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C3 Campo Grande-MS |Quarta-feira, 11 de novembro de 2020 ARTES&LAZER Na categoria mais cinco pessoas foram contempladas e também outros 10 editais publicaram resultado Texto “Amanajé” de Sylvia Cesco ganha a primeira posição no Prêmio Capivara Sesc realiza ação que entregará ceia de Natal a famílias carentes Fabio Porchat lança vídeos de humor durante eleições Márcia Fellipe diz que suas canções de forró ajudaram a tratar pessoas depressivas Poesia Mesa Brasil Série Música Roberto Higa Divulgação Leo Ribeiro Por meio do edital emergen- cial propiciado pela Lei Aldir Blanc, Sylvia Odinei Cesco da Silva ganhou o primeiro lugar na categoria poesia do Prêmio Capivara de Criação e Difusão Literária. Presidente da União Brasileira de Escritores de Mato Grosso do Sul até 2022, a escritora foi contemplada junto com participantes de outros dez editais. Podem conferir o resul- tado junto à Fundação de Cultura aqueles que subme- teram propostas nos editais: Prêmio Artesania Online; Prêmio Artesanato & Comu- nidade; Prêmio Oficina Vir- tual de Moda e Design de MS; Prêmio do Centro Referencial do Artesanato de MS; Prêmio Artesão Indígena; Prêmio Cul- tura e Artesanato; Prêmio Vi- trine Virtual do Design e Moda de MS; Prêmio Capivara de Criação e Difusão Literária; Edital Emergencial de Seleção Pública Janela dos Saberes e Prêmio Vibe Literária. Pelo Capivara, na categoria poesia, os seis primeiros colo- cados foram premiados. Além de Sylivia Cesco; em 2º Mi- chele Eduarda Brasil de Sá; 3º Vini Willyan dos Santos de Arruda; 4º Gabriel Felipe Felix; 5º Thiago Moura Castro e 6º Raphael de Almeida Ri- beiro Vital. “Me emocionou sobrema- neira que, além de mim – evi- dentemente – existem muitas e muitas pessoas, no caso, representadas pela comissão julgadora, bastante atentas a outros tipos de pandemia que assolam nosso país: injustiças, cegueiras propositais, ambição desmedida, intolerância e desrespeito com todos e tudo que são avaliados como ‘dife- rentes’”, expõe a poetisa. Premiada em diversos con- cursos de poesia, Sylvia Cesco publicou as obras: “Guavira Virou”; “Mulher do Mato”; “Sinhá Rendeira”; “Ave Marias Cheias de Raça”; “Histórias de Dona Menina”; e “Três Poetas Uma Via: Aldravias”. Durante a pandemia, apesar dos pesares, ela conta que buscou ater-se às alegrias. “Se para muitos este ano de 2020 tem representado uma di- minuição de energia vital, um arco-íris desbotado, para mim, embora tenha perdido muitos amigos – principalmente por se tratarem, como eu, de popu- lação de risco – representou um acréscimo redobrado de energias, de gratidão à vida por ter me dado a alegria de chegar até aqui, conhecer meu primeiro bisneto, o loirinho Ravi, recém-nascido”, destaca. Contemplada ainda pelo FIC, ela pretende publicar o livro “Um Palmo e Meio de Pro- seio”, que já recebe os retoques finais. Sobre a importância do Prêmio Capivara para os artistas regionais da letra, ela estende agradecimentos aos profissionais envolvidos no cumprimento do edital. “Estaria sendo injusta para com todos aqueles técnicos e dirigentes se não lhes fizessem um elogio. Já trabalhei em ser- viço público e muitos descon- hecem a imensa, gigantesca burocracia que é executar pro- jetos sob a ótica do serviço público, com os amarrios de leis e de normas”, afirma. Ela conta ainda que a última publicação saiu em parceria com dois amigos queridos, poetas Janet Zim- nermann e Paulo Robson, o livro: “Três Poetas Uma Via: Aldravias”. “Um novo tipo de gênero literário, genuina- mente brasileiro, criado por um grupo de poetas de Minas Gerais”, explica sobre a obra. Agradece ainda o acolhimento do