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U N I V E R S I D A D E D O E S T A D O D A B A H I A -
U N E B
C A M P U S I I - A L A G O I N H A S
D E P A R T A M E N T O D E C I Ê N C I A S E X A T A S
E D A T E R R A – D C E T
Portfólio - Experiências e vivência no
Estágio Supervisionado II
Monalisa de Queiroz Nunes
Alagoinhas-2010
O Estágio Supervisionado na formação de professores tem sido alvo de grandes estudos que revelam suas dificuldades e
seu potencial, gerando transformações na vida desses profissionais. “O estágio é o eixo central na formação de
professores, pois é através dele que o profissional conhece os aspectos indispensáveis para a formação da construção da identidade e dos saberes do dia-a-dia” (PIMENTA E LIMA,
2004 apud SOUZA. J. C. A; BONELA, L. )
O ESTAGIO
SUPERVISIONADO...
Portfólio apresentado ao curso de graduação em Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia, DCET,
Campus II – Alagoinhas, como um dos pré-requisitos da disciplina Estagio supervisionado II, sob a regência da Prof.ª.
Cláudia Regina Teixeira de Souza.
Me chamo Monalisa de Queiroz Nunes sou graduanda do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado
da Bahia, Campus II. Percorri um longo caminho até chegar aqui...
Alegrias, tristeza, saudade, aventuras vividas a cada dia distante de casa, dos
amigos e principalmente da minha família. E essa nova experiência que
vou contar a vocês faz parte dessa história.
O estágio é o momento da nossa vivência onde através
dele conseguimos unir os conteúdos que aprendemos na
universidade com o cotidiano em sala de aula. Esse momento é
essencial na vida do professor, pois é neste que será construída a
identidade do professor sendo indispensável a um profissional que
deseja alcançar êxito na sua profissão. Promovendo assim melhoria
no processo de ensino – aprendizagem.
São inegáveis as contribuições do estágio na vida
profissional de um professor. É muito mais que o cumprimento de
exigências acadêmicas. Ele é uma oportunidade de crescimento
profissional e pessoal. Além de ser um importante instrumento de
integração entre escola, universidade e comunidade.
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO...
No cotidiano acadêmico é perceptível que os graduandos se envolvam com muita disposição e ânimo quando a
universidade lhes proporciona a participação em que consiga colocar conhecimentos teóricos em prática, acompanhados de um profissional supervisor ou quando possui uma instituição
conveniada que estão em permanente contato com a universidade. É necessário que o estagiário aprenda a
observar e identificar os problemas, estar sempre aprendendo e buscando informações, questionar o que encontrou além de buscar trocar informações com professores mais experientes
(OLIVEIRA, S.D apud SOUZA. J. C. A; BONELA, L. A; PAULA. A. H 2007).
Esse estágio foi onde pude adquirir vivência e verificar se a escolha da profissão foi certa.... Desenvolvi habilidades e
possibilidades para conhecimentos... A princípio pensei em desistir... Ter que encontrar um horário para não atrapalhar as aulas na faculdade... O deslocamento para uma cidade que não
conhecia... Para um colégio que não tinha ideia alguma da rotina, estrutura principalmente os alunos.... É, essa não é a primeira vez em sala de aula, em estágios passados havia alunos maravilhosos, mas também os problemas com aqueles que não tinham interesse, compromisso nem respeito comigo e com alguns colegas, a falta de estrutura e organização da escola. Confesso que tive medo, por ser em outra cidade a primeira dificuldade foi o deslocamento. Sempre acompanhada por minha amiga Rejane que também iria estagiar
lá. Quando chegamos a Catu achávamos que a gente poderia chegar ao colégio andando...Engano nosso, era distante da
rodoviária e a única opção seria moto boy. Que aventura... A cada vez um mais irresponsável que o outro... Pra mim a cada dia de
aula era de medo e aventura até chegar ao colégio .
Enfim chegamos vivas ao colégio, fomos bem recebidas por funcionários e diretora. Então conversamos com a professora
regente e tentamos encontrar turmas onde estivéssemos presentes no mesmo dia e dividir as aventuras... Por
disponibilidade de horário isso não aconteceu, então fiquei com uma turma de 1° ano como disse a regente uma turma pequena e bastante querida por todos. Com isso me animei mais para enfrentar o que pensava ser um desafio... Como sempre chegava bem cedo no colégio ficava de conversa na
sala dos professores, algumas bem atenciosas que tentaram me acalmar nesse primeiro momento.
