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1 PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJAÍ SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITAJAÍ 2010 - 2013 ITAJAÍ/SC Março, 2010

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1

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJAÍ

SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE

ITAJAÍ

2010 - 2013

ITAJAÍ/SC

Março, 2010

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PREFEITURA DE ITAJAÍ

JANDIR BELLINI – PREFEITO

DALVA MARIA ANASTÁCIO RHENIUS – VICE PREFEITA

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE

LÍRIO EING

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITAJAÍ

JOÃO JOSÉ DA SILVA - PRESIDENTE

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Plano Municipal de Saúde aprovado

em reunião ordinária do Conselho

Municipal de Saúde no dia 03 de

Maio de 2010 através da Resolução

Nº 010/2010.

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ELABORAÇÃO

Jonilda Hugen Vieira

Márcia Edler Gaspary

Rachel Loewenthal Marchetti

COLABORADORES

Aldo José Corrêa Jr

Alessandra Monestel

Ana Paula Pacheco de Souza

Danilo Ferreira

Deise B. D. Furtado

Eliane dos Santos Carvalho

Emerson Gonçalves

Jessé Magnus Kunen

Karla Patrícia de S. Schmoeller

Luiz Antônio Spinosa

Márcia de Fátima Cracco

Mirelle S. Farias

Ricardo Reiser

Sandra G. Rosa

Scharline Trevizol Bergamini

Sibele Benedet

Vanessa Rodrigues Tavares

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APRESENTAÇÃO

“Devemos entender a planificação como uma dinâmica de cálculo que

precede e preside a ação, que não cessa nunca, sendo processo contínuo que

acompanha a realidade mutável. Isto nos coloca um sério problema de velocidade

de cálculo que devemos solucionar para ser planificadores ao invés de

historiadores.”

Esta advertência, que o Dr. Carlos Matus, especialista do Programa das

Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD fez, em 1984, para a direção

superior do Ministério da Saúde e Assistência Social da República da Venezuela,

deve estar sempre presente quando se propõe planificar.

Este documento deve ser interpretado não como um plano definitivo, mas

como um instrumento que necessitará continuamente de complementações,

atualizações e aperfeiçoamentos, sem que isto sirva de justificativa para postergar

decisões e a implementação de ações. Traz em si uma deficiência que de antemão

se pode anotar: restringe-se a uma listagem descritiva de problemas sem a

necessária explicação sistêmico-causal. O que chamamos de problemas,

consideremos, são na verdade “resultados sociais” e, como tais, exigem

interpretações e não meras descrições, para que possamos planejar

adequadamente as soluções necessárias.

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Sumário

Apresentação ........................................................................................................................................ 5

Índice de Figuras ................................................................................................................................... 7

Índice de Tabelas ................................................................................................................................ 10

Parte I - Introdução ............................................................................................................................. 13

Parte II - Análise Situacional................................................................................................................ 17

1. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS ........................................ 17

1.1. Caracterização do Território ....................................................................................... 17

1.2. Aspectos Demográficos ............................................................................................... 22

1.3. Aspectos Econômicos .................................................................................................. 34

2. SITUAÇÃO DE SAÚDE .................................................................................... 40

2.1. Mortalidade ................................................................................................................ 40

2.2. Nascidos Vivos ............................................................................................................. 50

2.3. Morbidade................................................................................................................... 52

2.4. Doenças e Agravos de Notificação Compulsória......................................................... 60

2.5. Saúde Bucal ................................................................................................................. 74

3. O SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITAJAÍ ................................................. 76

3.1. Atenção Básica em Saúde ........................................................................................... 81

3.2. Atenção Especializada ............................................................................................... 107

3.3. Assistência Farmacêutica .......................................................................................... 109

3.4. Vigilância em Saúde .................................................................................................. 114

4. GESTÃO DE SAÚDE ..................................................................................... 125

Parte III - Formulação dos Compromissos para 2010 – 2013 ........................................................... 141

PRIORIDADES ......................................................................................................... 141

OBJETIVOS, DIRETRIZES E METAS: .......................................................................... 142

1. AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA A ATENÇÃO INTEGRAL ..................................... 142

2. COM RELAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE SAÚDE .................................................... 154

3. COM RELAÇÃO À VIGILÂNCIA EM SAÚDE...................................................... 158

4. COM RELAÇÃO À GESTÃO E FINANCIAMENTO DA SAÚDE .............................. 164

5. COM RELAÇÃO À PARTICIPAÇÃO SOCIAL ..................................................... 169

MONITORAMENTO DO PLANO .................................................................................. 170

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Mapa topológico da qualidade dos recursos hídricos ............................... 19

Figura 2. Mapa topológico das enchentes ................................................................ 20

Figura 3. População residente segundo censos demográficos. Itajaí, 1970- 2000. . 23

Figura 4. Evolução da densidade demográfica da zona urbana e rural. Itajaí, 1980-

2000. ........................................................................................................................ 24

Figura 5. Evolução da relação pessoas/domicílio segundo local de residência. Itajaí,

1980-2000. ............................................................................................................... 24

Figura 6. Pirâmide Etária. Itajaí, 2000. ..................................................................... 25

Figura 7. Pirâmide Etária. Itajaí, 2009. ..................................................................... 25

Figura 8. Proporção de <5 anos, idosos, índice de envelhecimento e razão de

dependência. Itajaí, 1980-2009. .............................................................................. 26

Figura 9. Taxa de Fecundidade Total. Itajaí, 1996-2007. ......................................... 27

Figura 10. Taxa Bruta de Natalidade. Itajaí, 1995-2009. .......................................... 28

Figura 11. População residente segundo o tipo de domicílio. Itajaí, 2000. .............. 31

Figura 12. População residente ocupando domicílios improvisados segundo as

zonas administrativas. Itajaí, 2000. .......................................................................... 32

Figura 13. Distribuição dos responsáveis por domicílios particulares permanentes

segundo grupos de anos de estudo. Itajaí, 2000. .................................................... 33

Figura 14. Evolução da distribuição dos domicílios por classe de rendimento

nominal. Itajaí-SC, 1991-2000. ................................................................................. 35

Figura 15. Valor do rendimento nominal médio mensal (em Reais) das pessoas com

rendimento, responsáveis pelos domicílios particulares permanentes por zona

administrativa. Itajaí, 2000. ...................................................................................... 35

Figura 16. Distribuição dos domicílios particulares permanentes segundo forma de

abastecimento de água. Itajaí, 2000. ....................................................................... 36

Figura 17. Distribuição dos domicílios segundo presença de banheiro ou sanitário e

tipo de esgotamento. Itajaí, 2000. ............................................................................ 37

Figura 18. Proporção de domicílios que dispunham de fossa séptica. Itajaí, 2000. . 38

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Figura 19. Domicílios particulares permanentes segundo o destino do lixo. Itajaí,

2000. ........................................................................................................................ 39

Figura 20. Domicílios particulares permanentes, por condição de ocupação do

domicílio. Itajaí, 2000. .............................................................................................. 39

Figura 21. Evolução do Índice de Swaroop-Uemura. Itajaí, 1996-2009. .................. 40

Figura 22. Taxa Bruta de Mortalidade. Itajaí, 1996-2009. ........................................ 41

Figura 23. Taxa de Mortalidade Infantil. Itajaí, 1996-2009. ...................................... 43

Figura 24. Taxa de Mortalidade Infantil segundo seus componentes. Itajaí, 1996-

2009 ......................................................................................................................... 43

Figura 25. Mortalidade proporcional de menores de 1 ano (Mortalidade Infantil).

Itajaí, 1996-2009. ..................................................................................................... 44

Figura 26. Taxa de Mortalidade de menores de 5 anos. Itajaí, 1996-2009. ............. 45

Figura 27. Razão de Mortalidade Materna. Itajaí, 1996-2006. ................................. 46

Figura 28. Mortalidade proporcional por causas mal definidas. Itajaí, 1996-2009. .. 48

Figura 29. Mortalidade especifica por Doenças do aparelho circulatório. Itajaí, 1996-

2009. ........................................................................................................................ 49

Figura 30. Mortalidade especifica por Causas Externas. Itajaí, 1996-2009. ............ 49

Figura 31. Mortalidade especifica por Neoplasias. Itajaí, 1996-2009. ...................... 50

Figura 32. Mortalidade especifica por Doenças Infecciosas e Parasitarias. Itajaí,

1996-2009. ............................................................................................................... 50

Figura 33. Nascidos Vivos. Itajaí, 2000-2009. .......................................................... 52

Figura 34. Taxa de Internação por local de residência. Itajaí, 1998-2009. ............... 53

Figura 35. Taxas de internação por Gravidez, Parto e Puerpério segundo a faixa

etária. Itajaí, 2009..................................................................................................... 54

Figura 36. Taxas de internação por Doenças do Aparelho Circulatório, segundo sexo

e faixa etária. Itajaí, 2009. ........................................................................................ 54

Figura 37. Taxas de internação por Doenças do Aparelho Respiratório, segundo

sexo e faixa etária. Itajaí, 2009. ............................................................................... 55

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Figura 38. Taxas de internação por lesões, envenenamentos e algumas outras

conseqüências de causas externas segundo sexo e faixa etária. Itajaí, 2009. ........ 56

Figura 39. Taxas de internações por Doenças do Aparelho Digestivo segundo sexo

e faixa etária. Itajaí, 2009. ........................................................................................ 56

Figura 40. Taxas de internações por Doenças infecciosas e parasitárias segundo

sexo e faixa etária. Itajaí, 2009. ............................................................................... 57

Figura 41. Taxas de internações por Neoplasias segundo sexo e faixa etária. Itajaí,

2009. ........................................................................................................................ 58

Figura 42. Morbidade hospitalar por Fratura de fêmur em idosos. Itajaí, 2003-2009.

................................................................................................................................. 59

Figura 43. Incidência de Tuberculose (todas as formas) conforme ano de

diagnóstico (incidência/100.000 hab). Itajaí, 2001-2009. ......................................... 69

Figura 44. Proporção (%) de casos de Tuberculose (todas as formas) com co-

infecção TB/HIV. Itajaí, 2001-2009. ......................................................................... 69

Figura 45. Casos novos de tuberculose bacilífera conforme situação de

encerramento. Itajaí, 2001 - 2009. ........................................................................... 70

Figura 46. Casos de tuberculose (todas as formas) conforme situação de

encerramento. Itajaí, 2001- 2009. ............................................................................ 70

Figura 47. Área de abrangência da ESF. Itajai, 2009. ............................................. 82

Figura 48. Evolução da implantação das Equipes de ESF. Itajaí, 2000-2009. ......... 85

Figura 49. Organograma da Assistência Farmacêutica ......................................... 109

Figura 50. Percentual de estabelecimentos não cadastrados. Itajaí, 2000-2009. .. 117

Figura 51. Organograma da SMS. 2009. ............................................................... 125

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Incidência de enchentes no município de Itajaí nas décadas de 80 e 90 . 20

Tabela 2. Sítios arqueológicos ................................................................................. 22

Tabela 3. População Residente por Situação e Alfabetização. Itajaí, 2000 ............. 29

Tabela 4. Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária. Itajaí,

1991 e 2000. ............................................................................................................ 29

Tabela 5. População total e não alfabetizada segundo zonas administrativas. Itajaí,

2000. ........................................................................................................................ 30

Tabela 6. Número de Docentes, Matrículas e Escolas. Itajaí, 2007-2008. ............... 34

Tabela 7. Ligações de água e número de economias. Itajaí, 2009. ......................... 36

Tabela 8. Esperança de Vida ao Nascer. Itajaí, 1996-2007. .................................... 42

Tabela 9. Mortalidade proporcional por grupo de causas. Itajaí, 2005-2009. ........... 47

Tabela 10. Nascidos vivos. Itajaí, 2000-2009. .......................................................... 51

Tabela 11. Internações por fratura de fêmur. Itajaí, 1998-2009. .............................. 59

Tabela 12. Baixo Peso em crianças < 5 anos. Itajaí, 2005-2009. ............................ 60

Tabela 13. Principais agravos de notificação compulsória. Itajaí, 2008-2009. ......... 61

Tabela 14. Acidentes peçonhentos e evolução. Itajaí, 2007-2009. .......................... 61

Tabela 15. Incidência de AIDS. Itajaí, 2000-2009. ................................................... 62

Tabela 16. Evolução dos casos de AIDS segundo o ano do diagnóstico e o ano da

notificação. Itajaí, 2007-2009. .................................................................................. 62

Tabela 17. AIDS na gestante segundo a faixa etária. Itajaí, 2007-2009. ................. 63

Tabela 18. AIDS na gestação segundo o trimestre do diagnóstico e realização de

pré-natal. Itajaí, 2007-2009. ..................................................................................... 64

Tabela 19. AIDS na gestação segundo a época do diagnóstico. Itajaí, 2007-2009. 64

Tabela 20. Uso de anti-retroviral na gestante com AIDS e época de inicio. Itajaí,

2007-2009. ............................................................................................................... 64

Tabela 21. Tipo de parto da gestante com AIDS. Itajaí, 2007-2009. ........................ 65

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Tabela 22. Uso de profilaxia anti-retroviral durante o parto. Itajaí, 2007-2009. ........ 65

Tabela 23. Sífilis na gestação segundo a época do diagnóstico e esquema de

tratamento. Itajaí, 2007-2009. .................................................................................. 66

Tabela 24. Incidência de sífilis congênita, idade da mãe e tratamento. Itajaí, 2007-

2009. ........................................................................................................................ 67

Tabela 25. Tipo de diagnóstico das Hepatites Virais. Itajaí, 2007-2009. .................. 68

Tabela 26. Classificação Etiológica das Hepatites Virais. Itajaí, 2007-2009. ........... 68

Tabela 27. Casos de hanseníase e desfecho. Itajaí, 2007-2009. ............................ 71

Tabela 28. Número de focos do Aedes aeagypt. Itajaí, 2007-2009. ........................ 72

Tabela 29. Classificação dos casos de Dengue. Itajaí, 2007-2009. ......................... 73

Tabela 30. Total de notificações de doenças exantemáticas. Itajaí, 2009. .............. 73

Tabela 31. Casos de Rubéola e Sarampo segundo o desfecho. Itajaí, 2007-2009. 73

Tabela 32. Notificações de atendimento anti-rábico humano. Itajaí, 2007-2009. ..... 74

Tabela 33. Número de Dentes Permanentes Hígidos, Cariados, Perdidos e

Obturados Segundo Idade. Itajaí, 2003. ................................................................... 75

Tabela 34. Média dos componentes do índice CPO-D segundo idade. Itajaí, 2003. 76

Tabela 35. Composição percentual do índice CPO-D segundo idade. Itajaí, 2003. . 76

Tabela 36. Tipo e número de unidades de saúde. Itajaí, 2009. ............................... 77

Tabela 37. Produtividade da Rede Municipal de Saúde. Itajaí, 2009. ...................... 77

Tabela 38. Produção Ambulatorial (número) por Grupo de Procedimento. Itajaí,

2008-2009. ............................................................................................................... 79

Tabela 39. Produção Ambulatorial (número) por Grupo de Procedimento. Itajaí,

2002-2007. ............................................................................................................... 79

Tabela 40. Leitos Hospitalares por especialidade e natureza. Itajaí, 2009. ............. 80

Tabela 41. Estabelecimentos por Tipo de Atendimento prestado. Itajaí, 2009. ....... 80

Tabela 42. Número de Estabelecimentos por Natureza da organização. Itajaí, 2009.

................................................................................................................................. 81

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Tabela 43. Total de Equipamentos por grupo de utilização. Itajaí, 2009. ................. 81

Tabela 44. Distribuição das Equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF),

Equipes de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) e Saúde Bucal (SB) por área

de abrangência. Itajaí, 2009. .................................................................................... 83

Tabela 45. Número de pessoas e famílias cadastradas nas Unidades de Saúde da

Família (ESF) por área de abrangência: .................................................................. 84

Tabela 46. Taxa de fecundidade por faixa etária. Itajaí, 1996-2007. ....................... 90

Tabela 47. Taxa de fecundidade total. Itajaí, 1996-2007. ........................................ 90

Tabela 48. Materiais do setor de Audiologia. Itajaí, 2009. ...................................... 105

Tabela 49. Produtos especializados do setor de Fonoterapia. Itajaí, 2009. ........... 106

Tabela 50. Equipamentos do setor de Fonoterapia. Itajaí, 2009. .......................... 107

Tabela 51. Estrutura operacional da Vigilância Sanitária. Itajaí, 2009. .................. 118

Tabela 52. Cobertura da vacina Tetravalente (Difteria, Tétano, Pertussis e anti-

haemophilus) em menores de 1 ano. Itajaí, 2003-2009. ........................................ 122

Tabela 53. Cobertura da vacina Tríplice Viral em crianças de 1 ano. Itajaí, 2003-

2009. ...................................................................................................................... 122

Tabela 54. Cobertura da vacina contra Hepatite B em menores de 1 ano. Itajaí,

2003-2009. ............................................................................................................. 123

Tabela 55. Cobertura da vacina BCG em menores de 1 ano. Itajaí, 2003-2009. ... 123

Tabela 56. Cobertura da vacina Sabin em menores de 1 ano. Itajaí, 2003-2009. . 124

Tabela 57. Distribuição de leitos por especialidade e tipo de convênio. Itajaí, 2009.

............................................................................................................................... 129

Tabela 58. Gastos do Fundo Municipal de Saúde. Itajaí, 2008-2009. .................... 132

Tabela 59. Distribuição dos funcionários da SMS, incluindo profissionais contratados

em regime de CLT (do Programa Estratégia de Saúde da Família). Itajaí, 2009. .. 135

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PARTE I - INTRODUÇÃO

O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma formulação política e organizacional

para o reordenamento dos serviços e ações de saúde. Estabelecida pela

Constituição Brasileira de 1988 e por leis que a regulamentam, é um sistema novo e

ainda em construção.

O SUS há deve ser entendido em seus objetivos finais dar assistência à

população baseada no modelo da promoção, proteção e recuperação da saúde –

para que assim busquemos os meios - processos, estruturas e métodos - capazes

de alcançar tais objetivos com eficiência e eficácia e, torná-lo efetivo em nosso país.

Estes meios, orientados pelos princípios organizacionais de descentralização,

regionalização, hierarquização, resolutividade, participação social e

complementaridade do setor privado, devem constituir-se em objetivos estratégicos

que dêem consistência ao modelo de atenção à saúde desejada.

O SUS norteia-se pelos seguintes princípios doutrinários:

- Universalidade

- Equidade

- Integralidade

Princípios são as idéias fundamentais em torno das quais se estrutura a

instituição. São valores e convicções a serem seguidos no âmbito do Sistema

Municipal de Saúde, para que sejam traçadas suas diretrizes, objetivos e metas. O

município de Itajaí adota a Estratégia de Saúde da Família como modelo de atenção

integral à saúde, incorporando e consolidando os princípios básicos do Sistema

Único de Saúde (SUS), sendo então os seguintes princípios da gestão da saúde do

município de Itajaí:

UNIVERSALIDADE

É o princípio constitucional de que saúde é um direito de todos e dever do

Estado, portanto é a garantia de acesso de toda população aos serviços de saúde

de qualidade e resolutivos, viabilizada pelo planejamento e programação em saúde.

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14

INTEGRALIDADE

É o princípio pelo quais as ações de saúde terão uma abordagem integral e

contínua do indivíduo e da coletividade no contexto familiar e social, englobando

atividades de promoção de saúde, prevenção e vigilância de riscos, danos e

agravos, concomitantes com as ações de assistência e reabilitação.

EQUIDADE

Este princípio estabelece que o poder público deva promover a atenção à

saúde para toda população e de forma equânime, considerando as diferenças

individuais e de grupos populacionais específicos. Portanto, os investimentos serão

maiores para aqueles que mais necessitam, adequando a oferta de serviços aos

princípios da justiça social.

DESCENTRALIZAÇÃO/REGIONALIZAÇÃO

Por este princípio as decisões técnicas e de gestão levam em consideração

as questões locais de saúde, ou seja, instâncias decisórias mais próximas da

população usuária. A descentralização se viabiliza através do fortalecimento e

qualificação das Regionais de Saúde.

HIERARQUIZAÇÃO

Princípio que estabelece a forma de integração e articulação dos serviços de

atenção básica com os demais níveis do sistema SUS, garantindo que a porta de

entrada seja a unidade básica de saúde.

HUMANIZAÇÃO

Este princípio operacionaliza o desenvolvimento das ações promotoras de

saúde a partir da troca e construção de saberes baseadas na valorização e respeito

às particularidades dos diversos atores sociais.

PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Princípio pelo qual se garante a participação da comunidade nas decisões

que definem as prioridades e diretrizes da gestão dos serviços de saúde através das

instâncias constituídas, socializando o conhecimento do processo saúde-doença e

do sistema de saúde.

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ACESSIBILIDADE

É a adequação das características dos serviços e dos recursos de saúde

para facilitar o seu acesso pelos usuários.

RESOLUTIVIDADE

É a capacidade de oferta de um atendimento eficiente e efetivo,

preferencialmente na atenção básica; ou a garantia de encaminhamento para um

serviço de maior nível de complexidade.

CIDADANIA

Conjunto de direitos e deveres que permite a pessoa de participar ativamente

da vida política, econômica e social do governo de seu povo.

Desta forma a política de saúde deve ser direcionada para a prevenção das

doenças e não somente para a sua recuperação. Isto exige que o atendimento deva

ser feito também para erradicar as causas e diminuir os riscos, além de tratar os

danos.

Este Plano Municipal de Saúde, aprovado pela Resolução Nº 010/CMS/2010,

é resultante do exercício democrático na formulação das políticas públicas e deverá

constituir-se em instrumento de trabalho de referência para a gestão da saúde no

município de Itajaí, no período de 2010 - 2013, permitindo a adoção de estratégias

intersetoriais capazes de modificar a realidade sanitária/epidemiológica, com o

envolvimento dos diferentes atores sociais interessados na busca da qualidade de

vida e do desenvolvimento social da população.

Mais do que o cumprir as exigências formais previstas nas Leis 8.080/90 e

8.142/90, o Plano de Saúde concretiza o compromisso do gestor na consolidação

do SUS e é fruto do resultado de diversas rodadas de discussão dos setores

integrantes do Sistema Municipal de Saúde, a partir da análise dos relatórios de

gestão e outros documentos referenciais.

Procurou-se conciliar a realidade municipal com os diversos recursos do SUS

e por esta razão, apesar da identificação da grande necessidade de expansão da

oferta assistencial, houve a nítida decisão de embasar as prioridades nas

possibilidades concretas de viabilidade financeira e executiva, a fim de não tornar

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16

este plano uma peça apenas formal.

O Plano Municipal de Saúde encontra-se estruturado seguindo a lógica do

documento nacional, dividido em três partes distintas:

1. Introdução;

2. Análise situacional do município de Itajaí;

3. Formulação dos compromissos de gestão.

A operacionalização do Plano de Saúde dar-se-á mediante a programação

anual e seus projetos, nos quais serão definidas as ações e atividades específicas

que culminem em conseqüências práticas de sua execução. Desta forma,

entendemos que o Plano de Saúde é um instrumento dinâmico, a ser consultado

periodicamente e analisado a cada ano, principalmente no sentido de monitorar e

avaliar a efetividade das ações propostas em relação às necessidades

evidenciadas.

Portanto, a missão da Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí é defender a

vida, satisfazendo as necessidades de saúde da população, através de um sistema

de saúde humanizado, com responsabilização, acesso, vínculo, acolhimento, gestão

participativa, trabalho em equipe multiprofissional, de forma transdisciplinar e com

autonomia dos processos de trabalho.

A saúde é um direito de cidadania e é dever de todo gestor, gerar políticas

para atender as necessidades da população. A construção deste documento faz

parte do cumprimento do nosso dever como gestor público.

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17

PARTE II - ANÁLISE SITUACIONAL

1. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS

1.1. CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO

INSERÇÃO NA MICRORREGIÃO

Itajaí é o município pólo da Microrregião da Foz do Rio Itajaí, que congrega

os municípios de Camboriú, Balneário de Camboriú, Itapema, Porto Belo, Ilhota,

Luiz Alves, Navegantes, Penha, Piçarras e Bombinhas.

Os onze municípios da microrregião originaram-se basicamente de

desmembramentos dos municípios de Porto Belo e São Francisco do Sul. Porto

Belo emancipou-se de São Francisco em 1832, quando passou a se denominar Vila

de Porto Belo, no lugar de Enseada das Garoupas. Por sua vez Porto Belo deu

origem aos municípios de Camboriú, que em 1849 foi elevado a categoria de

freguesia; de Itajaí, em 1859; de Itapema, em 1962; e ao município de Bombinhas

em 1992. De Itajaí emanciparam-se, em 1958, os municípios de Penha, Luiz Alves e

Ilhota e, em 1962, o município de Navegantes.

A Microrregião da Foz do Rio Itajaí foi criada em 28 de Setembro de 1971,

através do Decreto Estadual no 844/71, que criou as Regiões Polarizadas do

Estado. Possui área total de 1.531 km2, correspondente a 1,6% da área total do

Estado de Santa Catarina. Está situada entre os paralelos 26°44’41” e 27°22’57”

(latitude Sul); 48°27’52” e 49°02’08” (longitude Oeste). Limita-se ao leste com o

Oceano Atlântico, ao sul com a microrregião da Grande Florianópolis, ao norte com

a microrregião do Vale do Rio Itapocu e a oeste com a microrregião de Blumenau -

AMMVI.

ASPECTOS FÍSICOS E GEOGRÁFICOS

Área total: 304 km2 (Urbana: 78 km2; Rural: 226 km2)

Distância à capital: 94 km

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18

Coordenadas: Latitude: 27°35'48"S

Longitude: 48o32'57"W

Altitude média: 1,0 metro

Limites: Norte: Navegantes

Sul: Camboriú, Balneário Camboriú

Oeste: Ilhota, Brusque e Gaspar

Leste: Oceano Atlântico

CLIMA

Mesotérmico úmido, sem estação seca, com verões quentes.

Temperatura média anual: 21o Centigrados.

Precipitação pluviométrica total anual: de 1.400 a 2.000 milímetros.

Umidade relativa do ar média: 84%.

Pressão atmosférica média: 1.010 milibares.

HIDROGRAFIA

A região do Vale do Itajaí é composta unicamente pela bacia hidrográfica do

rio Itajaí. Em termos de área de drenagem, número de municípios e população total

residente, número de indústrias, entre outros aspectos, é a mais expressiva do

Estado. Com uma população que ultrapassa atualmente a casa de 1 milhão de

habitantes, o Vale do Itajaí caracteriza-se pela crescente concentração urbano-

industrial. Contudo, área rural ocupa ainda um considerável espaço, pois a

população rural representa cerca de 25% do total. A densidade demográfica, em

torno de 60,9 hab/Km2, pode ser considerada baixa quando comparada a das

demais regiões onde há concentração urbano-industrial. O relevo é bastante

diversificado, predominando, entretanto, o montanhoso e o forte ondulado. Junto à

planície costeira localiza-se 30% da área regional, onde o relevo é plano e

suavemente ondulado. A área coberta com vegetação primária e secundária é de

aproximadamente 50%, o que representa um bom índice frente às demais regiões.

A área reflorestada, no entanto, não vai além de 2% da região. A produção industrial

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19

predomina como atividade econômica, destacando-se a área têxtil. No entanto, a

participação da agricultura é expressiva, principalmente na produção de arroz, fumo,

cebola, suínos e leite. Merece destaque, também, a atividade pesqueira aí

desenvolvida. No que diz respeito à disponibilidade de água, os estudos gerais e

preliminares efetuados, confrontando as vazões de estiagem com os diversos usos,

indicam que a situação da região não é tão tranqüila como parece. A ocorrência de

enchentes periódicas tem sido o maior problema desta bacia. As conseqüências

sociais e econômicas deste fenômeno climático fizeram com que a região do Vale

do Itajaí montasse a melhor estrutura para fazer frente a este problema. Com

relação à qualidade dos recursos hídricos, a situação poderia ser considerada crítica

até poucos anos atrás, principalmente pelo elevado lançamento de efluentes

industriais e despejos de esgotos domésticos na rede hidráulica de praticamente

toda a região. O trabalho desenvolvido pela comunidade sob a orientação da

Fundação de Amparo à Tecnologia e Meio Ambiente – FATMA - tem contribuído

para amenizar o problema. Mesmo assim a situação ainda é séria, não só junto aos

centros urbanos, mas também nas áreas rurais pelo uso intenso de agrotóxicos,

pelos dejetos de suínos e pelo assoreamento dos rios provocado pela erosão do

solo. (ESTADO DE SANTA CATARINA. Bacias hidrográficas do Estado de Santa

Catarina: Diagnóstico Geral. Florianópolis, 1997.)

Figura 1. Mapa topológico da qualidade dos recursos hídricos

Região do

município de Itajaí.

As áreas em

vermelho indicam

poluição dos rios.

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20

Figura 2. Mapa topológico das enchentes

Tabela 1. Incidência de enchentes no município de Itajaí nas décadas de 80 e 90

Tipo de enchente Mês e ano da ocorrência

Enchente com calamidade pública Jul/83; Ago/84

Enchente parcial com desabrigados Jan/83; Mai/92; Fev/93

Enchente parcial

Enchente com calamidade pública

Dez/80; Fev/83; Jan/89; Dez/95

Nov/2008

RELEVO

O relevo é caracterizado por duas regiões:

A primeira, de topografia acidentada, formada por estrutura cristalina do

período algonquiano, litologicamente formada por quartzitos, filitos e mármores.

Esta região situa-se na parte sul do município, onde se destacam a serra de

Camboriú, na divisa Itajaí/Camboriú; serra do Brilhante, na divisa Itajaí/Brusque.

Dentro da área do município, na faixa compreendida entre a divisa de

Itajaí/Camboriú, até atingir o Rio Itajaí-Mirim, aparece uma série de elevações que

recebem as denominações de Morro do Gavião, Morro da Canhanduba, Morro de

Região do

município de Itajaí.

As áreas em

vermelho indicam

mais de duas

enchentes no

período de 5 anos.

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21

Cabeçudas. Na faixa compreendida entre o Rio Itajaí-Mirim e a divisa com o

município de Ilhota, aparecem duas elevações denominadas Morro da Onça e Morro

da Espinheira.

A segunda, região da planície, é constituída de sedimentos recentes,

do período quaternário, litologicamente formado de cascalhos pleistocênicos

encontrados nas partes baixas e colinas marginais, e por sedimentos flúvio-

marinhos na região nordeste do município. As restingas são parcialmente cobertas

por aluviões do rio Itajaí-Mirim, cujas margens são por isso, ligeiramente elevadas.

As planícies costeiras, que evidenciam ações e processos marinhos e

eólicos, ocorrem no litoral de Piçarras e Navegantes e nos vales dos rios Itajaí-Açú

e Itajaí-Mirim. As planícies fluviais salientam-se no médio ale do rio Itajaí-Mirim, no

baixo vale do rio Luiz Alves e no vale do rio Camboriú.

As Serras do leste catarinense, com baixa altimetria, aparecem na ponta de

Penha e no restante da microrregião. Toda a costa apresenta pontas, promontórios,

praias, enseadas e ilhas.

VEGETAÇÃO

O município de Itajaí apresenta, em toda sua extensão, uma cobertura

vegetal pouco densa, constituída principalmente de arbustos e restingas. No interior

do município, ocorrem as maiores concentrações, sobretudo nas serras e encostas,

dando, assim, uma pequena amostra da vegetação litorânea. Destacam-se duas

áreas de distribuição vegetal: na planície, onde árvores como a figueira de folha

miúda, a cupiúva, a canela amarela e, nas regiões mais úmidas, o ipê amarelo,

variam de 10 a 15 metros de altura; e nas serras e encostas, onde a canela preta,

peroba, a cupiúva e a canela amarela, principalmente, variam entre 25 e 30 metros

de altura.

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Parque Canhanduba (100 hectares)

Morro do Farol

Cabeçudas

Morros que circundam o Bico do Papagaio

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22

Morro da Caixa d’Água.

