peso 6

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Peso 6

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  • Lagares de azeite

    No se pode desassociar do po a existncia do azeite. O Peso uma terra rica em

    olival, de boa azeitona e do melhor azeite.

    No Peso havia at h poucos anos, quatro lagares aonde se produzia azeite de boa

    qualidade.

    O mais importante era, sem dvida, o lagar do Sr. Firmino Aguilar, situado na

    Cruzinha, junto ao cemitrio. Era um lagar de prensa hidrulica. Continua a ser o nico lagar

    existente no Peso, mas foi completamente remodelado, em virtude das obrigaes legislativas

    comunitrias, que o tornam num lagar moderno.

    Havia mais dois lagares no Ribeiro do Braal, que eram movidos a gua.

    Um pertencia Sr. Maria do Carmo e foi vendido ao Sr. Antnio de Almeida

    Saraiva, casado com a D. Ana Carlota; atualmente j no h vestgios deste lagar.

    O outro pertencia ao Sr. Artur Moro, casado com a D. Maria Augusta; atualmente

    propriedade do Sr. Jos Joaquim Vaz Proena, casado com a D. Maria Odete Machado de

    Oliveira Proena. Est em ruinas, e seria bom que fosse feita recuperao do mesmo, pois

    uma pena vermos desaparecer estas pequenas obras de arte do nosso patrimnio histrico

    mais genuno.

    Finalmente havia num quintal da Rua Direita, pertencente D. Maria de Lurdes

    Morais Duarte Paulo, viva do Sr. Raul Proena Paulo, um lagar de azeite que era

    movimentado pela s foras de bovinos; estes lagares tinham o nome de Atafonas. J no h

    vestgios deste lagar.

    Havia uma tradio antiga, que se concretizava na poca de funcionamento dos

    lagares, era fazer a tiborna.

    A tiborna consistia em torrar po, de preferncia broa de milho, e depois mergulhar a

    fatia da broa num prato com azeite; no final de todos molharem bem o po no prato do azeite,

    este era misturado a vinho tinto; a esta mistura de azeite, restos de broa e vinho, chama-se

    champorrio, que depois era bebido a acompanhar a comida da broa torrada.

    Se outrora se fazia a tiborna por necessidade alimentar devido exiguidade de

    comida em casa, atualmente faz-se como iguaria nos restaurantes.

    CONCLUSO

    Por impossibilidade de tempo, e de no me alongar muito no espao deste trabalho,

    tive de omitir muitos mais captulos como as actas dos limites geogrficos, a geologia, as

    fontes, obras de arte, tombo paroquial, manifestaes religiosas, coletividades, artes e ofcios,

    filhos ilustres, servios pblicos, provrbios, quadras populares, termos usados, etc.

    Se toda esta documentao estivesse redigida por computador, mais facilmente o

    poderia transcrever; este trabalho, que est parcialmente feito por mquina de escrever, mas

    parte dele ainda est redigido mo; muito h ainda para fazer

    Verificamos, por estas breves pginas, que o Peso das localidades mais antigas do

    concelho da Covilh, e que as suas gentes so pessoas trabalhadoras, e que passaram muitas

    dificuldades na vida para nos deixarem um legado assim to belo e importante.

    Necessrio se torna que haja algum, que com mais capacidade econmica e de

    conhecimento, que possa melhorar estas singelas pginas da vida de um povo, que no fundo

  • O Social na Comunidade do Peso

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    semelhante a tantos outros; a nica diferena que ns somos um povo persistente, e

    possumos um clima rico de variedades no tempo, e vivemos numa paisagem deslumbrante.