jornal O Estado à publi- cação dos textos semanais. “Me enchem de gratifi- cação, até porque tenho bus- cado divulgar – não meus livros – mas de todos os outros poetas e escritores de MS”, finaliza Sylvia Cesco. Amanajé Sylvia Cesco (27/10/2020) Meus pobres irmãos, quão triste é sabê-los... Dói-me o coração, a voz me cala diante de tamanho desmazelo para com sua gente, povo primeiro destas terras. Confesso que de onde estou não posso ouvi-los e nem vê-los: -lá fora , algazarras e buzinas de carros celebrando sabe-se lá o quê... porém , posso senti-los como se guató também eu fora, ou quem sabe guarani, kadiweu ou índia terena? Sou uma auati irmanada com suas dores plenas impedidos que são de ver nascer da terra a flor enquanto a pranteiam tal como a mãe que perde um filho agonizando sem voz, sem verde e sem viço. Oh, meus irmãos, pobres irmãos! Aqui, do meu tekoha urbano também choro por todos vocês, pelos seus frutos que murcharam antes da colheita, seus bichos queimados em fogueiras de ambição. Quero juntar-me à sua triste sina de refazer o canto dos jaós, das juritis, dos sanhaços e sabiás. Deixem-me dar- lhes as mãos na travessia dos muros do impossível . Oh, meu povo amado! Até quando nossa dor invisível inda será necessária? Até quando vão nos mostrar extensas garras de cobiça? Antes pois que o tempo que a tudo desperdiça, nos deixe em perpétuo estado de mudez selemos, meus irmãos, nossa boda imaginária sob as luzes cintilantes de românticos urissanês Confira a poesia vencedora na íntegra: Marcelo Rezende Para muitas famílias o pedido deste Natal é ter o que comer. Com isso em mente o Programa Mesa Brasil Sesc inicia, no dia 9 de novembro, a campanha “Natal na Mesa” para arrecadar alimentos às famílias cadastradas no pro- grama. As entregas podem ser feitas nas unidades do Sesc de todo o Estado e a distribuição, para entidades cadastradas em Campo Grande e Dou- rados, será entre 14 e 18 de dezembro. A meta é montar pelo menos 600 cestas, então seja o Papai-Noel de quem precisa tanto da sua ajuda. “Vivemos em um período delicado em que muitas famí- lias ficaram ainda mais vul- nerabilizadas com os impactos da pandemia e contamos com a sensibilidade de toda a socie- dade para que neste Natal pos- samos levar alimentos à mesa do máximo possível de famí- lias”, diz a diretora regional do Sesc-MS, Regina Ferro. Podem ser doados: arroz, feijão, macarrão, extrato de tomate, sardinha, farinha de mandioca, óleo, açúcar, leite em pó e achocolatado. Dados da Rede de Pesquisa Solidária – Políticas Públicas & Sociedade apontam que, na crise econômico-social desencadeada no Brasil pela pandemia de COVID-19, 83,5% dos trabalhadores en- contram-se em posições vul- neráveis: 36,6% porque pos- suem vínculos de trabalho informais; 45,9% porque, embora com vínculos for- mais, atuam em setores bas- tante afetados pela dinâmica econômica. Os indivíduos com vínculos mais estáveis, em setores essenciais não afetados economicamente, somam apenas 13,8% da força de trabalho ocupada. (Com assessoria) Da Redação A campanha política pode ir além dos embates acir- rados entre candidatos e a polarização nas redes sociais. Além de reportagens e análises sobre a disputa nas principais cidades brasileiras, o jornal “O Globo” acrescenta a sua cober- tura um projeto de humor com olhar leve e crítico ao processo eleitoral brasileiro, marcado para este mês de novembro. Uma série de vídeos especiais do ator Fabio Porchat, com uma leitura bem-humorada da propaganda gratuita na TV, de candidatos a prefeito e vereador, será exibida até o fim do segundo turno. Os programas poderão ser acessados no site do “Globo”, além dos perfis do