planejamento de ensino no processo avaliativo como prática ... · pdf fileplanejamento...

52
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO “A VEZ DO MESTRE” PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA EDUCATIVA LUÍS CARLOS ALVES E SILVA ORIENTADOR: ANTONIO FERNANDO VIEIRA NEY VÁRZEA GRANDE – PI MARÇO/ 2009

Upload: nguyendat

Post on 07-Feb-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO “A VEZ DO MESTRE”

PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO

AVALIATIVO COMO PRÁTICA EDUCATIVA

LUÍS CARLOS ALVES E SILVA

ORIENTADOR: ANTONIO FERNANDO VIEIRA NEY

VÁRZEA GRANDE – PI

MARÇO/ 2009

Page 2: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

2

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO “A VEZ DO MESTRE”

PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO

AVALIATIVO COMO PRÁTICA EDUCATIVA

LUIS CARLOS ALVES E SILVA

Trabalho monográfico apresentado como requisito

parcial para obtenção do grau de Especialista em

Supervisão Escolar.

VÁRZEA GRANDE – PI

MARÇO/ 2009

Page 3: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

3

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter sempre me dado forças para continuar

lutando por um futuro melhor. Ao professor e

orientador Antonio Ney, pela disponibilidade e carinho

que sempre teve ao me orientar nesta difícil jornada.

Page 4: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha esposa Jarlany

Campelo, companheira fiel e responsável por minha

força em buscar o aprimoramento contínuo como

pessoa e profissional. Em especial, à minha filha

Lunna, um presente de Deus.

Page 5: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

5

RESUMO

No intuito de contribuir para uma educação mais eficiente e eficaz, foi realizado esse projeto que visa a reflexão e conscientização da importância de um planejamento voltado para o processo de ensino-aprendizagem integrado no contexto social, proporcionando assim o norteamento sistematizado na realização das atividades propostas, mobilizando sujeitos vinculados a processos de socialização entre escola e comunidade. De acordo com o estudo feito sobre esse tema, o planejamento de ensino que ainda se encontra fora da realidade e necessidade dos alunos, não proporciona uma visão avaliativa no sentido de diagnosticar o que está bem e o que precisa melhorar no processo educativo. Tal pesquisa traz como principal objetivo reconhecer o planejamento de ensino, quando voltado para o processo avaliativo, como um ato que proporciona a melhoria do ensino e, consequentemente da aprendizagem, bem como identificar o planejamento de ensino como uma atividade intencional que subsidia uma maior coerência das ações avaliativas. O procedimento metodológico utilizado no decorrer do trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, bem como análise de artigos de revistas e periódicos, livros, consulta na internet, entre outros.

Palavras-chave: planejamento e processo avaliativo.

Page 6: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

6

METODOLOGIA

Este trabalho tem como metodologia a pesquisa bibliográfica, através

de dados coletados a respeito da problemática em questão, encontrada em

livros, artigos, periódicos, entre outros, onde foram realizadas leituras

analíticas de vários teóricos que postulam o objeto de estudo contribuindo,

dessa forma, para o enriquecimento e conclusão da monografia.

Após a análise dos dados coletados iniciou-se um processo reflexivo,

onde o mesmo aconteceu de forma interativa através da observação do

universo educacional, como também dos profissionais que são um dos

principais focos da temática em questão, e por meio de diálogos com os

diversos integrantes da instituição, até mesmo os alunos. Assim foi possível

compreender em que nível se encontra o processo de ensino-aprendizagem

dentro da sala de aula.

Dessa forma, a pesquisa que se segue delimita-se à análise e

reflexão do tema abordado, onde há a necessidade de conscientizar os

educadores sobre o verdadeiro sentido do planejamento de ensino, não mais

o considerando como um simples ato burocrático, proporcionando um

melhor preparo dos educadores quanto às necessidades e dificuldades dos

alunos.

O estudo teve início no período de março de 2005 se estendendo

até a conclusão do trabalho monográfico, onde foi possível observar a falta

de interesse dos educadores em desenvolver com eficiência a prática do

planejamento de ensino voltado para o processo avaliativo.

Page 7: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

7

PROPOSTA DE SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................09

CAPÍTULO I

Níveis de planejamento...........................................................................12

1.1. Planejamento, administração e recursos escassos............................14

1.2. Planejamento na prática escolar........................................................ 16

1.3. Planejamento escolar.........................................................................18

1.3.1. Atividades de planejar.........................................................................19

1.3.2. Avaliação: instrumento da construção do projeto de ação.................20

1.3.3. Planejamento de avaliação.................................................................21

CAPÍTULO II

Planejamento: execução e avaliação......................................................23

2.1. Planejamento geral do ensino................................................................23

2.1.1. Avaliação: processo de construção satisfatória...................................25

2.2. Planejamento educacional e dinâmico...................................................27

2.2.1. Planejamento de ensino numa perspectiva crítica..............................28

2.2.2. Planejamento e ação pedagógica.......................................................29

2.2.3. Planejamento: processo integrado no contexto social........................30

CAPÍTULO III

Planejamento didático..............................................................................32

3.1. Planejamento X plano.............................................................................32

3.1.1. Ensino renovado..................................................................................33

3.2. Característica da renovação pedagógica...............................................34

3.3. Tipos de planejamento da educação......................................................35

3.4. Planejamento curricular..........................................................................36

3.5. Planejamento didático............................................................................37

Page 8: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

8

CAPÍTULO IV

Dimensões da avaliação educacional......................................................38

4.1. Avaliação de sala de aula.......................................................................38

4.2. Avaliação institucional............................................................................40

4.3. Avaliação de currículo............................................................................41

4.4. Avaliação educacional............................................................................41

4.4.1. Avaliação de sistema..........................................................................42

4.4.2. Avaliação com eficiência.....................................................................43

4.4.3. Avaliação na visão dos PCNs.............................................................43

CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................46

BIBLIOGRAFIA.............................................................................................48

Page 9: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

9

INTRODUÇÃO

As idéias que envolvem o planejamento são amplamente discutidas

nos dias atuais, em que se torna complicado para o exercício da prática de

planejar, como compreensão de conceitos e o uso adequado dos mesmos.

O planejamento é o processo de busca do equilíbrio entre os meios e os fins,

entre recursos e objetivos para visar o melhor funcionamento das empresas,

instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades

humanas.

O ato de planejar tornou-se sempre um processo de reflexão, e

tomada de decisão sobre a ação; processo de necessidades e

racionalização de emprego de meios e recursos disponíveis que visam a

concretização de objetivos em prazos determinados e etapas definidas, a

partir dos resultados das avaliações.

Portanto planejar é um processo amplo que visa dar respostas a

problemas, que estabeleçam meios e fins apontando para a superação de

modo a atingir objetivos previstos pensando necessariamente no futuro, a

que os aspectos contextuais e os pressupostos filosóficos, culturais,

econômicos e políticos de quem planeja e com quem se planejar, em que

atividade está dentro da educação, visto que esta tem como característica

básica: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que

possam nortear propriamente a execução da ação educativa, prevendo o

acompanhamento e a avaliação da própria ação.

Sendo notório o fato de o planejamento ser uma necessidade

constante em todas as áreas das atividades humanas, em que a atitude de

planejar ganha importância e torna-se necessária principalmente nas

sociedades complexas do ponto de vista organizacional, em que o

planejamento e avaliação caminham de mãos dadas, fez-se necessário um

estudo aprofundado sobre o mesmo e sua influência no processo avaliativo

como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

Page 10: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

10

despertou o interesse neste assunto, ou seja, a preocupação em saber como

tornar o planejamento de ensino uma prática coletiva de sucesso educativo,

deixando de ser um mero ato individualizado e burocrático.

O objetivo principal deste trabalho é, portanto, reconhecer que o

planejamento de ensino voltado para o processo avaliativo é um ato que

proporciona a melhoria do ensino e, consequentemente, da aprendizagem,

bem como identificar o planejamento de ensino como uma atividade

intencional que subsidia uma maior coerência das ações avaliativas.

Sendo assim, a avaliação educacional foi definida como um casaco

de várias cores, que se utiliza conforme o local e a ocasião. Significa que a

avaliação tem muitas dimensões e que melhor possam atender ao tipo de

decisão que tem que ser tomada.

