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  • 8/16/2019 Plano de Recuperacao Ambiental

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    SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3

    2. OBJETIVO ............................................................................................................................... 3

    3. EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................................... 4

    4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .......................................................................... 4

    4.1. Designação do Proprietário ........................................................................................... 4

    4.2. Localização do Empreendimento .................................................................................. 4

    4.3. Diagnósticos Anteriores ................................................................................................ 5

    4.3.1. Quanto á flora e corpo hídrico existente .............................................................. 5

    4.3.2. Quanto ao auto de infração .................................................................................. 5

    5. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE TRABALHO E ENTORNO ...................................................... 65.1. Relevo ............................................................................................................................ 6

    5.2. Solo ................................................................................................................................ 6

    5.3. Clima .............................................................................................................................. 7

    5.4. Vegetação ...................................................................................................................... 9

    6. PROPOSTA DE PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA ...................................... 10

    6.1. Da remoção do aterro e muro .................................................................................... 10

    6.2. Do isolamento da Área de Preservação Permanente ................................................. 12

    6.3. Do repovoamento arbóreo ......................................................................................... 13

    6.3.1. Preparo do terreno .............................................................................................. 13

    6.3.2. Espaçamento e locação ....................................................................................... 14

    6.3.3. Abertura de covas ............................................................................................... 15

    6.3.4. Terra vegetal e adubação .................................................................................... 15

    6.3.5. Plantio e tutoramento ......................................................................................... 15

    6.3.6. Porte das mudas .................................................................................................. 16

    6.3.7. Manutenção ........................................................................................................ 16

    7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ............................................................................................ 17

    8. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 17

    9. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL ......................................................................... 18

    10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 19

    ANEXOS ....................................................................................................................................... 20

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    ÍNDICE DE FIGURAS

    Figura 1 - Aerofoto da localização do terreno .............................................................................................. 5

    Figura 2 - Relevo característico e declividade local (adaptado ITCG, 2006) ................................................. 6

    Figura 3 - Tipos de solos predominantes na região de Curitiba (adaptado ITCG, 2006) ....................... ....... 7

    Figura 4 - Classificação climatológica da região leste do Paraná com ênfase em Curitiba (adaptado ITCG,

    2006)............................................................................................................................................................. 8

    Figura 5 - Mapas com temperaturas mínimas e máximas no Paraná com destaque para região de

    Curitiba (SIMEPAR, 2002) ............................................................................................................................. 8

    Figura 6 - Formação vegetal predominante na região de Curitiba (modificado ITCG, 2010) ..................... 10

    Figura 7 - Localização do muro de alvenaria que será removido ............................................................... 11

    Figura 8 - Localização do aterro que será removido .................................................................................. 12Figura 9 - Proposta de isolamento da APP por meio de gradil ou tela ....................................................... 12

    Figura 10 - Área de repovoamento arbóreo proposta ............................... ................................................ 13

    Figura 11 - Croqui de distanciamento da mudas ........................................................................................ 16

    Figura 12 - Croqui demonstrativo do porte das mudas .............................................................. ................ 16 

    ÍNDICE DE GRÁFICOS

    Gráfico 1 - Histórico de precipitação na região de Curitiba (SIMEPAR, 2002) .............................................. 9

    ÍNDICE DE TABELAS 

    Tabela 1 - Definição de relevo quanto à declividade (LIMA, 2004) .............................................................. 4

    Tabela 2 - Cronograma de execução dos serviços propostos para mitigação da área ............................... 17 

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    1.  INTRODUÇÃO

    Contemporaneamente, a relação entre a expansão urbanística e a conservação do

    meio ambiente encontra-se extremamente abalada. Todavia, acredita-se que através da

    conscientização e do esforço humano seja possível dirimir este estado conflituoso e, até

    mesmo, torná-lo harmônico.

    A criação de áreas protegidas é um dos instrumentos estabelecidos pela Política

    Nacional do Meio Ambiente, cujo objetivo primordial é a sustentabilidade ambiental. Dentro

    do universo das áreas protegidas estão as chamadas unidades de conservação, que por meio

    do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), Lei n˚ 9985/00, foi

    reunida em dois grupos: de uso sustentável e de proteção integral.

    O estudo a seguir tem como fundamento justamente o restabelecimento do equilíbrio

    entre o homem e a natureza, enfatizando a preservação e mitigação de unidades de

    conservação.