jornal no YouTube, Facebook, Twitter e Instagram. “A política é su- perimportante, temos, sim, de debater e a população está descobrindo isso cada vez mais. Mas poder dar risada da nossa situação está na alma do brasileiro”, diz Porchat, apresentador do GNT. Misturar humor e política foi uma aposta de repercussão do “Globo” em 2018. O ator Marcelo Adnet conquistou milhares de visualizações na internet ao gravar a série “Tu- torial dos Candidatos”, um conjunto de vídeos de imi- tações dos principais postu- lantes ao Planalto naquele ano, entre eles o presidente Jair Bolsonaro. “Quem começou a mis- turar política com humor foram os próprios políticos. Agora fazemos o nosso contra- ataque. Temos de misturar humor com política justamente para desconstruir e chaco- alhar o status quo”, afirma Porchat. Leonardo Volpato Folhapress Sucesso no Nordeste, a cantora de forró manauara Márcia Fellipe, 41, disponibi- lizou nas mídias digitais e no YouTube a primeira parte de seu DVD “A Fenomenal”, nome que faz parte de seu RG, porque é dessa forma que os fãs a chamam. A se- gunda parte chegará em 18 de dezembro. Em uma superprodução, a cantora recebeu as partici- pações especiais de Wesley Safadão e MC Marks. O cenário escolhido para esse novo momento foi o galpão da Indústria Naval (Inace), em Fortaleza (CE). Gravado em meio à pandemia, ela conta que todos os protocolos foram adotados para asse- gurar a segurança de todos os envolvidos no projeto. A primeira parte do DVD tem um repertório de sete músicas, cinco delas inéditas e duas regravações: “A Mãe tá On” e “Status”. “Dividimos em duas partes por causa das plataformas digitais e por ser mais fácil de a turma escutar. Trazemos um forró romântico bem envolvente”, diz a cantora. Com 15 anos de carreira, Márcia Fellipe afirma que teve sua agenda de shows afetada com a pandemia. Ela diz que fazia quase 40 shows por mês e uma tinha rotina bem atribulada – agora já são dez meses sem se apresentar. “Ainda bem que meu marido é produtor musical e não parou. Dá para pagar os bo- letos”, brinca. “Canto de tudo um pouco. O que mais gosto é poder desenvolver meu dom e procurar me superar nas adversidades.” Sua música de trabalho atual é “Deus na Frente”, composição de amigos que conta com a colaboração de MC Marks e traz uma men- sagem de otimismo e de fé. O videoclipe já está disponível no YouTube desde sexta pas- sada (6). Com um estilo próprio, Márcia Fellipe diz se inspirar no povo brasileiro e em seus dramas para escolher as can- ções que leva a cada projeto. “Gosto de escolher letras que trazem emoção e mensagens positivas, fé na caminhada e fé em Deus.” E por falar em mensagens positivas, ela conta que a sua música já ajudou até a tratar de pessoas com depressão. “Uma vez vi uma pesquisa que a maioria das pessoas depressivas começam ou- vindo músicas que abordam tristeza. Gosto de músicas de superação, de volta por cima, que contagiem e que curem. Conheci gente com Alzheimer e depressão que escutava as minhas músicas e se sentia melhor.” A artista afirma que sempre gostou de cantar, mas, até conseguir sua pri- meira oportunidade em um barzinho, ela trabalhou bas- tante em uma fábrica de reló- gios. Seu sonho, diz Fellipe, é rodar o Brasil inteiro com a sua música, para mostrar que a sua vertente não é regional. “Primeiro de tudo, eu almejo ser um ser humano melhor. Em termos materiais, Deus tem um propósito a cada um e o que for para ser meu, será”, diz a artista antes de dar de- talhes sobre o que quer para o seu futuro. “Desejo sempre alcançar o maior público, in- dependentemente da região. Seja na Região Sul, Sudeste, Norte... Quero levar minha música e ser feliz.”