Assim, a avaliação em sala de aula tem como foco o processo de

ensino-aprendizagem e visa a subsidiar o aperfeiçoamento da prática

docente a partir de um planejamento bem elaborado. Pois com este

pensamento fez-se necessário realizar um trabalho de pesquisa cujo objetivo

foi obter maiores informações e conhecimento sobre o tema proposto:

“Planejamento de ensino no processo avaliativo como prática educativa”,

cuja metodologia utilizou-se de pesquisa bibliográfica.

O referido trabalho foi dividido em quatro capítulos contando de

subcapítulos, ambos abordando os mais diferenciados temas sem fugir de

sua proposta.

O primeiro capítulo destina-se a descrever os níveis de planejamento,

ressaltando os mais importantes e que estão diretamente relacionados à

prática da supervisão escolar, visto que este trabalho está voltado para esta

área de ensino. Este capítulo também se preocupa em fazer relações

importantes entre a prática de planejar e suas funções dentro do universo do

supervisor escolar, do professor e da escola em si.

Page 11: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

11

O segundo capítulo trata do planejamento e a sua execução

ressaltando também a avaliação no ensino, abordando os seguintes temas:

planejamento geral e de ensino, tendo este como subtópico a avaliação

como processo de construção satisfatória, planejamento educacional e

dinâmico, planejamento de ensino numa perspectiva crítica, planejamento e

ação pedagógica e, por fim, planejamento como processo integrado no

contexto social.

O terceiro capítulo aponta o planejamento didático apontando alguns

temas como a diferença entre plano e planejamento, o ensino renovado,

características da renovação pedagógica, tipos de planejamento da

educação, planejamentos educacional e didática.

O quarto e último capítulo faz uma narrativa minuciosa sobre as

dimensões da avaliação educacional destacando os seguintes tipos de

avaliação: na sala de aula, institucional, de currículo, educacional, que tem

como subtópicos a sistemática, a de eficiência e faz uma referência na visão

dos PCNs.

Page 12: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

12

CAPÍTULO I

Níveis de planejamento

Seguindo uma seqüência lógica deve-se, inicialmente, tentar

compreender o sentido do ato de se planejar, visto que:

Podemos dizer que planejar é estudar. Planejar é, portanto, ‘assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema’. Diante de um problema eu procuro refletir para decidir quais as melhores alternativas de ação possíveis para alcançar determinados objetivos a parir de certa realidade. (Piletti, 1987 p. 61)

Assim, procura-se compreender também os seus diversos níveis,

tipos e dimensões, para um entendimento completo e relevante para o nosso

estudo.

O processo de planejamento educacional é desenvolvido em vários e

determinados níveis. O mesmo apresenta-se em nível nacional, estadual ou

de um sistema determinado através do qual se definem e estabelecem

finalidades, metas e objetivos da educação, onde se encontra implícita a

filosofia da educação, em que o plano nacional de educação reflete a política

de um povo inserido num contexto histórico.

Abrangentemente encontram-se os planos das escolas, com seus

respectivos cursos dos quais decorrem os planos curriculares, que definem a

filosofia de ação e toda dinâmica escolar, os quais se fundamentam

naturalmente na filosofia da educação expressa nos planos nacionais e

educacionais.

A partir dos planos curriculares é que se planeja, de maneira

sistemática e global, a ação escolar. Os planos escolares operacionalizam-

se através dos planos setoriais de ensino e plano nacional de educação,

sendo de suma importância, onde “os professores ao elaborarem seus

planejamentos de ensino, analisem o plano global de educação para

Page 13: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

13

poderem imprimir, nos planos de ensino, a filosofia da educação, adaptada

pela própria escola” (Santana, 1999 p. 48).

Como decorrência dos planos curriculares, os planos de ensino são

de disciplinas, de unidade, e experiências propostas pela escola,

professores, alunos e comunidade. Os planos de ensino devem ser

trabalhados nos componentes fundamentais do plano curricular, bem como a

filosofia educacional da escola. Por sua vez, os planos de ensino

especificam os objetivos, os conteúdos, os recursos humanos e materiais, os

procedimentos e o processo avaliativo, que compreendem os planos de

disciplina, unidade, de aula e de outras atividades.

O ato de planejar é a atividade intencional pelo qual se projetam e se

estabelecem meios para atingi-los. Por isso não é neutro, mas

ideologicamente, tornando-se claro que não há atividade humana neutra.

O ser humano não age sem fins independentes quaisquer que sejam

e em que níveis de consciência estejam. Não importando o fato é que, na

origem de toda conduta humana, há uma escolha; em que implicam

finalidades e valores.

Dessa forma, o ser humano está condenado a escolher, onde:

A natureza, a sociedade em que vivemos o futuro a ser vivido, as relações com pessoas, às vivências. Não somos, pois indiferentes ao mundo no qual vivemos. Assumimos posição. Aceitamos e lutamos por alguma coisa quando a avaliamos positivamente, assim como rejeitamos outra, quando atribuímos a ela um valor negativo. O ser humano é um ser que avalia, em todos os instantes de sua vida. (Luckesi, 2002 p. 106)

Por isso, o ato de planejar, como todos os atos humanos implicam

escolha e, por isso, apresenta-se numa opção axiológica, que subsidia o ser

humano num encaminhamento de suas ações e obtenção de resultados.

Page 14: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

14

Apesar de ser um fato constitutivo o ato de planejar, a prática do

planejamento especialmente na educação tem sido conduzida como se

fosse uma atividade neutra.

O planejamento não é e nem será exclusivamente um ato político-

filosófico, nem exclusivamente um ato técnico; será sim um ato ao mesmo

tempo político-social, científico e técnico: político-social na medida em que

está comprometido com as finalidades sociais e políticas; científico, na

medida em que não se pode planejar sem o conhecimento da realidade.

1.1. Planejamento, administração e recursos escassos.

Ao se analisar o tema planejamento, afirma-se que “é importante que

todos compreendam que o planejamento é uma simples técnica de

administrar recursos e que, em si é neutro” (Neto, 1966 p. 14).

Assumindo-se a perspectiva dessa definição, o planejamento se

reduz a uma técnica sofisticada que estabelece previsões operacionais,

materiais, financeiras e humanas, onde:

Podemos definir o planejamento como a aplicação sistemática do conhecimento humano para prever e avaliar cursos de ação alternativos com vista à tomada de decisões adequadas e racionais, que sirvam de base para a ação futura, planejar é decidir antecipadamente o que deve ser feito, ou seja, um plano é uma linha de ação pré-estabelecida. (Holanda, 1966 p. 19)

Em síntese, o que se observa, nas publicações, no ensino ou na

prática, é que o planejamento tem sido visto como técnica neutra de prever a

administração de recursos disponíveis da forma mais eficiente possível. Seja

no nível teórico ou prático.

Page 15: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

15

Portanto, no âmbito da prática educativa escolar, o planejamento tem

sido praticado nos ensinamentos dos livros de didática e a prática de

planejamento do ensino na escola. Dessa forma, o professor torna-se um ser

limitado e incapaz de criar e ousar no seu planejamento, deixando de lado o

principal interessado que é o aluno e suas necessidades.

A administração da escola deve incentivar o professor a tomar

decisões e iniciativas mais produtivas, buscando sempre manter uma boa

relação com o corpo docente, investindo nestes como seres humanos

dotados de experiências que lhes serão muito proveitosas se as mesmas

forem despertadas e trabalhadas em conjunto.

Não há porque deixar que a escola se torne uma prisão para todos,

onde a administração só enxergue o lado difícil da sua missão, o professor

se sinta obrigado a cumprir os planos de aula e nada mais, e os alunos

vejam a escola como a parte mais dolorosa de seu dia e o professor como o

carrasco que irá tornar este dia mais difícil ainda.