    2.  OBJETIVO

    O presente Plano de Controle Ambiental tem por objetivo identificar o panorama atual

    da área de conservação, apontando a composição de elementos ambientais para,

    posteriormente, promover a revitalização e controle da unidade, através de repovoamento

    arbóreo, práticas conservacionistas de solo e recursos hídricos, de acordo com procedimentos

    pré-estabelecidos e normatizados, visando mitigar os impactos sobre o meio ambiente e trazer

    benefícios às novas comunidades e ecossistemas que lá se instalarão, tais como:

      Refúgio para avifauna e fauna edáfica;

      Nutrição do solo com maior acúmulo de matéria orgânica;

      Diminuição do impacto dos ventos pela formação de dossel vigoroso;

      Proteção do solo contra o impacto da gota da chuva;

      Amenização da temperatura;

      Rebatimento parcial da radiação solar;

      Embelezamento e harmonia do meio;

      Restabelecimento da biodiversidade da fauna e estabilidade entre

    espécies;

      Estabilização da umidade atmosférica e microclima local;

      Conservação da Área de Preservação Permanente.

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    3.  EQUIPE TÉCNICA

    Para execução dos serviços, contamos com profissionais altamente qualificados sendo:

      Antonio Koczicki Neto – CREA/PR 66.352-D

     

    Engenheiro Agrônomo;

      Engenheiro Civil;

      ESP. Engenharia Ambiental

    4.  CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

    4.1. 

    Designação do Proprietário

    Denomina-se, aqui, o proponente Sr. Francisco Carlos Bergami  inscrito no C.P.F. nº

    560.750.657/68 e Registro Geral nº 13.076.944-6 SSP/PR, residente à rua Eduardo Sprada ,

    4.831, casa 80, CIC.

    4.2. 

    Localização do Empreendimento

    O terreno em questão localiza-se na rua Eunice Weaver, nº 401, bairro Seminário,

    quadrícula L-08 da planta de arruamento do Município de Curitiba, Zona Residencial  – 2 (ZR-2)

    e subdivide-se em duas Indicações Fiscais: Lote frontal nº 45.169.015.000-0, que a partir da

    agora será denominado Lote 01 e Lote dos fundos nº 45.169.015.000-3, denominado Lote02.

    Com base na planta de projeto de implantação e topográfico do empreendimento

    (Anexo), documentos imobiliários de referido (Anexo) e visita técnica realizada ao local,

    constatou-se que o terreno possui o formato geométrico irregular, com testada principal

    pertencente ao Lote 01 em 50 m (cinquenta metros) com relevo plano, sendo sua declividade

    variável entre zero a 3% (LIMA, 2004).

    CLASSE DE RELEVO DECLIVE

    Relevo plano 0 – 3%

    Relevo suave ondulado 3% - 8%

    Relevo ondulado 8% - 20%

    Relevo forte ondulado 20% - 45%

    Relevo montanhoso 45% - 75%

    Relevo escarpado > 75%

    Tabela 1 - Definição de relevo quanto à declividade (LIMA, 2004) 

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     Figura 1 - Aerofoto da localização do terreno

    Foto: Google Maps ©2013 Google 

    4.3. 

    Diagnósticos Anteriores

    Por meio de trâmites legais visando a viabilidade de empreender no terrenomencionado, foram emitidos pareceres técnicos que nortearam o solicitante, conforme

    segue no itens subseqüentes.

    4.3.1.  Quanto á flora e corpo hídrico existente

    Segundo parecer técnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente a propriedade

    encontra-se atingida por Bosque Nativo Relevante BO  – 0737. Além disso, possui Área de

    Preservação Permanente relativa ao Rio Barigui que avizinha-se ao lote na região sudeste

    do mesmo, conforme plotado no projeto de implantação anexado a este PRAD.

    4.3.2.  Quanto ao auto de infração

    O presente plano será embasado na solicitação AUS  – 14000241 emitida na data de

    09/12/2014 referindo-se ao parecer técnico 1-03/1191 e AEO 07/1166 onde os mesmos

    mencionam o auto de infração e pedem ajuste de conduta.

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    5.  CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE TRABALHO E ENTORNO

    5.1. 

    Relevo

    O Paraná possui um relevo com formas de vasto planalto com uma pequena

    inclinação nas direções noroeste, oeste e sudoeste do Estado.

    Segundo Reinhard Maak (1984), as terras do Estado do Paraná estão agrupadas

    em cinco unidades geomorfológicas que se sucedem de leste para oeste: Litoral; Serra do

    Mar; Primeiro Planalto ou de Curitiba; Segundo Planalto ou de Ponta Grossa; Terceiro

    Planalto ou de Guarapuava.