Tabela 2. Sítios arqueológicos

SÍTIO LOCALIDADE TIPO

Gruta do Corredeiro Abrigo sob rocha

Gruta do Rib. Revólver Abrigo sob rocha

Gruta da Lomba Alta Abrigo

Gruta do Rio Kravel Abrigo

Gruta da Taipa do Rio Abrigo sob rocha

Gruta da Paca Posto Indígena Abrigo sob rocha

Gruta do Ribeirão Herta Abrigo

Alto Palmerais Oficina Lítica

Barranco Alto I Pedra de Amolar Sambaqui

Poçinho Sul do Morro do Baú Sambaqui

Itaipava 3 km do trevo de Itaipava Sambaqui

Nova Bremen Sambaqui Fluvial

Balneário Cabeçudas Praia de Cabeçudas Sepultamentos

FONTE: Instituto Brasileiro de Patrimônio Cultural. IBPC

1.2. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

Conforme dados da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE) provenientes do Censo demográfico de 2000, a população residente do

município de Itajaí naquele ano era de 147.494 habitantes. No período

intercensitário de 1991-2000 a população residente apresentou uma taxa de

crescimento geométrico médio de 2,38% ao ano, superior à média do Estado de

Santa Catarina que foi de 1,87% ao ano. Embora sempre superior à média estadual,

tem-se observado, desde 1970, uma desaceleração no crescimento demográfico do

município: entre 1970 e 1980 a taxa foi de 3,19 e entre 1980 e 1991 foi de 2,99. Em

2009 a população estimada pelo IBGE era de 172.084 habitantes.

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23

Figura 3. População residente segundo censos demográficos. Itajaí, 1970- 2000.

Fonte: IBGE

A população rural em 2000 representava 3,8% da população residente

total. Ela vem caindo proporcionalmente, conforme se pode observar a cada

censo demográfico. No de 1980 representava 8,9% e, no de 1991, 4,2% da

população total. Assim pode-se inferir que o crescimento populacional tem se

dado às custas tão somente da população urbana. Isto tem determinado um

incremento bastante acentuado da densidade demográfica urbana enquanto a

rural permaneceu praticamente estável na última década, conforme se pode

observar no gráfico a seguir. Em 1980 a densidade demográfica urbana era de

1.010 habitantes por Km2; em 1991 era de 1.469 e em 2000 subiu para 1.820.

Um crescimento, portanto, de 80% nos últimos 20 anos. A densidade

demográfica rural, que em 1980 era de 34 hab./Km2; caiu para 22 em 1991 e em

2000 estava em 25 hab./Km2.

63.139

86.460

119.631

134.799 147.494

0

35000

70000

105000

140000

175000

1970 1980 1991 1996 2000

habitante

s

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24

Figura 4. Evolução da densidade demográfica da zona urbana e rural. Itajaí, 1980-2000.

Fonte: IBGE

A concentração domiciliar evoluiu favoravelmente desde 1980, tendo

apresentado constante declínio. No período 1980-2000 (20 anos) caiu de 4,50

pessoas por domicílio para 3,56, o que representou uma redução de 21% na

concentração domiciliar. Conforme se pode observar no gráfico abaixo, esta

redução ocorreu tanto nos domicílios urbanos quanto rurais.

Figura 5. Evolução da relação pessoas/domicílio segundo local de residência. Itajaí, 1980-

2000.

Fonte: IBGE

5

15

25

35

45

-

500

1.000

1.500

2.000

1980 1991 2000

Zo

na r

ura

l (h

ab/K

m2)

Zo

na u

rbana (

hab/K

m2)

ano

Densidade demográfica urbana Densidade demográfica rural

3,40

3,80

4,20

4,60

5,00

1980 1991 1996 2000

Pessoas por domicílio urbano Pessoas por domicílio rural

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25

DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA

Figura 6. Pirâmide Etária. Itajaí, 2000.

Fonte: IBGE

Figura 7. Pirâmide Etária. Itajaí, 2009.

Fonte: IBGE

A comparação das pirâmides etárias dos anos de 2000 e 2009 mostra

uma nítida tendência de aumento proporcional das faixas etárias acima de 35

anos de idade, principalmente dos 50 aos 59 anos, em relação às faixas etárias

de 0 a 30 anos, indicando uma melhoria do equilíbrio na distribuição etária.

-30 -20 -10 0 10 20 30

0-9

10-19

20-29

30-39

40-49

50-59

60-69

70-79

80 E MAIS

PERCENTUAL DA POPULAÇÃO

FA

IXA

ET

ÁR

IA (

AN

OS

)

FEM MASC

-30 -20 -10 0 10 20 30

0-9

10-19

20-29

30-39

40-49

50-59

60-69

70-79

80 E MAIS

PERCENTUAL DA POPULAÇÃO

FA

IXA

ET

ÁR

IA (

AN

OS

)

FEM MASC

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26

Figura 8. Proporção de <5 anos, idosos, índice de envelhecimento e razão de dependência.

Itajaí, 1980-2009.

Fonte: IBGE

PROPORÇÃO DE MENORES DE CINCO ANOS DE IDADE NA POPULAÇÃO

Este indicador da participação relativa do segmento populacional de menores

de cinco anos de idade no total da população está associado aos níveis de

fecundidade e natalidade, que repercutem na estrutura etária da população. No

período estudo, de 1980 a 2009, tem apresentado uma queda progressiva desta

proporção, caindo de 14,67% em 1980 para 7,01 em 2009.

PROPORÇÃO DE IDOSOS NA POPULAÇÃO

Indica a proporção de pessoas com 60 anos e mais na população geral.

Reflete o ritmo de envelhecimento da população. Em Itajaí este indicador tem se

mostrado progressivamente ascendente, apontando para a redução das taxas de

fecundidade e de natalidade e o aumento da esperança de vida.

ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO

Tal indicador está baseado na proporção de pessoas de 60 e mais anos de

idade em relação às pessoas menores de 15 anos de idade. Aponta para a razão

entre os componentes etários extremos da população, representados por idosos e

jovens. Em 2000 a Região Sul do país apresentava índice de envelhecimento de

33,4% e a média do país estava em 28,9%, enquanto em Itajaí era de 26,9%,

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

1980 1991 1996 2000 2009

Prop <5 anos/pop Prop de idosos/pop Indice de envelhecimento Razão de dependência

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27

indicando um processo de transição demográfica em menor escala que a média

tanto da Região Sul quanto do Brasil. Uma provável explicação para tal fato pode

estar no processo imigratório, fenômeno que tem crescido nas últimas décadas na

microrregião e principalmente no município. Em 2009 foi de 38,14, indicando uma

aceleração no processo de transição demográfica.

RAZÃO DE DEPENDÊNCIA

Razão entre o segmento etário da população definido como

economicamente dependente (os menores de 15 anos de idade e os de 60 e mais

anos de idade) e o segmento etário potencialmente produtivo (entre 15 e 59 anos de

idade). Embora tal indicador venha mostrando avanços inferiores aos observados

para o conjunto do país e para a Região Sul apresenta valores menores que ambos;

enquanto a média nacional nos anos de 1991, 1996 e 2000 era respectivamente

71,5%, 65,4% e 61,7% e a da Região Sul 65,6%, 61,2% e 58,0%, em Itajaí esta

razão foi, para o mesmo período, de 61,5%, 59,0% e 55,0%. Em 2009 a razão foi de

56,35, mostrando constante tendência de queda.

TAXA DE FECUNDIDADE

Figura 9. Taxa de Fecundidade Total. Itajaí, 1996-2007.

Fonte: Caderno de Informações em Saúde - Mulher (SES/SC).

Conforme se pode observar na Figura 9, a taxa de fecundidade tem

-

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

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28

decrescido progressivamente desde 1996. A partir de 1995 a apuração de nascidos

vivos passou a ser confiável. Implantado em 1994, o Sistema Nacional de Nascidos

Vivos – SINASC tem permitido, desde o ano seguinte, o acompanhamento de vários

indicadores relacionados com a natalidade, a fecundidade e a mortalidade infantil.

No caso de Itajaí tais indicadores são coerentes com os quatro indicadores

acima descritos, quais sejam, a Proporção de menores de cinco anos de idade na

população, Proporção de idosos na população, Índice de envelhecimento e Razão

de dependência.

TAXA BRUTA DE NATALIDADE

Expressa o número de nascidos vivos por mil habitantes na população

residente. Observa-se na Figura 10 que houve uma considerável queda deste

indicador a partir de 1995. De 22,5 nascidos vivos (NV) por mil habitantes em 1995,

caiu para menos de 16,0 a partir de 2003, chegando a 14,66 em 2009.

Figura 10. Taxa Bruta de Natalidade. Itajaí, 1995-2009.

Fonte: SINASC, IBGE

A evolução histórica da Distribuição etária, da Proporção de menores de

cinco anos de idade na população, da Proporção de idosos na população, do Índice

de envelhecimento, da Razão de dependência, da Taxa de fecundidade e da Taxa

bruta de natalidade aponta coerentemente para um franco processo de transição

demográfica no município de Itajaí.

0

5

10

15

20

25

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

2000

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

tx bruta de natalidade linha de tendência

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29

ALFABETIZAÇÃO

Conforme dados do IBGE/Censo 2000, a proporção total de analfabetos no

município é de 16,65%. Na zona rural 80,18% da população é alfabetizada, e na

zona urbana esse percentual é de 83,48%.

Tabela 3. População Residente por Situação e Alfabetização. Itajaí, 2000

Situação Alfabetizado Não alfabetizado Total

n % n % n %

Urbana 118.494 83,48 23.456 16,52 141.950 96,24

Rural 4.445 80,18 1.099 19,82 5.544 3,76

Total 122.939 - 24.555 - 147494 100,00

Fonte: IBGE, Censo 2000.

Conforme a Tabela 4, o índice cai para menos de 90% nas faixas etárias de 5

a 9 anos e 50 anos e mais.

Tabela 4. Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária. Itajaí, 1991 e 2000.

Faixa Etária 1991 2000

5 a 9 55,8 58,1

10 a 14 97 98,6

15 a 19 96,7 98,7

20 a 49 94,7 96,7

50 e + 80,4 87,2

Total 88,3 91,6

Fonte: IBGE, Censos

Quando analisada segundo as zonas administrativas municipais, a proporção

do analfabetismo varia de 3,6% a 17,2%, e somente duas destas áreas – Centro e

Cabeçudas – ficam abaixo da média municipal. A Tabela 5 mostra, em ordem

decrescente, a distribuição do analfabetismo pelas zonas administrativas

municipais.

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30

Tabela 5. População total e não alfabetizada segundo zonas administrativas. Itajaí, 2000.

Zona administrativa População residente Não alfabetizados

N %

Canhanduba 483 83 17,2

Barra do Rio 4 835 607 12,6

Cidade Nova 12 664 1 530 12,1

Ressacada 3 311 387 11,7

Zona rural 5 028 583 11,6

Espinheiros 3 327 376 11,3

Itaipava 3 673 380 10,3

Praia Brava 2 459 243 9,9

São Vicente 22 802 2 133 9,4

Cordeiros 25 915 2 335 9,0

Dom Bosco 5 294 356 6,7

Salseiros 1 384 85 6,1

São João 11 769 699 5,9

Fazenda 12 772 757 5,9

Vila Operária 7 622 375 4,9

Cabeçudas 921 35 3,8

Centro 10 000 356 3,6

Total 134 259 11 320 8,4

Fonte: IBGE, Censo 2000

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31

TIPO DE DOMICÍLIO

Conforme pode ser observado na

Figura 11, o domicílio tipo “casa” é predominante no município; 91,9% da

população residente habita este tipo de domicílio contra apenas 7,2 % que habitam

em “apartamentos”. Os domicílios “coletivos” abrigam apenas 0,5% da população e

outros 0,5% dos habitantes vivem em “cômodos” e domicílios “improvisados”.

Figura 11. População residente segundo o tipo de domicílio. Itajaí, 2000.

Fonte: IBGE, Censo 2000

A Figura 12 apresenta a proporção de domicílios improvisados por zona

administrativa do município. Embora quase todas as zonas administrativas

apresentem domicílios improvisados, excetuando-se somente a Zona rural, Dom

Bosco e Cabeçudas, as maiores proporções estão nas zonas administrativas da

Canhanduba, Salseiros e Barra do Rio.

Casa91,9%

Apartamento7,2%Cômodo

0,3%Improvisado 0,2%

Coletivo0,5%

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32

Figura 12. População residente ocupando domicílios improvisados segundo as zonas

administrativas. Itajaí, 2000.

Fonte: IBGE, Censo 2000

EDUCAÇÃO

Conforme dados do censo demográfico de 2000, 36,8% dos chefes de

domicílios particulares permanentes, a maior parte, tinha de 4 a 7 anos de estudo,

que corresponde ao primeiro grau incompleto. Em ordem decrescente segue-se o

contingente 18,6% na faixa de 8 a 10 anos de estudo; 17,0% de 11 a 14 anos;

15,1% de 1 a 3 anos. Nos dois extremos estão 5,1% que se declaram sem

instrução ou menos de um ano e 7,0% com 15 anos ou mais de estudo. Apenas

0,3% do total dos chefes de domicílios particulares permanentes não tiveram seu

tempo de estudo determinado.

0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00%

Canhanduba

Salseiros

Barra do Rio

Vila Operária

Itaipava

São Vicente

Praia Brava

Fazenda

Espinheiros

Cidade Nova

Centro

Ressacada

Cordeiros

São João

Cabeçudas

Dom Bosco

Zona rural

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33

Figura 13. Distribuição dos responsáveis por domicílios particulares permanentes segundo

grupos de anos de estudo. Itajaí, 2000.

Fonte: IBGE, Censo 2000

A capacidade instalada no município em 2008 é mostrada na tabela abaixo.

Sem instrução e menos de 1 ano

5,1%

1 a 3 anos15,1%

4 a 7 anos36,8%

8 a 10 anos18,6%

11 a 14 anos17,0%

15 anos ou mais 7,0%

Não determinados0,3%

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34

Tabela 6. Número de Docentes, Matrículas e Escolas. Itajaí, 2007-2008.

Grau Tipo de estabelecimento Matrículas Docentes Escolas

Ensino pré escolar

Escola pública estadual 58 5 2

Escola pública federal 0 0 0

Escola pública municipal 4260 362 58

Escola privada 976 91 25

Total 5294 458 85

Ensino fundamental

Escola pública estadual 4855 197 10

Escola pública federal 0 0 0

Escola pública municipal 18085 782 39

Escola privada 4213 230 11

Total 27153 1209 60

Ensino médio

Escola pública estadual 5698 235 10

Escola pública federal 0 0 0

Escola pública municipal 0 0 0

Escola privada 1772 153 8

Total 7470 388 18

Ensino superior

Escola pública federal 0 0 0

Escola pública estadual 0 0 0

Escola pública municipal 0 0 0

Escola privada 13105 1828 3

Total 13105 1828 3

Fonte: Censo Educacional 2008 e Censo da Educação Superior 2007, ME

1.3. ASPECTOS ECONÔMICOS

RENDA

Comparada com a distribuição do rendimento das pessoas responsáveis

pelos domicílios apurada no censo de 1991, houve uma evolução favorável,

conforme pode ser observado na Figura 14, com deslocamento de faixas de

rendimento mais baixas para as mais altas.

Entre os 38.957 responsáveis pelos domicílios em 2000, o rendimento

nominal médio foi de R$ 886,16 e o mediano R$ 500,00. Conforme pode ser

observado na Figura 15 o menor rendimento nominal médio foi de R$ 473,72,

registrado na zona administrativa Cidade Nova e o maior foi de R$ 2.739,31, que

superou em 5,9 vezes o menor.

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35

Figura 14. Evolução da distribuição dos domicílios por classe de rendimento nominal. Itajaí-

SC, 1991-2000.

Fonte: IBGE, Censos

Figura 15. Valor do rendimento nominal médio mensal (em Reais) das pessoas com

rendimento, responsáveis pelos domicílios particulares permanentes por zona administrativa.

Itajaí, 2000.

Fonte: IBGE, Censo 2000

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

10.000

Até ½ SM + de ½ até 1 SM

+ de 1 até 2 SM

+ de 2 até 3 SM

+ de 3 até 5 SM

+ de 5 até 10 SM

+ de 10 até 15 SM

+ de 15 até 20 SM

+ de 20 SM

1991

2000

2.799,31

1.839,80

1.187,72

1.082,66

976,76

933,08

827,08

766,10

702,18

695,63

682,14

674,57

658,09

642,32

628,04

498,10

473,72

Cabeçudas

Centro

Fazenda

Vila Operária

São João

Dom Bosco

Ressacada

Praia Brava

Barra do Rio

Itaipava

Salseiros

São Vicente

Cordeiros

Espinheiros

Zona rural

Canhanduba

Cidade Nova

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36

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Dos 41.396 domicílios particulares permanentes rescenseados em 2000,

93,6% estavam ligados a rede geral de distribuição de água, 5,1% e abasteciam-se

através de poço ou nascente e 1,2% através de outras formas não especificadas

pelo Censo (Figura 16). A Tabela 7 se refere aos dados de 2009 obtidos junto à

SEMASA.

Figura 16. Distribuição dos domicílios particulares permanentes segundo forma de

abastecimento de água. Itajaí, 2000.

Fonte: IBGE, Censo 2000

Tabela 7. Ligações de água e número de economias. Itajaí, 2009.

Fonte da água Número de ligações1

% Número de economias2

%

Água da rede pública 46.038 97,63 62.199 98,22

Água de poço/ nascente 1.118 2,37 1.128 1,78

Total 47.156 100 63.327 100

Fonte: SEMASA.

1 quantidade de ligações à rede publica, providas ou não de aparelho de medição.

2 quantidade de residências que fazem parte de uma ligação.

Rede geral 93,6%

Poço ou nascente (na propriedade)

5,1%

Outra 1,2%

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37

INSTALAÇÃO SANITÁRIA

Do total de domicílios recenseados em 2000 no município, 0,85% não

dispunham de banheiro ou sanitário. Considerando que o município não dispõe de

rede de esgoto sanitário, o único esgotamento adequado é a fossa séptica. Nesse

sentido, o Censo 2000 mostrou uma situação bastante precária: pouco mais da

metade (55,4%) dos domicílios particulares permanentes possuíam tal equipamento,

conforme pode ser observado na Figura 17.

Figura 17. Distribuição dos domicílios segundo presença de banheiro ou sanitário e tipo de

esgotamento. Itajaí, 2000.

Fonte: IBGE, Censo 2000

A Figura 18, que mostra a proporção de presença de fossa séptica nos

domicílios particulares permanentes para cada uma das zonas administrativas

urbanas, permite observar que nenhuma delas mantinha cobertura adequada,

variando de 16,0 a 75,6%.

Rede pluvial35,17%

Fossa séptica55,36%

Fossa rudimentar4,37%

Vala2,75%

Rio, lago ou mar 1,36%

Outro escoadouro0,14%

Sem banheiro ou sanitário 0,85%

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38

Figura 18. Proporção de domicílios que dispunham de fossa séptica. Itajaí, 2000.

Fonte: IBGE, Censo 2000

DESTINO DO LIXO

Do total dos domicílios do município 98,5% tinham o lixo coletado pelo

serviço de coleta municipal e apenas 1,5% fazem outra forma de destinação do lixo

doméstico, tais como jogar em rios, lago, mar ou terrenos baldios ou queimar ou

enterrar na propriedade, conforme pode ser observado na Figura 19.

16,0

23,4

25,8

26,2

31,4

47,8

50,1

50,3

50,9

57,1

60,2

64,5

68,1

69,0

74,7

75,6

41,7

0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00

Ressacada

Canhanduba

Salseiros

Cabeçudas

Itaipava

São Vicente

Barra do Rio

Cidade Nova

Centro

Fazenda

Cordeiros

Espinheiros

Praia Brava

Vila Operária

São João

Dom Bosco

Sem especificação

Domicílios com fossa séptica (%)

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39

Figura 19. Domicílios particulares permanentes segundo o destino do lixo. Itajaí, 2000.

Fonte: IBGE, Censo 2000

CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO DO DOMICÍLIO

No conjunto dos domicílios do município, 81,8% foram declarados como

próprios 12,6% alugados, 5,3% cedidos e 0,3% estavam ocupados sob outra

condição, conforme Figura 20.

Figura 20. Domicílios particulares permanentes, por condição de ocupação do domicílio. Itajaí,

2000.

Fonte: IBGE, Censo 2000

Coletado98,5%

Queimado ou enterrado

1,3%

Jogado em terreno baldio, logradouro,

rio, lago ou mar0,2%

Próprio81,8%

Alugado12,6%

Cedido5,3%

Outra0,3%

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40

2. SITUAÇÃO DE SAÚDE

2.1. MORTALIDADE

A análise da distribuição da mortalidade por faixa etária no município, através

da evolução do Índice de Swaroop-Uemura mostra um crescente deslocamento da

mortalidade para as faixas etárias de 50 anos e mais (Figura 21). Em que pesem as

variações anuais nem sempre ascendentes, a linha de tendência para o período é

nitidamente ascendente, o que fala em favor de um envelhecimento da população,

uma expectativa de vida maior, mas também uma provável maior incidência e

prevalência de doenças crônicas degenerativas, que são via de regra, mais

dependentes de capacitação de recursos humanos e serviços especializados.

Figura 21. Evolução do Índice de Swaroop-Uemura. Itajaí, 1996-2009.

Fonte: SIM

56,00

58,00

60,00

62,00

64,00

66,00

68,00

70,00

72,00

74,00

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

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41

Figura 22. Taxa Bruta de Mortalidade. Itajaí, 1996-2009.

Fonte: SIM

A taxa bruta de mortalidade apresentou no período estudado, principalmente

a partir de 2001 até 2008, tendência visivelmente crescente, mas a queda

observada em 2009 faz com que a curva de tendência se mostre descendente

(Figura 22). Considerando que é influenciada pela estrutura da população quanto à

idade e ao sexo, tais taxas, quando elevadas, podem estar associadas a baixas

condições socioeconômicas ou refletir elevada proporção de pessoas idosas na

população total. Dado que há um visível envelhecimento da população e que, como

se pode observar na tabela abaixo, tem havido um considerável aumento da

expectativa de vida ao nascer para a população do município, pode-se considerar

que o incremento de tais taxas a partir de 2001 seja reflexo da estrutura etária da

população. Há de se observar as taxas a partir de 2009, que definirão a linha de

tendência: se ascendente ou descendente.

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

8,0

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

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42

Tabela 8. Esperança de Vida ao Nascer. Itajaí, 1996-2007.

Ano Esperança de Vida ao Nascer

Masculino Feminino Total

1996 63,8 74,3 68,8

1997 65,5 73,4 69,4

1998 65,3 74,0 69,6

1999 65,1 74,1 69,4

2000 66,4 76,3 71,2

2001 67,0 76,9 71,8

2002 66,8 75,9 71,2

2003 65,5 75,7 70,3

2004 66,0 75,4 70,5

2005 70,0 77,5 73,7

2006 67,9 75,6 71,7

2007 68,4 76,1 72,2

Fonte: Caderno de Informações em Saúde – Tábua da Vida. SES, SC

No que concerne à expectativa de vida ao nascer, que expressa o número

médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, mantido o padrão de

mortalidade existente na população residente, houve, no período de 1996-2007, um

expressivo ganho. Para a população total (ambos os sexos) esse ganho foi de 3,38

anos, com uma considerável vantagem para a população masculina que ganhou no

período 4,52 anos contra 1,79 anos para a população feminina. Contudo a

população feminina ainda tem uma vantagem de 7,33 anos na expectativa de vida

ao nascer, considerado o último ano apurado, 2007.

MORTALIDADE INFANTIL

A taxa de mortalidade infantil vem ao longo dos anos decrescendo como

mostra a Figura 23. Em 2009 esta taxa foi de 10,62 por mil nascidos vivos, sendo

considerada baixa pela Organização Mundial da Saúde. A taxa de mortalidade

infantil do estado de Santa Catarina em 2008 foi de 11,73/1000 NV.

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43

Figura 23. Taxa de Mortalidade Infantil. Itajaí, 1996-2009.

Fonte: SIM, SINASC

A Figura 24 permite visualizar melhor o declínio da taxa da mortalidade

infantil, segundo os seus componentes.

Figura 24. Taxa de Mortalidade Infantil segundo seus componentes. Itajaí, 1996-2009

Fonte: SIM, SINASC

Ao analisar a mortalidade em seus componentes, neonatal precoce (< 7

dias), tardio (7-27 dias) e pós neonatal (>28d-<1a) observa-se uma linha de

tendência crescente do componente neonatal tardio e decrescente dos outros

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

Ób

ito

s p

or

10

00

Na

sc

ido

s V

ivo

s

Ano

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

< 7 dias 7-27 dias 28d-<1ano

Linear (< 7 dias) Linear (7-27 dias) Linear (28d-<1ano)

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44

componentes. Esse deslocamento da faixa neonatal precoce para a tardia pode ser

atribuído à qualidade das UTIs neonatais, que, naqueles casos de mortes

inevitáveis e/ou de prematuros, retardam o desfecho para idades superiores. O

componente que mais contribuiu para a redução da Mortalidade Infantil foi sem

duvida o componente pós-neonatal que decresce acentuadamente, como mostra a

linha de tendência da Figura 24. Este componente é mais sensível às condições

ambientais, e está francamente relacionado com um conjunto de medidas que

incluem como, por exemplo, saneamento básico, controle de parasitoses, ampliação

das equipes de ESF e EACS, criação e implantação do Protocolo de Atendimento à

Criança, implantação do Projeto Nascer Itajaiense evidenciando a boa qualidade da

atenção à criança no município. A mortalidade neonatal é mais sensível às

condições do pré natal e do momento do parto, indicando que ações devem ser

dirigidas neste sentido.

Portanto, pode-se inferir que a redução da taxa de mortalidade infantil em

Itajaí está diretamente relacionada com a reorientação do modelo de atenção à

saúde da criança a partir da implantação do Programa Nascer Itajaiense.

A figura abaixo mostra a proporcionalidade dos componentes da mortalidade

infantil, e suas tendências lineares confirmam os dados inferidos pelas taxas.

Figura 25. Mortalidade proporcional de menores de 1 ano (Mortalidade Infantil). Itajaí, 1996-

2009.

Fonte: SIM,SINASC

Também as taxas de mortalidade de menores de cinco anos têm mostrado

tendência de queda na série histórica 1996-2009 (Figura 26). Analisando a

evolução do indicador pode-se notar que a partir de 2002 esta queda foi mais

0

10

20

30

40

50

60

70

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Pe

rce

ntu

al

Ano

< 7 dias 7-27 dias 28d-<1ano

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45

consistente, estabilizando-se em patamares menores que 18 óbitos por mil nascidos

vivos. Representa uma estimativa do risco de morte dos nascidos vivos durante os

cinco primeiros anos de vida. Sua evolução favorável pode expressar o

desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da infra-estrutura ambiental, assim

como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde

materno-infantil.

Figura 26. Taxa de Mortalidade de menores de 5 anos. Itajaí, 1996-2009.

Fonte: SIM, SINASC

MORTALIDADE MATERNA

A razão de mortalidade materna é um indicador muito sensível na medida em

que seu denominador é multiplicado por 100 mil. Especificamente no caso do

município foram registradas no máximo 3 mortes maternas no período.

Considerando que as causas obstétricas diretas são de maior prevalência, é de se

questionar eventual sub-registro de mortes maternas por causas obstétricas

indiretas, cabendo investigar os óbitos de mulheres em idade fértil.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Ób

ito

s/m

il N

as

cid

os

Viv

os

Ano

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46

Figura 27. Razão de Mortalidade Materna. Itajaí, 1996-2006.

Fonte: SIM

MORTALIDADE PROPORCIONAL

A mortalidade proporcional por grupo de causas analisadas através da

consolidação dos dados de cinco anos (2005 a 2009) mostrou que apenas três

grupos de causas foram responsáveis por mais de 62% das mortes: Doenças do

aparelho circulatório (29,53%), Neoplasias (18,69%) e Causas externas (13,90%)

(Tabela 9).

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Tabela 9. Mortalidade proporcional por grupo de causas. Itajaí, 2005-2009.

Capitulo CID 10 2005 2006 2007 2008 2009 2005-2009 % % Ac

Aparelho circulatório 200 270 324 322 271 1387 29,53 29,53

Neoplasias (tumores) 154 189 148 187 200 878 18,69 48,22

Causas externas 115 128 124 134 152 653 13,90 62,12

Infecciosas e parasitárias 66 72 105 94 80 417 8,88 71,00

Aparelho respiratório 89 81 69 91 76 406 8,64 79,65

Endócrinas e metabólicas 47 55 48 62 60 272 5,79 85,44

Aparelho digestivo 36 43 48 43 43 213 4,53 89,97

Sistema nervoso 16 20 26 23 26 111 2,36 92,34

Aparelho geniturinário 22 14 18 27 31 112 2,38 94,72

Afec originadas no período perinatal 15 26 11 15 14 81 1,72 96,44

Transt. mentais e comportamentais 15 14 11 2 26 68 1,45 97,89

Anomalias congênitas 8 6 8 4 15 41 0,87 98,77

Sist osteomuscular e tec conjuntivo 5 6 4 1 7 23 0,49 99,25

Sangue órgãos hemat e transt imunitár 2 6 2 5 2 17 0,36 99,62

Pele e do tecido subcutâneo 1 4 1 0 5 11 0,23 99,85

Gravidez parto e puerpério 0 2 2 0 1 5 0,11 99,96

Ouvido e da apófise mastóide 0 1 1 0 x 2 0,04 100,00

Total 791 937 950 1010 1009 4697 100,00

Fonte: SIM

A mortalidade proporcional por causas mal definidas reflete a qualidade da

informação que permite identificar a causa básica da morte na Declaração de Óbito.

Sinaliza a disponibilidade de infra-estrutura assistencial e de condições para o

diagnóstico de doenças, bem como a capacitação profissional para preenchimento

das declarações de óbito. O município conquistou um considerável avanço no

período considerado, caindo de mais de 20% em 1996 para proporções inferiores a

5% a partir de 2004, ano em que a média do Brasil era de 12,4% e da Região Sul

6,2%. Em 2009 atingimos a marca de 0,3%, mostrando o trabalho da Vigilância

Epidemiológica no controle das declarações de Óbito.

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48

Figura 28. Mortalidade proporcional por causas mal definidas. Itajaí, 1996-2009.

Fonte: SIM

MORTALIDADE ESPECÍFICA

A taxa de mortalidade específica por doenças do aparelho circulatório estima

o risco de morte por tais doenças e dimensiona a sua magnitude como problema de

saúde pública. Neste capítulo do CID se destacam como causa de mortalidade as

doenças cérebro-vasculares e as isquêmicas do coração, além da hipertensão.

Portanto, a consolidação das medidas de promoção de saúde na rotina da atenção

primária juntamente com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, podem

colaborar na redução da morbi-mortalidade por doenças do aparelho circulatório.

Esta taxa retrata a incidência dessas doenças na população, associada a

fatores de risco como tabagismo, hipertensão, obesidade, hipercolesterolemia,

diabete, sedentarismo e estresse. Expressa também as condições de diagnóstico e

da assistência médica dispensada. O progressivo aumento das taxas de

mortalidade por tais doenças provavelmente refletem também o incremento da

população em faixas etárias mais avançadas. No caso de Itajaí, pode-se observar,

através da evolução de suas taxas de mortalidade, que são crescentes. Isto indica

necessidade de investimentos na prevenção destes agravos em todos os níveis.

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Figura 29. Mortalidade especifica por Doenças do aparelho circulatório. Itajaí, 1996-2009.

Fonte: SIH-SUS

Apesar do crescimento das taxas de mortalidade por causas externas

ocorrido entre os anos 2000 e 2004, desde então tais taxas tem se mantido

aparentemente estáveis, com pequenas variações ano a ano.

Figura 30. Mortalidade especifica por Causas Externas. Itajaí, 1996-2009.

Fonte: SIH-SUS

Em que pesem as variações anuais na série histórica estudada, há uma

tendência crescente da mortalidade por Neoplasias, reflexo direto do aumento da

expectativa de vida e conseqüentemente, incremento da mortalidade por doenças

crônico-degenerativas.

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Figura 31. Mortalidade especifica por Neoplasias. Itajaí, 1996-2009.