Os recursos tornam-se escassos a partir do momento em que a

escola deixa de investir em novas técnicas de ensino e passam a ficar

atrasadas em âmbito educacional, onde a mesma deve procurar

acompanhar o desenvolvimento das novas práticas e ideais pedagógicos,

levando sempre em consideração as idéias inovadoras trazidas pelos

profissionais da escola ou mesmo pelos meios de comunicação voltados

para o cenário educacional, como por exemplo, revistas, periódicos, canais

de TV (ex. TV Futura), entre outros, investindo em novos recursos, como

salas de vídeo e laboratórios de informática e internet, dando uma maior

contribuição para outra proposta interessante e inovadora que é a inclusão

digital.

A escola é o ambiente onde a criança vai passar boa parte do seu

tempo e por isso deve ser antenada com o mundo, buscando adaptar-se às

diversas transformações no tempo e no espaço, acompanhando a linguagem

Page 16: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

16

que as crianças e os jovens aprendem com o passar dos anos, pois à

medida que estes avançam mudam não só o comportamento, mas também

a forma de pensar e de agir, o que identifica a nova geração e a torna mais

ameaçadora e crítica, derrubando de vez o tabu do aluno robô que só

memoriza e está programado para nunca indagar o professor ou questionar

a sua visão em relação a diversos assuntos.

1.2. Planejamento na prática escolar

Dentro do cotidiano da escola, como nos livros de didática, a questão

do planejamento escolar, em geral possui características desejadas, em que

alguns autores discutem essa temática; ou seja, as atividades de planejar

são tomadas como neutras.

Planejar nas escolas, geralmente, tem sido um modo de

operacionalizar o uso de recursos, como o material financeiro, humano e

didático, onde denominadas semanas de planejamento escolar ocorrem no

início de cada ano letivo. Assim, “Nada mais tem sido do que um momento

de preencher formulários para serem arquivados na gaveta do diretor ou de

intermediários do processo pedagógico, como coordenador ou supervisor”

(Turra, 1978 p. 11-12).

Normalmente com exceção no cotidiano escolar, é claro, a semana de

planejamento redunda no preenchimento de formulários em coluna, no qual

o professor deve registrar o que vai fazer no ano letivo, na disciplina ou área

de estudo que trabalha, onde cada coluna dos formulários implica em:

objetivos, conteúdos, procedimentos, recursos, métodos de ensino,

avaliação e cronograma. Dando só o preenchimento a partir da segunda

coluna (conteúdos).

No entanto, essa é uma forma de se fazer do ato de planejar um ato

neutro. Porém, os livros de didática quando tratam do tema planejamento,

Page 17: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

17

não apresentam uma postura diferente, havendo uma exceção, mas, no

geral, o planejamento é apresentado como uma técnica neutra de

eficientização ação, em que se define em diversos níveis.

A definição geral de planejamento que traz como conceitos: um

conjunto de ações coordenadas entre si que ocorrem para a obtenção de um

resultado desejado; é um processo que consiste em preparar um conjunto

de decisões tendo em vista agir, posteriormente, para atingir determinados

objetivos; é uma tomada de decisão, dentre possíveis alternativas, visando

atingir os resultados previstos de forma eficiente e econômica.

Além de delimitar ações eficientes, o planejamento cuida das

finalidades político-sociais da ação.

Planejamento educacional é o processo de abordagem racional e

científica dos problemas de educação. Pode ser também denominado como:

(...) o que se desenvolve em nível mais amplo, prevendo a reestruturação e o funcionamento do sistema educacional com um todo, a cargo das autoridades educacionais, no âmbito do MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, que, em relação ao ensino superior, identifica as necessidade de aperfeiçoamento do sistema educacional e a realização de estudos para a formulação de diretrizes, do CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, a que cabe fixar o currículo mínimo e carga horária dos cursos superiores, definir critérios para a formação e aceitação de docentes para o ensino superior, e dos CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO, com competência em relação aos estabelecimentos isolados de ensino vinculados ao poder estadual ou MUNICIPAL que têm atribuições nesta área. (Gil, 1997 p. 33-41)

Planejamento curricular consiste numa tarefa multidisciplinar que

tem por objeto a organização de um sistema de relações lógicas e

psicológicas dentro de vários campos do conhecimento. É também a

previsão de todas as atividades que o educando realiza sob a orientação da

escola para atingir fins da educação. Estes tipos de planejamento podem

ser:

Page 18: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

18

(...) também designados PLANOS DE CURSOS, desenvolvidos na escola esclarecem acerca dos objetivos dos cursos que a escola oferece de sua estrutura curricular, da clientela a que são oferecidas das condições para inscrição, dos procedimentos de avaliação. (Gil, 1997 p. 33-41)

Planejamento de ensino é a revisão inteligente bem articulada de

todas as etapas do trabalho escolar; é a previsão das situações específicas

do professor com a classe; é o processo de tomada de decisões que visam à

racionalização das atividades do professor e do aluno na situação ensino-

aprendizagem. De uma forma mais sucinta e clara é:

(...) é o que se desenvolve basicamente a partir da AÇÃO DO PROFESSOR, como condição essencial visando direcionamento metódico e sistemático das atividades a serem desempenhadas pelo professor junto a seus alunos para alcançar os objetivos pretendidos. (Gil, 1997 p. 33-41)

Assim, podemos dizer que o planejamento segue uma “hierarquia”,

onde o professor é um dos últimos degraus que antecede o alvo principal

que é o aluno, pois o planejamento é uma prática tão importante que tem o

seu início no ministério da educação e chega até a sala de aula, como se

tivesse passado por uma grande peneira até o seu refinamento que deve

acontecer nas mãos do educador.

1.3. Planejamento escolar

As atividades de uma escola consistem num processo de tomada de

decisão quanto aos objetivos a serem atingidos e a previsão das ações

pedagógicas e administrativas devem ser executadas por toda equipe

escolar, para o bom funcionamento da escola, onde afirma-se que “o

planejamento deve ser participativo, isto é, todos os segmentos que fazem

parte da escola, professores, funcionários, pais e alunos devem participar do

processo de tomada de decisão” (Haidt, 2000 p. 96).

Page 19: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

19

O resultado desse tipo de planejamento é o plano escolar, que deve

ser elaborado e executado por toda a equipe da escola, pois ao realizar o

processo de planejamento cada escola deverá seguir um esquema de ação

tendo como base as seguintes etapas:

1. Sondagem e diagnóstico da realidade da escola;

2. Definição dos objetivos e prioridades da escola;

3. Proposição da originalização geral da escola;

4. Elaboração de plano de curso contendo as programações das

atividades curriculares;

5. Elaboração do sistema disciplinar da escola, com a participação de

todos os membros da escola, inclusive do corpo discente;

6. Atribuição de funções a todos os participantes da equipe escolar.

1.3.1. Atividades de planejar

De modo a dimensionar política, científica e tecnicamente as

atividades escolares, devem ser resultados da contribuição daqueles que

compõem o corpo profissional da escola, sendo os mesmos a contribuírem

com o planejamento das atividades tornando-se um ato coletivo.

Crê-se que o papel do diretor de uma instituição de ensino é

coordenar a construção de diretrizes da instituição como um todo e atuar

para prover as condições básicas para que tais diretrizes possam

efetivamente sair do papel e transformar-se em realidade e para que o

projeto se transforme em construção. Porém, não será o diretor que

planejará e imporá seu planejamento sobre os outros; ele será o

coordenador das decisões coletivas para a escola que também será

gerenciada coletivamente.

É nesse momento que deve haver uma participação efetiva de todos

para que a escola possa ter um maior rendimento, onde as opiniões devem

Page 20: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

20

ser respeitadas e discutidas em busca de uma melhoria na qualidade do

ensino, visando a construção de uma instituição transformadora. E esta

transformação deve começar dentro do próprio universo educacional, dando

mais voz ativa aos educadores e à comunidade que sempre tem

experiências novas para compartilhar, o que só vem a somar cada vez mais

neste processo de mudança da escola.

1.3.2. Avaliação: instrumento da construção do projeto de ação

A avaliação poderia ser compreendida como uma crítica do percurso

de uma ação seja ela curta, seja prolongada. Enquanto o planejamento

dimensiona o que se vai construir, a avaliação subsidia essa construção,

pois fundamenta novas decisões. Como crítica de ação, a avaliação se

forma no que se pode tomar como genericamente falando, dois tipos de

decisão.