    O ITCG (2006) classifica a região onde se localiza o lote em questão como Bacia

    Sedimentar de Curitiba contemplada pelo Planalto de Curitiba, conforme ilustra a Figura 2.

    Figura 2 - Relevo característico e declividade local (adaptado ITCG, 2006)

    5.2. 

    SoloResultante de ações integradas de intemperismo e organismos sobre o material de

    origem, o solo de determinada região possui características provindas da intensidade em

    que a rocha mãe sofre devido aos efeitos externos. Processos de perdas, adições,

    transportes e transformações diferenciam cada tipo de solo por sua coloração, composição

    química, resistência e profundidade do perfil (Departamento de Solos e Engenharia

    Agrícola da UFPR, 2007).

    O material de origem geralmente é a rocha podendo ser gerados a partir da mesma

    solos arenosos, argilosos ou siltosos. Além disso o relevo exerce função de extrema

    importância na confabulação de determinado tipo de solo por norteia o depósito ou

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    carreamento do mesmo. Regiões muito acidentadas tendem a possuir solos profundos em

    baixadas e rasos em morros (LIMA e LIMA, 2007).

    Para a área em estudo o ITCG (2006) caracteriza o solo regional provindo de

    intempéries em rocha magmática com predominância de granito, com relevo já

    mencionado anteriormente, gerando solo denominado Latossolo vermelho típico

    distrófico com ocorrência de Cambissolo e Argissolos em menor proporção (LIMA, 2002). 

    Figura 3 - Tipos de solos predominantes na região de Curitiba (adaptado ITCG, 2006)

    5.3. 

    Clima

    A precipitação é menor no inverno, todavia não há estação seca definida ao longo do

    ano. Segundo Köppen, possui clima oceânico Cfb, subtropical úmido mesotérmico onde o

    verão é mais úmido que o inverno e há chuvas abundantes distribuídas durante o ano, com

    média de temperatura máxima anual de 22,7°C e mínima de 11,2°C, sem estação seca,

    com verões frescos e úmidos. Nas Figuras 4 e 5 são representadas as variações de clima e

    temperaturas máximas e mínimas na região leste do estado com destaque à região de

    Curitiba, corroborando com a classificação acima mencionada (SIMEPAR, 2002).

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     Figura 4 - Classificação climatológica da região leste do Paraná com ênfase em Curitiba (adaptado ITCG, 2006)

    Figura 5 - Mapas com temperaturas mínimas e máximas no Paraná com destaque para região de Curitiba (SIMEPAR,

    2002)

    O índice pluviométrico alcança 1.574 mm em média por ano, pois as chuvas são uma

    constante do clima local. Este fato em parte deve-se ao grande desmatamento da Serra do

    Mar, barreira natural de umidade. A estação de hibernação é caracterizada por temperaturas

    baixas e geada periódica (IAPAR, 1990).

    O Gráfico 1 aborda o histórico pluviométrico da região de Curitiba

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     Gráfico 1 - Histórico de precipitação na região de Curitiba (SIMEPAR, 2002) 

    5.4. 

    VegetaçãoGrande parte do planalto meridional dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio

    Grande do Sul, incluindo-se aí o planalto onde se localiza a cidade de Curitiba, foram outrora,

    recobertos por uma vegetação típica, na qual o pinheiro-do-paraná ou Araucaria angustifolia,

    imprimia o aspecto fisionômico próprio à floresta em virtude, principalmente, de sua

    abundância, porte agigantado de seus fustes e copas corimbiformes muito características,

    providas de folhas verde-escuras, que emergem por diversos metros por sobre o restante da

    vegetação arbórea (CARVALHO, 2003).Segundo Klein (1984), no planalto de Curitiba e no 2° planalto paranaense, o pinheiro

    estava geralmente associado à imbuia (Ocotea porosa), que formava, por vezes,

    aproximadamente 60 a 70 % da cobertura do sub-bosque. Outras vezes associava-se com a

    sapopema (Sloanea monosperma).

    Nas formações onde o sub-bosque apresentava-se mais desenvolvido, os

    agrupamentos vegetais eram constituídos por um relativo pequeno número de espécies.