Como não houve aula de observação... Meu primeiro contato com a turma já foi para início da regência. Estava nervosa e
ansiosa!!
Fui apresentada a turma, fiquei surpresa por ser os últimos horários da sexta feira e todos estavam presentes, a
professora regente não permaneceu na sala. Então me apresentei, falei um pouco da minha rotina da faculdade, da minha vida... Logo começou a surgir perguntas, comentários,
elogios... Logo nesse primeiro dia já conheci um pouco de algumas alunas como Edimara, com seus 17 anos se
preparava para se casar. Sempre sentava com Itna que adora biologia e se prepara para o vestibular de enfermagem.
Também Maria Aleluia, um amor de pessoa sempre com suas perguntas e elogios que marcou muito por ter muito mais idade e o respeito de me chamar de “senhora”, me
surpreendendo muito quando soube que uma das alunas era sua filha, Valeria. Sem esquecer de Lucas, o único menino que
frequentava as aulas.
Então percebi que esse estágio não seria um desafio... Era o começo de um experiência muito boa...
O estágio foi realizado no Colégio Estadual Pedro Ribeiro
Pessoa, Catu-Ba tendo início no dia 08/10/2010 á 10/12/2010.
Possuindo na sua estrutura salas que são relativamente
arejadas e com número suficiente de carteiras. A biblioteca
funciona de maneira organizada; dispõe de recursos áudios
visuais, tv-pendrive, data show, banners que foi muito usado
durante o estagio. Também possui um laboratório de química
e ciências bem equipado, não muito utilizado, contém
laboratório de informática para acesso dos alunos. O número
médio de estudantes que frequentava a turma era em torno
de 18 a 20 alunos.
A ESCOLA...
REGO (2001) nos mostra que os postulados de Vygotsky parecem apontar para a necessidade de cri
Uma escola em que as pessoas possam dialogar, duvidar, discutir, questionar e compartilhar saberes. Onde há espaço para
transformações, para as diferenças, para o erro, para as contradições, para a colaboração mútua e para a criatividade. Uma escola em que os professores e alunos tenham autonomia, possam
pensar, refletir sobre o seu próprio processo de construção de conhecimentos e ter acesso a novas informações. Uma escola em
que o conhecimento já sistematizado não é tratado de forma dogmática e esvaziado de significado. REGO (2001)Uma escola em
que as pessoas possam dialogar, duvidar, discutir, questionar e compartilhar saberes. Onde há espaço para transformações, para as
diferenças, para o erro, para as contradições, para a colaboração mútua e para a criatividade. Uma escola em que os professores e alunos tenham
autonomia, possam pensar, refletir sobre o seu próprio processo de construção de conhecimentos e ter acesso a novas informações. Uma escola
em que o conhecimento já sistematizado não é tratado de forma dogmática e esvaziado de significado.
A ESCOLA...
Laboratório de Química e Ciências
Vice diretora: Josenice
Diretora: Olga Campos
A professora regente é formada em Ciências
Biológicas pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB.
Desde a formação leciona as disciplinas de Ciências e
Biologia. A interação da professora regente com os alunos e
com a estagiária foi muito boa. No primeiro contato a regente
optou por não permanecer em sala para que eu ficasse mais
tranquila, mas isso se repetiu por todo estágio. Sempre que
chegava ao colégio ela estava a minha espera para me
orientar caso necessitasse de alguma coisa. Tive a sorte de
sempre resolver algum imprevisto que viria acontecer mais a
frente...
O PROFESSOR...
O livro utilizado na escola: PAULINO, W. R. Biologia, vol 1: citologia/ histologia. 1. ed. – São
Paulo: Ática, 2009.
Este possui bons exemplos e textos complementares baseado
no cotidiano dos alunos. Procurei fazer leitura e
discussão destes em sala de aula relacionado a vivência do dia-a-
dia dos alunos.
O LIVRO DIDÁTICO...
O estágio ocorreu em uma turma de 1° ano do ensino médio, 1M2. Sendo composta por alunos com idade entre 16 e 17 anos, cerca de 18 alunos frequentando a sala de aula. A
maioria desses alunos da zona rural. O conteúdo a ser visto em sala foi histologia animal e vegetal, ocorrendo como o
planejado. Pude notar um bom relacionamento dos alunos com a professora regente e com os demais professores da escola. A minha interação com a turma foi muito boa, as
aulas sempre bem divertidas, sem problemas, alunos bastante atenciosos, participativos e comportados. Construí
uma relação amigável, não só em sala de aula.