Uma tem a ver com a dimensão do projeto de ação. A avaliação

subsidia a própria produção do projeto ou seu redimensionamento. A

avaliação em si será, então, o sistema de crítica do próprio projeto.

O outro tipo de decisão que a avaliação subsidiará refere-se à

construção do próprio projeto. Nesse nível, a avaliação é um constante olhar

crítico sobre o que se está fazendo, pois a avaliação encontrará impasses e

contribuirá com caminhos para superá-los; ela fornecerá recursos para o

acréscimo de soluções alternativas, se necessário, para um determinado

percurso de ação.

Usualmente, entende-se a avaliação crítica como um modo de

desenvolver entre os educadores uma rivalidade produzida pelo

desentendimento coletivo derivado das críticas e especulações feitas a partir

de possíveis falhas comportamentais dos mesmos, criando um clima de

guerra e uma atmosfera insuportável no ambiente de trabalho. Sendo assim:

Page 21: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

21

O diretor de uma instituição escolar, como líder de um grupo de trabalho, tem responsabilidades de, sadiamente, coordenar a construção do projeto escolar. Para isso, terá de saber ouvir, dialogar, trabalhar, para que se chegue a um consenso do que vai construindo coletivamente, e então, a partir daí, terá de ser pólo de coordenação dessa atividade. (Piletti, 1987)

Assim, deve-se discutir também a questão do supervisor escolar que

tem a função de supervisionar as atitudes do educador e o seu trabalho para

que os objetivos e metas traçadas pela escola, como um todo, sejam

atingidas e efetivadas. Isso torna o supervisor, praticamente, uma ameaça

para o educador que se sente vigiado e pode dar início a um dos grandes

conflitos existentes em âmbito educacional. A partir daí é que a direção da

escola deve ter o discernimento para distinguir o certo do errado e tentar

promover uma relação harmoniosa entre ambos.

A avaliação, como crítica de um percurso de ação, será então, um ato

amoroso, um ato de cuidado, pelo qual todos trabalham, pois sem o uso

constante desta como será possível descobrir onde se está errando ou

acertando?

1.3.3. Planejamento e avaliação

Enquanto o planejamento é o ato crítico pelo qual decidimos

coordenar e construir, a avaliação é o ato crítico que nos subsidia na

verificação de como se construir o projeto.

Portanto:

O planejamento é, hoje, uma necessidade em todos os campos da atividade humana. (...) Aliás, sempre foi. Só que hoje adquiriu uma maior importância por causa da complexidade dos problemas. Quanto mais complexos forma os problemas, maior é a necessidade de planejamento. (Piletti, 1987 p. 61)

A avaliação atravessa o ato de planejar e de executar, por isso

contribui em todo o percurso da ação planificada. A avaliação se faz

Page 22: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

22

presente não só na identificação da perspectiva político-social, como

também na seleção de meios alternativos e na execução do projeto, tendo-

se em vista a sua construção. A avaliação é uma ferramenta da qual o ser

humano não se livra. Ela faz parte de seu modelo de agir e, por isso, é

necessário que seja usada da melhor forma possível.

No entanto, afirma-se que:

Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objetivos, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do planejamento do trabalho do professor e da escola como um todo. (Piletti, 1987 p. 190)

Page 23: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

23

CAPÍTULO II

Planejamento, execução e avaliação no ensino.

O planejamento ao ser executado deve ter como principal meta

realizar todas as suas etapas com eficiência, visto que cada uma traz

consigo um sentido bem particular que desperta no educando um resultado

esperado ou não pelo educador. Sendo assim, a avaliação é vista como

sendo o bicho-papão do planejamento de ensino, onde os alunos

desenvolvem uma verdadeira aversão por essa prática. Torná-la mais

agradável e menos penosa é, talvez, o maior desafio encontrado pelo

educador.

Dessa forma o “Ser humano age em função de algum resultado, seja

econômico, material, político, amoroso, ou até mesmo o simples prazer de

viver o momento, ou seja, age para suprir uma carência” (Luckesi, 2002 p.

152). A finalidade que preside o agir não será, no geral, necessariamente

consciente; poderá ser explícita ou implícita, consciente ou inconsciente.

Uma ação precedida por desejos inconscientes pode chegar a termos

satisfatórios, mas por caminhos que ainda são claros.

2.1. Planejamento em geral e do ensino

O planejamento em geral, implica no estabelecimento de metas,

ações e recursos necessários à produção de resultados que sejam

satisfatórios à vida pessoal e social, ou seja, à consecução dos nossos

desejos.

A obtenção da satisfação da necessidade que se encontra na origem

da ação do indivíduo exige um planejamento, ou seja, o estabelecimento do

que de fato desejamos, assim como a definição dos meios a atingi-los.

Page 24: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

24

Contudo, somente o planejamento é insuficiente. Ele necessita de execução.

A ação e o meio pelo qual construímos os resultados satisfatórios. Não em

uma ação qualquer, mas numa ação planejada.

Para tanto, importa a atenção plena aos sentimentos que perpassem

a carência de nossos atos de planejar e de construir resultados esperados.

No caso do ensino-aprendizagem, o ato de planejar exige de nós um

conhecimento seguro sobre o que se deseja fazer com a educação, quais

são seus valores e seus significados; um conhecimento seguro sobre o

educando que implica a compreensão de sua inserção na sociedade e na

história, assim como uma compreensão dos processos de formação de seu

caráter.

O planejamento é um modo de ordenar a ação tendo em vista os fins

desejados, baseado em conhecimentos que dêem suporte objetivo à ação.

Sem isso, o planejamento será um faz-de-conta de decisão. Portanto,

planejar implica conhecer para ordenar e entregar-se a um desejo para dar-

lhe vida. O planejamento sem conhecimento será uma fantasia; uma peça

morta, útil para rechear arquivos.

O planejamento pedagógico é uma atividade coletiva, uma vez que o

ato de ensinar na escola, hoje é um ato coletivo, não só devido a nossa

constituição social como seres humanos, mas, mais que isso, ao fato de que

o ato escolar de ensinar e aprender são coletivos. Os alunos não trabalham

isolados, atuam em conjunto. Os professores não trabalham sozinhos, mas

articulados com outros educadores e especialistas em educação. “Aquilo

que foi planejado necessita ser executado com as mesmas habilidades:

conhecimentos entregam ato coletivo” (Veiga, 1991 p. 164)

Os conhecimentos utilizados no planejamento são os mesmos que

devem no cotidiano traduzir-se em prática, caso contrário, serão letras

Page 25: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

25

mortas, em que não basta utilizar a filosofia, a história, a sociologia, a

psicologia e a ciência específica somente no planejar.

Por isso, o planejamento coletivo só poderá ser executado pela

conjugação das forças de todos; portanto, a execução deve ser coletiva. Os

profissionais que atuam numa prática escolar precisam de parceria entre si,

onde a multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade são necessárias, visto

que esta proposta de tornar o conhecimento uma cadeia lógica, interligando

as diversas vertentes e disciplinas, faz com que o aluno torne-se um ser

humano mais completo e acessível ao conhecimento, pois sua aceitação

será maior e bem melhor.

Além disso, a ação necessita ser avaliada e revista coletivamente, a

fim de que seu tônus possa ser mantido ao longo do tempo que durar a

ação, consolidando os resultados e atingindo o objetivo esperado que é a

aprendizagem.

2.1.1. Avaliação: processo de construção satisfatória

Avaliar caracteriza-se como meio subsidiário do crescimento; da

construção do resultado satisfatório.

Podendo-se verificar que, o cotidiano, como em atos simples e

complexos, a avaliação subsidia os resultados satisfatórios. A avaliação

encontra-se presente nas empresas, pois a mesma noção sobreviverá sem

avaliação com conseqüente tomada de decisão, tendo em vista o melhor

funcionamento e produtividade.

Assim, planejamento e avaliação estão a serviço da construção de

resultados satisfatórios. Enquanto o planejamento traça caminhos, a

avaliação subsidiará a ação. Tal prática investiga a qualidade dos resultados

intermediários de uma ação, possibilitando a sua melhora. Sendo assim,

Page 26: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

26

“Avaliação da aprendizagem decorre de padrões histórico-sociais que se

tornam crônicos e suas práticas pedagógicas escolares, a avaliação no

ensino assumiu a prática de provas e exames: o que gerou um desvio no

uso da avaliação” (Darsie, 1995 p. 165).