    Dentre as principais convém citar o cedro (Cedrela fissiliis), a erva-mate (Ilex paraguaiensis), a

    congonha (Ilex theezans), a guaçatunga (Casearia decandra), a carne-de-vaca (Styrax leprosus),

    o guabiju (Myrcianthes pungens), bem como outras Mirtáceas e bambus (Chusquea spp.) e os

    carás (Merostachys multiramea) (CARVALHO, 2003).

    Ao que tudo indica, constituíam estes agrupamentos, os estágios mais evoluídos da

    Floresta Ombrófila Mista. Todos os demais estágios parecem anteceder a esta, uma vez que as

    espécies dominantes como a imbuia e a sapopema, que parecem melhor corresponder aos

    fatores climáticos regionais, se encontram nas demais submatas em estágios de sucessão

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    A Figura 6 ilustra a formação regional de Curitiba abrangendo em grande parte

    vegetação de Campo Natural e Formação pioneira em mata ciliar devido às contribuições de

    rios e córregos. Na parte oeste destaca-se a formação de Floresta Ombrófila Mista Montana

    devido à ocorrência de povoamentos puros de pinheiro e bracatinga (ITCG, 2010).

    Figura 6 - Formação vegetal predominante na região de Curitiba (modificado ITCG, 2010)

    6.  PROPOSTA DE PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA

    DEGRADADA

    Conforme exigência emitida segundo parecer técnico da SMMA AUS  – 140000241, o

    proprietário se dispõe a atender as solicitações mediante um plano de ação proposta

    neste PRAD.

    6.1. 

    Da remoção do aterro e muroEm cumprimento ao parecer mencionado, propõe-se a remoção parcial do muro de

    alvenaria localizado a sudeste do lote, medindo aproximadamente 109 metros lineares,conforme ilustra Figura 7. Tal remoção se dará de forma deixar lacunas que serão

    preenchidas atenderá as exigências ambientais procurando causar o menor dano possível

    à APP, conforme recomendação abaixo:

    a)  Proporcionar acesso restrito às dimensões de veículos leves para retirada de

    entulhos;

    b)  A demolição deverá ser feita manualmente ou com auxilio de equipamento

    mecânico leve. Isto deverá prevenir o deslocamento de resíduos ao leito do

    Rio Barigui;

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    c)  Os resíduos de demolição deverão ser acondicionados em local adequado fora

    da APP para posterior remoção;

    d)  Após a supressão total do muro as valas devem ser preenchidas com solo

    orgânico de boa qualidade;

    e)  Durante a operação evitar o pisoteio ou arranque de vegetação de sub-bosque

    ou regenerações.

    Figura 7 - Localização do muro de alvenaria que será removido

    Passada a etapa de demolição e remoção do muro de alvenaria, inicia-se o

    procedimento de escavação e retirada do aterro existente. Conforme Figura 8 ilustra, a

    ocorrência do aterro é de formato geométrico irregular com espessuras de camadas de

    solo variadas. Devido a estes fatores a abrangência e volumetria são estimadas sendo

    calculadas em aproximadamente 90 m³ (noventa metros cúbicos).

    A operação de escavação deve ser cautelosa procurando impactar o mínimo possívelem áreas adjacentes ao aterro, conforme segue:

    a)  Demarcar a área a ser escavada, averiguado a presença de vegetação nativa

    em regeneração. Caso ocorra deverá ser promovido o transplante de tal

    espécie ao bosque nativo presente no lote.

    b)  Escavar com auxílio de maquinário leve de pequeno porte, podendo ser mini

    escavadeira ou mini carregadeira. O solo removido deve ser embarcado em

    um caminhão basculante e descartado em local adequado fora da APP.

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    Figura 8 - Localização do aterro que será removido

    6.2. 

    Do isolamento da Área de Preservação Permanente

    O proprietário promoverá, como proposta mitigatória, o isolamento da área de APP

    por meio de grade vazada ou tela com dimensões de 1,80 (um metro e oitenta

    centímetros) de altura. Tal medida visa a conservação da área causando uma barreia à

    entrada de pessoas estranhas ao local, proporcionando ao futuro bosque um meio mais

    apropriado de regeneração sem interferências externas do meio antrópico. A Figura 9

    demonstra o local de implantação.

    Figura 9 - Proposta de isolamento da APP por meio de gradil ou tela

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    6.3. 

    Da povoamento arbóreo

    Após operações efetuadas no muro e aterro, o proprietário propõe-se a efetuar o

    plantio arbóreo no local atingido pelas ações antrópicas anteriores, sendo que o mesmo

    será executado no distanciamento mínimo de 30,00 metros a partir da margem do rio

    Barigui. O croqui de implantação do futuro bosque segue na Figura 10 e contempla uma

    faixa de 50,00 metros, contudo a implantação do futuro bosque abrange 30,00 metros,

    conforme mencionado anteriormente.

