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ÁGUEDA PAG 63

MUNICÍPIODE

PAREDESPAG 04

LEIRIAPAG 20

Nesta nossa missão de trazer às nossas páginas um país em Destaque, todos os dias encontramos empresas cada vez mais compe-titivas, que têm como missão primordial o desenvolvimento contínuo das suas competências, com uma forte aposta na inovação e criação de novas soluções. O mesmo acontece com as autarquias portuguesas que se desdobram na criação de projectos em prol dos seus munícipes. Encontramos também projectos com estratégias de expansão além-fronteiras muito bem delineadas, equipas que sabem exactamente o que pretendem para os seus projectos e para aqueles que os acompanham naquele que é, não raras vezes, o plano mais importante das suas vidas. Em cada nova reportagem notamos uma confiança crescente nos executivos nacionais, com capacidades incríveis para fomentar a competitividade entre as empresas nacionais, mas também entre as suas ‘concorrentes’ internacionais. É importante ressalvar que esta melhoria relacionada à competitividade é notória nos líderes de empresas de todas as dimensões. Há um novo optimismo e um novo alento no que concerne à capacidade das empresas portuguesas em alcançarem as metas a que se propõem. São estas características que encontramos nos empresários portugueses, indivíduos sempre prontos a arregaçar as mangas e a colocar ‘as mãos na massa’, em boa gíria portuguesa. E são estes exemplos que o convidamos a conhecer através das nossas páginas. Boas leituras. A direção editorial

Diana Silva

EDITORIALCOMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO E FOCO

FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | DIRETOR: FERNANDO R, SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: DIANA SILVA ([email protected]) | CORPO REDA-

TORIAL: LILIANA CLARO, RITA INÁCIO, SÍLVIA PINTO CORREIA | DIREÇÃO GRÁFICA: TIAGO RODRIGUES | SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO ([email protected]) | DEP.

COMERCIAL: JOSÉ VARELA, LUÍS BRANCO, MANUELA NOGUEIRA, MARÍLIA FREIRE, NÉLSON FARIA, PEDRO DUARTE ([email protected]) | REDAÇÃO E PUBLICI-

DADE: RUA ENGº ADELINO AMARO DA COSTA Nº15, 6ºANDAR, SALA 6.1 4400-134 – MAFAMUDE / +351 223 263 024 | DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA COM O JORNAL EXPRESSO

/ DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | NÚMERO DE REGISTO NA ERC: 126615 | PERIODICIDADE: MENSAL | EDIÇÃO DE FEVEREIRO

ESTATUTO EDITORIAL: A Portugal em Destaque é uma edição mensal que se dedica à publicação de artigos que demonstram a realidade do país | A Portugal em Destaque é uma edição independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica | A Por-

tugal em Destaque define as suas prioridades informativas por critérios de interesse às empresas nacionais, de relevância e de utilidade da informação | A Portugal em Destaque rege-se por critérios de rigor, isenção, honestidade e idoneidade | A Portugal em Destaque faz distinção

entre os seus artigos de opinião, identificando claramente os mesmos e estes não podem confundir-se com a matéria informativa.

ÍND

ICE

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“QUEREMOS SER A ZONA INDUSTRIAL DO PORTO”Paredes, conhecida por ser líder na indústria do mobiliário, tem várias empresas em setores dife-renciados, algumas delas multina-cionais, que encontraram naquele concelho a solução ideal para o desenvolvimento do seu negócio. Em entrevista a Celso Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Paredes, descobrimos como é que o município se tornou muito mais do que líder na indústria do mobiliário.

O concelho de Paredes é o 27.º mais populoso de Portugal, entre Viana do Castelo e o Barreiro. O município é detentor de um dos melhores registos nacionais na descida do desemprego, com uma taxa que ronda neste momento os 10 por cento, contra os 23 registados em 2011.O presidente da Câmara Municipal de Paredes explica que a região “tem crescido a olhos vistos, com uma vocação claramente industrial, que tem um peso muito significativo na indústria do mo-biliário, mas que nos últimos anos, tem conseguido atrair muitas em-presas, algumas delas multinacionais de setores até improváveis, não apenas para Paredes, mas também para o país”.“Poderia destacar aqui o papel de empresas como a Manitowoc, a Oliveira e Sá, a CESPU, a Vygon ou a Sadev. Paredes é também res-ponsável pela atribuição do único visto gold que criou 400 postos de trabalho, um investimento do grupo filipino NST Apparel. Tudo isto é reflexo de um trabalho de metodologia na captação de investimen-to, no sentido de diversificar a atividade industrial, diversificando profissões e aligeirando a pressão que temos na indústria do mobi-liário”, salienta Celso Ferreira.No presente, cerca 60 por cento do mobiliário português é fa-bricado em Paredes, setor que contribui grandemente para o equilíbrio sócioeconómico da região. O edil frisa, contudo, que

MUNICÍPIO DE PAREDES

CELSO FERREIRA

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felizmente, o município já não está tão dependente desta indús-tria: “Paredes já é muito mais do que o mobiliário. A crise financeira e económica que se instalou, desde 2008, levou ao encerramento de muitas empresas, mas o volume de negócios aumentou, portanto as empresas que ficaram são mais competitivas e conseguiram ocupar espaço, sobretudo nos mercados internacionais. Com certeza que o mérito é dos empresários, mas também das políticas de captação de investimento. No domínio dos incentivos fiscais, aprovámos a isenção de IMI para todas as empresas que façam investimentos, por isso, cobramos apenas um euro de taxas e licenças para todas as empresas. Criámos uma equipa de trabalho que tem como obje-tivo facilitar o licenciamento industrial, trabalhando em articulação com projetistas e investidores, resolvendo os problemas muito an-tes de eles aparecerem. Por outro lado, temos procurado apoiar as empresas que já cá estão, através da dinamização de iniciativas que valorizem a indústria do mobiliário. Há alguns anos a esta parte, te-mos desenvolvido o Art On Chairs, considerado, em 2014, o melhor projeto europeu de desenvolvimento regional do ano pela Comissão Europeia”.Mas o sucesso também reside na aplicação de novas políticas em setores cruciais, como é o caso da educação, procurando a qua-lificação dos recursos humanos. “Uma estratégia de captação de investimento não funciona se não tivermos recursos humanos mini-mamente capacitados e, por isso, em 2006, investimos numa política educativa que atingiu bons resultados quase no imediato, o que signi-fica que a sociedade civil estava preparada para receber este tipo de projeto. Lançámos uma carta educativa que foi inicialmente muito criticada e que hoje merece rasgados elogios. Fizémos uma reestru-turação total dos nosso territórios educativos e trabalhámos ao nível do combate ao abandono e insucesso escolar, através da capacitação dos alunos, das famílias e das empresas, no fundo, da sociedade civil. O resultado foi surpreendentemente positivo: em apenas seis anos conseguimos passar de uma taxa de abandono escolar no 9.º ano de 43 por cento, para zero. E ao nível do secundário, de 60 por cento

CÂMARA MUNICIPAL

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para um pouco menos de 40”, realça Celso Ferreira.A medida contou com uma equipa especializada de sociólogos e psicólogos e envolveu alunos, escolas, famílias e empresas. Para além dos resultados já apresentados, o autarca salienta que “foi registada uma redução de negativas de 17 por cento, enquan-to a redução de negativas, em Portugal, foi de menos dois pontos percentuais. Pela primeira vez, este ano, todas as escolas de Paredes ficaram acima da média nacional nos exames nacionais, o que de-monstra que a aposta na educação é geracional. A verdade é que, após dez anos de políticas educativas sociais e económicas estáveis, é possível apresentar resultados”.As medidas levadas a cabo pelo executivo nos últimos 11 anos tornam Paredes um dos centros industriais mais competitivos do norte do país. “Olhando para um território com estas caraterísticas, segunda linha de periferia do Porto, com uma dinâmica marcada-mente industrial, queremos ser ‘A’ zona industrial do Porto, através da afirmação de um território com uma georeferenciação excelente para as empresas se instalarem”, destaca Celso Ferreira.A adesão à Área Metropolitana do Porto, efetuada há dois anos, permitiu também alavancar a região para o crescimento e des-envolvimento industrial. “Temos 12 zonas industriais, com ofertas industriais variadas. Existem localizações empresariais a 10 e a 20 euros o metro quadrado, o que não é possível encontrar no primeiro anel da Área Metropolitana do Porto. A facilidade dos acessos tam-bém é uma vantagem: somos servidos por quatro autoestradas, A4, A41, A42 e A43, e pela linha de caminho-de-ferro do Douro, com um cais de mercadorias no limite do concelho com Valongo. Do ponto de vista da mobilidade, é um território muito competitivo: estamos a 60 quilómetros de Braga, Aveiro e Vila Real e a 15 minutos do Porto de Leixões e do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. A somar a isto, num

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raio de 130 quilómetros, temos cerca de 5 mil licenciados anualmente em Ciência, Tecnologia, engenharia e matemática”, salienta o edil. Paredes reúne todas as condições para a breve prazo se tornar um pólo industrial de referência de âmbito nacional.

Paredes tem espaço para o turismoCom uma dinâmica industrial tão forte, a questão que se impõe é se o concelho tem capacidade para desenvolver o turismo. Ques-tionado sobre o tema, o autarca refere sem hesitar: “Há logica-mente lugar em Paredes para o turismo. Estamos integrados num projeto intermunicipal, a Rota do Românico, que levou à requalifi-cação de um património edificado histórico e cultural. Aliás, ainda recentemente inaugurámos a Torre dos Alcoforados, a primeira to-rre residencial de Portugal. Até então, eram todas torres defensivas ou militares, pelo que esta é um marco da arquitetura portuguesa. Numa leitura do território, não ignoramos o potencial que o turismo tem e procuramos a valorização de algumas áreas específicas, como o golfe e a equitação. Vamos ampliar o campo de golfe do Aqueduto para 18 buracos e construir um centro hípico, infraestruturas que permitam precisamente alavancar oportunidades na área do turis-mo”.No entender do autarca, “o Turismo do Porto e do Norte de Por-tugal está a fazer um excelente trabalho, que transformará a região numa referência internacional, com a região Norte a assumir-se, nos próximos dez anos, como um dos grandes destinos turísticos não praia na Europa”.“O nosso objetivo é posicionar Paredes para acolher equipamentos que não podem estar no Porto, em Braga ou em Guimarães”, explica Celso Ferreira, acrescentando: “O turismo de negócios também é uma vertente em que a região tem de apostar, através da criação de

mais unidades hoteleiras. Estamos à procura de mais operadores tu-rísticos para Paredes”.

Tempo de balançoA completar o último mandato como presidente da Câmara Mu-nicipal de Paredes, os balanços começam a ser inevitáveis depois de quase 11 anos a liderar os destinos do concelho. Questionado sobre qual o maior desafio que teve de enfrentar, o autarca não tem dúvidas: “Foi ter de lidar com governos indiferentes ao país. Foi difícil estar na Câmara Municipal, nos últimos anos, com os desafios que se estenderam a todo o país. Estou há onze anos na câmara, oito dos quais o país esteve em crise, com uma Lei das Finanças Locais que nunca foi posta em prática”.“Em 2006, foi aprovada uma Lei das Finanças Locais que pela pri-meira vez introduziu critérios objetivos para a definição das receitas dos municípios, mas que nunca foi posta em prática. Um exemplo disto é que o concelho de Paredes tem 90 mil habitantes, mas há mu-nicípios, em Portugal, que têm 20 mil habitantes e recebem tanto como o de Paredes. A escala dos problemas é diferente e temos de lidar com o mesmo valor de verbas”, explica o autarca.Mas grande parte das dificuldades foram superadas e Paredes regista hoje “índices de desenvolvimento equivalentes aos melhores territórios do país”, revela Celso Ferreira. “Para tal, crescemos mais do que os outros. Estivemos 10 anos seguidos a crescer para recupe-rar o tempo perdido. Nunca estaríamos nos 30 melhores municípios na educação se não tivéssemos investido mais do que os restantes. Assim como no emprego”, diz ainda o autarca, concluindo: “Fo-ram 11 anos de dedicação extrema. Dedicação a causas e projetos ameaçados pela crise financeira, mas que valeram a pena”.

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SATISFAZER OS SEUS CLIENTES AO MAIS ALTO NÍVEL A HF Portas e Automatismos SA iniciou a sua ati-vidade em 2004. Localizada em Regueira de Pontes, Leiria, esta empresa soma vários anos de experiência e capacidade técnica no fabrico de portas seccionadas, portas de vidro, assim como, portas rápidas e uma vasta gama de soluções na área dos automatismos. Para além de Leiria, é possível encontrar os produtos da empresa na sua filial em Lisboa. Este ano, a HF Portas e Automatismos SA foi novamente galardoada com o prémio PME Excelência 2015.

HF PORTAS E AUTOMATISMOS

EQUIPA HF

Hugo Fernandes, administrador da HF Portas e Automatismos SA, em entrevista à Portugal em Destaque, revela como iniciou a sua própria empresa. “Trabalhei nesta área de negócio anterior-mente e uma vez que tinha estudado eletricidade, decidi dedicar-me à montagem de automatismos. Entretanto, comecei a fazer compra e venda dos automatismos e mais tarde a importação dos mesmos. A dada altura, senti a necessidade de entrar no fabrico das portas complementando assim a oferta aos clientes”.Gradualmente a empresa foi crescendo, e com isso, a necessi-dade de apresentar novas soluções. Assim, em 2006 a empresa torna-se especialista na fabricação de portas residenciais e in-dustriais seccionadas, criando uma resposta eficaz para todas as necessidades de utilização deste produto.A ligação entre o trabalho árduo e a inovação estiveram, desde sempre, presentes na empresa através de produtos novos e de qualidade. Graças a este empenho, a HF Portas e Automatismos SA foi galardoada consecutivamente com os Prémios PME Lí-der desde 2009 e de PME Excelência desde 2010. De acordo com Hugo Fernandes, “trabalhamos em parceria com o cliente para a sua satisfação, estabelecendo assim uma relação de confiança es-tável e duradoura”. A HF Portas e Automatismos SA obteve, em 2015, a certificação da qualidade, no âmbito da ISO 9001, fruto do rigor colocado no desenvolvimento de novos produtos, qua-lidade das matérias-primas e do fabrico, assim como no serviço pós-venda, resultando na satisfação dos clientes. O mercado alvo da empresa, de acordo com o administrador, “são profissionais, ou seja, mercado de revenda, nacional e internacional. Mantemos a nossa loja aberta ao público em geral embora, mais de 95 por cento dos nossos produtos serem dirigidos a profissionais e

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instaladores”. Maioritariamente o seu mercado é o nacional incluído as ilhas, operando também nos mercados internacionais tais como: Es-panha, França, Luxemburgo, Bélgica e Suíça.

ProdutosA oferta de produtos é bastante alargada. A HF Portas e Auto-matismos SA, reconhecida pela inovação e qualidade dos seus produtos, destacando-se num mercado cada vez mais exigente pelos bons resultados e qualidade que apresenta. ”A HF PORTAS E AUTOMATISMOS SA aposta forte na qualidade e grande rigor no fabrico.” A empresa tem vindo a desenvolver produtos específicos, inves-tindo em melhoramentos contínuos, aperfeiçoando os produtos já existentes no mercado. “Como exemplo temos o desenvolvimen-to efetuado nas nossas portas rápidas, porta automáticas de vidro e porta de enrolar. Esta postura é que nos tem caracterizado e recon-hecido pelos clientes, sendo um dos nossos maiores trunfos face a um mercado muito concorrencial”, refere o nosso interlocutor.“A melhor forma do cliente adquirir um dos nossos produtos é atra-vés dos nossos clientes revendedores. Temos uma marca própria, denominada Doorgate para que o cliente possa identificar os nossos produtos através da mesma”, diz Hugo Fernandes. A Doorgate é uma marca registada da HF Portas e Automatismos SA, criada com o objetivo de fortalecer a imagem de prestígio dos produ-tos e da excelência do fabrico. “Acreditamos que a marca permite ao cliente reconhecer a qualidade do produto, incrementando ainda mais o elo de confiança estabelecido com os clientes.” acrescenta.Além da sua própria marca, a HF Portas e Automatismos SA, é representante a nível nacional de automatismos da marca Roger Technology.

Conjuntura do setor em PortugalApesar da crise económica que se vive, não apenas em Portu-gal, Afonso Vieira, diretor comercial, acredita que “conseguimos vencer a mesma com a procura de novos clientes e com a criação de novos produtos, mas também com a procura de novos mercados. Quando falamos em crise num negócio como o nosso, é importante referir que atravessamos duas crises, nomeadamente a financeira e da construção civil, diretamente ligada a este tipo de negócio. A nos-sa posição líder de mercado, foi-se mantendo devido ao lançamento de produtos inovadores, colmatando algumas falhas nesta área de negócio, sem nunca descurar a nossa máxima que é qualidade e ri-gor”.A HF Portas e Automatismos SA é uma empresa maioritaria-mente jovem e dinâmica, onde os seus colaboradores mostram qualidade no serviço prestado, e esta imagem passa para o clien-te e para o mercado. “Uma das características da nossa empresa é tentarmos sempre mel-horar aquilo que já está feito. Temos uma parceria muito boa com a marca de automatismos que representamos, o que é uma mais va-lia. Além disso, desenvolvemos portas automáticas de vidro, assim como portas rápidas de lona. Este é um conceito que agrada os nos-sos clientes e que tem sido reconhecido”. O galardão de PME Excelência é o reconhecimento do empenho e dedicação, mas também é sinónimo de um maior grau de exi-gência por parte dos seus clientes e, consequentemente, da qua-lidade que colocam nos seus produtos. Afonso Vieira revela que o estatuto de PME Excelência é visto por todos com agrado e “o continuarmos a ser contemplados de ano para ano é sinal que man-temos esse grau de exigência e é isso que pretendemos para o futuro”.

Tecido empresarial de Leiria Quando questionados sobre a escolha da localização da empresa,

HUGO FERNANDES

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os nossos interlocutores afirmam que apesar de “nascidos e cria-dos aqui”, sentem que uma empresa de sucesso não tem que estar presente numa das principais cidades do país. A região de Leiria é caracterizada pela diversidade de setores, que de acordo com Afonso Vieira, evoluiu bastante a partir dos anos 70. Apesar desta ligação a Leiria, esta equipa conta com uma filial em Loures -Lisboa, “mas a nossa sede será sempre em Leiria”, frisa Hugo Fernandes. Além disso, o nosso interlocutor aponta ainda a importância que sente em empregar pessoas da região onde nasceu, como se de um contributo para a mesma se tratasse. “Aqui não olhamos apenas a números, mas sim a pessoas. Quere-mos, obviamente ter lucro e crescer na nossa faturação, mas que-remos, acima de tudo, criar um bom ambiente para quem connosco trabalha”.

Futuro A empresa utiliza três palavras para se caracterizar: qualidade, trabalho e rigor. É com estas valências que tencionam continuar a crescer gradualmente, mas sempre de uma forma sustentada e com ponderação. O mercado internacional será reforçado em 2016, “através de inúmeras melhorias e um reforço na qualidade dos produtos e do serviço prestado a estes mercados”.A HF Portas e Automatismos SA apresenta-se hoje em grande crescimento como corolário da sua política empresarial.

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PAREDES

Paredes situa-se na região do Vale do Sousa e é constituído por 24 freguesias. O atual Município de Paredes assenta no antigo Julgado de Aguiar de Sousa, com origem nos primórdios da nacionalidade, que se apresentava como um espaço político, judicial e administrativo independente, exercendo domínio sob um vasto território, composto por 48 freguesias. A gastronomia típica de cada região, é um dos principais elementos que con-tribui para o reconhecimento dessas localidades. Sendo que os segredos dessa gastronomia foram transmitidos de geração em geração, dando um sabor tra-dicional e peculiar a cada uma das iguarias. No caso de Paredes, a gastronomia mais apreciada e já sobejamente conhe-cida são o cabrito assado no forno a lenha, a sopa seca e a famosa regueifa.Ainda em Paredes, é possível desfrutar de uma noite com a sua família ou com a sua cara metade, num hotel ou numa quinta de turismo rural. Estando estes espaços envoltos em ambientes de charme e requinte. Aproveite uma escapadinha de fim de semana para usufruir da qualidade dos estabeleci-mentos hoteleiros da região, em pleno centro urbano ou no sossego de uma paisagem bucólica. A beleza da região e os rios, considerados como os menos poluídos da Eu-ropa, que a atravessam convidam à prática de desportos de aventura ou de atividades radicais, tais como o rafting, o hidrospeed ou a canoagem. A vasta floresta apela à partilha de sensações através do pedestrianismo e os campos e bosques pedem para ser percorridos a cavalo. Deixamos-lhe um irrecusável convite para visitar Paredes, aproveitando os vários momentos de descontração ao lado de quem mais gosta.

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UM ESPAÇO DE INEGÁVEL BELEZA

A Casa de Louredo é o mais recente projecto de Teresa Ruão. Foi nesta casa que Teresa Ruão nasceu e cresceu e onde, há três anos, concretizou o sonho que alimentava desde tenra idade, de adaptar a casa de família a uma unidade de alojamento de turis-mo rural. “Este era um sonho que acalentava desde muito jovem, mas que ainda não tinha conseguido os apoios necessários para o concretizar. Recentemente foi possível apresentar uma candidatura ao PRODER, ao abrigo da recuperação do património e, finalmente, concretizei este sonho”, conta a proprietária deste espaço de inegá-vel beleza. A Casa de Louredo convida-o para uma experiencia única de conforto e elegância, num ambiente informal, onde o histórico e o rural convivem lado a lado. No interior, o visitante ficará ma-ravilhado, com os pequenos detalhes, desde a decoração singular das três suites e dos dois quartos duplos, passando pelos salpicos de ancestralidade, que nos remetem para os tempos de antiga-mente, onde o conceito de família é uma constante. Esta unidade goza de uma localização privilegiada, apenas 20 minutos do aeroporto do Porto, por isso mesmo, não é de es-tranhar que “30 por cento de franceses, 20 por cento de ingleses, alemães, holandeses e belgas, para além de cerca de 50 por cento de portugueses” escolham este espaço para se deleitarem com a aprazível paisagem e inestimável tranquilidade. E dada essa proximidade, muitos visitantes pernoitam na Casa de Louredo e depois visitam o Douro e a sua incomensurável beleza.Teresa Ruão evidencia que, a curto prazo, pretende complemen-tar a esplanada deste espaço com uma pequena piscina natural, que proporcione momentos aprazíveis a quem visite a Casa de Louredo. A par disso, a proprietária desta unidade espera que a região seja alvo de uma maior dinâmica “para que também a Casa de Louredo possa estar no epicentro de uma maior procura por par-te dos visitantes”, sublinha, lembrando que o turismo de negócios

Situado num ambiente de grande simbiose entre a his-tória e a ruralidade, no coração da freguesia de Loure-do, no concelho de Paredes, a Casa de Louredo oferece o local ideal para quem aprecia a natureza ou apenas necessita de um bom descanso, desfrute da tranquili-dade inerente ao conceito campestre.

COZINHA DA TERRA - CASA DE LOUREDO

representa também um mercado muito interessante. Quanto ao futuro, Teresa Ruão acalenta o sonho de criar uma quinta pedagógica com percursos pedestres. “Gostaria de recupe-rar os caminhos antigos da minha infância”, revela a proprietária sublinhando que é necessário o apoio da Câmara de Paredes e da Junta de Freguesia de Louredo “para limpar e criar passeios pedestres com um pequeno percurso de manutenção. Esta seria a componente lúdica da oferta da Casa de Louredo”.

Um conceito tradicionalA Cada de Louredo vem complementar um projeto de caracte-rísticas puramente rurais, iniciado com o afamado e premiado restaurante Cozinha da Terra, que há 17 anos faz as delícias de todos quantos o visitam. Este espaço gastronómico apresenta um conceito de casa de al-deia, um fiel retrato do ambiente em que Teresa Ruão foi criada, mantendo a tradição de outros tempos. Este restaurante Garfo de Ouro oferece aos seus clientes uma ementa com base na gas-tronomia tradicional portuguesa, servida com critérios de mo-dernidade e com um toque mais saudável, utilizando produtos endógenos. “Quem nos visita diz sempre que este espaço lhes faz lembrar a casa da mãe ou da tia. Um espaço de casa que respeita a gastronomia tradicional portuguesa que é património cultural” cul-mina Teresa Ruão.

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O Paredes Hotel Apartamento está localizado em pleno Vale do Sousa, em Paredes, e é hoje uma referência para quem gosta de relaxar e apreciar o contacto com a natureza.

HOTEL DE PAREDES

Paulo Rebelo, diretor e sócio-gerente do Paredes Hotel Aparta-mento começa por contar que a unidade hoteleira inicialmente era um edifíco devoluto e dado ao abandono. “O espaço já existia há 30 anos, a antiga empresa, uma empresa dedicada à compra de edifícios e a sua requalificação, decidiram transformá-lo numa uni-dade hoteleira, que é hoje o Paredes Hotel Apartamento”.O agora sócio-gerente do Paredes Hotel Apartamento (Pare-destur, Lda.), estreou-se como rececionista no hotel e passou por várias etapas até ocupar o cargo que atualmente ocupa. A funcionar há 8 anos, contudo foi em 2015 que Paulo Rebelo, juntamente com a esposa Joana Rebelo, começaram a explorar o espaço hoteleiro. “Eu vim cá parar como rececionista, fui evoluindo e hoje sou eu e a minha mulher que estamos a explorar o hotel”.Curiosamente, no ano em que Paulo passa a ocupar o lugar de sócio-gerente, o Paredes Hotel Apartamento foi eleito um local de qualidade e de excelência por uma agência internacional. “Fo-mos distinguidos por uma agência internacional que está situada em Madrid, precisamente a Global Trade Leader’s Club, que nos atribuiu o prémio - International Hotel and Restaurant Quality Award”.Para melhorar a qualidade dos seus serviços, o hotel recorre a vários tipos de parcerias e de protocolos com outras empresas, nomeadamente com o Centro de Emprego de Valongo-IEFP para a formaçao na área da hotelaria. Neste momento está a decorrer uma formação de andares de 14 meses, no âmbito da formação

NOVO OLHAR SOBRE O VALE DO SOUSA

hoteleira. Para além disso, o diretor Paulo Rebelo conta que o mercado espanhol é um dos seus principais aliados e que em bre-ve contará também com o mercado francês. “Estamos a começar agora a abraçar o francês, trabalhamos muito bem em Espanha e estamos a tentar passar agora para França. De março a novembro trabalhamos com grupos, durante o ano inteiro trabalhamos com o mercado corporate e durante o fim de semana trabalhamos com um mercado mais local.”Para além dos fáceis acessos e da fantástica vista sobre o Vale do Sousa, o hotel deixa à disposição dos seus clientes 76 quartos, todos eles com kitchenets incorporadas em todos os quartos, “o facto de ser um aparthotel é um entrave para muita gente que não o conhece, não de uma forma geral, mas as pessoas que nos rodeiam pensam que isto são apartamentos e não um hotel. Mas funciona exatamente como um hotel, só que com uma kitchenet incorporada em cada quarto.”O Paredes Hotel Apartamento preza pelo bem receber e todos os clientes são bem vindos, mesmo quando não estão hospedados. Ao dispor, está um restaurante que faz parte do Guia Michelin pelo quarto ano consecutivo desde 2012.“Temos um restauran-te com capacidade para 60 pessoas, com comida tradicional e com apresentação gourmet. Trabalhamos com vinho do Douro e aposta-mos muito na gastronomia local.”O feedback é bastante positivo e o negócio parece ir de vento em

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popa. Em épocas altas o hotel atinge quase a lotação máxima. “A economia está a começar a estabilizar e gradualmente estamos a evoluir. A equipa de receção é muito boa, contamos com 17 colabo-radores e trabalhamos muito bem em conjunto. Na altura do verão chegamos a fazer 76 quartos diários.”O Paredes Hotel Apartamento é atualmente um três estrelas, mas há quem o classifique de qualidade superior. “Quando tive-mos a inspeção do Turismo de Portugal, nós sendo um três estrelas muito bem estruturado, tivemos pontuação para passar para um quatro estrelas, e os próprios juízes do Turismo de Portugal per-guntaram se tínhamos interesse em passar para um hotel de quatro estrelas. Mas preferimos continuar a ser um bom hotel de três estre-

las do que um razoável hotel de quatro estrelas. Para já não temos estrutura, mas no futuro quem sabe.”Questionado sobre o futuro do Paredes Hotel Apartamento, o di-retor diz já ter alguns projetos em mente. “Nós temos um projeto de remodelação do espaço, para ampliação. Queremos aumentar as nossas salas de reunião e o nosso restaurante. Estamos à espera da altura certa para o colocar em prática. Queremos com este projeto ter capacidade para eventos maiores porque neste momento não te-mos capacidade para fazer casamentos, por exemplo”.Em forma de conclusão, e de forma a chamar a atenção dos mais curiosos, o diretor deste hotel situado na colina de Paredes, deixa uma mensagem para aqueles que procuram um local tranquilo, longe da azáfama da cidade. “As pessoas querem visitar o Porto mas não querem ficar alojadas no Porto e, por isso, preferem ficar nesta zona que é muito mais calma, e onde têm acessos facilitados, apenas a dois minutos da auto-estrada. Por isso venham visitar-nos, não só pelo conforto e pela qualidade dos nossos serviços mas tam-bém para conhecer um hotel muito diferente dos outros, onde a ar-quitetura preza pela diferença.”

