pequena história pedológica [artigo]
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PEQUENA HISTRIA PEDOLGICA
OMAR NETO FERNANDES BARROS *
A Pedologia busca apreender o solo, definindo categorias bsicas de descrio, classificao e mapeamento. Descreve-se o solo objetivando enquadr-lo em um corpo de categorias definidas e conhecidas, atravs das quais este ser classificado e sua ocorrncia espacial representada. No inicio a cincia pedolgica teve fortes 1 i gaes com a Geo 1 agi a, conseq\ientemente as primeiras tentativas classificatrias foram sobremodo influenciadas por esta ltima. No Brasil, atravs do Instituto Agron6mico de Campinas, iniciou-se nos idos de 1948 os primeiros estudos sobre solos do Estado de so Paulo. Estes trabalhos desenvolvidos sob a orientao de Vger1e l especialista alemo, tiveram su~ base de classificaao na Geologia. Os solos foram entao enquadrados em IIGrandes Tiposll cujas denominaes eram fortemente influenciadas pelas designaes das formaes geolgicas e tambm, por nomes populares. Apareceram assim os solos do Devoniano, do Glacial, do Arenito Bauru, Terra Roxa Estruturada, Terra Roxa Legitima; s para citar alguns exemplos. (Dematt, 1979).
A escola russa, iniciada por Dokuchgiev (1846-1903) de orientao essencialmente genetico-morfolgica tem fundamental importncia por estabelecer a primeira classificao tendo por base as prprias caracteristicas dos solos e os fatores de formao gentica, sobretudo o clima (Moniz, 1975). Talvez por trabalhar numa regio onde os solos apresentam camadas bem individualizadas (Ucrnia e Gorki), Dokuchaiev tenha postulado enfaticamente que os solos so compostos de uma sucesso de camadas horizontais. Esta
Docente do Depto de G~oci~ncias/CCE/FUEL-Londrina/PR.Mestre em Geografia Fisica.
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postulao, ter forte influncia na caracterizao e classificao dos solos, desenvolvidas posteriormente.
pensamento apresentado pela escola russa, represe~ta um avano em relao s postulaes da escola geologica; desde seu inlcio enfatizou que rochas idnticas poderiam originar solos distintos. desde que situadas em climas diferentes. Uma outra contribuio significativa desta escola est na elaborao das bases do trabalho de Marbut que ter influncia em todo o Ocidente (Moniz, 1975).
Os trabalhos de Marbut deram origem classificao americana, sendo a pedologia brasileira, muito influenciada por esta escola. Num primeiro momento adotou-se o sistema de slmbolos para denominao das camadas, ou horizontes do solo. Estes slmbolos seguem uma orientao gentica e so classicamente designados O, A, B, C, e R. Posteriormente, foi desenvolvido pelos americanos um sistema de classificao mais detalhado, que pretende ser de validade universal. Este sistema est contido no que convencionou-se chamar de 7 Aproximaao.
A 7 Aproximao a forma mais elaborada de uma srie de pesquisas resultantes de vrios trabalhos e crlticas itas por vrios pedlogos do mundo todo (Dematt. 1979). Para classificar-se solos atravs deste sistema necessita-se uma enorme quantidade de dados morfolgicos, descritivos, acrescidos de anlises de laboratrio e interpretaes genticas, tornando-o complicado e preconceituoso.
A Aproximao do Sistema Classificao de Solos surgiu em 1980 e pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de
Brasileiro foi elaborada Pesquisa
de
Agro-Pecuria). Ela reflete uma tentativa de agrupar os conceitos expostos nas antigas classificaes brasileiras e na atual classificao americana (7 Aproxima o), como percebe-se pela prpria designao do seu
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nome (EMBRAPA, 1980). Neste momento seria interessante a verifi
cao de alguns conceitos bsicos em pedal agia. O que ,entende-se por solos? Qual a unidade fundamental de mapeamento dos solos?
Por Pedologia entende-se o estudo dos solos, este fato ~arece ser sensQ comum, no entanto um dos problemas basicos desta ciencia, consiste em definir claramente o que seja solo. Um trabalho de peso neste sentido a tese de Livre-Docncia do Prof. Zilmar Ziller Marcos, apresentada Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz". Neste estudo conforme percebe-se pelo Quadro-OI, extraldo do referido trabalho, 14 definies de solos so apresentadas. Pelo menos duas concepes bsicas so perceptlveis. A primeira privilegia os constituintes granulomtricos-petrogrficos como formadores do solo; a segunda enquadra o solo, como resultado de alteraes sofridas pelas rochas, no que resulta um material de boas caracterlsticas para o crescimento das plantas. A primeira est ligada a uma concepo geo16gica enquanto a segunda a uma viso agronmica. Tais concepes so facilmente compreenslveis se lembrarmos que o inlcio dos estudos com solos foram efetuados por gelogos e que grande parte dos ped610gos, ao menos no Brasil, tem sua formao bsica ligada aos cursos de agronomia.