    Figura 10 - Área de repovoamento arbóreo proposta

    6.3.1.  Preparo do terrenoAo se identificar a região de plantio, deve-se preparar o terreno, limpando-se a área de

    serviço através de roçada controlada e capina, inspecionando o terreno para constatação

    de animais peçonhentos ou que demandem cuidados adicionais, demarcando os locais de

    escavações (covas) e verificando a qualidade do solo observando a necessidade da adição

    ou não de solo vegetal mais apropriado. Para tanto se torna necessária a presença de

    profissional habilitado e competente (Eng. Agrônomo).

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    6.3.2.  Espaçamento e locaçãoA distância entre árvores dependerá da disponibilidade de plantio do lote. Para o caso

    específico do lote em muitos locais o plantio será efetuado próximo aos bosques

    existentes, portanto não havendo uma uniformidade de espaçamento, no entanto

    devendo seguir a distância mínima 3,00 m (três metros) entre a muda e a árvore já

    existente. Para os locais completamente desprovidos de vegetação está previsto um

    espaçamento de 3,00 m x 3,00 m, totalizando 9,00 m² por muda, sendo que a distância

    máxima entre plantio é de 3,00 (três) metros.

    Formulário:

    Apl = Aterr + Am Q a = Aterr/Fc 

    Onde:Apl = área destinada à implantação do futuro bosqueAterr = área destinada ao plantio no terrenoAm = área destinada ao plantio da margem do rioQ a = quantidade de árvores.Fc = 9 = fator de projeção de copada da árvore em m².

    Desta maneira tem-se:

    Apl = 459 m²Q a = 459/9 = 51 árvores.

    Portanto para o presente PRAD, propõe-se o plantio de 51 (cinqüenta e uma) mudas

    de árvores nativas da região de Curitiba.

    As mudas deverão ser distribuídas de maneira irregular e aleatória não linear, evitando

    formação de fileiras ou colunas retilíneas descaracterizando assim reflorestamento,

    aproximando-se ao máximo das características naturais de um povoamento florístico.

    As espécies indicadas seguem abaixo:

    1. Cabralea glaberrima - Canjerana

    2. Campomanesia xanthocarpa  - Guabiroba

    3. Cassia multijuga  - Cássia cigarreira 

    4. Cedrela fissilis  - Cedro Rosa

    5. Erythrina falcata  - Corticeira

    6. Eugenia uniflora  - Pitanga

    7. Jacaranda puberula  - Caroba

    8. Lafoensia pacari   - Dedaleiro

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    9. Lonchocarpus sp.  - Timbó

    10. Ocotea porosa  - Imbuia

    11. Piptadenia peregrina  - Angico

    12. Podocarpus lambertii   - Pinheiro Brabo

    13. Prunus brasiliensis - Pessegueiro Brabo

    14. Psidium catlelianum  - Araçá

    15. Schinus terebentifolius  - Aroeira

    16. Tabebuia roseo-alba  - Ipê Amarelo 

    17. Tibouchina sellowiana  - Quaresmeira

    18. Vitex megapotamica  - Tarumã

    6.3.3. 

     Abertura de covasAs covas deverão ser abertas nos locais previamente demarcados, com dimensões de

    0,60 m x 0,60 m x 0,60 m, com o auxílio de ferramental apropriado, removendo o solo e

    mantendo limpo o seu entorno.

    6.3.4.  Terra vegetal e adubaçãoA terra que por ventura possuir características organo-químicas duvidosas ao bom

    desenvolvimento da vegetação, deverão ser retirada da cova e substituída por outra que

    seja de boa qualidade, além da adubação com 200 g de calcário dolomítico (por cova), 100g de adubo NPK 4-14-8 (por cova). Para tanto, a operação deverá ser acompanhada por

    profissional habilitado (Eng. Agrônomo).

    6.3.5.  Plantio e tutoramentoA muda de árvore deverá ser colocada na cova na mesma altura do colo que se

    encontra na embalagem produzida ou criada, com remoção de embalagem plástica

    impermeável, podendo manter-se a embalagem se for de fibras naturais, materiais

    putrefatos, ou saco de estopa. A muda deverá ser colocada no leito da cova, sobre terrasolta, e aterrada pelas bordas com terra vegetal previamente adubada, pressionando a

    parte superior, formando uma concavidade para reter água das chuvas ou irrigação

    manual.