JOANA REBELO E PAULO REBELO

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ENGARRAFAMENTO DE LÍQUIDOS ALIMENTARES

Corria o ano de 1979 quando José Leão assumia o património familiar, conhecido hoje como a Quinta da Bela Vista, uma propriedade do século XIX, situada na freguesia de Parada, Paredes.Empreendedor por natureza e impulsionado pela recente adesão de Portugal à CEE (Comunidade Económica Europeia), o proprietário decide alterar a valência agrícola, iniciando-se na produção do vinho: “Passei a ter apenas uma atividade na Quinta e espe-cializei-me na produção de vinho”, conta.A 20 minutos da cidade do Porto, a quinta destina, atualmente, 11 dos seus 15 hectares de área, à cultura da vinha, cuja produção anual ronda os 80.000 litros de vinho.A mudança de rumo acarretou consigo a necessidade de um conjunto de equipamentos para responder ao novo desafio. “Cheguei à rápida conclusão de que, comprando os equi-pamentos de que necessitava para tratar o vinho da Quinta da Bela Vista, iria estar a onerar o custo do vinho garrafa/litro até aos meus netos, de maneira que comprei uns equipamen-tos maiores e comecei a vender serviços”, recorda José Leão. Assistíamos assim ao nascimento da E.L.A., que rapidamente se torna pioneira em Por-

Sedeada na Quinta da Bela Vista, em Baltar, a E.L.A. - Estabilização de Líquidos alimentares -, tem sido o parcei-ro privilegiado dos pequenos e médios produtores engarrafadores.

ELA

tugal por explorar um nicho de mercado inexistente até então: o engarrafamento móvel, com aquisição de uma unidade de frio.À primeira unidade de engarrafamento segue-se, em 2000, a unidade de acaba-mento, completando assim uma sequên-cia lógica de produção, engarrafamento e rotulagem, valências atuais da empresa.A E.L.A. opera atualmente em toda a Pe-nínsula Ibérica, totalizando cerca de 15 milhões de garrafas/ano, integrada nas normas de HACCP E Qualidade ISO 9001. Recorrendo às mais recentes tecnologias disponíveis no mercado, a E.L.A é par-ceiro privilegiado dos pequenos e médios produtores/engarrafadores, com a oferta de serviços que complementam as suas necessidades produtivas e potenciam a sua abertura ao mercado exterior.“Tem havido uma evolução em termos qua-litativos no vinho, desde há 30 anos para cá, e as exportações constituem hoje uma fatia importante da atividade dos produtores na-cionais”, assume José Leão.Hoje, volvidas quase três décadas, a E.L.A. preserva uma relação estreita e próxima com os seus clientes, identificando as suas necessidades, para lhes proporcionar uma prestação de serviço enológica personali-zada, eficiente e atempada. “O futuro da empresa pode passar por uma incursão na área da cerveja, mas esse é um projeto a médio prazo, assumido pelo meu filho”, conclui o gerente da firma.

JOSÉ LEÃO E FILHO

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MATER ET MAGISTRA

O Colégio Casa Mãe existe há 27 anos e hoje é uma referência na arte de ensinar e formar crianças e jovens no concelho de Pa-redes e em toda a região ao nível da educação. Como e quando surge este projeto?O Colégio Casa-Mãe surgiu como um pequeno projeto de ensino pré-escolar que foi crescendo e tem atualmente 27 anos de exis-tência, que tem marcado várias gerações de alunos na região.

A cultura de proximidade familiar está muito presente. O equi-líbrio entre família e escola e preparar os alunos para um mun-do cada vez mais global são os vossos principais objetivos?O Colégio Casa-Mãe rege-se por o lema ‘mater et magistra’, uma vez que é ‘mãe’ no cuidar e no acolher e é ‘mestra’ no ensinar e no estimular as crianças e adolescentes que frequentam a nossa escola. O espírito familiar é a nossa forma de estar: os nossos alu-nos podem experienciar um ambiente tranquilo e seguro, propí-cio para a aprendizagem. A nossa proximidade e comunicação contínua com os encarregados de educação permite potenciar o sucesso escolar dos nossos alunos.

Na sua perspetiva a que se deve o sucesso do vosso colégio?No Colégio Casa-Mãe trabalhamos uma cultura do mérito... tal-vez o sucesso resulte do esforço e dedicação dos alunos, pais e professores.

São muitas e variadas as atividades que desenvolvem ao longo do ano dentro e fora do âmbito escolar. Em que medida estas são uma mais valia para os vossos alunos?O nosso currículo é muito rico em visitas de estudo, palestras, atividades dentro e fora da escola, que estimulam outro tipo de competências. Em termos extracurriculares, os nossos alunos podem frequentar inúmeras atividades desde desportivas, como o hip-hop, o ballet, a natação, o andebol, o vólei, o karaté, ativida-des musicais como o coro, o piano, a guitarra, o violino, e outras atividades como a robótica, as línguas estrangeiras ou o xadrez.

A nível de projeto educativo, recebem crianças e jovens desde a creche ao secundário, passando pelo pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º ciclo. Quantos alunos, neste momento, estudam no Colégio Casa Mãe e quais os serviços que disponibilizam?Neste momento temos cerca de 500 alunos, desde a creche ao ensino secundário. Esta oferta educativa permite que os nossos alunos possam sair do Colégio diretamente para o Ensino Su-perior. Toda a nossa filosofia pedagógica assenta no estímulo do pensamento crítico e do trabalho colaborativo, competên-cias fundamentais para o mundo global. Por outro lado, temos uma forte aposta no ensino do inglês que é diário a partir dos 3 anos e que permite que os nossos alunos se preparem para os Exames de Cambridge e que ganhem competências linguísticas muito robustas nesta língua estrangeira. A partir do 2º ciclo, os nossos alunos experienciam contacto precoce com o francês e o alemão. Este ano, o Colégio Casa-Mãe iniciou uma revolução em termos digitais e já temos várias turmas já abandonaram os livros em papel e só usam tablets. Já há vários anos que o Colégio Casa-Mãe é uma eco-escola. Com o enorme espaço verde do re-cinto escolar, os nossos alunos têm a oportunidade de tratar dos animais da quinta, andar de pónei, praticar arvorismo, cuidar da horta e fazerem experiências na estufa. Temos também um serviço de psicologia e orientação profissional que apoiam todos os alunos de uma forma transversal. Para aumentar a proximi-dade com os nossos alunos, o Colégio tem uma moderna rede de transportes própria.

Quais as perspetivas e/ou projetos de futuro para o Colégio Casa Mãe?O futuro passa pela consolidação do projeto educativo do Colégio Casa-Mãe, acompanhando e reagindo à evolução frenética que assistimos hoje em dia. Continuar a preparar cidadãos capacita-dos com competências que lhes permitam trabalhar num mundo global e em constante metamorfose.

COLÉGIO CASA MÃE

A propósito deste projeto educacional em Paredes, conversámos com Tiago Coelho, diretor do colégio.

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Tânia Sousa é a atual diretora do Grande Colégio de Paredes, sendo que este colégio já existe em Paredes há cerca de dez anos, abrindo portas em setembro de 2006.

GRANDE COLÉGIO DE PAREDES

A equipa do Grande Colégio de Paredes é composta por 25 pes-soas, distribuídos por quatro professores no ensino básico (um professor por cada ano de escolaridade), seis educadores de in-fância (este ano letivo já foram abertas duas salas para crianças até aos três anos) e os restantes elementos fazem parte dos auxi-liares de ação educativa.

Valências do colégioAs valências que poderão ser encontradas neste colégio de foro privado vão desde o berçário, passando também pela creche, pré-escolar até ao quarto ano do primeiro ciclo do ensino básico. Tânia Sousa revela que “temos também a valência de sala de estu-do, onde podemos receber crianças de outras escolas, tanto privadas como públicas e, onde estas podem receber apoio ao estudo, prepa-ração para os testes e ajudas com os trabalhos de casa”. Ao todo recebem cerca de 250 crianças neste colégio, contando também com a componente de apoio ao estudo.Como vertente de atividades extra curriculares, o Grande Colé-gio de Paredes oferece aos seus alunos aulas de patinagem, fut-sal, mantêm um protocolo com a Academia de Dança do Vale do Sousa, onde as alunas fazem aulas de ballet, na componente musical é lecionado aos alunos aulas de guitarra e, dispõe ainda de Curso de Inglês (Preparação para os exames de Cambridge).

A AJUDAR A CONSTRUIR UMA SOCIEDADE MELHOR

Ao nível das Atividades de Enriquecimento curricular o colégio dinamiza atividades de inglês, espanhol e atividade física e des-portiva.De forma a manter um contacto mais próximo com os seus alu-nos, Tânia Sousa é quem leciona as aulas de catequese (oferta de escola), dadas a todos os níveis de ensino deste colégio. Com vista a proporcionar uma integração fazem também imen-sas visitas de estudo durante o ano letivo, pois uma visita de es-tudo é um momento ímpar de conhecimento e aprofundamento de conhecimentos, na qual, os alunos convivem com ambien-tes invulgares, experimentam novas situações, desenvolvem sensibilidades e promovem diálogos enriquecedores. Em cada visita de estudo, surge a oportunidade para que os professores conheçam melhor os alunos e para que os alunos se conheçam melhor.Todos os valores que fazem parte da boa convivência na so-ciedade são também muito importantes para o crescimento do aluno enquanto membro da sociedade e, como tal, “todos estes valores são incutidos desde muito cedo” para que os seus alunos sejam modelos exemplares no futuro. Segundo a diretora do colégio “é extremamente importante trans-formar o ensino em algo duradouramente útil, não apenas para os exames, mas para a vida e para lá de qualquer ranking.”

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Ensino Privado em PortugalO ensino privado em Portugal é visto, de acordo com Tânia Sousa, como uma situação em que “cada vez mais os pais ou encarregados de educação procuram a via privada de ensino porque realmente em escolas públicas, o nível de exigência é inferior ao das escolas priva-das. A instabilidade constante no setor público não ajuda, decidida-mente, a uma melhoria e gera, como é público, descontentamento e insatisfação do quadro docente. Neste colégio os professores e edu-cadores já são efetivos e estão preparados para acompanhar o rigor que lhes é exigido. O facto de os pais pagarem este serviço requer muito mais exigência, o que é legítimo. Outra vantagem do ensino

particular é o de existirem turmas mais reduzidas do que no ensino público.”O horário de abertura deste colégio é das 7.30 horas e encerram às 19.30 horas, “mas nunca encerramos a esta hora, principalmen-te pelos alunos das salas de estudo, porque as suas aulas acabam normalmente às 18.30 horas, havendo a necessidade de alargar o horário de funcionamento até às 20.30 horas”, refere a diretora do Grande Colégio de Paredes. A ideia de estar na direção de um colégio privado partiu da ini-ciativa de Tânia Sousa, quando esta tinha uma sala de estudo já há oito anos, sendo que em dezembro de 2014 recebeu uma pro-posta do Grande Colégio de Paredes para integrar a sua direção.Todo o know how que Tânia Sousa trazia na sua bagagem foi bem aproveitado, fazendo com que o Grande Colégio de Pare-des fizesse jus ao seu nome e continuasse a ser reconhecido em Paredes.Tânia Sousa adora o que faz, é muito empreendedora e decidiu arriscar neste projeto de grande responsabilidade e isso sente-se pela grande empatia e dinamismo com que fala do seu colégio.

Balanço e próximos passosO balanço que Tânia Sousa faz deste seu primeiro ano na direção deste colégio é “muito positivo”, visto que através do seu projeto anterior enquanto administradora de uma sala de estudos, as pessoas já a conheciam e conheciam os seus métodos de trabal-ho, teve alunos que mudaram das suas antigas escolas para o Grande Colégio de Paredes, o que lhe ajudou bastante a levar este projeto a um bom rumo. O sonho de Tânia Sousa passa também por acrescentar mais graus de ensino ao seu colégio “gostava de ter neste colégio até ao 12º ano de escolaridade”, necessitando de construir outro edifício e de adicionar ao seu leque mais professores para lecionarem todas as disciplinas inerentes aos restantes graus de ensino.

TÂNIA SOUSA

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LEIRIALeiria é marcadamente uma cidade com um vasto património arquitetónico, gastronó-mico e museológico a que acrescenta um conjunto de belezas naturais. Nas próximas páginas apresentamos o melhor que o tecido empresarial de Leiria tem para oferecer, passando por alguns dos conselhos mais belos de Portugal, como são exemplo Caldas da Rainha e Marinha Grande, sendo que este é um concelho apontado como exemplo de economia pujante e dinamismo empresarial, nos mais diversos segmentos como o co-mércio, agropecuária e indústrias de cerâmica, plásticos, moldes e cimento.A cultura é também,sem dúvida, um marco de destaque caracterizador do concelho, re-presentado em exemplos como os Mosteiros da Batalha e de Alcobaça. Ex-Líbris da cida-de é também o castelo de Leiria, que no seu interior aloja um núcleo museológico, essen-cial para interpretar a história da cidade e é um ponto de paragem obrigatória para quem visita a região. Em termos de gastronomia, são de salientar a chanfana, os imensos pratos de peixe, especialmente na zona costeira, como a fritada de peixinho de Lis, ensopado de enguias e vários peixes grelhados e nos doces, o pão de lá de Alfeizerão, as brisas do Lis, o pudim de ovos, as queijadas do Bárrio e as tortas de Aljubarrota.Estes são mais do que motivos suficientes para visitar esta cidade, que o promete sur-preender, quer pela inovação das várias empresas sediadas no concelho quer pela histó-ria que delimita a identidade local das gentes de Leiria.

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A SOLUÇÃO PASSA POR AQUI!Esta empresa foi fundada em 1990, por quatro pessoas. Duas delas já trabalhavam neste setor e a ambição de criarem uma empresa foi grande, dando origem à De-conorma.É assim que Urbano Faria, um dos sócios gerentes da Decoforma nos introduz este empresa especializada em acessórios de moldes técnicos.

DECONORMA

Surgimento da DeconormaA Deconorma, criada em 1990 por quatro sócios, dois dos quais especialistas no setor, começou por ter no seu quadro de pes-soal apenas três trabalhadores. Em 1994 sofreu uma alteração societária, mantendo-se Urbano Faria na sociedade, juntamente com António Febra. Mais tarde Maria da Luz Ferreira entrou também para esta sociedade.Hoje em dia, esta empresa conta com cerca de 40 colaboradores, numa equipa com uma grande formação e conhecimento técni-co. “Privilegiamos o trabalho de equipa com organização, eficácia e produtividade, sempre em sinergia com os nossos clientes”. Contudo, de acordo com Urbano Faria, existe uma falha na formação dos jovens, que a empresa tenta colmatar apostando na formação dos seus colaboradores altamente especializados. Urbano Faria revela que “temos vindo sempre a crescer e o ano 2015 foi o melhor ano para a Deconorma, pois conseguimos ultra-passar todos os objetivos a que nos propusemos no início de janei-ro, sendo que a faturação do ano passado rondou os 3.1 milhões de euros”. Isso deve-se principalmente pelo trabalho que a Deconorma tem para com os seus clientes, tendo em conta que esta empresa é “um bocadinho específica. A Deconorma é um posto de emergência. O cliente pede um acessório para um molde técnico hoje de manhã e à tarde já o tem na empresa”, dando origem à obtenção de uma resposta rápida e eficaz aos seus clientes.Esta empresa sedeada em Maceira, uma freguesia do concelho de Leiria é especializada no comércio e fabrico de todo o tipo de acessórios normalizados para moldes e máquinas, cunhos e cor-tantes.

Áreas de atuação Com a sua área de atuação abrangendo todo o país, mas ten-do uma maior incidência na Marinha Grande e Oliveira de Azeméis, a Deconorma possui cerca de 400 clientes em Por-tugal, exportando ainda os seus produtos em cerca de dez por cento para a Áustria, Espanha, França e Luxemburgo, embora a sua missão principal seja “produzir para os clientes não terem

necessidade de importar acessórios”. O nosso interlocutor salienta ainda que “praticamente tudo o que fazemos é para exportação”.O sócio gerente lembra também que este é um mercado aberto onde já existe “imensa concorrência em Portugal”, principalmente de marcas alemãs e austríacas, que “baixaram bastante os preços”.

Inovação e procura de novos mercadosTendo em linha de conta todos estes fatores, a Deconorma adaptou-se à realidade dos mercados, respondendo com dife-renciação. “Os desafios colocados ao setor são cada vez maiores, razão pela qual a empresa aposta em pequenas séries, assim como na extrema qualidade dos produtos e no rigoroso cumprimento de prazos”, refere o empresário. A inovação também está sempre presente nesta empresa visto que “ainda há pouco tempo investi numa nova máquina CNC para aumentar a produtividade”, respondendo, dessa forma, atempa-damente às encomendas, sem colocar em causa a qualidade e o rigor que têm sido a imagem de marca da Deconorma ao longo de 26 anos de atividade.

Reconhecimento e próximos investimentos“Os moldes portugueses são considerados dos melhores do mundo e muitos deles levam acessórios Deconorma” é assim que Urbano Faria demonstra o seu orgulho pelo reconhecimento dos seus produtos.Quando questionado pelos próximos investimentos, Urbano Faria refere que “o próximo investimento será na informatização da produção e dos stocks, bem como, na compra de mais 2 Tornos CNC”, o que lhes irá permitir o aumento ainda maior da sua pro-dutividade, ter menos desperdícios, ter mais qualidade, mais ri-gor e um maior controlo de prazos. Nesse sentido, o empresário explicou à Revista Portugal em Destaque que “sendo os prazos no setor dos moldes cada vez mais curtos, a empresa se capacitou, ao longo dos anos, para responder com competências técnicas e novas tecnologias para dar resposta aos clientes”.

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Serviços que disponibilizam Importa referir que esta empresa está capacitada com tornos convencionais, tornos CNC, retificadoras CNC e tratamentos térmicos. Embora se privilegie as pequenas séries, está igual-mente preparada para grandes séries e para todo o tipo de in-dústria de moldes.Outra das características que distinguem a Deconorma e que a diferencia das marcas prende-se com o facto de a empresa “ter capacidade para produzir peças, por desenho e ou standarizadas sejam de pequena ou grande dimensão e com prazos muito curtos”, vinca Urbano Faria.Este empresário conta que a empresa está preparada para criar o desenho das peças, para maquinar, fazer o tratamento térmico e a retificação, sendo que Urbano Faria refere que “fazemos todo o processo desde o seu início”.De relembrar que em 2014, a Deconorma faturou 2.7 milhões de euros, prevendo, no seu horizonte, que esta continuará a crescer.PME ExcelênciaSegundo o IAPMEI, em causa estão empresas que obtiveram os melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão no exercício de 2015, e que conseguiram manter-se competitivas num contexto económico exigente, com crescimento e conso-lidação de resultados. Urbano Faria revela que o estatuto PME Excelência “foi uma boa surpresa, sendo o resultado de muito tra-balho ao longo destes anos”. Em termos concretos, este prémio traduz-se no aumento de notoriedade para a empresa junto dos clientes e dos fornecedores.No que respeita “a recursos financeiros do Estado para novos in-vestimentos, ou mesmo junto da banca, a empresa não está a contar para já com esses apoios”.

Futuro da DeconormaOs objetivos da Deconorma passam por consolidar a produção, bem como, a comercialização e serviços prestados aos seus va-riadíssimos parceiros de negócios, apostando sobretudo na qua-lidade do produto e na satisfação do cliente. “Queremos ser mel-hores no que fazemos e temos produtos e competências para tal”, finaliza Urbano Faria. A empresa conta com 26 anos de existência e continua a querer crescer de uma forma gradual e consistente.

URBANO FARIA

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70 ANOS A EXTRAIR A ESSÊNCIA DA NATUREZAA empresa Costa & Irmãos surgiu em 1945 pelos ir-mãos, Hilário, Diamantino e Manuel Costa. Mas foi Luís Costa, avô do atual administrador da empresa, Hilário Costa, que começou a escrever a história des-ta empresa. Este, em entrevista à Revista Portugal em Destaque, começa por nos contar que o seu avô sem-pre foi um visionário daí ter-se dedicado inicialmente a uma área de negócio pouco comum para a época.

COSTA & IRMÃOS

“Somos uma empresa familiar e temos uma história de sete décadas. Quem iniciou este negócio foi o meu avô, que era agricultor e um comercial nato. Na altura, iniciou-se no comércio a retalho onde ven-dia um pouco de tudo como mercearia, adubos, rações para animais, entre outros. Mais tarde, começou por angariar resinas e a construir pequenas destilarias nos concelhos de Leiria e Pombal. Depois, o ne-gócio foi-se desenvolvendo passando a ser a principal atividade de sustento da nossa família”, destaca o atual administrador da Costa & Irmãos.Acabando por falecer em 1934, foram os filhos a dar continuida-de ao seu trabalho.“O meu avô faleceu cedo e o meu pai, Hilário Costa e os meus tios, Diamantino e Manuel Costa tiveram que continuar com o negócio deixado por ele na área das resinas e atividade comercial”.Foi nesta altura que a Costa & Irmãos, Lda foi formalmente cons-tituída, criando posteriormente outros negócios como a Loja dos Costas e a Vierifabril, empresa criada em 2005 a fim de desen-volver uma atividade mais responsável no setor das resinas.“A Loja dos Costas, criada pelo meu pai, Hilário Costa, resultou pelo fato das pessoas necessitarem de um espaço com um pouco de tudo para não terem que se deslocar a outras localidades vizinhas. É uma “loja da aldeia”, onde se encontra tudo o que as pessoas necessitam para o seu dia-a-dia e ainda hoje mantemos este negócio a par com o das resinas”, esclarece o empresário.A Costa & Irmãos esteve ainda ligada à primeira fábrica de de-rivados de colofónia em Portugal para tintas de impressão, a NARES – Resinas Naturais da qual foi sócia fundadora desde o início dos anos 80 até ao final de 2000.

Resinas, uma área atualmente estávelResponsável por quase metade da transformação nacional de resinas, é através da Vierifabril que hoje a Costa e Irmãos é uma referência neste setor. Na perspetiva de Hilário Costa, o negócio onde se centra a atividade da sua empresa, nomeadamente na vertente das resinas, tem tido altos e baixos mas agora atravessa uma fase de renascimento. Atividade essa que consiste na ex-

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HILÁRIO COSTA

tração da resina do pinheiro efetua-da por resineiros contratados, que alugam pinhais e fornecem resina para a sua fábrica, onde é feita a transformação da resi-na em dois produtos, essência de terebentina e colofónia (mais conhecidos por aguarrás e pez louro). A aguarrás é utilizada em diversos produtos, como é o exemplo de perfumes, produtos de limpeza, produtos farmacêuticos ao passo que o pez louro é uti-lizado em tintas de impressão, adesivos e colas, borrachas, por exemplo.“A Vierifabril é uma unidade fabril que tem beneficiado de investi-mentos significativos que visam dotar a sua unidade industrial com maior capacidade de produção, associada a uma maior operaciona-lidade e ao reforço da qualidade e de segurança. Com as suas quase 3500 toneladas por ano, exporta cerca de 60% daquilo que transfor-ma”, sublinha o líder da Costa & Irmãos.Por sua vez, realça a importância desta atividade que teve em tempos muita procura e que nas zonas rurais teve um impac-to economicamente grande na década de 80, 90 uma vez que constituía grande parte do rendimento de várias famílias, em complemento à sua atividade rural. Porém, a partir da década de 90, o setor sofreu uma grave crise devido à concorrência do mercado chinês, que colocava os produtos no mercado inter-nacional com preços inferiores aos nossos custos de produção. Este facto fez com que muitas empresas não tivessem condições de incentivar os resineiros a trabalhar uma vez que, os preços propostos eram insuficientes para pagar os custos de exploração que teriam. Este facto fez com que a atividade parasse substan-cialmente até meados de 2010 e os resineiros se direccionasse principalmente para a construção civil. “Devido à estrutura financeira que a nossa empresa tinha, consegui-mos, felizmente, fidelizar os resineiros com os quais trabalhávamos e resistir à crise que se instalou no setor. Em 2010 os nossos conco-rrentes chineses resolveram aumentar os preços e consequentemen-te conseguimos dar melhores condições aos resineiros. Muitos dos que envergaram pela construção civil, setor que também atravessou e continua a atravessar uma forte crise, voltaram à sua atividade

inicial”, completa Hilário Costa.Representando 50% da produção de resina em Portugal, hoje a maior concorrência à Costa & Irmãos provém do Brasil, país com excesso de produção de resina que acompanhado à desvalori-zação do real, torna o seu produto muito competitivo em toda a Europa. “Com a descida das matérias-primas, a recessão que se esta a assistir na China, a concorrência do Brasil e de produtos derivados de pe-tróleo, faz com que o ano de 2016 seja visto com alguma apreensão, afectando de forma clara a nossa atividade”.Apesar das adversidades, a Costa & Irmãos tem procurado olhar o futuro no sentido de melhorar a sua capacidade de resposta e de infra-estruturas a nível fabril. “Temos feito grandes investimentos, dos quais se destacam a am-pliação das infra-estruturas produtivas, a instalação de uma nova linha de floculação com ensacamento automático, a instalação de um novo sistema de combate a incêndios e a instalação de uma mi-niprodução fotovoltaica. Por outro lado, damos grande importância à proximidade com os clientes e procuramos criar elos de confiança, factores fulcrais na subsistência de qualquer empresa, apesar de o preço ser igualmente muito importante. Prefiro perder um cliente pelo preço do que pela qualidade”.Pelo bom trabalho realizado há cerca de sete décadas, a Costa & Irmãos recebeu ao longo dos anos várias distinções, nomea-damente em 2010, 2013 e 2014 com o estatuto de PME Líder e em 2011 e 2012 o estatuto PME Excelência, facto que orgulha Hilário Costa.

SuiniculturaA par da atividade no setor das resinas, Hilário Costa está tam-bém inserido na área da suinicultura, que como nos informa, atravessa uma forte crise porque, no momento, o comércio é que impõe os preços à produção. “A grande distribuição compra carne espanhola a preços mais caros que a nossa, o que se traduz numa perda de 30 a 40 euros por porco. Por outro lado, não se compreende que sendo Portugal deficitário em quase 50 % na produção de carne de porco se esteja a contribuir para o desaparecimento de muitas suiniculturas e consequentemen-te no aumento do déficit do nosso país neste produto. Temos vindo a protestar neste sentido com o objectivo de sensibilizar a sociedade em geral e as grandes superfícies de forma a inverter esta situação e impulsionar a produção nacional”, conclui.

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EXPERIÊNCIA E DINAMISMO NA INDÚSTRIA DOS MOLDES

“Este projeto iniciou na altura com três jovens a prestar serviços de projeto à indústria dos moldes, algo que nada tem a ver com o que a empresa é hoje. Prestava serviço de projeto e só mais tarde evoluiu para prestação de serviços de maquinações, abandonando o serviço inicial. Dos três sócios iniciais fui o único que me mantive tendo a empresa ganho uma nova dinâmica com a entrada para a sociedade do meu atual sócio, o Ricardo Caseiro”, começa por nos explicar, António Gameiro. Passados alguns anos, como o próprio indica, a Moldata dedicou-se exclusivamente à prestação de serviços de maquinação e fabricação de estruturas para moldes, atividades que ainda hoje se mantêm. “A Moldata não é uma empresa típica de moldes, é uma empresa que presta serviços para a indústria de moldes nacional e a fabricante de moldes internacionais. Parte dos nossos clientes são fabricantes de moldes europeus, cerca de 70% ”, acrescenta. Neste setor, na perspetiva do empresário, o grande problema prende-se com a escassez de recursos humanos, uma vez que cada vez é mais difícil contratar pessoal especializado nos vários serviços deste setor, apesar do bom volume de enco-mendas adquirido.

Prémio PME Excelência’15Segundo António Gameiro, a distinção da Moldata como PME Excelência’15 deveu-se essencialmente a três fatores: trabalho, seriedade e dinamismo, características que definem a sua em-presa. “O nosso setor em Portugal é bastante dinâmico e vejo o fu-turo deste setor com muito bons olhos, sendo que nesta como em várias áreas, é um dia de cada vez”.

Dinâmica contínua e evolutivaSendo um setor em constante crescimento e evolução, torna-se imperativo a qualquer empresa adequar-se às tendências e pos-suir a maquinaria necessária a cada tipo de serviço solicitado.“A indústria dos moldes é interessante, não é monótona e o que a torna interessante também a torna exigente em vários aspectos. Nós estamos a construir o molde, na moldata parte dele, que só por ser molde vai moldar algo que não existe e é aqui que a parte inovadora entra. Temos que ter sempre máquinas novas, ou seja, somos “obri-gados” a estar constantemente a atualizar maquinaria, ferramentas,

Sediada em Vieira de Leiria, no concelho da Marinha Grande, a Moldata iniciou atividade em 1998 e dedi-ca-se ao fabrico de estruturas para moldes e a diver-sos serviços em maquinação CNC de precisão. António Gameiro e Ricardo Caseiro são os administradores des-ta empresa, localizada num dos principais clusters de moldes a nível mundial.