Fonte: SIH-SUS

A mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias, que no período atingiu

seu nível máximo em 2007, apresenta acentuado declínio desde então. Na série

histórica estudada apesar dos picos em 2001 e 2007, apresenta tendência

descendente.

Figura 32. Mortalidade especifica por Doenças Infecciosas e Parasitarias. Itajaí, 1996-2009.

Fonte: SIH-SUS

2.2. NASCIDOS VIVOS

A Tabela 10 e a Figura 33 representam os dados do Sistema de Informações

sobre nascidos Vivos – SINASC, e permitem avaliar algumas condições importantes

relativas às características das mães e dos Nascidos Vivos (NV) do município e sua

evolução.

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Tabela 10. Nascidos vivos. Itajaí, 2000-2009.

Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Percentual % % % % % % % % % %

Peso < 2500 g 8,18 7,36 8,34 9,71 8,18 7,86 8,64 7,81 7,8 7,77

Idade mãe < 19 anos 22,87 21,56 21,46 20,47 19,9 17,87 18,67 18,69 18,01 16,69

Parto cesáreo 37,08 40,05 41,78 44,64 48,03 50,5 49,54 46,74 48,68 53,29

Nenhum PN 4,38 3,34 1,7 0,71 0,94 0,6 0,68 1,05 1,3 1,11

> 7 consultas PN 19,61 31,59 66,25 48,55 58,45 73,95 77,73 79,1 83,14 82,79

IG < 37 semanas 5,68 6,92 6,05 8,11 8,47 7,90 8,92 7,30 8,62 7,73

Nenhuma instrução 1,05 1,26 0,47 0,84 0,57 0,44 0,72 0,43 0,59 0,16

8 anos e mais 44,83 46,93 53,64 58,81 63,21 65,78 70,65 74,71 77,61 80,10

Total 2764 2542 2530 2379 2457 2507 2501 2574 2693 2522

Fonte: SINASC

Em relação ao peso de nascimento há uma tendência de manter o percentual

de Baixo Peso ao Nascer em torno de 8% dos NVs/ano, ou seja, dos RN com

menos de 2500g. A gestação na adolescência (10 a 19 anos) acompanha a

tendência estadual e brasileira de redução, mas continua sendo um problema

nacional, devido aos vários fatores envolvidos, como abandono escolar que leva a

desqualificação profissional da mulher. É importante salientar que Itajaí esta abaixo

da media do estado. O percentual de partos cesáreos na ultima década aumentou

16,2%, onerando as internações, retardando o inicio da amamentação e muitas

vezes trazendo aumento da morbidade para as mães e os RNs. O numero de mães

com nenhuma consulta de pré natal diminuiu consideravelmente e àquelas com

mais de 7 consultas aumentou consideravelmente: no ano de 2000 eram 19,61%

passando a 82,79% em 2009, permitindo assim um maior cuidado à gestante e ao

concepto, qualificando ainda, o pré natal. Os partos prematuros (IG<37 sem) tem se

mantido estáveis, mas ainda com altos percentuais (7,73%). Quanto à instrução

materna, o numero de mães com nenhuma instrução diminuiu e praticamente

dobrou o percentual de mães com mais de 8 anos de estudo, que eram 44,83% em

2000 e ano passado representavam 80,1% das mães dos nascidos vivos do

município. A figura abaixo mostra a evolução de alguns destes indicadores.

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52

Figura 33. Nascidos Vivos. Itajaí, 2000-2009.

Fonte: SINASC

2.3. MORBIDADE

INTERNAÇÕES HOSPITALARES

A série histórica das internações hospitalares por local de residência, de 2005

a 2009 mostra uma queda progressiva de tais taxas até 2008, apresentando

crescimento em 2009, Em 1996 atingiram 9,2% da população estimada residente e

nos últimos três anos ficaram ao redor de 6,0%.

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Idade mãe < 19 anos Parto cesáreo > 7 consultas PN

IG < 37 semanas 8 anos e mais

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Figura 34. Taxa de Internação por local de residência. Itajaí, 1998-2009.

Fonte: SIH-SUS

As taxas de internação específicas por agravos agregados pelos capítulos da

Classificação Internacional de Doenças, 10ª. Edição – CID-10 demonstram que sete

grupos de doenças foram responsáveis por 80% da taxa geral de internação no

município de Itajaí, no ano de 2009, que foi de 62,7 internações por 1000

habitantes, ou 6,27% da população estimada. Em ordem decrescente aparecem:

XV.Gravidez, parto e puerpério (13,59/1000); IX.Doenças do aparelho circulatório

(8,19/1000); XIX.Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências de

causas externas (7,76/1000); X.Doenças do aparelho respiratório (6,81/1000);

XI.Doenças do aparelho digestivo (5,82/1000); I.Algumas doenças infecciosas e

parasitárias (4,09/1000); e II.Neoplasias (3,99/1000). Em relação a 2008, diminuíram

as internações por Doenças Infecciosas e Parasitarias e Doenças Circulatórias.

Aumentaram as relacionadas com Gravidez, Parto e Puerpério, Doenças Digestivas,

Respiratórias e Neoplasias. As Lesões e Envenenamentos aumentaram de 6,10

para 7,76/1000 hab, sinalizando ações necessárias nessa área.

A distribuição das internações por grupos de agravos segundo a faixa etária

mostra alguns aspectos importantes.

As internações por gravidez, parto e puerpério foram responsáveis por 21,6%

do total de internações de residentes no município. Destas internações 20% foram

de menores de 20 anos, das quais 14 internações foram de meninas de 10 a 14

anos de idade. Houve diminuição da participação das adolescentes neste

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54

percentual, mas são necessárias ainda ações para diminuir a gravidez na

adolescência.

Figura 35. Taxas de internação por Gravidez, Parto e Puerpério segundo a faixa etária. Itajaí,

2009.

Fonte: SIH-SUS

As doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 13,6% das

internações e sua distribuição por idade apresenta o perfil esperado, dado que é

diretamente proporcional à idade.

Figura 36. Taxas de internação por Doenças do Aparelho Circulatório, segundo sexo e faixa

etária. Itajaí, 2009.

Fonte: SIH-SUS

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55

O grupo de doenças do aparelho respiratório, responsável por 10,86% das

internações apresenta uma distribuição por idade particular, atingindo os extremos

etários. O sexo masculino é mais afetado em ambos os extremos. É mais

importante em menores de 1 ano, com taxa de 65,42/1000 e em residentes de 80 e

mais anos de idade, com taxa de 15/1000, tendo, contudo, taxas consideráveis em

menores de 10 anos e a partir dos 60 anos de idade. Nas duas faixas etárias houve

redução, mais importante na de 80 anos e mais, que em 2008 tinha ficado no

patamar de 28,6/1000 hab. Pode-se inferir que o aumento da cobertura da ESF

melhorou a saúde destas duas populações, que se sabe serem as mais sensíveis

às ações em saúde.

Figura 37. Taxas de internação por Doenças do Aparelho Respiratório, segundo sexo e faixa

etária. Itajaí, 2009.

Fonte: SIH-SUS

As internações por lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências

de causas externas foram responsáveis por 12,37% das internações da população

residente de Itajaí. Apresentam uma distribuição por faixa etária com tendência

crescente no sexo feminino a partir da faixa de 40-49 anos, configurando importante

causa de morbidade nesta faixa de idade. No sexo masculino apresenta leve

tendência de aumento a partir dos 20 anos.

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56

Figura 38. Taxas de internação por lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências

de causas externas segundo sexo e faixa etária. Itajaí, 2009.

Fonte: SIH-SUS

As internações por doenças do aparelho digestivo foram responsáveis por

9,28% do total das internações. Apresentam taxas moderadas em menores de um

ano e a partir da faixa etária de 20-29 anos passam a compor crescentemente as

taxas de internação hospitalar da população residente.

Figura 39. Taxas de internações por Doenças do Aparelho Digestivo segundo sexo e faixa

etária. Itajaí, 2009.

Fonte: SIH-SUS

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57

As taxas de internação por algumas doenças infecciosas e parasitárias

mostram-se mais importantes em menores de cinco anos. A partir desta faixa,

apresentaram-se em níveis razoavelmente homogêneos até as faixas etárias mais

velhas. No sexo feminino tendem a leve aumento na faixa etária de 70 a 79 anos.

Figura 40. Taxas de internações por Doenças infecciosas e parasitárias segundo sexo e faixa

etária. Itajaí, 2009.

Fonte: SIH-SUS

As taxas de internação por Neoplasias (tumores) representaram 6,36% da

taxa total de internações da população residente do município. Como esperado,

apresentaram tendência crescente a partir da faixa etária de 30-39 anos até a faixa

de 70-79 anos de idade.

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58

Figura 41. Taxas de internações por Neoplasias segundo sexo e faixa etária. Itajaí, 2009.

Fonte: SIH-SUS

A taxa de internações por fratura de fêmur em pessoas acima de 60 anos, é o

indicador do Pacto pela Vida relativo à Saúde do Idoso. É a razão de internações

hospitalares por fratura de fêmur em >59 anos pela população residente na mesma

faixa etária, por 10.000 habitantes.

A queda pode ser considerada evento sentinela na saúde da pessoa idosa.

Suas causas principais estão relacionadas a fatores intrínsecos, tais como, visão,

audição, equilíbrio, força muscular, uso de medicamentos, doenças

cardiovasculares, demências etc. Os fatores externos relativos ao meio ambiente

também são importantes, mas concorrem em menor grau. Uma das principais

conseqüências de queda em pessoas idosas é a fratura do fêmur, principalmente

em mulheres. o monitoramento deste indicador possibilitará a definição de

protocolos e políticas voltadas à prevenção e ao tratamento das seqüelas das

quedas. O indicador mostra tendência crescente principalmente nos homens.

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a 1

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15

a 1

9

20

a 2

9

30

a 3

9

40

a 4

9

50

a 5

9

60

a 6

9

70

a 7

9

80

e +

inte

rna

çõ

es

po

r 1

00

0 h

ab

Tx Masc Tx Fem

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59

Figura 42. Morbidade hospitalar por Fratura de fêmur em idosos. Itajaí, 2003-2009.

Fonte: SIH-SUS

Tabela 11. Internações por fratura de fêmur. Itajaí, 1998-2009.

Ano Taxa por 10.000 habitantes

1998 11,97

1999 10,73

2000 6,30

2001 11,45

2002 15,59

2003 15,32

2004 9,20

2005 20,13

2006 18,96

2007 19,83

2008 18,07

2009 21,15

Fonte: SIH-SUS

CRIANÇA

A taxa de Baixo peso em menores de 5 anos têm mostrado diminuição

importante como se observa na tabela abaixo. Este índice avalia o estado nutricional

0

5

10

15

20

25

30

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Ta

xa

Fra

tura

de

mu

r

Ano

Tx Total Tx Masc Tx feminina

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60

das crianças, desde que é a relação entre a massa corporal e a idade cronológica

da criança.

Tabela 12. Baixo Peso em crianças < 5 anos. Itajaí, 2005-2009.

Ano %

2005 9,5

2006 7,7

2007 6,6

2008 4,3

2009 2,4

Fonte: SISVAN

2.4. DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

A análise dos dados epidemiológicos tem por objetivo buscar a causa e os

fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde

doença. Isto é possível porque o método epidemiológico permite descrever a

freqüência e distribuição destes eventos, comparando sua ocorrência em diferentes

grupos populacionais, que apresentam distintas características demográficas,

imunológicas, comportamentais, bem como a outros fatores.

Os achados epidemiológicos oferecem evidências suficientes para a

implementação de medidas de prevenção e controle de doenças. O panorama das

doenças de notificação compulsória de Itajaí se apresenta como indicadores

capazes de traduzir uma parcela da situação de saúde da população, possibilitando

que as políticas públicas de saúde sejam adequadas às necessidades da

população.

A seguir, as análises das principais doenças e agravos de notificação

compulsória registradas no SINAN, no município de Itajaí no período compreendido

entre os anos de 2007 e 2009.

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61

Tabela 13. Principais agravos de notificação compulsória. Itajaí, 2008-2009.

Agravo Casos notificados Casos confirmados 2008 2009 2008 2009

Acidente com animais peçonhentos 86 42 86 42

AIDS 83 221 83 221

Atendimento anti-rábico humano 963 971 963 971

Cólera 6 0 0 0

Dengue 32 2 3 0

Doenças Exantemáticas/Rubéola/Sarampo 33 20 1 0

Sífilis Gestante 15 20 15 20

Hanseníase 12 7 11 7

Hepatites Virais 74 39 67 37

Leptospirose 611 127 130 22

Meningite 33 48 32 7

Tuberculose 185 256 185 256

Total 2133 1753 1576 1583

Fonte: SINAN/MS

ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS

A incidência de acidentes causados por animais peçonhentos, não se distribui

de maneira uniforme ao longo do ano, ocorrendo um incremento no número de

casos nos períodos de chuva. Este agravo acomete com maior freqüência adultos

jovens do sexo masculino da zona rural, porém, no município de Itajaí 75% dos

casos de acidentes com animais peçonhentos ocorrem na zona urbana, com adultos

jovens, sendo 62,7% causados por aranhas, seguidos de 16,2% causados por

serpentes.

A maioria dos acidentes por animais peçonhentos é considerada leve. No

município de Itajaí, nos últimos anos, não houve casos letais.

Tabela 14. Acidentes peçonhentos e evolução. Itajaí, 2007-2009.

Ano Notificação Acidentes Cura Total

2007 71 71 71

2008 86 86 86

2009 42 42 42

Fonte: SINAN/MS.

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62

AIDS

O município de Itajaí tem como uma de suas principais atividades produtivas

a indústria da pesca, tornando o município um dos maiores portos pesqueiros do

país. A Construção Naval, serviços vinculados ao porto e a atividade portuária,

contribuem para o desenvolvimento da cidade e conseqüentemente para o fluxo

aumentado de pessoas. Por ser uma cidade turística e portuária, situada às

margens da BR 101, apresenta situações de maior vulnerabilidade, o que

proporciona condições favoráveis à prostituição e tráfico de drogas e conseqüentes

infecções por DST/AIDS e Hepatites Virais. As tabelas abaixo mostram a incidência

de AIDS no município e a evolução dos casos.

Tabela 15. Incidência de AIDS. Itajaí, 2000-2009.

Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total

n 119 136 171 118 146 90 110 81 83 61 1115

Fonte: SINAN/MS

Tabela 16. Evolução dos casos de AIDS segundo o ano do diagnóstico e o ano da notificação.

Itajaí, 2007-2009.

Vivos Óbito por AIDS Óbitos por outras causas Total

Ano Diagnóstico

2007 65 14 2 81

2008 68 12 3 83

2009 43 17 1 61

Ano Notificação

2007 59 13 1 73

2008 50 16 3 69

2009 188 31 2 221

Fonte: SINAN/MS

AIDS E GESTAÇÃO

Desde 2000, a notificação de casos de gestante HIV+ e crianças expostas é

obrigatória e deve ser realizada por médicos e outros profissionais de saúde no

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63

exercício da profissão, bem como por responsáveis por organizações e

estabelecimentos públicos e particulares de saúde, em conformidade com a lei e

recomendações do Ministério da Saúde.

Denomina-se transmissão vertical do HIV a situação em que a criança é

infectada pelo vírus da AIDS durante a gestação, o parto ou por meio da

amamentação. No entanto, a criança, filha de mãe infectada pelo HIV, tem a

oportunidade de não se infectar pelo HIV. A prevenção da transmissão vertical do

HIV é considerada uma prioridade para o município de Itajaí, que vem intensificando

a vigilância epidemiológica dos casos de gestantes HIV, com o objetivo final de

evitar infecção da criança pelo vírus do HIV.

A prevenção da Transmissão Vertical prevê:

Que as sorologias para detecção da infecção por HIV sejam

recomendadas como exames de rotina no pré-natal, sendo realizada a

primeira testagem preferencialmente no primeiro trimestre da gestação

(na primeira consulta de pré-natal) e a segunda, próximo a 30º semana de

gestação.

Implementação da quimioprofilaxia para gestante com ARV a partir da 14º

semana de gestação, durante o trabalho de parto e através da

administração do ARV para o recém-nascido.

Substituição do leite materno pelo artificial ou humano pasteurizado.

Vale ressaltar que quanto mais precoce o diagnóstico da infecção pelo HIV

na gestante, maiores são as chances de evitar a transmissão para o bebê, que os

exames e o tratamento são gratuitos e estão disponíveis através do Sistema Único

de Saúde.

Tabela 17. AIDS na gestante segundo a faixa etária. Itajaí, 2007-2009.

Ano da Notificação 15 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos Total

2007 12 19 11 1 43

2008 1 16 11 0 28

2009 3 19 9 1 32

Fonte: SINAN/MS

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64

Tabela 18. AIDS na gestação segundo o trimestre do diagnóstico e realização de pré-natal.

Itajaí, 2007-2009.

Ano da notificação

Trimestre da gestação Realização de Pré-natal

Total

1o 2

o 3

o 4

o Sim Não

2007 16 9 12 6 37 6 43

2008 5 3 10 10 25 3 28

2009 11 8 7 6 26 6 32

Fonte: SINAN/MS

Tabela 19. AIDS na gestação segundo a época do diagnóstico. Itajaí, 2007-2009.

Ano da

Notificação

Pré-natal Parto

Total

Antes Durante Durante Após

2007 22 17 3 1 43

2008 14 11 3 0 28

2009 19 10 3 0 32

Fonte: SINAN/MS

Tabela 20. Uso de anti-retroviral na gestante com AIDS e época de inicio. Itajaí, 2007-2009.

Ano da Notificação

Uso de anti-retroviral Trimestre da gestação

Total

Ignorado/Branco Sim Não 1o

2o

3o

4o

2007 15 34 3 10 11 7 6 43

2008 6 25 0 5 8 2 10 28

2009 9 23 3 9 6 5 2 32

Fonte: SINAN/MS

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65

Tabela 21. Tipo de parto da gestante com AIDS. Itajaí, 2007-2009.

Ano da

Notificação

Ignorado/

Branco Vaginal

Cesárea

eletiva

Cesárea de

urgência

Não se

aplica Total

2007 1 16 21 3 2 43

2008 0 11 16 0 1 28

2009 1 7 20 2 2 32

Fonte: SINAN/MS

Tabela 22. Uso de profilaxia anti-retroviral durante o parto. Itajaí, 2007-2009.

Ano da

Notificação Ignorado/Branco Sim Não Total

2007 1 34 8 43

2008 0 25 3 28

2009 3 27 2 32

Fonte: SINAN/MS

SÍFILIS NA GESTAÇÃO

A Sífilis em gestante merece abordagem diferenciada por apresentar taxa

elevada, quando consideramos a eficácia do tratamento, sua disponibilidade na rede

e a possibilidade de evitá-la durante o pré-natal. A sífilis é uma doença infecto-

contagiosa sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e

períodos de latência. Trata-se de uma doença de transmissão predominantemente

sexual (DST). Aproximadamente um terço dos indivíduos expostos a um parceiro

sexual com sífilis, adquirirá a doença. O Treponema pallidum, agente etiológico

desta doença, quando presente na corrente sanguínea da gestante, atravessa a

barreira placentária e penetra na corrente sanguínea do feto.

A doença vem sendo diagnosticada mais freqüentemente em mulheres,

provavelmente por sua maior procura aos serviços de saúde e também pela

obrigatoriedade do exame durante o período do pré-natal. O Ministério da Saúde

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66

preconiza que na primeira consulta do pré-natal seja realizado o exame de VDRL e

repetido na 30º semana de gestação.

O Município de Itajaí vem investindo com freqüência em ações contínuas de

promoção de educação permanente das equipes multiprofissionais responsáveis

pelo pré-natal, com vistas à conscientização dos profissionais envolvidos no pré-

natal, o compromisso com a testagem para este agravo conforme protocolo,

responsabilidade com a notificação do agravo e principalmente implementação do

correto esquema de tratamento da gestante e seu parceiro, bem como, o

acompanhamento laboratorial mensal da gestante. Cabe ressaltar que a orientação

e informação da gestante à cerca da doença e importância dos cuidados para

prevenção da transmissão vertical, são de grande importância e de

responsabilidade dos profissionais que realizam o pré-natal.

Tabela 23. Sífilis na gestação segundo a época do diagnóstico e esquema de tratamento. Itajaí,

2007-2009.

Ano da Notificação

Trimestre de gestação Unidades de Penicilina G benzatina

Total

1º 2º 3º 4º 2.400.000 4.800.000 7.200.000 Não

2007 8 4 4 8 1 0 12 11 24

2008 4 3 5 3 2 1 6 6 15

2009 4 8 3 5 2 0 12 6 20

Fonte: SINAN/MS

SÍFILIS CONGÊNITA

A sífilis congênita é uma doença prevenível quando detectada no início da

gestação, sendo resultado da disseminação hematogênica do Treponema pallidum,

na gestante infectada e não-tratada ou inadequadamente tratada para o seu

concepto, por via transplacentária. A gestante tratada apresenta um risco mínimo de

transmissão vertical da doença.

O pré-natal realizado de forma integral, com envolvimento dos profissionais

conscientes da importância da detecção prematura da infecção e na educação em

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67

saúde, é um fator primordial para a prevenção da sífilis congênita e continua sendo,

até o momento, o único meio para evitar-se a doença.

Priorizando as ações de Redução da Mortalidade infantil e materna, nas

metas para o biênio 2010 e 2011, o município de Itajaí pactuou o numero de casos

de sífilis congênita em 7 casos para 2010 e 6 casos para 2011.

Tabela 24. Incidência de sífilis congênita, idade da mãe e tratamento. Itajaí, 2007-2009.

Ano Pré-natal Idade da mãe Tratamento

Total Sim Não 15-19 20-34 >34 Inadequado Não realizado

2007 0 0 0 0 0 0 0 0

2008 6 2 1 7 0 3 5 8

2009 5 3 1 5 2 2 6 8

Fonte: SINAN/MS.

HEPATITES

As Hepatites Virais são um importante problema de saúde pública no Brasil e

no mundo. Os agentes etiológicos das hepatites virais são os chamados vírus

hepatotrópicos, sendo os mais importantes designados por letras do alfabeto (vírus

A, vírus B, vírus C, vírus D e vírus E).

Quanto às formas de transmissão, as hepatites virais podem ser classificadas

em dois grupos: o de transmissão fecal-oral (vírus A e vírus E) que tem seu

mecanismo de transmissão ligado às condições de saneamento básico e higiene

pessoal, da água e dos alimentos. O segundo grupo (vírus B, vírus C e vírus D ) que

possui via de transmissão parenteral, sexual, vertical, compartilhamento de material

contaminado (seringas, agulhas e canudos), seja para higiene pessoal (alicate de

unha, barbeador, escova de dentes) , seja para colocação de piercings, tatuagens,

entre outras.

Em virtude do crescente diagnóstico de novos casos de hepatites virais no

município, devido ao diagnóstico precoce, aumento da cobertura do PSF,

campanhas informativas e ações de diagnóstico precoce junto à populações em

situação de risco para hepatites, parcerias com Vigilância Epidemiológica Municipal

e Estadual, Lacen, Vigilância Sanitária entre outras; o Programa Municipal de

Hepatites Virais necessita urgentemente de reestruturação física e organizacional a

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68

fim de comportar atendimento integral e de qualidade à população do município de

Itajaí, bem como, de cumprir a meta pactuada pelo município no Pacto Pela Saúde:

Biênio 2010-2011, onde o município se compromete a alcançar meta de ter 100%

dos casos suspeitos de hepatite confirmados por sorologia.

Tabela 25. Tipo de diagnóstico das Hepatites Virais. Itajaí, 2007-2009.

Ano da

Notifica-

ção

Ign/Branco Confirmação

laboratorial

Confirmação

clínico-

epidemiológica

Descartado Cicatriz

sorológica Inconclusivo Total

2007 2 71 5 4 1 1 84

2008 0 65 2 3 3 1 74

2009 0 37 0 0 2 0 39

Fonte: SINAN/MS

Tabela 26. Classificação Etiológica das Hepatites Virais. Itajaí, 2007-2009.

Ano da

Notificação

Ign/Branco Vírus

A

Vírus

B

Vírus

C

Vírus B +

C

Vírus A +

B

Vírus A +

C

Não se

aplica

Total

2007 8 6 32 35 0 1 1 1 84

2008 4 10 29 30 1 0 0 0 74

2009 0 3 8 28 0 0 0 0 39

Fonte: SINAN/MS

TUBERCULOSE

Itajaí é o município com maior incidência de tuberculose em Santa Catarina,

sendo considerado prioritário nas ações de vigilância do Ministério da Saúde. Nos

últimos anos esta taxa tem aumentado de forma constante, em contraste com a

estabilidade do estado de Santa Catarina e com o declínio apresentado na

incidência do Brasil.

Esta situação provavelmente reflita os altos percentuais de coinfecção

TB/HIV/AIDS, aumento do uso de drogas ilícitas, migração de populações

empobrecidas de outros estados e municípios, além de sugerir deficiências graves

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69

na Estratégia DOTS, as quais são evidenciadas por baixos percentuais de cura e

altos percentuais de abandono.

Portanto, a situação epidemiológica da tuberculose em nosso município é

grave, não sendo possível alcançar nos últimos anos, as metas de curar 85% de

todos os casos, com toleráveis 5% de óbito e 5% de abandono.

Figura 43. Incidência de Tuberculose (todas as formas) conforme ano de diagnóstico

(incidência/100.000 hab). Itajaí, 2001-2009.

Fonte: SINAN/MS

Figura 44. Proporção (%) de casos de Tuberculose (todas as formas) com co-infecção TB/HIV.

Itajaí, 2001-2009.

Fonte: SINAN/MS

100,8 99,8

116,6

95,7 107,3

109,5

78,3

92,4

113,3

0

20

40

60

80

100

120

140

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

4044

38

3331

3632

3437

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

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70

Figura 45. Casos novos de tuberculose bacilífera conforme situação de encerramento. Itajaí,

2001 - 2009.

Fonte: SINAN/MS

Figura 46. Casos de tuberculose (todas as formas) conforme situação de encerramento. Itajaí,

2001- 2009.

Fonte: SINAN/MS

HANSENÍASE

A hanseníase é uma doença infecto contagiosa, crônica de grande

importância para a saúde pública devido à sua intensidade e seu poder

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

% cura % abandono % óbito por TB

% óbito outras causas % TB multirresistente

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

% cura % abandono % óbito por TB

% óbito outras causas % TB multirresistente

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71

incapacitante. Sua transmissão ocorre por meio de uma pessoa doente que

apresenta a forma multibacilar – MB, ainda sem tratamento, que elimina o bacilo por

meio das vias respiratórias ao ambiente; podendo infectar outras pessoas. O

diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas

detectados no exame dermatoneurológico do caso suspeito. Podem-se solicitar

exames complementares para confirmação diagnóstica. Juntamente com o

diagnóstico e o tratamento vem a prevenção de incapacidades que são ações

iniciadas com o diagnóstico precoce, o tratamento poliquimioterápico, exame

dermatoneurológico dos contatos intradomiciliares e BCG, a identificação e o

tratamento adequado das reações hansênicas e a orientação de autocuidado, bem

como dar apoio global ao paciente.

A prevenção de incapacidades continua em atuação em alguns casos após a

alta cura pela poliquimioterapia (reações, neurites e deformidades em olhos, mãos

e pés). Portanto, essas ações são de extrema importância para evitar seqüelas e

incapacidades físicas no indivíduo.

Atualmente temos baixa incidência de Hanseníase em Itajaí e altos percentuais

de cura de casos novos, além de baixo percentual de incapacidades físicas. Cabe

ressaltar que o município no Pacto pela Saúde, priorizando o fortalecimento da

capacidade de respostas as doenças emergentes, pactuou como meta 100% de

cura dos casos novos de Hanseníase no biênio 2010-2011.

Tabela 27. Casos de hanseníase e desfecho. Itajaí, 2007-2009.

Ano da Notificação

Casos Desfecho

Total Caso Novo

Transferência de outro Estado

Outros ingressos

Não Preenchido

Cura Òbito

2007 8 1 0 0 8 1 9

2008 11 0 0 0 11 0 11

2009 5 1 1 5 2 0 7

Fonte: SINAN/MS

DENGUE

A dengue é uma doença viral febril aguda transmitida pelo mosquito Aedes

aeagypt, e pode manifestar-se como formas pouco sintomáticas até quadros graves

que podem evoluir para óbito, sendo assim uma doença de saúde pública.

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72

É agravo de padrão sazonal, com maior incidência nos 5 primeiros meses do

ano que correspondem ao período mais quente e úmido, sinalizando a necessidade

de ações e atividades de combate ao vetor de forma intensa, integrada e com

planejamento local baseado no diagnóstico de ações de risco feito através do

mapeamento dos focos dos mosquitos.

Santa Catarina continua sendo o único Estado sem transmissão autóctone da

dengue. Itajaí segue este perfil estadual, porém, o Programa Municipal de Controle

da Dengue tem desenvolvido exemplar serviço de prevenção.

Ressaltamos que no PACTO PELA SAUDE, metas para o biênio 2010-2011, no

fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias o

município de Itajaí pactuou Taxa de letalidade de formas graves de dengue de 0,0%

para o biênio 2010-2011.

Tabela 28. Número de focos do Aedes aeagypt. Itajaí, 2007-2009.

Ano Número de focos

2007 22

2008 20

2009 09

Fonte: SINAN/MS

Em relação aos casos de dengue notificados no SINAM Itajaí, pode-se afirmar

que todos adquiriram a doença em locais fora do estado de Santa Catarina,

conforme a tabela a seguir:

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73

Tabela 29. Classificação dos casos de Dengue. Itajaí, 2007-2009.

Ano Notificação Ignorado/Branco Dengue

Clássico

Descartado Total

2007 1 5 19 25

2008 1 2 29 32

2009 0 0 2 2

Fonte: SINAN/MS

DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

Na Programação das Ações de Vigilância em Saúde (PAVS), elenco

norteador para a Programação Anual de Saúde do município para o alcance das

metas previstas no Pacto pela Saúde, foi incluída como ação prioritária o

encerramento dos casos notificados de doenças exantemáticas por critério

laboratorial. Para esta ação prioritária o município pactuou meta de 90%.

Tabela 30. Total de notificações de doenças exantemáticas. Itajaí, 2009.

Ano Notificação Freqüência

2007 876

2008 963

2009 971

Fonte: SINAN/MS

Tabela 31. Casos de Rubéola e Sarampo segundo o desfecho. Itajaí, 2007-2009.

Ano Notificação

Sarampo

Rubéola Total

Suspeito Descartado Suspeito Descartado

2007 1 1 135 128 136

2008 1 1 32 32 33

2009 1 1 19 19 20

Fonte: SINAN/MS

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ATENDIMENTO ANTI-RÁBICO HUMANO

O atendimento anti-rábico, gerado pela ocorrência de ferimento provocado

por ataque de animais (geralmente cães e gatos) a seres humanos, é o agravo de

notificação mais freqüente, em 2008, Itajaí notificou 963 atendimentos anti-rábicos.

Na vigilância da raiva, os dados epidemiológicos são essenciais detectar

precocemente a circulação do vírus em animais, visando impedir a ocorrência de

casos de casos humanos, propor e avaliar as medidas de prevenção adotadas,

determinar áreas de risco para raiva humana e as áreas de risco, para intervenção.

Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (2006),

um caso de raiva humana representa falência do sistema de saúde local, além de

ser um indicador para avaliação da qualidade dos serviços.

Tabela 32. Notificações de atendimento anti-rábico humano. Itajaí, 2007-2009.

Ano Notificação Freqüência

2007 876

2008 963

2009 971

Fonte: SINAN/MS

2.5. SAÚDE BUCAL

A realização do levantamento epidemiológico é de extrema importância para o

conhecimento do tipo e prevalência das doenças bucais no município. A partir dos

dados obtidos no levantamento, é possível planejar, executar e avaliar as ações de

saúde na promoção da saúde bucal, prevenção de agravos e tratamento curativo

para a população.

Os índices de saúde bucal mais recentes de Itajaí provêm do levantamento

epidemiológico realizado pelo Ministério da Saúde em 2003, o SB Brasil 2000. O

CPO-D aos 12 anos foi 1,82, abaixo do índice preconizado pela Organização

Mundial da Saúde (OMS) para o Brasil que é 3,0; isto ocorre devido à fluoretação

das águas de abastecimento público e aos programas de promoção de saúde bucal

desenvolvidos pela Secretaria de Saúde em parceria com Secretaria de Educação.

