pensamento infame

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  • 5/14/2018 Pensamento infame

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    R9Sumo de Tese

    Urn Pensamento Infame'

    Esta tese, que trata do pensamento deFoucault, eo resultado do desdobramentode dois problemas e da paixao pela ideiade liberdade.A primeira pergunta e :0que pode sera filosofia hoje ? A presen~a do dcitico

    hoje ja indica a suposi~llo de que a filosofianllo e uma atividade do pensamento quelida com problemas etemos, problemasque surgem naturalmente desde quandose comeca a pensar. Na tese, essa perguntafoi colocada sob duas perspectivas. Naprimeira, procurase discutir as implica-C;Oespara 0 pr6prio pensamento, da ne-cessidade tipicamente moderna de fazerhist6ria da filosofla, isto e, da necessidadeque aquele que pensa tern de comentarurn autor. 0 objetivo da discussao nao eode denunciar a carencia de vigor de umafilosofia ja ilio envelhecida que 50 pode, edeve, voltar-se sob 5i mesma e dizer umavez mais 0 que j. i tinha dito. Talvez ahist6ria ainda seja 0 Incontornavel donosso pensamento; neste case, mais valeindagar como as nocoes de autor e com en-teirio restringem 0 acaso do discurso, apossibilidade, que the e inerente, de produzir a diferem;a e de fazer pensar. Asegunda perspectiva, e, na realidade, umaaposta, urn desejo : Foucault teria abertourn caminho possfvel e atraente para afilosofia contemporanea, De certo modo,o corpo da tese pretende justificar, oumelhor, persuadir outros a fazerem a mes-

    PauloVaz

    rna aposta. Ve.se tambem que 0 fascfniopelo pensamento de Foucault foi condi-C;llonecessaria para a producao da tese :talvez e1a nllo seja nada alem de umacomposicao de fragmentos do que eledisse e que me encantavam, me deixavamperturbado ou me divertiam muito.A segunda questllo e : por que a pra-tica filos6fica de Foucault tomava a formade estudos hist6ricos ? 0 modo como aquestao foi pensada corresponde a divi-sao do capitulo iinico da tese.No final de sua vida, Foucault posi-cionou-se como 0 continuador de umatradic;ao, aquela que procura preservarurn ethos iluminista. Aceitando 0 sur-preendente em tal posicionamento, a te-se procura, nas duas primeiras partes,discemir qual e 0problema que da uni-dade a diversos pensadores e que oslevou a uma reflexao sobre a hist6ria.Essa tradic;llo interroga 0 presente comodiferenca na historia, indaga 0 que estaacontecendo agora a n6s, n6s que talveznllo sejamos nada mais e nada alem doque acontece atualmente.o passo seguinte, necessario para pre.cisar 0 lugar do pensamento de Foucault,foi 0de marcar 0modo como ele se recusaa interrogar 0 presente, que seria apreen-de.lo como retorno do fundamento-ori-gem. Se 0presente e visto como tal retor-no, a hist6ria sera uma que narra a lutade uma humanidade por emancipar-se,

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    Um Pensam ento Infam e

    ou ainda, para reencontrar-se com suaessencia, seu fundamento. Hist6ria quesupee 0presentismo tanto na rela ..lio pre-sente/passado - se a histora e essa luta,aqui e como la -, quanto na rela

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    algum pretenso universal, ele problema-tiza a relac;ilo entre 0 intelectual e osoutros. Alem de n1io falar em nome deninguern, nao pode propor altemativas,indicar objetivos, ou meios adequadosde atingi-los. Para Foucault, 0 real setransforma nao quando os reformadoresapresentam suas propostas, mas quandoaqueles que querem transforma-lo en-contram-se impossibilitados de repetirdeterrninados gestos e palavas e, assim,obrigados a reproblematizar 0 real. Afun~ao do intelectual e justamente a deabalar evidencias. Entretanto, 0mais de-cisivo e a relacao entre 0 intelectual e 0acontecimento, pois af Foucault discuteo que pode ser 0 pensamento. Se 0 ne-cessario e acolher 0 que rompe 0 fio dotempo - sua hist6ria supoe uma descon-tinuidade -, pensar e acolher 0 queainda nile se consegue pensar, aquilopara 0 qual nao se tern resposta, semprocurar dar uma, mas permanecendo em resposta , Quando pensamos, naopodemos prejulgar, nile podemos asse-gurarmo-nos, permanecer em lugar fixe;pelo contrario, 0 intelectual deve descon-fiar de suas proprias evidencias, procu-rar desreferendar-se, desencaminhar-se.A partir dar, dellneia-se a possibilida-de de pensar uma nocao de liberdade emFoucault. Primeiro, deve-se dissociar aliberdade de qualquer verdade sobre anatureza humana, Assim, essa n~ilo em