Em vez de ela ter-se utilizado para a construção de resultados

satisfatórios, tornou-se um meio para classificar os educandos e decidir

sobre seus destinos no memento subseqüente de suas vidas escolares.

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir seu significado,

assumir a função de proporcionar a construção da aprendizagem. Para que

isso aconteça precisa deixar de ser utilizada como recurso de autoridade

decidindo o destino dos educandos e passar a ser um meio de promoção

global do aluno.

Assim sendo, a avaliação deixa de ser um monstro temido pelos

alunos e ganha uma identidade mais suave, onde o educando aprenderá

com suas falhas e passará a tomar decisões mais acertadas. O ato de

avaliar deve ser trabalhado de forma ativa dentro da sala de aula, onde o

professor deve propor ao aluno que o mesmo se auto-avalie e faça uma

avaliação honesta do educador e de seu método de ensino. Dessa forma, o

aluno passa a confiar mais no professor e a entender o seu lado como

educador, visto que este processo deve ser realizado sempre que o aluno

achar que está sendo injustiçado ou que estiver temendo exageradamente a

avaliação.

O adaptar-se é necessário para que o aluno entenda que a avaliação

serve para ajudá-lo a trabalhar em cima de suas dificuldades, neutralizando-

as e resolvendo-as de vez.

Page 27: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

27

2.2. Planejamento educacional e dinâmico

É preciso conceber o conhecimento em sua totalidade, cabendo ao

professor, o ato de planejar, a sua ação, garantindo a articulação necessária

para a compreensão dos vários fatores que constituem a sua realidade,

viabilizando também a interdisciplinaridade do conhecimento na relação

teórico-prática. No entanto, a fragmentação do ensino significa superar a

concepção de avaliação numa prática dissociada do processo de

aprendizagem, como reflexão essencial ao planejamento e,

consequentemente, à prática pedagógica.

Assim, o planejamento educacional “Consiste na tomada de decisões

sobre a educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. A

elaboração desse tipo de planejamento requer a proposição de objetivos a

longo prazo que definam uma política de educação” (Piletti, 1987 p. 62)

Tendo-se em vista tal definição, compreende-se que o planejamento

educacional é extremamente importante, visto que o mesmo colabora para

que o sistema educacional do país trabalhe em harmonia, seguindo os

mesmos parâmetros, desenvolvendo uma política pedagógica segura e

eficaz, voltada para a qualificação do ensino, em âmbito geral.

Dessa forma as inúmeras Secretarias de Educação, tanto estaduais

quanto municipais, podem realizar um projeto político-pedagógico conjunto,

buscando o avanço educacional coletivo, preocupado com as necessidades

básicas e fundamentais do sistema educacional do país.

E é através deste tipo de planejamento que a escola deve tentar

seguir os modelos de sistema educacional que mais se destacam no cenário

pedagógico, procurando manter uma relação mais próxima com outras

escolas a nível nacional, buscando atualizar-se e trocar experiências com

estas visando resultados satisfatórios e efetivos para a sua instituição.

Page 28: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

28

É de suma importância que a escola procure sempre reciclar-se e

esteja sempre aberta às inovações que são inevitáveis. Assim poderá se

tornar uma escola moderna e atualizada.

Além disso, a escola também deve sempre buscar obter novos

recursos que são necessariamente fundamentais para o bom

desenvolvimento da escola e incentivar os seus educadores a se utilizar de

forma ampla e criativa destes para tornar o processo educativo mais

agradável e eficaz.

2.2.1. Planejamento de ensino numa perspectiva crítica

Na prática pedagógica, atualmente, o processo de planejamento de

ensino tornou-se objeto de indagação de validade como instrumento de

melhoria qualitativa do trabalho do professor. Sendo assim, “Podemos dizer

que o planejamento de ensino é a especificação do planejamento de

currículo” (Piletti, 1987 p. 62).

Dentro do contexto vê-se que o planejamento de ensino tem se

apresentado como desvinculado da realidade social, caracterizando-se como

uma mecânica e burocrática do professor, pouco contribuindo para elevar a

qualidade da ação pedagógica desenvolvida no âmbito escolar.

No meio escolar, quando se faz referência ao planejamento de

ensino, a idéia que se passa é aquela que identifica o processo através do

qual são definidos os objetivos, o conteúdo programático, os procedimentos

de ensino, os recursos didáticos, a sistemática de avaliação da

aprendizagem, bem como a biografia a ser consultada. Este é o padrão de

planejamento adotado pela maioria dos professores. Ao que parece essa é a

definição dos componentes do plano de ensino de maneira fragmentária e

desarticulada da concepção do planejamento incapaz de dinamizar o

trabalho didático.

Page 29: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

29

No entanto, essa definição de planejamento de ensino é confirmada,

bem como complementada, onde se afirma que o mesmo:

(...) Consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a alcançar os objetivos educacionais propostos. Um planejamento de ensino deverá prever:

• Objetivos específicos (ou instrucionais) estabelecidos a partir dos objetivos educacionais.

• Conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos no sentido determinado pelos objetivos.

• Procedimentos e recursos de ensino que estimulam as atividades de aprendizagem.

• Procedimentos de avaliação que possibilitem verificar, de alguma forma, até que ponto os objetivos foram alcançados.

Sendo assim, deve-se ter a consciência de que conhecer a fundo as

etapas do planejamento de ensino é fundamental para que se possa

conduzi-lo de uma maneira mais coerente, sendo que a fragmentação de tal

processo inspira cuidados, para que o mesmo não perca o sentido

produzindo, assim, uma falha na sua aplicabilidade.

O planejamento de ensino deve ser encarado como um processo

facilitador da aprendizagem, pois o mesmo serve como uma bússola para

indicar rumos que o educador deve tomar para desenvolver bem o seu

trabalho e obter resultados satisfatórios.

2.2.2. Planejamento e ação pedagógica

Em meio aos desacertos na atual prática pedagógica dentro das

escolas, o processo de planejamento de ensino precisa ser repensado, pois

a visão negativa deste processo demonstra que a maioria dos professores

não podem ser considerados como uma situação irreversível. “Um

planejamento dirigido para uma ação pedagógica crítica e transformadora

possibilitará ao professor maior segurança para lidar com a relação

Page 30: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

30

educativa que ocorre na sala de aula e na escola como um todo” (Silveira e

Celistre, 1999 p. 90).

Nesse sentido, o planejamento adequado, bem como o seu resultado,

o bom plano de ensino se traduzirá na ação pedagógica, sendo esta uma

atitude que deve ser refletida e cuidadosa a fim de alcançar os objetivos

respeitando a individualidade do aluno e toda a sua bagagem como ser

humano dotado de sentimentos e habilidades.

Em uma perspectiva crítica de educação, as instituições escolares

tem significado de local de acesso ao saber sistematizado, visto que “a

escola existe para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o

acesso ao saber elaborado, bem como o próprio acesso aos rudimentos

desse saber” (Saviane, 1984 p.09).

Nessa concepção, a questão do planejamento do ensino não poderá

ser compreendida de maneira mecânica, desvinculada das relações entre

escola e realidade histórica. Em vista disso, os conteúdos curriculares

precisarão estar estreitamente relacionados com a experiência de vida dos

alunos, pois ao conhecer a realidade do mesmo, o professor terá mais um

subsídio, talvez o mais importante, para se basear e direcionar o seu

trabalho.

2.2.3. Planejamento: processo integrado no contexto social

Uma das alternativas para um planejamento de ensino globalizante,

que supere suas dimensões técnicas, seria a ação efetivada de forma crítica

e transformadora. Significa que as atividades educativas seriam planejadas

tendo como ponto de referência a problemática sócio-cultural, econômica e

política do contexto onde se encontram inseridas nas escolas. Nesta

perspectiva, o planejamento de ensino estará voltado para a transformação

da sociedade. Dentro do contexto escolar, o planejamento participativo

Page 31: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

31

caracteriza-se pela busca da integração efetiva entre a escola e a realidade

social, em que haja a participação de professores, especialistas, pais e

demais pessoas envolvidas no processo educativo.

