"parece pouco, mas para mim já é muito"

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Abril/2015 Riacho dos Cavalos - PB Ano 8 . nº 1893 O senhor Jose de Almeida Oliveira, (76) vive a quase 50 anos na comunidade Santana dos Almeida, localizada a cinco quilômetros, do município de Riacho dos Cavalos, no Alto Sertão da Paraíba. Viúvo há quase dois anos, ele mora com seus dois filhos, Maria de Oliveira Almeida Neta de 46 anos e Arnaldo Oliveira Neto de 49 anos. Seu José, sempre trabalhou na agricultura, gosta de produzir “Parece pouco, mas para mim já é muito” alimentos para o consumo da sua família, ver nisso uma forma de se alimentar de maneira mais saudável e econômica. Tempos atrás ele fazia apenas pequenos planos em canteiros, como pimentão, coentro e alface, para usar em casa. Porém ano passado, após ser contemplado com a chegada da segunda água, do Programa Uma Terra e Duas Águas – P1+2, parcipando das capacitações para receber o cisternão, viu a possibilidade de Além de aumentar seu plano, fazer melhorias no manejo, garanndo a qualidade de O agricultor diz: a visita de intercambio contribuiu muito, na troca de conhecimentos

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O seguinte boletim relata a historia de vida do agricultor José de Almeida Oliveira, que vive na comunidade Santana dos Almeida, município de Riacho dos Cavalos no alto Sertão da Paraíba. Uma história de muitas lutas, em busca da agricultura familiar.

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Abril/2015

Riacho dos Cavalos - PB

Ano 8 . nº 1893

O senhor Jose de Almeida Oliveira, (76) vive a quase 50 anos na comunidade Santana dos Almeida, localizada a cinco quilômetros, do município de Riacho dos Cavalos, no Alto Sertão da Paraíba. Viúvo há quase dois anos, ele mora com seus dois filhos, Maria de Oliveira Almeida Neta de 46 anos e Arnaldo Oliveira Neto de 49 anos.

Seu José, sempre trabalhou na agricultura, gosta de produzir

“Parece pouco, mas para mim já é muito”

alimentos para o consumo da sua família, ver nisso uma forma de se alimentar de maneira mais saudável e econômica. Tempos atrás ele fazia apenas pequenos plan�os em canteiros, como pimentão, coentro e alface, para usar em casa. Porém ano passado, após ser contemplado com a chegada da segunda água, do Programa Uma Terra e Duas Águas – P1+2, par�cipando das capacitações para receber o cisternão, viu a possibilidade de Além de aumentar seu plan�o, fazer melhorias no manejo, garan�ndo a qualidade de

O agricultor diz: a visita de intercambio

contribuiu muito, na troca de conhecimentos

tudo e sem uso de veneno (agrotóxico).O agricultor diz que, a visita de

intercambio contribuiu muito, na troca de conhecimentos, pois nela pode observar prá�cas da importância do defensivo natural e adubo orgânico nas plantações. Viu também o processo de irrigação a base de gotejamento, que ajuda muito na economia de água.

Hoje, ele mostra com muita alegria tudo que já conseguiu fazer em pouco tempo que sua cisterna ficou pronta, “parece pouco, mas para mim já é muito” – diz seu José. Logo após o termino da construção ele recebeu o incen�vo do caráter produ�vo, não perdeu tempo, começou a trabalhar com a terra e colocou em prá�ca tudo que aprendeu. Ele já tem um plan�o bem variado, com coentro, alface, pimentão, cenoura, cebola, jerimum, beterraba, tomate, banana, caju, jabu�caba, cana de açúcar, goiaba e manga. Algumas das fru�feras foram manejadas recentemente e leva um tempo para começar dar frutos, mas seu José não desanima, apesar de que, as chuvas caídas até agora não foram suficientes para encher a cisterna de enxurrada.

Sabendo que, a água da mesma não é suficiente para irrigar tudo que tem, ele optou por usar a água que for acumulada na barragem que tem em sua terra, deixando a da cisterna guardada, para usar depois que a da barragem secar. Esse foi um meio que o agricultor achou para economizar o máximo possível, já que os períodos de es�agem são longos na região.

Ele tem muita fé e acredita que tudo vai dar certo e em breve sua família irá consumir as frutas e verduras produzidas por ele, totalmente saudáveis, saídos do quintal de casa. Homem muito consciente dos passos que pode dá, trabalha cuidadosamente do que tem e sem a ajuda de ninguém e ainda diz o primeiro passo foi esse, produzir para o consumo da minha família, dos mais próximos e se caso sobrar ele pensa em comercializar para nada se estragar - “Porque o pão dividido rende mais” – diz seu José.