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C3Campo Grande-MS |Quarta-feira, 11 de novembro de 2020Artes&LAzer

Na categoria mais cinco pessoas foram contempladas e também outros 10 editais publicaram resultado

Texto “Amanajé” de Sylvia Cesco ganha a primeira posição no Prêmio Capivara

Sesc realiza ação que entregará ceia de Natal a famílias carentes

Fabio Porchat lança vídeos de humor durante eleições

Márcia Fellipe diz que suas canções de forró ajudaram a tratar pessoas depressivas

Poesia

Mesa Brasil

Série Música

Roberto Higa

Divulgação

Leo Ribeiro

Por meio do edital emergen-cial propiciado pela Lei Aldir Blanc, Sylvia Odinei Cesco da Silva ganhou o primeiro lugar na categoria poesia do Prêmio Capivara de Criação e Difusão Literária. Presidente da União Brasileira de Escritores de Mato Grosso do Sul até 2022, a escritora foi contemplada junto com participantes de outros dez editais.

Podem conferir o resul-tado junto à Fundação de Cultura aqueles que subme-teram propostas nos editais: Prêmio Artesania Online; Prêmio Artesanato & Comu-

nidade; Prêmio Oficina Vir-tual de Moda e Design de MS; Prêmio do Centro Referencial do Artesanato de MS; Prêmio Artesão Indígena; Prêmio Cul-tura e Artesanato; Prêmio Vi-trine Virtual do Design e Moda de MS; Prêmio Capivara de Criação e Difusão Literária; Edital Emergencial de Seleção Pública Janela dos Saberes e Prêmio Vibe Literária.

Pelo Capivara, na categoria poesia, os seis primeiros colo-cados foram premiados. Além de Sylivia Cesco; em 2º Mi-chele Eduarda Brasil de Sá; 3º Vini Willyan dos Santos de Arruda; 4º Gabriel Felipe Felix; 5º Thiago Moura Castro

e 6º Raphael de Almeida Ri-beiro Vital.

“Me emocionou sobrema-neira que, além de mim – evi-dentemente – existem muitas e muitas pessoas, no caso, representadas pela comissão julgadora, bastante atentas a outros tipos de pandemia que assolam nosso país: injustiças, cegueiras propositais, ambição desmedida, intolerância e desrespeito com todos e tudo que são avaliados como ‘dife-rentes’”, expõe a poetisa.

Premiada em diversos con-cursos de poesia, Sylvia Cesco publicou as obras: “Guavira Virou”; “Mulher do Mato”; “Sinhá Rendeira”; “Ave Marias

Cheias de Raça”; “Histórias de Dona Menina”; e “Três Poetas Uma Via: Aldravias”. Durante a pandemia, apesar dos pesares, ela conta que buscou ater-se às alegrias. “Se para muitos este ano de 2020 tem representado uma di-minuição de energia vital, um arco-íris desbotado, para mim, embora tenha perdido muitos amigos – principalmente por se tratarem, como eu, de popu-lação de risco – representou um acréscimo redobrado de energias, de gratidão à vida por ter me dado a alegria de chegar até aqui, conhecer meu primeiro bisneto, o loirinho Ravi, recém-nascido”, destaca.

Contemplada ainda pelo FIC, ela pretende publicar o livro “Um Palmo e Meio de Pro-seio”, que já recebe os retoques finais. Sobre a importância do Prêmio Capivara para os artistas regionais da letra, ela estende agradecimentos aos profissionais envolvidos no cumprimento do edital.

“Estaria sendo injusta para com todos aqueles técnicos e dirigentes se não lhes fizessem um elogio. Já trabalhei em ser-viço público e muitos descon-hecem a imensa, gigantesca burocracia que é executar pro-jetos sob a ótica do serviço público, com os amarrios de leis e de normas”, afirma.

Ela conta ainda que a última publicação saiu em parceria com dois amigos queridos, poetas Janet Zim-nermann e Paulo Robson, o livro: “Três Poetas Uma Via: Aldravias”. “Um novo tipo de gênero literário, genuina-mente brasileiro, criado por um grupo de poetas de Minas Gerais”, explica sobre a obra. Agradece ainda o acolhimento do jornal O Estado à publi-cação dos textos semanais.