A TURMA...
Segundo GADOTTI (1999: 2), o educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do
saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do
conhecimento mais importante: o da vida.
Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente pelas atitudes e métodos de
motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns
casos encarada como obrigação. Para que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolver das
atividades.
Logo, a relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da
relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e
da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar educar para as mudanças,
para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e
de suas responsabilidades sociais.
Tentei escolher a melhor forma de discutir os conteúdos para turma... Pensei algo que não tivesse muito trabalho, pois meu tempo era muito curto para preparação das aulas e o horário
do transporte para Catu era muito cedo. Como eles reclamavam sempre de recursos como datashow, a tv pendrive e o mal cheiro do laboratório de ciências as
atividades seriam realizadas em sala...
A forma de avaliação para atribuir nota seria por atividades realizada por toda unidade sem provas para verificação de
aprendizagem.
A REGÊNCIA...
Na primeira aula embora estivesse um pouco ansiosa isso não chegou a atrapalhar o meu desempenho até porque a professora
regente não se manteve presente na aula, esteve somente para me apresentar e foi embora. Pude perceber um bom relacionamento dos
alunos com ela
Iniciei a aula falando de tecido conjuntivo, com auxilio de banner. Os alunos bastante participativos e receptivos. Percebi logo em primeiro contato que seria uma boa experiência, me identifiquei
muito com a turma.
Pude observar que eles não gostam escrever muito conteúdo no quadro, mas no entanto mesmo sabendo que tem o
conteúdo no livro preferem ter um pequeno esquema mais simplificado no caderno.
A aula ocorreu bem, mesmo com primeiro contato se sentiam a vontade para perguntar, não só duvidas em relação ao
conteúdo, mas do dia-a-dia deles.
PRIMEIRA AULA...
O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através da absorção de informações, mas
também pelo processo de construção da cidadania do aluno. Apesar de tal, para que isto ocorra, é necessária a
conscientização do professor de que seu papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando
compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à
auto realização, GADOTTI (1999: 2)
De modo concreto, não podemos pensar que a construção do conhecimento é entendida como individual. O conhecimento é produto da atividade e do conhecimento humano marcado social e culturalmente. O papel do professor consiste em agir com intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a
atividade construtiva para assimilação.
A sala da turma não possui tv pendrive, como na maioria das salas foi danificada pelos próprios alunos, então
a aula foi realizada no laboratório de ciências. Os alunos reclamaram um pouco pelo mal cheiro de formol, por não ser
muito utilizada fica muito tempo fechada.
Mas não foi problema eles assistiram ao filme, onde eu fazia pausa para ir explicando. Questionaram, tiveram
algumas dúvidas que pode ser esclarecida na explicação feita em esquema no quadro-branco.
Após explicação do assunto foi feita uma lista de questões retiradas do livro didático deles, fiz correção e mais
algumas dúvidas surgiam.
SEGUNDA AULA...
A questão motivacional talvez explique porque alguns estudantes gostam e aproveitam a vida escolar, apresentando comportamentos adequados, adquirindo novas capacidades e
desenvolvendo todo o seu potencial, enquanto que outros parecem pouco interessados, muitas vezes fazendo as
atividades por obrigação, ou de forma relaxada e, em alguns casos, odiando boa parte da vida escola (GARRIDO, 1990;
LENES, 1994).
Aula sobre tecido muscular, expliquei o assunto com auxilio de banner e depois foi feita leitura e discussão sobre uso de
anabolizantes. Foi muito proveitosa, por ser um assunto muito comum entre os jovens surgiu vários questionamentos, histórias de
pessoas conhecidas que já aconteceu algum problema com anabolizante.
A partir desse assunto surgiu vários questionamentos também sobre sexo, problemas sexuais, hormonais. Todos muito a
vontade para perguntar facilitando assim lidar com eles sobre esses assuntos.
Alguns alunos comentaram ao fim da aula que gostaram da aula e que queriam mais textos para discussão em sala.
Observei também a presença de vários alunos de outras turmas dentro e na porta da sala de aula.
