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POR UMA NOVA CIDADE

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Entrevistamos o prefeito Gil Arantes e quatro de seus secretários, todos falam de trânsito, transporte público, segurança e planejamento urbano em Alphaville.

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especial Barueri 64 anosENTREVISTAMOS O PREFEITO GIL ARANTES E QUATRO DE SEUS SECRETÁRIOS. TODOS FALAM DE TRÂNSITO, TRANSPORTE PÚBLICO, SEGURANÇA E PLANEJAMENTO URBANO EM ALPHAVILLEPor CArOline MArQUeS E JACYArA AZeVeDO

POR UMA NOVA

CIDADE

Vista aérea do centro de Barueri, que comemora 64 anos no dia 26 de março

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Neste ano nossa homenagem ao aniversário de Barueri (a cidade comemora 64 anos no dia 26 de março) tem um sabor especial. A VERO realizou a primeira entrevista de gabi-nete com o prefeito recém-eleito, Gil Arantes – um barueriense que assume seu terceiro mandato à frente do município e completa 61 anos, três a menos que sua cidade, dias an-tes dela, em 12 de março. Durante a conversa, falamos sobre os temas mais sensíveis para os moradores de Alphaville: trânsito, transporte público, segurança, planejamento con-junto entre as prefeituras de Barueri e de Santana de Parnaíba, como crescer sem repro-duzir os problemas de São Paulo. Tudo a ver com a Campanha +40, pelo futuro do lugar onde vivemos. Gil, que detesta ser tratado como “senhor”, também vestiu a nossa causa. “Fiquei sarado com essa camiseta”, divertiu-se. Além dele, procuramos quatro secretários do governo, responsáveis pelas principais questões ligadas ao bairro. Ouvimos ainda as expectativas de seis empresários da região. Confira nas próximas linhas.

Barueri é um dos municípios mais relevantes do estado. Como incorporar um modelo de crescimento sem os problemas de São Paulo?Queremos que a cidade continue crescendo, mas com responsabilidade. Nós temos desafios grandes, por exemplo, resolver ou amenizar o trânsito em Al-phaville. Já estamos nos reunindo com as entidades que representam o bairro, os investidores, as empresas que constroem empreendi-mentos. Em um primeiro momento, estamos discu-tindo a contrapartida (leia mais na pág. 27). Mas tam-bém vamos rever a lei de zoneamento, que é muito atrativa para investimentos

na região. Hoje não se pode mais pensar só na próxima eleição. Queremos criar um concurso para a comunida-de participar conosco de um projeto para os próximos 50 ou 100 anos de Barueri.

Quais as medidas para resolver o congestionamento de Alphaville?A primeira é a discussão com a população. Antes de tomar posse, eu já me reuni com a SIA, a AREA, os representantes dos re-sidenciais, para mostrar que queremos fazer o pla-no de governo juntos. Re-tomamos duas obras que vão amenizar o trânsito na região, uma delas, a ponte de ligação entre a Aldeia de Barueri e Alphaville, previs-ta para ser entregue entre setembro e outubro deste ano. Infelizmente, o proje-to que recebemos mudou

muito do que foi licitado e ficou prejudicado. Reinicia-mos também a construção da alça de acesso à Castelo Branco, próxima ao Shop-ping Tamboré. Essa irá de-morar um pouquinho mais. Estamos estudando outras reformas, como a do trevo do Tamboré, para resolver o problema de enchente. Já nos reunimos com a CCR ViaOeste e estamos viabi-lizando um convênio para passar uma canalização por ali. O município vai bancar um terço da obra, e a con-cessionária, dois.

Outra carência no bairro diz respeito ao transporte público. Quais as ações previstas nessa área?Alphaville é atendido pe-los transportes municipal e intermunicipal. Não bas-ta somente solicitarmos mais quantidade, porque o

trânsito iria aumentar. Se conseguirmos amenizá-lo, a rapidez dos deslocamentos já melhora. Por isso, há um estudo para criar um veícu-lo sobre trilhos que atenda a região. É um estudo, não quer dizer que vá acontecer. Depois de analisarmos a via-bilidade, vamos discutir com a comunidade, porque pode influenciar no visual do bair-ro. Fazer um metrô é quase impossível, pois Alphaville tem solo rochoso. Por outro lado, o governo, por meio da CPTM, tem um projeto pronto para a reforma da Es-tação da Aldeia de Barueri. O morador de Alphaville tam-bém pode se beneficiar com esse trem, que teria um lo-cal para estacionar veículos. Mas a qualidade do atendi-mento na estação ainda tem que melhorar muito.