    Ressalta-se, aqui, a implantação de reflorestamento misto, ou seja, a vegetação deverá

    ser distribuída de modo aleatório, mantendo certa diversidade de espécies em cada ponto

    do futuro bosque.

    Em seguida ao plantio, a muda de árvore deverá ser tutorada com estaca de bambu ou

    similar, efetuando o amarrio das mesmas no mínimo em 2 pontos, através de fitilho ou

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    tiras de borracha, de maneira a evitar movimentos provocados por ventos, direcionar o

    crescimento e visualizar a árvore que está sendo tratada. 

    Figura 11 - Croqui de distanciamento da mudas

    6.3.6.  Porte das mudasComo citado anteriormente, a composição arbórea de recomposição do bosque nativo

    deverá conter mudas de árvores nativas com no mínimo 1,50 m (um metro e cinquenta

    centímetros) de altura de tronco até a primeira bifurcação da copa e 0,03 m (três

    centímetros) de DAP (diâmetro na altura do peito).

    Figura 12 - Croqui demonstrativo do porte das mudas

    6.3.7.  ManutençãoPara o pleno desenvolvimento das mudas plantadas deverão ser feitas manutenções

    periódicas com remoção de ervas daninhas e/ou capins no entorno que possam concorrer

    com o desenvolvimento da muda, mantendo um coroamento capinado, bem como fazer

    substituição de tutor em caso de apodrecimento precoce do mesmo. É absolutamente

    necessário efetuar vistorias constantes, para verificar o ataque de formigas carregadeiras

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    9.  RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL

    A preservação do meio ambiente diz respeito também à sociedade, pois dependemos

    dos recursos naturais nela presente. Cabe ao meio antrópico procurar maneiras de adaptação

    e convivência harmônica para com a natureza, visando sempre o desenvolvimento

    sustentável:”... garantindo a sobrevivência do presente sem prejudicar as gerações futuras.” 

    Assinam abaixo os responsáveis.

    Antonio Koczicki Neto CREA/PR 66.352-D

    Eng. Agrônomo/ Eng. Civil

    Carlos Bergami CPF 560.750.657-68

    Proprietário

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    10.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    Ambiente Brasil – Jornal do Meio Ambiente – Disponível em .Acesso em 9 de julho de 2015. 

    Anais do VI Simpósio Nacional e Congresso Latino-Americano de Recuperação de Áreas Degradadas,SOBRADE, Curitiba PR., 2005.

    ITCG - Instituto de Terras, Cartografia e Geociências do Paraná  – Disponível em . Acesso em 8 de julho de 2015. 

    KLEIN, R.M. – Aspectos Dinâmicos de Vegetação do sul do Brasil, Rev. Sellowia, sep.36, Itajaí SC., 1984.

    LIMA, V.C. – Fundamentos de pedologia, UFPR/ Setor de Ciências Agrárias, Departamento de Solos eEngenharia Agrícola, 233p:Il, Curitiba, 2004.

    LORENZI, H – Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Nativas do Brasil,vol. 1.Editora Plantarum, Nova Odessa SP., 2000.

    LORENZI, H et. al . – Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Nativas do Brasil,vol. 2. Editora Plantarum, Nova Odessa SP., 2002.

    LORENZI, H et. al . – Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Nativas do Brasil,vol. 3. Editora Plantarum, Nova Odessa SP., 2009.

    LORENZI, H et. al . – Árvores Exóticas do Brasil – Madeireiras, ornamentais e aromáticas, EditoraPlantarum, Nova Odessa SP., 2003.

    LORENZI, H et. al . – Palmeiras brasileiras e exóticas cultivadas, Editora Plantarum, Nova Odessa SP.,2004.

    O Solo no Meio Ambiente: Abordagem para Professores do Ensino Fundamenta e Médio e Alunos doEnsino Médio. UFPR. Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, Curitiba PR, 2007.

    Pesquisas em Meio Ambiente: Subsídios para Gestão de Políticas Públicas / org: WENDLAND,E. eSCHALCH, V. – São Carlos, SP., 2003.

    SIMEPAR – Sistema Meteorológico do Paraná – Disponível em . Acesso em 8de julho de 2015. 

    http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/

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     ANEXOS

    1 – Documentos do proprietário2 – Documentos da propriedade

    3 – Auto de infração4 – Planta de implantação5 – Planta topográfica