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0 ANO DOMINGO, 19 DE DEZEMBRO DE 1915 754 SEMANARIO REPUBLICANO RADICAL AssiaaáíHÉra Ano. iS; semestre. S 5 o. Pagamento aueantado. parafóra: Ano. 1S20; semestre, Sõo; avuiso. S02. Para 0 Brazii: Ano. 2S00 (moeda forte). PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio ji.1U1 nu iijiiuu 1 íiíiunu Ij 0 (Csssssposíçiio e issspressã®) 1 RUA CÂNDIDO DOS REIS — 126, s aldkgalega 1 Pisfolicações Anúncios.— i.a publicação. $04 a linha, nas seguintes. $02. Q Anúncios na _t.a pagina, contrato especial. Os autógrafos não 2 o s; se restituem quer se)amou náo publicados. d ibétor -MANUE IT . PAULADA ED iTon-S ILYESTRE GOMES CARVALHE IRA Formação do caráter Como quer que seja o caráter, o que decide, em cada homem, do seu bom ou mau êzito na vida, — porquanto as nossas áções sáo o resultado diréto dos nossos pensamentos, e con- soante procedermos para com os. outros, assim os outros procederão para comnoscos, — facil é de compreender que seja a formação do caráter das crianças o que mais deve preocupar os pais e os edu- cadores. E como base fundamen- tal dessa formação, po- nh.âmos desde o início — o império- de si mesmo, Ensinemos as crianças desde o primeiro alvorocer da razão, a possuir-se a si próprias, a dominar-se em suas paixões e instintos,, a guiar o se_u corpo físico com a galhardia, com que ura cocheiro experimenta- do guia a sua viatura, e sempre a contento.dos su- periores interesses, do bem e da verdade.. Habituem.ol-as a usar e a fortalecer o podêr domina- dor da sua vontade. A vontade é um fátor indispensável na evolução humana; género neutro* tanto póde ser empregada para o bem como para o mal; espada de dois gumes, pode ferir o que a. possue* se dela não souber fazer Uso apropriado-. Ensinêmos as crianças a Utilisar a sua vontade es- clarecida e potente a favor delas próprias*do progres* so social e do bem-estar humano. Feliz do homem que se conhece e se possue a si mesmo!. A causa principal' dos nossos revezes a inêzitos na vida, reside no seio de nós proprios., A timidez, a impreviden- cia, a vaidade* o orgulho, a cólera* a falta de calma e prudente critério, etc., etc.* são cancros que nos róem, dia a dia, as mais elevadas qualidades de al- ma em nós latentes, impe- cilhos que nos obstruem o caminho e nos lançam, não raro, na vergonha e na de- solação da derrota. Mostrêmos aos nossos fi- lhos aqueles monstros do caráter, ensinêmol-os a distinguil-os dentro d'eles proprios, e acostumêmo- los a, pela fôrça da vonta- de, ser domadores de feras. Muito se vence, quem a si proprio se vence. Quem sabe vencer seus inferiores impulsos e pai- xões* será o vencedor do mundo. Façamos das crianças se- res fortes, não só de corpo, pela educação física, mas tambem de alma, pela for- mação do caráter. Domínio dos seus ruins aspétos, nascimento e for- talecimento das superio- res emoções da bondade, do altruismo, do amor ao belo, ao justo, ao bom ,— sçrã essa a maior fortale- za de que elas possam dar provas pela vida fóra, em beneficio proprio e da co- létividade. Não faltam pais que, por um mal entendida aléto paternal, consentem aos filhos a satisfação de todos os seus caprichos e deze- jos, êrro fatal que tem co- mo consequencia a elimi- nação do caráter das cri- anças, o amolecimento das suas faculdades volitivas ao ponto de fazer d’elas, para o porvir* homens sem áção, inermes e fracos* prêza facil e segura dos vicios e atentações que a socieda- de lhes oferece. Embarcações sem leme, á mercê das ondas, em mar encapelado.. Pelo contrário, comba- ter aqueles caprichos e de- zejo nos filhos, negar-se á sua satisfação, ensinar a dominal-os pelo podêr yo- litivo da mente, será esse o principal dever dos pais conscientes da sua missão. Formar um caráter for- te, de homem bom e justo, n’um corpo robusto e são: — eis uma gloriosa tarefa para uma consciência es- clarecida. A ngelo Johge. jRecensiamcnfo politico Recomendamos ás comis- sões politicas das freguesias d’esle concelho a convenien- cia de irem já preparando os seus trabalhos para a prócima revisão do recen- siamento politico. Tornar o recensiamento o mais completo possivel é uma necessidade para o bom êzi- to dos trabalhos a realisar. Para esse íim aconselhá- mos que se organisem co- missões auciliares a fim de que nenhum dos nossos cor- religionários fique por ins- crever. As eleições de Ca- mara e Juntas de Paróquia serão feitas pelo prócimo