econômico foi possível porque o homem sistematizou formas de organização entre os povos (linhas 10e 11).

Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura destacada no período acima tenha provocado alteração sintática e semântica.

(A) porquanto o homem tenha sistematizado formas de organização entre os povos.(B) pois o homem sistematizou formas de organização entre os povos.(C) conquanto o homem tenha sistematizado formas de organização entre os povos.(D) já que o homem sistematizou formas de organização entre os povos.(E) uma vez que o homem sistematizou formas de organização entre os povos.

RESPOSTA As conjunções e locuções conjuntivas “porque”, “pois”, “porquanto”, “já que” e “uma vez que” têm valor semânticocausal ou explicativo. Já a conjunção “conquanto” tem valor semântico concessivo, equivalendo a “embora”. Alternativa C.

10844. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Nesse sentido, se a evasão tributária é uma doença

social, seu combate ou tratamento não pode ficar restrito aos seus agentes; é necessário o envolvimento de toda a sociedade (linhas32 a 34).

Assinale o termo que NÃO poderia ser colocado após o ponto e vírgula sob pena de provocar grave alteração de sentido.

(A) portanto,(B) não obstante,(C) logo,(D) nesse sentido,(E) assim,

RESPOSTA A oração após o ponto-e-vírgula tem valor semântico conclusivo. Dessa forma, os conectores “portanto”, “logo”, “nesse

sentido”, “assim” são adequados para introduzir essa oração. A locução conjuntiva “não obstante”, por sua vez, tem valorconcessivo, equivalendo a “embora”. Alternativa B.

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(Rodrigo Zoom. http://tirasnacionais.blogspot.com).

10845. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Pela leitura do quadrinho, é possível inferir que

(A) o menino não gosta do seu pai.(B) o menino não acredita na explicação da mãe.(C) a mãe percebe a ironia na fala do filho.(D) o pai do menino é feio.(E) o pai do menino havia sido uma pessoa bonita.

RESPOSTA A mãe justifica ser bonita por ser uma boa pessoa. Seguindo essa lógica, como o pai do garoto não é bonito, é de seesperar que ele não seja uma boa pessoa. Essa é a interpretação ingênua do garoto. Alternativa D.

10846. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale a alternativa em que a alteração da última

fala do menino tenha sido feita mantendo-se a equivalência de tempos verbais.

(A) Não sabia que o papai é uma pessoa tão ruim assim.(B) Não sabia que o papai fora uma pessoa tão ruim assim.(C) Não sabia que o papai era uma pessoa tão ruim assim.(D) Não sabia que o papai foi uma pessoa tão ruim assim.(E) Não sabia que o papai seria uma pessoa tão ruim assim.

RESPOSTA A forma composta “havia sido” corresponde à forma simples do pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo.Alternativa B.

10847. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Assinale a alternativa em que se tenha feito

corretamente a transposição da primeira fala do menino para o discurso indireto.

(A) O filho perguntou à mãe como é possível ela ser tão bonita, tão magrinha e ter os cabelos com tanto brilho.(B) O filho perguntou à mãe como era possível a senhora ser tão bonita, tão magrinha e ter os cabelos com tanto brilho.(C) O filho perguntou à mãe como seria possível a senhora ser tão bonita, tão magrinha e ter os cabelos com tanto brilho.(D) O filho perguntou à mãe como seria possível ela ser tão bonita, tão magrinha e ter os cabelos com tanto brilho.(E) O filho perguntou à mãe como era possível ela ser tão bonita, tão magrinha e ter os cabelos com tanto brilho.

RESPOSTA Na conversão do discurso direto para o indireto, a forma verbal “é” – presente do indicativo – se converte na forma “era”

– pretérito imperfeito do indicativo. Além disso, o pronome de tratamento “senhora” se converte em “ela”. Assim, a construçãoadequada seria: “O filho perguntou à mãe como era possível ela ser tão bonita, tão magrinha e ter os cabelos com tanto brilho.”.Alternativa E.

10848. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Em relação à fala da mãe, analise as afirmativas a

seguir:

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I. Há quatro orações.II. Todas as orações da fala são coordenadas.III. Todas as orações são desenvolvidas.Assinale

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.(C) se nenhuma afirmativa estiver correta.(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

RESPOSTA (I) Falso – Há 5 (cinco) orações: a oração principal “Basta” e as orações subordinadas “ser uma boa pessoa”, “fazer obem ao próximo”, “não mentir” e “comer os legumes”. (II) Falso – Há 1 oração principal – “Basta” – e 5 orações subordinadascoordenadas entre si. (III) Falso – As orações subordinadas são reduzidas de infinitivo. Alternativa C.

10849. (Analista de Controle Interno – SEFAZ-RJ – 2011 – FGV) Na fala da mãe, há

(A) um artigo.(B) dois artigos.(C) três artigos.(D) cinco artigos.(E) quatro artigos.

RESPOSTA Os artigos estão identificados em destaque: “Basta ser uma boa pessoa, fazer o bem ao próximo, não mentir e comeros legumes”. Alternativa E.