MOLDATA

RICARDO CASEIRO E ANTÓNIO GAMEIRO

softwares, etc”, explica o entrevistado. Prestando um serviço para fabricantes de moldes, que por sua vez os seus clientes são maioritariamente da indústria automóvel, a Moldata assume um papel preponderante nesta dinâmica de fabrico. “O nosso cliente típico é o fabricante de moldes exigente que solicita os nossos serviços principalmente porque lhe atribuímos valor ao seu produto e aumentamos a sua própria competitividade.”Para este novo ano, António Gameiro assume “para este ano não temos perspetiva de grandes investimentos, queremos manter o mesmo trabalho e o mesmo serviço de qualidade”, finaliza.

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UMA HISTÓRIA DESDE 1987

Rui Lisboa inicia a conversa, começando por mencionar que “so-mos uma pequena empresa familiar com 16 colaboradores”.O administrador começou, depois de trabalhar em nome indi-vidual, por em janeiro de 1987, na década de 90, constituir uma sociedade com a sua esposa, Ilda Passadouro Lisboa, surgindo assim a RCL no mercado nacional. Mais tarde, o seu filho Flávio Lisboa entrou também para a em-presa, trazendo consigo um sangue novo, começando assim a RCL a ter outra visão de mercado.Há cerca de 15/16 anos, “apostamos na internacionalização, co-meçando a comercializar os meus produtos aos emigrantes e luso-descendentes”. O primeiro país para o qual começaram a exportar foi a França, sendo que “70 por cento da nossa produção é para este país europeu”, salienta Rui Lisboa. Há três anos o administrador refere que abriram nesse país uma sucursal da RCL, visto que “tivemos a necessidade de marcar pre-sença lá devido à maior flexibilidade que teríamos de comercializar os nossos produtos”.

Produtos A RCL realiza todo o tipo de produtos na área da caixilharia, fa-bricando também sistemas de alumínio, portas, controlo solar, portões e gradeamentos e portas selecionadas.O administrador frisa que “cada vez mais, este é um setor que tem evoluído muito”, mencionando que já trabalha em alumínio há cerca de 40 anos e que todos os dias surgem inovações mais efi-cientes, como por exemplo, os perfis e os vidros.

Com a ambição de ser independente, Rui Lisboa co-meçou por trabalhar numa empresa de caixilharia, mas, no horizonte, já tinha começado a perspetivar a vontade de criar a RCL em Bidoeira de Cima, Leiria.

RCL CAIXILHARIA

Alumínio é a matéria-prima de eleiçãoA elevada resistência mecânica, versatilidade e durabilidade, transformaram o alumínio num material de referência em todo o mundo.O alumínio oferece uma diversificada gama de aplicações na construção civil, arquitetura e design de interiores e exteriores.A sua leveza, relação resistência/peso, dureza, componente es-tética, maleabilidade, elevada resistência à corrosão e os agentes externos transformaram o alumínio num dos metais mais utili-zados do nosso planeta, sendo que este é reciclável e não é tóxico.Reconhecimento Nacional“Os nossos clientes são bastante exigentes e para que a RCL tenha capacidade de resposta, esta possui uma certificação Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a norma ISO 9001:2015”, o que permite à RCL demonstrar o compromisso da empresa com a qualidade e satisfação dos seus clientes, reforçando a imagem institucional e acompanhamento do mercado em constante evo-lução e marcação CE dos produtos fabricados de acordo com NP EN 14351-1:2006+A1, sendo também distinguida com o estatuto de PME Líder.A RCL foi também distinguida em 2011 como PME Excelência, tendo sempre como missão ser uma empresa de referência na Caixilharia de Alumínios, “assumindo um compromisso de quali-dade, preços competitivos adequados às necessidades e expectativas do mercado com vista à total satisfação dos clientes”, finaliza Rui Lisboa.

RUI LISBOA

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HÁ 100 ANOS A DEPOSITAR CONFIANÇA

Mário Matias, Presidente do Conselho de Administração des-de 1980, começa por contar a história que está na origem deste banco local. Fundado por 16 viticultores, os seus primeiros anos foram de exclusiva atividade no crédito aos seus associados agri-cultores. Mais tarde, por alterações ao regime jurídico que re-gulamenta estas instituições, a sua ação bancária alargou-se a todas as restantes atividades económicas, somente condiciona-das geograficamente, isto é, os associados deixaram de ser uni-camente agricultores e passaram a poder também fazer parte todos os que residissem ou tivessem atividade nos concelhos da sua área de ação – Leiria, Marinha Grande e Ourém. A Caixa de Crédito de Leiria tem como sede um edifício do século XVI no centro de Leiria, um edifício histórico e emblemático da cidade, adquirido e totalmente recuperado por esta instituição. Em 2004, foi instituída por escritura pública a Fundação Caixa Agrícola de Leiria. Em cumprimento do plasmado no seu texto fundamental, é missão da Fundação a promoção de ações de ca-ráter cultural, educativo, artístico, social e filantrópico, nas áreas geográficas de ação da Caixa de Crédito de Leiria, sua única insti-tuidora. A criação da Fundação Caixa Agrícola de Leiria foi uma forma de a Caixa retribuir à população toda a confiança que nela depositou ao longo deste século de existência, procurando apoiar as coletividades e associações já existentes e algumas emergen-tes, numa clara ligação com a comunidade em que está inserida. Para além dos projetos culturais - de apoio e promoção de even-tos - e literários – de apoio à edição de obras-, ao longo dos seus 11 anos de vida a Fundação apoiou já cerca de 200 associações, com maior incidência nas que fazem a sua intervenção social em locais de carências específicas, fruto das dificuldades sociais decorrentes da situação económica nacional. Questionado sobre o atual momento mais agitado vivido pelo sector financeiro, Mário Matias afirma-se naturalmente preocu-pado mas confiante que tudo se irá solucionar pelo melhor e fi-naliza tecendo elogios aos empresários locais, pela sua inovação e dinamismo. Com uma forte presença local e com uma relação próxima com os seus clientes, a Caixa de Crédito de Leiria é hoje um símbolo de confiança e faz da ética o seu valor cimeiro.

A Caixa de Crédito de Leiria surgiu em 1915, como coo-perativa de crédito. Atualmente possui 16 agências nos concelhos de Leiria, Marinha Grande e Ourém e cerca de 12.000 associados.

CAIXA DE CRÉDITO DE LEIRIA

MÁRIO MATIAS

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MOLDES EM ASCENSÃO

Fundada em janeiro de 2015, a empresa conta já com a colabo-ração de dez trabalhadores, número que pretendem expandir ainda este ano. “Estamos a aumentar a nossa capacidade produ-tiva, bem como a assegurar novas produções que nos permitirão crescer de uma forma sustentada. Esperamos até ao final de 2016 quase duplicar a nossa força de trabalho”, afirma Miguel Almeida, médico e gestor da Smartinject. A Smartinject, conhecida pela alta qualidade e pela flexibilidade dos serviços que presta, coloca à disposição dos seus clientes dois tipos de serviços. “Um deles é dedicado à realização de ensaios a moldes, em que os nossos princi-pais clientes são empresas de moldes da região de Leiria e Marinha Grande. Antes dos moldes fabricados empresas de moldes serem en-tregues para os clientes finais, necessitam de ser testados de forma a assegurar que as peças plásticas resultantes do processo de injecção estão de acordo com as especificações requeridas. Assim as empre-sas de moldes recorrem a empresas como a Smartinject, para testar o processo de injecção antes de entregarem os moldes aos clientes finais.” Para além dos ensaios realizados aos moldes, a Smartin-ject também se dedica à produção de componentes plástica em grande escala. “Estas produções, na sua maioria, são componentes plásticas com um elevado grau de de complixidade técnico, essencial-mente para empresas da indústria autmóvel.” Quando questiona-do sobre a exportação e importação dos seus produtos, Miguel Almeida afirma que, “até agora trabalhamos apenas com clientes da região de Leiria e da Marinha Grande, uma vez que para trabal-har na indústria automóvel é necessário uma certificação específica. Recentemente iniciámos este processo de certificação, e esperamos que esteja concluído até ao final do corrente ano.” Nuno Gândara, diretor de produção da Smartinject, é também responsável pela formação que é dada na empresa, e garante que a chave do su-cesso é a empatia que criam com os clientes. “Uma das coisas que tentamos transmitir de uma forma constante a todos os nossos cola-boradores é a forma como gerimos a relação com os nossos clientes. A simpatia, boa disposição, flexibilidade e proactividade, tem sido a chave para o nosso sucesso. Felizmente, temos conseguido obter uma grande taxa de retenção de clientes e na grande maioria dos casos os nossos clientes acabam sempre por requerer os nossos ser-viços novamente.” Contrariamente ao que acontece com a maio-ria dos setores, o setor do moldes e plásticos está em crescente ascensão, admite Miguel Almeida. “Este setor anda em contra círculo. Temos verificado que os moldes têm crescido desde que co-meçou a crise económica no nosso país. A marca dos moldes portu-gueses tem vindo a crescer bastante”. São jovens e ainda recentes no mundo dos moldes. Ambicionam vir a ser líderes de mercado e acreditam que o facto de serem “novos” neste ramo não lhes condiciona o futuro, muito pelo contrário. “Somos jovens, toda a nossa equipa é composta por gente extremamente competente e com um forte espírito de equipa e de trabalho. Tentamos ao máxi-

A SmartInject é uma empresa de injeção de plásticos que oferece aos seus clientes uma vasta gama de ser-viços, desde a realização de ensaios e de produções de pré-séries, a complexas soluções de engenharia no ramo da indústria de moldes e plásticos.

SMARTINJECT NUNO GÂNDARA E MIGUEL ALMEIDA

mo acompanhar a evolução tecnológica, não só no que diz respeito à produção, como também em todos os outros processos operacionais da empresa. Os nossos clientes podem agendar testes online, conse-guimos disponibilizar, em directo, através de uma aplicação web e mobile a realização dos testes aos nossos clientes. Estes são alguns exemplos de pequenas inovações que temos trazido para a indústria que nos têm permitido crescer e atingir os nossos objectivos”. Sobre o futuro, os sócios da Smartinject acreditam ser promissor, e já têm em mente uma vasta lista de projetos. “Vamos aumentar o nosso parque de máquinas. Neste momento, estamos com sete má-quinas, adquirimos recentemente uma de maior tonelagem que nos vai permitir aumentar a gama de serviços que prestamos abrindo assim novos horizontes e novos mercados. Vamos continuar a apos-tar na aquisição de novos equipamentos que nos permitão aumentar a nossa capacidade produtiva e a gama de serviços que podemos prestar. Ao mesmo tempo,temos também um projeto de internacio-nalização para cumprir no espaço de dois anos, em que procuramos clientes principalmente provenientes dos mercados europeus”, con-clui Nuno Gândara.

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A NOSSA FROTA, A SUA MERCADORIA... UMA PARCERIA DE VALOR!

Como explica Manuela Sábio, gerente da empresa Transwhite, “fomos crescendo um pouco sempre só a nível do transporte de frio, em 2008 nasceu a LogiQueen quando sentimos a necessidade que carga geral de uma parte logística porque já não se comprava um camião inteiro, vinha um camião distribuído por vários clientes en-tão esta parte da logística foi muito importante na carga geral e foi aí que nasceu a LogiQueen”. Atualmente a Transwhite tem perto de 200 funcionários e possui cerca de 65 camiões de uma frota moderna, fazendo rotas em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Suíça, Holanda, Alemanha e Inglaterra. Todos os motoristas são altamente qualificados, onde está incorporado em todos os ca-miões sistemas de Track & Tracing e GPS e telemóvel, onde é possível existir uma ligação direta entre o camionista e a empre-sa. A transportadora, presta serviços de alta qualidade aos seus clientes, mostrando rapidez e qualidade no serviço, para isso dispõe: camiões com dois motoristas, reboques frigoríficos com bi-temperatura e plataforma elevatória e reboques Lona com ADR e megatrailer. Devido à sua atuação rápida no mercado, a Transwhite consegue facilmente satisfazer as necessidades dos clientes, com um mercado cada vez mais exigente, está ao dispor do cliente uma frota de camiões, de acordo com as normas euro-peias. De acordo com Manuela Sábio, o que difere a Transwhite das outras transportadoras, passa pelo facto de “a parte da logís-tica da carga geral é bastante bem gerida, pois temos armazém em

Fundada em 2004 e sediada nas Caldas da Rainha, a Transwhite – Transportes, Unipessoal Lda, é hoje uma referência no setor dos transportes. Designada por ser uma empresa jovem e com uma mentalidade fresca,

rapidamente começou a crescer. Iniciou com uma viatura a nível nacional e gradualmente expandiu, a estrutura inicial foi-se modificando, mas não deixou de ser vista como uma empresa forte e sólida. A Transwhite con-

centra-se essencialmente em transportes de temperatura controlada de frutas; vegetais; flores; plantas e bens alimentares, bem como carga geral.

TRANSWHITE

Albergaria, na Holanda e Caldas da Rainha”. Estes pontos geogra-ficamente bem posicionados, leva com que exista por parte da Transwhite rapidez e eficiência no serviço. O cliente é uma peça essencial para a empresa, a gerente fala que “o cliente precisa de estar sempre em primeiro lugar, a exigência do cliente é bastante crucial para nós, e perceber que cada cliente é um cliente, gosta das coisas há sua maneira”. A estratégia da Transwhite também passa, por visitar os clientes, entender o que está mal e que pode ser so-lucionado. Como explica Manuela Sábio “normalmente é sempre com outro cliente que incentiva o outro a vir“.

Conjuntura dos apoios a PortugalAo questionar a gerente, sobre o apoio que recebem, esta ex-plica que “a maior parte do combustível 85 por cento abastecemos em Espanha e é o país que nos dá mais apoios nesse aspeto, para além do combustível ser mais barato, temos um prémio que eles nos dão por cada litro que colocamos e ao fim do ano é um imposto que eles devolvem e atualmente no nosso país isso não existe”. Manuela Sábio, lamenta que seja esta a situação atual e afirma que se os preços fossem mais baixos, meteriam combustível em Portugal. Para a Transwhite, o futuro passa pela mudança das instalações, mas continuam sediados nas Caldas da Rainha, para a gerente, “vai ser uma mais-valia para nos para também termos mais espaço e outras instalações para gerir as coisas”.

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ALCOBAÇAA Maçã de Alcobaça marcou presença uma vez mais naquele que é considerado o maiorcertame mundial do sector da fruticultura, a Fruit Logística 2016, que decorreu de 3a 5 de Fevereiro em Berlim. A presença da Maçã de Alcobaça neste certame foi assegu-rada pela participação das empresas associadas Campotec, Cooperfrutas e Frutalvor, que integraram o stand da Portugal Fresh e que exportam os seus produtos para os vários mercados do mundo. A representação de Portugal neste certame foi também assegurada pela Portugal Fresh, num espaço de exposição de 450 metros quadrados, este ano com a participação de 30 empresas portuguesas do setor das frutas e legumes, que apresentam o de que melhor se faz no sector hortofrutícola nacional e onde apostam na divulgação internacional dos seus produtos. Tratou-se de uma presença de extrema importância na medida em que as empresas vêm neste certame a oportunidade de apresentar os seus produtos aos maiores produtores mundiais do sector, na perspectiva de exportação dos produtos portugueses. A APMA - Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça repre-senta 19 Organizações de Produtores e Agrupamentos de Produtores, constituídas por produtores individuais queproduzem cerca de 40.000 Toneladas de Maçã de Alcobaça equivalente a 320.000.000 (trezentos e vinte milhões) de Maçãs, distribuídos pelos Con-celhos de Alcobaça, Batalha, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Leiria, Lourinhã, Marinha Grande, Nazaré, Óbidos, Peniche, Porto de Mós, Rio Maior e Torres Vedras. A Maçã de Alcobaça é um produto qualificado, de Indicação Geográfica Protegida, produzi-do segundo preocupações racionais e ambientais, que preserva as suas característicasintrínsecas sendo um alimento natural e saudável.

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ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTOPRES DE MAÇÃ DE ALCOBAÇAAPARTADO 62 | 2460-059 ALCOBAÇA

TLF: 262 597 585 | E-MAIL: [email protected]

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COMPROMISSO DE QUALIDADE

“A Cooperfrutas começou em 1998 com as mudanças de mercado, com o aparecimento da distribuição e a abertura das fronteiras pois houve a necessidade dos agricultores se juntarem e concentrarem a oferta para poderem entrar em mercados mais profissionais”, co-meça por explicar Sérgio Pereira.Durante todos estes anos, uma das principais preocupações por parte da administração da Cooperfrutas passa por renovar a sua central fruteira, que era uma central relativamente antiga, es-tando inclusive este ano a finalizar as obras restantes.“Quando começamos trabalhavamos com mil toneladas, hoje temos 96 associados e temos 12 mil toneladas. Diminuiram os produtores, mas cresceu a área devido a agricultura ser cada vez mais profissio-nal e tem que ser mais concentrada”.Por sua vez, os investimentos passam pela monotorização de controlo de pragas, das regas, podas mecânicas, plataformas de colheita, ou seja, a Cooperfrutas tem investido numa série de equipamentos com o obetivo de tornar os custos mais eficientes. A nível central têm investido no melhoramento do frio, atmos-feras controladas, equipamentos de calibragem mais modernos para evitar impactos na fruta e na área ambiental. “Temos trabalhado igualmente na embalagem e na forma como os produtos são embalados porque isso também faz a diferença e é es-sencial para a própria imagem”, afirma.Os produtos centram-se na pêra e maçã, 60% de pêra rocha e maçã golden, fuji e gala, são as três variedades com que a Coo-perfrutas trabalha. Por vezes, com valores mais residuais, pês-segos e ameixas. Produtos esses presentes no Brasil, Inglaterra, Alemanha, Polónia, França, Marrocos, Espanha e Irlanda.“Decidimos internacionalizar os nossos produtos, principalmente a

A Cooperfrutas, CRL, é uma Cooperativa de Produtores de Fruta e Produtos Hortícolas, que foi constituída em 1998 e que esta sediada em Alcobaça. Sérgio Pereira, administrador desta cooperativa faz-nos um balanço do trabalho realizado, dos projetos em curso e futuros passando pelos produtos com os quais trabalham e que per-mitem que esta seja uma região de excelência frutícola.

COOPERFRUTAS, CRL

pêra rocha, porque já é um produto que é produzido em quantidades superiores ao consumo nacional e houve a necessidade de entrarmos noutros mercados. Hoje a maçã de Alcobaça, tem beneficiado desta divulgação e também já é exportada”, frisa.Juntamente à Associação de Produtores da Maçã de Alcobaça, o objetivo passa por divulgar este produto ao consumidor e mos-trar-lhe as suas particulariedades.“A maçã de Alcobaça é diferente porque é produzida num ambiente muito específico, entre as Serras de Montejunto e dos Candeeiros e o mar, sendo uma zona muito concentrada de nevoeiros, o que tam-bém ajuda a diferenciar a maçã, que é diferente da maçã do norte, do Alentejo, de Espanha ou de outro sítio qualquer”, refere o admi-nistrador.Com um crescimento de 10% ao ano, os projetos são vários sen-do o puré de fruta e a comercialização de compostos orgânicos alguns exemplos.“Os nossos purés foi uma ideia que surgiu para aproveitar a cha-mada “fruta feia”, apenas com imperfeições estéticas que em nada interferem com a qualidade e achamos que é uma mais valia porque é natural, sem adição de açúcares e com durabilidade de um ano. É um projeto recente, que surgiu há apenas um ano e meio, estamos a tentar promover no mercado e já esta presente numa grande su-perfície. Temos também um projeto de divulgação das boas práticas ambientais que a Cooperfrutas implementa desde sempre. Para além disso, temos uma instalação fotovoltaica, uma das maiores da região centro, temos um sistema de monotorização de energia e fazemos a gestão de resíduos da central fruteira. Os resíduos orgânicos pro-duzidos na central servem para produzir um composto orgânico”, finaliza Sérgio Pereira.

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FRUTA DE QUALIDADE

NATUREZA EM PLENO

A Carsag está presente no mercado nacional, mas nos últimos anos internacionali-zou-se e os produtos estão disponíveis um pouco por todo o mundo.“Atualmente estamos presentes em África, América do Sul, Irlanda, Bélgica e Holanda”, destacam os empresários.Hoje, a empresa produz e comercializa três produtos, maçã, pêra e ameixa e a pêra rocha acabou por ser o cartão de visita da empresa, o que levou a exportar novos pro-dutos e a estar presente em novos mercados. Agora, a aposta recai pela divulgação desses produtos.“Hoje a maça de Alcobaça é uma marca presente no mercado. Conseguimos a valorização pela marca e os supermercados já nos encaram de outra forma, bem diferente do ínicio deste projeto”, ressalva Filipe Ribeiro acrescentando o papel preponderante da Associação de Produtores da Maçã de Alcobaça.“Estamos em todas as cadeias de distribuição e a Associação de Produtores da Maçã de Al-cobaça tem tido um papel fundamental na relação dos produtores com a distribuição, não

Situada numa região de excelência, onde existe a Denominação de Origem Protegida (DOP) da Pera Rocha do Oeste e a Indicação Geográfica Protegida (IGP) para a Maçã de Alcobaça, uma variedade nacional com características únicas. A fruta produzida pela JDR e Filhos é vendida no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa, mas a empresa sediada no Casal do Marques já exporta e pretende intensificar a entrada noutros mer-cados“Temos procurado expandir o negócio familiar e dinamizar novos mercados ao longo dos anos. 60% da nossa produção é direcionada para o mercado externo e 40% para o mercado nacional”, salienta Tiago Dias.Esta empresa familiar que se dedica à produção, conservação, normalização e embala-mento de fruta com incidência na produção de Pera Rocha e Maçãs de diversas varie-dades com especial destaque para a Royal Gala, Fuji e Golden, possui cerca de 80 hec-

A Casa Agrícola Ribeiros - Sociedade de Agricultura de Grupo, foi funda-da em 1989 na transição de geração do pai de Filipe, Pedro e Leonel Ribeiro. Situada em Alfeizerão, Alcobaça, região de produção de pomoideas de ex-celência, a Carsag produz maçã, pêra e ameixa, produzidas com as melho-res técnicas e acondicionadas com os mais avançados equipamentos.

Nasceu em 2002 e resulta da vontade de dois irmãos continuarem o tra-balho desenvolvido há alguns anos pelos seus pais. Liderada por Tiago e Cátia Rodrigues, atualmente a JDR e Filhos é a maior empresa de fruti-cultura da freguesia de Cela e uma das maiores do concelho de Alcobaça, produzindo atualmente cerca de 1500 toneladas de pêra Rocha e 1200 to-neladas de maçã.

CARSAG

JDR E FILHOS

funcionando como concorrentes mas sim como parceiros. Em termos de exportação, tivemos que nos adaptar no sentido de evo-luirmos a nível da embalagem, da própria imagem da empresa, para chegarmos ao pú-blico que pretendemos atingir”.Para o futuro, acredita que ainda há mar-gem para crescer, quer a nível interno e externo, basta continuarem a oferecer sempre o melhor produto ao cliente final.“Queremos que o nosso negócio familiar siga o seu percurso normal, procurando sempre novos mercado”, conclui o empresário.

tares, 60 dos quais em terrenos próprios e esta a proceder à renovação de alguns pomares para variedades mais modernas com o propósito de inovar.“Os nossos objetivos passam por consolidar a produção bem como a comercialização e serviço prestado aos parceiros de negócios, apostando na qualidade do produto e na sa-tisfação do cliente. Queremos ser melhores no que fazemos, e temos os produtos e com-petências para tal”, frisa, por sua vez, Cátia Rodrigues.E é pelo bom trabalho desenvolvido que a JDR e Filhos conquistou durante dois anos consecutivos o prémio de PME Ex-celência, permitindo abrir novos horizon-tes à sua atividade comercial.

Rua 4 de Julho, nº31Casal Velho 2460-199 Alfeizerão

+351 917 750 842+351 919 774 086

[email protected]

Rua do Moinho, nº12 Casal do Marques2460-349 Cela Alcobaça

+351 262 500 [email protected]

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APOSTA EM MERCADO ESPECIALIZADO

Apesar de não ter conhecimentos nem cursos na área o empre-sário explicou que abriu a SIPA numa época em que ainda tinha a hipótese de aprender através da tentativa e do erro, facilidade que não há hoje em dia, e que foi o que o permitiu perceber como é que a área funcionava e o que tinha que desenvolver para ter sucesso. Acrescenta também que teve a benesse de poder fazer uma grande aposta em equipamento (especialmente nas feiras designadas à área do comércio destas máquinas) desde o início, aproveitando todas as oportunidades e ajudas dos bancos para financiar o negócio e assim construiu a empresa que possui atualmente.

Importância no mercado de hojeHoje em dia, a SIPA conta com sete trabalhadores e presta uma variedade enorme de serviços como a serigrafia, a estampagem, a tampografia, a impressão digital, o plotter de corte e o verniz UV. A empresa está também perfeitamente equipada para tra-balhar com qualquer tipo de material e prezam-se especialmente por esse fator.Isídro Pereira de Almeida explica que trabalha maioritariamente a nível nacional através da prestação de serviços e a nível de exportações essencialmente na Europa e em Angola. Acrescenta também que os seus principais compradores são comerciais, que por sua vez têm uma multitude de clientes, e que a empresa se

A Serigrafia Isidro Pereira de Almeida surge no ano de 1989 em Benedita, região de Alcobaça. Isidro Almeida, o proprietário, explica que a ideia de abrir uma empre-sa de serigrafia surgiu quando trabalhava como diretor comercial numa firma que tinha muitos gastos de im-pressão serigráficas em material. Devido a essa neces-sidade, o empresário acreditou que o setor da serigrafia tivesse espaço para crescer e vingar e apostou no mes-mo. Por isso, numa altura em que havia uma grande facilidade em abrir empresas, Isidro Pereira de Almeida decidiu que iria apostar na publicidade através da seri-grafia e assim nasceu a SIPA.

SIPA SERIGRAFIA

ISIDRO PEREIRA DE ALMEIDA

baseia na maior parte em ganhar a confiança dos seus clientes e em manter o sigilo absoluto sobre o trabalho que prestam a cada um deles. Quando questionado acerca do balanço que faz da empresa, Isi-dro Pereira de Almeida mostrou-se satisfeito e diz que desde a abertura até aos dias de hoje que a avaliação tem sido extrema-mente positiva. “A minha estratégia inicial e a maneira como entrei no mercado fo-ram as mais corretas e a localização também ajudou visto que em 1989 a região de Benedita era uma zona maioritariamente empre-sarial em diversas áreas e com uma grande possibilidade de cresci-mento”, frisa.

O futuro da SIPAEm relação aos planos para o futuro, o empresário disse que ten-ciona continuar a trabalhar com comerciais através da prestação de serviços e destaca que a forma como labora é um “método que funciona tanto nacionalmente como com o estrangeiro”. Por sua vez, mostra-se igualmente interessado em especializar a SIPA em alguns setores de atividade a nível europeu mencionando o fabrico de transfers em particular que trabalha com empresas de calçado e empresas têxteis.

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AGRICULTURA DE QUALIDADE É DESAFIO PERMANENTE

“Em 2008, as dívidas estavam pagas e começamos finalmente a ter condições para olhar para o futuro”, começa por explicar Manuel Castelhano, presidente da direção da Cooperativa Agrícola de Alcobaça desde esse mesmo ano.Toda a organização foi reestruturada em função da nova estra-tégia definida, com particular incidência nos recursos humanos. “Muita gente tinha saído e fomos buscar gente nova, formando um corpo de recursos humanos muito competente. Aqui, cada co-laborador realiza mais de 100 horas de formação por ano e hoje a cooperativa voltou a ser um “fenómeno de simpatia social”. Temos um excelente relacionamento com os produtores e clientes que nos procuram e a nossa mais valia é a qualidade a todos os níveis. Temos uma gestão profissional, completamente transparente e isso é muito importante”, realça. Hoje, prosseguindo uma estratégia de crescimento, a Coop des-envolve a sua atividade em seis áreas de negócio: Loja de Agro-químicos, a Loja Coop, os Serviços, o AgroTurismo, o Centro de Formação e o Posto de Combustível contando atualmente com 26 colaboradores. Apostando no futuro da agricultura como setor estratégico para a economia regional e nacional, a Coop lançou em 2013 um Cen-tro de Formação Profissional certificado, que veio dinamizar e reforçar o empenho da instituição na profissionalização de um setor cada vez mais exigente e competitivo. São vários os cursos que são lecionados neste centro. Só no último ano cerca de 1100 formandos passaram pelo Centro de Formação da Cooperativa.Por sua vez, a Loja Coop dispõe das melhores soluções alicerçada

Fundada em 1932 por autonomização da Secção de Compra e Venda do Sindicato Agrícola de Alcobaça, a Cooperativa Agrícola de Alcobaça (Coop) é uma das mais antigas do país. Hoje, conta com 4500 sócios, dos quais 2300 estão ativos, sendo que em tempos chegou a ter mais de 15 mil associados e 60 delegações no con-celho e freguesias limítrofes. Com uma atividade que satisfazia as necessidades dos agricultores da região, a Coop registou um declínio de atividade na década de 1990 a que se seguiu uma grave rutura financeira. Iniciou então um Processo de Recuperação Especial de Empresas, que terminou em 2006 com a liquidação de todas as dívidas. Passados dois anos inicia-se uma nova fase, com a definição de uma nova estratégia de atuação baseada nas necessidades e expectativas dos seus membros e da agricultura da região.