O que há planejado em relação à segurança,

“Este governo quer a participação da comunidade. Muitas ideias saem de onde você menos espera”Gil ArAnteS, prefeito de Barueri

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que já incomoda os moradores do bairro?Estamos aumentando a Guarda Municipal e colo-cando mais viaturas na rua, trabalhando em conjunto com as equipes da AREA e dos residenciais. O efetivo está muito inferior ao ne-cessário. Quando assumi, circulavam apenas cinco ve-ículos em Alphaville. Agora temos 35. Vamos contratar mais 100 GMs em concur-so público – hoje são cerca de 520, mas parte trabalha em serviços internos. Além disso, já resolvemos todos os problemas de ilumina-ção pública do bairro. Esta-mos fazendo parcerias com a Polícia Militar e a Civil para melhorar a segurança na cidade toda, em especial em Alphaville. E avaliando a possibilidade de ter uma secional do governo esta-dual em Barueri. Há ainda um projeto de lei municipal que dará condições aos PMs de fazerem o “bico ofi cial” no seu horário de folga. Eles poderão ofi cialmente trabalhar para a cidade ou entidades e empresas.

existe a intenção de instalar uma subprefeitura em Alphaville? Neste primeiro momen-to, não. Nós chamamos

de Centro Administrativo, mas não há diferença na prática. É um serviço da prefeitura deslocado para comodidade dos morado-res. Temos um estudo para implantar até a metade de 2013 em dois bairros: Parque Imperial/Jardim Mutinga e Engenho Novo. E estamos procurando um local na região do Jardim Silveira/Parque dos Camar-gos, que representa 50% da população da nossa cidade. Vamos testar e, dando re-sultado, é muito provável que teremos condições de levar para outros luga-res. Se o projeto for bem--sucedido, é evidente que Alphaville e Tamboré serão contemplados.

Haverá algum planejamento conjunto entre as prefeituras de Barueri e de Santana? Não tem como ser diferente. Os problemas dos dois mu-nicípios afetam Alphaville, e vice-versa. Acho até que Barueri sofre mais, por ser o corredor de acesso de San-tana de Parnaíba para a Cas-telo e o Rodoanel. Há obras importantes que precisam de continuidade por parte de Santana de Parnaíba. Por exemplo, a Via Parque, mais uma alternativa interessan-te para o trânsito. Tenho um

bom relacionamento com os prefeitos de toda a re-gião, incluindo Carapicuíba, Osasco, Jandira.

Um parque em Alphaville foi um dos pedidos mais recorrentes na nossa edição especial fotográfi ca... Esse eu acho que vai ser atendido. Temos um con-trato, que a SABESP quer renovar, de abastecimento de água e coleta de esgoto. Uma das condições que eu coloquei foi eles passarem o Parque Ecológico do Tie-tê Núcleo Tamboré para o município. Assim teremos condições de transformá-lo em um lugar para as pesso-as usarem, com segurança, estacionamento. No início de janeiro, estive com o se-cretário Edson Giriboni (da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos de São Pau-lo) e ele me deu uma expecta-tiva muito boa de conseguir o acordo. Ainda não tenho data, eu dependo da con-trapartida para encaminhar na câmara. Mas interessa à SABESP porque, senão, ela corre o risco de a prefeitu-ra fazer uma concorrência com a iniciativa privada, por exemplo. Além dessa área, pedi outra na Chácara Mar-cos, ao governo do estado.

“Espero que haja uma dis-cussão sobre o planejamen-to urbano da região. Se há demanda por empreen-dimentos verticais, a prefeitura deve planejar sua instala-ção. Alphavil-le precisa de transporte público de qualidade, ligando o bairro aos principais aeroportos e estações de metrô” HertOn GÖtZ, da Utilicon

“Precisamos que o prefeito se preocupe com as necessidades específi cas de Alphaville, para que os problemas do bairro sejam resolvidos. O principal deles é o trânsito na chegada e na saída da região”neUMAn StOrtO, da NL Incorporadora

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Secretaria de Planejamento e Urbanismo JOSÉ EDUARDO HYPPOLITO DAS NEVES regras de contrapartida para os novos empreendimentosAlphaville tem altíssima concentração humana em uma área pequena, porque a legislação assim permitiu. Cada novo empreendimen-to deverá pagar uma con-trapartida para a cidade, ou seja, compensá-la pelo im-pacto na vizinhança. Vamos defi nir critérios como me-tragem, localização. E uma carteira de ações sustentá-veis: sistemas de sinalização, calçadas acessíveis, ciclovias, plantio de árvores, desasso-