Para tentar completar o quadro proposto por Marcos 1979 apresentamos a definio enunciada por dois autores de llngua francesa. Segundo Aubert e 1967:
Boulaine,
"Le sol est le produit de "altration, du remaniement et de 1 'organisation des couches suprieures de la croute terrestre sous l'action de la vie, de 1 'atmosphere, etdes changes d'nergie qui s'y manifestent."
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QUADRO 01 DEFINIOES DE SOLO (S) E SEUS RESPECTIVOS AUTORES
NQ DE ORDEM AUTOR DEFINIO
1 HILGARD (1914)
2 fW.iI\NN (1928)
3 GLINKA (1931)
4 MARBUT (1935)
5 JOFFE (1936)
6 TERZAGHI (1948)
7 SOIL SURVEY STAFF (1951)
Solo o material mais ou menos frivel no qual as plantas, por meio de suas raizes, podem encon trar ou encontram sustentao e nu trientes, assim como outras condi= es para crescimento.
O solo a camada superior de intemperzao da crosta slda da Terra.
Os solos so produtos do intempe rismo que permaneceram in situs.
o solo consste na camada mats externa crosta terrestre, geral mente consolidada, variando em
espe~sura desde um mero filme at um maximo um tanto matar que 3 metros, que do materal subja cente, geralmente no conso ldado, em cor l textura, estrutu = ra, constituao fisca, compos o qumca, caracterstcas biol gi~a~ e provav~lmente em ero~essos qUlmlcos, reaao e morfologla.
O solo um corpo natural, diferen ciado em horizontes, de constituin tes mnerais e orgncos e que di= fere do material de origem, subjacente, em morfologia1 propriedades fsicas e constituiao, propriedades qumicas e composio e caractersticas biolgicas.
Solo um agregado natural de grnulos mnerais que podsm ser separados por agitao em agua.
Solo a coleo de corpos natu rais que ocupam pores da superf cie da Terra, que sustentam plan = tas e que tm propriedades devidas ao efeito integrado do clima e organismos, atuando sobre o materi
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Continuao QUADRO ' 01 NQ DE ORDEN AUTOR DEFINIO
aI de origem; este efeito condici onado pelo relevo durante perodos de tempo.
8 PLYUSNIN (s/ data) Solo a espessa camada superficial da litosfera (at diversos metros), o habitat das razes, possuidor de fertilidade e local onde ocorrem complexos processos biolgicos e mi nerais formadores de solo. -
9 WU (1966) Solos so agregados de partculas que cobrem extensas par
da superfcie terrestre.
10 CRUICKSHANK (1972) O solo simplesmente uma substn -cia na qual as plantas crescero; qualquer material em que as plantas podem crescer.
11 BUNTING (1971) o solo o resultado da modificao de urna parcela do manto mineral,por parte de agentes geogrficos, de mo do que ocorram diferentes horizon = tes de materiais.
12 VIEIRA (1975) Solo a superfcie inconsolidada que recobre as rochas e mantm a vida animal e vegetal da Terra. constitudo de camadas que rem pela natureza fsica, , mineralgica e biolgica, que se desenvolvem com o tempo sob a influ ncia do clima e da prpria ativid de biolgica.
13 SOIL SURVEY
STAFF (1975) Solo a coleo de corpos naturais sobre a superfcie da Terra, em alguns lugares modificado e at mesmo feito pelo utilizando terra , contendo viva e sustentando ou capaz de sustentar plantas ao ar livre.
14 TSYTOVICH (1976) Solos so todos os depsitos soltos da crosta intemperizada da manta ro chosa da terra.
Frmtp: 1>1ARCOS (1979 e 19R?)
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Na definio acima proposta dois elementos for~ativos. aparecem: a) o solo como produto de vrios fenomenos; b) o solo organizado em camadas.