A idade de 12 anos é uma referência internacional para avaliação da condição de

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75

cárie dentária, sendo de grande importância epidemiológica, pois marca a transição

da dentição mista para a dentição permanente.

Embora o resultado encontrado na faixa etária dos 12 anos seja excelente, as

tabelas abaixo mostram que nas idades entre 35 e 74 anos, ainda prevalece um

CPO-D relativamente alto. Isso se deve ao fato de que os programas de promoção

de saúde só tiveram início no município a partir de 1999, Assim a falta de educação

em saúde, introdução de bons hábitos de higiene bucal, ações efetivas para

promoção/prevenção de saúde bucal refletem resultados negativos (altos índices de

dentes obturados e perdidos) nos dias de hoje.

Tabela 33. Número de Dentes Permanentes Hígidos, Cariados, Perdidos e Obturados Segundo

Idade. Itajaí, 2003.

Idade

(anos) n Hígido Cariado Obturado/cariado Obturado Perdido CPO-D

05 208 211 02 00 00 00 0,009

12 224 5489 151 09 225 22 1,81

15 a 19 92 2067 175 40 289 30 5,80

35 a 44 40 314 76 30 267 482 21,37

65 a 74 13 31 07 00 03 349 27,61

Total 577 8112 411 79 784 883 56,60

Fonte: Ministério da Saúde. SB, 2003.

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76

Tabela 34. Média dos componentes do índice CPO-D segundo idade. Itajaí, 2003.

Idade

(anos)

n Hígido Cariado Obturado/cariado Obturado Perdido CPO-D

05 208 1,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,01

12 224 24,50 0,67 0,04 1,00 0,10 1,82

15 a 19 92 22,47 1,90 0,43 3,14 0,33 5,80

35 a 44 40 7,85 1,90 0,75 6,68 12,05 21,38

65 a 74 13 2,38 0,54 0,00 0,23 26,85 27,62

Fonte: Ministério da Saúde. SB, 2003.

Tabela 35. Composição percentual do índice CPO-D segundo idade. Itajaí, 2003.

Idade (anos) n Hígido Obturado/cariado Obturado Perdido CPO-D

05 208 100,00 0,00 0,00 0,00 100

12 224 37,10 2,21 55,28 5,41 100

15 a 19 92 32,77 7,49 54,12 5,62 100

35 a 44 40 8,89 3,51 31,23 56,37 100

65 a 74 13 1,95 0,00 0,84 97,21 100

Fonte: Ministério da Saúde. SB, 2003.

3. O SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITAJAÍ

O município de Itajaí tem se organizado de forma a buscar um sistema de

saúde equânime, integral e resolutivo, para assim proporcionar o atendimento

efetivo dos problemas de saúde da população local, através da realização de um

conjunto de ações articuladas entre os diferentes níveis de complexidade da

atenção à saúde.

O principal objetivo do sistema é oferecer ações integrais e qualificadas em

saúde, baseadas na promoção e prevenção em saúde, bem como, permitir o

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rastreamento/diagnóstico precoce das doenças, buscando melhorar a qualidade de

vida da população.

A tabela abaixo demonstra o tipo e número de estabelecimentos de saúde

disponibilizados no município de Itajaí.

Tabela 36. Tipo e número de unidades de saúde. Itajaí, 2009.

Tipo de Estabelecimento Público Filantrópico Privado Sindicato Total

Central de Regulação de Serviços de Saúde 1 0 0 0 1

Centro de Atenção Psicossocial 3 0 0 0 3

Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde 22 2 1 1 26

Clinica Especializada/Ambulatório Especializado 6 1 53 0 60

Consultório Isolado 2 1 321 3 327

Farmácia Medic Excep e Prog Farmácia Popular 1 0 0 0 1

Hospital Especializado 0 1 0 0 1

Hospital Geral 0 1 0 0 1

Policlínica 3 0 1 0 4

Posto de Saúde 2 0 0 0 2

Secretaria de Saúde 1 0 0 0 1

Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia 1 0 27 0 28

Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência 1 0 1 0 2

Unidade Móvel Terrestre 1 0 0 0 1

Total 44 6 404 4 458

Fonte: CNES

Em relação à produtividade, diversos procedimentos são realizados na rede

de saúde do município. As Tabelas abaixo apresentam os procedimentos realizados

no ano de 2009 e a série histórica desde 2002.

Tabela 37. Produtividade da Rede Municipal de Saúde. Itajaí, 2009.

SERVIÇOS REALIZADOS Quantidade Aprovada

(n)

Valor Aprovado

(R$)

Quantidade Apresentada

(n)

Valor Apresentado

(R$)

AÇÕES DE PROM E PREV EM SAÚDE 140.995 4.122,90 145.546 4.203,90

Ações coletivas/individuais em saúde 140.995 4.122,90 145.546 4.203,90

PROC COM FINALIDADE DIAGN 1.028.338 8.222.702,65 1.029.242 8.266.861,43

Coleta de material 13.754 49.391,07 13.909 50.837,55

Diag em laboratório clínico 786.260 3.546.669,84 786.260 3.546.669,84

Diag por anatomia pat e citop 20.559 313.755,52 20.559 313.755,52

Diag por radiologia 104.352 1.015.451,96 104.356 1.015.484,06

Diag por ultra-sonografia 9.555 203.296,88 9.589 204.133,43

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Diag por tomografia 3.788 427.430,15 3.919 441.751,08

Diag por ressonância magn 2.829 760.571,25 2.829 760.571,25

Diag por medicina nuclear in vivo 471 135.810,45 471 135.810,45

Diag por endoscopia 2.773 226.124,94 2.773 226.124,94

Diag por radiol intervencionista 123 30.619,83 124 30.820,84

Métodos diagn em espec 67.276 1.499.863,56 67.832 1.526.793,35

Diag/proc especiais em hemoterap 805 13.717,20 828 14.109,12

Diagnóstico por teste rápido 15.793 0,00 15.793 0,00

PROCEDIMENTOS CLÍNICOS 1.356.012 9.743.583,87 1.387.072 9.844.490,47

Cons / Atend / Acomp 1.201.444 3.577.535,69 1.231.582 3.674.225,96

Fisioterapia 82.133 442.749,19 82.162 442.884,62

Trat clínicos (outras especif) 1.348 35.511,54 1.348 35.511,54

Tratamento em oncologia 7.163 3.380.041,46 7.164 3.384.108,46

Tratamento em nefrologia 14.650 2.139.310,07 14.650 2.139.310,07

Hemoterapia 836 6.692,44 836 6.692,44

Tratamentos odontológicos 45.748 6.349,05 46.640 6.362,95

Terapias especializadas 2.690 155.394,43 2.690 155.394,43

PROC CIRÚRGICOS 71.816 551.322,85 73.055 553.567,20

Peq cir e cir pele,tec subcut muc 63.611 183.974,00 64.763 184.560,32

Cir VAS,cabeça pescoço 86 1.204,67 88 1.224,56

Cir do aparelho da visão 1.954 292.430,46 1.955 293.073,46

Cir do aparelho circulatório 92 2.747,12 92 2.747,12

Cir apar dig org anex parede abd 88 1.205,54 88 1.205,54

Cir do sistema osteomuscular 566 19.190,70 566 19.190,70

Cir do aparelho geniturinário 9 237,58 9 237,58

Cir de mama 9 186,66 9 186,66

Cir obstétrica 2 39,58 2 39,58

Cir torácica 10 133,12 10 133,12

Cir oro-facial 5.220 28.163,96 5.304 29.159,10

Outras cirurgias 6 179,16 6 179,16

Cirurgia em nefrologia 163 21.630,30 163 21.630,30

TRANSP DE ORG, TEC E CÉL 76 6.125,22 76 6.125,22

Ações rel à doação de org, tec e cél 76 6.125,22 76 6.125,22

ÓRTESES, PRÓT E MAT ESP 1.897 1.012.921,48 1.897 1.012.921,48

Órteses,prót,mat espec não rel ato cir 1.584 963.392,50 1.584 963.392,50

Órteses,prót,mat espec relac ato cir 313 49.528,98 313 49.528,98

AÇÕES COMP DA AT SAÚDE 1.500 25.170,00 1.533 25.620,00

Ações relacionadas ao estabelecim 1.500 25.170,00 1.533 25.620,00

Total 2.600.634 19.565.948,97 2.638.421 19.713.789,70

Fonte: SIA-SUS

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Tabela 38. Produção Ambulatorial (número) por Grupo de Procedimento. Itajaí, 2008-2009.

Grupo 2008 2009

Ações de promoção e prevenção em saúde 211.057 140.995

Procedimentos com finalidade diagnóstica 893.283 992.091

Procedimentos clínicos 1.580.474 1.356.203

Procedimentos cirúrgicos 117.692 71.698

Transplantes de orgãos, tecidos e células 1.323 1.070

Medicamentos 1.033.359 1.067.015

Órteses, próteses e materiais especiais 557 8.387

Ações complementares da atenção à saúde 4.762 5.962

Total 3.842.507 3.643.421

Fonte: SIA-SUS

Tabela 39. Produção Ambulatorial (número) por Grupo de Procedimento. Itajaí, 2002-2007.

Grupo de Procedimentos 2002 2003 2004 2005 2006 2007

At. Básica 1.296.266 1.808.779 1.394.458 1.354.950 1.761.631 1.586.090

Especializados 728.036 911.017 901.522 924.599 1.072.515 1.122.675

Alta Complexidade 21.441 38.994 23.613 27.071 26.446 48.092

Total 2.045.743 2.758.790 2.319.593 2.306.620 2.860.592 2.756.857

Fonte: SIA-SUS

A tabela seguinte mostra o numero de leitos hospitalares por tipo de clínica,

disponíveis no município.

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80

Tabela 40. Leitos Hospitalares por especialidade e natureza. Itajaí, 2009.

Especialidade

Empr. Privada Ent.s/fins Lucrativos Total geral

n SUS n SUS n SUS

Cirúrgicos 93 52 142 84 235 136

Clínicos 0 0 103 70 103 70

Obstétrico 0 0 30 19 30 19

Pediátrico 93 68 0 0 93 68

Outras Especialidades 0 0 21 16 21 16

Total 186 120 296 189 482 309

Fonte: CNES

A seguir o número de estabelecimentos por tipo de atendimento prestado, por

natureza da organização e o número de equipamentos por grupo de utilização.

Tabela 41. Estabelecimentos por Tipo de Atendimento prestado. Itajaí, 2009.

Tipo de Atendimento prestado

SUS Particular Plano de Saúde

Público Plano de Saúde

Privado

Ambulatório 85 391 18 101

Internação 2 2 1 2

SADT 29 34 3 5

Urgência 6 7 2 5

Outros 1 0 0 0

Fonte: CNES

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Tabela 42. Número de Estabelecimentos por Natureza da organização. Itajaí, 2009.

Natureza Total

Administracao Direta Da Saúde (MS, SES e SMS) 43

Empresa Privada 353

Entidade Beneficente Sem Fins Lucrativos 6

Fundacao Privada 6

Serviço Social Autonomo 46

Sindicato 3

Fonte: CNES

Tabela 43. Total de Equipamentos por grupo de utilização. Itajaí, 2009.

Grupo

Federal Estadual Municipal Privada Total

SUS Exis-

tente SUS

Exis-

tente SUS

Exis- tente

SUS Exis-tente

SUS Exis-tente

Equipamentos de Diagnostico

por Imagem 0 0 0 0 6 6 48 55 54 61

Equipamentos de Infra-Estrutura 0 0 0 0 31 31 20 22 51 53

Equipamentos de Odontologia 0 0 0 0 37 37 3 3 40 40

Equipamentos para Manutenção

da Vida 0 0 0 0 42 42 549 551 591 593

Equipamentos por Métodos Gráficos 0 0 0 0 3 3 26 26 29 29

Equipamentos por Métodos Ópticos 0 0 0 0 2 2 21 21 23 23

Outros Equipamentos 0 0 0 0 56 56 58 58 114 114

Total 0 0 0 0 177 177 725 736 902 913

Fonte: CNES

3.1. ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE

ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

A atenção básica está organizada na Estratégia de Saúde da Família, tendo

como principal desafio promover a reorientação das práticas e ações de saúde de

forma integral e contínua, levando-as para mais perto da família e com isso,

melhorar a qualidade de vida da população. O atendimento é prestado pelos

profissionais das equipes saúde da família nas unidades de ESF e nos domicílios.

As equipes e a população acompanhada criam vínculos de co-responsabilidade, o

que facilita a identificação, atendimento e acompanhamento dos agravos à saúde

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82

dos indivíduos e famílias da comunidade. As ações programáticas são

desenvolvidas através de ações específicas e estratégicas para a reorganização do

modelo curativo de atenção à saúde, visando uma atenção integral e efetiva à

população e em especial aos grupos específicos devido à sua vulnerabilidade, como

é o caso da criança, a mulher e o idoso, de acordo com o Pacto pela Saúde

estabelecido pela Portaria no. 399/GM de 2006.

O município possui trinta e três equipes da Estratégia de Saúde da

Família (ESF) e quatro equipes da Estratégia de Agente Comunitários da Saúde

(EACS) implantadas em 22 Unidades de Atenção Básica (UBS). Cada UBS possui

de 01 a 04 equipes de ESF que são responsáveis pela vigilância e

acompanhamento da situação de saúde da comunidade de abrangência.

A Figura 47 apresenta a divisão territorial do município por área de

abrangência da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e a Tabela 44 a distribuição

das Unidades de Saúde da Família de acordo com o bairro de atuação (SIAB,

2009). A Tabela 45 mostra o numero de pessoas cadastradas nas ESS do

município.

Figura 47. Área de abrangência da ESF. Itajai, 2009.

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83

Tabela 44. Distribuição das Equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), Equipes de

Agentes Comunitários de Saúde (EACS) e Saúde Bucal (SB) por área de abrangência. Itajaí,

2009.

Área geográfica

de atuação

Equipes de Saúde da Família, de Agentes Comunitários de Saúde e de Saúde Bucal

Bairro Barra do Rio Unidade de Saúde Imaruí 01 ESF

01 ESF com SB II

Bairro Canhanduba Unidade de Saúde Canhanduba 01 EACS

Bairro Cidade Nova

Unidade de Saúde Cidade Nova 01 ESF

01 ESF com SB I

Policlínica Promorar II 2 ESF

Bairro Cordeiros

Policlínica de Saúde Cordeiros 02 ESF

Unidade de Saúde Murta 01 ESF

Policlínica Costa Cavalcante 01 EACS

Policlínica de Saúde Jardim Esperança 02 ESF

01 ESF + SB I

Unidade de Saúde Votorantim 01 ESF

Bairro Dom Bosco Unidade UNIVALI 03 ESF

Bairro Espinheiros Unidade de Saúde Espinheiros 02 ESF

Bairro Fazenda Policlínica de Saúde Fazenda 03 ESF

Bairro Itaipava Policlínica de Saúde Itaipava 02 ESF

Bairro Praia Brava Unidade de Saúde Praia Brava 01 ESF

Bairro Salseiros Unidade de Saúde Salseiros 01 ESF

Bairro São Vicente

Policlínica São Vicente 01 EACS

Policlínica Rio Bonito 04 ESF

Unidade de Saúde Bambuzal 01 EACS

Bairro Limoeiro Unidade de Saúde Limoeiro 01 ESF

Bairro Brilhante Unidade de Saúde Brilhante 01 ESF

Fonte: SIAB, 2009.

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84

Tabela 45. Número de pessoas e famílias cadastradas nas Unidades de Saúde da Família (ESF)

por área de abrangência:

Fonte: SIAB, 2009.

A análise dos dados acima é de extrema relevância no planejamento da

expansão da cobertura populacional pela Estratégia de Saúde da Família, pois,

auxilia na programação e planejamento dos serviços.

Equipes de Saúde da Família

Nº de pessoas

cadastradas

Nº de famílias

cadastradas

ESF: Unidade de Saúde Imaruí 6211 1788

ESF: Unidade de Saúde Canhanduba 597 167

ESF: Unidade de Saúde Cidade Nova 7965 2187

ESF: Policlínica Promorar II 8411 2387

ESF: Policlínica Cordeiros 7463 2323

ESF: Unidade de Saúde Murta 3711 1044

ESF: Policlínica Costa Cavalcante 3926 1264

ESF: Policlínica Jardim Esperança 13201 3463

ESF: Unidade de Saúde Votorantim 8092 2376

ESF: Unidade DDA/UNIVALI 12064 3447

ESF: Unidade de Saúde Espinheiros 7614 2226

ESF: Policlínica Fazenda 10340 3306

ESF: Policlínica Itaipava 7281 2122

ESF: Unidade de Saúde Praia Brava 3553 1073

ESF: Unidade de Saúde Salseiros 1784 565

ESF: Policlínica São Vicente 4824 1475

ESF: Policlínica Rio Bonito 16872 4434

ESF: Unidade de Saúde Bambuzal 3680 1071

ESF: Unidade de Saúde Limoeiro 2742 802

ESF: Unidade de Saúde Brilhante 2154 646

TOTAL 132.485 38.166

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Nos últimos anos houve a consolidação do modelo assistencial de atenção

básica através do alcance da cobertura superior a 70%. Em 2004, iniciou o processo

de ampliação das equipes de Saúde da Família (ESF) e Saúde Bucal (SB),

passando de 08 equipes de ESF para 16 e a implantação de 03 equipes de Saúde

Bucal em 2007. Entre os anos 2004 e 2009 houve foram implantadas mais 15 ESF e

04 EACS, levando o município a ultrapassar a cobertura de 70% da população

cadastrada. Em 2010 foi encaminhado para credenciamento mais 01 equipe de SB

para implantação nas equipes do Rio Bonito, Bairro São Vicente. A qualificação da

Estratégia de Saúde da Família em Itajaí e o fortalecimento do processo de trabalho

na atenção básica e, conseqüentemente, de todo o sistema de saúde municipal,

através da estruturação dos serviços com o objetivo de fomentar este nível de

atenção à oferta de um rol de serviços, somando a um conjunto de ações que

contemple a integralidade da atenção, resultando na qualidade de vida e

propiciando melhora nas condições de saúde da comunidade. Reitera-se no Plano

Municipal de Saúde 2010 - 2013 o compromisso com a continuidade da expansão

dessa estratégia que melhor traduz a organização da atenção básica.

Abaixo gráfico mostrando a evolução da implantação das equipes.

Figura 48. Evolução da implantação das Equipes de ESF. Itajaí, 2000-2009.

Fonte: SMS. DAB, MS.

NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)

O credenciamento de três (03) equipes de NASF modalidade 1 no município

de Itajaí, ocorreu em julho de 2008, e foram vinculados as UBS Jardim Esperança,

0

50

100

150

200

250

300

2000 2003 2004 2006 2007 2008 2009

Número

Ano

ESF ACS

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Cidade Nova e Imaruí. As equipes foram compostas por cinco profissionais como:

fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, psiquiatra, psicólogo, pediatra,

ginecologia, farmacêutico, assistente social e profissional de educação física. Os

profissionais previstos nos núcleos não estavam contemplados na Lei

Complementar Nº90 de 22/12/2006 para exercício com carga horária diferenciada,

gratificação e abertura de Processo Seletivo. O NASF surgiu com o objetivo de

qualificar as ações da atenção básica vinculadas à Estratégia de Saúde da Família

(ESF), bem como, fortalecer e regionalizar a rede de serviços existentes. Também

objetiva assegurar retaguarda especializada aos profissionais, além de permitir

suporte técnico-pedagógico às equipes de referência e ampliar as possibilidades de

construção de vínculo entre profissionais e usuários.

Considerando que o município apresenta atualmente 33 equipes de ESF, 04

equipes de EACS, 03 de ESB, com cobertura total das modalidades de 74% da

população, estando os demais bairros cobertos por unidades básicas de saúde do

modelo tradicional, o NASF contribui substancialmente para o desenvolvimento de

ações qualificadas de assistência à saúde, propiciar ações mais efetivas de

prevenção e promoção à saúde e conferir maior resolutividade aos problemas de

saúde. A presença de apoio matricial especializado potencializará alterações da

subjetividade e na cultura dominante entre o pessoal de saúde, por meio de

valorização concreta e operacional das diretrizes de vínculo terapêutico,

transdisciplinaridade dos saberes e práticas e de gestão de organizações como

dispositivo para produzir grupos sujeitos.

Em razão de mais de 70% de cobertura da ESF no município e a

necessidade do fortalecimento de práticas assistenciais, a partir da reorganização

do processo de trabalho, aponta para a superação do desafio através da atuação

resolutiva da atenção, onde a Saúde da Família é compreendida como a estratégia

principal para mudança deste modelo, que deverá sempre se integrar a todo o

contexto de reorganização do sistema de saúde. Partindo de uma crítica ao atual

modelo, hegemônico, centrado no trabalho médico e em procedimentos,

hospitalocêntrico e com pouca ênfase na relação médico-paciente, propõe-se um

novo modo de operar o trabalho em saúde, a partir de equipes interdisciplinares.

Propõe ainda assegurar maior eficácia e eficiência ao trabalho em saúde e também

investir na construção de autonomia aos usuários.

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87

Para remodelar a assistência à saúde, entende-se que o ESF deve modificar

os processos de trabalho, com o desenvolvimento de ações em equipe, norteado

por um projeto assistencial em comum, com os agentes desenvolvendo ações de

interação entre si e com a comunidade, oferecendo possibilidades alternativas, quer

sejam individuais e/ou coletivas, aos usuários. Além da interação

inter/trans/multidisciplinar, com a implantação do NASF, abre-se a possibilidade dos

profissionais usarem todo seu potencial criativo e criador na relação com o usuário,

para juntos realizarem a produção do cuidado. A adesão da gestão municipal ao

Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET Saúde que oferece

bolsas para tutores acadêmicos, preceptores e estudantes de graduação da área da

saúde fomentar grupos de aprendizagem tutorial no âmbito da Estratégia Saúde da

Família, contribuindo para a qualificação e aproximação do serviço-comunidade-

ensino.

Considerando o perfil epidemiológico da população adscrita pelas ESF de

Itajaí, que correspondem às causas mais prevalentes de morbidade, prioritariamente

as DANTs que oneram o sistema público e seqüelas funcionais na população em

idade produtiva. Nesta ótica, propõe-se a implantação dos NASFs composto por

profissionais de áreas multidisciplinares como: nutrição, psicologia, fonoadiologia,

profissional de educação física, farmácia, com as atividades gerais incluem:

Participar na discussão do processo de trabalho e reuniões de equipe;

Participar na interação e planejamento das ações na população adscrita;

Participar no processo de Acolhimento e Humanização nas Unidades;

Realizar visitas domiciliares;

Elaborar material informativo e de educação em saúde;

Elaborar projetos terapêuticos individuais e/ou coletivos estimulando a

responsabilidade compartilhada e a co-participação do usuário;

Avaliar periodicamente as atividades desenvolvidas pelas equipes;

Desenvolver atendimento clínico, conforme agendamento;

Realizar projetos de Educação Permanente nas diversas áreas;

Promover ações intersetoriais e multidisciplinares em parceria com o setor

público, privado e com representantes dos movimentos sociais na população, das

áreas de abrangência;

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Potencializar ações de promoção e prevenção em saúde no sentido de

mudanças de modelo organizacional e gerencial da gestão.

As três equipes estão vinculadas as Unidades do Imaruí (02 ESF Imaruí, 03

ESF Fazenda, 01 Praia Brava, 02 ESF DDA/UNIVALI), Jardim Esperança (03 ESF

Jardim Esperança, 01 ESF Murta, 02 Votorantim, 02 Cordeiros) e Cidade Nova (02

ESF Cidade Nova, 02 Policlínica Promorar II, 01 CAIC, 02 Itaipaiva).

As Unidades NASFs localizam-se nas região de maior concentração de ESF

e população de baixa renda usuária do SUS, favorecendo o acesso e adesão da

população as equipes mais qualificadas no desempenho das ações. Apresentam

estrutura física com áreas comuns, possuem acesso à internet, consultórios com

estrutura mínima preconizada para os profissionais das ESF, sala de educação em

saúde para o desenvolvimento das atividades coletivas e reuniões das equipes de

ESF e com necessidade de adequação dos espaços para o desenvolvimento das

atividades de Acolhimento e de atenção coletiva ou individual pertinentes ao NASF.

SAÚDE DA MULHER

Cerca de 64,6% da população feminina de Itajaí encontra-se em idade fértil

(56.811 mulheres na faixa etária de 15 e 49 anos) e a abordagem deste grupo tem

início ainda nos domicílios, através dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que

durante a visita sensibilizam as mulheres para questões relativas à saúde e em

especial à saúde sexual e reprodutiva.

Nas unidades de saúde do município de Itajaí, a mulher é orientada e

atendida conforme a necessidade especifica, sendo que o município possui uma

cobertura mais de 70% de ESF, fazendo estas equipes o atendimento das mulheres

de forma geral, quando necessário as mesmas são encaminhadas ao ginecologista

e ao serviço especifico.

Nas unidades de saúde é realizado pré-natal de baixo risco por parte dos

enfermeiros e médicos, de forma intercalada conforme o Ministério da Saúde. O

acompanhamento da gestante garante pelo menos seis consultas médicas e a

realização de ultrassom obstétrico. Após o parto, é assegurada a consulta de

puerpério em torno do 45º dia pós-parto. È realizada a entrega do kit bebê no

hospital Marieta Konder Bornhausem, com o objetivo de implementar o programa

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do pré-natal e humanizar a assistência, captação precoce da gestante, garantia das

consultas, exames, a educação em saúde e o estímulo ao aleitamento materno.

Ainda estimular o vinculo do binômio mãe-filho com a Unidade de Saúde.

As unidades de saúde e os centros de referência preconizam e ainda exame

de preventivo de câncer uterino, a realização e orientação do auto-exame de mama,

orientação sobre planejamento familiar, implantação de DIU (dispositivo intra-

uterino) em algumas unidades especificas.

O município de Itajaí conta com o CRESCEM (Centro de referência de Saúde

da Criança e da Mulher) onde funciona o serviço de obstetrícia de alto risco,

ginecologia especializada e mastologista. São oferecidas as gestantes do alto-risco

profissionais de apoio na área da enfermagem, nutrição, fisioterapia, psicologia. No

serviço de ginecologia especifico é realizada a cauterização de feridas, colposcopia

e atendimento para possível cirurgia. O mastologista atende os encaminhamentos

das unidades e é referência da AMFRI. O rastreamento do câncer de mama é

realizado pelo exame clínico e mamografia, sendo orientado e incentivado o auto-

exame de mama mensalmente.

Os métodos contraceptivos preconizados pelo ministério da saúde são

disponibilizados através das unidades de saúde incluindo os anticoncepcionais orais

e injetáveis, dispositivo intra-uterino (DIU), preservativo masculino e feminino, bem

como a orientação sobre os demais métodos existentes.

De acordo com o a tabela abaixo, da taxa de fecundidade das mulheres de

Itajaí, observa-se um decréscimo acentuado a partir do ano 1996.

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Tabela 46. Taxa de fecundidade por faixa etária. Itajaí, 1996-2007.

Faixa

Etária 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

10 a 14 4,1 2,8 3,9 3,4 3,4 2,4 2,3 2,7 1,4 1,5 1,2 1,6

15 a 19 82,4 84,2 85,7 83,3 81,6 69,7 67,9 59,2 59,6 52,3 53,8 54,1

20 a 24 131,8 141,4 122,3 126,3 116,6 106,5 107,4 97,3 96,5 89,5 97,3 90,6

25 a 29 116,7 113,3 105,2 101,9 111,1 95,8 93,1 88,8 97,1 103,4 93,2 97,6

30 a 34 69,7 73,9 68,4 65,7 64,3 64,9 62,3 56,7 58,3 59,8 54,6 61,1

35 a 39 39,4 37,3 33,7 39,1 32,4 32,3 28,0 28,4 27,6 29,2 27,5 27,6

40 a 44 7,4 8,2 8,7 11,9 9,7 6,8 8,4 9,7 8,3 9,0 6,7 7,1

45 a 49 1,2 1,1 1,7 0,5 1,8 - 1,1 0,7 0,2 0,4 0,8 -

Fontes: IBGE e SINASC

Tabela 47. Taxa de fecundidade total. Itajaí, 1996-2007.

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

2,24 2,3 2,13 2,14 2,09 1,88 1,84 1,7 1,74 1,72 1,67 1,69

SAÚDE DA CRIANÇA

As crianças e os adolescentes, por estarem em pleno processo de

crescimento e desenvolvimento e por dependerem de outros indivíduos para que

este processo se desenvolva da melhor forma possível, são extremamente

vulneráveis a influências externas, estando sujeitos às conseqüências dos

desajustes ambientais, sociais, culturais e familiares. Essa vulnerabilidade é tanto

maior quanto mais jovem for a criança, sendo os primeiros cinco anos de vida os

que necessitam de maior atenção.

A rede de atenção à criança em Itajaí está estruturada com atendimento

pediátrico e da Estratégia de Saúde da Família, em todas as Unidades de Saúde

Municipais, e segue as diretrizes do Programa Nascer Itajaiense, implantado a partir

do Protocolo de Atendimento à Criança de 2007, visando diminuir a morbi-

mortalidade na infância e adolescência. .

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91

Através do controle da Declaração de Nascido Vivo (DNV) e do

acompanhamento das gestantes pela ESF, são realizadas visitas domiciliares a

todos os nascidos vivos residentes em Itajaí pela Equipe de Enfermagem das

Unidades de Saúde, o que estimula a vinculação mais precoce da população com a

Unidade de Saúde e as equipes das unidades, prevenindo ainda intercorrências

nesta fase onde se fortalece o vinculo mãe-filho.

Visando a atenção integral à mulher e à criança, o Programa Nascer

Itajaiense iniciou em 2009 o Ambulatório de Alto Risco em Neonatologia, no

CRESCEM, onde são atendidas as crianças consideradas de alto risco,

principalmente àquelas que apresentam ou apresentaram intercorrências ao nascer

ou ainda mesmo na gestação. Às gestantes de alto risco é oferecido consulta

pediátrica ainda na gestação. Buscando o contato mais precoce possível com a mãe

e a criança, desde 2009 as puérperas do HMMKB recebem a visita de uma Técnica

de Enfermagem que, além de entregar o Kit mamãe-bebê com material educativo a

respeito dos cuidados com a criança, agenda a primeira consulta ou a visita

domiciliar pela unidade de saúde responsável, buscando assim que toda criança e

toda puérpera sejam avaliadas até o 7º dia após o parto.

São realizadas visitas domiciliares às crianças que estiveram internadas no

Hospital Universitário Pequeno Anjo e realizado acompanhamento pelas equipes da

ESF. O controle das Internações através de visita domiciliar pós-alta permite

identificar e prevenir futuras internações e permite à unidade intervir no sentido de

melhorar a situação de saúde e efetivamente ter um maior controle da sua

população. Crianças que frequentemente internam ou são portadoras de doenças

crônicas necessitam de um olhar muito mais atento da equipe de saúde.

Em sua maioria, as internações pediátricas se dão por causas que são mais

bem manejadas na Atenção Básica, desde que exista o acompanhamento e

monitoramento da condição de saúde pelas equipes. As visitas após a alta

hospitalar objetivam a diminuição das taxas de internação, principalmente as

sensíveis a atenção primária.

As Unidades de Saúde, tanto as básicas como as com ESF, realizam a

Puericultura (seguimento das crianças desde o nascimento até os 5 anos de idade)

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segundo o Protocolo instituído, com consultas pré-agendadas conforme o calendário

proposto.

O município participa do Programa Prefeito Amigo da Criança e recebeu o

título no ano de 2008. A participação neste evento faz com que o município avance

na efetivação e garantia dos direitos das crianças e adolescentes, pois o município

assume vários compromissos que estão ligados às áreas de saúde, educação,

proteção social e orçamento. Em 2009 aderimos a nova edição do programa (2009-

2012).

SAÚDE BUCAL

A Gerência de Odontologia da Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí tem

como objetivo central a promoção e recuperação da saúde bucal e a prevenção dos

agravos relacionados às doenças bucais.