Secretaria de Cultura e turismo JOÃO PALMA

Ações na área de turismo gastronômico em Alphaville e região

“O momento é oportuno para discutir qualidade de vida, afi nal, Alphaville está comemorando 40 anos. Iniciativas com engajamento da comunidade são bem-vindas. Se forem conduzidas em parceria com o poder público, melhor ainda”

reamento do lago, enterra-mento de fi os, alças de aces-so, um parque novo. Para as construções antigas, há medidas paliativas, caso do rodízio na entrada da Cas-telo, horário fl exível nas em-presas da região, sistemas alternativos de transporte, conversão da área da lagoa de Carapicuíba em bolsas de estacionamento. Estamos escutando as demandas da AREA, do Rotary, etc.

Iniciamos reuniões com mo-radores e empresários de restaurantes do bairro e, em breve, teremos ações na área do turismo gastronômico em todo o município. Tam-bém fi nalizamos o projeto de criação de Centros Culturais. Alphaville precisa ser con-templada, uma proposta que levarei ao prefeito. É sempre bom lembrar que o Teatro Municipal de Barueri está a menos de três quilômetros da entrada de Alphaville e só pre-cisa de uma agenda de bons espetáculos. É um começo.

“A +40 está provocando as pessoas a dar sugestões e a participar voluntariamente do processo de mudança na vida de todos nós. Eu acho maravilhoso”

Papel gerencial na execução do plano de governoNossa secretaria deixou de ser um despachante téc-nico de engenharia para transformar-se em um ór-gão planejador. As outras 21 secretarias da prefei-tura vão nos enviar uma proposta com o que é de sua competência no plano de governo. Criaremos um cronograma anual de me-tas e prioridades, pensando em três pilares: desenvolvi-mento social, econômico e urbano-ambiental. Cada secretaria é autônoma, mas há temas que permeiam mais de uma. Também va-mos revisar e gerenciar o plano diretor, que fi zemos

em 2004, a legislação urba-nística, o código de obras, o emplacamento das ruas, e implantar a aprovação de projetos online.

“Alphaville tem vida própria. Trânsito e segurança são as principais preocupações. O governo é experiente e tem plenas condições para assumir esses desafi os”JOSÉ lUiZ MOnteiS, da CIA Lançamentos Imobiliários

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“Participei de uma reunião com o novo prefeito no fi nal do ano e ele enfatizou seu objetivo de desenvolver uma gestão participativa. Acredito que essa postura trará resultados positivos à região”AnDre PeGGiOn FilHO, do Centro Comercial Alphaville

Secretaria de indústria, Comércio, trabalho e em-preendedorismoMÁRIO LOPES

Workshops, palestras, feiras, eventos e rodadas de negócio para crescimento sustentávelVárias ações estão sendo pro-movidas para auxiliar o cres-cimento sustentável. Nosso foco é auxiliar os investidores que pretendem se instalar no bairro. A prefeitura vai intera-gir de verdade com os empre-sários. Faremos workshops, palestras, feiras, eventos e rodadas de negócio.

Secretaria de Assuntos de SegurançaGILBERTO PEREIRA DE BRITO

Guarda Municipal patrulhando as ruas 24 horas por diaNosso principal papel será aproximar a Guarda da po-pulação, patrulhando as ruas do município e atuan-do 24 horas para atender o cidadão em qualquer situa-ção emergencial. Queremos a integração entre todas as forças: Guarda Municipal, Segurança Patrimonial de Alphaville e Tamboré, Po-lícia Civil, Polícia Militar. Já nos reunimos com o co-mando local da PM.

“Para encontrar novos caminhos neste cenário de desafi os, nosso principal objetivo é promover a integração de moradores e empresários locais com o poder público”

“A iniciativa +40 propiciará a evolução desta sociedade e do local onde está inserida. As pessoas que fazem parte desta comunidade só tendem a ganhar”

“Barueri tem tudo para ser ainda melhor. A nova administração pode confi rmar essa premissa com uma gestão de qualidade. Sinto falta de um plano de ação funcional que atenda a questão do trânsito no curto prazo, com especial atenção para as vias de acesso”VerA MenDeS, do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré

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