Retomando as definies do Quadro-OI, percebe-se tambm que o solo definido como um corpo natural (Soil Survey Staff, 1951; Soil Survey Staff, 1975; Joffe, 1936 e Terzaghi, 1948) e diferenciado em horizontes (Joffe, 1936; Bunting, 1971 e Vieira, 1975). Estes dois aspectos_contidos nas definies 0prais sobre o objeto solo sao essenciais para o desenvolvimento da Pedologia. O primeiro ser o motivador da expresso - "0 solo um continuum na natureza" -, o segundo originar a concepo de dividir-se o corpo-solo em vrios
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horizontes (camadas) e, chama perfil do solo.
os estudos destes no que se
No Quadro-02 so aEresentadas seis definioes de horizonte. Das definioes contidas neste quadro percebe-se que no existe discordncias entre os autores, no tocante a considerar os horizontes como camadas, aproximadamente paralelas superflcie do solo, diferenciadas a partir de suas caracterlsticas (constituio e organizao), sendo estas resultantes de processos genticos (clima, vegetao, animais, percolao d'gua e outros). Ressaltamos que na definio de Oliveira, 1975; o horizonte entendido como a camada que manifesta a anisotropia vertical do solo. Uma simplificao desta definio poderia conduzir a supervalorizao destas variaes.
No enunciado de Buckman &Brady, 1976, aparece a vinculao entre o horizonte e o que os pedlogos costumam chamar de perfil do solo. Passemos agora a examinar as definies de perfil do solo, apresentadas no Quadro-03.
O conjunto de elementos formativos mais caracterlsticos nas definies contidas no Quadro-03 so: a) perfil como um corte vertical; b) formado por cama
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QUADRO 02
DEFINIES DE HORIZONTE DO SOLO
AUTOR FONTE DEFINIO ORIGINAL ,AUBERT & BOULAINE
(1967)
BUNTING (1971)
LEPSCH (1975)
OLIVEIRA (1975)
VIEIRA (1975)
BUCKNAt'i E BRADY (1976)
Coleo "Que SasJe?" Presse Univer staire de France-
Geografia do Solo Editora Zahar
in: Elementos de Pedologia. Tcnicos e ficos S/A.
in: Elementos de Pedologia. Tcnicos e ficas S/A.
Manual de Cincia do Solo. Editora Agronomica Ceres
Natureza e edade dos Solos. Biblioteca sitria Freitas Bastos.
"D'anne en sous l'action du climat,des vegetaux et des animaux,sous I' effet de la percolation par l' eau de pluie et sous l'effet de la pesanteur,ce sol s'organi se en couches de nature dif~ frente:les horizons", "As diferentes camadas resultantes dos de horizontaes no solo",
"Um horizonte pode ser nido como uma camada de solo ,aproximadamente paralela superfcie do mesmo e que
propriedades produzi pelos processos forma ~
dores do solo, distintas das camadas adjacentes". "so as partes componentes dos perfis do solo que resultam da anisotropia apresentada pelos solos. Os horizontes representam a anisotropia vertical e os so los diferenciados entre si a anisotropia horizontal",
"Os horizontes so zonas do solo, aproximadamente paralelas, que possuem propriedades resultante dos efeitos combinados dos proces sos genticos",
"Camadas isoladas encontradas quando procede-se ao exame do perfil do solo".
Fonte: FERNANDES BARROS (1985),
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QUADRO 03
DEFINIES DE PERFIL DO SOLO
AUTOR FONTE DEFINIO ORIGINAL
AUBERT & BOULAINE (1967)
BUNTING (1971)
LEPSCH (1975)
OLIVEIRA (1975)
VIEIRA (1975)
BUCKMAN &BRADY (1976)
Coleo "Que SaisJe?"Press Universi taire de France
Geografia do Solo Editora Zahar
in: Elementos de Pedologia. Tcnicos e ficas S/A.
in: Elementos de Pedologia. Livros Tcnicos e Cientl ficos S/A.
Manual de Cincia do Solo. Editora Agronmica Ceres
Natureza e Pro priedade dos So 10s.Biblioteca Universitria tas Bastos
"L'ensemble des horizons tue un profil de sol".
" Cada solo poder ser elas sificado segundo o grau de de senvolvimento de seu corte vertical. Este denominado do solo, evolve de nltida com o decurso do tempo".
"O conjunto de horizontes situados em uma seo que vai da 8uperflcie o material original o perfil do 80 lo" "0 perfil do solo uma unidade fundamental para seu estudo".
"Perfil do solo a de todos os horizontes
camadas orgnicas da e do material
solum que influenciam e no comportamento do pedologia os objetos que se pro cura classificar so os solos ~ travs de seus perfis".
"Chama-se perfil do solo a seco vertical que partindo da superflcie aprofunda-se at onde chega a ao do mo,mostrando,na maioria zes,uma srie de camadas tas horizontalmente horizontes".