O Programa de Saúde Bucal instituído por esta gerência vem sendo realizado

em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, desde o ano de 1999. Este

Programa objetiva prevenir as doenças bucais mais prevalentes tais como a cárie

dental, doenças periodontais, câncer bucal e má-oclusão, e instituir e orientar a

adoção de hábitos saudáveis em relação à Saúde Bucal, como o incentivo à

amamentação, escovação dentária, alimentação saudável, consultas periódicas ao

dentista, controle do fumo e do álcool, dentre outros.

O Programa abrange todas as escolas e creches do município, onde as

atividades de escovação supervisionada, o uso de fio dental, a revelação de placa

bacteriana, as aplicações tópicas de flúor e as atividades educativas são realizadas

em acordo com a faixa etária das crianças.

O Programa Bebê Sorridente é um programa educativo-preventivo que

acontece no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen desde 2006.

Consiste na orientação para as parturientes sobre os cuidados com a higiene bucal

do bebê, bem como influência de hábitos alimentares na saúde bucal. São

distribuídos kits de higiene bucal e realizada demonstrações sobre métodos de

higienização do bebê.

O Projeto-piloto CEI-Sorri consiste no atendimento das crianças dos Centros

de Educação Infantil, onde um equipamento odontológico móvel é instalado para

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93

realização de procedimentos preventivos e de adequação do meio bucal, em

sistema de rodízio.

O município dispõe de uma Unidade Odontológica Móvel (odontomóvel) onde

é realizado o atendimento odontológico das crianças que estudam nas Escolas

Isoladas da área rural, funcionando também em sistema de rodízio.

O Centro de Especialidades Odontológicas oferece atendimento

especializado nas áreas de: Cirurgia Bucomaxilofacial (com atendimento

ambulatorial e hospitalar), Pacientes com Necessidades Especiais, Periodontia,

Endodontia, Odontopediatria e Radiologia. Atualmente o município pactuou vagas

no CEO regionalizado da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, nas

especialidades de Cirurgia Bucomaxilofacial, Endodontia, Periodontia e Pacientes

com Necessidades Especiais.

Serviço de radiologia é complementado através do convênio entre Secretaria

Municipal de Saúde e a UNIVALI.

A assistência odontológica do município conta com 67 cirurgiões-dentistas,

sendo 62 servidores estatutários, 3 servidores celetistas atuantes na Estratégia

Saúde da Família e 2 deles servidores federais que prestam serviços de radiologia

para o município. O quadro de profissionais da área odontológica é formado ainda

por 15 Auxiliares em Saúde Bucal e 05 Técnicas em Saúde Bucal.

Existe a intenção de ampliar gradualmente o número de Equipes de Saúde

Bucal na Estratégia Saúde da Família, para viabilizar a reorientação do modelo

assistencial à saúde, expandindo e qualificando a atenção básica.

SAÚDE MENTAL

A Política de Saúde Mental de Itajaí está estruturada com Ambulatório de

Saúde Mental, CAPS II, CAPS ad e CAPS Infanto-juvenil, além do apoio da atenção

básica e ESF, em situações específicas. Além disso, as situações de

urgências/emergências em saúde mental são atendidas no pronto-atendimento do

bairro São Vicente e no pronto-socorro do HMMKB. E quando necessária internação

a referência é o instituto de Psiquiatria de Florianópolis – IPQ ou Hospital Samaria

em Rio do Sul.

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94

Os CAPS fazem a triagem dos pacientes, definindo aqueles que serão

atendidos no ambulatório, na unidade de saúde ou no próprio CAPS. Os

encaminhadores para os CAPS são as Unidades de Saúde, Secretaria da Criança e

do Adolescente, Secretaria de Desenvolvimento Social, Conselho Tutelar, Ministério

Publico, outras instituições do município, além da demanda espontânea.

A rede de saúde mental de Itajaí está assim estruturada, partindo da proposta

apresentada na legislação de saúde mental de nosso país, ou seja, a política ideal

de tratamento em saúde mental é a que consegue manter o paciente integrado na

comunidade.

Em 2009 foi realizada a 1ª Semana de Saúde Mental de Itajaí, em

comemoração ao dia Nacional de Luta Antimanicomial – 18 de maio, com realização

de vários eventos: 1º Fórum de Saúde Mental (tema – saúde mental na atenção

básica), 1ª Jornada de Saúde Mental na Universidade (parceria curso de psicologia

Universidade do Vale do Itajaí) e Caminhada de Usuários e Profissionais de CAPS

na Rua Hercílio Luz. A proposta da Semana de Saúde Mental foi de divulgar os

serviços de saúde mental da rede publica, enfatizar a importância da capacitação da

atenção básica nos atendimentos de saúde mental, além de dismistificar a “loucura”

e diminuir o preconceito com o louco e com o tratamento em saúde mental.

Também em 2009 foram realizadas duas capacitações em saúde mental uma

capacitação em urgências/emergências psiquiátricas, para servidores das

secretarias municipais de saúde e hospitais dos 11 Municípios da AMFRI –

Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí-Açú, com organização da

coordenação de Saúde Mental de Itajaí e Financiamento da Regional de Saúde.

Foi aprovado o protocolo de atendimento a urgências/emergências

psiquiátricas, a partir de uma parceria do HMMKB, Ministério Público e Secretaria

Municipal de Saúde.

A implantação de leitos psiquiátricos em hospital geral, no caso no HMMKB,

não foi possível devido avaliação negativa da estrutura da ala psiquiátrica pela

coordenação estadual de saúde mental, como também a falta de médicos

psiquiatras no quadro de profissionais da secretaria de saúde.

Concluímos também em 2009 a capacitação em Terapia Comunitária,

oferecida pela saúde mental estadual, para quatro profissionais do município de

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95

Itajaí. A partir da formação os profissionais capacitados iniciaram grupos de terapia

comunitária em dois bairros do município, sendo o público alvo os profissionais das

unidades de saúde. A Terapia Comunitária vem sendo implantada em vários

municípios do Brasil, como política publica em saúde mental na atenção básica e

esta é a proposta que pretendemos dar seguimento em Itajaí.

Iniciamos ainda a participação no Conselho Municipal Anti-drogas/COMAD e

nas capacitações em saúde mental oferecidas pelo estado para situações de

catástrofes naturais.

Em dezembro/2009 o CAPS II mudou de sede, pois o número de usuários

aumentou significativamente e a casa onde funcionava não comportava mais a

demanda.

SAÚDE DO IDOSO

Conforme o IBGE, o índice de envelhecimento aponta para mudanças na

estrutura etária da população brasileira. Em 2008, para cada grupo de 100 crianças

de 0 a 14 anos existem 24,7 idosos de 65 anos ou mais. Em 2050, o quadro muda e

para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172,7 idosos.

Um exame das estruturas etárias projetadas mostra, também, a

transformação nas relações entre pessoas que ingressam (e permanecem) nas

idades ativas e aquelas que atingem as chamadas potencialmente inativas. Em

2000, para cada pessoa (01) com 65 anos ou mais de idade, aproximadamente 12

estavam na faixa etária chamada de potencialmente ativa (15 a 64 anos). Já em

2050, para cada pessoa (01) com 65 anos ou mais de idade, pouco menos de 03

estarão na faixa etária potencialmente ativa. No tocante às crianças e jovens,

existirão cada vez mais pessoas em idade potencialmente ativa “destinadas” a

suprir suas necessidades.

Com os avanços da medicina e as melhorias nas condições gerais de vida da

população repercutem no sentido de elevar a média de vida do brasileiro

(expectativa de vida ao nascer) de 45,5 anos de idade, em 1940, para 72,7 anos,

em 2008, ou seja, mais de 27,2 anos de vida. Segundo a projeção do IBGE, o país

continuará galgando anos na vida média de sua população, alcançando em 2050 o

patamar de 81,29 anos.

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96

O município de Itajaí apresenta conforme projeção do IBGE para o ano de

2007, 163.218 habitantes, sendo 7, 940 acima de 60anos, correspondendo 4,86%

da população total. Realizando-se uma projeção para 2009 chegamos

aproximadamente a 172.081 habitantes, sendo 8, 371 acima de 60 anos,

correspondendo 4,86%.

O município conta com 04 profissionais Médicos Geriatras, com lotação em

uma unidade de referência, onde é realizada assistência médica e de enfermagem,

como visita domiciliar, palestras, consultas médicas e de enfermagem. A população

idosa conta com o apoio das 37 equipes de ESF, que trabalham com ações de

prevenção, promoção e recuperação da saúde. Em Itajaí, este grupo de pessoas

também conta com o Projeto Itajaí Ativo, onde um professor de Educação Física

reúne grupos nos bairros coordenando exercícios físicos conforme a necessidade e

possibilidade de cada um.

O município tem como meta até 2013, implantar um “Protocolo da Saúde do

Idoso” ampliando a saúde do mesmo, buscar articulação intersetorial com

instituições e conselhos de assistência ao idoso, ampliar a cobertura do Projeto

Itajaí Ativo nos bairros, ampliar o acesso dos idosos aos serviços de saúde,

qualificar a equipe de saúde para o atendimento específico do idoso, reduzir a

mortalidade prematura baseado em estatísticas, ampliar a equipe de saúde

aumentando a assistência e realizar ações de prevenção e promoção à saúde.

PROGRAMA DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE

O município disponibiliza atendimento nas áreas de Homeopatia, Acupuntura

e na prática de Do-In. O serviço conta com 02 médicos homeopatas e 01

acupunturista e funciona no Centro de Práticas Integrativas e Complementares em

Saúde (CEPICS), anexo ao CRESCEM.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

No ano de 2009 a equipe de Nutricionistas da Secretaria Municipal de Saúde

encontrava-se composta de 6 profissionais até o início do segundo semestre, onde

a partir do aumento da demanda de serviços prestados, houve a necessidade de

pelo menos mais um profissional. Atualmente o quadro do profissional de nutrição é

constituído de 7 nutricionistas, distribuídas da seguinte forma:

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4 nutricionistas na atenção básica, distribuídas em unidades de referência;

1 nutricionista em nível central – SMS;

1 nutricionista na Vigilância Sanitária;

1 nutricionista na Vigilância Epidemiológica.

Salientando que dentro da Diretoria de Atenção à Saúde, o quadro deste

profissional é composto por 5 nutricionistas, 4 na Atenção Básica e 1 em nível

central.

As atividades na Atenção Básica concentram-se nos seguintes segmentos:

Atendimento nutricional ambulatorial, através de agendamento por

encaminhamento de referência e contrarreferência, por profissionais de

saúde;

Educação nutricional nas unidades onde há atendimento com nutricionista;

Participação dos grupos de educação em saúde como: gestantes de alto

risco, diabetes e hipertensos, tabagismo, entre outros;

Atendimento ambulatorial e acompanhamento nutricional dos usuários do

Programa Itajaí Ativo;

Terapia Nutricional Domiciliar – visita domiciliar a pacientes acamados, com

fornecimento de fórmulas nutricionais enterais;

Terapia Nutricional Ambulatorial – atendimento e acompanhamento de

pacientes com patologias que necessitam de fórmulas nutricionais

específicas, como baixo peso, alergia alimentar, doenças inflamatórias

intestinais, doenças renais, entre outras;

Atendimento e acompanhamento nutricional aos recém-nascidos de alto

risco;

Acompanhamento nutricional dos desnutridos graves notificados pelo SINAN

e SISVAN;

Atendimento e acompanhamento nutricional de diabéticos insulino

dependentes;

Elaboração dos descritivos das fórmulas nutricionais distribuídas aos

pacientes.

As atividades em nível central concentram-se em:

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Coordenação das atividades das nutricionistas na atenção básica;

Coordenação e realização de ações dos Programas SISVAN, Bolsa Família e

Saúde de Ferro;

Elaboração da licitação das fórmulas nutricionais, assim como, pedido,

controle de estoque e distribuição das fórmulas às nutricionistas da atenção

básica;

Elaboração e realização de palestras solicitadas a Secretaria de Saúde;

Investigação dos casos de desnutrição grave notificados pelo SINAN e

SISVAN;

Orientação à população que vem até a Secretaria de Saúde em busca de um

profissional de nutrição.

Devido ao aumento crescente da demanda das prestações de serviços,

principalmente referente à aquisição e distribuição de fórmulas nutricionais,

considerado um ponto crítico no serviço de nutrição, pois não se consegue atender

a quantidade total necessária ao paciente e embora, já haja um protocolo de terapia

nutricional ambulatorial e domiciliar, tanto para adultos como para crianças,

contendo todos os critérios de inclusão para recebimento de fórmulas nutricionais,

pretende-se no ano de 2010 formalizar os protocolos de nutrição junto ao Conselho

Municipal de Saúde – COMUSA.

Além disso, para atender melhor aos pacientes, no ano de 2010 será

realizada uma parceria com a assistente social da Secretaria de Saúde, para que

esta realize uma avaliação das condições sócio-econômicas do paciente, e partir

desta avaliação, o profissional de nutrição estabelecerá a quantidade de fórmulas

nutricionais a ser fornecida.

No ano de 2010 também será realizada uma parceria com os profissionais de

fisioterapia domiciliar, onde será elaborado um prontuário do paciente, para

descrição da evolução e das tomadas de decisões de ambos profissionais, nutrição

e fisioterapia, buscando um melhor acompanhamento do paciente. Verifica-se

também a necessidade de implementar parceria com os profissionais da

Fonoaudiologia, pois a realização de intervenção fonoaudiológica domiciliar, nos

casos de pacientes com sondas, facilita e agiliza a sua retirada, além de reduzir os

custos disponibilizados nas utilização delas.

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Para os anos de 2010 e 2011 será dada continuidade a participação das

nutricionistas em grupos de educação em saúde, assim como realização de oficinas

de saúde, como aproveitamento integral do alimento, incentivo ao aleitamento

materno, vigilância do peso – objetivando reduzir os índices de sobrepeso e

obesidade no município de Itajaí. Assim como será dada continuidade as atividades

realizadas na Atenção Básica, buscando-se realizar constantes avaliações para

melhoria do atendimento nutricional a população.

Planeja-se para os anos de 2010 e 2011 a aquisição de materiais

permanentes como balanças digitais e antropômetros portáteis para melhor

avaliação dos acamados durante a visita domiciliar. Ainda a elaboração de banners

com temas de nutrição para realização de palestras, utilização em eventos, entre

outros.

Também no ano de 2010, serão atualizados todos os folders relacionados à

alimentação e diabetes, hipertensão, baixo peso, entre outros, alimentação

saudável, além de serem criados novos, como por exemplo sobre a introdução da

alimentação complementar, constipação e da cartilha de cuidados e orientações

para dieta enteral caseira para uso domiciliar.

No SISVAN, no ano de 2010, será dada continuidade ao acompanhamento

das faixas etárias de risco, estabelecidas pelo Ministério da Saúde, através da

inclusão ao Programa, assim como pelo acompanhamento através dos mapas de

acompanhamento gerados pelo Sistema de distribuídos as Unidades de Saúde pela

nutricionista do nível central. A partir dos dados do SISVAN, serão criados

indicadores para avaliação do estado nutricional, e a partir destes serão

estabelecidas ações junto a Estratégia da Saúde da Família.

Quanto ao Programa Saúde de Ferro, nos anos de 2010 e 2011, será

realizado um estudo amostral da importância deste programa no município, visto

que a suplementação apenas é utilizada para gestantes e crianças, buscando-se

evitar o desperdício de suplementos enviados pelo Governo Federal.

FISIOTERAPIA

A Fisioterapia no município de Itajaí está dividida por especialidades,

atendendo a crescente procura pelo serviço na região. São atendidos pacientes no

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Crescem, no Codim, no Ceredi, a domicílio e em clínicas credenciadas pelo SUS. A

Univali também atende os pacientes encaminhados pelas unidades de saúde da

rede.

Crescem: são atendidos pacientes em pré e pós-operatório de cirurgia de

mama; na área de ginecologia e obstetrícia; gestantes de alto risco; recém

nascido de alto risco; reeducação postural individual ou em grupos;

ortopédico em fase crônica, sem necessidade de eletroterapia.

Codim: são atendidos pacientes com hanseníase.

Ceredi: são atendidos pacientes HIV- AIDS, com seqüelas motoras,

problemas respiratórios, problemas ortopédicos e traumatológicos sem

necessidade de eletroterapia.

Programa de Fisioterapia Domiciliar: são atendidos pacientes acamados,

restritos ao leito e dependentes nas suas atividades de vida diária.

Clínicas credenciadas pelo SUS: FisioForma, Fisioset, Reintegrar e Monte

Carmelo. Estas clínicas atendem as especialidades de ortopedia,

reumatologia, pediatria, neurologia, geriatria, ginecologia e respiratória.

Encaminhamentos da rede de atendimento do município: são prescritos

pelo médico ou enfermeiro responsáveis pelo paciente. Os pacientes

agendam seu atendimento no local escolhido para as sessões, exceto o

programa domiciliar onde a solicitação é encaminhada para a Secretaria

da Saúde.

Em 2009 houve um aumento significativo de atendimentos na região com a

implantação do Programa Domiciliar e a contratação de 04 novos profissionais. Com

isso, os atendimentos passaram de 40 a 120 pacientes semanais.

Também foi credenciada a clínica FisioForma, aumentando a demanda de

pacientes para as clínicas, bem como para a especialidade de acunpuntura, que

vinha sendo atendida somente no Crescem.

Os projetos/ações para 2010 são os seguintes:

Capacitação dos profissionais envolvidos no setor da fisioterapia;

Implantação de um centro especializado na região- CEFIR;

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Inclusão do serviço de Hidroterapia;

Aquisição de um carro equipado com materiais específicos para os

atendimentos domiciliares;

Fortalecer o trabalho multidisciplinar com as unidades de saúde;

Estabelecer reuniões periódicas entre toda a equipe, indiferente de

especialidade, ampliando a melhora do atendimento na região.

Reduzir a fila de espera presente na Univali para os atendimentos

de fisioterapia, visto que muitos pacientes são encaminhados pela

rede.

FONOAUDIOLOGIA

O departamento de Fonoaudiologia compreende dois setores: Audiologia e

Fonoaudiologia Terapêutica.

O Setor de Audiologia está situado na Policlínica Central. Conta com duas

fonoaudiólogas para realização de exames de audiometria e imitanciometria em

pacientes a partir de nove anos de idade, bem como autorizações de procedimento

de alta complexidade (APAC`s).

No Setor de Fonoaudiologia Terapêutica, atuam três fonoaudiólogas, sendo

duas na Policlínica Central e outra no Centro de Especialidades Odontológicas. São

atendidos pacientes, de todas as faixas etárias, com alteração na fala, voz,

linguagem oral e escrita, audição, motricidade orofacial e distúrbios da deglutição.

O departamento de Fonoaudiologia também possui uma funcionária

administrativa responsável pelas questões burocráticas.

Nestes dois setores, existe uma demanda crescente e contínua proveniente

de encaminhamentos de diversos profissionais da rede: médicos, dentistas,

psicólogos, fisioterapeutas, entre outros. Os atendimentos de fonoterapia ocorrem

em no máximo quatro ciclos de doze sessões cada. Após o término de cada ciclo é

agendada uma reavaliação e analisada a necessidade de participação no próximo

ciclo.

A previsão de alta depende de alguns fatores, tais como: patologia de base,

faixa etária, colaboração do paciente e família a fim de dar continuidade em casa às

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orientações passadas. Ressalta-se que o fato do atendimento ocorrer apenas 1 vez

na semana também contribui para o prolongamento do processo de alta. O

tratamento pode variar de seis meses a 1 ano e meio.

Em casos neurológicos, síndromes degenerativas e/ou pacientes oncológicos

estabelecemos prioridade de atendimento e a previsão de alta varia de acordo com

o quadro clínico apresentado. Destaca-se que o aumento de pessoas idosas em

Itajaí tem resultado também no aumento de casos neurológicos que são

encaminhados para a Fonoaudiologia, sejam eles casos de demências e/ou

seqüelas de AVE. Nesses casos os distúrbios de linguagem, fala, audição e

deglutição estão presentes e, desta forma, a demanda da atenção fonoaudiológica,

tanto ambulatorial como domiciliar, cresce. Contudo, o estrangulamento da oferta de

atendimento em decorrência da carência de profissional disponível, muitas vezes

tem inviabilizado a prioridade para os atendimentos destes casos.

Cada sessão terapêutica tem em média 40 minutos de duração. Salienta-se

que o paciente é desligado do atendimento em casos de 3 faltas consecutivas ou 5

alternadas, por desistência e/ou por alta.

Os pacientes são chamados de acordo com a data de entrega do

encaminhamento, salvo apenas aqueles com patologias neurológica, degenerativa

e/ou oncológica.

De acordo com os dados computados, constata-se uma demanda reprimida

do Departamento de Fonoaudiologia desde 2007. Este número significativo de

pacientes em espera deve-se principalmente a dois fatores: número reduzido de

profissionais na área de fonoterapia e quebra freqüente do equipamento no setor de

audiologia. Ressalta-se que este equipamento (imitanciômetro) necessita de reparos

freqüentes, fato este que impede a realização dos exames e conseqüentemente

prolonga a espera por atendimento. Vale comentar que não são realizados exames

audiológicos em crianças com menos de nove anos de idade devido à ausência de

equipamento para tal.

Os resultados de um estudo prospectivo desenvolvido por pesquisadores do

curso de Fonoaudiologia da UNIVALI, em relação à prevalência de perdas auditivas

em Itajaí, mostram que na faixa etária infantil, 16,84% das crianças acima de 4 anos

apresentam algum tipo de deficiência auditiva; para crianças com idade até 3 anos e

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11 meses, 59,10% dos casos estudados apresentam alterações audiológicas. Os

resultados mostram perdas auditivas leves em 23,24% das pessoas, e perdas

incapacitantes (moderadas, severas e profundas) em 6,68%. Destaca-se ainda que

o estudo revelou que a cada 1000 pessoas indagadas sobre dificuldade em ouvir,

25% afirmaram apresentar esta dificuldade sendo estes, pessoas acima de 60 anos

de idade.

Estes dados apontam para a necessidade de maior atenção aos recursos

humanos e materiais disponíveis no serviço de fonoaudiologia com vistas a atender,

em tempo, as pessoas com queixas de perda auditiva. No caso das crianças com

menos de 5 anos, a perda auditiva acarreta atraso ou distúrbio no desenvolvimento

da linguagem, e consequentemente dificuldades escolares.

Sendo assim torna-se relevante investir no serviço fonoaudiológico,

terapêutico e audiológico almejando fortalecer tanto o Programa Saúde da Criança

quanto a Programa Saúde do Idoso (a ser implantado).

Além da demanda ambulatorial, é fato a existência de demanda para

atendimento domiciliar, e conseqüentemente a necessidade de um profissional

direcionado a este novo setor de atendimento. Esta necessidade é também

reconhecida pelos profissionais de nutrição e fisioterapia que já atuam em ambiente

domiciliar. A implantação do serviço de fonoaudiologia domiciliar é emergente

principalmente para os casos que apresentam distúrbios da deglutição (bebês

recém-natos provenientes da maternidade do Hospital Marieta K. Bornhausen e do

Hospital Pequeno Anjo, além de idosos com seqüelas de AVE) bem como distúrbios

de linguagem e fala (também decorrentes de seqüelas de AVE). Destaca-se

novamente a necessidade de fortalecer os Programas Saúde da Criança e Saúde

do Idoso por meio da intervenção fonoaudiológica.

Assim, para contemplar esta demanda reprimida, faz-se necessária a

contratação de mais fonoaudiólogos, a aquisição de equipamentos e materiais e a

implantação do Centro de Fonoaudiologia, integrado ao serviço de Fisioterapia e de

Psicologia, formando o Centro de Reabilitação de Itajaí.

Com esta estrutura espera-se: extinguir a demanda reprimida; atender as

alterações fonoaudiológicas dos pacientes do município de Itajaí; realizar a

avaliação audiológica básica e complementar de crianças, adultos e idosos; prestar

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atendimento na área de fonoaudiologia terapêutica; oferecer triagem e avaliação

fonoaudiológica na área clínica; proporcionar orientação fonoaudiológica aos

cuidadores e familiares e ampliar o quadro de profissionais fonoaudiólogos.

Para tanto, faz-se necessário: construir, adquirir ou alugar um imóvel; adquirir

equipamentos e materiais para realização dos atendimentos; ampliar o quadro de

profissionais fonoaudiólogos, chamando os profissionais aprovados em concurso

público vigente; proporcionar aperfeiçoamento dos fonoaudiólogos por meio de

supervisão, cursos, palestras, congressos, fóruns e outros.

Com o Centro de Fonoaudiologia em funcionamento a capacidade de

atendimento seria ampliada significativamente.

O setor de Audiologia que atende atualmente em média 240 procedimentos

mensais, sendo o atendimento restrito a pacientes maiores de 9 anos de idade,

passará a comportar 400 atendimentos/mês sendo a clientela atendida de qualquer

faixa etária. Além de passar a realizar exames audiológicos até então não

oferecidos: PEATE, emissões otoacústicas e avaliação de processamento auditivo

central. Atualmente estes exames são realizados pela UNIVALI (Universidade do

Vale do Itajaí), entretanto a cota atendida também não absorve a demanda.

O Setor de Fonoaudiologia Terapêutica que possui capacidade para atender

60 pacientes/mês passará a atender 200 pacientes (60 que continuam em

atendimento mais 140 novos pacientes).

No que se refere a recursos humanos, será necessária a contratação dos

seguintes profissionais: 6 fonoaudiólogos; 1 médico otorrinolaringologista; 01 auxiliar

administrativo e 01 agente de serviços gerais.

Equipamentos e materiais para os respectivos setores:

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Tabela 48. Materiais do setor de Audiologia. Itajaí, 2009.

Produto Marca Quantidade Preço Unitário (R$)

Audiômetro – modelo Ac40 Interacoustics 02 30.000,00

Campo livre 2.100,00

Imitanciômetro - modelo GSI-38v2 Suzuki &

Ogiba (Peep Show)

GSI-VIASYS 01 30.000,00

200,00

Equipamento para realização de PEATE e

emissões otoacústicas (modelo GSI-Audera)

GSI - VIASYS 01 200.000,00

Cabinas acústicas medindo 2 x 2,10 x 2m

cada

02 8.050,00

Maca com degrau para subida do paciente 01

Mesas medindo 2 x 1m 02

Cadeiras 10

Computadores 02

Impressora a laser 01

Aparelhos de ar condicionado 02

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Tabela 49. Produtos especializados do setor de Fonoterapia. Itajaí, 2009.

Produto Marca Quantidade Preço Unitário (R$)

Paquímetro digital Pró-Fono 05 165,00

Adesivos generalização posturas orais Pró-Fono 25 35,00

Aeronaso Altmann Pró-Fono 10 44,00

Bexigas – refil aeronaso Pró-Fono 10 13,00

Espelho nasal milimetrado de Altmann Pró-Fono 10 70,00

Refil espelho milimetrado Pró-Fono 10 13,00

Estimulador térmico Pró-Fono 10 35,00

Exercitador labial Pró-Fono 25 37,00

Auxiliar para afilamento lingual Pró-Fono 25 15,00

Scape Scope Pró-Fono 10 29,00

Mordedor látex para exercícios miofuncionais Pró-Fono 50 6,00

Pôster Sistema Respiratório Pró-Fono 5 22,00

Vibrador Massageador Pró-Fono 10 175,00

Carimbo das Pregas Vocais Pró-Fono 10 60,00

Carimbo das Boquinhas Pró-Fono 10 52,00

Baralho Multissensorial Fonemas/Grafemas Pró-Fono 05 180,00

Adesivos do quadro fonêmico Pró-Fono 25 21,50

Elásticos ortodônticos Pró-Fono 50 8,00

Cronômetro SL 110 c/ relógio Oregon 05 54,90

Software Alfabetização Fônica Computadorizada USP 05 50,00

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Tabela 50. Equipamentos do setor de Fonoterapia. Itajaí, 2009.

Produto Quantidade Marca Valor unitário (R$)

TV 14 polegadas 14PT3336 05 Phillips 339,00

DVD 05 Sony 229,00

Rádio Gravador com CD, MP3 PCD 2603 05 NKS 199,90

Computador 05 Secretaria da Saúde

Impressora Multifuncional com fax 01 HP 399,00

Mesa infantil com 04 cadeiras 05 Orçar em marcenaria

Colchonete 05 Secretaria da Saúde

3.2. ATENÇÃO ESPECIALIZADA

A atenção especializada representa o conjunto de procedimentos de média e

alta tecnologia, com alto custo e serviços qualificados. A média complexidade

ambulatorial envolve a maioria dos procedimentos necessários para o diagnóstico,

tratamento e reabilitação que, pelo seu caráter complementar e suplementar à

atenção básica são de extrema relevância na redução da demanda para a alta

complexidade.

O planejamento da cobertura assistencial pela atenção especializada tem

sido feito com base nas Programações Pactuadas e Integadas (PPIs) da Atenção à

Saúde, de acordo com o perfil epidemiológico do município e outras informações em

saúde. Tais referências são revistas periodicamente, conforme a consolidação dos

protocolos clínicos e outros impactos nas condições de saúde da população.

A Alta Complexidade Ambulatorial encontra-se ainda na sua maioria sob

gestão estadual e este duplo gera dificuldades na atenção integral à saúde. A

fragilidade nos processos de pactuação intergestores, o baixo financiamento, o

insuficiente processo regulatório e as diversidades operativas são problemas

estritamente vinculados que ocupam a agenda dos gestores como desafios a serem

enfrentados nesse quadriênio. O município de Itajaí vem avançando na realização

de procedimentos de Alta complexidade, já realizando Ressonância Magnética,

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Tomografia Computadorizada, Medicina Nuclear, Densitometria Óssea, Litotripsia,

Hemodinâmica (Cateterismo), Angiotomografia, Biopsia Guiada por

Tomografia/Ultrasonografia, Oncologia (quimioterapia), Cirurgia Vascular, Cirurgia

Cardíaca, Cirurgia de Catarata e procedimentos em Audiologia.

. Em relação à atenção hospitalar, a situação brasileira está caracterizada por

uma crise decorrente das dificuldades no setor organizacional, político, financeiro,

assistencial e de formação profissional. A percepção da existência de múltiplos

fatores inter-relacionados, com destaque para os aspectos financeiros e a baixa

resolutividade do setor, impulsionando à reflexão sobre a necessidade de avançar

na busca de um modelo de cuidado construído por uma gestão qualificada e

enfocada no usuário.

O município conta com serviço ambulatorial em varias especialidades,

clinicas e cirúrgicas, reduzindo cada vez mais a necessidade de Tratamento Fora de

Domicilio (TFD). As especialidades pediátricas são as que mais demandam

encaminhamentos, principalmente para o Hospital Joana de Gusmão, em

Florianópolis. Algumas especialidades nesta área são supridas a partir de convênios

com o Ambulatório da Univali.

Os atendimentos especializados se encontram em vários locais, destacando-

se o CRESCEM, Centro de Referencia São Judas, os CAPS e o Ambulatório

Central.

SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

O município mantém com recursos próprios um serviço de Pronto

Atendimento Municipal, o PA São Vicente. Fazem parte da rede municipal os

Pronto-Socorros do HMMKB e do HUPA, que também tem participação financeira

da SMS. O serviço de emergência tem enfrentado sérias dificuldades no que tange

à contratação de médicos, principalmente Pediatras para o serviço de Emergência.

Este fato, alias, tem se repetido no Brasil inteiro.

Ainda contamos com o SAMU, acionado através da Central de Regulação, e

que conta com 01 Unidade Avançada (USA) composta por 01 médico, 01

enfermeiro, 01 motorista e 01 Unidade básica (UBS) composta por 01 técnico de

enfermagem e 01 motorista. A regulação é feita pela central que localiza-se no

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município de Balneário de Camboriú, dentro do Batalhão de Policia Militar. A base

em nosso município localiza-se no bairro São Vicente, na Avenida Marcos Konder.

A equipe é composta de 06 técnicos de enfermagem, 12 motoristas, 01

coordenação, 06 enfermeiros e 06 médicos. A contratação dos médicos é realizada

pelo estado, havendo grande dificuldade na manutenção destes profissionais.