COOPERATIVA AGRÍCOLADE ALCOBAÇA

MANUEL CASTELHANO

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numa gama de produtos diversificada na agrícola, desde utensí-lios até maquinaria, na área do jardim, na área animal, rações ou acessórios, na área de bricolage com e na área doméstica.A Coop voltou a ser uma referência na comunidade onde está inserida e no panorama agrícola regional, assumindo hoje uma clara aposta no apoio às políticas de desenvolvimento rural, ino-vação tecnológica e promoção de novos produtos.

Granja de Cister, o projeto mais recenteCom o objetivo de mostrar o que de melhor a agricultura da região de Cister tem para oferecer, surge em 2014 a Granja de Cister. Este projeto é a face mais visível de um projeto integrado que envolve os produtores, um espaço de promoção e o turismo e o património da região. O fluxo de mostra tem dois sentidos: levamos os produtos agrícolas de excelência produzidos na re-gião até aos consumidores e, por outro lado, levamos as pessoas a visitar as unidades de produção dando visibilidade aos moder-nos processos produtivos nomeadamente ao seu respeito pelo maio ambiente e saúde humana. A loja apresenta oito famílias de produtos agrícolas de excelência: fruta, fruta transformada, hortícolas, vinhos, licores, azeite, enchidos e queijos.“Para além de ser uma área de exposição dos melhores produtos da região de Alcobaça, é também um espaço importante a nível de pro-moção de uma alimentação saudável, do património e da cultura da região”, frisa Manuel Castelhano, fazendo um balanço positivo deste projeto. A marca “Granja de Cister”, que traduz a intenção de dar visibi-

lidade ao produto agrícola da região, está registada a nível euro-peu pelo Instituto de Harmonização no Mercado Interno (IHMI).“A maior parte dos produtos agrícolas que consumimos vêm de ou-tros países e é importante sensibilizar as pessoas para a importância do consumo de produtos nacionais ou regionais, da sua qualidade e caraterísticas intrínsecas, das preocupações que os nossos pro-dutores têm com a segurança alimentar e com o respeito pelo meio ambiente. Estes são objetivos que queremos continuar a prosseguir”, conclui. Números de 2015 revelam que a Granja de Cister vendeu qual-quer coisa como 23 toneladas de fruta e cerca de 18 mil unidades de queijo.

Projetos de futuroReconhecendo o risco da concentração da produção em apenas dois ou três produtos, a Cooperativa tem vindo apoiar produções alternativas, como o medronho, morango, framboesa, pinhão, etc, avança Manual Castelhano, líder da Coop. “Pretendemos ser um agente ativo na regulação de preços de merca-do pois desta forma evitamos muita especulação e exploração dos produtores. O objetivo é servir cada vez melhor. Prestamos apoio técnico à produção de fruta, vinho e azeite, num total de 230ha. Cada produtor tem as suas necessidades e temos que nos adaptar, servindo com qualidade. Temos um corpo técnico muito qualificado para aconselhar os nossos produtores de forma profissional e isenta. O sucesso dos produtores é o nosso sucesso”, frisa.

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QUALIDADE E INOVAÇÃO DOS SEUS SERVIÇOS

A clínica sediada na freguesia da Benedita, distrito de Leiria, co-meçou por existir num espaço alugado no edifício da Policlínica da Benedita. Em 2007, a Eco 4 adquiriu o seu próprio espaço, no piso térreo do mesmo edifício, alargando a sua atividade a outras valências da imagiologia, diversificando e aumentando o número de exames e, como consequência, o melhor servir a população.A equipa da Eco 4 - Ultrassonografia Diagnóstica, Lda é consti-tuída por Margarida Guerra, que trata da gestão administrativa, juntamente com mais sete funcionárias que prestam auxílio aos médicos e trabalho administrativo, laborando em regime rota-tivo. Neste momento são nove, o número de médicos que asseguram os serviços prestados por esta clínica nas diferentes valências. Sete médicos são especialistas em radiodiagnóstico e dois cardio-logistas. Estes últimos responsáveis pela realização dos ecocar-diogramas, característica que distingue a Eco 4 de outras clíni-cas de diagnóstico em que os ecocardiogramas são feitos não por médicos cardiologistas mas por técnicos especializados.Margarida Guerra começa por contar à Portugal em Destaque que “a área da radiologia é uma área que abrange muitos tipos de exames e aqui na Benedita não havia nenhuma clínica de radiodiag-nóstico”, o que fez da Eco 4 fosse uma clínica pioneira e de re-ferência nesta região. As valências que fazem parte do leque de oferta da Eco 4 - Ul-trassonografia Diagnóstica, Lda são as seguintes: Raio-X, Eco-grafia, Doppler, Mamografia, Ecocardiograma, Holter, Prova de Esforço, Densimetria Óssea, Telerradiografia, Ortopantomogra-fia, TAC. Quanto questionada sobre a melhor forma de chegar aos seus utentes, Margarida Guerra é perentória ao afirmar que “a melhor

A Eco 4 - Ultrassonografia Diagnóstica, Lda abriu em 1997 na Benedita e foi fundada pelo médico Octávio Reis, diretor clínico da Eco 4, e por Luísa Figueiredo, também médica. Mais tarde juntou-se a esta equipa Isabel Penas e Licínio Cardoso, igualmente médicos.

ECO4

ENTRADA

ECÓGRAFO

SALA DE R-X

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forma de chegarmos até aos nossos utentes é primando pela nossa qualidade de serviço”.A mesma salienta ainda que “entregamos os relatórios todos de ecografias no mesmo dia, o de radiologia convencional urgente en-tregam-se na hora e quando não são urgentes demoram entre dois a três dias. Os relatórios de TAC, quase todos ficam feitos no próprio dia, o que acaba por ser um fator diferenciador em relação à nossa concorrência”. A atualização dos diferentes equipamentos é uma das preocu-pações da Eco 4 - Ultrassonografia Diagnóstica, Lda. Nesse sen-tido, o equipamento de TAC será renovado muito em breve.“A maior parte dos utentes da Eco 4 são de Rio Maior, de Alcobaça e Caldas da Rainha”, narra Margarida Guerra. Margarida Guerra afiança que “somos referenciados por médicos de outros concelhos para que os seus pacientes venham fazer os seus exames na Eco 4”, o que por si só já é motivo de orgulho e diz bem do zelo e profissionalismo de todos os que nela trabalham.

Equipa médicaEspecialidade em radiologia:• Maria Isabel Daniel Penas• Octávio Mendes Reis• Maria Luísa Antunes Figueiredo• Licínio Alves Cardoso• Jorge Eduardo Barbosa e castro• Ana Sofia C. Carreira Germano• Rui Simões SantosEspecialidade em cardiologia:• Carlos Manuel Santos Andrade• Lourenço Coelho

TAC

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APOSTA NA PROXIMIDADE

A diretora clínica, que trabalhou em diversas clínicas antes de decidir abrir um negócio por conta própria, refere que os serviços médicos que mais se destacam são medici-na dentária, serviços de enfermagem (administração de injectáveis e fazer pensos) e análises clínicas. Hoje em dia, Raquel Afonso também dispõe de mais dois serviços no seu consultório e são eles psicologia clínica e fisioterapia. “Apesar de estarmos inseridos num meio suburbano, tentamos ter um serviço personalizado, uma vez que conhecemos todas as pessoas pelo nome. Fazemos também algum serviço domiciliário mais ao nível da fisioterapia, enfermagem e das análises clínicas, visto que um paciente que esteja acamado não consegue deslocar-se até nós”, salienta a administradora do Centro Médico e Den-tário SãoTiago, referindo ainda que “estamos numa aldeia em que o hospital mais próximo fica a cinco quilómetros e, no centro de saúde apesar de haver uma equipa de enfermagem, esta não labora todos os dias”, sublinha Raquel Afonso. Esta unidade de saúde assegura nove postos de trabalho e tem acompanhado a inovação do setor, oferecendo aos seus clientes as mais recentes técnicas de saúde. “A medicina dentária é uma área sempre em

Raquel Afonso, médica dentista de formação, decidiu arriscar e criar o seu próprio negócio com a ajuda dos seus pais, na terra que a viu nascer e cres-cer. Com portas abertas ao público há cerca de dois anos em Alcobaça, o Centro Médico e Dentário SãoTiago tem apostado na proximidade com os seus pacientes, oferecendo-lhes vários serviços médicos.

CENTRO MÉDICO E DENTÁRIO SÃO TIAGO

evolução. Cada vez mais as pessoas perce-bem e estão conscientes da importância da cavidade oral”, salienta a administradora da empresa e acrescenta que “muitas vezes as outras patologias que surgem advêm do mau trato e do não conhecimento da cavi-dade oral”. No Centro Médico e Dentário SãoTiago, “os doentes são tratados como um todo, em que os profissionais de saúde tentam encontrar a melhor solução para cada patologia”, finaliza Raquel Afonso.

Rua das Eiras Velhas, nº10Évora de Alcobaça2460-492 Alcobaça+351 262 503 227+351 913 662 532

[email protected]

SOLANCIS - SOCIEDADE EXPLORADORA DE PEDREIRAS, S.A.

Rua da Sindocal, 22 - 2475-016 BENEDITA | PORTUGAL

tel (+351) 262 925 080 | fax (+351) 262 925 081

website www.solancis.com | info [email protected]

gps | 39°26'00.30"N 8°57'39.29"W

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A Solancis é uma empresa, da Benedita Concelho de Alcobaça, que se dedica à extração e transformação de pedra natural, trabalhando essencialmente com o calcário. Foi constituída em 1969, e recentemente viu o seu trabalho distinguido pelo Exmo. Sr. O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, decidiu atribuir ao empresário Samuel Delgado o grau de comendador da Ordem do Mérito Empresarial, na Classe do Mérito Industrial.

SOLANCIS

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Samuel Delgado é quem dirige a empresa há cerca de 30 anos, consciente da responsabilidade que tem por se tratar de uma obra iniciada pelo seu pai Manuel Delgado. O empresário refere que se sente orgulhoso pelo trabalho desenvolvido até então.

Reconhecimento NacionalFoi no passado dia 13 de outubro de 2014 que o Exmo. Sr. Pre-sidente da República honrou a empresa com a sua visita. Neste seguimento, e reconhecendo todo o valor e mérito do projeto, o empresário foi distinguido como comendador da Ordem do Mé-rito Empresarial, na Classe do Mérito Industrial.Quando questionado sobre o sentimento desta diferenciação, Samuel Delgado refere que “é uma notícia que se recebe com muito agrado, com muito orgulho e que independentemente da condeco-ração tenho de agradecer também a toda a equipa que aqui labora”, expõe o empresário.Além disto, Samuel Delgado compreende que este prémio trás com ele um maior sentido de responsabilidade, percebendo en-tão o peso de criar mais postos de trabalho de manter a qualidade até aqui alcançada e atingir outros objectivos empresariais.Este é um reconhecimento que aparece ao fim de 47 anos de existência da Solancis, mas na qual os investimentos e o suor depositado começaram há algum tempo atrás.

UM RECONHECIMENTO BEM ACOLHIDO

Procura de novos mercadosEntre 1999 e 2000 a empresa deu um salto, atingindo novos mercados externos. Nessa altura a exportação rondava os 60 por cento maioritariamente para França.Samuel Delgado assume que “nunca quiseram parar e continuam a procurar sempre mais”. Na atualidade, o mercado da Solancis é considerado o mercado global. A empresa posiciona-se num grupo muito restrito de empresas capacitadas para fornecer pro-jectos de elevado rigor e qualidade.Hoje, a Solancis conta com 12 pedreiras localizadas no mais importante repositório de formações calcárias de Portugal. As camadas são classificadas por geólogos, o processo de extração varia consoante a rocha e as características da pedreira. Depois de extraídos os blocos são agrupados pelas suas características e posteriormente promovidos para os projectos mais indicados a cada rocha.

Processo produtivoAntes de iniciar a exploração de uma pedreira, é feita a aná-lise do recurso. Este estudo averigua a existência de pedra no local, a sua quantidade e a viabilidade económica do processo. Normalmente, a informação sobre as pedreiras que existem nas proximidades já é suficiente para avançar com a exploração. Não

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havendo pedreiras contíguas, o recurso é analisado recorrendo a um estudo geológico mais aprofundado.Se o local tem as condições desejadas para exploração, o passo seguinte é o licenciamento da pedreira, procedimento que com-preende vários requisitos ambientais.Dependendo da orientação da superfície, há duas formas de ini-ciar a extração da pedra. Se a superfície for horizontal, é feita uma primeira cavidade para a inserção do serrote e consequente corte na horizontal, permitindo assim a extração de blocos de pedra maiores.Quando a superfície é vertical ou ligeiramente inclinada, a ex-ploração inicia-se cortando a rocha na vertical e depois pela sua base. Ficando um pedaço de rocha separado da bancada (talhada) que pode chegar até às 500 toneladas. A talhada é então tomba-da e, já na horizontal, dividida em partes mais pequenas (blocos), num procedimento que se denomina de talhar o bloco. As novas dimensões visam facilitar o transporte e manejo da pedra.A estratificação natural da rocha acontece de forma ligeiramen-te inclinada, enquanto o corte para retirar a talhada do solo é feito na horizontal. Torna-se assim necessário acertar o corte do bloco com a estratificação da rocha. A este processo chama-se “acorromar” o bloco.

A talhada dá origem aos blocos que são depois classificados con-forme o tipo de pedra e ficam armazenados na pedreira, poste-riormente são transportados para a Solancis, onde serão trans-formados.No entanto aliado a todo este procedimento está uma compo-nente tecnológica, que com todos os seus desenvolvimentos, hoje facilitam um pouco o trabalho dos especialistas da Solancis. Neste seguimento, o número 56 é o que define os espaços onde se podem encontrar obras com materiais desta empresa portugue-sa. Falamos assim de países como França, Inglaterra, Espanha ou Polónia onde foram responsáveis pela construção de vários hotéis, centros, avenidas ou sedes de grupos empresariais.Mas para que todo este percurso fosse possível e alcançado, Samuel Delgado nunca se esquece da importância de cada fun-cionário que com ele trabalha. Nos dias de hoje conta com 99 colaboradores e 12 deles pessoas formadas, uma particularidade difícil de alcançar nesta área de especialização. Assim, conscien-te de todo o esforço que os seus colaboradores fazem, reconhece neles o mérito também preciso para o crescimento da Solancis.

Calcário é a pedra de eleiçãoO calcário é uma matéria-prima de excelência com característi-cas únicas que permitem a esta rocha ser utilizada em locais com temperaturas extremas, como por exemplo o clima frio da Rússia ou o clima quente e seco do Médio Oriente. São rochas jovens com idades entre os 120 e 280 milhões de anos.Atualmente contam com obras de referência nos cinco conti-nentes. No que diz respeito a Portugal fala-se por exemplo do Mosteiro de Alcobaça, que é um espaço de distinção na região, a Praça do Comercio ou até mesmo o Centro Cultural de Belém onde cooperou com outras empresas na altura.

FuturoQuando questionado sobre o futuro, Samuel Delgado não pode deixar de referir que querem chegar mais longe, no sentido de atingir outros mercados, prestar um melhor serviço para os seus clientes, e sobretudo representar bem a pedra portuguesa. “É isto que se pode esperar da Solancis, uma empresa que sabe bem de onde veio e para onde quer ir”, conclui Samuel Delgado.

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PELA SUINICULTURA NACIONAL

Sediados na Benedita, uma localidade aprazível pertencente ao concelho de Alcobaça, com todos os meios de transporte para trabalhar a nível nacional, a SEP SANCHO pretende iniciar a exportação dentro em breve. Neste momento estão preparados para responder a qualquer de-safio no setor agropecuário. Têm todo o know-how e estão em processo de certificação na norma da qualidade para aumentar a qualidade do serviço oferecido aos seus clientes. Dispõem de técnicos especialistas nas mais diversas fases de obra desde o projeto, construção, equipamento e manutenção. Têm toda a maquinaria e viaturas necessárias para fornecer um produto/serviço de excelência ao seus cliente desde o projeto à implemen-tação e manutenção. Fabricam as sapatas, pilares, painéis, asnas oferecendo uma es-

25 anos sempre a trabalhar no setor de equipamentos pecuários com o objetivo de desenvolver e melhorar os equipamentos para os seus clientes obterem melhores resultados. Procuram produzir e desenvolver o máxi-mo de equipamentos evitando a importação. No deco-rrer dos 25 anos, começou com Sancho Silva, Lina Silva (a sua esposa) e um colaborador. Atualmente continua Sancho Silva e Lina Silva, os seus três filhos e 120 cola-boradores. O objetivo continua a ser a inovação com novas ideias no mercado da agropecuária, sendo sem-pre apologista de novas experiências para revolucionar o setor, para ser competitivo e estar na vanguarda da tecnologia e informação. Este crescimento foi sempre com muita dificuldade, mas sem nunca pensar em de-sistir ou abrandar.

SEP SANCHO

|Soluções Agro-

Pecuárias|

|Soluções Agro-

Pecuárias|

TIAGO SILVA, LINA SILVA SANCHO SILVA, JOANA SILVA E JACINTA SILVA

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trutura praticamente sem pontes térmicas, melhorando imenso o isolamento obtido. Fabricam todas as medidas de seletes em cimento. Dispõe de uma serralharia civil completa, oferecendo produtos nessa área consoante as necessidades dos seus clientes. Criaram um sistema de fixação do isolamento por baixo das ma-dres, melhorando o fluxo das ventilações. Fazem a montagem dos seus quadros elétricos. Têm soluções à medida para fazer projetos chave na mão. A SEP SANCHO conta com uma equipa profissional e está unida e em sintonia para darem o melhor de cada um, sendo compe-titivos e dispostos a oferecer um produto de qualidade para que os animais que crescerem numa obra feita pela SEP SANCHO sejam saudáveis e bem desenvolvidos. Dispõe também de estru-turas metálicas e outros produtos no seu portefólio. Consulte o o site www.sepsancho.com para mais informações.Portugal necessita de aumentar 50 por cento da sua produção de carne suína para ser autossuficiente obrigando o crescimento do sector e o aumento da produtividade e eficiência.“Temos muito que trabalhar e não queremos baixar os braços. Força SEP SANCHO, Força PORTUGAL”.TIAGO SILVA, LINA SILVA SANCHO SILVA, JOANA SILVA E JACINTA SILVA

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GUIMARÃESO BERÇO DE PORTUGAL

A Associação Comercial e Industrial de Guimarães foi criada em 1865, assu-mindo ao longo dos seus quase 150 anos de existência um papel determinan-te no desenvolvimento do tecido económico local e regional. A título de exemplo a Exposição Industrial Concelhia de 1884, a Exposição Agrícola e Mercado Especial das Indústrias Vimaranenses em 1910, a Expo-sição Industrial e Agrícola de Guimarães em 1923 e a Exposição Industrial e Agrícola de Guimarães em 1953. A ACIG é responsável pelos dois dos mais antigos e maiores centros de formação de Guimarães: o centro de formação CFIG, desde 1986 e a Escola Profissional CISAVE, desde 1991, formando até à atualidade mais de 16 mil alunos. A Associação é considerada Instituição de Utilidade Pública desde 1993 e Medalha de Ouro da Cidade em 1990 e o imóvel que a ACIG adquiriu em 1922 foi classificado como Imóvel de Inte-resse Público em 1977. Guimarães sabe a importância da educação para o desenvolvimento industrial, sendo também conhecido por ser um concelho ativo e desde o início da industrialização em Portugal e, em meados do séc. XIX, foi um dos mais importantes centros industriais do país. Estamos peran-te um concelho que possui raízes profundas no que diz respeito à atividade empresarial, com especial ênfase para o setor industrial que, marcou todo o seu desenvolvimento, nomeadamente através das indústrias de curtumes, têxteis e vestuário, cutelarias, calçado, ourivesaria, equipamento de frio e metalomecânica. A iniciativa “Guimarães Marca” é uma estratégia que visa a promoção indus-trial, cultural e turística de um território. O que se pretende é demonstrar que Guimarães contém em si mesmo uma marca que a distingue no património industrial e empresarial do concelho. O veículo é ele próprio, uma “marca”, um “selo”, que transporta o slogan: “Guimarães Marca”. Este projeto teve iní-cio em 2012, ano em que Guimarães foi capital europeia da Cultura. Em 2014, depois da criação da unidade orgânica Divisão de Desenvolvimento Econó-mico, o projeto foi alvo de uma nova visão, com o intuito de melhorar o seu plano de ação no que concerne à promoção do tecido económico do Concelho, no panorama nacional e internacional, aglomerando, o prestígio da história da cidade à atividade industrial, que sempre caracterizou esta região. A men-sagem a passar é a de Guimarães, enquanto território histórico, dinâmico, com infra-estruturas de qualidade, competitivo, de confiança e ousadia, de inovação e contemporaneidade, capaz de, através do símbolo, ser percecio-nado por cada um, em qualquer lugar como verdadeiro capital de excelência.

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DE GUIMARÃES PARA O MUNDO!O início de atividade deu-se em 1961, produzindo-se de forma artesanal e pelas mãos do seu fundador Domin-gos de Sousa, colchas para o mercado interno e ex-co-lónias, num tempo em que as mãos trabalhavam mais que as máquinas. O espírito de sacrifício e a dedicação de Domingos de Sousa pela sua empresa, tornou possí-vel que as condições outrora insuficientes viessem a ser melhoradas e qualificadas.

DOMINGOS DE SOUSA

As instalações até então arrendadas, foram adquiridas e am-pliadas, permitindo o melhoramento da eficácia da produção da empresa. Por volta de 1974 ocorreu uma evolução da produção para o fabrico de atoalhados turcos (toalhas de banho) de gama média a média/baixa, ainda para o mercado interno”, afirma Fá-tima Sousa, diretora comercial da empresa. Daí até à exportação sobretudo para França, facilitada pela facilidade de comunicação e proximidade, foi um processo muito rápido. Fátima Sousa as-segura que ainda hoje cerca de 90 por cento dos produtos fabri-cados na Domingos de Sousa e Filhos, S.A. são para exportação.

Investimentos que dão frutosDepois de adquirirem a tinturaria, com intenção de “depender cada vez menos de terceiros”, em 1985 deu-se a montagem da fiação. Já em 1995, com o objectivo de reduzir os custos e aumen-tar a eficiência dos recursos, um dos maiores investimentos da empresa permitiu que fosse criada uma central de cogeração que até hoje fornece energia elétrica, água quente e vapor à fábrica.Os frutos dos investimentos aplicados, assim como de uma ‘sen-sível’ modernização da gestão da empresa foram notórios. A em-presa até então de pequena dimensão evoluiu para uma média dimensão e a oferta passou a ser dedicada a uma gama médio/alta. Os principais mercados em que a empresa está inserida são a Alemanha, Espanha, Suíça, Finlândia e Estados Unidos da Amé-rica.É importante salientar a presença desta empresa em feiras da especialidade, sendo que a Domingos de Sousa esteve presente na HEIMTEXTIL em Frankfurt, de 12 a 15 de janeiro do corrente ano, pela 26ª vez consecutiva.

O que pode ser encontrado aquiA Domingos de Sousa e Filhos, S.A. produz atoalhados de fel-po tintos em fio ou em peça, de gama média/alta, para banho e cozinha, comunidade (hotelaria, hospitais), praia e roupões de banho.As matérias-primas têm de ser as melhores e por isso chegam de vários cantos do mundo como o Brasil, Moçambique, Senegal, Costa de Marfim, Zimbabué e Espanha.Sendo o mercado asiático o maior concorrente desta empresa

sediada em Guimarães, a flexibilidade torna-se imprescindível. Fátima Sousa explica-nos que o fundamental é a “qualidade mas muito importante é também o serviço”.Para se diferenciarem dos seus concorrentes, a aposta na qua-lidade e na flexibilidade tem sido o mais importante e lembram que “não é fácil trabalhar a este nível” pois uma produção em mas-sa permite uma maior facilidade de execução. A empresa tem como principal foco “as necessidades e desejos dos seus clientes”, salienta Fátima Sousa, e por isso a empresa é dota-da de um gabinete de criação e desenho onde os seus designers desenvolvem as coleções para os seus clientes, mas também a coleção própria da empresa. A investigação e experimentação em novos desenvolvimen-tos no campo da aplicação de novas tecnologias, novas fibras e novos acabamentos criativos são também alvo de uma especial atenção por parte da empresa.

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DOMINGOS DE SOUSA

O investimento realizado teve sempre presente as necessidades de flexibilidade do mercado, particularmente no que respeita a séries curtas e diversificação de produtos.Fátima de Sousa referiu à nossa revista que a procura da inovação é um fator sempre presente na Domingos de Sousa. “ Procuramos antecipar as necessidades dos nosso clien-tes, quer a nível tecnológico como de produto, o que nos obriga a uma investigação constante a todos os níveis.”

Política de qualidadeFátima de Sousa considera que “a gestão da qualidade, ambiente, higiene, segurança e saú-de” são componentes integrantes da atividade da empresa. Em particular, a Domingos de Sousa está empenhada em assegurar a integridade dos seus 190 colaboradores e do ambiente em que se insere, assim como a promover a qualidade dos seus processos, produtos e serviços.Neste sentido foi desenvolvido um sistema de Garantia de Qualidade baseado numa atitude de Qualidade Total, e está certificada pelo Sistema de Gestão da Qualida-

de de acordo com a norma NP EN ISO 9001:2008 e pelo Sistema de Gestão Am-biental de acordo com a norma NP EN ISO 14001:2004, ambos no âmbito do Sistema Português da Qualidade.

Projetos de Futuro“Temos previsto um investimento de três milhões de euros no âmbito do Portugal 2020, que serão traduzidos por novas má-quinas de tinturaria de fio, teares novos, en-tre outros”, finaliza a diretora comercial

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Liderada por Sidónio Ribeiro da Silva que conta com mais de 30 anos de experiência no setor dos cur-tumes, a NBS, empresa sediada em Guimarães e vocacionada para o setor do Calçado, foi responsável no ano passado pela produção de pele para fabricação de sapatos das principais marcas Europeias.

NBS CURTUMES

HÁ 30 ANOS A TRABALHAR O COURO…PRESENTES EM CADA PASSO

DO SEU PERCURSO… “YOUR SECOND SKIN”

Anos de experiência culminam em empresa de sucessoA empresa surgiu da vontade de um líder com uma visão van-guardista que desde muito jovem se apaixonou pela arte cente-nária dos curtumes quando decidiu começar a ajudar o seu avô na antiga Fábrica de Curtumes da Ramada de Guimarães, uma unidade centenária hoje património mundial, onde tomou o gos-to por esta área. Na altura, estudava desporto e decidiu mudar de área e dedicar-se aos curtumes. Percebeu, no entanto, que ne-cessitava de adquirir conhecimento e formação. Assim, o nosso entrevistado rumou à Alemanha onde se especializou em curtu-mes. Cinco anos depois, regressou a Portugal para reintegrar a estrutura da fábrica do seu avô, então como técnico, função que desempenhou durante quase uma década. Em entrevista à re-vista Portugal em Destaque, Sidónio Ribeiro da Silva relata que o tempo vivido na Alemanha teve muita influência no que era a sua visão do negócio tendo-o levado a traçar novos objetivos para a empresa. Embora bem sucedido nesse período verificou que “com o tempo os objetivos da empresa passaram a ser di-ferentes daqueles que acreditava e por isso decidi abrir o meu negócio, na altura, apoiado financeiramente por um familiar in-dustrial de outro sector, que me confiou sociedade pelo “Know-how” entretanto adquirido”. É em abril de 1994 que inicia o seu

percurso independente. “De início éramos poucos colaboradores, uns quatro ou cinco, suficientes para dar resposta à pequena unida-de que se destinava apenas ao serviço de acabamentos em peles”, re-vela o nosso entrevistado. Em 2004 inicia-se um novo ciclo com “a decisão de investir na ampliação da unidade e dota-la de todos os recursos necessários para as diferentes fases produtivas nomeada-mente recurtume, tingimento, secagem e acabamento, o que desde logo passou a garantir capacidade de desenvolvimento de produtos próprios e diferenciados. Hoje contámos com uma equipa de 45 pro-fissionais de excelência. Trabalhamos essencialmente para expor-tação, embora indireta, por via dos nossos clientes que são empresas nacionais reconhecidas internacionalmente e essencialmente expor-tadoras”, acrescenta Ricardo Pinto, diretor financeiro e responsá-vel pela gestão organizacional. Atualmente, a NBS encontra-se noutro patamar devido à “experiência que fomos adquirindo que nos permitiu conhecer os clientes e as suas necessidades, bem como, o desenvolvimento correto das peles para sapatos, botas, sandálias, etc. Fomos sempre aperfeiçoando a técnica em função do artigo que o cliente necessita. No calçado, atualmente, se um cliente procurar a NBS garantimos todo o tipo de serviço, no que diz respeito à pele”, garante Sidónio Ribeiro da Silva.