"Se fossemos cortar uma deste solo, de cima para baixo, seriam encontradas as camadas horizontais referidas. Tal seao denominada
e as camadas isoladas chamadas horizontes".
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Continuao QUADRO 03
ORIGINALAUTOR FONTE
"Deve - se entender por per fi 1 (1976) Edusp &
HNIN et alii Os Solos cultural o conjunto constitu
rense Universit~ria. Ido Dela sucesso camadas de terra individualizadas pela interveno instrumentos de cultivo as raIzes de
e os natu -
Fonte: FERc'\ANDES BARROS (1985)
das, ou horizontes. As definies de Vieira, 1975 e L~psh, 1975 estabelecem para o perfil do solo um limite inferior, que definido como a zona de encontro en tre o solo propriamente dito e seu material de origem-:A definio de Hnin et alii, 1976, adquire um aspecto todo particular, pois o perfil adjetivado como cultu ral e o conceito exposto torna-se claramente a9ronm;~ co. Caberia ressaltar que, Bunting, 1971 considera o perfil do solo como uma categoria de classificao. No dicionrio Larousse, 1966, alm de aparecer o perfil como uma categoria de descrio, este considerado co mo elemento principal de classificao. Finalizando, ~ perfil do solo pode ser considerado como um conjunto de horizontes observveis em um corte vertical,que per mite a descrio, classificao e a cartografia d~ solo.
Objetivando uma melhor definio e delimitao da unidade fundamental de estudo em Pedologia os americanos definiram uma outrrt categoria: "Pedon" ; no Quadro-04 so apresentadas cinco definies referen tes a este conceito. A definio de Boulaine, 1969 ca~ racteriza-se por uma idia crono-espacial e volumtrica do pedon; apresentando-se tamcm de uma forma bem
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ampla, sem esta lecer limites para este volume elementar. Para Aubert &Boulaine, 1974 o pedon aparece como sendo o menor volume que pode ser chamado solo e, suas dimenses passam a ser de nidas. "A dimenso lateral dever ser suficiente para permitir o estudo de todos os horizo~tes", No~entanto, res~ringe-se su~ expresso em superfcie ao maximo de 10 m. Na definiao da 7 Aproximao. 1960 - o limite inferior ~ apresentado como vago, porem as dimenses em superf{cie e lateralmente so bem nidas seguindo uma orientao natu
ral-matem~tica. isto ~. as delimitaes propostas conseguem apreender as poss{veis variabilidades espaciais dos solos, mas, na sua expresso concreta so matematicamente restritas no intervalo superficial 01 a la m? Para a Soil Taxonomy, 1975, que no seu aspecto geral assemelha-se bastante com a definio da 7 Aero~imao pode-se perceber uma maior precisa0 com relaao as variaes c{clicas, mantendo-se contudo as limitaes de expresso superficial.
Em todas as definies de pedon, diferentemente do gue acontece com ~s de perfil. percebe-se uma preocupaao com as variaoes laterais, entretanto o corpo-solo ~ considerado como uma associao de pedons interligados (polipedons). 1 concepo. nos parece, efetiva um corte r{gido neste corpo de natureza pedo16gica. No tocante a este fato Jones, 1959 in: Marcos, 1979 enf~tico:
"O conceito de perfil modal e posterigrmente de pedon, e polipedon, aparecem como artifcios para contornar o problema da continuidade dos solos, isto , para atribuir ao solo algo que, por natureza, no tem: unidades discretas como plantas e animais",
Diante do exposto se necessario resgatar a proposio de catena, proposta por Milne, 1935; onde o solo ~ entendido como uma cadeia 9 com suas caracter{sticas ligadas como os elos de uma corrente.
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Nesta concepo aflora claramente a i ia de que o solo deva ser estudado de forma contlnua; ainda que alguns trabalhos insistam em entender a catena como um conjunto de perfis do solo desde a cota mais alta a a mais baixa (CUNHA, 1981).
Muitas so as crlticas s concepes apresentadas anteriormente, sobremodo aos problemas decorrentes dos levantamentos classificatrios dos solos, como pode-se pe pelas consideraes abaixo:
"Uma preocupao geral dos tcnicos presentes no Simposio Internacional sobre Solos Vermelhos, diz respeito s interpretaes feitas dos levantamentos de solos, que em geral so pobres, acad~micos e pouco informativos aos usurios". (KLAMT, 1984). IISi la c1asificacin pedo1gica met1a en evidencia los rasgos caracterlsticos de los suelos, no habrla necesidad de clasficaciones de uso. Las caracterlsticas ms importantes del punto de vista pedolgico determinam tambin las caracterlsticas agronmicas ll (PAPADAKIS, 1984).