3.3. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

A Assistência Farmacêutica é um conjunto de ações centradas no

medicamento e executada no âmbito do Sistema Único de Saúde, devendo estar

fundamentada nos mesmos princípios que fundamentam o SUS, como a

universalidade, descentralização, eqüidade e hierarquização do atendimento.

Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto

individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao

acesso e ao uso racional. Seu objetivo primordial é apoiar as ações de saúde na

promoção do acesso aos medicamentos essenciais e promover seu uso racional

(Conselho Nacional de Saúde. Resolução Nº 338 de 22 fev. 2006).

O CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Figura 49. Organograma da Assistência Farmacêutica

Fonte: Marin, (2001) apud OPAS/OMS, 2003.

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110

O medicamento é um insumo estratégico de suporte às ações de saúde, cuja

falta pode significar interrupções constantes no tratamento, o que afeta a qualidade

de vida dos usuários e a credibilidade dos serviços farmacêuticos e do sistema de

saúde como um todo. Desta forma, qualquer problema relacionado ao Ciclo da

Assistência compromete o acesso ao tratamento. Nos últimos anos a Assistência

Farmacêutica ganhou relevância nas discussões acerca da gestão do Sistema

Único de Saúde, à medida que os gestores perceberam a demanda crescente de

recursos alocados para a aquisição de medicamentos e a relação com a qualidade

dos serviços de saúde.

O investimento na Assistência Farmacêutica é uma meta a ser aspirada e um

benefício a ser conquistado pelo sistema.

Sendo a Relação Nacional de Medicamentos (RENAME) planejada para

atender 98% dos agravos da população, a disponibilização de toda essa lista pelo

SUS é outro objetivo a ser alcançado.

A revisão da Relação Municipal de Medicamentos (REMUME) acontecerá

ainda no ano de 2010, sendo considerados os critérios definidos pela Organização

Mundial de Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde (OMS/OPAS). Os

critérios de revisão servirão como instrumento para capacitar os prescritores quanto

às regras para uma prescrição de qualidade nos critérios do Sistema Único de

Saúde (SUS).

Neste momento é indicado que as farmácias sejam regularizadas junto aos

órgãos de fiscalização, passando a ter licença de funcionamento, alvará sanitário,

certificado de regularidade e farmacêutico responsável técnico. Os profissionais

farmacêuticos necessitam de amparo legal pelo município para que de fato sejam os

responsáveis técnicos. Estas unidades assumiriam assim a dispensação dos

medicamentos controlados.

Contraditoriamente, apesar do crescimento da rede e da demanda, da

instalação de unidades que necessitam de medicamentos controlados como os

CAPSs - Centros de Atendimento Psicossocial, CEREDI e até mesmo da expansão

de unidades maiores do tipo Pronto-atendimento e projeto de implantação de

Policlínicas que por si só já possuem estrutura mais diversificada, há necessidade da

implementação no quadro de recursos humanos da categoria farmacêutica, para

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suprir suas farmácias e prover a SMS de uma Assistência Farmacêutica mais

aproximada de seu conceito.

Destacamos a falta de pessoal de apoio como o Atendente de Farmácia,

necessário para operacionalizar o sistema informatizado e auxiliar a administração

de materiais (medicamentos) e atendimento ao público. Atualmente trabalhamos com

auxiliar de enfermagem e técnico de enfermagem. Devido ao número reduzido

destes profissionais e por afinidade encontramos dificuldades de lotar pessoal em

farmácia e dispensários.

Na estrutura organizacional oficial (Organograma da SMS), a Gerência de

Ações Farmacêuticas pertence ao Departamento de Ação à Saúde. Abaixo quadro

indicativo do local de lotação dos farmacêuticos desta secretaria:

Local de Trabalho Número de

Profissionais

Carga Horária

Gerência de Ações Farmacêuticas

Gerente

Assistente

01

01

40 horas

30 horas

Serviço de Administração de Materiais 01 30 horas

Policlínica São Vicente /

Pronto Atendimento 01 30 horas

Policlínica Fazenda 01 30 horas

Farmácia Popular do Brasil 02 30 horas

Farmácia das Ações Integradas da Saúde (FAISI)

Coordenador FAISI

Medicamentos Excepcionais

Não Padronizados e Ações / Judiciais

01

01

01

40

30

30

DVS 01 30

CEREDI 01 30

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112

Programa Remédio em Casa 01

01

30 horas

40 horas

Total 14

O Programa de Medicamentos Excepcionais é um programa instituído pelo

Ministério da Saúde (MS) em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde de

Santa Catarina (SES/SC), que tem por objetivo disponibilizar medicamentos no

âmbito do SUS para tratamento de doenças raras ou de baixa prevalência e com

elevado custo unitário do medicamento prescrito; ou ainda quando o custo se torna

elevado devido à cronicidade do tratamento, casos esses em que há a

refratariedade, intolerância ou avanço da patologia frente aos tratamentos existentes

na atenção básica. Atualmente são atendidos pelo programa cerca de 1800

pacientes que perfazem um total de 2500 processos de medicamentos atendidos.

Diariamente passam pelo programa, em média, cerca de 180 pacientes. Citamos

com atribuições do farmacêutico:

Revisão e envio de todos os processos para que estes sejam enviados

completos e não acarrete a devolução do mesmo com conseqüente

demora para o paciente receber o medicamento (inerente ao profissional

farmacêutico).

Acompanhamento de várias patologias tais como Hepatite C, Hepatite B,

pacientes usuários de toxina botulínica, artrite reumatóide, transplantados,

renais crônicos, que sem o devido acompanhamento podem até ficar sem

seu medicamento (inerente ao profissional farmacêutico).

Organização e logística do programa, desde confecção de pastas para

arquivamento de processos, contato com o pacientes, organização dos

armários dos medicamentos, entre outros.

Conferência e armazenamento dos medicamentos quando da sua

chegada, o que acontece todo começo de mês.

A falta de articulação com os profissionais médicos, por não conhecerem o

funcionamento do programa, gera preenchimento errôneo dos documentos,

penalizando o paciente. Sem contato com os médicos, tanto especialistas como

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clínicos gerais da ESF, o andamento do programa fica comprometido como já foi

dito anteriormente. Isto acontece pela falta de funcionários no setor, inviabilizando a

saída do farmacêutico responsável para realizar palestras e orientações.

A lentidão na avaliação de processos pela Diretoria de Assistência

Farmacêutica (DIAF/SES) resulta em atrasos no atendimento de pacientes. Outro

fator que também contribui para estes atrasos é a demora na entrega de

medicamento pela DIAF/SES.

O Serviço de Administração de Materiais (SAM) tem necessidade de reforma

tanto física como organizacional. O espaço físico não está sendo suficiente para a

manutenção de estoque mínimo estratégico de forma que garanta o abastecimento.

Para o ano de 2011 necessitamos de adequação física da Farmácia das

Ações Integradas de Saúde de Itajaí (FAISI), transformando em um espaço mais

acolhedor e resolutivo. Também já existe a necessidade de descentralizar as ações

de assistência farmacêutica, montado mais uma Farmácia na região próxima ao

Pronto atendimento do São Vicente.

O Programa Remédio em Casa tem por objetivo entregar medicamentos de

uso contínuo para o tratamento de hipertensão e diabetes na residência do paciente

com mais de 60 anos. Tal atividade visa o aumento no acesso aos medicamentos a

uma determinada faixa populacional que muitas vezes, tem dificuldades em

deslocar-se até a unidade de saúde, dificultando a adesão ao tratamento

medicamentoso. O Programa, em sua primeira fase de implantação, abrangerá as

áreas correspondentes às unidades de saúde de Cordeiros, Costa Cavalcante e

Votorantim. Os pacientes cadastrados receberão em casa seus medicamentos,

através de entrega domiciliar feita por profissional capacitado. Posteriormente, com

evolução e aprimoramento das atividades o programa será expandido tanto

geograficamente, quanto na população que será beneficiada. O Programa de

Remédio em Casa capacitará o Agente Comunitário de Saúde visando o trabalho

em conjunto para a avaliação dos pacientes incluídos no Programa.

A Assistência Farmacêutica (AF) coordena as atividades do programa

Remédio em Casa e considerando a adesão aos Núcleos de Apoio à Saúde da

Família (NASF), assinalam a necessidade de fomentar os Pólos de AF. Os Pólos de

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AF irão empregar a estrutura física, tecnológica e de pessoal, para que as ações de

AF sejam resolutivas das demandas de terapêutica medicamentosa.

A criação dos pólos irá viabilizar as atividades de Assistência Farmacêutica

(AF) e vai de encontro à necessidade de adequar o serviço à responsabilidade

técnica exigida pelo conselho regional de farmácia bem como agrega a

possibilidade de atendimento qualificado em casos de catástrofes naturais. Os

novos pólos contarão com a implantação de acesso a medicamentos com

orientações sobre todas as possibilidades de tratamento medicamentoso no âmbito

do SUS.

A dispensação por estes pólos é estratégica quanto à necessidade de

qualificação da atenção bem como vai de encontro ao que aponta a legislação. As

unidades de saúde, por necessidade de manutenção de lista de medicamentos

disponíveis que promovam a descentralização da atenção, têm que estar

apropriados ao que a legislação permite à dispensários. A legislação que aprova

medicamentos em dispensários (onde é destituído da necessidade de estar

presente na unidade de saúde o profissional farmacêutico) limita o número de itens.

É a alternativa viável à atenção farmacêutica, que em conjunto com sistemas

informatizados executa a entrega de medicamentos em casa para doenças crônicas

e possibilita aos farmacêuticos estarem, através dos pólos, atuando na Atenção

Farmacêutica. Facilita o acesso a medicamentos de pessoas que podem ter

dificuldade em comparecer a unidade da saúde, ao mesmo tempo em que alivia a

unidade de saúde com o trânsito desnecessário de pessoas. O farmacêutico do pólo

fará o acolhimento de casos em que a visita domiciliar será de relevante interesse

na manutenção do tratamento de doenças crônicas. Ainda será o responsável em

adequar os espaços físicos das farmácias e/ou dispensários da região de sua

competência, bem como dar acolhimento e os devidos encaminhamentos para que

a população, sob sua responsabilidade faça uso racional de medicamentos.

3.4. VIGILÂNCIA EM SAÚDE

A Vigilância em Saúde é um conceito que se expressa no acompanhamento

da saúde da população através de um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir

ou prevenir riscos e agravos à saúde do indivíduo, da coletividade e ambiental pela

intervenção nos problemas que podem desencadeá-los. Seguindo uma das

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diretrizes do SUS, que é a descentralização, o município assume as ações de

vigilância em saúde, permitindo assim maior agilidade na identificação de doenças,

agravos e outros fatores que possam comprometer a saúde dos indivíduos e do

meio-ambiente. A avaliação do risco epidemiológico e a análise do impacto de

determinados eventos sobre a saúde da população fundamentam a programação

das atividades da Vigilância em Saúde. Ademais, o atendimento à demanda

espontânea que chega do cidadão é considerado em conjunto com outras

atividades a serem desenvolvidas rotineiramente.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA

As ações de Vigilância Sanitária caracterizam-se por procedimentos de

orientação, cadastramento, inspeção, investigação, autuações em níveis de:

intimação, infração e imposição de penalidade, controle e monitoramento, os quais

demandam ações, como: atendimento ao público, deslocamentos, coleta de

análises fiscais, apreensão e inutilização de produtos, interdição de

estabelecimentos e produtos, instauração de processos, elaboração de relatórios e

ofícios, registro e divulgação de dados etc.

PROGRAMAS REALIZADOS

1. VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO - VIGIAGUA

Realizar coleta de amostras de água segundo um plano de amostragem.

Realizar a interpretação dos resultados.

Conferir todos os registros de análises dos responsáveis pela distribuição.

2. VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DE PRODUTOS E DIVERSOS SETORES

Inspeção sanitária com adoção de roteiros específicos para cada tipo

estabelecimento que: produzem, manuseiem, fracionam, comercializem,

distribuem, armazenam, transportam, importam e exportam: Água, alimentos,

medicamentos, cosméticos, produtos para saúde, saneantes.

3. VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR

Notificar todos os acidentes relacionados à saúde do trabalhador – Pactuado

para 2011.

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116

4. VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO MANEJO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS E SÓLIDOS

Fiscalizar manejo de resíduos domésticos.

Fiscalizar descarte/destino de resíduos de serviços de saúde e quaisquer

resíduos gerados em diversos estabelecimentos.

AÇÕES DE VISA

1. FÁRMACO E TOXICOVIGILÂNCIA, HEMO E TECNOVIGILÂNCIA

Notificação e investigação de queixas técnicas e eventos adversos

relacionados a produtos diversos.

2. ATIVIDADES EDUCATIVAS EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Produção de folder, folhetos.

Participar e/ou realizar fóruns, palestras, feiras.

Promover cursos para manipuladores de alimentos.

3. PHAROS – SISTEMA ESTADUAL DE INFORMAÇÕES DE VISA

Alimentação do Sistema de Informação Estadual com vistas a formação do

Cadastro.

4. INSPEÇÃO SANITÁRIA E FISCALIZAÇÃO REFERENTE AO PROGRAMA DE CONTROLE DO

TABAGISMO EM ESTABELECIMENTOS SUJEITOS À FISCALIZAÇÃO

Ações educativas e punitivas em ambientes onde aplica-se o controle do tabagismo

DADOS REFERENTES AO ANO DE 2009

Alvarás Renovados: 2.133

Alvarás Novos: 297

Licenças Renovadas: 463

Licenças Novas: 87

Coletas programadas PEMQSA de Água/Alimentos:

o 360 Coletas - Água

o 16 Coletas – Alimentos

Coletas não Programadas de Alimentos: 27

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117

Palestras Educativas em Escolas e Estabelecimentos/Empresas diversas: 57

Palestras Boas Práticas de Manipulação de Alimentos: 104

Público atendido em Palestras: 1.614

Denúncias Atendidas: 680

Vistorias Conjuntas com SIM, SIE, SIF e Sidasc: 50

Vistorias Zoosanitárias: 100

MAPEAMENTO DE ESTABELECIMENTOS NÃO CADASTRADOS

Mapear e cadastrar estabelecimentos “clandestinos” ainda não cadastrados

junto a VISA municipal.

Abaixo, gráfico com a evolução da estimativa de estabelecimentos não

cadastrados (clandestinos), junto à Diretoria de Vigilância Sanitária Municipal de

Itajaí nos anos de 2000 a 2009.

Figura 50. Percentual de estabelecimentos não cadastrados. Itajaí, 2000-2009.

Fonte: SMS – Vigilância Sanitária. Itajaí, 2009.

* O município desenvolve todas as ações do piso estruturante e as ações do piso estratégico são

desenvolvidas quase na sua totalidade. Como nos é exigido constantemente pela Vigilância Sanitária

Estadual, faz-se necessário a execução de maior volume de ações, que resultam em repasses de

recursos do Ministério da Saúde/ANVISA para o Fundo Municipal de Saúde. Para tanto faz-se

necessário treinamentos e capacitações dos Fiscais Sanitaristas em ações pactuadas do piso

estratégico.

0

5

10

15

20

25

30

35

2000 2002 2004 2006 2008

Perc

en

tual

Anos

Alimentos Saúde

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118

ASPECTOS ESTRUTURAIS DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ

Tabela 51. Estrutura operacional da Vigilância Sanitária. Itajaí, 2009.

QUANTIDADE PESSOAL NECESSIDADE

08 Fiscais Sanitários

(nível superior) Ampliação

12 Fiscais Sanitários.

(nível médio) Ampliação

QUANTIDADE VEÍCULOS NECESSIDADE

03 02 Veículos GOL

01 Veículo Fiat UNO Ampliação

QUANTIDADE OPERACIONALIZAÇÃO NECESSIDADE

--- Sistema informatizado Criação de um Sistema de

Informações próprio

--- Código Sanitário Municipal Elaboração e criação do Código

Sanitário Municipal

--- Estrutura/Espaço Físico Ampliação e Estruturação

--- Laboratório para Análises

Criação de Laboratório para

realização de análises

bacteriológicas e físico-químicas

de água e alimentos.

INTERSETORIALIDADE E REPASSES FINANCEIROS

A Vigilância Sanitária é acionada com frequência para realização de ações

conjuntas com outros órgãos governamentais, como FAMAI, CIDASC,

FAZENDA, MAPA e Ministério Público e realiza também ações como blitz de

fiscalização em atividades de interesse da saúde, atendimento de

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reclamações e de denúncias e apoio ao município em festividades como

Festas Juninas, Festa da Tainha, Festa do Colono, Rodeios, Marejada, etc.

O cumprimento dos protocolos de vistorias reverte em recolhimento de taxas

municipais de liberação de Alvarás Sanitários e Licenças Sanitárias, que são

canalizadas para conta específica da Prefeitura Municipal de Itajaí.

O cumprimento dos protocolos de vistoria resulta também em repasses do

Governo Federal para o Fundo Municipal de Saúde através do procedimento

fundo a fundo.

Os aumentos das ações de Vigilância Sanitária, com mapeamento de

atividades clandestinas, podem elevar a somatória da arrecadação de taxas

municipais, mais os de repasse federais fundo a fundo.

Finalizando, as atividades de natureza fiscal, policial e operacional, envolvendo

serviços relativos à inspeção e vigilância sanitária, através do desenvolvimento de

atividades de nível básico e de média complexidade, relacionadas à vigilância,

requerem a execução qualificada em saúde pública, envolvendo estudo,

coordenação, supervisão, execução e avaliação de ações de saúde, especialmente

nas áreas básicas e de média complexidade.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

A vigilância epidemiológica tem por missão conhecer o perfil dos agravos

ocorridos com maior freqüência no município, monitorando a ocorrência de

notificações de agravos de notificação compulsória e os fatores relacionados à

ocorrência destes agravos, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de

prevenção e controle destes agravos, disponibilizando informações atualizadas

sobre a ocorrência de doenças e agravos, bem como dos seus fatores

condicionantes para a execução de ações de controle e prevenção, possibilitando

um melhor conhecimento da situação populacional do município e o planejamento

de ações globais direcionadas aos diferentes grupos populacionais.

É um instrumento importante para o planejamento, a organização e a

operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normalização de

atividades técnicas correlatas. Sua operacionalização compreende um conjunto de

funções específicas e complementares que devem ser, necessariamente,

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desenvolvidas de modo contínuo, permitindo conhecer, a cada momento, o

comportamento epidemiológico da doença ou agravo para que, deste modo,

possam ser implementadas ações de intervenção pertinentes e eficazes.

É a ferramenta metodológica mais importante para a prevenção e controle de

doenças em saúde pública, pois não existem ações de prevenção e controle de

doenças que não estejam estruturadas sobre sistemas de vigilância epidemiológica.

Dentre as principais funções da Vigilância Epidemiológica estão à coleta de

dados; processamento de dados coletados; análise e interpretação dos dados

processados; recomendação das medidas de controle apropriadas; promoção das

ações de controle indicadas; avaliação da eficácia e efetividade das medidas

adotadas; divulgação de informações pertinentes.

Fazem parte das atividades desenvolvidas pela Diretoria de Vigilância

Epidemiológica de Itajaí os seguintes serviços:

Vigilância de Alimentos: coordena, em nível municipal, as atividades

relacionadas à Vigilância Alimentar: Vigilância Epidemiológica das Doenças

Transmitidas por Alimentos (VEDTA): responsável pela detecção de surto

através do monitoramento de Doenças Diarréicas Agudas (MDDA),

investigação de agravos transmitidos por alimentos de notificação individual e

de surtos.

Estatísticas Vitais: responsável pelas informações relacionadas à natalidade

(SINASC) e mortalidade (SIM), permitindo analisar os eventos relativos ao

nascimento e morte, vigilância e análise epidemiológica, além de construção

de indicadores para uso de estatísticas demográficas e de saúde.

Vigilância de Doenças de Notificação Compulsória: responsável pela

Vigilância de Agravos Agudos e Não Transmissíveis. Em relação aos agravos

agudos, ressalta-se a vigilância e controle dos agravos imunopreveníveis:

sarampo, rubéola, tétano, meningite e poliomielite. O monitoramento dos

agravos de notificação compulsória é estratégico para o planejamento hábil

de ações preventivas e curativas em situações de relevância para a saúde

coletiva do município.

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121

Vigilância de Agravos Crônicos e DSTs: Responsável pela vigilância e

controle de agravos crônicos e Doenças Sexualmente Transmissíveis, a fim

de priorizar as seguintes doenças: tuberculose, hanseníase, AIDS e Hepatite.

Gerencia de DST/AIDS e Hepatites virais: Coordena o Programa Municipal

DST/Aids e Hepatites Virais e tem como objetivo reduzir a incidência do

HIV/Aids e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com

HIV/Aids no município, proporcionando expansão da qualidade dos serviços

públicos oferecidos às pessoas portadoras de HIV/Aids e outras DST; a

redução da transmissão vertical do HIV e da sífilis; o aumento da cobertura

do diagnóstico e do tratamento das DST e da infecção pelo HIV; o aumento

da cobertura das ações de prevenção nas populações com maior

vulnerabilidade (profissionais do sexo, usuários de drogas, etc); a redução do

estigma e da discriminação.

Núcleo de controle de Zoonoses: Coordena a vigilancia dos agravos

transmitidos por vetores(animais), os principais agravos trabalhados pelo

Nucleo de Controle de Zoonoses os atendimento Anti-rábico humano

(Mordeduras); Dengue; Leptospirose; Hantavirose; Malária; leishmaniose;

Febre Amarela; Febre Maculosa; Acidente por Animais Peçonhentos;

Teníase/ Cisticercose/ Esquistossomose; Doença de Chagas Aguda, entre

outros. Os principais objetivos do NCZ são a Vigilância dos Agravos

Humanos; realização de educação continuada através da realização de

Palestras em escolas, unidades básicas de saúde, hospitais, empresas,

associação de moradores e comunidade em geral; Monitoramento e Controle

Vetorial, através de visita técnica domiciliar, orientações em geral, realização

de Ações Coletivas (Ação Leishmaniose, Campanha de Vacinação). Cabe

salientar que contempla ainda o Programa de Combate a Dengue, o

Programa de Controle de Roedores e Caramujo Africano.

Programa Municipal de Imunizações (PNI): responsável pelo controle,

eliminação e erradicação das doenças imunopreveníveis, através do

armazenamento, distribuição, coordenação e supervisão de todas as

atividades em imunização realizadas no município, sejam elas de rotina,

especiais ou de Campanha. Também é responsável pela avaliação e apoio

técnico nas investigações de notificações de eventos adversos pós-vacinais

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122

A seguir tabelas mostrando a série histórica da cobertura vacinal no município.

Tabela 52. Cobertura da vacina Tetravalente (Difteria, Tétano, Pertussis e anti-haemophilus)

em menores de 1 ano. Itajaí, 2003-2009.

Ano População

Sinasc

3as

doses

aplicadas Resultado Meta

2003 2379 2496 104,9% 95%

2004 2455 2400 97,7% 95%

2005 2510 2684 106,9% 95%

2006 2390 2633 110,1% 95%

2007 2425 2799 115,4% 95%

2008 2693 2498 92,7% 95%

2009 2636 2875 109% 95%

Fonte: SINASC e SI-AIU

Tabela 53. Cobertura da vacina Tríplice Viral em crianças de 1 ano. Itajaí, 2003-2009.

Ano População

SINASC

Doses aplicadas Resultado Meta

2003 2379 3517 147,8% 100%

2004 2455 2920 118,9% 100%

2005 2510 2888 115,0% 100%

2006 2390 2890 120,9% 100%

2007 2425 2867 118,2% 100%

2008 2693 3047 113,0% 100%

2009 2636 3196 121,2 100%

Fonte: SINASC e SI-AIU

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123

Tabela 54. Cobertura da vacina contra Hepatite B em menores de 1 ano. Itajaí, 2003-2009.

Ano População

SINASC

3º doses

aplicadas

Resultado Meta

2003 2379 2099 88,2% 95%

2004 2455 2045 83,2% 95%

2005 2510 2547 101,4% 95%

2006 2390 2510 105,0% 95%

2007 2425 2590 106,8% 95%

2008 2693 2383 88,4% 95%

2009 2636 2687 101,9% 95%

Fonte: SINASC e SI-AIU

Tabela 55. Cobertura da vacina BCG em menores de 1 ano. Itajaí, 2003-2009.

Ano População

SINASC

Doses

aplicadas

Resultado Meta

2003 2379 2635 110,7% 100%

2004 2455 2811 114,5% 100%

2005 2510 3148 125,4% 100%

2006 2390 2985 124,8% 100%

2007 2425 3394 139,9% 100%

2008 2693 3419 126,9% 100%

2009 2636 3326 126,1% 100%

Fonte: SINASC e SI-AIU

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124

Tabela 56. Cobertura da vacina Sabin em menores de 1 ano. Itajaí, 2003-2009.

Ano População

SINASC

3º doses

aplicadas

Resultado Meta

2003 2379 2421 101,7% 100%

2004 2455 2541 103,5% 100%

2005 2510 2608 103,9% 100%

2006 2390 2597 108,6% 100%

2007 2425 2719 112,1% 100%

2008 2693 2506 93,0% 100%

2009 2636 2822 107,0% 100%

Fonte: SINASC e SI-AIU

IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS

- DANTS.

É meta da SMS, implantar na estrutura da Diretoria de Vigilância

Epidemiológica o Serviço de Vigilância e Prevenção das Doenças e Agravos Não

Transmissíveis (DANT), conforme prevê a Política Nacional de Promoção de Saúde

e em concordância com os dados do SIH/SUS e do Sistema de Informações sobre

Mortalidade, que demonstram que as principais causas de mortalidade no município

são as doenças e agravos não transmissíveis, como as doenças do aparelho

circulatório; neoplasias e as causas externas.

Como as doenças crônicas não transmissíveis são de etiologia multifatorial e

compartilham vários fatores de risco modificáveis, como tabagismo, a atividade

física, a alimentação inadequada, obesidade e a dislipidemia; o monitoramento da

prevalência dos fatores de riscos e as ações de promoção da saúde e de prevenção

de Doenças Crônicas Não Transmissíveis e seus fatores de risco devem ser

realizadas de maneira integrada e abrangente.

Neste contexto e baseado na análise da situação de saúde do município,

justifica-se a necessidade da implantação do Serviço de Vigilância e prevenção das

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125

Doenças e Agravos Não Transmissíveis através da abordagem de temas referentes

às ações de:

Vigilância e prevenção das DCNT;

Vigilância e prevenção de Violências;

Vigilância e prevenção de Acidentes;

Ações de implantação dos ambientes livres de tabaco;

Manter e implementar as ações de atividade física orientada.

4. GESTÃO DE SAÚDE

A gestão da saúde possui como diretriz a qualificação das ações de

planejamento e programação em saúde, através de uma política de

descentralização baseada nas necessidades da comunidade.

Itajaí vem construindo uma política de saúde a partir das realidades regionais

e conforme a nova lógica do Ministério da Saúde, que é o Pacto pela Saúde. Deste

modo reafirma seu compromisso público com base nos princípios constitucionais do

SUS. As ações de planejamento possuem especial importância neste processo de

consolidação, nas quais as necessidades de saúde da população devem ser adotas

como critério para o processo de planejamento, monitoramento e a avaliação, sendo

o Plano Municipal de Saúde o instrumento referencial básico por refletir as

diferentes realidades locais.

O organograma abaixo mostra a estrutura organizacional da SMS.

Figura 51. Organograma da SMS. 2009.

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126

GABINETE

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO

ESTRATÉGICA

GERÊNCIA DE ENGENHARIA E MANUTENÇÃO

GERÊNCIA DE CONTROLE E ADMINISTRAÇÃO DE

FROTA

GERÊNCIA DE INFORMATIZAÇÃO E

TELEFONIA

GERÊNCIA DE ADMINISTRAÇÃO DE

MATERIAIS

GERÊNCIA DE COMPRAS, CONTRATOS E LICITAÇÕES

DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

GERÊNCIA DE PROGRAMA DST/AIDS

GERÊNCIA DE IMUNIZAÇÕES

GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA DE DOENÇAS DE

NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA NUTRICIONAL E DE

ALIMENTOS

GERÊNCIA DE CONTROLE DE DOENÇAS

TRANSMISSÍVEIS CRÔNICAS

GERÊNCIA ESTATÍSTICAS VITAIS

DIRETORIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

GERÊNCIA DE AÇÕES DE SAÚDE

GERÊNCIA DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS DE

SAÚDE

GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL

GERÊNCIA DO CERESTI

DIRETORIA DE ATENÇÃO À SAÚDE

GERÊNCIA DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE

GERÊNCIA DA ATENÇÃO ESPECIALIZADA

GERÊNCIA DE AÇÕES FARMACÊUTICAS

GER6ENCIA DE AÇÕES MÉDICAS

GERÊNCIA DE AÇÕES ODONTOLÓGICAS

DIRETORIA DE REGULAÇÃO, CONTROLE, AVALIAÇÃO E

AUDITORIA

GERÊNCIA DE CONTRATOS E CREDENCIAMENTOS

GERÊNCIA DE REGULAÇÃO, CONTROLE E AVALIAÇÃO

GERÊNCIA DE AUDITORIA

DIRETORIA DO FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE

GERÊNCIA DE DESPESAS

DIRETORIA DE GESTÃO DE TRABALHO E EDUCAÇÃO

EM SAÚDE

GERÊNCIA DE GESTÃO DE PESSOAS

GER6ENCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

COORDENAÇÃO TÉCNICAGERENCIA

ADMINISTRATIVA

ASSESSORIA JURÍDICAASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

ASSESSORIA DE PLANEJAMENTO, INFORMAÇÃO E

AVALIAÇÃO

COMUSA

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127

INVESTIMENTOS

A Secretaria Municipal da Saúde busca otimizar recursos e oferecer

melhorias e projetos à comunidade. Assim diversos investimentos estão sendo

alocados em reformas de unidades de saúde, aquisição de veículos e materiais e

equipamentos. Esses investimentos permitem beneficiar à comunidade e

contribuem para o avanço das ações de saúde pública.

A gestão municipal também tem investido na tecnologia da informação como

estratégia para a agilização dos processos de tomada de decisões, planejamento e

demais atividades relacionadas aos serviços de saúde, através da melhoria da

informatização da administração central e das unidades de saúde.

INFORMAÇÃO EM SAÚDE

SISTEMAS

A implantação dos sistemas de informação configura um passo importante

para a qualificação do gerenciamento dos serviços, especialmente de média

complexidade. Com a regulação, aperfeiçoa-se a oferta de ações e serviços,

estabelece-se um fluxo eficaz de referência e contra-referência, de

encaminhamentos de pacientes e de agendamento de consultas e exames,

garantindo-se o acesso da população aos serviços da média e alta complexidade.

A gestão municipal dos bancos de dados epidemiológicos nacionais,

incluindo o de mortalidade (SIM), o de nascidos vivos (SINASC) e o do sistema de

informação dos agravos de notificação (SINAN) garante o acompanhamento do

perfil epidemiológico do município de modo global, incluindo a totalidade da

população do município e não apenas os usuários do SUS.

As informações para a gestão das internações hospitalares do SUS são

colhidas, processadas e armazenadas no Sistema de Informações Hospitalares

SIH/SUS, desenvolvido e mantido pelo Ministério da Saúde, que se caracteriza por

ser um sistema nacional de informações coletadas através do processamento

informatizado das AIHs – Autorização de Internações Hospitalares (o que já inicia na

autorização, através do Módulo Autorizador). As informações das AIHs permitem a

analise de custo das internações, da morbidade hospitalar, além do controle e

monitoramento de indicadores hospitalares.

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128

REGULAÇÃO

A Regulação é uma FERRAMENTA de gestão, através da qual se busca

promover a equidade do acesso, buscando-se alcançar a garantia da integralidade

da assistência e permitindo ajustar a oferta assistencial disponível às necessidades

imediatas do cidadão, de forma equânime, ordenada, oportuna e racional.

No município de Itajaí o processo de Implantação da Gerência de Regulação,

deu-se em abril de 2007. A equipe contava com: 4 médicos reguladores e 10

servidores administrativos.

No ano de 2009 devido à exoneração de alguns funcionários (contratados), a

regulação passou por uma adaptação onde hoje conta com 3 médicos reguladores e

5 servidores administrativos.