TERCEIRA AULA...
Nesse dia a professora Claúdia foi me observar; eu estava muito nervosa. A professora conversou e me acalmou
um pouco mais, me deu algumas orientações a mais para aula.
Dando continuidade ao assunto falei sobre tecido nervoso com auxilio de vídeo explicativo, Claúdia também participou da aula complementando um pouco sobre ação
das drogas no tecido conjuntivo
A sala foi dividida em grupos para leitura de textos sobre drogas psicotrópicas e responderam a questionários.
Foi feita discussão em sala com novas curiosidades e perguntas.
QUARTA AULA...
As diretrizes estabelecidas nos PCN/99 e PCN+/02 orientam para a produção de um conhecimento interdisciplinar e contextualizado. Sugerem estratégias diversificadas que
mobilizam menos a memória e mais o raciocínio, centrado nas interações estudante-professor e estudante-estudante na construção de conhecimentos coletivos. Há de se considerar o interesse dos estudantes pelos temas e a problematização de
situações para o desenvolvimento dos conteúdos. A contextualização é um recurso importante para retirar o
aluno da condição de expectador passivo, permitindo uma aprendizagem significativa. E isso é perfeitamente observado em sala de aula, o interesse do aluno parte do novo daquilo
que ele pode levar para o seu cotidiano.
Terminei os conteúdos com histologia vegetal, com uso de banner e sendo feita atividade após explicação. Os
alunos já se encontravam agitados com o fim do ano preocupado com as notas.
Marquei com eles a entrega das notas e minha despedida com eles para a próxima aula.
QUINTA AULA...
A avaliação foi realizada durante toda unidade em atividades após as aulas onde foi atribuído valores. Como
alguns não tem nenhum interesse e só aparecem no ultimo dia de aula para avaliação apliquei um quadro comparativo
com todos os assuntos da unidade.
As notas foram muito boas, pois sempre havia interesse e disponibilidade da maioria para a realização das
atividades.
Esse foi meu último encontro com a turma todos se despediram com beijos, abraços e pedidos para eu voltar as
aulas com eles no próximo ano.
SEXTA AULA...
O professor não pode avaliar os alunos só com provas fazendo dela uma arma contra os alunos indisciplinados, pois a mesma só serve para apreciação quantitativa, que é
uma soma de pontos que os mesmos precisam para passar. A avaliação tem que ser clara e objetiva os educandos precisam ter conhecimento dos critérios de julgamento adotados pelos
professores para que assim evite as desconfianças e os conflitos em sala de aula, facilitando o processo de ensino
aprendizagem, porque não é só o aluno que deve ser avaliado, mas também a prática do professor-educador. O valor da
avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de seus avanços e dificuldades. Cabe ao
professor desafiá-lo a superar as dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos. (LUCKESI,
1999).
Mas nem tudo poderia ser tão bom assim... Algumas dificuldades no ambiente escolar aconteceram...
Não podendo deixar de lado a atual situação da educação no Brasil e da relação professor-aluno, que reflete o que ocorre fora do ambiente escolar. Quantos professores sentiram na
pele a discriminação de alguns alunos em relação ao seu papel em sala de aula? Quantos se perguntaram - "o que estou fazendo aqui?" Foi o que me perguntei quando um
aluno que não esteve presente em nenhuma aula, apareceu em sala exigindo que lhe atribuísse a nota 10 para não perder
na matéria. Foi então que me perguntou: “Professora, a senhora não vê na televisão aluno que mata professor?” Há
alguns dias surgiu uma grande polêmica em que um aluno matou um professor em faculdade de São Paulo por ter nota
baixa em avaliação.
AS DIFICULDADES...
Por outro lado, há professores que, por medo, ignorância ou arrogância, não conseguem ter um bom relacionamento com os
outros... Foi o que aconteceu no dia que a professora Claúdia estava me observando.
Uma outra professora interrompe minha aula muito arrogante questionando onde estariam os seus alunos que seria seu horário.
Esse dia levei um vídeo para aula, como na sala não tinha tv pendrive e o laboratório de ciências estava ocupado por outra
professora, então junto a coordenação trocamos de sala para uso da tv.
Em alguns acontecimentos como esses que seria necessário a presença da professora regente, que não estava presente na escola no momento. Mas, com as conversas com os outros professores e a
boa disponibilidade das coordenadoras tudo foi resolvido .