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Crescimento consolidadoDurante as últimas décadas, o setor não ficou imune à diversas crises e à inerente instabilidade gerada, “com principal foco na última que ocorreu em 2008 que obrigatoriamente nos levou a re-pensar o negócio em todas as suas vertentes, com uma forte aposta em I&D (investigação e Desenvolvimento), novo modelo comercial e uma seleção criteriosa dos parceiros de mercado com base num pro-duto de qualidade capaz de não só conquistar mercado mas acima de tudo fidelizar o cliente e a sua marca” relata Sidónio Ribeiro da Silva. Entre 2012 e 2015 a NBS regista um crescimento a um rit-mo de 30 por cento ao ano. “Este crescimento deve manter-se para o corrente ano, embora o mais importante nesta fase seja a consoli-dação daquilo que se construiu nestes últimos quatro anos”, ressalva Ricardo Pinto.

Equipa de excelência especializadaDando extrema importância ao capital humano, a NBS soube re-unir profissionais de excelência garantindo assim um serviço de alta qualidade através de uma equipa constituída por técnicos com largos anos de experiência e colaboradores que sintam e se identifiquem com a empresa e o projeto. Uma vez que existe uma lacuna no sistema de ensino profissional para o setor dos curtu-mes, a formação de colaboradores especializados está a cargo da própria empresa. “No mínimo uma pessoa precisa de dez anos de prática para se tornar um profissional independente. Já para atingir um patamar de excelência são necessários 20 anos. Ora nesse aspe-to a empresa está consolidada pois a sua equipa técnica conta toda ela com mais de 20 anos de experiência”. A empresa procura dar sempre formação aos seus colaboradores, o corpo técnico tem como mentor o líder da empresa que é muitas vezes com colabo-ração dos fornecedores, o responsável pela qualificação dos tra-balhadores. O trabalho realizado na empresa tem como técnico

de acabamentos, José Martins, que opera no setor há mais de 30 anos. Na gestão de recursos humanos e controlo de qualidade o responsável é Luís Carneiro, homem que está ao lado de Sidónio Ribeiro da Silva desde 1994. Como técnico de recurtume a NBS recrutou José Baião que conta também com mais de 20 anos de experiência em empresas de referência. O responsável da em-presa faz questão de ressalvar a importância e o peso que toda a equipa tem no seu desenvolvimento pois “nenhuma organização tem sucesso sem um quadro de profissionais de excelência, onde im-pera a natural ordem hierárquica mas que, não tenho dúvidas, todos os colaboradores são fundamentais independentemente da comple-xidade da tarefa que desempenha. Por isso a minha principal preo-cupação sempre foi ter a meu lado pessoas capazes, independentes e que se identifiquem com esta casa. Nessa hierarquia destaco claro aqueles que são os responsáveis por cada Departamento da empre-sa, a quem é conferida a responsabilidade de criar, formar e orientar a sua equipa de trabalho. O Ricardo Pinto é a quem confio autonomia e poder de decisão na área de gestão financeira e organizacional. Já na produção tenho os técnicos José Martins, Luís Carneiro e José Baião que com a entrega e empenho de todos os restantes colabo-radores, asseguram toda a produção em segurança mesmo quando estou ausente”, destaca o líder. Para o futuro, o nosso interlocutor revela a ambição de que “a NBS venha a ser uma forte empresa de referência no setor, sabendo que temos muitas etapas para perco-rrer, mas certo de que temos as pessoas certas, a estratégia certa e uma ideia muito clara de onde queremos chegar”. Pela convicção de-monstrada fica a certeza de que “quando coletivamente queremos muito atingir um objetivo, é uma questão de tempo até o alcançar”, conclui. “Não nos limitámos a produzir peles, desenvolvemos a pele adequa-da ao sapato do cliente, este é o nosso lema”.

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BELEZA E BEM-ESTAR NATURAL

A Natural Concepts nasceu em Braga, no ano de 2008, como uma Spin-off da Universidade do Minho, criada por alunos e Alberto Dias, professor do Departamento de Biologia. Nas pa-lavras de Paulo Braga, biólogo e um dos fundadores deste pro-jeto, no Departamento de Biologia da Universidade do Minho, trabalhávamos com plantas aromáticas e medicinais, uma área interessante e com potencial e por isso decidimos lançar a em-presa para explorar estes conhecimentos. A empresa começou por funcionar nas instalações do Departamento de Biologia e, mais tarde, com o apoio logístico do Spin-Park, mudou-se, no iní-cio de 2009, para as atuais instalações do Spin Park no Centro Tecnológico do Ave-Park. A Natural Concepts dedica-se ao desenvolvimento, produção e comercialização de produtos cem por cento naturais baseados em plantas aromáticas e medicinais, aliando as tecnologias e o conhecimento científico ao saber empírico da tradição popular. Numa fase inicial o objetivo foi a produção de chás e infusões biológicos Folha d’Água, base “com que começamos a trabalhar, para desenvolver uma vertente comercial e divulgar uma marca própria, sinónimo de qualidade e confiança. No início os nossos pro-dutos eram baseados em chá e infusões de plantas únicas. Depois começamos a produzir misturas com aromas e sabores diferentes em virtude da procura por parte do mercado”, explica Paulo Braga. Desde há algum tempo que a Natural Concepts e a Folha d’Água Chá Biológico e Emoções estão presentes no mercado portu-guês, o objetivo passa por consolidar a posição a nível nacional e posteriormente alcançar novos países. “Os nossos clientes es-tão muito satisfeitos com os nossos produtos e elogiam sobretudo a relação qualidade/preço”, realçam os interlocutores. Em Portugal, os entrevistados consideram que existe ainda “uma cultura que relaciona muito o chá e as infusões à doença, enquanto um chá ou uma infusão poder ser uma experiência muito interessante sendo uma bebida alternativa aos refrigerantes açucarados e gaseificados que podem ser prejudiciais. O chá é uma bebida alternativa e é isso que também queremos transmitir ao cliente”. Atualmente “os nossos chás e infusões encontram-se por todo o país em lojas gourmet e no

Natural Concepts, Lda é uma empresa, com a chancela da Universidade do Minho, que desenvolve e comercia-liza produtos naturais de elevada qualidade, biológicos e convencionais. Sediada no Spinpark-Avepark, na lo-calidade de Caldas das Taipas, concelho de Guimarães, Natural Concepts apresenta uma ampla gama de pro-dutos nas áreas alimentar e cosmética, designadamen-te chás, infusões, óleos essenciais e princípios ativos, incluídos numa marca própria a ‘Folha d’Água’. Além disso oferece serviços de consultoria e desenvolvimen-to de produtos para terceiros.

NATURAL CONCEPTS

El Corte Inglés”.Questionados sobre como decidiram entrar em novos projetos, Vera Castro, bióloga, revela que “derivado do conhecimento que trazíamos da universidade, e à procura do próprio mercado, co-meçámos a trabalhar com os óleos essenciais, com a aromoterapia e com todos os produtos direcionados para essa área. Comercializa-mos sobretudo para profissionais de spas e terapeutas, que conhe-cem melhor este tipo de produtos”. Assim surgiu a gama de óleos essenciais Folha d’Água e óleos de massagem diversos, criados particularmente para os clientes.“Mais tarde, veio ainda o desafio de desenvolver produtos para a área da cosmética. Foi nessa altura que surgiu a parceria com a Tai-pas Termal, e o primeiro produto elaborado foi uma gama de sa-bonetes. Neste momento, estamos a evoluir para outros produtos possibilitando a criação de uma gama mais ampla”. A médio prazo a Natural Concepts pretende ter linhas de produtos diferenciados que se destinem ao cliente final e aos profissionais de spas, hotéis e centros de beleza e bem-estar, evidencia a bióloga Vera Castro.

VERA CASTRO, ALBERTO DIAS E PAULO BRAGA

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Um foco importante da Natural Concepts é o desenvolvimen-to de novos produtos, solicitados por clientes ou que surgem de necessidades evidenciadas pelo mercado. O desenvolvimento de um sabonete pode exigir alguns meses, enquanto um creme hidratante, por vezes, necessita um ano para encontrar a fórmu-la adequada. “Este tipo de produtos, nas áreas da aromaterapia e cosmética, depende do interesse e pedidos particulares dos próprios clientes. Cada vez mais há procura pelos produtos naturais de qua-lidade e nesse sentido queremos responder a esta necessidade. A par disto existe sempre uma preocupação com o meio ambiente, e com a certificação dos nossos produtos”, realça Paulo Braga. A qualidade e segurança são factores importantes para a Natural Concepts, assegurados em todas as vertentes da produção, desde a matéria-prima ao produto final. A Natural Concepts opera em modo biológico certificado e a maioria dos produtos que estão na nossa gama são de agricultura biológica. Os fornecedores são certificados por entidades externas e fidedignas para garantir que o produto não é adulterado. Esta certificação é muito impor-tante e mais relevante ainda quando começámos a desenvolver produtos para cosmética. Nesta vertente procuramos usar o mí-nimo ou mesmo eliminar o uso de químicos de síntese, havendo sempre uma preocupação com a saúde do consumidor e com o ambiente”, destacam Paulo Braga e Vera Castro.

Futuro promissorA Natural Concepts está numa fase de mudança. Com a entrada de uma nova equipa, proceder-se-á a algumas alterações de ima-gem da marca bem como da estratégia de presença no mercado. Numa primeira fase, a prioridade passa por rejuvenescer a mar-ca “Folha d’Água”, redimensionar e redefinir os produtos, com o apoio de uma loja online totalmente remodelada: “temos 20 re-ferências de chás e estamos a efectuar uma redefinição, direcionan-

do-os para outros mercados, dividindo em hotelaria, restauração, spas e centros de bem-estar. Estamos igualmente a trabalhar para elaborar produtos específicos no âmbito do conceito “cliente único”, mais direcionado para os profissionais.Com isto, pretendemos criar uma ligação mais próxima com cada cliente, procurando responder às suas necessidades. Até ao fim do primeiro trimestre vamos ter uma renovação da imagem e da mar-ca ‘Folha d’Água’, permitindo uma maior facilidade de acesso aos produtos, melhor interação com os nossos clientes, com uma maior aposta na divulgação e desenvolvimento de produto”, adiantam Paulo Braga e Vera Castro. O futuro vai continuar a ser direcionado para a Investigação e Desenvolvimento de novos produtos. Dentro de alguns obje-tivos, destacam-se os serviços de consultadoria, elaboração de uma gama completa destinada a profissionais, mas também o desenvolvimento de “novos produtos na vertente alimentar e cos-mética”, concluem os entrevistados.

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A 17 julho de 2009 nasceu o mitpenha na penha – em guimaraes, um espaço de evento, na qual incorpora o Penha Club (discoteca) e o Mclub ( piscina)

MIT PENHA

Foi um espaço pensado para garantir a flexibilidade, adaptando-se a diferentes tipolo-gias de eventos e servindo-se de solução para os desafios dos clientes mais exigentes e criteriosos. O mitPenha é um espaço multimodal dividido por três salas com paredes amovíveis , com um deck panorâmico e um playground. Joaquim Martins, sócio-geren-te, um dos impulsionadores deste projeto, carateriza o mitPenha como um espaço de eleição no norte do país, que tem uma capacidade para mais de mil pessoas.“O espaço MitPenha é um espaço que foi pensado de raiz para eventos, tanto na vertente particular como na vertente empresarial”, é assim que Fátima Araújo, coordenadora de eventos, introduz este espaço. Na vertente particular realizamcasamentos,batizados, comunhões, aniversários, almoços e jantares.“Celebramos histórias de vida; quer seja de um eventos para 20 ou 500 pessoas, contenta-mo-nos apenas com a perfeição de criar um evento especial, capaz de transmitir a identidade dos protagonistas, numa atmosfera intimista, calorosa e totalmente personalizada. Trata-mos de cada evento como se fosse único, preparamos cada pormenor a pensar em cada cliente. Com o nosso serviço wedding planner o nosso cliente tem simplesmente que idealizar para nós realizarmos” . O mitPenha tem uma equipa profissionais competentes com capacidade de dar resposta a todos os desafios.Dos casamentos pode-se dizer que entre o mês de maio e o mês de setembro são meses com maior volume de negócio. É muito comum que o MitPenha tenha todos os fins de semana desses meses totalmente preenchidos, refere a organizadora de eventos e relações públicas deste espaço. A realização de cada evento é da responsabilidade do MitPenha, desde a primeira reunião com o cliente até ao brinde final, é tudo feito in-ternamente. “Temos catering interno, toda a produção é feita e coordenado pelo chef Dias. Na vertente empresarial o mitPenha é caracterizado por um espaço dinâmico e versátil , de traço contemporâneo, com excecionais características arquitetónica, atrevemo-nos a ser criadores de experiências. Temos sempre uma solução adequada a cada evento, de simples reunião às de grande dimensão”. E felizmente são muitos os eventos de grande dimensão realizados no mitPenha, desde reuniões de trabalho, congressos, conferencias, lança-mentos de produtos, galas, desfiles, entre outros.

UM ESPAÇO PARA O SEU EVENTO

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Sobre os profissionais que laboram diariamente na concreti-zação de todos os eventos deste espaço Fátima Araújo refere que “temos equipas que já estão connosco a trabalhar desde antes da abertura do MitPenha, porque como sabem, o Joaquim Martins também possui um restaurante denominado ‘Dan José’, um restau-rante com mais de 25 anos de funcionamento, e já está na área há imenso tempo, e como tal, estamos a falar de pessoas que já trabal-ham com o grupo há imensos anos.” O Grupo mitPenha e o Dan José têm também serviço de ca-tering. “o nosso serviço de catering não se limita a trabalhar só no MitPenha, nós trabalhamos onde o cliente quer, mesmo em termos empresariais, é muito comum as empresas recorrem aos nossos ser-viços para inaugurações, almoços, e/ou congressos”. O mitPenha esteve durante três anos no Braganoivos com a apresentação do espaço, este ano marcou presença nas expo-sições de noivos em Guimarães e Fafe. Quando questionada sobre as reações dos clientes a cada evento realizado pelo MitPenha, Fátima Araújo, revela que “temos rece-bido sempre feedbacks muito positivos por parte dos nossos clien-tes”,

Para finalizar, a nossa interlocutora, a coordenadora de eventos deste espaço, carateriza o mitPenha como “uma tela em branco na qual pintamos da forma que o cliente quer”!

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ESPAÇO EMBLEMÁTICO NO CENTRO DE GUIMARÃES

Decidiram abraçar este projeto, Francisco Ribeiro por ser um re-lações públicas nato e Rute Ribeiro por estar mais ligada à área da gestão e dos recursos humanos. Sendo que, o espírito do res-taurante ViraBar, nasce então da fusão entre os dois. O núcleo de funcionários também é bastante sólido e coeso e é constituído pelo Carlos Rodrigues, “o nosso chefe de mesas”, braço direito de Rute Ribeiro, e por outros elementos que estão presen-tes desde o primeiro ano e formam já parte da ‘família’.Os produtos que mais referência têm nesta casa “são a francesin-ha especial e a sangria, mas temos opções para todo o tipo de gostos, desde uma cozinha mais tradicional a uma cozinha mais selecionada e, temos também menus vegetarianos, abarcando todo o tipo de pú-blico”, relata Rute Ribeiro. A essência do ViraBar são as pessoas que frequentam a casa e, como o restaurante também está aberto ao fim de semana até às duas da manhã, a partir de uma determinada hora, “este espaço tem mais características de bar, no sentido em que as pessoas vêm aqui picar e ficam a conviver com os seus amigos”, salienta a pro-prietária. Rute Ribeiro refere ainda que “temos parcerias com todos os locais culturais da cidade e gostamos que aqui se respire um pouco do que acontece em Guimarães”. Este restaurante já foi palco de tertúlias, onde se reuniam pessoas com influência cultural na cidade, no início da sua fundação. Na atualidade, o restaurante ViraBar é uma casa que acolhe muito bem os artistas, visto que Francisco Ribeiro e a filha são amantes da cultura, e, portanto, “estamos sempre a acompanhar aquilo que se passa culturalmente em Guimarães”.

O ViraBar, é um restaurante que tem mais de 50 anos e é uma casa histórica em Guimarães. É assim que Rute Ribeiro caracteriza este espaço. A atual gerência é com-posta por Rute Ribeiro e pelo seu pai Francisco Ribeiro.

RESTAURANTE VIRABAR

FRANCISCO RIBEIRO

O marcar da diferença, em relação a outros restaurantes da re-gião é a de que, de acordo com Rute Ribeiro, “este restaurante não existe só para se comer, é também um local para se estar, para se conviver. Tem um ambiente cosmopolita mas sem presunção”, reve-la a proprietária. O restaurante ViraBar é composto por duas salas, sendo que quem quiser um ambiente mais familiar ou vem acompanhado pelos filhos pode ficar no piso superior e quem gosta mais de vir com os amigos está mais à vontade no piso inferior. “Os nossos clientes já são fidelizados, havendo o à vontade para que possam tratar os funcionários por tu ou pelo primeiro nome”, expõe Rute Ribeiro e existe também uma dinâmica muito familiar e isso nota-se nos serviços prestados por esta casa. Para o futuro, Rute Ribeiro salienta que “quero ver sempre o Vira-Bar com esta identidade”, não querendo que o restaurante mude para outro conceito e acrescenta ainda que querem manter “a mesma essência com a qual embarcamos neste projeto”. Por último, Rute Ribeiro quer que as pessoas aceitem este convi-te e se rendam ao espírito do ViraBar.

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A JORDÃO COOLING SYSTEMS nasceu em 1982, produz e comercializa equipamentos de refrigeração comercial para o retalho alimentar e para o canal horeca. Quase 35 anos após a sua fundação, a empresa assume-se como líder de mercado nacional, apostando também no crescimento global.

JORDÃO COOLING SYSTEMS

É a partir do trabalho feito em Guimarães que a empresa se tor-nou uma referência a nível nacional na área da refrigeração. Inicialmente, o projeto nasceu pelas mãos de 22 colaboradores liderado por José Júlio Jordão, “esta empresa nasceu porque o fun-dador já tinha muitos anos de trabalho na área, trabalhava numa empresa da família, eu estive a trabalhar com ele nessa empresa du-rante seis anos. Depois viu a oportunidade de formar o seu próprio negócio e surgiu a JORDÃO COOLING SYSTEMS. A história co-meça com a vontade de José Júlio Jordão, uma pessoa que tinha um carisma muito especial, era muito próximo de todos os colaborado-res”, revela Isidro Lobo, diretor geral da empresa. A completar quase 35 anos de laboração, JORDÃO COOLING SYSTEMS “tem vindo sempre a crescer, à exceção dos anos de 2008 e 2009. Feliz-mente, a partir de 2014, conseguimos dar a volta e estamos em fase de crescimento, 2015 deve ter sido o melhor ano da empresa, foi um ano muito bom”, destaca o interlocutor. No que diz respeito ao po-sicionamento no mercado, a JORDÃO COOLING SYSTEMS tra-balha sobretudo com o Canal Horeca e no ramo da distribuição alimentar em Portugal e no estrangeiro, estando presente nos cinco continentes. O mercado francês, através do Canal Horeca, é o que representa um maior volume de faturação. Mesmo fora do mercado nacional, a JORDÃO COOLING SYSTEMS garante um serviço de excelência e qualidade assente na proximidade e na resolução eficaz dos problemas que possam surgir. Isidro Lobo destaca “que 60 por cento dos nossos produtos são para exportação

LÍDERES NO MERCADO NACIONAL

e 40 são destinados ao mercado nacional. Temos ainda clientes na-cionais que compram os nossos produtos e os enviam para Angola, Colômbia e Venezuela. Há cinco anos recebemos um novo desafio de uma empresa que opera na área alimentar. Passámos a trabal-har com eles num novo conceito de hipermercado. Foi um desafio muito grande, desenvolvemos novos produtos num curto espaço de tempo. Felizmente correu bem e continuamos a trabalhar com esse cliente. Essa imagem passou para os restantes operadores da área alimentar e, neste momento, a distribuição alimentar representa 40 por cento da nossa produção e o Canal Horeca 60. Há tendência para a distribuiçao alimentar crescer em Portugal e no estrangeiro”, refere. Atualmente, a empresa tem 156 trabalhadores e fechou o ano de 2015 com uma faturação de 13 milhões de euros. Tem sido considerada por diversas entidades há vários anos consecutivos como uma das melhores empresas para se trabalhar em Portu-gal. Questionado sobre o que o diferencia o trabalho da JORDÃO COOLING SYSTEMS, o diretor geral explica que “a inovação é um factor que nos diferencia e que procuramos trabalhar para tentar, pelo menos, estar à frente da nossa concorrência nacional. A nossa versatilidade e flexibilidade também são importantes, cada projeto é pensado e concebido em estreita colaboração com o cliente. Te-mos um departamento de customização, os nossos produtos têm em atenção o espaço onde vão ser inseridos. No Canal Horeca, por vezes é mais complicado, mas procuramos sempre ir de encontro ao gosto do cliente” ressalva o entrevistado, destacando que “a

JOSÉ JÚLIO JORDÃO

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diferenciação está assente na versatilidade, temos uma vasta gama de produtos, somos flexíveis e apoiamos constantemente o cliente”. Neste momento, a empresa está também a implementar novos métodos de otimização de trabalho através de um “processo de melhoria contínua juntamente com o Instituto Kaizen. Pretendemos que os nossos colaboradores trabalhem mais, melhor e com menos esforço”, ressalva o diretor-geral, Isidro Lobo.

Na Jordão o frio é verdeA preocupação com o ambiente também faz parte das políticas da empresa, “achamos que de facto é importante a conscienciali-zação dos nossos colaboradores para saber tratar os resíduos, tanto em casa, como na fábrica, saber o que pode ser reciclável ou não. Assim temos alguns ganhos, separamos o cartão, plástico e emba-lagens. Uma das medidas simbólicas que fizemos foi no dia da ár-vore, formámos equipas e plantámos árvores aqui nas imediações. Atualmente, recebemos muitas visitas de escolas que nos procuram para mostrar aos alunos como procedemos à separação dos resí-duos”, revela o diretor geral. Numa outra vertente e no âmbito do desenvolvimento de tecnologias alternativas e sustentáveis, a JORDÃO COOLING SYSTEMS está a comercializar equipa-mentos que utilizam gás R290. A utilização deste produto vai de encontro a uma das medidas adotadas pela União Europeia no combate às alterações climáticas, onde uma das metas esta-belecidas é a redução em 20 por cento, até 2020, das emissões de gases com efeito de estufa. O gás R290 é uma “substância natural, livre de halogéneos, com zero potencial de destruição da camada de ozono e desprezível potencial de aquecimento global, apresenta uma maior eficiência do sistema termodinâmico e um menor consumo de energia”, refere o nosso interlocutor.

Futuro: Tecnologia, Comunicação e formaçãoQuestionado sobre as perspetivas de futuro, Isidro Lobo refere que pretendemos “continuar a apostar numa empresa que esteja a par das novas tecnologias. Estamos agora a fechar um projeto de investimento de 2 milhões de euros, em que apostámos em novas máquinas, melhorias na parte da informática, melhoria na comuni-cação entre os colaboradores e no espírito de liderança dos chefes. Queremos também trabalhar a formação dos nossos colaboradores e continuar a crescer, ganhando mais mercados estrangeiros, pelo menos um por ano, já que atualmente estamos presentes em 45 paí-ses”, conclui o nosso entrevistado.

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‘I’M LOVIN’ IT’

Como e quando surge a sua ligação à área da restauração.Depois de 20 anos ligado à indústria têxtil, decidi enveredar pela restauração porque pretendia uma maior realização profissio-nal, com um negócio sólido e lucrativo. A ligação efetiva à marca surgiu em 1993 com a candidatura a franchising da McDonald’s.

Quando se proporciona esta parceria, em regime de franchising com a multinacional McDonald’s?Depois de várias entrevistas com a McDonald’s, aceitei fazer uma OJE (On Job Experience) integrado num processo de adap-tação e avaliação. Este processo foi muito positivo pelo que a parceria oficial celebrou-se em 1995 com a abertura do primeiro restaurante na cidade de Guimarães – McDonald’s Guimarães Shopping.

Que balanço faz desta aposta?É um balanço muito positivo. É um trabalho muito exigente a todos os níveis, desde toda a formação que tive de fazer com a marca, constituir e formar equipas, para além da enorme res-ponsabilidade que é representar uma marca com a notoriedade da McDonald’s. No entanto, é um trabalho muito recompensa-dor.

Falamos já em quatro restaurantes em Guimarães e Felgueiras, duas regiões que merecem destaque nesta nossa edição. Como explica este crescimento? A McDonald’s identifica, através de estudos que realiza regular-mente, as potencialidades de cada região para a construção de um novo restaurante. Quando está em processo de construção é ‘oferecido’ pelo sistema a um franquiado que, após aceitar a oferta, realiza um investimento partilhado com a marca para vir a operar esse restaurante. Tenho tido a sorte de, ao longo destes 21 anos ter merecido a confiança do sistema e ter já a gestão de quatro restaurantes.

É fulcral falarmos da questão dos produtos utilizados. A McDo-nald’s enquanto marca internacional dá ênfase à utilização de produtos frescos e de qualidade…A McDonald’s trabalha diariamente para servir produtos da

Alberto Matos, franquiado dos restaurantes McDo-nald’s de Guimarães e Felgueiras, lançou-se numa par-ceria com a companhia americana em 1993. Dois anos mais tarde abre o primeiro restaurante na cidade de Guimarães e é hoje um ícone na área da restauração.

MCDONALD’S

ALBERTO MATOS

melhor qualidade. Os nossos ingredientes são selecionados de acordo com as regras definidas no McDonald’s Agricultural As-surance Program, transformados por fornecedores previamente auditados de acordo com critérios de Segurança Alimentar, Res-ponsabilidade Social e Ambiental.

A responsabilidade social, no papel do Ronald McDonald é tam-bém outras das características muito próprias da marca. Esta foi também uma das razões pela qual se quis ligar a esta marca?Na McDonald’s acreditamos que temos um papel a desempen-har junto da comunidade e colocamos em prática, diariamente, um dos valores deixados pelo fundador da McDonald’s: “retri-buir à comunidade parte daquilo que ela nos dá”. Naturalmente que quando nos identificamos com estes princípios passamos a fazer deles um estilo de vida.

Sei que adquiriram o galardão de PME Excelência. É o reconhe-cimento merecido pelo trabalho e dedicação?Este galardão, que foi atribuído a três restaurantes - GuimarãeS-hopping, Guimarães Drive e Felgueiras Drive - é sem dúvida o reconhecimento do trabalho e dedicação de toda a equipa. É com muito orgulho que recebo esta distinção. Um franquiado é um representante e empresário local da McDonald’s, sendo a face visível da marca na comunidade onde está inserido.

Quantos colaboradores alberga, à data, na sua equipa?Atualmente, no conjunto dos quatro restaurantes, temos uma equipa de 180 pessoas.

Por onde passa o futuro da empresa?Continuar a gerir o negócio, motivando e liderando as equipas diariamente e ver e fazer crescer estas PME’S de forma torná-las um sucesso todos os dias.

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ÁGUEDAPATRIMÓNIO CULTURAL E PAISAGÍSTICO

Nas páginas seguintes é possível contemplar a diversa conjuntura empresarial da região de Águeda. Situada no distrito de Aveiro, Águeda presencia-se com a maior lagoa natu-ral da Península Ibérica – Pateira de Fermentelos – juntamente com caminhos pedestais e outros pontos de referência da cidade, como o teatro, igrejas e museus. O concelho de Águeda está dividido em 11 freguesias, com uma área agrícola que abrange produção de milho, fruta, vinho e madeira. É uma cidade histórica onde é possível complementar abundantes vestígios da presença romana, nomeadamente na Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga.A cidade presenteia várias zonas verdes e com diversas locais de comércio tradicional, onde é possível saborear a gastronomia regional- o conhecido Leitão da Bairrada. No verão os turistas são presenciados com programas culturais recheado de espetáculos, arte urbana, animação de ruas e com o famoso projeto “The Umbrella Sky”, que resguarda as ruas de Águeda com centenas de chapéus-de-chuva.