    Paulo Vaz

    Foucault se opOe a n~ilo de liberao : aemancipacao de urna essencia humanaque teria sido recaIcada na hist6ria. Antesde ser urn liberar algo, e um libertar-se dealgo : se as novas possibilidades de vidaque se decortinam no presente ainda es-tao vinculadas a urn certo modo de seproblematizar 0 sujeito, a liberdade podeser entendida como 0 desengajamentodessas novas possibilidades de seu antigonexo.Disse inicialmente que a tese tambemera fruto de uma paixao pela ideia deliberdade, da necessidade que sentia empensar uma liberdade nao-universaliza-vel, hist6rica e sempre inacabada, processual, Por urn lado, na tese, essa ideiaapresenta-se como consequencia necessa-ria da reflexao sobre a hist6ria em Fou-cault; mas, por outro lado, pode-se suporque a selecao dos temas e do seu encadea-mento foi suscitada por uma paixao quedesde 0infcio guiava a escolha e a orga-niza"ao. Na.o que essa ideia nao caiba nopensamento de Foucault, nem tampoucoque ele nile fizesse referenda expHdta aesse conceito - ele 0 fez -; apenas queo lugar que a ideia de liberdade ocupa nocorpo da tese (consequencia, e, como tal,principio organizador) talvez nao fosse 0mesmo que Foucault teria dado. Porem, enecessario nao esquecer que ele se auto-denominou, para surpresa de muitos, ilu-minista,

    1Tese de mestrado aprovada pelo Departamento de Filosofia da PUC-Woo

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    KANT-FORSCHUNGENHerausgegeben von Reinhard Brandt und Werner Stark

    Das Kant-Archiv am Institut fur Philosophie der Universitat Marburg hat sich zumZiel gesetzt, alle Kantischen Handschriften und die Mitschriften seiner Vorlesungenaufgrund historischer Indizien nachzuweisen und die noch erhaltenen Materialiender Kantforschung zuganglich zu machen. Verbunden damit is t das Bemuhen, durchdie Reihe "Kant-Forschungen" die Grundlagen fur die notwendige partielle Revisionschon edierter Schriften zu liefern und fiir die noch ausstehenden Vorlesungseditio-nen eine gesicherte historische Basis zu schaffen.

    Band 3: Immanuel KantBemerkungen in den "Beobachtungen Iiber das Gefuhl desSchonen und Erhabenen" (1764)Neu herausgegeben von Marie Rischmuller.1990. Ca. 288 S. Kart. ca. 86,- (in Vorbereitung)Kants Notizen in seinem Exemplar der Beobachtungen tiber das Gefuhl des SchOn enund Erhabenen von 1764, die bei ihrem ersten Herausgeber den Eindruck erweck-ten, es handle sich dabei um erganzende Reflexionen, werden bier a ls unabhangigerhapsodische Uberlegungen vorgestellt. Die Notizen und Skizzen, Entwiirfe undGedankenspiele werden in ihrer ursprunglichen Gestalt wiedergegeben. Einleitungund Kommentar fuhren in das weite Netz literarischer Vorlagen ein, bei deren Lek-ture Kant diese "Nebengedanken" niederschrieb. Hier wird der pbilosophischen For-schung umfangreiches und neues Material zuganglich gemacht, das dem Interpretenermoglicht, den Verastelungen der Assoziationen Kants nachzugehen. In dies emeinmaligen Dokument seiner Arbeits- und Denkweise, seiner zentralen Ge-dankenmotive und psychischen Antriebskrafte erschlieBt sich die ganze Hille dervon Kant behandelten Problemkreise Asthetik, Rechtsphilosopbie und Anthropo-logie. Deuttich werden zudem die mittelbaren und unmittelbaren Beziige zu zeitge-nossischen Diskussionep, anderen philosophischen Texten und zum Werk des"kritischen" Kant. Diese neu erschlossene Quelle erleichtert sowohl die kritischeAuseinandersetzung mit kantischen Ideen als auch das Verstandais der PersonKants.

    Es liegen bereits vor:Band 1: Neue Autographen und Dokumente zu Kants Leben,Schriften und VorlesungenHerausgegeben von Reinhard Brandt und Werner Stark.1987. X , 292 S. Kart. 86.-Band 2: Bernd LudwigKants RechtslehreMit einer Untersuchung zur Drucklegung Kantischer Schriften von Werner Stark.1988. VI, 192 S. 0728-1. Kart. 86,-

    FELIX MEINER VERlAG' RICHARDSTR. 47 . D-2CKlOHAMBURG 76

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    Originais produzidos a laser noDepartamento de Engenharia Mecanica da PUC-Rio.Impresso n a O ficin a G rcifica desta mesrna Universidade

    e rn S e te rn bro de 1990.

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    Aos colaboradores1. As colaboracoes para esta revista devem ser enviadas em trescapias para 0 seguinte endereco :

    Departamento de Filosofia - Pontificia Universidade Ca-t6lica do Rio de Janeiro. Rua Marques de Sao Vicente 225,1149 L., 22453, Rio de Janeiro, RJ.

    2. Os artigos enviados devem ser datilografados au impressos emespaco duplo, sem uso do verso do papel e, em principia, devemconstar de, no maximo 30 laudas (30 linhas com 70 batidas porlinha). Aeditoria se reserva 0direito de, excepcionalmente, aceitartrabalhos que excedam esse limite.3. Nao ha obrigatoriedade de que 0 artigo nao tenha ainda sidepublicado. Em caso de previa publicacao da colaboracao que nosfor enviada, solicitamos que seja citado 0nome e data da publica-~ao onde originalmente apareceu, e que haja a devida aceitacao deseus editores.4. Os artigos devem ser precedidos por urn resume em frances ouIngles.5. Artigos em espanhol, frances e ingles tambem podem sersubmetidos.6. Os autores serao infonnados sobre a aceitacao de seus artigos.Essa aceitacao, entretanto, nao implica necessariamente na publi-cacao no rnimero seguinte ou em algummimero determinado darevista.