O horário das aulas era na sexta feira das 9:50 a 11:30 estando sempre todos presentes. Notei na hora da chamada que algumas alunas estavam presente apenas nas aulas de
biologia, também a presença de alunos de outras turmas na sala do 1M2. Durante as aulas foi usado banners encontrados
no laboratório de ciências, também a exibição de vídeos explicativos usando a tv-pendrive.
Minha interação com os alunos foi muito boa, não só em sala de aula. A turma continha 90% de meninas. Havia um
relacionamento também fora da sala de aula com conversas sobre suas vidas.
REFLETINDO UM POUCO...
O que pode ter contribuído para esse bom relacionamento é a forma de conversa, compreensão de ambas as partes,
respeito, a diferença da minha idade para as alunas ser pouca. E assim também pude aprender as experiências vividas no dia-a-dia delas, onde algumas já são mães, a
presença de mãe e filha em sala de aula, outra ainda muito nova se preparando para seu casamento. E com isso sempre
havia conversas, perguntas, dúvidas minhas e das alunas também
REFLETINDO UM POUCO...
As aulas de Estagio Supervisionado contribuíram muito para um amadurecimento de ideias, realidades do dia-
a-dia na escola. Sempre trabalhando com filmes, textos, trabalhos que ajudaram muito.
Sem falar da professora Claúdia sempre atenciosa, amorosa, compreensiva com todos. Também a sua exigência
com horário de aula, nos atendimentos individuais e o compromisso de sempre ter as atividades prontas.
Isso também ajudou bastante no sentido de ter compromisso, responsabilidade de saber o que estamos fazendo e a certeza que no final vai ser tudo bem feito e
satisfatório.
REFLETINDO UM POUCO...
Fiquei muito feliz com essa experiência, o carinho de algumas alunas especiais e de toda turma que até hoje tenho contato e
pedem para eu voltar as aulas com eles.
Agradeço a professora Claúdia por sempre esta presente nessa experiência tão boa.
Bom professor não é aquele que permite que os alunos façam o que bem entendem, mas aquele que tem poder para colocar
regras de forma aceitável, com mentalidade aberta, agindo democraticamente, compreensivo e companheiro, elevando a
dignidade daqueles que estão em busca de um saber, com objetivos claros e definidos. Quando isso acontece “a aula voa,
a indisciplina se esconde e o interesse cresce” (ANTUNES, 2002).
REFLETINDO UM POUCO...
Agradeço também a minhas alunas que foram especiais demais, a coordenação, professores e funcionários do Colégio Pedro Ribeiro. Meus colegas de sala nos trabalhos e trocas de
experiências, em especial a minha amiga e colega de curso Rejane que também participou dessa experiência a todo
momento, ao colégio Pedro Ribeiro pelo acolhimento mesmo com várias dificuldades.
Foi uma experiência muito boa, adorei a turma, minhas alunas que sempre demonstraram carinho e respeito. Não só
dos alunos a coordenação, funcionários e professores também, mais experientes sempre tendo conversas, trocas de
conhecimento.
Mas... Apesar da experiência muito boa, mesmo com alguns imprevistos, não houve reclamações de qualquer parte. Acredito que este estágio contribuiu para construção docente.Mesmo assim posso afirmar que, apesar deste estágio, não tenho vontade nem vocação para seguir a
profissão, pois tenho ciencia da realidade da maioria das escolas públicas em todo país e por não sentir a identidade profissional docente como algo que eu pudesse construir.
REFLETINDO UM POUCO...
ANTUNES, Celso, Relações interpessoais e auto-estima: a sala de aula como um espaço do crescimento integral, fascículo 16, Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
FREITAS et al A importância da motivação no processo de aprendizagem dos alunos de 4º série do ensino fundamental I. Centro Científico Conhecer; Goiânia; Enciclopédia Biosfera N.06; 2008; ISSN 1809-05835.
GADOTTI, Moacir. Comunicação Docente. São Paulo: Loyola, 1992.
LUCKESI. C.C.Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed.São Paulo: Cortez, 1999.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.
REGO, T. C. Vygotsky, uma perspectiva histórica - cultural da educação. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
http://www.espacoacademico.com.br/052/52pc_silva.htm
http://www.cintiabarreto.com.br/artigos/relacaoprofessoraluno.shtml
REFERÊNCIAS