O educador deve ter em mente que o aluno deve ter seu espaço para

que o mesmo possa desenvolver o seu lado crítico, sendo tudo isso

controlado pelo professor com cautela, pois:

Durante um dia escolar, o professor tem oportunidades numerosas para sentir, através do que as crianças dizem e fazem, os problemas que trazem de casa. É preciso não coibir essa fonte espontânea de informações, reprimindo as crianças sob exigências de ordem silêncio e atenção. Ao contrário, o professor deve aceitar os comentários e as contribuições, criar oportunidades em que as crianças possam se revelar com maturidade. (Piletti, 1987 p. 250)

A avaliação nessa concepção, não poderá ter o sentido de processo

classificatório dos resultados de ensino. Dentro do processo educativo, onde

a metodologia de ensino privilegia a criatividade dos alunos, a avaliação terá

o caráter de acompanhamento desse processo num julgamento conjunto de

professores e alunos. Dessa forma, professores e especialistas não terão

que agir de modo compartimentado. O trabalho pedagógico deverá estar

voltado para o engajamento permanente de todos os elementos envolvidos

no processo.

Page 32: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

32

CAPÍTULO III

Planejamento Didático

É uma necessidade constante em todas as áreas da atividade

humana, pois a atitude de planejar ganha importância, principalmente nas

sociedades complexas do ponto de vista organizacional.

Planejar é analisar uma dada realidade, e reflete as condições

existentes que prevê a ação que supera as dificuldades ou alcança os

objetivos desejados. Portanto o planejamento é um processo mental que

envolve análise, reflexão e previsão. Nesse sentido planejar é uma atividade

tipicamente humana, e estar presente na vida de todos os indivíduos, nos

mais variados momentos. Planejar consiste em:

• O que se pretende realizar? • O que se vai fazer? • Como se vai fazer? • O que e côo devemos analisar a situação, a fim de verificar o que pretende atingir. (Parra, 1972 p. 06)

O plano é resultado e a culminância do processo mental de

planejamento.

3.1. Planejamento X Plano

Para que haja um maior entendimento sobre a essência do

planejamento é necessário que se faça uma distinção entre o mesmo e o

plano. Para tanto, entende-se que:

O planejamento na escola é um processo voltado pára a organização de ações que permitam a consecução de objetivos educacionais, o plano é um documento escrito que materializa um determinado momento de um planejamento. É a

Page 33: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

33

apresentação, de forma organizada, de um conjunto de decisões. (Masseto, 1997 s/p.)

O planejamento é um processo continuo de reflexão, tomada de

decisão; plano é o produto desta reflexão e tomada de decisão. Poderá tão

somente ser assumido como uma decisão e permanecer como guia da ação.

O planejamento enquanto processo, é permanente. O plano enquanto

produto é provisório, pois o planejamento escolar pode ser concebido como

processo que envolve a prática docente no cotidiano escolar; durante todo

ano letivo, onde o trabalho de formação do aluno, através do currículo

escolar, será priorizado.

O plano corresponde a um memento de amadurecimento e clareza no

processo de planejamento.

3.1.1 Ensino Renovado

Dentro dessa concepção em que se coloca a pedagogia investigativa

o ensino por projetos na escola é destinado a levar os alunos não só a

buscar informações, mas adquirir habilidades, mudar comportamentos,

construir seu conhecimento de forma prazerosa e transformadora, pelas

constantes integrações, cooperações e criatividade, tendo em vista a

construção do cidadão.

A pedagogia investigativa deve substituir a pedagogia tradicional em

que o papel do professor será orientar os alunos a buscar os caminhos e a

produzir o conhecimento dentro do seu contexto próprio partindo do que

sabem do senso comum. Trata de atitude e de uma concepção inovadora

que levam o professor a escolher e organizar situações de ensino baseados

nas descobertas significativas dos alunos. Segundo FREIRE (1992; p.26) “A

pedagogia da pergunta deve substituir a pedagogia das certezas dos

saberes pré-pensados, das verdades infinitas”. Essa metodologia permite

Page 34: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

34

superar as práticas habituais superadas, em, que torna o ensino mais

dinâmico, e diversificadas pelo relacionamento indisciplinar, assumindo a

postura do aprender e do pensar.

Os alunos aprendem a fazer fazendo, colocando em prática, de

maneira bem elementar, princípios do método cientifico vantajoso para

aprendizagem.

3.2. Características da Renovação Pedagógica

Segundo os PCNS (1997, p.73), “definem que devem ser ensinados

são os conteúdos pragmáticos, sintetizados e os conteúdos da

aprendizagem”: baseados na classificação feita ¹COLL (1996), que

considerava os conteúdos tudo o que é possível de ser aprendido e dividiu

os conteúdos em:

• Conteúdos conceituais: relacionados ao saber alguma coisa,

sobre fatos e princípios expressos por palavras significativas que produzem

imagens mentais e cognitivas.

• Conteúdos procedimentais: refere-se ao saber fazer, isto é, às

técnicas de estudo, aos métodos investigativos, às estratégias, habilidades e

ações relacionadas à aprendizagem.

• Conteúdos atitudinais: relacionam à maneira de ser e de se

comportar com referência ao aprendizado dos conteúdos dos conceitos e

dos procedimentos, referentes aos sentimentos, emoções, valores e normas.

A aprendizagem desses conteúdos depende do trabalho

pedagógico e da maneira de agir do professor, de como ele assume a

atitude em relação às atitudes didáticas para motivar seus alunos.

Para que os alunos possam aprender, o professor precisa conhecer

e utilizar métodos e estratégias para o desenvolvimento do ensino e

Page 35: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

35

aprendizagem, aderindo aos métodos científicos do ensino por descobertas

e investigação, ou da pedagogia renovada.

A aplicação da pedagogia renovada na escola traz vantagens, pois

a escola renovada ou progressista caracteriza-se pelo comprometimento

com os propósitos modernos de preparar o aluno como cidadão, não

somente para integrar-se na sociedade, mas também para capacitá-lo a

enfrentar a competição no campo de trabalho.

3.3. Tipos de Planejamento da Educação

Na esfera educacional e do ensino há vários níveis de planejamento,

que variam em abrangência, como:

• Planejamento de sistema educacional, tendo este um

caráter mais amplo com dimensões significativas, envolvendo

todo o sistema educacional brasileiro;

Feito a nível sistemático, isto é, a nível nacional estadual e municipal.

Fundamenta-se no processo de análise e reflexão das várias facetas de um

sistema educacional.

• Planejamento escolar, que envolve somente o universo

escolar, sendo este mais restrito, envolvendo as

particularidades da comunidade onde a escola se situa;

Geralmente em uma escola o planejamento das atividades é o

processo de tomada de decisão, quando se têm objetivos a serem atingidos

e as ações pedagógicas e administrativas a serem executadas pela equipe

escolar, para que haja um bom funcionamento.

___________________________

1. COLL. C. Palácios. Desenvolvimento psicológico e educação. V.01, 02, 03 Porto Alegre.

Artes Médica 1996.

Page 36: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

36

Ambos os planejamentos são efetivamente importantes para o

estabelecimento de uma aprendizagem voltada para a transformação, como

já foi explanado, onde é papel do sistema educacional, na sua

complexidade, cumprir a difícil tarefa de tornar todo o plano traçado em

realidade, visando um ganho em extensão educacional muito satisfatório.

Assim, a educação passará a ter mais credibilidade na sua totalidade,

como um processo viabilizador do conhecimento, na sua essência, sem uma

aprendizagem de faz-de-conta.

3.4. Planejamento Curricular

É a previsão dos diversos componentes curriculares desenvolvidos ao

longo do curso, com a definição dos objetivos gerais dos conteúdos

programáticos. O primeiro passo para o planejamento curricular é a

definição, de forma clara e precisa, da concepção filosófica que norteia os

fins e objetivos da ação educativa.