recensiamento. Precisámos , por conseguinte, mostrar mais uma vez aos inimigos do Partido Republicano Portuguez , e de fórma bem evidente, a sua grande in- ferioridade. §essã» oaulissarla dc 1© da cors-ejEle Sob a presidencia do ci- dadão Joaquim Maria Gre- gorio estando presentes os veriadores, cidadãos Anto- nio Cristiano Saloio e José Teodozio da Silva, foram tomadas as seguintes deli- berações’:. Sobre um oficio do se- cretário de finanças comu- nicar-lhe que a Comissão Ezecutiva concordou com a nomeação indicada; re- meter ao comandante do pôsto da Guarda Nacional Republicana desta vila uma cópia do oficio de Antonio Luiz Salgado; aderir ao Congresso de Educação Fisica da iniciativa do G i- násio Club Portuguez, co- municando-lhe esta resolu- ção; cobrar as multas aos mancebos constantes da relação enviada pelo co- mando do Grupo de Arti- lharia de Guarnição; con- ceder a licença pedida pe- la professora oficial, D. Henriqueta Marinho Falha- res; mandar cobrar a im- portancia constante do do- cumento enviado-pelo che- fe de serviços da Reparti- ção de Contabilidade da Caixa Gerai de Depósitos; satisfazer o pedido feito pelo sr. Administrador d’este concelho* encarre- gando-se um empregado da camara de acompanhar a doente Germana Maca- rio aos hospitaes civis de Lisbôa. Em virtude de não haver quem se encarregas- se das miudezas do gado abatido no matadouro mu- nicipal pelo preço de $42 as de vaca e $22 as de car- neiro ou chibato, deliberou a Comissão Ezecutiva adju- dicar a venda a José de Sousa Gouveia pelos pre- ços respétivamente de $40 e $20; nomear para faze- rem parte da Comissão do recenseamento militar pa- ra o futuro ano de 1916, os seguintes cidadãos: efe- tivos — Antonio Rodrigues Caleiro Junior, José Joa- quim Gregorio, Manuel Jorge Aranha e João An- tonio Pereira Braga; subs- titutos— Antonio Jorge A- ranha, José Maria Mendes Junior, Antonio Marques da Bernardina e Francisco TavaFes Balisa. SQ M E QS AMIMASS Um dos jornais mais in- teressantes, mais bem redi- gidos e melhor ilustrados é inquestionavelmente oDeu- Iseher Trierfreund, de Lei- pzig. N’um dos últimos núme- ros encontra-se um artigo intitulado A Protéção dos animaes e a ciência natural. Para justificar esse titulo faz notar o autor, M. Lu- dwig Galligaris que não é só o interesse material que deve levar o homem a tra- tar bem os animais, pois que a isso o obriga um de- ver imposto pela natureza. Assim o comprova a a- natomia, a psicologia, a fi- losofia, a vida de relação, etc. Qs animaes são feitos de carne e osso, como os home ns; r epro du ze m- se co- mo eles;, devem comer, tra- balhar e repousar como nós outros; como nós estão ain- da expostos aos acidentes de trabalho, ás doenças, á morte, etc. M. Galligaris invoca pa- ra apoio da sua tese* o tes- temunho de autores céle- bres tais como Descartes» Cuvier*J. Muller* Goethe, Lamark, etc. Naturalmente estes sá- bios divergiram de opinião quanto a saber se os ani- mais têem uma alma, o que aliás não admira, visto que alguns ha que negam a ezistencia da alma mortal no proprio homem.. Como quer que seja, a ciência natural casa-se ad- miravelmente com o inte- resse individual sob o pon- to de vista da protéção.. Uma e, outra nos aconse- lham a amar e a defender de maus tratos os animaes que nos servem e nos a- mam. Guiou-nos n esta singela notícia o extrato feito por M. Decroix no Boletim mensal da Sociedade pro- tetora dos animais de Pa.*- ris. O ser uma pessoa sen- sível aos sofrimentos dos animais não é prova de desequilíbrio mental ou de perversão moral, como querem fazer acreditar al- gumas criaturas que não tem nem mentalidade nem moralidade.. E’ sim a idéia de justiça, levada quasi ao mácimo- de perfeição. E dizemos quasi porque, álêm dessa ha outra mani- festaçao mais subida d.a idéia de justiça: é a que se opõ,e ao damno que muitos causam involuntária, ou. propositadamente ás coi- sas inanimadas. L.uiz L eitão . Comentários & Noticia* ladssíáo Dá-se como seguro que 0 gor vêrno vae dar o indulto a alguns prisioneiros que, corr.ent.emente, são mencionados pela designação de o prêsos por questões, sociaes ».. Embora alguns d’eies se achem cumprindo pena por delitos gra- ves, é certo tambem que, talvez, todos juntos, não fizessem tanto^ mal como muitos confessos, cons- piradores que para vergonha,nos.- sa, ainda comem do Estado. F,’ justo 0 indulto ç tão justo qu© nos leva já a felicitar o governa, e com ele o sr. Presidente ds. KepubUca.