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VIVER ÁGUEDA

Começo esta entrevista por lhe pedir que apresente Águeda aos nossos leitores.Águeda é identificada como protagonista na Região Centro, graças a indicadores que contribuem para a qualidade de vida de quem aqui vive ou tenciona viver. Servida de boas acessibilidades, capacitada com infraestruturas empresariais, culturais e desportivas modernas, e com um parque escolar renovado para a formação de novas gerações, Águeda dispõe ainda de um Pólo Universitário de excelência, pelo que é uma cidade onde dá gosto viver, trabalhar e divertir-se. Águeda assume o seu papel de território onde a indústria é a principal atividade económica desenvolvida, em diferentes setores, respondendo sempre às exigências do mercado e procurando novas oportunidades de desenvolvimento de produtos.

Nesta nossa edição de fevereiro, abordamos damos a conhecer o tecido empresarial de Águeda. Neste sentido, parece-nos fulcral falar do programa ‘Águeda Empreende’. Como se caracteriza o mesmo?O programa de desenvolvimento empresarial da Autarquia de Águeda – ÁGUEDA EMPREENDE- inclui outros três subprogramas:Águeda Inova (inovação e criação de empresas), do qual se destaca a atuação da Incubadora de Empresas, que tem vindo a apoiar o desenvolvimento e a constituição de novas empresas. Águeda Investe (apoio ao investimento e à criação de emprego e qualificação), no qual se realça o Gabinete de Apoio ao Empresário, numa lógica de prestação de esclarecimentos sobre financiamentos, programas de apoio e gestão de áreas empresariais de génese municipal. Águeda Exporta (apoio à expansão e à exportação), no qual se inserem as diversas iniciativas de organização e participação em eventos temáticos e missões empresariais ao estrangeiro com vista à internacionalização das empresas ou mesmo ao aumento das suas exportações

Como tem sido a adesão dos empresários locais ao mesmo?Considera-se bastante positiva, pois o número de solicitações de apoio e participação têm vindo a aumentar em todos os eixos do programa Águeda Empreende.

Para além desta vertente empresarial, Águeda é sinónimo de sustentabilidade…Desde 2008, altura em que o Município de Águeda aderiu ao Pacto Autarcas, juntou-se a cerca de 4000 cidades europeias com o lema da sustentabilidade, com o objetivo de conhecer e partilhar uma série de medidas inovadoras com impacto ecológico e econó-mico.Por outro lado, o Município tem em marcha um programa de acompanhamento dos gastos de água, ou seja, contadores inteligentes que medem os consumos e permite identificar anomalias.

Que outros projetos estão pensados para o concelho?São várias as áreas de intervenção onde o Município pretende continuar a atuar, sempre na perspetiva de crescimento e inovação. Neste sentido, o LLL - Lighting Living Lab, uma associação de empresas e organismos públicos com interesses comuns na área da iluminação, promove a inovação e o desenvolvimento de pesquisa em novas tecnologias e aplicações na área da iluminação.Por outro lado, o ALL – Águeda Living Lab, um projeto que pretende oferecer à comunidade de participantes um espaço de criação dotado de equipamentos e tecnologia, assim como de apoio técnico.Prevê-se igualmente a participação em novas feiras temáticas e em novas missões ao estrangeiro no presente ano.

O concelho de Águeda tem cerca de 15.000 habitan-tes e tem cada vez mais vindo a assumir-se um local de eleição para trabalhar e para viver. Falámos com o pre-sidente da Câmara Municipal, Gil Nadais, que nos deu uma perspetiva sobre a cidade e sobre o seu futuro.

MUNICÍPIO DE ÁGUEDA

GIL NADAIS

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“ACREDITAMOS QUE A NOSSA PERFOMANCE É O RESULTADO DE UM ESFORÇO COMUM”

Hoje, Brasil, Marrocos e China são alguns dos exemplos de maior destaque na extensa área de atuação do MR Group.“Desde sempre o mercado externo foi entendido pelo Grupo, como uma oportunidade decisiva para o crescimento e desenvolvimento da nossa atividade. O negócio internacional há já alguns anos tem sido uma realidade bem vincada, representando neste momento cer-ca de 75 por cento do negócio global do Grupo. Da mesma forma o processo de internacionalização e investimento externo, foi encara-do há já alguns anos como prioritário nessa estratégia de crescimen-to”, começa por explicar Manuel Rodrigues, presidente do MR Group. Daqui, partiu a motivação de alargar fronteiras e hoje os produtos/serviços deste grupo estão presentes um pouco por todo o mundo.A aposta no mercado marroquino, como o próprio destaca, surge da criação de sinergias entre a Lumar e a Marques, SA. A Lumar já estava constituída em Marrocos e foi integrada no Grupo por arrasto de aquisição em 2003 de outra participada, a Marques,-SA. “Nos primeiros tempos esse investimento era entendido como uma plataforma de assegurar o espectável crescimento dos países magre-binos do norte de África, mas com o tempo foi sendo uma importan-te unidade industrial da organização, assegurando neste momento uma fatia de relevo da produção total do grupo”, frisa o empresário.Em meados de 2007 e face à necessidade da criação de um pro-jecto que desenvolvesse uma gama de produtos complementa-res à existente, foi criada com outros parceiros, uma unidade industrial na China, a Eiger, que suportasse esse mesmo projeto.“O objetivo passava por satisfazer por um lado essa necessidade existente, mas que permitisse por outro lado o aproveitamento de toda a realidade do mercado chinês, quer em termos do seu cres-cimento, do seu mercado e da escala existente. Obviamente que a competitividade e a especificidade do custo dos principais fatores da

Com sede em Águeda, o MR Group é o maior grupo português no fabrico de ferragens e acessórios para alumínio, vidro, madeira e PVC, com operações e ven-da em mais de 60 países. Com unidades produtivas e de comercialização distribuídas por Portugal e pelo estrangeiro, este grupo dedica-se a diversas atividades produtivas no sector dos acessórios e ferragens para a construção. Soluções em acessórios para sistemas de portas e janelas em alumínio, vidro, madeira e PVC, são as atividades de produção que o Grupo desenvolve dentro da sua área de negócio.

MR GROUP

MANUEL RODRIGUES

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produção, eram uma forte valia de aposta para esse mercado, um pouco diferente dos dias de hoje”, acrescenta o entrevistado.Face à importância que cada vez mais o Brasil tinha na eco-nomia sul- americana, pela sua importância e dimensão e pela oportunidade do forte crescimento então operado, constituiram em 2008 uma plataforma logística própria (comercial), que pu-desse alimentar todo esse mercado e que no futuro ampliasse toda a atividade para a América do Sul.“Neste momento e apesar de o Brasil estar a passar um momento menos bom na sua economia, a dimensão do seu mercado e a bom acolhimento dos nossos produtos, tem permitido que nos últimos três anos, a M.Rodrigues Brasil tenha tido um crescimento muito in-teressante no seu volume de negócios”, remata.No total o MR Group MR Group integra oito empresas, sendo seis industriais e duas de distribuição. M.RODRIGUES, S.A.; MARQUES, S.A.; CYLINTEC,, JOMARLIZ, PINGHU EIGER, MRODRIGUES BRASIL, LUMAR e MR MAROC são as empresas que englobam neste grupo, cada um direcionada para uma área específica no setor onde o MR Group atua.

Crescimento sustentado Para além de prestar um serviço de e xcelência aos seus clientes, o MR Group dispõe de um conjunto de técnicas e processos de trabalho evoluídos, aliados ao permanente esforço de investi-gação e desenvolvimento instalado na equipa que opera. Assim, permite uma permanente modernização das suas técnicas e pro-cessos de fabrico e assegura um processo produtivo tecnologica-mente adaptado às necessidades do mercado, numa perspetiva de sintonia entre qualidade e preço.Com cerca de 380 trabalhadores no país e fora de Portugal, a criação de mais postos de trabalho é sempre condicionada pela atividade espectável e pelos investimentos operados. No que diz respeito à faturação de 2015, Manuel Rodrigues é pe-rentório na resposta.“Tivemos um crescimento consolidado na operação global de cerca de 3,5 por cento,, representando um volume de negócios de cerca de 27 milhões de euros”, afirma demonstrando o crescimento conso-lidado do grupo.

Projetos de futuroQuestionado relativamente às perpetivas de futuro da MR Group, no que diz respeito a novas soluções de produto e ao po-sicionamento num mercado cada vez mais global destaca que “a exigência e as mutações do mercado e dos produtos que o compõem são uma constante na nossa actividade. Como tal, o investimento em novos produtos e a atualização de projetos existentes tem sido sem-pre a principal característica que nos diferencia no mercado em que nos inserimos e que nos tem posicionado para um lugar cimeiro em Portugal e de destaque na Europa. Nesta fase da era da ‘inteligência artificial’, o segmento eletrónico dos acessórios e ferragens e visto como um projeto estratégico determinante no posicionamento que pretendemos ter para o futuro”.Mas são, na perspetiva de Manuel Rodrigues, os valores que identificam e distinguem o grupo mantendo-se ao longo do tem-po, bem como o espírito de equipa, que fomenta a participação de todos, como forma de alcançar objetivos comuns, partilhando a informação e os conhecimentos, que são as grandes e principais mais valias no sucesso deste grupo.“A formação, o gosto por inovar, o desejo de fazer mais e melhor num ambiente saudável, são uma constante que anima todos aqueles que trabalham na MR Group e que orientam o seu trabalho pelos mais elevados valores humanos e de cidadania, nas relações internas e externas. Com isto vamos fazendo e seguindo o futuro!”, conclui.

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60 ANOS DE TRADIÇÃO NA MOBILIDADEO grupo histórico com sede em Águeda conta com uma longa tra-dição na produção de acessórios e produtos para as áreas do ciclis-mo, motociclismo e automóvel. Atualmente, o nome Miralago é uma referência e está presente em todo mundo.

O grupo Miralago SA surge no seguimento de uma reestrutu-ração devido à aquisição desta empresa e da Órbitra por um gru-po de investidores nacionais. A Miralago, fundada em 1956, ce-lebra este ano 60 anos de vida. Já a Órbitra completa 45, as duas empresas nasceram “num ambiente relacionado com as bicicletas”, explica Jorge Santiago, CEO da Miralago. Se ambas surgem do ciclismo, ao longo dos tempos, foram percorrendo caminhos diferentes, “a Miralago evoluiu para uma empresa metalomecâni-ca, deixando de ser a empresa ciclista. A sua atividade extravasou em muito este setor. Afirma-se no mercado como fornecedora de peças de corte, estampadas, de tubo dobrado, soldadas e com pro-teções como a zincagem, a fosfatação, a cataforese, a deposição de nano-partículas cerâmicas e a pintura eletroestática a pó ou líquida, em aço de vários tipos, incluindo o aço inox, o alumínio e, em bre-ve, os materiais com base em carbono, para setores diferenciados onde importa destacar o das motocicletas, automóvel, desporto e eletrónica”, revela o nosso interlocutor. Inserida no novo grupo, Jorge Santiago explica que “a Órbita mantém a designação de ori-gem como empresa portuguesa, dedicando-se ao desenvolvimento e comercialização de bicicletas e outros produtos para desporto, no mundo inteiro. Assim, temos a parceria de uma empresa industrial, que sabe trabalhar para os setores mais exigentes, com uma em-presa que se dedica a servir os vários mercados internacionais. A existência das duas empresas e a focalização em duas áreas distin-tas, mas complementares, permite desenvolver produtos e serviços, que envolvem o produto final, a realização de desenho de peças, a prestação de serviços, que podem ir desde a conceção do produto à sua industrialização, bem como, a logística associada ao envio dos produtos para qualquer parte do mundo”, destaca o entrevistado. Fruto desta nova dinâmica, a administração do grupo tem para além de Jorge Santiago mais três administradores, Nuno Silva, Paulo Rodrigues e o administrador não executivo, Luís Miguel Pais Antunes. O grupo Miralago está presente em todo o mundo e exporta “mais de 90 por cento da sua produção, para mercados variados, na Europa, África e América do Sul”, relata Jorge San-tiago. O grupo opera em três áreas distintas, desporto, metalo-mecânica e saúde. Na primeira há a destacar as bicicletas onde “podemos apresentar produtos de todos os tipos, no entanto, como gama preferencial temos as bicicletas de uso quotidiano, confortá-veis, esteticamente adequadas e fiáveis. Um dos setores interessan-tes dentro deste segmento é o do chamado ‘bike sharing’, sistemas de mobilidade partilhada, onde temos uma oferta e uma experiência que nos coloca entre as melhores empresas a nível mundial. Somos das poucas empresas a nível internacional que pode apresentar um produto próprio, desde o desenvolvimento, fabricação e instalação, adaptado às necessidades específicas de cada projecto, ao nível de bicicletas convencionais e elétricas, sistemas de amarração e de ca-rregamento, gestão do sistema e do tráfego e informação de uso e de gestão”, revela o entrevistado. A Miralago tem fornecido bi-cicletas e componentes para o sistema de bike sharing instalado em Paris e Lyon, em França e também pela “conceção e gestão de todo o sistemainstalado em Vilamoura, no Algarve”, evidencia o administrador da Miralago. No que toca à vertente da saúde “es-tamos permanentemente a desenvolver, com técnicos credenciados deste setor, uma oferta adequada à fisioterapia, ao envelhecimento ativo e à atividade física, desde o cardiofitness, crossfit, pilates ou aquagym”, esclarece o entrevistado. Na metalomecânica o prin-cipal setor em que a Miralago opera é o do ramo automóvel, “fornecemos peças para setores de grande exigência de qualidade e de serviço, mas simultaneamente, de grande controlo dos custos de produção, como o automóvel, tendo muitas vezes que enfrentar a concorrência de empresas internacionais”, revela o interlocutor. Questionado sobre quais são os maiores desafios nos diversos setores, Jorge Santiago explica que o mais relevante é “enfrentar

MIRALAGO SA

JORGE SANTIAGO

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a concorrência de empresas dos países asiáticos, o que temos feito com grande sucesso, devido à capacidade de associar a uma qualida-de europeia, preços competitivos e grande flexibilidade”.

A marca da inovaçãoCom uma equipa de 130 colaboradores altamente especializa-dos, a Miralago está a fortalecer a presença em todo o mundo. Através de profissionais especializados na parte da engenharia, projeto e design e, ainda de técnicos dedicados à industrialização de produtos, o grupo quer continuar a oferecer produtos de ex-celência e qualidade à medida de cada cliente. O nosso interlocu-tor explica que “um dos aspetos fundamentais, para uma empresa que se movimenta em mercados internacionais e em setores muito diversificados, é a capacidade de responder com rapidez e qualida-de aos desafios de desenvolvimento, industrialização e fornecimen-to que a abrangência geográfica exige. Isto implica a existência de equipas de comerciais, de técnicos altamente qualificados, de equipas de gestão de operações e qualidade que trabalham em estreita cola-boração entre si. A chave do sucesso está no trabalho em equipa, associando-se a formação contínua de todos e um esforço cada vez maior no desenvolvimento técnico, no processo produtivo e na ver-tente da qualidade e da responsabilidade ambiental”, realça o CEO, Jorge Santiago. Na Miralago um dos grandes obejtivos é o mel-horamento contínuo dos processos e das ferramentas, visando a excelência.

FuturoA recente maior relação entre a Miralago e a Órbitra levou ao re-posicionamento do grupo no mercado global, “uma empresa que se movimenta nestes setores de tanta exigência e em mercados tão diferenciados necessita de ter uma dimensão adequada e de estar do-tada de uma equipa de pessoas de grande qualidade e formação, ca-pazes de pensar global. Assim os grandes desafios para os próximos três anos passam essencialmente por fazer crescer as atividades nos mercados europeu, africano e americano, com as suas especifici-dades, dotando as empresas de equipas de pessoas, que trabalhem verdadeiramente em equipa e com os nossos clientes, aos seus mais variados níveis”, salienta Jorge Santiago. Entre os vários projetos

dedicados ao desporto, saúde e metalomecânica, o interlocutor revela que “estamos atualmente em concursos em variadas partes do mundo, com especial foco na Europa e América do Norte e Sul, no que diz respeito, à implementação do sistema de bike sharing”, destaca o entrevistado. A Miralago pretende reforçar a presença em todos os mercados levando a excelência e a qualidade dos produtos made in Portugal a todo o mundo.

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A INOVAÇÃO ESTÁ NA SUA GÉNESE

Entretanto “fomos evoluindo e mudamos de instalações” começa por referir Miguel São Bento. Quando começaram estavam ins-talados numa pequena unidade fabril com cerca de 300 m2 e atualmente estão presentes numa instalação com 3200 m2, o que lhes permitiu expandir ainda mais a produção e continuar a desenvolver novos modelos. Construída à medida, com linhas modernas e inovadoras, mais tecnologia, com uma forte aposta da organização, na ambição de chegar aos patamares mais ele-vados do setor de fabrico de resguardos de duche. De 2007 até aos dias que decorrem, a Italbox tem vindo a crescer a um ritmo significativo “com novas linhas de produtos de design próprio, ino-vador e moderno”.“Compramos alguns resguardos de duche através da importação em Itália e entretanto fomos desenvolvendo alguns resguardos de autoria própria”. Em 2001 foi desenvolvida uma nova gama de perfis de onde surgiram os primeiros resguardos de duche e, en-tre 2001 e 2003 foram desenvolvidos mais modelos, o que “já nos permitia oferecer soluções diversas ao longo dos primeiros anos de vida da Italbox”, alude Miguel São Bento. Desde cedo a Italbox teve ambição de ir mais longe e no prazo de apenas um ano, de 2003 a 2004, e já com melhores condições e vontade de crescer, desenvolveu uma nova gama. A organização aos poucos ia crescendo e desenvolvendo os seus produtos, para um mercado tão competitivo e exigente.Inicialmente com um reduzido número de resguardos para poli-ban, depois com uma representação de produtos italianos e hoje com o desenvolvimento e produção de peças únicas e exclusivas desenhadas à medida do cliente. De tímida a arrojada, do simples ao complexo. A Italbox reclamou para si um estatuto de referên-cia para assim se manter nos anos vindouros.Miguel São Bento reforça, “estamos todos envolvidos no projeto da Italbox”. O novo catálogo irá conter cinco novos produtos inova-dores e, no momento, “estamos a ultimar quer os detalhes técnicos, quer a certificação das cabines e dos 60 e muitos modelos que pos-suímos, já temos certificados cerca de 40 modelos”, expõe. Ao todo são 65, o número de colaboradores que a Italbox engloba na sua empresa.Todos os anos são desenvolvidos produtos novos ou variantes de produtos que já existem na gama de produtos da Italbox para áreas específicas, como por exemplo, para os hotéis e, “de acordo com o nosso know how desenvolvemos o produto”. O mercado para o qual a Italbox cria os seus produtos é um mer-

A Italbox, situada em Águeda, teve o seu nascimento em 1999 e produzem cabines de duches, tendo inicial-mente apenas três modelos de resguardos, numa ver-são mais económica e que não existiam no mercado nacional.

ITALBOX

cado à escala global, estando presentes em cerca de 10 países desde o Azerbaijão até à Venezuela. “Estamos a fazer um hotel em Nova Iorque, estamos também presentes em Moçambique, Angola, Cabo Verde, Marrocos, Tunísia, Argélia, Burkina Faso, Espanha, França e ainda estamos presentes no mercado nacional”, vinca o di-retor financeiro desta empresa de renome.“Há uma coisa que as nossas cabines têm, nós não fornecemos só o produto, para além disso os nossos clientes têm direito à assistência, à garantia e à confiança”. Miguel São Bento afiança que “temos de conseguir criar produtos de qualidade, e os clientes, quando chegam

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até nós, primeiro conhecem a marca e a qualidade dos nossos produ-tos”, depois a assistência e a capacidade de apresentar soluções à medida do cliente e toda a garantia que a Italbox oferece asso-ciada ao produto. O público-alvo da Italbox é vasto e muito variado, mas ao longo dos anos, tem-se dirigido o produto a um cliente de excelência preocupado com a perfeição e produtos de uma qualidade de ex-celência. A Norbanho é uma empresa fundada em 1991, que se dedica à produção de mobiliário para casa de banho. Em 2012, a empresa foi adquirida pela Italbox, com vista ao alargamento da oferta e à complementaridade da mesma. A aposta na qualidade, des-envolvimento e produção de produtos personalizados, “são as características nas quais estamos apostar”, certifica este diretor financeiro. Miguel São Bento revela que “tentamos não parar de investir e procuramos, acima de tudo, inovar os produtos que desenvolvemos”. A missão da Italbox passa por disponibilizar produtos de ele-vada qualidade, segundo critérios exigentes, na aposta na ino-vação, na diferenciação, na sustentabilidade e na preocupação ambiental e social, indo de encontro à evolução do mercado e expectativas dos seus clientes, sendo que esta empresa preten-de assumir-se como uma referência na conceção e fabrico de resguardos de duche, estabelecendo um SG, proporcionador de vantagens competitivas, assente em processos e orientado para satisfazer as necessidades e expectativas dos seus clientes.Quanto ao futuro da Italbox, esta tem potencial para crescer e prova disso, é o investimento que foi realizado recentemente numa máquina de nanotecnologia que é a quarta a existir a nível europeu e é a única máquina do género em Portugal.

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A TRATAR A ELETRICIDADE POR ‘TU’

Estrategicamente situada na Zona Idustrial de Barrô, umas das maiores da cidade de Águeda, a ControlBrem abrange toda a área de eletricidade e automação industrial. Apesar da sua tenra idade, pois nasceram em maio de 2013, contam já com 11 profis-sionais altamente qualificados nos seus quadros, incluindo um engenheiro eletromecânico para a elaboração de projetos.Com uma capacidade propícia à criação de produtos sob o con-ceito ‘chave na mão’, pois contam com áreas róprias de produção e oficina, a equipa da CrontrolBrem deu os seus primeiros pas-sos na área da eletricidade industrial. “A escolha deste local partiu muito nesse sentido. Uma vez que aqui estão concentradas grande parte das maiores empresas da região, consideramos ser estratégico para o nosso crescimento estarmos aqui sedeados, uma vez que o nosso produto é, essencialmente, dirigido a este público”, refere Rui Miranda.Mas, rapidamente, o nosso interlocutor percebeu que não pode-ria cingir a sua área de atuação à eletricidade industrial. “Aperce-bemo-nos, desde cedo, que não era viável ficarmos apenas por aqui, que teríamos necessariamente que alargar o nosso leque de oferta e de serviços. Assim, hoje temos também serviços de manutenção, canalização e pneumática industrial”. A nível particular, esta oferta é complementada com montagem de automatismos para portões e ar condicionado usando várias marcas, podendo, desta forma, adequar o equipamento ao bolso e gosto do cliente. “Procuramos satisfazer os nossos clientes oferecendo bons preços e várias opções adequadas às necessidades dos mesmos”, frisa o sócio-gerente da ControlBrem.

A iluminação decorativaLogo no inicio , a ControlBrem entrou numa nova área de atuação onde tem ganho destaque em ênfase no mercado, in-clusivamente a nível internacional. “A nossa oferta está agora

Com uma larga experiência na área da eletricidade e automação industrial, Rui Martins, o protagonista des-ta história de sucesso, sentiu em 2013 a necessidade de abrir o seu próprio negócio nesta área que conhece tão bem como a palma das suas mãos. Assim, arregaçou as mangas e criou a ControlBrem, uma empresa sedeada em Águeda que começa a marcar passo e a deixar a sua marca por todo o mundo.

CONTROLBREM

RUI MARTINS

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complementada com a área de iluminação decorativa, destinada a lojistas, hotéis, centros comerciais e outras áreas. Com este tipo de trabalho já chegamos a outros mercados como o Africano e Euro-peu”, conta-nos RuiMartins. O nosso interlocutor refere que este mercado, em Portugal, tem mais força na época natalícia, onde o comércio procura a iluminação adequada à data, “mas nos res-tantes mercados internacionais é muito comum o uso deste tipo de iluminação durante qualquer época festiva do ano”, completa.Para 2016, Rui Martins está focado em centrar os serviços da ControlBrem não só na área da iluminação decorativa, mas tam-bém dos quadros eléctricos. “Estamos a direcionar todos os nossos esforços para essas duas temáticas”, refere. “Na área dos quadros elétricos, desenvolvemos esquemas elétricos, quadros elétricos con-soante a exigência do cliente, após desenvolvido, enviamos esquema para o cliente para aprovação, logo de seguida iniciamos a produção do quadro elétrico. Após a sua finalização e ensaio, instalamos o qua-dro elétrico no cliente e concluímos a sua ligação, instalando e ligando todo o equipamento fora do quadro. Além disso, acompanhamos o equipamento instalado, de forma a garantir o seu correto funciona-mento”.

Crescimento sustentadoApesar da sua tenra idade, a ControlBrem tem crescido de ano para ano, até a data duplicando o seu volume de faturação. Para este ano de 2016, apesar do pouco tempo, Rui Martins já conse-gue prever uma subida na ordem dos 80 por cento, valores mui-to atrativos e promissores para uma empresa tão recente.Fruto deste crescimento, as atuais instalações começam já a revelar-se pequenas para o volume de trabalho e de negócios. “Faz parte dos nossos planos a curto prazo passarmos para umas instalações maiores, sem deixarmos a Zona Industrial de Barrô, que consideramos estratégica, até porque grande parte dos nossos clien-

tes estão sedeados no norte e centro do país e, assim, ganhamos com esta proximidade”, diz.

Equipa multifacetadaImporta referir que apesar de estarmos a falar de uma empresa jovem, os seus profissionais contam já com uma vasta experiência no setor tendo, inclusivamente, trabalhado juntos em anteriores projetos. Para além de Rui Martins, que enquanto sócio-gerente desempenha também as funções de acompanhamento de obras e direção, a ControlBrem conta com um engenheiro eletromecâ-nica, encarregados de obra, técnicos de eletricidade industrial, técnico de eletricidade, eletricistas e administrativos. Questionado sobre o futuro, Rui Martins afirma que a sua von-tade, assim como da sua equipa é continuar um crescimento sus-tentado, ponderado mas, acima de tudo, um caminho de vitória.

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AQUI O LEITÃO DA BAIRRADA É REI

À chegada encontramos um espaço renovado e acolhedor onde se cruzam os traços de uma arquitetura dos anos 90 com design e estilo atuais. A decoração e o restauro do espaço procuram pre-servar o original com um toque de requinte e sofisticação. Num espaço com várias salas, o Restaurante Vidal tem capacidade para acolher cerca de 100 pessoas. Nesta casa o leitão da bairra-da é rei, mas nem sempre foi assim, como nos conta José Vidal Ferreira, gerente. “O restaurante foi criado pelo meu pai. No início tinha só quatro mesas e a chanfana era o prato que tinha mais pro-cura. O restaurante foi fundado pelos meus pais, Vidal Dias Ferreira e Maria do Carmo Silva, em Abril de 1964, se bem que oficialmente só começou a funcionar a partir de 29 de Março de 1965”. Com o pas-sar dos anos o negócio foi crescendo e houve a necessidade de ampliar o espaço, o leitão começou a ganhar mais fama e na altu-ra, Vidal Dias Ferreira confidenciava aos filhos que o seu “sonho seria um dia assar dez leitões”, revela o filho e atual gerente do Res-taurante Vidal. No presente, o objetivo traçado pelo fundador da casa é praticamente ultrapassado todos os dias, em alturas de grande pico como natal e ano novo chegam a ser preparados no restaurante entre 70 a 80 leitões, “mais do que isto não fazemos porque não se pode compremeter a qualidade do produto”, escla-rece o nosso entrevistado, acrescentando que “às vezes temos clientes que vêm à procura de leitão e como não reservam, há dias em que o leitão acaba e não chega para todos os pedidos. Aos clien-tes e interessados em conhecer o Restaurante Vidal recomendamos que façam sempre reserva”, refere o gerente. Questionado sobre quem trata do tempero do leitão, José Vidal Ferreira revela que este processo é feito por ele e, por vezes, pela mãe, o segredo do molho fica por revelar, mas o gerente faz questão de frisar que é da sua “inteira responsabilidade, mantendo sempre o paladar e sa-bor característicos, o que poderia ficar comprometido se fosse outra pessoa a preparar o molho”, refere. O Restaurante Vidal possui

Situado na localidade de Aguada de Cima o restauran-te é já uma referência em toda a região pela excelência do leitão, muitos clientes e apreciadores da iguaria di-zem mesmo que é no Restaurante Vidal que se serve o melhor leitão assado à moda da bairrada do país. Fo-mos conhecer uma casa com 50 anos de história.