No entanto, é possível afirmar também que:

Planejamento Curricular é o ‘processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É a previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno’. Portanto, essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares. (Vasconcellos apud Baffi, 2002 s/p.)

Na elaboração geral do plano curricular devem ser seguidas as

diretrizes fixadas pelo Conselho Federal de Educação para a organização

curricular a nível nacional, no que se refere ao estabelecimento dos

componentes obrigatórios (núcleo comum).

Page 37: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

37

3.5. Planejamento Didático

É a previsão das ações e procedimento que o professor vai realizar

junto a seus alunos. Nesse sentido, o planejamento de ensino ou didático é

a especificação e operacionalização do plano curricular em que o professor

ao planejar o ensino antecipa, de forma organizada, todas as etapas do

trabalho escolar.

No aspecto didático, planejar é:

• Analisar as características da clientela;

• Refletir sobre os recursos disponíveis;

• Definir os objetivos educacionais considerados adequados

para a clientela;

• Selecionar e estruturar os conteúdos a serem assimilados;

• Prever e organizar os procedimentos do professor;

• Prever e escolher os recursos de ensino adequados à

aprendizagem;

• Prever os procedimentos de avaliação condizentes com os

objetivos propostos.

O planejamento didático é um processo que envolve operações

mentais como: analisar, refletir, definir, selecionar, estruturar, distribuir ao

longo do tempo, prever formas de agir e organizar.

Page 38: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

38

CAPÍTULO III

Dimensões da Avaliação Educacional

Define-se como um casaco de várias cores, que se utiliza conforme o

local e a ocasião. Significa dizer que a avaliação tem muitas dimensões que

dependendo dos seus propósitos, cada escolha define os métodos que

melhor possam atender.

As dimensões da avaliação educacional classificam-se segundo o

espaço pedagógico, como foco do processo de ensino-aprendizagem,

visando o aperfeiçoamento da prática docente em que a avaliação

institucional permite a análise da instituição educativa e indica a efetividade

da instituição educativa no comprimento de suas funções sociais.

A avaliação de programa e projetos educativos focaliza sua atenção

no propósito e estratégias previstos para aperfeiçoar um sistema de ensino;

avaliação de currículo, tendo seu centro de atenção voltado para análise do

valor psicossocial dos objetivos e conteúdos propostos de um curso

organizado para formação do aluno.

No entanto, esta função de avaliar cabe também ao supervisor

escolar que, dessa forma, contribui positivamente para o rápido

desenvolvimento do sistema educacional.

4.1. Avaliação de Sala de Aula

Desenvolvida com o objetivo de permitir o acompanhamento escolar

do aluno, possibilitando assim que se tomem decisões de reajustes e de

revisão durante o processo de ensino.

Page 39: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

39

Sua importância no processo educativo tem sido, no entanto,

historicamente superdimensionada no cotidiano escolar, em que tem

desempenhado o papel principal, na medida em que é o veículo de

legitimação da autoridade do professor e o único a subsidiar decisão que

afetam a vida do aluno. Conforme a afirmação:

Refletir, no interior da escola, um processo discriminativo, que exclui aqueles que já são socialmente discriminados na medida em que acaba sendo um instrumento de legitimação da seletividade da educação, conferindo ao ensino um papel subsidiário do fracasso do aluno. (Franco, 1997 p.102).

Partindo dos pressupostos políticos baseados na meritocracia, o

cotidiano escolar concebeu um processo avaliativo perverso, sem

compromisso com a equidade da educação, e o desenvolvimento do ensino

diferenciado. Assim, a decisão pedagógica que a avaliação poderia subsidiar

quanto ao que a escola poderia e deveria fazer para garantir ensino de

qualidade, foi decapitada no processo escolar.

Portanto o processo avaliativo desenvolvido na escola tem requerido

que se estabeleça maior controle no ensino por meio de procedimentos

legais mais rigorosos de organização da vida acadêmica dos alunos, porém

“Um dos erros didáticos mais freqüentes é o da não-integração dos critérios

e processos de avaliação na dinâmica geral do ensino” (PILETTI, 1987 p.

194). Assim, fica difícil uma maior integridade no ensino, onde essa

dissociação de aprendizagem na qual o professor não tem o costume de

avaliar o rendimento do aluno com freqüência faz com que o mesmo acabe

ensinando o aluno a decorar o assunto e não aprender de fato.

Agindo assim, o professor limita a capacidade criadora e imaginativa

do aluno, tornando mais um cidadão comum e incapaz de transformar o

mundo, haja vista aqueles que finalmente vão para as faculdades,

consideradas celeiros de grandes pensadores e passa a encarar o mundo

por uma perspectiva diferente.

Page 40: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

40

4.2. Avaliação Institucional

Tem como foco principal uma instituição educativa e questiona

fundamentalmente como as instituições estão efetivamente cumprindo sua

função social.

A análise desse processo pedagógico pode ser compreendida em três

contextos diferentes que se constituem na interpelação dos autores de uma

instituição educativa. Nesse sentido, a avaliação poderá estar voltada para

análise do contexto psicopedagógico da instituição, do contexto da formação

profissional ou do contexto do cidadão.

Dessa forma, “O contexto psicopedagógico é aquele que interagem

professores, alunos e pais. Em que se articulam as atividades de ensino do

professor, as aprendizagens dos alunos e as esperanças dos pais”

MACDONALD (1982, p.107), em que os resultados da avaliação, nesse

contexto, devem subsidiar o aperfeiçoamento de decisões sobre a trajetória

escolar, conteúdos e aprendizagens fundamentais, da formação escolar e

estratégias de ensino.

No contexto da formação profissional dos alunos no processo

educativo (professores e alunos) compreende-se a vivência dos papéis de

formadores e formandos. O contexto do cidadão compreende os professores

como trabalhadores sociais, os alunos como cidadãos, que devem se

relacionar com aqueles que têm condições de interferir sobre as

possibilidades e a qualidade política da educação oferecida e recebida na

instituição educativa.

Enfim, é através da avaliação institucional que será traçado um raio-X

da mesma e finalmente se encontrarão respostas para a solução de

possíveis problemas de ordem educacional e administrativa, levando a

escola para um caminho seguro em busca da melhoria de sua qualidade.

Page 41: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

41

4.3. Avaliação de Currículo

Compreende-se como um conjunto organizado de conhecimentos e

atividades estruturadas com a finalidade de formar cidadãos, profissional e a

promover o desenvolvimento do ser humano em determinada direção. Em

que se devem comportar três dimensões:

• Avaliação de contexto: diz respeito às variáveis que se

colocam de antemão, tais como a infra-estrutura e a qualificação dos

professores.

• Avaliação dinâmica institucional: trata da análise do

processo das ações desenvolvidas, e tornando-se fundamental quando se

tem como propósito a realização da avaliação continua e sistemática.

• Avaliação de produto ou resultado: confere significado à

avaliação dos cursos, seja quanto a sua respeitabilidade, desempenho,

qualidade, ou mesmo, prestígio externo.

4.4. Avaliação Educacional

Um programa proposto para corrigir problemas, aperfeiçoar práticas

de acordo com prioridades de determinados governos.

A avaliação de programa é projeto governamental, podendo se

classificar em:

• Avaliação burocrática: constitui-se num serviço incondicional prestado às agências governamentais que tem maior controle e alocação de verbas educacionais. • Avaliação autocrática: é um serviço condicional prestado a agências governamentais com maior controle sobre a alocação de recursos educacionais.

Page 42: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

42

• Avaliação democrática: é um serviço informativo, prestado à comunidade acerca das características de um programa educacional. (Donald,1982, p.16),

Assim, os conceitos-chaves da avaliação democrática são sigilos,

negociações e acessibilidade. O conceito fundamental é que a justiça é o

direito à informação.

A metodologia de avaliação a ser selecionada para análise de

programas ou projetos educacionais depende dos seus objetivos, das suas

estratégias, onde “Não existe um método único para avaliação de programas

educacionais que convenha a todas as situações”. STAKE (1982, p.30).

4.5. Avaliação de Sistema

As desigualdades de educação oferecida nas escolas dos diferentes

sistemas de ensino colocam no estado o dever de compreender as

dimensões de tais disparidades e tomar decisões no sentido de tentar

corrigir as injustiças.