Para superar-se esta situao, dois caminhos esto sendo seguidos. Intensificar-se os estudos com detalhamento cada vez maior, dentro da viso clssica, aquela de perfil e pedon, o que chamamos uma evoluo reformista pois, prope a reformulaao dos conceitos seguindo a mesma orientao anteriormente existente, ou; valorizar-se a diversidade natural do corpo-solo. Neste segundo caminho est imp11cito num primeiro plano a valorizao da diversidade lateral, que parece ter sido esquecida, sobremodo no conceito de perfil; num segundo plano, ao invs de procurar-se categorias centrais. como a de perfil e pedon para representar o solo, procura-se estudar o solo globalmente, buscando dados sobre as zonas de transio, passagem entre as diferentes caracterlsticas constituidoras do solo. Concepes semelhantes a esta ltima viso apre
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sentada tamb~m est~o sendo seguidas por outras ciencias, conforme percebe-se pelas coloca6es abaixo:
110 passo seguinte foi dado nos anos 70, quando se percebeu que as zonas mais delicadas a serem estudadas eram as interfaces, ou seja, as zonas de encontro de diferentes ecossistemas, e que esses ecossistemas, formaram um todo chamado biosfera ll (CASTRI, 1981) "Enquanto a bot~nica civilizada trabalha com varias categorias definidas, com limites estritos, os {ndios operam com demarca~es mais flexfveis e liberais, mais pr6ximas da realidade da natureza ll (POSEY, 1984).
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QUADRO 04
DEFINIES DE PDON ,\l "I()R DEFINIO ORIGINAL
est donc au le tre
d t
'\1':-,):-: 1!;1:1 r.; C:lh. O. R . T .O.~l., (j'lh(:) s5r. P~dol, vaI.
IX, nC! 1, 1982 30
BOULAINE Cah. O.R.S.T.O.M., (1969) ser. P~dol, vol
XIX, n 1, 1982, 31.
un cristal. Un dimensions. Sa limite inf~rieure est la limi vague, plus ou mo
arbitraire entre sol "non sol". Les dimensions lat~rales sont suffisamment pour permettre l'~tude la natu re de les horizons car unz
epaissellr La sur
face varie 1 10 ,selon la variabilit~ des horizons.Lor
horizons pus ou des 2
l'horizon de cette petite zone.
est inf~rieur 2 IlI,O\l Ciuand horizons sont continus
constante le
de; mellle de l'ho
cette pet.!: du p~don est
hexagonale. Une lat~rale ne devrait fortement diff~rente de autre (Traduction bel
la 7 Approximation,1962). Volume ~l'llentaire n~.cessaire et suffisant dfinir un instant donne tensemble des caractres structuraux et de consti
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Continuao QUADRO 04
AUTOR FONTE DEFINIO ORIGINAL
AUBERT & BOULAINE (1974)
Soil Taxonomy (1975)
LEPSCH (1975)
Cah. O.R.S.T.O.M., ser. Pdol, vol. XIX, n 1, 1982: 30
O.R.S.LO.H. , ser. Pdo1, Vol . XIX, n 1, 1982: 30
in: Elementos de Pedologia
volume
sol. Les
t",rales en sont suffisamment
pour permettre l'tude de
nature de tous horizons. La surface varie de un ~ m~tres carrs.Un dimensi ons.I1 hexago nal
Le est une portion de sol formant: a fisamment larges pour inclure des variations de la configuration et des rapports des horizons ainsi que des variations
du sol. La la surface varie de
> dpend de la nature de la variabi1it du sol. Quand l' amplitude des variations est in frieure deux m~tres et quand tous les sont continus
presque uni surface d
m, le
I 3,
9,62
re,
10 horizons sont
cliques, mais reeroduisen~
des intervalles superieurs a 7m,
le pdon I?un volume I
d'une surface de 1 m- et il y a
dans chaque cycle deux ou p~usie
urs soIs qui sont
Os perfis mostram as caracters
ticas do solo numa direo, ou se
.Se a tais ca -::: forem acrescentadas
ocorrem nas duas dimens5es
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Continuao QUADRO 04
AUTOR FONTE DEFINIO ORIGI\AI.
do solo, e o menor volume '[\H' pude ser chamado de "um solo" (, dl'nominado pedon.
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