RESTAURANTE VIDAL

JOSÉ VIDAL FERREIRA

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um matadouro próprio e é abastecido por fonecedores de qua-lidade. O entrevistado explica que existem muitos fatores que contribuem para a qualidade do produto e que por isso a escolha da origem é muito importante. “Em termos de peso o ideal é ter en-tre 10 a 12 quilos”, refere o interlocutor, mas o tipo de alimentação e a origem também são determinantes. Para além do afamado leitão, também é possível encontrar no Restaurante Vidal mui-tos outros pratos que preservam e levam à mesa as iguarias da cozinha tradicional portuguesa. A chanfana, os rojões, a vitela assada, o bacalhau à maria, especialidade da fundadora do res-taurante, o cabrito assado, o arroz de pato e o famoso cozido à portuguesa estão integrados numa ementa, onde o bom vinho tinto e branco, bem como o espumante, não são deixados ao aca-so. A sobremesa também não é esquecida e as sugestões variam entre o pudim caseiro, a torta de côco e muitos mais. O Restau-rante Vidal está aberto de terça a domingo das 12:30 às 15:30 horas e abre as portas aos jantares de sexta e sábado. A equipa é composta por dez pessoas, “algumas estão aqui há mais de 30 anos”, destaca o gerente. Para o futuro, o Restaurante Vidal pretende continuar a fazer as delícias dos clientes, levando à mesa o mel-hor leitão da bairrada e a qualidade da gastronomia portuguesa.

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SABORES ÚNICOS EM ÁGUEDA

A trabalharem há quase 30 anos na área da restauração, Isabel e Cláudio Pereira sentiram, em 2013, ser chegada a altura de abri-rem o seu próprio restaurante. Escolhido o local, que confessam terem ‘namorado’ anterior-mente, quando ainda trabalhavam num outro espaço de res-tauração, adaptaram o mesmo ao que tinham sempre idealizado contando, para tal, com as obras únicas que saem das mãos de Cláudio Pereira. A ‘Cidade das Pétalas’ é decorada com peças de madeira feitas pelo próprio, na sua casa. Isabel pereira confessa que a garagem da sua casa é, na verdade, um atelier de trabalho, onde vê pedras e troncos tornarem-se “em verdadeiras obras de arte”.O nome remeta-nos, uma vez mais, à história de Cláudio, uma vez que é brasileiro e a cidade das pétalas original é a Amazónia.

Espaço distintivoCom duas áreas de serviço e um terraço de invejar onde são ser-vidos alguns eventos durante a época de verão, Isabel Pereira tem já planos para ampliar o espaço disponível. “Apesar de ter-mos uma área grande em ambas as salas, já fui forçada a recusar alguns serviços pelo número de pessoas. Não que não fosse possível recebê-las todas nas nossas salas, mas porque estas não estariam com as condições que consideramos fundamentais para o conforto e bem-estar dos nossos clientes”, refere.

Os saboresCom cinco pratos diários de bacalhau, a ementa contempla ain-da outros peixes frescos, grelhados e picanha, esta última confe-cionada de uma forma bem diferente que o habitual. “Aqui, grel-hamos a picanha já cortada e esta vai à mesa numa chapa em brasa para a mesa, para que o cliente possa grelhá-la mais a seu gosto, ou seja, bem ou mal passada”, explica-nos, com pormenor, Isabel Pe-reira.Questionada sobre o seu prato mais distintivo, a nossa interlo-cutora apresenta-nos o frango galeto, “um prato único aqui em Águeda. O frango é grelhado já partido, em carvão, e recebe um molho completamente diferente à base de ervas e é servido num ta-buleiro em carvão”, diz-nos.No que concerne às sobremesas, a variedade é imensa, e de co-mer e chorar por mais. “Todas as sobremesas são feitas aqui na casa e temos cerca de 20 sobremesas ao dispor do cliente”.Aqui também pode encontrar as diárias. Por sete euros pode apreciar uma boa sopa, o prato, sobremesa e bebida. A nossa in-terlocutora faz questão de frisar que este é servido em travessa e

Duas artes num único espaço: Isabel, com o dom para a cozinha, oferecendo aos seus clientes uma mistura de sabores e aromas de comer e chorar por mais. Por sua vez, Cláudio, o seu braço direito, não só nos negó-cios, mas também na vida, tem o dom da escultura e da pintura, arte que os clientes podem observar em toda a decoração do espaço durante as suas refeições. É uma verdadeira ‘Cidade das Pétalas’ que encontramos em Águeda.

CIDADE DAS PÉTALAS

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não no prato, como regra geral acontece nestes casos.A acompanhar estas iguarias, o cliente dispõe de uma carta de vinhos muito variada e a preços acessíveis.

Qualidade sempreA política desta casa passa por uma relação qualidade/preço acessível a todas as bolsas. “Nunca a nossa política passou por cor-tar na qualidade para conseguir baixar os preços. Preferimos ter um preço um pouco superior nas nossas diárias, mas garantir a qualida-de a que habituamos os nossos clientes”, refere o nosso interlocu-tor. No entanto, frisa que “há casas que fazem preços mais eleva-dos que os nossos, mas com isso não quer dizer que a qualidade deles

seja melhor do que a nossa, apenas a política deles difere da nossa”, complementando, “prefiro ver a casa cheia e ganhar menos do que contar apenas com quatro clientes e cobrar mais para compensar”, diz. “Ter a casa cheia é o que me dá alento e força para continuar, é isso que nos move neste projeto e, felizmente, temos tido sempre a casa cheia durante estes dois anos e meio que estamos abertos”, conta Isabel Pereira, com orgulho.

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FELGUEIRASVARIEDADE SEM IGUAL

A cidade de Felgueiras, situada no distrito do Por-to é conhecida pelas suas fábricas do calçado e pelas várias atrações turísticas, como as calçadas romanas e caminhos medievais. Com os inúme-ros miradouros presentes na região é fácil deixar-se levar pelas paisagens envolventes, juntamente com várias rotas: vinho verde, românico e de tu-rismo empresarial. Com grande variedade gastronómica, como o tí-pico Pão - de - Ló de Margaride e os maravilhosos Vinhos Verdes. O Cozido à Portuguesa, o Bacal-hau, o Arroz de Cabidela e os Assados no forno a lenha enchem a mesa de visitantes e felgueiren-ses.Felgueiras tem como característica, os típicos bor-dados que estão cheios de tradição. O ponto de nó, o bordado a cheio e conhecido o ponto de cruz são os exemplos puros do produto artesanal.O Teatro Fonseca Moreira é um emblemático lo-cal que é inevitável não visitar. Nas próximas páginas vai ser presidiado com con-hecido tecido empresarial de Felgueiras.

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VALORIZAR O DETALHE

Nessa mesma altura, por estratégia, a Triple Marfel criou um departamento de tecelagem de malhas retas (ketten), utilizando fitos sintéticos como polyamides, poliésters e nylon. Esta maté-ria-prima muito em voga, utilizando a mesma na área da cami-saria nessa mesma década, cujo setor ainda hoje se mantem em atividade mas direcionado para outra utilização como o setor au-tomóvel, do calçado, artigos de desporto, artigos de mobiliário, entre outros.Sediada a norte de Portugal, na cidade de Felgueiras, onde possui instalações próprias, área distribuída por confeção, tecelagem, armazéns, áreas administrativas e sociais, sempre desenvolveu continuamente a sua capacidade técnica, apostando fortemente na qualidade como forma de manter-se competitiva relativa-mente aos concorrentes. Neste sentido, a empresa apresentou um crescimento contínuo, tendo atualmente 240 trabalhadores, tendo-se iniciado atividade com uma simples dezena de trabal-hadores.A Triple Marfel procura assim através da qualidade dos seus produtos e serviço deter uma forte imagem nos mercados, inter-no e externo, por intermédio das suas principais marcas, Triple Marfel, Rosa Negra, Ascot e Giobelli, destinadas a um segmento médio/alto dos consumidores.Especializada na confeção de vestuário masculino, 90% do to-tal da capacidade produtiva da Triple Marfel abrange essencial-mente camisas e blusas e os restantes 10% são complementos com a produção de pijamas, robes, polos e roupa interior de ho-mem.A nível de distribuição percentual de vendas, cerca de 30% da sua produção destina-se ao mercado interno e o restante ao

Quando associamos camisas masculinas e qualidade é impossível não referir a Triple Marfel. Com mais de 60 anos de existência, esta empresa começou a sua ati-vidade direcionando-se para a fabricação de lenços de bolso e posteriormente camisas de homem. No final da década de 60, era já uma referência a nível nacional, na área da camisaria clássica, juntamente a outra marca de prestígio, Rosa Negra.

mercado externo. A nível nacional a Triple Marfel encontra-se direcionada para o mercado retalhista, cobrindo todo o conti-nente nacional, Madeira e Açores e está igualmente representa-da em vários países para a promoção e venda dos seus produtos de marca própria ou em Private Label, através dos clientes in-ternacionais. Os mercados de exportação passam por Noruega, Dinamarca, Suécia, Países Escandinavos, Reino Unido, França, Espanha, Estados Unidos, Angola e Moçambique.Em termos de capacidade produtiva, a produção diária no setor da confeção ronda as 1500 peças e cerca de 35 toneladas mensais no setor da tecelagem, números que refletem a dimensão da Tri-ple Marfel ao longo de mais de 60 anos de atividade.No entanto, é no desenvolvimento e apresentação das suas co-leções que continua a ser o sucesso primeiro do mundo da moda e dos mercados em que a empresa tem apostado.A arte de apresentar um produto final, com requinte e condi-zente com as exigências atuais que o consumidor e a moda de-terminam, continuará a ser o principal objetivo e desafio para a Triple Marfel para o futuro e que permitem que seja uma empre-sa de referência no setor em que atua.

TRIPLE MARFEL

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“O NEGÓCIO NASCEU PARA TODOS, MAS NEM TODOS

NASCERAM PARA O NEGÓCIO”

Dono de um percurso de sucesso, o empresário começa por contar que iniciou a sua carreira como feirante ao lado da mãe. “Desde os meus oito anos acompanhei a minha mãe para todo o lado. Ela confiava em mim e sabia que eu tinha jeito para o negócio”. Adriano sente-se agora um felizardo pelo facto dos seus negócios terem adquirido tamanha di-mensão, contudo admite que foi preciso muito espírito de sacrifício à mistura. “Claro que o factor sorte também esteve presente na minha vida mas também fiz por merecer tudo o que tenho. Com 15 anos saía do meu trabalho às 17 e às 18 horas já estava a entrar para outro, e assim ia juntando algum dinheiro.” Mais tarde, trabalhou na construção civil e posteriormente cumpriu serviço militar. Quando regressou, Adriano dedicou-se ao comércio de calças. “Quando voltei da tropa decidi mudar a minha vida. A minha mãe vendia lingerie e eu queria fazer algo diferente porque não me identificava muito com aquele tipo de vestuário. Comprei uma carrinha, com algumas dificuldades, e fui para as feiras vender. Em seis meses comprei três camiões”, conta. Desde pequeno dizia que iria vencer profissionalmente, coisa que nem todos acredita-vam ser possível. O empresário garante que isso lhe deu mais força para continuar. “Eu dizia aos meus familiares que um dia ia ser um exemplo para eles. Isso incentivava-me ainda mais”. Sempre foi uma pessoa ambiciosa e apesar do passado difícil, conseguiu contor-nar todos os obstáculos e faturar muito dinheiro enquanto feirante. “Eu chegava a uma feira e conseguia com que 50 por cento das pessoas fossem para a frente do meu camião. O meu poder de negociação e de argumentação era muito diferente do deles, enquanto os outros compravam 100 calças para venda, eu comprava 10 mil. Cheguei a ter clientes do Algarve e de Bragança que vinham de propósito comprar roupa ao meu camião. Já era con-siderado um feirante de luxo”.Com o tempo, sentiu que estava na altura de abandonar as feiras. “Certo dia, cruzei-me com alguns nomes influentes no mundo da moda e senti-me envergonhado. Nesse momento, senti que tinha que deixar as feiras e, mais tarde, entreguei-as a uma das minhas irmãs”.Em 1975 já era um homem com um grande poder financeiro, e em 1981 abriu a primei-ra loja chamada ‘Casa Quintanilha’. “Abri a primeira loja numa avenida pouco habitada,

Começou aos oito anos a trabalhar como feirante ao lado mãe. Hoje é um dos nomes de referência da indústria têxtil em Portugal. Adriano Sousa criou a sua própria marca em 1990 e aos poucos aspira expandir o seu negó-

cio. Falamos da já reconhecida W52.

W52

ADRIANO SOUSA

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e desde aí revolucionei o comércio. Logo no primeiro ano fiz uma grande publicidade de saldos com uma avioneta”. Adriano Sousa considera que esse foi um dos fatores que mais contribuiu para o crescimento da marca pelo facto de ter sido algo nunca visto no comércio local. “Era uma coisa fora do normal. Era algo inédito em Felgueiras”, revela. Um ano mais tarde abre uma imobiliária em sociedade e começa a expandir os seus negócios. Já com 12 lojas, os filhos começam a fazer parte da sua vida profissional e liberta-se da sociedade. “Eu queria que os meus filhos trabalhassem comigo, queria que eles assumissem cargos importantes nos meus negócios e, por isso, decidi acabar com a sociedade”. Em 1986, já se destacava pela eficácia e pela diferença. Adriano usava um sistema de trabalho incomum, mas promissor. “Tinha uma fábrica, tinha um armazém e as lojas abertas ao público. Todas elas eram independentes mas eu tinha três empresas metidas numa só. Eu ganhava muito na confeção, e vendia às lojas aquilo que tinha no armazém. Era tudo muito bem pensado, posso dizer que tinha as coisas mais bem montadas do nosso país”. Passado algum tempo e depois de se ter tornado viral, eram muitos aqueles que seguiam os seus passos. A marca W52 surge em 1990, depois de ter comprado uma cami-sola na Alemanha com esse mesmo nome. “Era um nome fácil de decorar, achei piada à etiqueta e ficou. Lancei a marca e a partir daí nunca mais parei. Agora tento segurá-la e fazê-la crescer”. Como empresário, assume um lema de vida com que se identifi-ca. “O negócio nasceu para todos, mas nem todos nasceram para o negócio. É preciso ter muita garra, e nem todos a têm. Isto corre-me nas veias”. De momento, emprega 518 funcionários, alguns deles familiares e amigos. A seguir as suas pisadas está também a sua atual companheira Sónia Soares, quem Adriano Sousa considera ser a pessoa ideal para gerir os seus negócios futuramente, junto com os seus filhos. “Já trabalha comigo há 23 anos, e tem aquele lado feminino que me faltava. É o meu maior apoio cá dentro, assim como os meus filhos”.É atualmente reconhecido em Portugal pela sua grande cadeia de lojas, e vende roupa tanto para homem como para mulher. Contudo, confessa que as mulheres são o seu principal público alvo. “Os homens preferem investir em peças mais caras e, por isso, compram roupa com menos frequência. As mulheres estão constan-temente a comprar roupa e por isso optam por peças mais em conta”.A notoriedade da marca deve-se ao caráter inovador e aos preços acessíveis que praticam. O nosso interlocutor conseguiu revolu-cionar o mercado com o lançamento de produtos de qualidade

a baixo custo. Atualmente tem 138 lojas, 34 delas franchisadas. E, depois de ter fechado todos os negócios possíveis a nivel na-cional, já prepara uma nova investida no estrangeiro. “Já temos 14 lojas em Espanha, e estamos a pensar abrir mais algumas pela Europa”.Nos tempos livres, Adriano Sousa dedica-se à poesia e não des-carta a ideia de um dia escrever um livro ou de gravar um CD com alguns pensamentos da sua autoria. “É uma das minhas gran-des paixões. Sempre que tenho tempo dedico-me à escrita. Eu lem-bro-me de todas as passagens da minha vida desde os meus quatro anos e orgulho-me muito daquilo que sou hoje. Nunca tive ajudas de ninguém e todo o património que hoje tenho deve-se ao meu trabal-ho. Acho que isto devia ficar registado de alguma forma e, por isso, escrevo”.Quando questionado sobre o futuro, o dono da marca W52 mos-tra-se confiante e expectante. “As coisas não vão parar por aqui. Ainda este ano quero chegar às 150 lojas”, remata.

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O REFÚGIO IDEAL PARA OS AMANTES DE VINHO

Propriedade da Quinta da Lixa, empresa dirigida por Óscar Mei-reles que é hoje uma das maiores produtoras de Vinhos Verdes do país, o novo hotel insere-se numa área de 30 hectares, 22 dos quais vinha, onde predominam as castas Avesso, Touriga Na-cional, Vinhão, Arinto e Loureiro. Esta ideia, cujo investimento superou os €4M, surgiu da necessidade da Quinta da Lixa, que já recebia cerca de 2.600 turistas todos os anos, complementar a sua oferta de enoturismo com o serviço de alojamento. A ideia ganhou forma e hoje o Monverde é uma das principais atrações da Rota dos Vinhos Verdes, dispondo, para além de todos os espaços de lazer, de 29 quartos e um apartamento, distribuídos em três estruturas distintas numa propriedade que se perde no horizonte. Aos 30 anos, a Quinta da Lixa, que conta com uma produção anual de quatro milhões de garrafas, o corresponden-te a uma faturação superior a cinco milhões por ano, promete continuar a alargar a oferta de produtos e serviços e a expandir o seu negócio, que é já presença assídua em 34 países.

Wine experience spaOs hóspedes podem usufruir ainda de um SPA, onde os visitan-tes podem desfrutar de mais de 20 tratamentos à disposição, que podem ser realizados em gabinetes para o efeito, ou ao ar livre. O SPA do Monverde garante relaxar os sentidos dos seus clientes num paraíso de bem-estar, permitindo-lhes, assim, recuperar as energias com a sabedoria ancestral da vinoterapia.

Sabores regionais e experimentaisAlgo que também merece especial destaque é o restaurante do Monverde, uma parte importante da experiência vínica e gusta-tiva que o hotel sugere. Em qualquer que seja a mesa escolhida, os visitantes são brindados com duas garrafeiras no horizonte, uma de parede, onde se podem observar vinhos provenientes das diferentes regiões vitivinícolas do país e outra a céu aberto, a monumental vinha da Quinta da Lixa. Pela mão do Chef Agos-tinho Martins, para além das propostas à carta, os visitantes po-dem também escolher o menu sugestão do chefe ou o intenso menu degustação. Em qualquer que seja o caso, os sabores das vinhas da Quinta da Lixa e a herança gastronómica da cozinha tradicional portuguesa vão pontuar em todos os detalhes. Para além do SPA e do restaurante, o hotel disponibiliza também um

Na Quinta de Sanguinhedo, situada no norte do país, entre as cidades de Felgueiras e Amarante, ergue-se o Monverde Wine Experience hotel, o primeiro hotel vínico da Rota dos Vinhos Verdes.

QUINTA DA LIXA

wine bar, duas piscinas, e uma zona leaving que apela à leitura e a momentos de descontração.

Programas para enocuriososPara os mais aventureiros, o hotel Monverde recomenda algu-mas atividades de interação com a natureza e com a vinha. Com programas preparados para que os visitantes possam acompan-har todo o ciclo vegetativo da videira, o Monverde lança o con-vite para a participação e partilha de saberes e tradições. Nesta experiência, os hóspedes podem ser enólogos por um dia, isto é, colhem as uvas e fazem o seu próprio vinho. Se em setembro é possível participar no processo da apanha da uva e rituais de vindima, nos meses que se seguem, com a descida da tempera-tura e as geadas outonais, as folhas começam a cair e a videira inicia o seu processo de repouso. Nesta altura, os visitantes são convidados a participar na poda, plantação, condução da videira e enxertia. No início do ano seguinte degusta-se a mais recente colheita e, com a chegada da primavera, os passeios de bicicleta e piqueniques na vinha convidam a desfrutar de um ambiente de tranquilidade que testemunha o despontar das videiras. Já quase a chegar a uma nova colheita, por altura do mês de agosto, o Monverde convida os visitantes a participarem no processo de controlo de maturação da uva, através de uma prova de bagos, que vai determinar a data da vindima, bem como o teor de álcool provável do vinho que se será produzido.

Refugio ecológicoO Monverde Wine Experience Hotel foi pensado e construído para ser ecológico. A água é reaproveitada para a rega da vinha e dos jardins, e as tintas usadas nos interiores e exteriores são de reduzido impacto ambiental. Para além disso, 40 por cento do investimento do hotel é de origem sustentável e 85 por cento da pedra usada foi reutilizada da propriedade. Os painéis solares garantem também o aproveitamento de energias renováveis. A pensar no conforto e no prazer dos visitantes, e onde o vinho é protagonista, o Monverde Wine Experience Hotel reúne todas as condições para ser um sucesso, sendo já considerado, com me-nos de um ano de funcionamento, ‘Best of Wine Tourism 2016’, distinção atribuída pela Great Wine Capitals.

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ESPAÇO ACOLHEDOR ALIADO A BOA COMIDA

Vontade de vencer É na freguesia de Sendim, em Felgueiras, que pode encontrar o restaurante Cantinho Rústico. O proprietário, Jorge Magalhães Fernandes conta-nos o seu percurso na área da restauração e sobre o sonho realizado: ter o seu próprio restaurante.“Depois de acabar os meus estudos, com apenas 12 anos, comecei por trabalhar na Serra da Cabreira, a limpar a mata. Depois, os meus pais souberem que um senhor que tinha um restaurante na Maia precisava de pessoal e eu fui para lá trabalhar, com 14 anos. No íni-cio não foi fácil mas sou uma pessoa ambiciosa e sempre tive o son-ho de ter o meu próprio negócio. Chega uma altura que estar tanto tempo no mesmo setor já nada nos motiva e quando passamos a ter o nosso negócio ganhamos outro estímulo”, começa por nos contar o empresário.

Conceito rústico e diferenciadorCaracterizado por um estilo rústico e acolhedor, aliado a boa comida, tipicamente portuguesa, o Cantinho Rústico é paragem obrigatória para quem visita a região. “As pessoas cada vez mais gostam deste tipo de casas, rústicas com pratos tradicionais. Temos sempre um assado no forno, um bom grelhado, um bom estufado, entre outros pratos”, acrescenta. O cabrito assado é uma das es-pecialidades da casa, disponível sempre à sexta-feira, sábado e domingo, nos restantes dias restantes apenas por encomenda.Para além do cabrito, Jorge Magalhães Fernandes destaca igual-mente o polvo à lagareiro, a costela de boi que esta em confeção no forno durante oito horas, o bacalhau com broa, a espetada à madeirense, ou seja, uma boa variedadade de pratos. “Abrimos portas há apenas quatro anos mas já temos clientes que vieram cá

Natural de Vieira do Minho, Jorge Magalhães Fernan-des desde novo começou a trabalhar na área da restau-ração. Passados mais de 30 anos, decidiu finalmente abrir o seu próprio negócio e em entrevista à revista Portugal em Destaque, faz-nos um balanço desde que surgiu, há quatro anos, o Cantinho Rústico.

RESTAURANTE CANTINHO RÚSTICOJORGE MAGALHÃES FERNANDES E ESPOSA

uma vez e voltam porque gostaram, não só do atendimento, como da nossa comida. Já temos clientes certos, que vêm de todo o país e isso é também reflexo do nosso trabalho. Também realizamos ba-tizados, comunhões, festas de aniversário, casamentos até 50 pes-soas e todo o tipo de eventos”. Em termos de espaço físico possuem duas salas, uma com capacidade para 53 pessoas e outra para 50 e seis colaboradores. “A nível de vinhos, temos disponível todos os produzidos nas cooperativas de Felgueiras e tentamos ter sempre uma boa variedade. Quem quiser vir e comer leitão, temos um vinho para acompanhar a refeição, quem quiser um prato de peixe, temos os vinhos brancos, ou seja, temos sempre um vinho adequado para todo o tipo de refeição”, enaltece o empresário.

Boas perspetivas de futuroAberto desde as 9 horas até ao último cliente sair, o Cantinho Rústico apenas fecha à segunda-feira, para descanso semanal. Com mais de 30 anos de atividade na área da restauração, Antó-nio Fernandes admite que foi a experiência adquirida em outros restaurantes onde trabalhou que permite que o seu, seja hoje uma referência.“Trouxe para o meu espaço, a experiência que adquiri nos restau-rantes onde trabalhei. Perceber o que o cliente gosta, os pratos que as pessoas mais apreciam, a arte de saber receber, entre outras coi-sas. Os público de Felgueiras é muito exigente e a não descuram da qualidade”.Para o futuro, admite que quererá continuar o bom trabalho e manter o mesmo conceito que caracteriza o seu espaço. “Para o futuro não queremos ampliar porque temos uma casa pe-quena e é este o conceito que queremos manter. Se continuarmos como nestes quatro anos, já será muito bom. Não queremos descu-rar da qualidade e esse é o nosso principal objetivo”, finaliza.

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BARCELOSCOR, MOVIMENTO, VIDA E CULTURA!

Barcelos é definitivamente um concelho exemplo de proacividade e uma combinação perfeita entre tradição e modernidade. Com uma beleza única, a arte, a história, e, sobretudo, as pessoas fazem de Barcelos um espaço ímpar que se destaca por isso mesmo do contexto minhoto onde esta inserido. Em Barcelos fazem parte 89 freguesias, num total de 380 kms de encantos e re-cantos para descobrir.Também o turismo religioso é uma realidade em Barcelos. No concelho é possível percorrer os ancestrais Caminhos de Santiago, subir ao cimo dos seus montes sagrados ou simplesmente a absorver-se na visita dos seus his-tóricos santuários.Apesar de ser um concelho detentor de referências de identidade nacional e regional, como é o caso do Galo de Barcelos, é igualmente uma cidade jovem, onde a inovação é constante.Próximo de grandes centros, Barcelos, afirma-se assim como um dos concel-hos mais empregadores do país e nesta edição mostramos alguns exemplos de empresas que pautam pela dinamismo e vontade de querer fazer mais e melhor. Conheça esta cidade e saboreie cada momento de descobert que Barcelos e os barcelenses lhe proporcionam!

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A CUIDAR DAS SUAS NECESSIDADES DESDE 1994

Margarida Rocha, assim como o Jorge Gonçalves ainda estuda-vam na faculdade e trabalhavam, enquanto que Jorge Torres trabalhava numa empresa ligada à área têxtil, quando partiram à aventura de criar um negócio próprio e de raiz. Margarida Rocha começa a sua entrevista dizendo que “em 1994 abrimos a funerária e, em conjunto, abrimos também uma florista, de forma a prestar serviços à agência funerária”, existindo então a necessidade de Margarida Rocha e Jorge Torres fazerem uma formação no ramo de florista.“Mais tarde, Jorge Gonçalves acabou a sua formação superior e en-tendeu que queria seguir a profissão para a qual se formou e cedeu a sua quota da funerária a mim e ao Jorge Torres”, refere Margarida Rocha. Jorge Torres sempre foi o mais ligado à funerária, “todos os clien-tes adoravam a forma como ele trabalhava e respeitava as famílias de luto, a forma como ele abordava os doridos e a forma como ele lidava com a pessoa falecida, expandindo assim o negócio”, salienta a Margarida. Em 1997, Margarida Rocha abre o seu escritório ligado à área da solicitadoria, conseguindo conciliar a área de florista e de solici-tadoria até ao ano 2004. A partir desse ano, a Agência Funerária Sto. André começou a fazer parcerias com as floristas já existen-tes na região. O trabalho foi-se desenvolvendo até porque Jorge Torres foi expandindo a sua empresa, Agência Funerária Santo André de Barcelinhos, Lda. Em 2014 o sócio, Jorge Torres, e marido de

A agência não foi herdada de membros da família, a Agência Funerária Sto. André nasceu através de uma conversa informal entre três jovens, que eram o Jorge Torres, o Jorge Gonçalves e a Margarida Rocha.

AGÊNCIA FUNERÁRIA STO ANDRÉ

Margarida Rocha faleceu e esta herdou a sua parte. Atualmente ao serviço da Agência Funerária Santo André de Barcelinhos e sempre que é necessário realizar algum funeral está Hugo Fa-ria Peixoto, como agente funerário trabalhando exatamente da mesma forma, usos e costumes que Jorge Torres. Esta agência funerária está equipada com todo o equipamento necessário para o uso e costumes ao prestar os seus serviços.Os serviços que prestam vão desde cremações, funerais para sepultura temporária, funerais para sepultura perpétua, tras-ladações, exumações, urnas, anúncios de necrologia, serviços de florista, manutenção de jazigos, apoio na documentação e colocação de maquilhagem, dando um aspeto mais natural ao cadáver. Há familiares que pedem também para que se faça a coloração do cabelo ou que se use, por exemplo, o mesmo tom do batom que determinada senhora usava todos os dias religiosa-mente, mantendo a mesma aparência. Em Barcelos, a população já está mais recetiva à questão da cremação, pois “já temos tido clientes que nos abordam e nos ques-tionam quais os valores para a realização de um funeral com cre-mação”, revela Margarida Rocha. Quanto ao futuro desta agência funerária Santo André de Bar-celinhos, Margarida Rocha espera que esta cresça, no sentido de ser uma homenagem ao seu marido, porque Jorge Torres adora-va o que fazia e também porque a filha de ambos sente orgulho ao dizer que esta é a funerária do seu pai.

“SEJAM FELIZES COMO EU FUI À MINHA MANEIRA”, ESTA É A FRASE QUE CARACTERIZOU TODA A VIDA DE JORGE TORRES.