ABRANGÊNCIA DA REGULAÇÃO

Alta Complexidade: Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada,

Medicina Nuclear, Densitometria Óssea, Litotripsia, Hemodinâmica (Cateterismo),

Angiotomografia, Biopsia Guiada por Tomografia/Ultrasonografia, Oncologia

(quimioterapia), Cirurgia Vascular, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia de Catarata,

Audiologia.

Média Complexidade: Ultrassonografia, Ultrassonografia com Doppler, Teste

Ergométrico, Ecocardiografia, Holter 24 horas, Endoscopia Digestiva Alta,

Eletroneuromiografia, Eletroencefalografia, Videonasofaringoscopia, todas as

consultas de especialidade.

Atenção Terciária em Saúde: em Itajaí, existem dois hospitais conveniados: Hospital

e Maternidade Marieta Konder Bornhausen e Hospital Universitário Pequeno Anjo.

Nos Hospitais são realizados atendimentos, como internações e cirurgias e

atendimentos de urgência/emergência, nos pronto-socorros.

Em relação à distribuição de leitos, atualmente o município tem um total de

482 leitos hospitalares sendo que destes 309 são SUS, o que corresponde a 64 %

do total.

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Tabela 57. Distribuição de leitos por especialidade e tipo de convênio. Itajaí, 2009.

Tipo Código Descrição Existente SUS Não SUS

Cirúrgico

1 Buco maxilo facial 4 1 3

2 Cardiologia 22 16 6

3 Cirurgia geral 111 64 47

4 Endocrinologia 2 1 1

5 Gastroenterologia 2 1 1

6 Ginecologia 8 5 3

8 Nefrologia/urologia 3 1 2

9 Neurocirurgia 18 12 6

11 Oftalmologia 2 1 1

12 Oncologia 16 10 6

13 Ortopedia/traumatologia 36 21 15

14 Otorrinolaringologia 2 1 1

15 Plástica 5 1 4

16 Torácica 4 1 3

Total 235 136 99

Clínico

31 AIDS 18 14 4

32 Cardiologia 28 21 7

33 Clinica geral 8 5 3

35 Dermatologia 3 1 2

36 Geriatria 8 4 4

37 Hansenologia 2 1 1

38 Hematologia 5 2 3

40 Nefro-urologia 4 3 1

41 Neonatologia 2 1 1

42 Neurologia 11 8 3

44 Oncologia 5 4 1

46 Pneumologia 9 6 3

Total 103 70 33

Complementar

65 Unidade intermediaria neonatal 5 0 5

66 Unidade isolamento 6 3 3

75 UTI adulto - tipo II 30 20 10

78 UTI pediátrica - tipo II 10 6 4

81 UTI neonatal - tipo II 16 12 4

Total 67 41 26

Obstétrico

10 Obstetrícia cirúrgica 24 15 9

43 Obstetrícia clinica 6 4 2

Total 30 19 11

Pediátrico 45 Pediatria clinica 93 68 25

Total 93 68 25

Outras especialidades

34 Crônicos 5 3 2

47 Psiquiatria 11 10 1

49 Tisiologia 5 3 2

Total 21 16 5

Total clínico/cirúrgico 338 206 132

Total geral menos complementar 482 309 173

Fonte: CNES/DATASUS

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FINANCIAMENTO

As necessidades de financiamento no setor saúde são enormes, sendo

assim, isso faz com que as autoridades das três esferas de governo estejam sempre

se empenhando na busca de fontes adicionais de recursos, bem como na ampliação

dos orçamentos em saúde.

Com o objetivo de garantir os recursos necessários para o atendimento da

saúde pública, em 13 de setembro de 2000, foi editada a Emenda Constitucional nº

29, que alterou a Constituição Federal de 1988. O novo texto assegurou a efetiva

co-participação da União, dos Estados e dos Municípios no financiamento das

ações e serviços públicos de saúde.

A exemplo do que vinha ocorrendo com os mínimos exigidos para a

educação, foram estabelecidos percentuais mínimos das receitas da União, dos

Estados e dos Municípios, a serem aplicados em ações e serviços de saúde.

Os recursos públicos destinados às ações e serviços de saúde devem ser

aplicados, obrigatoriamente, por meio dos Fundos de Saúde, sendo acompanhados

na sua destinação e utilização pelos respectivos Conselhos de Saúde, tanto da

União, quanto dos Estados, Distrito Federal e Municípios, o que garante a

participação da comunidade no controle dos recursos destinados à área da saúde.

Os Estados e Municípios que não cumprirem os limites mínimos estabelecidos pela

Constituição Federal estão sujeitos a sanções que vão, desde a retenção das

transferências do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios

(FPM), até a intervenção da União no Estado ou do Estado no Município.

Os recursos federais do SUS são transferidos aos níveis estaduais e

municipais mediante remuneração por serviços produzidos (SIA/AIH), transferências

voluntárias (através de convênios e outros instrumentos congêneres), e

transferências fundo a fundo.

A transferência fundo a fundo é realizada, regular e automaticamente, da

União para os Estados e Municípios, para o financiamento das ações e/ou

programas de saúde executados, de acordo com a condição de gestão a que

estejam habilitados, sendo essa a principal modalidade de transferência de recursos

federais para os Estados, Municípios e Distrito Federal, a título de financiamento

das ações e serviços de saúde.

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131

Os recursos destinados à execução da Atenção Básica e das ações

específicas de Programas e Incentivos do Ministério da Saúde são transferidos do

Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais ou Municipais de Saúde,

observadas as condições de gestão bem como as qualificações de estados e

municípios aos respectivos Programas e Incentivos de acordo com a

regulamentação específica.

Os recursos financeiros do Sistema Municipal de Saúde provêm de diversas

fontes, sendo destinados a programas e ações específicas. Os recursos federais da

saúde são repassados em cinco blocos de financiamento: Atenção Básica, Atenção

de Média e Alta Complexidade, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e

Gestão do SUS. Já os recursos estaduais são repassados através do Co-

financiamento da Atenção Básica e da Farmácia Básica. Outra forma de

financiamento são os convênios assinados com o Governo Estadual e/ou Federal,

que permitem o repasse de recursos específicos para a execução de projetos de

melhorias da Rede Física de Saúde, construção de Unidades Básicas de Saúde,

implementação de novos programas, etc.

Os recursos do Governo Federal são repasses exclusivos para financiamento

de projetos específicos e representam fontes potenciais de aporte financeiro para

diversos projetos de desenvolvimento futuros, a serem implantados no município. A

Emenda Constitucional nº. 029/2000 preconiza a aplicação mínima na saúde de

15% dos recursos oriundos da transferência de impostos municipais, estaduais e da

União. Em 2009, o Município de Itajaí através de seu Fundo Municipal de Saúde

aplicou 19,51% do seu orçamento em saúde, visando atender todas as ações,

serviços, projetos e programas da Secretaria Municipal de Saúde.

Desta forma, houve um investimento em saúde acima do mínimo exigido pela

Emenda Constitucional citada anteriormente, mostrando que o Município de Itajaí

investe com responsabilidade e de forma efetiva na manutenção e ampliação de

seus serviços de saúde, dentre outras ações, sendo assim, possibilitando a inserção

de políticas públicas nos mais variados setores da saúde, definindo uma política

estratégica visando o fortalecimento do Sistema Único de Saúde em nível local.

A elaboração da peça orçamentária deve observar a estreita articulação com

todos os serviços e áreas da SMS, bem como atender às novas normas de

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financiamento do SUS, além dos compromissos firmados no Pacto pela Saúde. Tais

medidas permitem maior precisão na dotação orçamentária, a fim de que se amplie

ainda mais os recursos destinados à saúde.

Para o exercício 2010, a estimativa de investimentos em saúde será de R$

102.496.400,00 (cento e dois milhões e quatrocentos e noventa e seis mil e

quatrocentos reais), conforme previsto na Lei Orçamentária Anual.

É fundamental reconhecer que os recursos financeiros, destinados às ações

de saúde, são otimizados com um planejamento voltado para o atendimento das

necessidades de saúde da população.

É necessária a construção de uma gestão orçamentária-financeira do SUS

que integre as funções planejar, orçar, executar, acompanhar, fiscalizar e avaliar os

recursos aplicados em saúde, para tanto, existem instrumentos orçamentários como

a Lei de Orçamento Anual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Plano Plurianual.

Tabela 58. Gastos do Fundo Municipal de Saúde. Itajaí, 2008-2009.

Detalhamento

Orçado Liquidado Acumulado

2008 2009 2008 2009

Aplicações Diretas-

Folha/IPI

R$ 34.946.371,71 R$ 39.366.100,00 R$ 37.062.464,50 R$ 45.304.384,76

Convênios R$ 1.711.168,28 R$ 2.599.010,00 R$ 1.699.383,04 R$ 2.534.816,44

Aplicações Diretas-

Materiais e Serviços

R$ 38.596.799,31 R$ 45.042.035,00 R$ 47.794.168,66 R$ 54.172.700,24

Aplicações Diretas-

Investimentos

R$ 2.558.144,46 R$ 1.795.000,00 R$ 1.643.423,87 R$ 874.949,40

Total R$ 77.812.483,76 R$ 88.802.145,00 R$ 88.199.440,07 R$ 102.886.850,84

Fonte: SIOPS

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133

GESTÃO DE PESSOAS E DO TRABALHO

A Diretoria de Gestão de Trabalho e Educação em Saúde, estruturada

pela Lei Complementar nº 150 de 12 de março de 2009 é composta por duas

Gerencias:

À Gerência de Gestão de Pessoas compete:

Aplicar e fazer aplicar as leis e regulamentos referentes ao

pessoal da Secretaria, orientando e fiscalizando sua execução,

bem como estabelecer rotinas destinadas a uniformizar a

aplicação da legislação;

Gerenciar as atividades de seleção, capacitação e cadastro de

pessoal da Secretaria;

Organizar e controlar a lotação, provimento e vacância de

cargos, empregos e funções públicas da Secretaria;

Gerir o processo e processamento, bem como normatizar e

controlar os afastamentos e freqüência dos servidores da

Secretaria;

Gerenciar as rotinas relativas ao desenvolvimento funcional,

benefícios e vantagens pecuniárias atribuídos aos servidores da

Secretaria;

Estabelecer rotinas e procedimentos referentes ao ingresso de

pessoas na Secretaria;

Gerenciar os diversos institutos de movimentação de pessoas da

Secretaria; e

Desempenhar outras atribuições correlatas, determinadas pelos

superiores hierárquicos.

À Gerência de Educação em Saúde compete:

Planejar, coordenar, organizar, controlar, gerenciar, dirigir e

normatizar as atividades inerentes à educação em saúde do

Município; e

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134

Desempenhar outras atribuições correlatas, determinadas pelos

superiores hierárquicos.

A Diretoria de Gestão de Trabalho e Educação em Saúde está

localizada em sala anexa a Secretaria da Saúde e conta com 5 profissionais. 2

técnicos administrativos e 3 agentes em atividades administrativas

São atribuições: controle da frequência dos servidores, emissão e

controle de férias, licenças, controle do cadastro dos profissionais (documentos

pessoais e profissionais do servidor), envio e recebimento de documentos

referentes aos servidores cedidos de outros órgãos, remoção de servidores.

ESTRUTURA FÍSICA ATUAL:

A área física é uma sala de 57m²; Temos 06 computadores, 03

impressoras, mobiliários de escritório.

O município de Itajaí é considerado importante pólo regional de saúde,

recebendo muitos pacientes dos municípios vizinhos. Para o cumprimento de seu

papel dentro do sistema de saúde, o município conta com 38 estabelecimentos de

Saúde:

13 Unidades Básicas de Saúde;

07 Policlínicas de Saúde;

3 Centros de Referência em especialidades - PAM,

CRESCEM/CEPICS, SÃO JUDAS;

1 Laboratório de Análises Clínicas

1 Centro de Referência em Especialidades de Doenças Infecto-

contagiosas – CEREDI

1 Centro de Orientação e Diagnose Municipal – CODIM

1 Centro de Especialidades Odontológicas – CEO

1 Pronto Atendimento – PA São Vicente;

03 Unidades de Especialidades em Saúde Mental – CAPS II,

CAPSad, CAPSi;

01 Farmácia Popular;

1 Centro de estudos e prevenção de Zoonozes;

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1 Unidade de proteção e cuidados da raça canina – Canil Municipal

2 Ambulatórios - CAIC e Presídio

Além disto, a Secretaria Municipal de Saúde possui uma sede

administrativa que congrega todas as políticas de gestão em saúde do município.

A Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí dispõe de 870 servidores efetivos,

até a presente data, e estes estão assim distribuídos:

442 Profissionais que ocupam função de nível Superior;

324 Profissionais que ocupam função de nível Médio;

559 Profissionais que ocupam função de nível Fundamental.

Salientamos que embora alguns servidores ocupem funções de nível médio

e fundamental muitos deles já concluíram outros níveis, todavia a falta de

gerenciamento das informações não nos permite precisar o nível de escolaridade

dos servidores da SMS, justificando-se assim um dos motivos para a implantação

de um sistema de gerenciamento das informações.

Tabela 59. Distribuição dos funcionários da SMS, incluindo profissionais contratados em

regime de CLT (do Programa Estratégia de Saúde da Família). Itajaí, 2009.

CARGO QUANTIDADE

Agente Comunitário de Saúde 275

Agente de Endemias 53

Agente em Atividades Administrativas 28

Agente em Atividades de Educação 3

Agente em Atividades de Saúde 8

Agente em Serviços Gerais 147

Artífice I 8

Artífice II 1

Assistente Social 12

Atendente de Unidade de Saúde 23

Auxiliar de Consultório Dental 15

Auxiliar de Enfermagem 125

Biólogo 1

Cirurgião Dentista 67

Educador Social 2

Enfermeiro 60

Enfermeiro ESF 32

Farmacêutico 21

Fisioterapeuta 9

Fonoaudiólogo 5

Laboratorista 1

Médico Acupuntura 1

Médico Alergista 1

Médico Anestesista 2

Médico Cardiologista 4

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Médico Cirurgião Pediátrico 2

Médico Cirurgião Vascular 1

Médico Cirurgião Geral 3

Médico Cirurgião Plástica 2

Médico Clínico Geral 32

Médico Dermatologista 5

Médico do Trabalho 3

Médico Endócrinologista 4

Médico Endócrinologista Pediatrico 1

Médico ESF 23

Médico Gastroenterologista 2

Médico Geriatra 3

Médico Ginecologista 19

Médico Hebeatra 1

Médico Hematologista 2

Médico Homeopata 2

Médico Imaginologista 1

Médico Infectologista 1

Médico Mastologista 1

Médico Nefrologista 1

Médico Neuro-Cirurgião 1

Médico Neuro-Pediatra 1

Médico Neurologista 3

Médico Oftalmologista 2

Médico Oncologista 2

Médico Ortopedista 3

Médico Ortopedista de Coluna 2

Médico Ortopedista Pediátrico 3

Médico Otorrinolaringologista 3

Médico Patologista 1

Médico Pediatra 33

Médico Pequenas Cirurgias 1

Médico Pneumologista 4

Médico Proctologista 2

Médico Psiquiatra 3

Médico Reumatologista 2

Médico Urologista 3

Médico Veterinário 7

Motorista 37

Nutricionista 8

Operador de Estacionamento 2

Psicólogo 27

Sanitarista 1

Tec. Ativ. Administrativas 30

Tec. Ativ. Saúde 1

Tec. Contabilidade 1

Tec. Enfermagem 115

Tec. Higiene Dental 5

Tec. Laboratório 1

Tec. Segurança do Trabalho 1

Terapeuta Ocupacional 7

TOTAL 1325

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137

DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

A Secretaria Municipal da Saúde investe no processo de educação em saúde

para qualificação da força de trabalho obedecendo à lógica da educação

permanente e continuada, assim como outros mecanismos de cooperação técnica

intra e interinstitucionais para o fortalecimento da sua rede prestadora de serviços.

O enfrentamento dos desafios situados no campo da gestão do trabalho nos

serviços de saúde requer ousadia de ação, não ficando restrito à abordagem

analítica do tema ou à simples advertência de que é preciso buscar novos

caminhos. Em 2009 os funcionários participaram de diversos cursos de capacitação

na região e no estado, principalmente nas áreas de atenção básica e vigilância em

saúde.

PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

O controle social, produto de conquistas democráticas, é um importante

instrumento para o exercício da cidadania, uma vez que confere à população o

papel de sujeito do direito à saúde e da exigência do cumprimento do dever por

parte do Estado. Confere também o papel de controlador do funcionamento dos

serviços e aos profissionais de saúde, espaço livre para manifestação de idéias e

tendências técnico-científicas. Esta participação social nas decisões em saúde é um

dos princípios fundamentais do SUS, devendo ser fortemente favorecida para se

garantir um controle construtivo e responsável. A Secretaria Municipal da Saúde tem

incentivado a participação da população através de suas entidades representativas,

que são o conselho local e municipal de saúde e a conferência municipal. Esta

parceria é necessária para assegurar que as ações em saúde, por ser um bem

público, não sejam decididas unilateralmente, preservando assim os direitos e o

poder da população.

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE

O Conselho Municipal de Saúde (COMUSA) é a fundamentação do Controle

Social. Tem as funções de acompanhar, avaliar e indicar prioridades para as ações

de saúde a serem executadas pelo Gestor de Saúde em sua área de abrangência.

A composição, organização e competência dos Conselhos Municipais de

Saúde, estão fixadas na Lei nº 8.142/90, na resolução 333 entre outras. No

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138

município de Itajaí, foi regulamentado através da Lei nº 2.634, de 18 de junho de

1991, e através da Lei nº 4.376, de 24 de agosto de 2005, que alterou a Lei 2.634 e

que lhe garantiu a seguinte composição: 28 (vinte e oito) membros titulares e 28

(vinte e oito) membros suplentes divididos por segmentos conforme a seguir:

Usuários: 13 (treze) representantes titulares e 13 (treze) suplentes, eleitos em

Fórum específico, das representações das Entidades da Sociedade Civil,

legalmente registradas e obedecendo a seguinte distribuição: 05 (cinco)

titulares e 05 (cinco) suplentes representantes de Associações de Moradores;

03 (três) titulares e 03 (três) suplentes representantes dos Sindicatos de

Trabalhadores; 03 (três) titulares e 03 (três) suplentes representantes de

Associações de Portadores de Patologias e Necessidades Especiais; 02

(dois) titulares e 02 suplentes, representantes de Movimentos Populares

vinculados à Saúde;

Prestadores de Serviços: 03 (três) representantes titulares e 03 (três)

suplentes, eleitos em Fórum específico das representações de Hospitais

Públicos, Laboratórios, Clínicas e Hospitais Privados conveniados pelo SUS

no município;

Profissionais de Saúde: 06 (seis) representantes titulares e 06 (seis)

suplentes, eleitos em Fórum específico de profissionais que prestam seus

serviços em unidades de Saúde instaladas no Município. Os representantes

dos Profissionais de Saúde serão indicados pelas Entidades Municipais

legalmente registradas, das diversas categorias, ou, na falta destas, pelas

Entidades de caráter Regional ou Estadual, tais como: Associações,

Sindicatos de Profissionais ou Conselhos Profissionais;

Conselhos Locais: 02 (dois) representantes, sendo 01 (um) titular e 01 (um)

suplente para servidor do Sistema Único de saúde e 01 (um) titular e 01 (um)

suplente para usuários do SUS, eleitos em fórum específico dos Conselhos

Locais de Saúde devidamente habilitados; e

Representantes do Governo Municipal: 04 representantes do Gestor

Municipal, sendo 01 (um) titular e 01 (um) suplente representando a

Secretaria Municipal de saúde, 01 (um) titular e 01 (um) suplente

representando a Secretaria Municipal de Educação, 01 (um) titular e 01 (um)

suplente representando a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e

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139

01 (um) titular e 01 (um) suplente representando o Poder Legislativo

Municipal.

A ação do executivo orientada pelas prioridades definida pelo Conselho é

muito mais efetiva, racional e democrática.

O grande desafio é aprender a controlar através de resultados: todo o aparato

da sociedade e do estado tem que ter como resultado final a conquista do estado de

bem-estar dos cidadãos.

A sociedade pode olhar para o público através dos indicadores de resultados:

indicadores de morbimortalidade; indicadores de saúde da mulher, da criança, do

adulto, do idoso; indicadores de conhecimento de saúde pela população;

indicadores de conhecimento de acesso físico e adequado aos serviços de saúde;

indicadores de grau de satisfação dos usuários; indicadores do processo de

integração intersetorial.

Sob esta dinâmica, o COMUSA se reúne mensalmente, às primeiras

segundas feiras do mês para a realização das Assembléias Ordinárias, e

quinzenalmente após, realiza as Assembléias Extraordinárias, com pauta única para

a prestação de contas do Fundo Municipal de Saúde.

O caminho para que o controle público, através do controle social, tenha

resultados palpáveis, seria o da parceria, tanto junto ao executivo municipal, assim

como com o próprio legislativo, apresentando as providências a serem tomadas. A

idéia central não é punir, mas modificar o errado e ratificar o correto. A negociação e

a pactuação devem ser o caminho.

Melhorando o conhecimento e a prática das pessoas envolvidas neste

processo de conquista da saúde, a qualidade final de vida e saúde das pessoas

será melhor.

Neste refrão entra a educação dos governantes e dirigentes públicos e

privados de saúde, dos prestadores de serviços de saúde, dos profissionais de

saúde, dos cidadãos usuários dos serviços de saúde, do Ministério Público, do

Judiciário, da mídia, etc.

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140

Há que se investir muito em formação sobre três aspectos: o saber fazer

técnico, o saber do bem conviver humano e o saber e viver o compromisso

individual humano com a sociedade onde se está.

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE

As Conferências de Saúde representam o fórum oficial de debates e decisões

das entidades representativas da sociedade sobre a saúde do município.

A última Conferência Municipal de Saúde foi realizada em 2005.

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141

PARTE III - FORMULAÇÃO DOS COMPROMISSOS PARA 2010 – 2013

PRIORIDADES

• Potencializar ações de vigilância, promoção da saúde e prevenção das

doenças baseadas no perfil identificado

• Ampliar e qualificar a Atenção Primária, a Atenção Especializada

Ambulatorial e a Atenção Hospitalar

• Melhorar e qualificar o Sistema Municipal de Urgências

• Ampliar o Sistema de Informação

• Qualificar a Gestão em Saúde

• Fortalecer o Controle Social

• Manter e ampliar a Assistência Farmacêutica

• Implementar ações para controle de riscos no Trabalho, Meio Ambiente e

Serviços e Produtos de Interesse à Saúde

• Manter e ampliar ações para o controle de Vetores e Zoonoses

• Ampliar e qualificar os servidores da rede municipal de saúde

• Garantir o financiamento das ações

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OBJETIVOS, DIRETRIZES E METAS:

1. AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA A ATENÇÃO INTEGRAL

OBJETIVO 1: FORTALECER A ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE (APS).

DIRETRIZ 1: CONSOLIDAÇÃO DA POLÍTICA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

METAS PERÍODO

Promover a conversão do modelo de atenção primária

tradicional para a abordagem de saúde da família 2010 – 2013

Aperfeicoar os processos de trabalho das ESF/APS pela

reorientação das suas práticas 2010 – 2013

Implantar os Programas de Saúde do Homem, Saúde do Idoso

e Saúde a Bordo 2010 – 2013

Garantir ações de educação permanente, com temas coerentes

com as necessidades locorregionais 2010 – 2013

Fortalecer o Programa Saúde da Raça Negra 2010 – 2013

Implantar o Programa de Anemia Falciforme e capacitar os

profissionais da rede 2010 – 2013

Aprimorar os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas da

atenção básica, em consonância com os protocolos e diretrizes

nacionais e estaduais e adequados às características do

município

2010 – 2013

Implantar instrumentos e ferramentas para a qualificação dos

processos de gerenciamento da APS 2010 – 2013

Melhorar a infraestrutura da informática para a gestão da APS 2010 – 2013

Estabelecer a referência e a contra referência da rede de

atendimento ao usuário, na logica da polihierarquização 2010 – 2013

Aperfeiçoar a capacidade de captação e fixação dos

profissionais da APS 2010 – 2013

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DIRETRIZ 2: ESTRUTURAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)

METAS PERÍODO

Manter acima de 70% o cadastramento da população na

Estratégia de Saúde da Família 2010 – 2013

Manter a composição completa dos profissionais das equipes 2010 – 2013

Implantar equipe de internação domiciliar 2010 – 2013

Converter as equipes de EACS em ESF 2010 – 2013

Capacitar 100% dos novos profissionais a serem integrados nas

equipes 2010 – 2013

Garantir a educação continuada dos profissionais no mínimo em

quatro áreas básicas 2010 – 2013

Estimular os profissionais da ESF ao uso de ferramentas como o

Telessaúde, busca e uso de Guideliness e Medicina Baseada

em Evidências (EBM)

2010 – 2013

Definir e implantar política de planejamento e avaliação do

desempenho das equipes de Estratégia de Saúde da Família 2010 – 2013

Aprimorar e informatizar o prontuário famíliar 2010 – 2013

Promover a articulação entre a equipe de ccordenação da ESF

e de gerenciamento à execução do PROESF 2010 – 2013

Adequar as unidades de saúde para realizar serviços e ações

da APS, de acordo com a população adscrita e normas técnicas

vigentes

2010 – 2013

Ampliar a resolutividade e a produtividade da ESF 2010 – 2013

Melhorar a informatização das unidades de ESF 2010 – 2013

Ampliar a equipe de gerenciamento da ESF 2010 – 2013

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OBJETIVO 2: QUALIFICAR OS PROGRAMAS E AÇÕES DE ATENÇÃO E PROMOÇÃO EM

SAÚDE.

DIRETRIZ 1: APRIMORAR AÇÕES DE PROMOÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA

METAS PERÍODO

Realizar primeira consulta e/ou visita domicilar até o 7o dia de

vida a 80% dos RN residentes no município 2010 – 2013

Implantar política de incentivo à amamentação em 100% das

unidades de saúde 2010 – 2013

Realizar 100% de visitas pós alta hospitalar das crianças

usuárias do SUS internadas no HUPA 2010 – 2013

Desenvolver e implantar ações de saúde do escolar em parceria

com a odontologia 2010 – 2013

Promover capacitação na area da saúde da criança dirigida aos

profissionais da ESF 2010 – 2013

Revisar protocolo de atendimento à crianca e neonatal

periodicamente, adequando-o às necessidades observadas 2010 – 2013

Promover a maior integração entre os pediatras da rede e a ESF 2010 – 2013

Manter as ações de prevenção e controle dos agravos na

infância nas creches e escolas do município, em parceria com a

Secretaria Municipal de Educação

2010 – 2013

Adquirir equipamentos para puericultura 2010 – 2013

DIRETRIZ 2: FORTALECER AS AÇÕES DE PROMOÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA

METAS PERÍODO

Realizar e promover ações educativas com as equipes e os

usuários visando a incorporação da prática de atividade física

regular

2010 – 2013

Realizar capacitação para atualização dos profissionais das ESF 2010 – 2013

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145

em atividade física, visando a prevenção de doenças e promoção

da saúde.

Ampliar o número de pólos de atividade física para todos os

bairros do município de Itajaí, visando a incorporação da prática

de atividade física regular

2010 – 2013

Ampliar o número de academias populares no município, visando

a incorporação da prática de atividade física regular em todas as

faixas etárias

2010 – 2013

Incluir diferentes modalidades de atividade física, como dança e

karatê, nos pólos do Programa Itajaí Ativo, visando uma maior

adesão dos usuários a prática de atividade física

2010 – 2013

Incentivar a prática de atividade fisica em adultos 2010 – 2013

DIRETRIZ 3: QUALIFICAR A ATENÇÃO PRÉ-NATAL

METAS PERÍODO

Captar precocemente as gestantes no primeiro trimestre 2010 – 2013

Garantir referência e contra-referência nos encaminhamentos

das gestantes de alto risco 2010 – 2013

Garantir consulta de puerpério até o 45º dia após o parto das

gestantes acompanhadas 2010 – 2013

Oferecer consulta pediátrica pré-natal por volta da 34ª semana

gestacional 2010 – 2013

Garantir a realização dos exames complementares de pré-natal

preconizados pelo MS 2010 – 2013

Manter o Sistema de Informação SISPRENATAL 2010 – 2013

Realizar a revisão do protocolo do pre natal 2010 – 2013

Realizar capacitação dos profissionais que atuam na realização

do pre-natal 2010 – 2013

Aprimorar o atendimento da gestante adolescente na rede 2010 – 2013

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146

Criar e implantar o protocolo de pré-natal da adolescente 2010 – 2013

Intensificar a vacinação contra tétano durante o período

gestacional 2010 – 2013

Capacitar a rede para detecção precoce dos casos de sífilis e

HIV na gestante 2010 – 2013

Ampliar o atendimento odontológico às gestantes 2010 – 2013

Manter o Programa nascer Itajaiense 2010 – 2013

DIRETRIZ 4: FORTALECER O PLANEJAMENTO FAMILIAR

METAS PERÍODO

Criar um protocolo de Planejamento Familiar 2010 – 2013

Estabelecer o fluxo de referência e contra-referência entre os

serviços de planejamento famíliar 2010 – 2013

Implementar o Planejamento Familiar nas unidades de saúde 2010 – 2013

Criar estratégias específicas para redução da gravidez

indesejada na adolescência e na fase adulta 2010 – 2013

Disponibilizar na rede de saúde os métodos contraceptivos

definidos no Protocolo 2010 – 2013

Elaborar cartilha educativa sobre o protocolo de uso dos

métodos contraceptivos 2010 – 2013

Realizar capacitação dos profissionais que atuam na realização

do planejamento familiar 2010 – 2013

DIRETRIZ 5: FORTALECER AS AÇÕES DE SAÚDE BUCAL

METAS PERÍODO

Ofertar o auxiliar de saúde bucal para os cirurgiões-dentistas 2010 – 2013

Manter serviço de referência em radiologia odontológica 2010 – 2013

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147

Adequar a área física e equipamentos conforme critérios dos

orgãos competentes para atendimento odontológico nas

unidades de saúde

2010 – 2013

Padronizar os materiais e instrumentais odontológicos das

unidades de saúde 2010 – 2013

Implementar e Implantar medidas de prevenção/redução de

riscos ocupacionais aos profissionais das UBS 2010 – 2013

Ampliar em 100% dos escolares a cobertura de ação coletiva de

escovação dental supervisionada 2010 – 2013

Realizar módulos de educação permanente 2010 – 2013

Manutenção das ações já existentes e ampliação do programa

de saúde bucal do escolar na rede pública 2010 – 2013

Manutenção do programa Bebê Sorridente 2010 – 2013

Ampliação do número de Equipes de Saúde Bucal (ESB) dentro

da ESF 2010 – 2013

Ofertar ações voltadas para a saúde bucal do idoso 2010 – 2013

Implantar,através do Centro de Especialidades Odontológicas

(CEO), o serviço de prótese odontológica no município 2010 – 2013

DIRETRIZ 6: REESTRUTURAR O MODELO DE ATENÇÃO EM SAÚDE MENTAL

METAS PERÍODO

Divulgar a politica de saúde mental e a proposta da reforma

psiquiatrica, em forum municipal e na mídia em geral 2010 – 2013

Ampliar disponibilidade de transporte para visitas domiciliares 2010 – 2013

Construir protocolo para implantação de um CAPS III 2010 – 2013

Ampliar ambulatório de saúde mental 2010 – 2013

Captar recursos para as capacitações, supervisão, 2010 – 2013

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instrumentalização e ampliações dos serviços de saúde mental

Promover ações de conjuntas entre o programa de redução de

danos e o CAPS AD 2010 – 2013

Oferecer supervisão clinico-institucional e capacitações para

equipes dos CAPS 2010 – 2013

Implantar protocolo de atendimento a crianças e adolescentes

usuários de drogas 2010 – 2013

Divulgar e descentralizar na rede básica de saúde ações de

prevenção, promoção e tratamento em saúde mental,

especialmente em relação ao uso/abuso de drogas

2010 – 2013

Consolidar as diretrizes clínicas/terapêuticas para

instrumentalizar os profissionais da rede basica de saúde 2010 – 2013

Realizar ações de educação permanente aos profissionais da

rede da atenção primária 2010 – 2013

Consolidar projeto de Terapia Comunitária no município 2010 – 2013

Organizar equipe técnica para acompanhamento do trabalho

nas comunidades terapeuticas conveniadas com o município 2010 – 2013

Capacitar Policia Militar, Corpo de Bombeiros, Pronto

Atendimento, Pronto Socorro Infantil e Adulto e SAMU para

urgencias e emergencias psiquiátricas

2010 – 2013

Discutir a implantação dos leitos psiquiatricos em hospital geral

na região da AMFRI 2010 – 2013

Capacitar as equipes da atenção básica e ESF para

atendimento de casos com transtorno mental 2010 – 2013

Realizar mensalmente forum de discussão para planejamento e

discussão de ações em saúde mental no Município, com

participação de profissionais de saúde, usuários de CAPS,

parceiros intersetoriais e gestores

2010 – 2013

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DIRETRIZ 7: FORTALECER AÇÕES DE SAÚDE DO IDOSO

METAS PERÍODO

Capacitar a APS em Saúde do Idoso 2010 – 2013

Criar e implantar o Protocolo de Atenção à Saúde do Idoso 2010 – 2013

Priorizar o atendimento integral aos idosos na APS 2010 – 2013

Manter e amplicar a prática de atividades físicas nas unidades

de saúde através dos grupos de educação em saúde 2010 – 2013

Sensibilizar os profissionais da saúde para o uso da caderneta

de saúde do idoso para idosos atendidos nas APS 2010 – 2013

Atingir a cobertura vacinal da influenza de 80% 2010 – 2013

Capacitar as equipes para utilização de instrumentos de

avaliação do risco funcional dos idosos 2010 – 2013

DIRETRIZ 8: FORTALECER AS AÇÕES DO PROGRAMA DE FISIOTERAPIA

METAS PERÍODO

Capacitar os profissionais envolvidos no setor de fisioterapia 2010 – 2013

Implantar Centro Especializado em Fisioterapia na região 2010 – 2013

Implantar serviço de Hidroterapia 2010 – 2013

Adquirir carro equipado com materiais especificos de fisioterapia

para atendimentos domiciliares 2010 – 2013

Fortalecer o trabalho multidisciplinar com as Unidades de Saúde 2010 – 2013

Estabeler reuniões periódicas com a equipe de fisioterapia 2010 – 2013

Fortalecer e aprimorar ações de reabilitação 2010 – 2013

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DIRETRIZ 9: ESTIMULAR O USO DE PRÁTICAS COMPLEMENTARES EM SAÚDE

METAS PERÍODO

Manter o Centro de Práticas Integrativas e Complementares em

Saúde – CEPICS 2010 – 2013

OBJETIVO 3: FORTALECER OS NÍVEIS DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA

DIRETRIZ 1: QUALIFICAR A ATENÇÃO DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE E CONSOLIDAR O

COMPLEXO REGULADOR MUNICIPAL

METAS PERÍODO

Utilizar protocolos de regulação de acesso, em consonância

com os protocolos e diretrizes nacionais, estaduais e regionais. 2010 – 2013

Melhorar a infra-estrutura do Departamento de Regulação,

Controle, Avaliação e Auditoria 2010 – 2013

Garantir a equidade no acesso a média e alta complexidade 2010 – 2013

Implantar protocolos de classificação de risco dos eventos

agudos e doencas crônicas 2010 – 2013

Ampliar a oferta de serviços nos grupos de média e alta

complexidade ambulatorial e hospitalar 2010 – 2013

Ampliar serviços de média e alta complexidade em pediatria 2010 – 2013

Ampliar a auditoria ambulatorial 2010 – 2013

Implantar o ambulatório do Manejo da Dor 2010 – 2013

DIRETRIZ 2: FORTALECER O SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

METAS PERÍODO

Capacitar os profissionais do Pronto Atendimento do São 2010 – 2013

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151

Vicente em ATLS, ACLS (clinicos) e PALS (pediatras)

Implantar protocolo de acolhimento com classificação de risco 2010 – 2013

Garantir o número de profissionais nas equipes de plantão 2010 – 2013

Melhorar a disponibilidade de equipamentos para ações de

urgência e emergência 2010 – 2013

Adquirir equipamentos para o serviço de urgência/emergência 2010 – 2013

OBJETIVO 4: QUALIFICAR A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FACILITAR O ACESSO AOS

INSUMOS ESTRATÉGICOS

DIRETRIZ 1: REVISÃO DA RELAÇÃO MUNICIPAL DE MEDICAMENTOS (REMUME).