Cabe ao Estado, em nível nacional, estadual ou municipal, controlar a

qualidade da educação oferecida em suas escolas e implantar medidas que

permitam garantir a equidade no processo educacional.

A avaliação de sistema apresenta claramente dois focos de análise: o

primeiro refere-se aos resultados do sistema, as habilidades e competências

adquiridas pelos alunos em determinadas séries escolares, o segundo trata

das condições oferecidas para alcançar tais resultados.

Page 43: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

43

4.6. Avaliação com eficiência

Avaliar a aprendizagem tem sido um tema angustiante para

educadores e interessantes para alunos. Pois o sistema escolar gira em

torno do processo avaliativo, em que professores e alunos se organizam em

sua função. Por isso professores, pesquisadores precisam estudar mais,

debater com profundidade e conceituar com segurança o papel da avaliação

no processo da aprendizagem.

Para que a avaliação tenha sucesso e se torne indiscutivelmente

eficiente é necessário que os educadores sigam alguns princípios básicos:

estabelecer com maior clareza o objeto de sua avaliação, ou seja, a

habilidade que será avaliada (inteligência, aproveitamento, entre outras);

selecionar as técnicas mais adequadas para tal processo avaliativo; utilizar

vários tipos de técnicas a fim de se ter uma análise mais completa do aluno;

ser consciente quanto às limitações e possibilidades destas técnicas, pois

muitas apresentam falhas e estas devem ser consideradas; compreender

que a avaliação é um meio para alcançar fins e não um instrumento de

exclusão e seletividade do aluno.

Compreendendo todas estas questões e adotando-as como um

parâmetro no processo avaliativo, o educador será mais justo e promoverá o

bom desempenho e interesse do aprendiz, respeitando as suas limitações e

buscando saná-las da melhor forma possível. Assim, o processo avaliativo

passa a ser o promotor de cidadãos com um senso crítico mais apurado e

preparados para os obstáculos futuros.

4.7. Avaliação na visão dos PCNS

Page 44: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

44

Não se restringe ao julgamento sobre o sucesso ou o fracasso dos

alunos, a ser compreendida com um conjunto de atuações que tem a função

de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica.

Portanto, as avaliações das aprendizagens só podem acontecer se

forem relacionadas com as oportunidades oferecidas, isto é, analisando a

adequação das situações didáticas propostas aos conhecimentos prévios

dos alunos e aos desafios que estão em condições de enfrentar.

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão

continua sobre a prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho

e a retomada de aspectos que devem ser revistos ajustados ou

reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual

ou de grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de

suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu

investimento no papel de aprender.

Nessa perspectiva todas as dimensões requerem que ocorra

sistematicamente todo processo de ensino e aprendizagem e não após o

fechamento de etapas do trabalho, como é habitual. Possibilitando ajustes

constantes, em um mecanismo de regulação do processo de ensino e

aprendizagem, que contribui efetivamente para que tal tarefa educativa

tenha sucesso.

A avaliação investigativa instrumentalizará o professor para que

possa por em prática seu planejamento de forma adequada às

características de seus alunos. Nesse momento o professor deve se

informar sobre o que o aluno já sabe sobre determinado conteúdo, para

poder estruturar sua programação, definindo os conteúdos e o nível de

profundidade em que devem ser abordados. A avaliação inicial serve para o

professor obter informações para propor atividades e gerar novos

conhecimentos e o aluno conscientizar-se do que sabe do que precisa

aprender sobre um determinado conteúdo.

Page 45: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

45

Em suma, a avaliação contemplada nos Parâmetros Curriculares

Nacionais é compreendida como: elemento integrador entre a aprendizagem

e o ensino, cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica

para que o aluno aprenda da melhor forma; buscando informações sobre o

que foi apreendido como elemento de reflexão continua para o professor

sobre sua prática educativa.

Page 46: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

46

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O referido trabalho monográfico procurou através de seu conteúdo

demonstrar de forma descritiva, sintetizada, explicativa, objetivando o

“Planejamento de ensino no processo avaliativo como prática educativa”.

O mesmo preocupou-se em descrever, não só o que seja

planejamento e avaliação, mas, relatou cada capítulo e cada tópico,

definindo conceitualmente sobre a importância e a função de cada um dentro

do sistema educacional e do processo ensino-aprendizagem.

Por isso tem-se em vista que o ato de planejar, apesar de ser por

muitos profissionais considerados inútil e sem importância, ele não deixa de

ser essencial na vida do profissional da educação, e para o educando, pois o

mesmo para realizar um bom trabalho e saber se obteve sucesso precisa ter

em mãos o seu plano de trabalho, pois o ensino-aprendizagem, o ato de

planejar exige um conhecimento seguro em que a educação deve formar

valores significantes dentro do contexto social.

Além disso, a ação planejada necessita ser avaliada e revista

coletivamente, a fim de que o seu processo seja mantido durante a

execução e ação.

O planejamento e avaliação são recursos da busca de um desejo.

Para tanto, é preciso saber qual é o desejo e entregar-se a ele. Neste caso,

importa saber qual é o desejo com ação pedagógica que o professor pratica

junto a seus educandos. A questão entre eles para que possam construir

resultados satisfatórios com um auxílio do planejamento e avaliação,

auxiliando o desenvolvimento dos educando, ao mesmo tempo em que seu

processo de auto-crescimento.

A prática da avaliação da aprendizagem, para manifestar-se como tal,

deve apontar para a busca do melhor de todos os educandos. Por si, a

Page 47: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

47

avaliação, é inclusiva e por isso democrática e amorosa. Pois, ela, por onde

quer que se passe, não há exclusão, mas sim diagnóstico e construção. Não

há medo, mas espontaneidade e busca. Não há chegada definitiva, mas sim

travessia permanente, em busca do melhor.

Por tanto se pode observar dentro de toda esta narrativa a

importância do planejamento educacional. Ele não traz benefícios só para o

educador e sim para educando.

Quanto à avaliação considerada como o terror no meio do educando,

ela se apresenta como a solução para o caso do aprendizado, e como forma

de somar conhecimentos.

Page 48: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

48

BIBLIOGRAFIA

DARSIE, Maria Marta P. Avaliação da aprendizagem. INGT. Formação de

professores. ANPED. 1995.

FRANCO, M. L. B. Avaliação de curso de especialização em Avaliação à

distância. – UNB / Catedral UNESCO, V. 03. Avaliação de currículos e

programas. Brasília, 1997.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

1992.

HAIDT, Regina C. C. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática.

HOLANDA, N. Planejamento e projetos. Rio de Janeiro: APEC, 1997.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. São

Paulo: Cortez, 2002.

MACDONALD, B. Uma classificação política dos estudos avaliativos.

EPV, São Paulo_______, Avaliação e programas educacionais;

Vicissitudes, controvérsias, desafios. EPV, São Paulo.

PARRA, Nélio. Planejamento de currículo. Revista Escola, n° 05, 1972.

PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de educação

Fundamental – Brasília: MEC / SEF, 1997.

SANT´ANNA, Ilza Martins & MENEGOLLIA, Maximiliano. Por que

planejar? Como planejar? Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1999.

SAVIANI, D. Escola democracia. São Paulo: Cortez, 1988.

Page 49: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

49

SILVEIRA, Regina Barros Leal da. & CELISTE, Sínara Sant´Anna. Didática

e metodologia aplicada ao ensino fundamental e médio. Universidade

Estadual do Vale do Acaraú – UVA. Fortaleza - Ceará, 1999.

STAKE, R. Novos métodos para avaliação de programas educacionais.

EPV. São Paulo, 1982.

TURRA, C. M. G. et alli. Planejamento do ensino e avaliação. Porto

Alegre: Ed. Emma, 1978.

VEIGA, Ilma Passos. Planejamento de ensino numa perspectiva crítica

de educação. Campinas: Papirus, 1991.

Page 50: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

50

Page 51: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

51

Page 52: PLANEJAMENTO DE ENSINO NO PROCESSO AVALIATIVO COMO PRÁTICA ... · PDF filePlanejamento na prática escolar ... como prática educativa, levando-se em consideração o problema que

52