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MARCAR PELA DIFERENÇA NO SETOR TÊXTIL

Esta empresa inserida no ramo têxtil dedica-se à aplicação e co-lagem de transferes e ao fabrico e comercialização, dos mesmos, estando equipados à escala industrial com alta maquinaria para aplicação de transferes.A eficácia, garantia, qualidade e rapidez, são princípios básicos, com que pode contar, respondendo desde modo à competitivida-de, crescente, “que o mercado industrial hoje nos exige”, sublinha Domingos Faria.A empresa Tal & Qual dedica-se também a exportação e comer-cialização de produtos para outros países, sendo que o dinamis-mo desta empresa lhes permite dar resposta às necessidades dos seus clientes além-fronteiras.“A nossa atividade está intimamente ligada aos transferes e o trans-fer consiste na transferência de um desenho em papel e depois, atra-vés de uma prensa é colocado numa peça de roupa ou outro mate-rial, transferindo o desenho do papel para o produto. Neste caso, os artigos que levarão o transfer são os têxteis e o calçado” refere o gerente da Tal & Qual.Há vários tipos de transferes no mercado, entre eles existem os transferes digitais e os transferes em serigrafia. Os transferes em serigrafia fazem-se através da tinta líquida, sendo o tipo de transfer aconselhado tanto pela resistência que apresenta, pela sua durabilidade e pela solidez que demonstra. O transfer do tipo digital assemelha-se a uma fotocópia, só que este tipo de transfer é mais caro e a sua qualidade é inferior. “O transfer em serigrafia felizmente tem tido imensa procura e, a Tal & Qual conseguiu inovar um bocadinho este setor, porque em cima do transfer tradicional fo-

A Tal & Qual foi fundada em 1999 em Barcelos, co-meçando a sua atividade na área da estamparia e mais tarde, os sócios Domingos Faria e Paula Leal decidiram arriscar noutra área ligeiramente semelhante e claro, foi uma aposta ganha.

TAL & QUAL

DOMINGOS FARIA

mos conseguindo produzir transferes com algum relevo, como é o caso, por exemplo, do logótipo dos ténis da New Balance”, conta o proprietário desta empresa. “Trabalhamos para grandes marcas conceituadas ao nível do merca-do global”. A Tal & Qual faz também muitos trabalhos para têxteis que vão ser usados por crianças, como é o caso da Riber Woods. É importante referir que todos os transferes utilizados são cem por cento certificados por cada marca com a qual a Tal & Qual coopera. “Os nossos transferes são testados para ver se obedecem a esses critérios”, conta Domingos Faria. Neste momento na Tal & Qual colaboram diariamente 14 pes-soas a contar com a gerência, a filha de Domingos Faria, Tânia Faria também faz parte deste projeto, sendo que a empresa já terá a sua existência assegurada por largos anos. “Os nossos projetos vão surgindo à medida do que é possível concre-tizar, uma das coisas que quero fazer futuramente é a participação em feiras da especialidade no estrangeiro onde há muitos contactos que podem ser realizados”, expõe Domingos Faria dizendo tam-bém que “só ainda não fomos porque ainda não temos capacidade de resposta para as grandes quantidades de transferes que nos pe-dem para elaborar”, visto que os aparelhos para este setor são um grande investimento e as máquinas que existem na empresa têm uma capacidade de produção entre os cerca de 200 a 250 trans-feres por hora e a “máquina na qual quero investir futuramente faz o trabalho das minhas todas, trabalhando de uma forma mais automatizada e dando origem a cerca de três mil folhas por hora”, finaliza o nosso interlocutor.

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ALIMENTOS CONGELADOS DE RENOME

“A Libarme era um cash & carry que já era distribuidor de produtos da Olá quando em 1996 foi vendida ao Recheio, sendo que a repre-sentação dos produtos Olá não foi vendida, dando origem a uma empresa em separado que é a Libargel”, é assim que Pedro Ribeiro introduz a sua empresa. Nessa altura, separam-se os negócios e a Libargel, durante um tempo, esteve focada na distribuição de gelados da Olá e, aos poucos, foram incluindo novos produtos sempre na área dos ali-mentos congelados e “dentro da nossa tipologia de cliente alvo”, ou seja, no canal Horeca. Dentro destes produtos havia um compromisso com o Recheio de não distribuírem, durante cinco anos, bacalhau seco, compro-misso que foi assumido e cumprido. “Passados seis anos de termos criado a Libargel voltamos a entrar no mercado com este tipo de pro-duto”, refere Pedro Ribeiro.Importa salientar que o bacalhau seco representa cerca de 30 por cento do volume de faturação a seguir aos gelados, na zona do Minho, tendo em vista que é um produto muito tradicional na região. O setor das bebidas também tem uma pequena margem nesta empresa.O balanço dos 20 anos de existência da Libargel tem sido muito positivo e “esta empresa tem-se vindo a transformar ao longo des-tas duas décadas da sua fundação” visto que foram acrescentando produtos, “não se deixando estagnar somente com a distribuição de gelados”, salienta o gerente. Em 2009 a Libargel passa a estar representada na Madeira, pos-suindo desde essa altura uma delegação no Funchal. “Adquirimos a carteira de clientes do representante da Olá na Madeira, construin-do uma sucursal neste arquipélago onde, tal como no Alto Minho,

A Libargel nasce em janeiro de 1996 e deriva de uma empresa (Libarme) já com muitos anos de história no meio alimentar da região do Minho. Conversamos com Pedro Ribeiro, o sócio gerente desta empresa cuja sede fica em Barcelos.

LIBARGEL

PEDRO RIBEIRO

procuramos adicionar aos gelados uma série de outros produtos também inseridos dentro da mesma tipologia de cliente”, vinca Pe-dro Ribeiro. A entrada na Madeira foi uma questão de oportunidade, visto que a Olá estava à procura de um novo distribuidor. Pedro Ri-beiro soube dessa questão e ofereceu uma solução. “A Olá ficou muito agradada, dado que a Libargel sempre foi um distribuidor com alta consideração pela marca e, depois da análise do projeto, a em-presa decidiu apostar nesta ilha”. Pedro Ribeiro revela que “procuramos potenciar as nossas vendas mais pela diversificação de produtos, tentando ganhar peso junto dos nossos clientes e não tanto a nível geográfico”. Ao todo são 60 o número de colaboradores da Libargel, sendo que 27 laboram na sucursal existente na Madeira e os restantes na sede da empresa em Barcelos. Em 2011, a empresa adquiriu a carteira de clientes da Olá em Braga, o que lhes permitiu estar presentes em zonas como Braga, Montalegre, Gerês, Vieira do Minho, Vila Verde, entre outras, passando a atuar na zona interior do Alto Minho. Pedro Ribeiro destaca ainda que “procuramos distinguir-nos pela qualidade do serviço porque o que nós vendemos são produtos já pré feitos, já embalados e com marca que não é a nossa.” E ressalva: “A confiança dos nossos clientes é fundamental”. Em jeito de despedida, o gerente divulga que “estamos na parte fi-nal de consolidação dos investimentos que fizemos e como tal, iremos tentar crescer sustentadamente”, considerando que “estamos numa estrutura adaptada a esta nova realidade, daqui para a frente iremos tentar incluir novos produtos no nosso leque de ofertas indo sempre de encontro ao que os nossos clientes solicitam”, concluí.

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INIGUALÁVEL EXPERIÊNCIA GASTRONÓMICA

Tudo começou porque Sílvia Ribeiro queria criar um novo con-ceito de restaurante, diferente do que já existe em Barcelos, e foi assim que nasceu a ideia de abrir o restaurante Babette em colaboração com o Chef Luís Gonçalves.A diferença rege-se pela mistura de cozinha portuguesa com a cozinha de autor, onde o cliente tem o privilégio de assistir ao espetáculo que é o showcooking, onde de acordo com o Chef é possível personalizar a ementa. Os pratos são extremamente trabalhados e elaborados com pre-cisão e criatividade, possibilitando aos clientes a experiência de apreciar a beleza da arte de cozinhar. Tendo como objetivo a necessidade de mudar de mentalidades, Sílvia Ribeiro explica que têm existido recetividade por parte do público estrangeiro mas ainda subsiste alguma desconfiança por parte dos barcelenses. A pouca recetividade também passa pelo receio desta experiência ser cara, mas “utilizamos coisas diferentes de alguns restaurantes, o aumento ligeiro dos preços, deve-se à qua-lidades dos produtos”. O nível de carnes e peixes são sempre de alta qualidade, o Chef Luís Gonçalves explica que “nós estamos relativamente próximos do mar, cerca de 15km, quando quero pôr aqui peixe fresco vou sempre a Esposende buscar”. A diferença é logo presenciada quando se entra no Restaurante Babette, possibilitando embarcar numa viagem gastronómica, onde usualmente aos fins de semanas existem sugestões fora do habitual que o cliente tem durante a semana, criando assim um dinâmica interessante e apelativa para o público.Em termos de sugestões, é possível saborear um hambúrguer de alheira com puré de maçã, codorniz com flores comestíveis e Brás de bacalhau desmontado. Com grande saída é possível pro-var como prato principal, a bochecha de porco preto, bacalhau com broa, marget de pato com frutos e risoto. Vários produtos

Quem faz o caminho para Santiago de Compostela, inevitavelmente tem que passar pela bela cidade de Barcelos onde pode encontrar o Restaurante Babette, caracterizado pela sua qualidade gastronómica e onde é possível saborear e sentir uma série de emoções.

RESTAURANTE BABETTE

PEDRO RIBEIRO

utilizados pelo restaurante são de cariz regional. Para além do habitual menu, o serviço é bastante personalizado dando oportunidade aos clientes fugir das refeitas programas, criando oportunidade de satisfazer as necessidades imediatas do cliente. Sílvia Ribeiro explica que este serviço mais personaliza-do permite os diferenciar de outros restaurantes. Em termos de projetos futuros, não poderiam ser mais inova-dores e atrativos. De acordo com a Sílvia Ribeiro, num curto de espaço de tempo vai ser possível apreciar em frente ao res-taurante uma vinha de vinhos verdes, onde vai possibilitar ao cliente saborear os vinhos de Barcelos, tendo ao seu dispor um ambiente descontraído e ao mesmo tempo poder adquirir vinhos da região. Toda esta experiencia gastronómica é possível ser ad-quirida por cerca de 20/25€ por pessoa.

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DA APANHA DA UVA À EXPORTAÇÃO DO VINHO

O desígnio de qualidade enológica correspondeu desde sempre a uma original sensibilidade artística legada por Francisco Tri-gueiros, para quem apreciar um bom vinho era um ato eminen-temente de prazer e de elevação cultural. A Quinta do Bosque existe há cerca de 40 anos, com o passar dos anos esta quinta foi-se desenvolvendo, sendo que no inicio da sua fundação, “existia apenas uma unidade de produção muito pequenina”, revela Francisco Trigueiros.Inicialmente só era produzida a marca de vinho verde Quinta do Bosque, posteriormente em 1995 entendeu-se que, comer-cialmente, “era pouco ter só um vinho para apresentar e então foi quando adquirimos uma propriedade no Alentejo denominada Monte das Abertas”, salienta este empresário.Para este ano, a F. Trigueiros & Filhos, Lda está prestes a lançar mais um vinho para a marca Quinta do Bosque, um vinho verde só de casta Loureiro, lançando também um vinho de duas castas de projeção mundial, que é o Alvarinho (80 por cento) com mis-tura da casta Trajadura (20 por cento), dando um melhor aroma e uma maior maciez ao vinho. Francisco Trigueiros expõe ainda que “já lançamos também um vinho rosé com as castas que temos no Alentejo” e que, nesta zona, são produzidos, para além do vinho rosé, um vinho branco e um vinho maduro tinto. Há uma diferença entre os vinhos verdes e os vinhos maduros, que se prende com o nível de alcoolémia encontrado em cada um e em termos de robustez, sendo estes considerados “vinhos muito bons, mas completamente distintos”.Inicialmente, na F. Trigueiros & Filhos, Lda trabalhava-se so-

Esta adega foi constituída em 1995 sob a denominação F. Tri-gueiros & Filhos, Lda, sendo fundada por Francisco Trigueiros, registado na CVRVV – Comissão de Viticultura Regional Alen-tejana e a sua unidade de produção e engarrafamento situa-se na sede da empresa na Quinta do Bosque em Remelhe, Barcelos.

FRANCISCO TRIGUEIROS

mente para o mercado interno, hoje em dia, a aposta já recai no mercado externo, e, a título de exemplo, os mercados para os quais a F. Trigueiros & Filhos, Lda trabalha são o Brasil, a França e o Luxemburgo, sendo que este mercado é nitidamente recon-hecido como “o mercado da saudade” devido à presença muito acentuada de comunidades portuguesas nestes países. Francisco Trigueiros assume o desejo de querer ainda exportar os seus produtos para a África do Sul, Alemanha, Andorra, An-gola, Austrália, Bélgica, Cabo Verde, Canadá, China, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, Holanda, Hong Kong, Israel, Itália, Japão, Lituânia, Macau, Mé-xico, Moçambique, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido, Re-pública Checa, Rússia, São Tomé e Príncipe, Singapura, Suécia, Suíça, Uruguai e Venezuela.Desta quinta são presença assídua, os oito colaboradores que cá laboram, sendo que em Barcelos estes trabalhadores cuidam de 27 hectares de vinha e no Alentejo de cerca de 36 hectares. Im-porta mencionar que cada hectar de vinha corresponde a um campo de futebol.De momento, Francisco Trigueiros conta que “estamos a fazer uma renovação de vinhas, graças ao apoio do Estado, em cerca de seis hectares”, sendo que a cada ano vão fazendo uma renovação faseada, de modo a não prejudicar a qualidade dos vinhos. O que distingue estes vinhos, de acordo com Francisco Triguei-ros são o fator qualidade/preço e, quanto às perspetivas de fu-turo da F. Trigueiros & Filhos, Lda, estas são boas, visto que “os consumidores portugueses gostam e apreciam muito os vinhos pro-duzidos no nosso país”, conclui Francisco Trigueiros.

F. TRIGUEIROS E FILHOS, LDA

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NA VANGUARDA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Vasco Matos revela que “comecei por trabalhar na área da cons-trução civil dita tradicional, depois com o passar dos anos e com a experiência adquirida fui pensando em fazer algo diferente e inova-dor no setor”. Este administrador salienta que no “início foi muito complicado, hoje em dia já muita gente procura este tipo de ideia, mas para in-troduzir este conceito no mercado foi muito difícil” e com orgulho manifesta: “Mas consegui!”Desenvolveu as primeiras casas e, a partir daí, foi mais fácil. “Agora até temos acrescentado modelos totalmente diferentes”, res-salta. Inicialmente a Vasco Matos Unipessoal, Lda começou por construir casas num sistema modular e mais tarde foi-se adap-tando a outros sistemas que praticamente podem ser moldados a qualquer tipo de arquitetura. “Temos uma construção que pode ser amovível”, ou seja, a própria casa pode ser transportada e ser colocada noutro terreno sem existir qualquer dano à sua estrutura e, aquando da sua mon-tagem ninguém se apercebe de que é pré fabricada, assim como também produzem construções que ficam fixas no próprio terre-no. “Trabalhamos sempre de encontro com os gostos de cada tipo de cliente”, expõe Vasco Matos.Este tipo de construção tem algumas vantagens, segundo nos conta o administrador. Hoje em dia os clientes e potenciais clien-tes da Vasco Matos Unipessoal, Lda já estão muito bem informa-dos acerca deste tipo de construção e sabem que com este siste-ma é possível evitar patologias que são frequentes na construção tradicional, nomeadamente fissuras, salitras e/ou humidades, diminuindo as pontes térmicas visto que “usamos materiais dife-rentes e com outra qualidade dos usados na construção civil tradicio-nal. Depois é uma questão de gosto pessoal de cada cliente, se prefe-

A Vasco Matos Unipessoal, Lda é uma empresa cria-da em 1999 em Barcelos, primando pela qualidade dos produtos e serviços na área da construção em betão armado.

VASCO MATOS - UNIPESSOAL, LDAVASCO MATOS

rem o betão à vista ou não ou se preferem utilizar para revestimento outros materiais”, realça o empresário. Têm ainda a facilidade de trabalhar o projeto conforme o pretendido, tornando-se este mais atrativo pela rapidez da construção e pelas características dos materiais utilizados. Com uma equipa motivada e experiente, composta por 21 cola-boradores internos a Vasco Matos Unipessoal, Lda, conta ainda com a colaboração de outros gabinetes de arquitetura e engen-haria externos. Encontra-se à altura de qualquer desafio, em obras das mais diversas escalas e exigências. De obras públicas a privadas, como vias de comunicação, equipamentos, industrias, habitação e outras infraestruturas. “O importante é garantir a qualidade da obra e a satisfação do cliente”, indica Vasco Matos. Para já a Vasco Matos Unipessoal, Lda trabalha em exclusivo para o mercado nacional embora também tenham propostas para outros mercados, nomeadamente para o mercado europeu e para o mercado africano. No futuro, Vasco Matos gostava que se implementasse em Por-tugal a ‘casa expansível’, que consiste em acrescentar divisões na casa consoante a necessidade do cliente. Neste momento, essa ideia ainda não está em prática pois, predomina o conceito de uma casa para a vida e fazer somente obras uma única vez, “mas penso que a tendência será para que as pessoas aceitem este tipo de conceito”, finaliza.

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LEVAR O DESIGN PORTUGUÊS ALÉM-FRONTEIRAS

Actualmente as marcas KARPA e GANSK e as esculturas do próprio Albino Miranda são os projetos que vão marcando o rit-mo de crescimento da empresa e que têm tido o reconhecimento tanto a nível nacional como internacional.Apesar de desde muito novo ter colaborado em projetos de várias empresas essencialmente na área da cerâmica, Albino Miranda, nos anos 90 ambicionando crescer a nível profissional decide es-tabelecer-se por conta própria e abrir o seu espaço na cidade de Barcelos, cidade que o viu nascer e crescer.“Comecei por fazer esculturas em pedra e criei a marca Gestos, um projeto que foi crescendo sustentadamente”, refere Albino Miran-da.

Desenvolvimento dos ProjetosApós a inovação no desenvolvimento de um compósito de pedra, a empresa vai posteriormente “evoluir para a produção de mobi-liário de autor, passando a trabalhar também com madeiras exóticas com acabamentos personalizados, fazendo-se representar pela mar-ca Gestos”, salienta Albino Miranda.Em 2009 a Albino Miranda, Lda abraça um novo desafio com o lançamento de uma nova marca de mobiliário exclusivo, utili-zando a fibra de vidro como material principal, denominada de KARPA, concebendo peças para interior e exterior, e composta “por um conjunto de propostas versáteis e sofisticadas”.Em 2014, por motivos organizacionais, a empresa decide repen-sar as suas marcas, direcionando-as para mercados distintos. A KARPA, marca mais orientada para a alta decoração, propõe um produto mais exclusivo, artístico e luxuoso, “com o objetivo de se promover como algo único e valioso”, a GANSK, não descartando a qualidade e o detalhe, “ficou com a missão de servir um público

A Albino Miranda, Lda é uma empresa que se dedica ao design e produção de mobiliário exclusivo e criação de esculturas. Al-bino Miranda, administrador da empresa, sempre se destacou pela sua criatividade e pela sua aptidão para o mundo das ar-tes.

ALBINO MIRANDA

ALBINO MIRANDA

que prefira algo mais simples, discreto e elegante para o seu espaço”.Um dos pilares fundamentais da empresa passa também pelo es-tabelecimento de parcerias de valor com outras empresas, sendo que uma das mais relevantes é a parceria com a Climar, uma empresa situada em Águeda que é especializada no setor da ilu-minação. Localmente falando, em Barcelos podem ser apreciadas 22 escul-turas desenvolvidas por Albino Miranda. Este criativo aceitou um convite da Câmara Municipal de Barcelos, que consistia no desenvolvimento de réplicas de peças de artesanato criadas por artesãos da região. Albino Miranda adorou este projeto “pois des-envolvi um trabalho para a minha terra”.

Procura de Novos MercadosInicialmente, a Albino Miranda, Lda, trabalhou essencialmente para o mercado nacional, mas a ambição deste empresário pas-sa também por trabalhar com mercados internacionais, estando neste momento a exportar para cerca de 20 mercados, sendo o Médio Oriente um dos principais mercados.Albino Miranda expõe também que “marcamos presença regular-mente em feiras internacionais”, sendo que a última em que parti-cipou foi na Maison & Objet em Paris.

Futuro“Tenho sempre muitos projetos na gaveta”, revela Albino Miran-da, estando a inovação sempre presente e tendo a fibra de vidro como matéria prima principal. Quanto à empresa e às marcas em si, o empresário espera que es-tas continuem a crescer, sempre sustentadamente e que as suas marcas sejam cada vez mais reconhecidas internacionalmente.

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EMPRESAS EM DESTAQUE

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ORGULHO DE SER PME EXCELÊNCIA’15

Crescimento passo a passoA Marjomotex II ao longo do seu percurso foi fazendo vários ti-pos de artigos sendo que actualmente é especializada no fabrico de calças de qualquer matéria-prima e trabalha de duas formas: a feitio ou na vertical. Neste momento podemos considera-la uma private label que trabalha para as marcas, marcas nacionais conhecidas e algumas internacionais, sendo que o seu principal mercado no exterior é o espanhol.Mas o segredo do sucesso desta empresa famalicense acenta na boa gestão praticada bem como no estudo prévio que fazem questão de realizar aquando de qualquer encomenda.“A nossa gestão hoje é feita níveis antes da produção. Existe e tem que existir uma certa preocupação com o planeamento. Muito do trabalho que é feito para que a empresa consiga crescer, acompan-har e até ultrapassar as dificuldades que atualmente existem, está relacionada com toda a gestão que é feita antes da encomenda. Tem que se analisar bem e agrupar as encomendas para ajudar a que a produção seja o mais rápida e eficiente possível. Hoje em dia as quantidades já não são as que eram e as encomendas grandes são muito pontuais”, explica inicialmente, Mónica Afonso, filha dos fundadores e manager da empresa.Assim, agora na Marjomotex II existe um estudo muito grande das pessoas fora do âmbito produtivo, apesar da produção não deixar de ser a sua base, com o objetivo de atingir as metas a que se propõe como a qualidade, o cumprimento de prazos e por fim, a satisfação dos seus clientes.

PME Excelência 2015Estando nos últimos três anos muito perto de atingir o patamar de PME Excelência, 2015 foi o ano em que finalmente a Mar-jomotex II recebeu esta distinção. “À terceira foi de vez! No ano anterior não conseguimos atingir o prémio por décimas mas final-mente já somos uma PME Excelência”, mostra-se, orgulhosa, Mó-nica Afonso. O objetivo passa agora por manter este prémio no ano corrente e continuar a realizar o bom trabalho realizado até então com fortes perspetivas de crescimento. “Agora não quere-mos é deixá-lo escapar porque acho que é um estatuto muito impor-tante e para além deste prémio penso que deveriam existir outros, nomeadamente a nível dos bons pagadores, o que daria mais ânimo às empresas para trabalhar mais e melhor”.

Sediada em Vila Nova de Famalicão, a Marjomotex II é uma empresa têxtil, familiar que surgiu há 38 anos. Reconhecida com o prémio PME Líder três vezes, em 2012, 2014 e 2015, recebeu este ano, pela primeira vez, o prémio de PME Excelência fruto do bom trabalho realizado no ano de 2014. O objetivo, segundo a ad-ministradora, Mónica Afonso, passa por manter esta distinção.

MARJOMOTEX II

MÓNICA AFONSO

E revela, posteriormente, as vantagens que a sua empresa terá agora que está entre as melhores empresas do país. “Este pré-mio ajuda bastante a nível da banca, ao recurso ao crédito e ajuda bastante na relação com os clientes porque significa que a empresa é credível, que está organizada, cumpre todas as obrigações. Para se ser PME Excelência é necessário atingir certos parâmetros muito ri-gorosos e nós conseguimos, é, sem dúvida, muito importante para o futuro da nossa empresa”, sublinha a empresária.No entanto, revela que é graças ao envolvimento das pessoas que trabalham na sua empresa, e dos seus clientes e parceiros, que se deve também o percurso da Marjomotex II até este pa-tamar. “Agradecemos a todos que trabalham connosco, e aos nos-sos clientes. Foram parte integrante para atingirmos este prémio e contamos com todos eles no sentido de o manter”, finaliza Mónica Afonso.

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A ARTE DE SABER ACOLHER

Localizado a apenas 30 minutos do Porto e a 20 minutos do Ae-roporto Francisco Sá Carneiro, oferece um alojamento rico em locais de requinte, inserido num espaço verde único e uma vista deslumbrante sobre a cidade de Freamunde, onde a calma e a vida tranquila são rainhas.Dado o seu relevante valor arquitetónico e a escassez de unida-des hoteleiras locais, o Engenheiro Teles de Menezes considerou uma óptima oportunidade transformar a habitação da família numa unidade hoteleira de elevada qualidade, onde prevalece o ambiente familiar e acolhedor do espaço.Adquirida pela família Teles de Menezes há cerca de 60 anos, foi comprada e restaurada pelo filho, Eng. Carlos Taipa Teles de Menezes em 1994, que tendo para tal recebido apoio de fundos comunitários. O arranque e a expansão de todo o espaço, tem grande cota da responsabilidade do empenho e dedicação da fil-ha do actual proprietário, TABITA LA GRECA TELES DE ME-NEZES.Para além dos fantásticos espaços exteriores, os hóspedes desta quinta podem ainda contar com piscina exterior de água salgada e aquecida. Mesmo que não fique alojado neste espaço, os seus colaboradores estão sempre de braços abertos prontos a rece-bê-lo, nem que seja para apenas desfrutar do serviço de bar.A Quinta da Vista Alegre dedica parte dos seus serviços à reali-zação de eventos, nomeadamente casamentos, comunhões, ba-tizados, eventos empresariais, festas de aniversário, bem como todo o tipo de comemorações. Para estes momentos, a quinta possui duas salas: a D. Maria com 429 m2 e 400 lugares sentados e a sala D. António com 270 m2 e 100 lugares sentados.Atentos às necessidades dos clientes, o Hotel oferece aos seus clientes-empresa vantagens, nomeadamente um valor de aloja-mento mais apelativo, através de um cartão-empresa que poderá ser solicitado através de contacto.A Quinta da Vista Alegre realiza anualmente o Jantar do Capão, ex-libris da Freguesia de Freamunde, na primeira quinzena do mês de dezembro, no decorrer da famosa “ Feira dos Capões”, a 13 de dezembro de cada ano, dia festivo de Santa Luzia, que atrai milhares de visitantes à Cidade de Freamunde vindos de todo Portugal e até de Espanha, sobretudo da Galiza. Face ao crescimento sólido do Turismo, confirmando o contínuo desempenho positivo dos destinos europeus, a Quinta da Vista Alegre vai mais além, sempre com olhos postos no futuro. A pensar num público que partilha da mesma filosofia do Ho-tel Rural, mas que preferem um ambiente menos formal, uma

Classificado como monumento de Interesse Municipal, o Hotel Rural Quinta da Vista Alegre, apresenta-se como uma referência de luxo e requinte no norte do país, conservando todo o património arquitectónico da construção aristocrática dos finais do Séc. XIX, mas adaptado às exigências de conforto, bem-estar e sere-nidade da vida moderna.

QUINTA VISTA ALEGRE

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maior socialização e principalmente, um valor mais convidativo, por forma a usufruírem das mais-valias históricas da zona, no-meadamente, a “Rota do Românico”, está a ser criado um hostel de luxo no interior da propriedade com capacidade para 62 pes-soas, que estará finalizado em meados de 2016 e que terá o nome de “Hostel D. Joaquina”, em homenagem à avó materna do pro-prietário, JOAQUINA CORREIA DE FONSECA. Este assenta na reconstrução de uma antiga habitação localizada na propriedade (1910) e alia o tradicional dos materiais existentes ao moderno do design e conforto. O Hostel é uma projeto independente do Hotel e da autoria do filho do proprietário, o arquiteto ANTÓNIO LA GRECA TELES DE MENESES. Foi realizada uma candidatu-ra ao Portugal 2020 para o desenvolvimento desta nova unidade hoteleira.O espaço exterior irá ainda contar com equipamentos de fitness, bem como um circuito de arvorismo, composto por diferentes tipos de obstáculos, como escadas, pontes suspensas, tirolesas, slides, entre outras, por forma a incentivar o desporto e o lazer. Para finalizar, vai ser criada uma tasca gourmet, por forma a dar a conhecer aos hóspedes as iguarias típicas das tradicionais tascas portuguesas, acompanhadas de bons vinhos e outras be-bidas, para consumo próprio e venda de artigos. Um espaço acol-hedor, tradicional e com conforto.Aproveitando o facto da propriedade em questão ter cerca de 4 hectares, como visionário e humanista que é, o Eng. Teles de Menezes pretende ainda a médio prazo proceder à construção de um lar de terceira idade de luxo, um outro projecto da auto-ria do filho, com condições nunca antes vistas no Vale do Sou-sa, uma homenagem merecida ao avô materno do proprietário, ERNESTO GOMES TAIPA, que como tal, terá o seu nome “Dom Ernesto”.

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