METAS PERÍODO

Revisar a REMUME. A Comissão de Farmácia e Terapêutica irá

consultar os profissionais de saúde com o objetivo de recolher

propostas de inclusão, exclusão ou alteração de posologia dos

medicamentos da REMUME. Seguirá critérios estabelecidos pela

OMS/OPAS.

2010

Publicar a REMUME 2010

Divulgar a REMUME e capacitar prescritores quanto ao uso

desta e as diretrizes do uso racional de medicamentos. 2011

DIRETRIZ 2: CRIAR AMPARO LEGAL NO MUNICÍPIO PARA RESPONSABILIDADE TÉCNICA DE

FARMACÊUTICO.

METAS PERÍODO

Instituir legislação municipal garantindo a adequação das

farmácias publicas ao que preza a legislação sanitária referente

a responsabilidade tecnica

2010 – 2013

Tramitar legislação municipal para criação do cargo de 2010 – 2013

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152

Atendente de Farmácia.

Instalar Farmácia para atender a comunidade Itajaiense no

entorno do Pronto Atendimento do São Vicente. 2010 – 2013

DIRETRIZ 3: ADEQUAÇÃO DA FARMÁCIA DAS AÇÕES INTEGRADAS DE SAÚDE - FAISI

METAS PERÍODO

Adequar a FAISI para atender de forma humanizada e de

acordo com as normas da vigilância sanitária. 2010 – 2013

DIRETRIZ 4: TREINAR MÉDICO PARA PREENCHIMENTO CORRETO DE DOCUMENTOS QUE

DÃO ACESSO AOS PACIENTES DO PROGRAMA DE MEDICAMENTOS EXCEPCIONAIS

METAS PERÍODO

Capacitar médicos especialistas e clínicos para o

preenchimento da documentação para o Programa de

Medicamentos Excepcionais

2010 – 2013

Criar grupo de educação continuada em assistência

farmacêutica. 2010 – 2013

DIRETRIZ 5: REFORMA FÍSICA E ORGANIZACIONAL DO SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO DE

MATERIAIS -SAM

METAS PERÍODO

Ampliar o espaço físico para viabilizar formação de estoque

estratégico 2010 – 2013

Criar a central de abastecimento farmacêutico 2010 – 2013

Registrar responsável técnico junto ao conselho regional de

farmácia, conforme exigência da legislação sanitária 2010 – 2013

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153

DIRETRIZ 6: IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA REMÉDIO EM CASA – PRC

METAS PERÍODO

Capacitar os agentes de saúde da família para

acompanhamento das entregas do PRC, utilizando a “Ficha B”

da saúde da família.

2010 – 2013

Implantar o Programa Remédio em Casa no bairro Cordeiros 2010 – 2013

Expandir o atendimento do PRC para as áreas de cobertura de

ESF 2010 – 2013

Avaliar a aceitação do programa pelos usuários. 2010 – 2013

Avaliar o impacto da implantação do Programa. 2010 – 2013

Avaliar a necessidade de atendimento para pacientes com

necessidades especiais. 2010 – 2013

DIRETRIZ 7: IMPLANTAÇÃO DA FARMÁCIA VERDE

METAS PERÍODO

Implementar farmácia com estrutura para manipulação de

fitofármacos. 2010 – 2013

Implantar o programa de fitofármacos nas UBS. 2010 – 2013

DIRETRIZ 8: ADEQUAÇÃO QUANTO À RESPONSABILIDADE TÉCNICA DO FARMACÊUTICO

FISCAL SANITARISTA.

METAS PERÍODO

Registrar responsável técnico junto ao Conselho Regional de

Farmácia, conforme exigência da legislação sanitária 2010 – 2013

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154

2. COM RELAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE SAÚDE

OBJETIVO 1: INTENSIFICAR AS AÇÕES DE CARÁTER PREVENTIVO, CURATIVO E DE

VIGILÂNCIA INDIVIDUAIS E COLETIVOS.

DIRETRIZ 1: REDUZIR A MORBI-MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL

METAS PERÍODO

Reduzir a taxa de mortalidade infantil 2010 – 2013

Reduzir a mortalidade neonatal 2010 – 2013

Reduzir as internações por Condições Sensíveis à Atenção

Primária - CSAP 2010 – 2013

Reduzir a prevalência de crianças menores de 5 anos com

baixo peso para a idade 2010 – 2013

Garantir a avaliação da puérpera e RN ate o 10o dia de vida 2010 – 2013

Garantir acesso à Puericultura aos RN residentes no municipio 2010 – 2013

Promover a redução percentual de baixo peso ao nascer 2010 – 2013

Elevar para 70% das gestantes cadastradas a proporção de

nascidos vivos de mães com 7 ou + consultas de pré-natal 2010 – 2013

DIRETRIZ 2: EFETIVAR O CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA

METAS PERÍODO

Realizar capacitação dos profissionais que atuam na realização

do exame preventivo de Ca de mama e colo do útero 2010 – 2013

Elaborar material educativo sobre exame clínico de mamas e

coleta de Papanicolaou para as unidades de saúde 2010 – 2013

Aumentar a oferta de exames preventivos do câncer do colo

uterino e mama em mulheres de 25 a 59 anos 2010 – 2013

Adequar todas as unidades de saúde para realização do exame 2010 – 2013

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Papanicolau

Fortalecer o fluxo de referência e contra-referência entre os

serviços, nos casos de achado patológico 2010 – 2013

Efetivar o SISCAM 2010 – 2013

DIRETRIZ 3: AMPLIAR A PREVENÇÃO DE DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS

METAS PERÍODO

Manter a cobertura vacinal da BCG-ID (<1ano) em 100% do

subgrupo populacional 2010 – 2013

Manter a cobertura vacinal da Hepatite B (<1ano) em 95% do

subgrupo populacional 2010 – 2013

Manter a cobertura vacinal da vacina para Poliomielite

(calendário básico) em 100% do subgrupo populacional 2010 – 2013

Manter a cobertura vacinal da Tetravalente (<1ano) em 95% do

subgrupo populacional 2010 – 2013

Elevar a cobertura vacinal da população com 60 anos e mais,

contra influenza para 80% do subgrupo populacional 2010 – 2013

Manter a cobertura vacinal adequada da Tríplice Viral em 100%

do subgrupo populacional (<1 ano) 2010 – 2013

Imunizar 90% das gestantes que fazem pré-natal na Rede

Pública 2010 – 2013

Investigar 100% dos casos registrados de eventos adversos

graves pós-vacinação 2010 – 2013

Manter a sala de vacina do HMMKB 2010 – 2013

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DIRETRIZ 4: AMPLIAR A PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS AGUDAS

METAS PERÍODO

Elevar p/ 90% os casos notificados, encerrados oportunamente

(exceto dengue) 2010 – 2013

Elevar p/ 95% as doenças exantemáticas investigadas

adequadamente. 2010 – 2013

Realizar coleta oportuna de uma amostra de fezes para 100%

dos casos de Paralisia Fácida Aguda - PFA. 2010 – 2013

Encerrar 80% dos casos de meningite bacteriana por critério

laboratorial –cultura, contra-imuno-eletroforese ou látex. 2010 – 2013

Realizar diagnóstico laboratorial de 100% dos casos registrados

de doenças exantemáticas (sarampo e rubéola) – percentual

pactuado (80 %) de casos investigados laboratorialmente.

2010 – 2013

Aumentar para 70% o número de unidades notificantes,

envolvendo os serviços privados 2010 – 2013

Realizar notificação de 90% dos casos registrados de sarampo,

com envio semanal de notificações positivas ou negativas por

unidade notificante.

2010 – 2013

Implementar a monitorização das Doenças Diarreicas Agudas 2010 – 2013

DIRETRIZ 5: CONSOLIDAR A VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS -

DANTS

METAS PERÍODO

Implantar o Serviço de Vigilância das Doenças e Agravos Não

Transmissíveis 2010 – 2013

Realizar vigilância (notificação e Investigação) das Doenças e

Agravos Não Transmissíveis 2010 – 2013

Realizar vigilância (notificação e Investigação) das Violências 2010 – 2013

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Realizar vigilância do programa de tabagismo 2010 – 2013

Manter e ampliar as ações de Atividade Física orientada 2010 – 2013

Implantar protocolo de atenção ao paciente hipertenso e

diabético 2010 – 2013

Implementar o cadastramento de portadores de diabetes

mellitus e hipertensão arterial no HIPERDIA 2010 – 2013

Reduzir a proporção de internações por complicações de

Diabetes Mellitus 2010 – 2013

Reduzir a taxa de internações por acidente vascular cerebral

(AVC) 2010 – 2013

Ampliar o programa de atenção ao diabético com protocolos de

cuidado ao pé diabético 2010 – 2013

DIRETRIZ 6: AMPLIAR A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS CRÔNICAS

METAS PERÍODO

Elevar a taxa de cura de casos de hanseníase de 95 % 2010 – 2013

Elevar a taxa de cura dos casos de tuberculose bacilífera de

80%, aumentando-a na razão de 2% ao ano 2010 – 2013

Realizar Notificação de 100% dos casos de sífilis em gestantes 2010 – 2013

Atender todas as crianças expostas ao HIV 2010 – 2013

Realizar campanhas informativas sobre as formas de prevenção

do HIV/AIDS e outras DST, para população em geral do

Município de Itajaí por meio de mídia impressa e eletrônica.

2010 – 2013

Reduzir a transmissaão vertical de sífilis em 3% ao ano 2010 – 2013

Alcançar taxa de transmissaão vertical do HIV de 2% 2010 – 2013

Realizar 2 testagens para HIV em 80% das gestantes atendidas

na rede pública 2010 – 2013

Realizar 2 testagem para sífilis (VDRL) de 95% das gestantes 2010 – 2013

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atendidas na rede pública

Realizar testagem para sífilis (VDRL) em 100% das mulheres

no momento do parto ou aborto. 2010 – 2013

Garantir acompanhamento das crianças expostas às Hepatites

virais 2010 – 2013

Garantir e ampliar o acesso ao diagnostico e assistencia das

DST/HIV/AIDS. 2010 – 2013

3. COM RELAÇÃO À VIGILÂNCIA EM SAÚDE

OBJETIVO 1: FORTALECER A GESTÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, NO QUE SE REFERE A

VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL, EPIDEMIOLÓGICA, SANITÁRIA, AMBIENTAL E DE

SAÚDE DO TRABALHADOR, DE FORMA A AMPLIAR A SUA CAPACIDADE DE ANÁLISE DE

SITUAÇÃO DE SAÚDE E DE RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO.

DIRETRIZ 1: QUALIFICAR A GESTÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE

METAS PERÍODO

Aprimorar os sistemas de informação da Vigilância em Saúde 2010 – 2013

Aprimorar a comunicação entre os sistemas de informações e a

Rede Municipal de Saúde.

2010 – 2013

Desenvolver indicadores de desempenho 2010 – 2013

Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde 2010 – 2013

DIRETRIZ 2: PRIORIZAR AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

METAS PERÍODO

Dispensar 100% dos alvarás sanitários 2010 – 2013

Dispensar 100% das licenças sanitárias 2010 – 2013

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159

Elevar para 90% o cadastramento de estabelecimentos não

licenciados 2010 – 2013

Inspeção em 90% de estabelecimentos sujeitos a Fiscalização

referente ao Controle do Tabagismo. 2010 – 2013

Elevar para 100% o atendimento das denúncias recebidas 2010 – 2013

Realizar 100% de ações do piso estratégico 2010 – 2013

DIRETRIZ 3: FORTALECER AS AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA

METAS PERÍODO

Adquirir equipamentos e móveis exclusivos para a VISA 2010 – 2013

Elaborar material didático informativo 2010 – 2013

Aquirir e renovar os veículos da VISA 2010 – 2013

Adquirir espaço físico próprio e específico para VISA 2010 – 2013

Treinamentos e Capacitações para Fiscais Sanitaristas em

Ações do Piso Estratégico. 2010 – 2013

DIRETRIZ 4: CONSOLIDAR AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA

Metas Período

Cadastrar todos os sistemas de abastecimento de água para

consumo humano, públicos e alternativo 2010 – 2013

Realizar monitoramento dos sistemas de abastecimento de

água, conforme normativa. 2010 – 2013

Operacionalizar a análise da água em laboratório credenciado,

buscando o cumprimento da Portaria 518/MS 2010 – 2013

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DIRETRIZ 5: FORTALECER O PROGRAMA DE COMBATE ÀS ENDEMIAS

METAS PERÍODO

Implantar e inspecionar redes de armadilhas em todo o

município 2010 – 2013

Fortalecer o Programa de Combate às Endemias 2010 – 2013

Adequar os recursos materiais às necessidades do Programa 2010 – 2013

Articular com os demais setores e Regionais de Saúde o

cumprimento das medidas de combate e atividades educativas 2010 – 2013

Realizar atividades de educação permanente 2010 – 2013

DIRETRIZ 6: QUALIFICAR A ANÁLISE E DIVULGAÇÃO DAS ESTATÍSTICAS VITAIS E

INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS

METAS PERÍODO

Manter a remessa regular do banco de dados do SINASC 2010 – 2013

Manter a notificação dos recém-nascidos de risco 2010 – 2013

Manter a remessa regular do banco de dados do SIM 2010 – 2013

Aumentar cobertura do SIM para 100% 2010 – 2013

Investigar 95% dos óbitos fetais e neonatais 2010 – 2013

Elaborar Informes Epidemiológicos 2010 – 2013

Realizar atividades de educação permanente sobre o SIM para

os médicos 2010 – 2013

DIRETRIZ 7: FORTALECER O CONTROLE DE TABAGISMO

METAS PERÍODO

Estender e descentralizar o Programa de Combate ao

Tabagismo. 2010 – 2013

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Realizar ações educativas de combate ao tabagismo e de

promoção de ambientes livres de fumo. 2010 – 2013

DIRETRIZ 8: FORTALECER AÇÕES DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

METAS PERÍODO

Implantar os protocolos de terapia nutricional ambulatorial e

domiciliar, tanto para adultos quanto para crianças. 2010 – 2013

Realizar parceria com a Assistente Social da Secretaria de

Saúde, para avaliação e acompanhamento de todos os casos

que necessitam de terapia nutricional especializada.

2010 – 2013

Realizar parceria com os profissionais de Fisioterapia -

domiciliar, com elaboração de um prontuário único do paciente,

para descrição da evolução e das tomadas de decisões de

ambos os profissionais (nutrição e fisioterapia), buscando um

melhor acompanhamento do paciente.

2010 – 2013

Ampliar a participação das nutricionistas em grupos de

educação em saúde. 2010 – 2013

Realizar Oficinas de Saúde como: aproveitamento integral do

alimento, incentivo ao aleitamento materno, vigilância do peso. 2010 – 2013

Adquirir materiais como balanças digitais e antropômetros

portáteis para realizar uma melhor avaliação dos pacientes

acamados durante visita domiciliar.

2010 – 2013

Elaborar banners com temas de nutrição para realização de

palestras e utilização em eventos promovidos pela Secretaria de

Saúde.

2010 – 2013

Atualizar todos os folders relacionados à nutrição (alimentação

saudável, diabetes, hipertensão, baixo peso, obesidade,

aleitamento materno).

2010 – 2013

Criar novos materiais educativos sobre introdução da 2010 – 2013

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162

alimentação complementar, alimentação na gestação, anemia e

constipação.

Criar Manual de Orientação Nutricional Enteral em Domicílio,

para pacientes e cuidadores. 2010 – 2013

Manter a cobertura de gestantes e crianças até 7 anos

atendidas nas Unidades de Saúde do SISVAN 2010 – 2013

Investigar e acompanhar 100% dos casos de crianças de 28

dias a 5 anos notificadas por desnutrição grave. 2010 – 2013

Atingir 50% da cobertura das condicionalidades da saúde no

Programa Bolsa Família, aumentando gradativamente a

cobertura a cada ano

2010 – 2013

Realizar estudo amostral sobre a importância do Programa

Saúde de Ferro no município de Itajaí 2010 – 2013

Promover capacitação dos profissionais de saúde sobre

SISVAN e condicionalidades da saúde no Programa Bolsa

Família.

2010 – 2013

DIRETRIZ 9: FORTALECER AÇÕES DE SAÚDE DO TRABALHADOR

METAS PERÍODO

Desenvolver atividades de educação permanente em saúde do

trabalhador aos profissionais da rede 2010 – 2013

Implantar o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador

(CEREST) 2010 – 2013

Desenvolver ações educativas para a minimização de riscos

ocupacionais 2010 – 2013

Realizar investigação de 100% das comunicações de acidente

de trabalho (CAT) 2010 – 2013

Implementar a notificação dos agravos à Saúde do Trabalhador

constantes da Portaria GM/MS no 777/04 2010 – 2013

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163

Elaborar e implantar protocolo de investigação dos acidentes de

trabalho 2010 – 2013

DIRETRIZ 10: FORTALECER AÇÕES DE VIGILÂNCIA DA TUBERCULOSE

METAS PERÍODO

Desenvolver uma campanha anual de mobilização na

comunidade para busca de sintomáticos para tuberculose 2010 – 2013

Desenvolver uma capacitação para os profissioanais das

unidades de saúde 2010 – 2013

Realizar investigação de 100% dos casos novos de TB 2010 – 2013

Cadastrar 100% dos pacientes no programa e atualizar

mensalmente o acompanhamento dos casos 2010 – 2013

Adotar as recomendações preconizadas no Manual de Controle

da Tuberculose do Ministério da Saúde 2010 – 2013

Descentralizar o Programa de Tuberculose 2010 – 2013

Implementar o DOTS no municipio. 2010 – 2013

DIRETRIZ 11: FORTALECER AÇÕES DE VIGILÂNCIA DA HANSENÍASE

METAS PERÍODO

Desenvolver campanha anual de mobilização na comunidade

para busca de sintomáticos para hanseníase 2010 – 2013

Desenvolver capacitação para os profissioanais das unidades

de saúde 2010 – 2013

Realizar investigação de 100% dos casos novos de hanseníase

e vigilância dos contatos 2010 – 2013

Cadastrar 100% dos pacientes no programa e atualizar

mensalmente o acompanhamento dos casos 2010 – 2013

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164

Adotar as recomendações preconizadas no Manual de Controle

da hanseníase do Ministério da Saúde 2010 – 2013

4. COM RELAÇÃO À GESTÃO E FINANCIAMENTO DA SAÚDE

OBJETIVO 1: APRIMORAR A GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO,

ESTRUTURANDO A SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE EM TODOS OS SEUS NÍVEIS DE

ATUAÇÃO DE ACORDO COM A REALIDADE DO PACTO PELA SAÚDE. IMPLEMENTAR A

POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE , DE ACORDO COM AS NECESSIDADES DE SAÚDE E

DO SUS; ASSEGURAR E AMPLIAR A DESTINAÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS PRÓPRIOS

PARA INVESTIMENTO E CUSTEIO DAS AÇÕES DE SAÚDE E BUSCAR OUTRAS FONTES DE

RECURSOS PARA INVESTIMENTOS E PROMOVER A HUMANIZAÇÃO NA ATENÇÃO À SAÚDE.

DIRETRIZ 1: QUALIFICAR O PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO

METAS PERÍODO

Revisar a estrutura organizacional e administrativa da SMS,

possibilitando um estudo a fim de constituir um novo desenho

organizacional com vistas a agilizar e tornar eficiente a gestão

nos vários níveis setoriais

2010 – 2011

Implantar as ferramentas de planejamento estratégico na saúde 2011 – 2013

Fortalecer as ações de comunicação e marketing 2010 – 2013

Consolidar o monitoramento da programação orçamentária do

FMS 2010 – 2013

Desenvolver o planejamento orçamentário e financeiro

setorizado 2011 – 2013

Desenvolver o Programa de Educação Continuada em

Planejamento e Orçamento (PECOP) para os servidores da

Saúde

2011 – 2013

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165

DIRETRIZ 2: QUALIFICAR O SISTEMA DE INFORMAÇÃO

METAS PERÍODO

Manter atualizado o Sistema Nacional de Cadastro de

Estabelecimentos e Profissionais de Saúde no seu território,

segundo normas do MS.

2010 – 2013

Informatizar 100% das Unidades de Saúde. 2010 – 2013

Agilizar a alimentação das Bases de Dados Nacionais 2010 – 2013

Digitalizar os documentos de arquivo, de forma a ter uma

segurança e preservação do acervo histórico e documental da

SMS

2010 – 2013

Viabilizar a implantação do Prontuário Eletrônico nas unidades

de saúde 2010 – 2013

Estruturar o arquivamento dos documentos públicos da SMS 2010 – 2013

Qualificar a alimentação do SIAB 2010 – 2013

Implantar o site da Secretaria Municipal de Saúde 2010 – 2011

Implementar o Sistema Regulador no município conforme

orientação do Ministério da Saúde 2010 – 2011

DIRETRIZ 3: FORTALECER A TERRITORIALIZAÇÃO

METAS PERÍODO

Revisar e redefinir a subdivisão territorial do município e as

microáreas, em conjunto com as demais Secretarias. 2010 – 2013

Ampliar a cobertura do cadastro de família em todo o município. 2010 – 2013

Garantir a plotagem dos mapas atualizados para as unidades de

ESF 2010 – 2013

Disponibilzar o georreferenciamento para a SMS 2010 – 2013

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166

DIRETRIZ 4: AMPLIAR O FINANCIAMENTO EM SAÚDE

METAS PERÍODO

Buscar e divulgar linhas de financiamento de projetos de

desenvolvimento em saúde 2010 – 2013

Estimular a criação de projetos de políticas públicas para o

fortalecimento da gestão em saúde no muniípio 2010 – 1013

Desenvolver de forma contínua os projetos de captação de

recursos de acordo com as prioridades da SMS e com vistas a

uma política estratégica de fortalecimento de todos os níveis de

gestão da SMS

2010 – 2013

DIRETRIZ 5: QUALIFICAR OS PROCESSOS PRODUTIVOS

METAS PERÍODO

Melhorar a área de projetos de engenharia, apoio à infra-

estrutura e pequenas obras 2010 – 2013

Estruturar e implantar programa de manutenção preventiva 2010 – 2013

Melhorar o programa de ressuprimento e controle de estoque 2010 – 2013

Territorializar o serviço de manutenção dos equipamentos de

informática. 2010 - 2013

Elaborar manual normativo das rotinas e ações programadas

dos setores 2010 – 2013

Garantir apoio logístico aos eventos internos promovidos pela

SMS. 2010 – 2013

Qualificar a gestão em todas os níveis, desde as chefias até as

equipes de profissionais, de forma a criar uma concepção de

eficiência, eficácia e efetividade nas ações administrativas

2010 – 2013

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167

DIRETRIZ 6: CONSOLIDAR A GESTÃO DO TRABALHO

METAS PERÍODO

Manter o Ponto Biométrico Digital nas unidades de saúde 2010 – 2013

Revisar e dar um novo desenho no que diz respeito ao Plano de

Carreiras, Cargos e Salários em vigor, considerando as

diretrizes nacionais para o SUS

2010 – 2013

Aperfeicoar os processos de monitoramento, controle e

avaliação para a melhoira dos resultados dos indicadores de

saúde.

2010 – 2013

Promover e desenvolver políticas de gestão do trabalho,

considerando os princípios da humanização, da participação e

da democratização das relações de trabalho.

2010 – 2013

Desenvolver uma política estratégica de qualificação na gestão

de trabalho, promovendo a inserção da gestão de resultados,

com incentivos financeiros ao servidor quando alcançar as

metas definidas/pactuadas com o gestor.

2010 – 2013

DIRETRIZ 7: FORTALECER A EDUCAÇÃO EM SAÚDE

METAS PERÍODO

Formular e implantar a política de educação permanente em

saúde, pautada nas diretrizes nacionais. 2010 – 2013

Garantir a capacitação técnica e treinamento periódico dos

profissionais, a partir do levantamento das necessidades e

outras demandas.

2010 – 2013

Implementar a biblioteca da Secretaria Municipal da Saúde. 2010 – 2013

Estabelecer parcerias com outros órgãos governamentais e não

governamentais para estimular, preservar e disseminar a

produção de conhecimentos na área da saúde.

2010 - 2013

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168

Articular e desenvolver atividades de educação popular em

saúde, em consonância com as necessidades sociais em

saúde.

2010 – 2013

Utilizar os diversos meios de comunicação para a educação

popular. 2010 – 2013

Promover cursos básicos de vigilância em saúde para os

profissionais da Atenção Primária em Saúde 2010 – 2013

DIRETRIZ 8: MELHORAR E AMPLIAR A REDE FÍSICA E DE TRANSPORTE

METAS PERÍODO

Construir Unidades Básicas de Saúde, Policlínicas e Centros de

Referência de Média e Alta Complexidade 2010 – 2013

Reformar e ampliar Unidades Básicas de Saúde, Policlínicas e

Centros de Referência de Média e Alta Complexidade já

existentes

2010 – 2013

Reformar/construir o Laboratório Municipal 2010 – 2013

Construir sede administrativa para a SMS 2010 – 2013

Construir consultórios odontológicos e escovódromos 2010 – 2013

Construir Centro de Controle de Zoonozes 2010 – 2013

Construir Centro de Fonoaudiologia 2010 – 2013

Construir Centro de Diagnóstico por Imagem 2010 – 2013

Adquirir equipamentos para serviços de referência (RX, Ultra-

som, TC, RM) 2010 – 2013

Equipar o Laboratório Municipal 2010 – 2013

Adquirir ambulâncias e odontomóveis 2010 – 2013

Adquirir veiculos para transportes de usuários 2010 – 2013

Adquirir veiculos para uso dos diversos departamentos da

Secretaria da Saúde 2010 – 2013

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169

5. COM RELAÇÃO À PARTICIPAÇÃO SOCIAL

OBJETIVO 1: FORTALECER A GESTÃO DEMOCRÁTICA DO SUS, REFORÇANDO AS

INSTÂNCIAS FORMAIS, AMPLIANDO A PARTICIPAÇÃO E A CAPACITAÇÃO DOS DIVERSOS

SEGUIMENTOS DA SOCIEDADE PARA O EXERCÍCIO DO CONTROLE SOCIAL E IMPLANTANDO

MECANISMOS DE DEFESA DOS DIREITOS DA POPULAÇÃO NO SISTEMA.

DIRETRIZ 1: FORTALECER A PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

METAS PERÍODO

Implementar ouvidoria de saúde municipal, conforme diretrizes

nacionais. 2010 – 2013

Garantir a realização das Conferências Municipais de Saúde,

contribuindo para a elaboração e implementação das políticas

públicas.

2010 – 2013

Proporcionar a qualificação básica do Conselho Municipal de

Saúde 2010 – 2013

Manter as condições materiais, técnicas e administrativas

necessárias ao funcionamento do Conselho Municipal de

Saúde.

2010 – 2013

Promover ações de informação e conhecimento acerca do

SUS, junto à população em geral. 2010 – 2013

Implantar o Programa de Educação Continuada para

Conselheiros de Saúde (PECS) 2010 – 2013

Revisar todo o arcabouço jurídico do município que trata do

funcionamento e estruturação do Conselho Municipal de Saúde 2010 – 2013

Estimular e fortalecer os Conselhos Locais de Saúde 2010 – 2013

Page 170: PLANO MUNICIPAL DE ITAJAI - saude.itajai.sc.gov.br · Tabela 52. Cobertura da vacina Tetravalente (Difteria, Tétano, Pertussis e anti-haemophilus) em menores de 1 ano. Itajaí, 2003-2009

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MONITORAMENTO DO PLANO

O Plano Municipal de Saúde requer avaliações periódicas, por ser um

instrumento plurianual. Será operacionalizado pela Secretaria Municipal da Saúde e

acompanhado através de relatórios semestrais que serão apresentados ao

Conselho Municipal de Saúde – COMUSA, além de sistematizado anualmente

através do Relatório Anual de Gestão. Ambos serão submetidos à apreciação e

aprovação do COMUSA.