planejamento e plano municipal de saúde: como passar do projeto à realidade? o planejamento em...
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Planejamento e Plano Municipal de Saúde: como
passar do projeto à realidade?
O planejamento em saúde: conceituações e modalidades de planejamento, sistema de saúde, políticas de saúde (políticas específicas e programas); Indicadores de saúde (acentuando que são os referenciais para o planejamento, o qual, por sua vez, deve direcionar os orçamentos e a aplicação dos recursos), utilização e análise de dados em saúde; Epidemiologia básica; Sistemas de informação do SUS.
Sistemas de Saúde devem ser competentes para enfrentar as necessidades de saúde da população
A SITUAÇÃO DEMOGRÁFICA Redução da fertilidade. Envelhecimento
A MORTALIDADE Doenças Cardio Vasculares, Câncer e Causas Externas
A MORBIDADE Doenças Agudas X Doenças Crônicas
A DUPLA CARGA DAS DOENÇAS
O DESAFIO DEMOGRÁFICO 2000 E 2025
TENDÊNCIAS DA MORTALIDADE POR GRUPOS DE CAUSAS BRASIL – 1930/2000
Mortalidade proporcional segundo grandes grupos de causas, Brasil, capitais, 1930 a 19941930 1940 1950 1960 1970 1980 1985 1990 1995 2000
CVD 12.0 14.5 14.5 22.0 24.0 25.2 27.2 28.1 27.4 27.5Infections 46.0 44.0 36.5 27.0 16.0 9.3 6.3 5.1 4.3 4.7Cancer 3.0 4.5 5.6 8.0 9.5 8.2 9.0 10.2 11.1 12.7Injuries 3.0 3.0 3.8 5.0 8.0 9.4 10.9 12.3 12.9 12.5
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
35.0
40.0
45.0
50.0
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1985 1990 1995 2000
Mo
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CVD Infections Cancer Injuries
* Até 1970 dados só d e capit ais Fonte Barbosa Silva et alii(2003)
GRUPOS TAXA/ MILHABITANTES
%
INFECCIOSAS, PARASITÁRIAS E DESNUTRIÇÃO
34 14,8
CAUSAS EXTERNAS 19 10,2
CONDIÇÕES MATERNAS E PERINATAIS 21 8,8
OUTRAS DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 124 66,2
TOTAL 232 100,0
FONTE:SCHRAMM et alii ( 2004)
A CRISE DO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS
UMA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE DUPLA CARGA DA DOENÇA COM PREDOMINÂNCIA RELATIVA DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS
UM MODELO DE ATENÇÃO VOLTADO PARA AS CONDIÇÕES
AGUDAS FONTE: MENDES (2002)
AS DIFERENÇAS ENTRE AS CONDIÇÕES AGUDAS E AS CONDIÇÕES CRÔNICAS
CONDIÇÕES AGUDAS
•DURAÇÃO LIMITADA•MANIFESTAÇÃO ABRUPTA•AUTOLIMITADAS•DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO USUALMENTE PRECISOS•INTERVENÇÃO USUALMENTE EFETIVA•RESULTADO: A CURA
CONDIÇÕES CRÔNICAS
DURAÇÃO LONGAMANIFESTAÇÃO GRADUALNÃO AUTOLIMITADASDIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO USUALMENTE INCERTOSINTERVENÇÃO USUALMENTE COM ALGUMA INCERTEZARESULTADO: O CUIDADO
FONTE: VON KORFF (1997); ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2003)
A MUDANÇA DO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE PRECONIZADA PELO SUS
DO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE VOLTADO PARA AS CONDIÇÕES AGUDAS: OS SISTEMAS FRAGMENTADOS DE
ATENÇÃO À SAÚDE COM FOCO NAS URGÊNCIAS
PARA O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE VOLTADO PARA AS CONDIÇÕES CRÔNICAS: AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
CENTRADAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
FONTE: : MENDES (2002)
MODELO DE ATENÇÃO
• É um conjunto de procedimentos, atividades e tarefas, praticados pelos serviços de saúde de forma sistemática e extensiva,constituindo uma forma dominante de prática social.
• É a interface do setor da saúde com a população.
• É a explicitação do conceito de saúde subjacente ao discurso.