“Me enchem de gratifi-cação, até porque tenho bus-cado divulgar – não meus livros – mas de todos os outros poetas e escritores de MS”, finaliza Sylvia Cesco.

AmanajéSylvia Cesco (27/10/2020)

Meus pobres irmãos, quão triste é sabê-los...Dói-me o coração, a voz me cala diante de tamanho desmazelo para com sua gente, povo primeirodestas terras. Confesso que de onde estou não posso ouvi-los e nem vê-los:-lá fora , há algazarras e buzinas de carros celebrando sabe-se lá o quê...porém , posso senti-los como se guató também eu fora,ou quem sabe guarani, kadiweu ou índia terena? Sou uma auati irmanada com suas dores plenas impedidos que são de ver nascer da terra a florenquanto a pranteiam tal como a mãe que perde um filhoagonizando sem voz, sem verde e sem viço.

Oh, meus irmãos, pobres irmãos! Aqui, do meu tekoha urbanotambém choro por todos vocês, pelos seus frutos que murcharam antes da colheita,seus bichos queimados em fogueiras de ambição.Quero juntar-me à sua triste sina de refazer o cantodos jaós, das juritis, dos sanhaços e sabiás. Deixem-me dar- lhes as mãos na travessia dos muros do impossível .Oh, meu povo amado!Até quando nossa dor invisível inda será necessária? Até quando vão nos mostrar extensas garras de cobiça?Antes pois que o tempo que a tudo desperdiça, nos deixe em perpétuo estado de mudez selemos, meus irmãos, nossa boda imaginária sob as luzes cintilantes de românticos urissanês

Confira a poesia vencedora na íntegra:

Marcelo Rezende

Para muitas famílias o pedido deste Natal é ter o que comer. Com isso em mente o Programa Mesa Brasil Sesc inicia, no dia 9 de novembro, a campanha “Natal na Mesa” para arrecadar alimentos às famílias cadastradas no pro-grama. As entregas podem ser feitas nas unidades do Sesc de todo o Estado e a distribuição, para entidades cadastradas em Campo Grande e Dou-rados, será entre 14 e 18 de dezembro. A meta é montar pelo menos 600 cestas, então seja o Papai-Noel de quem

precisa tanto da sua ajuda.“Vivemos em um período

delicado em que muitas famí-lias ficaram ainda mais vul-nerabilizadas com os impactos da pandemia e contamos com a sensibilidade de toda a socie-dade para que neste Natal pos-samos levar alimentos à mesa do máximo possível de famí-lias”, diz a diretora regional do Sesc-MS, Regina Ferro.

Podem ser doados: arroz, feijão, macarrão, extrato de tomate, sardinha, farinha de mandioca, óleo, açúcar, leite em pó e achocolatado.

Dados da Rede de Pesquisa Solidária – Políticas Públicas

& Sociedade apontam que, na crise econômico-social desencadeada no Brasil pela pandemia de COVID-19, 83,5% dos trabalhadores en-contram-se em posições vul-neráveis: 36,6% porque pos-suem vínculos de trabalho informais; 45,9% porque, embora com vínculos for-mais, atuam em setores bas-tante afetados pela dinâmica econômica. Os indivíduos com vínculos mais estáveis, em setores essenciais não afetados economicamente, somam apenas 13,8% da força de trabalho ocupada. (Com assessoria)

Da Redação

A campanha política pode ir além dos embates acir-rados entre candidatos e a polarização nas redes sociais. Além de reportagens e análises sobre a disputa nas principais cidades brasileiras, o jornal “O Globo” acrescenta a sua cober-tura um projeto de humor com olhar leve e crítico ao processo eleitoral brasileiro, marcado para este mês de novembro. Uma série de vídeos especiais do ator Fabio Porchat, com uma leitura bem-humorada da propaganda gratuita na

TV, de candidatos a prefeito e vereador, será exibida até o fim do segundo turno.