Modelo de atenção à saúde
A atenção à saúde tem dimensões:
– Políticas: atender aos diferentes anseios e valores da população e dos profissionais
– Técnico-científicas: as ações devem ter orientação fundamentada e instrumentalizada pela ciência e pela tecnologia
Modelo de atenção à saúde
• A atenção à saúde depende:
– Do modelo organizacional do sistema de saúde
– Dos profissionais de saúde Envolvidos
– Da estrutura física e do ambiente
Sistemas Locais de Saúde
• Descentralizar a ação: transferência de poder
• Central local regional
• Novos Modelos de Atenção• Hierarquização, acessibilidade, cobertura,
promoção e prevenção (Vigilância à Saúde)
• Novas formas de Gestão• Mais ágeis, eficientes, eficazes, efetivas e legítimas
Não há um único caminho ou um único modelo a ser construído
DS: Conceitos básicos
• Hierarquização: – Os problemas
• Podem sermenos graves ou mais graves• Atingemmenos pessoas ou mais pessoas• Exigem menos tecnologia ou mais tecnologia• Estabelecemcustos menores ou custos maiores
– Os serviços• Devem ser mais simples ou mais complexos• Destinam-se para muitas pessoas ou poucas pessoas• Exigem equipamentos simples ou equipamentos complexos• Estabelecem custos menores ou custos maiores
DS: Conceitos básicos• Regionalização
– Problemas simples:• atingem muitas pessoas, mais frequentemente• serviços locais, próximos às pessoas, com pouca tecnologia, mais
baratos
– Problemas mais graves:– atingem menos pessoas, menos frequentemente– serviços regionais, mais centralizados, com mais tecnologia, mais
caros
Referência e Contra-referência
Elementos - DS
• Território
• Problemas
• Práticas sanitárias
• Processo de trabalho
Território• Os sistemas locais estão vinculados a um dado
conjunto territorial• O objeto de trabalho se
refere à população do território
– Considerar aspectos demográficos, sociais, epidemiológicos eculturais
– Condições de saúde econdições de vida da população
TERRITÓRIO DO DISTRITO SANITÁRIO
DISTRITO
ÁREA
MICROÁREA
MORADIA
PROBLEMAS DE SAÚDE
• “Situação insatisfatória acumulada, com tendência de persistir ou agravar se, se nada for ‐feito” (Carlos Matus)
- Quem olha- Realidade observada- Época tempo‐
PRÁTICAS SANITÁRIAS
• O enfoque por problemas procura influenciar omodelo de atenção
– O modo de agir deve ser compatível com os problemas detectados e tem a finalidade de melhorar as condições de saúde da população local
VIGILÂNCIA DA SAÚDE
- Vigilância Epidemiológica + Vigilância Sanitária- Vigilância da situação de saúde (monitorar)- Ações programáticas de saúde
PRÁTICA SANITÁRIA
-Resposta social aos problemas de saúde.-Intervenção sobre o coletivo e o individual-Estratégias de intervenção baseadas emPromoção da saúde,Prevenção de doenças e acidentesAtenção curativa
NÃO É ...
É ...
PROCESSO DE TRABALHO• Modos adequados de tecnologia, organização edivisão do trabalho
• Perfil de Recursos Humanos
• Perfil das unidades de saúde
• Estrutura da rede de serviços– Regionalizada– Hierarquizada– Níveis crescentes de complexidade– Sistema de informação– Sistema de referência e contra referência‐
Planejamento em saúde
NORMATIVO
X
ESTRATÉGICO SITUACIONAL
Planejamento Planejamento TradicionalTradicional
PlanejamentoPlanejamento EstratégicoEstratégico
OBJETIVOOBJETIVO• Predições únicasPredições únicas• Plano por setoresPlano por setores• CertezaCerteza• Cálculo TécnicoCálculo Técnico• Sujeitos são agentesSujeitos são agentes• Sistema fechadoSistema fechado• Teoria do controle de Teoria do controle de
um sistemaum sistema
SUBJETIVOSUBJETIVO• Várias apostas em
cenários• Plano por problemas• Incertezas e surpresas• Cálculo técnico-
político• Sujeitos são atores• Sistema aberto• Teoria da participação
Diferenças Diferenças
Carlos Matus (Economista Chileno)Carlos Matus (Economista Chileno) Planejamento Estratégico SituacionalPlanejamento Estratégico Situacional
“Se planejar é sinônimo de conduzir conscientemente, não existirá
então alternativa ao planejamento. Ou planejamos ou somos escravos da
circunstância. Negar o planejamento é negar a possibilidade de escolher o futuro,
é aceitá-lo seja ele qual for”.
Momentos da Planificação
• MOMENTO EXPLICATIVO:MOMENTO EXPLICATIVO:Diagnóstico da situaçãoSeleção de problemasRede explicativa do problema -
FluxogramaIdentificação dos Nós Críticos
• MOMENTO NORMATIVO:MOMENTO NORMATIVO:Desenho das operaçõesDesenho do arco direcional
• MOMENTO ESTRATÉGICOMOMENTO ESTRATÉGICOAnálise da viabilidade e factibilidade do planoIdentificação de possíveis aliados e oponentesConstrução de viabilidade e factibilidade no
campo econômico, técnico e organizativo
• MOMENTO TÁTICO-OPERACIONALMOMENTO TÁTICO-OPERACIONALExecução das operaçõesProcesso de avaliação - Informação EstatísticaSala de Situações
Momentos da Planificação
”
a) Explicativo : “é”
b) normativo : “deve ser”
c) estratégico: “como pode ser”
d) tático operacional: “ação-avaliação
DIAGNÓSTICO
TERRITÓRIO
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
A INFORMAÇÃO EM SAÚDE
Diagnósticos de saúde
CONHECER O PROBLEMA
COMPREENDER ESSE PROBLEMA
AVALIAR A REALIDADE
PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
Prioridade/momento certoQuestões políticasRecursos materiais, financeiros e humanos
EXECUÇÃO DAS AÇÕES
CONTROLE E AVALIAÇÃOCobertura, Impacto, Produtividade, Custos, Eficácia, Efetividade, Relevância
Informação em Saúde é Um instrumento de apoio decisório, para
planejamento, organização, operação e avaliação dos serviços, através do conhecimento gerado por informações:
DemográficasDemográficas
EpidemiológicasEpidemiológicas
Sócio-econômicasSócio-econômicas
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDESISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
É um conjunto de componentes que atuam de forma integrada, por meio de mecanismos de coleta, processamento, armazenamento e transmissão de dados e informações necessários e oportunos para implementar processos de decisões no sistema de saúde
Pode ser informatizado ou não
O objetivo de um SIS é selecionar dados pertinentes e transformá-los em informações para aqueles que planejam,
financiam e avaliam os serviços de saúde
Finalidades do Sistema• pesquisa específica• controle de instrumentos• controle de custos• controle de receita• planejamento• gerenciamento• produção• feedback
As finalidades definem sua utilidade
Importância dos sistemas Necessidade crescente de
otimizar os recursos Planejamento e ação baseado
em evidências Monitoramento e Avaliação das
ações e serviços
Principais Sub-sistemasSIMSINASCSINANSIHSIASIABSI-PNISIGABSISVANSIS-COL0/MAM/MALSISPRENATALSISPACTOCNESSIS......OPERACIONAIS ESPECÍFICOS DIVERSOS
Alguns são disponibilizados integralmente (banco de dados), outros oferecem dados consolidados via tab-net, outros são de utilização interna das Secretarias.
Organização dos SIS segundo o DataSUS
Informações Epidemiológicas e de Morbidade
• Morbidade hospitalar no SUS (SIH)
• Doenças e agravos de notificação (SINAN)
• Estado Nutricional (SISVAN)
• Outros agravos (Hiperdia; Ca Mama)
Sistemas de Informações Assistenciais (produção de serviços)
• Internações hospitalares (SIH)• Produção ambulatorial (SIA)
• Imunizações (SIS-PNI)• Atenção Básica - Saúde da Família (SIAB)• Vigilância alimentar e nutricional (SISVAN)
Estatísticas vitais
• Nascidos vivos (SINASC)
• Mortalidade (SIM)• Óbitos gerais • Óbitos específicos
Rede assistencial
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde(CNES, engloba profissionais e estabelecimentos)
Demográficas e sócio-econômicas: via IBGE
• Censos e estimativas – população residente• Educação• Saneamento (instalações sanitárias, coleta de
lixo e abastecimento de água)
Outros...Indicadores de saúde (pacto e outros)Saúde suplementar (planos de saúde)Inquéritos e pesquisas (PNAD; Vigitel)
Informações financeiras
SIOPS- sistema informação orçamento público de saúde
Transferências a municípios e estados (fundo a fundo)
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Procure no Google ou vá direto ao site: www.datasus.gov.br
Veja o menu de informações à sua esquerda
3Clicando em “informações de saúde”
Escolha o tipode informação que deseja
Escolho uma das opções abaixo:
Escolhi “assistência à saúde”
4Escolhi “produção ambulatorial” e para delimitar a áreageográfica da informação clicono mapa ou em “abrangência geográfica”
Estas escolhas formarão a tabela com as informações