Os programas poderão ser acessados no site do “Globo”, além dos perfis do jornal no YouTube, Facebook, Twitter e Instagram. “A política é su-perimportante, temos, sim, de debater e a população está descobrindo isso cada vez mais. Mas poder dar risada da nossa situação está na alma do brasileiro”, diz Porchat, apresentador do GNT.

Misturar humor e política foi uma aposta de repercussão do “Globo” em 2018. O ator

Marcelo Adnet conquistou milhares de visualizações na internet ao gravar a série “Tu-torial dos Candidatos”, um conjunto de vídeos de imi-tações dos principais postu-lantes ao Planalto naquele ano, entre eles o presidente Jair Bolsonaro.

“Quem começou a mis-turar política com humor foram os próprios políticos. Agora fazemos o nosso contra-ataque. Temos de misturar humor com política justamente para desconstruir e chaco-alhar o status quo”, afirma Porchat.

Leonardo Volpato Folhapress

Sucesso no Nordeste, a cantora de forró manauara Márcia Fellipe, 41, disponibi-lizou nas mídias digitais e no YouTube a primeira parte de seu DVD “A Fenomenal”, nome que faz parte de seu RG, porque é dessa forma que os fãs a chamam. A se-gunda parte chegará em 18 de dezembro.

Em uma superprodução, a cantora recebeu as partici-pações especiais de Wesley Safadão e MC Marks. O cenário escolhido para esse novo momento foi o galpão da Indústria Naval (Inace), em Fortaleza (CE). Gravado em meio à pandemia, ela conta que todos os protocolos foram adotados para asse-gurar a segurança de todos os envolvidos no projeto.

A primeira parte do DVD tem um repertório de sete músicas, cinco delas inéditas e duas regravações: “A Mãe tá On” e “Status”. “Dividimos em duas partes por causa das plataformas digitais e por ser mais fácil de a turma escutar. Trazemos um forró romântico bem envolvente”, diz a cantora.

Com 15 anos de carreira, Márcia Fellipe afirma que teve sua agenda de shows afetada com a pandemia. Ela diz que fazia quase 40 shows por mês e uma tinha rotina bem atribulada – agora já são

dez meses sem se apresentar. “Ainda bem que meu marido é produtor musical e não parou. Dá para pagar os bo-letos”, brinca. “Canto de tudo um pouco. O que mais gosto é poder desenvolver meu dom e procurar me superar nas adversidades.”

Sua música de trabalho atual é “Deus na Frente”, composição de amigos que conta com a colaboração de MC Marks e traz uma men-sagem de otimismo e de fé. O videoclipe já está disponível no YouTube desde sexta pas-sada (6).

Com um estilo próprio, Márcia Fellipe diz se inspirar no povo brasileiro e em seus dramas para escolher as can-ções que leva a cada projeto. “Gosto de escolher letras que trazem emoção e mensagens positivas, fé na caminhada e fé em Deus.”

E por falar em mensagens positivas, ela conta que a sua música já ajudou até a tratar de pessoas com depressão. “Uma vez vi uma pesquisa que a maioria das pessoas depressivas começam ou-vindo músicas que abordam tristeza. Gosto de músicas de superação, de volta por cima, que contagiem e que curem. Conheci gente com Alzheimer e depressão que escutava as minhas músicas e se sentia melhor.”

A artista afirma que sempre gostou de cantar, mas, até conseguir sua pri-

meira oportunidade em um barzinho, ela trabalhou bas-tante em uma fábrica de reló-gios. Seu sonho, diz Fellipe, é rodar o Brasil inteiro com a sua música, para mostrar que a sua vertente não é regional.

“Primeiro de tudo, eu almejo ser um ser humano melhor. Em termos materiais, Deus tem um propósito a cada um e o que for para ser meu, será”, diz a artista antes de dar de-talhes sobre o que quer para o seu futuro. “Desejo sempre alcançar o maior público, in-dependentemente da região. Seja na Região Sul, Sudeste, Norte... Quero levar minha música e ser feliz.”