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Page 1: Para Brazii: a ld k g a leg a Formação do jRecensiamcnfo ...... da razão, a possuir-se a si próprias, a dominar-se em suas paixões e instintos,, a guiar o se_u corpo físico com

0 ANO D O M I N G O , 19 D E D E Z E M B R O D E 1915 N° 754

S E M A N A R IO R E P U B L IC A N O R A D IC A L

AssiaaáíHÉraAno. iS; semestre. S5o. Pagamento aueantado. para fóra: Ano. 1S20; semestre, Sõo; avuiso. S02.Para 0 B ra z ii: Ano. 2S00 (m o e d a fo r t e ) .

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

ji. 1U1 nuiijiiuu 1 íiíiunu Ij0 (Csssssposíçiio e issspressã®)1 RUA C Â N D ID O DOS REIS — 126,s a l d k g a l e g a

ií1 PisfolicaçõesAnúncios.— i.a publicação. $04 a linha, nas seguintes. $02.

Q Anúncios na _t.a pagina, contrato especial. Os autógrafos não 2 o s; se restituem quer se)am ou náo publicados.

dibétor-MANUEI T. PAULADA EDiTon-SILYESTRE GOMES CARVALHEIRA

Formação do caráter

Como quer que seja o caráter, o que decide, em cada homem, do seu bom ou mau êzito na vida, — porquanto as nossas áções sáo o resultado diréto dos nossos pensamentos, e con­soante procedermos para com os. outros, assim os outros procederão para comnoscos, — facil é de compreender que seja a formação do caráter das crianças o que mais deve preocupar os pais e os edu­cadores.

E como base fundamen­tal dessa formação, po- nh.âmos desde o início — o império- de si mesmo,

Ensinemos as crianças desde o primeiro alvorocer da razão, a possuir-se a si próprias, a dominar-se em suas paixões e instintos,, a guiar o se_u corpo físico com a galhardia, com que ura cocheiro experimenta­do guia a sua viatura, e sempre a contento.dos su­periores interesses, do bem e da verdade..

Habituem.ol-as a usar e a fortalecer o podêr domina­dor da sua vontade.

A vontade é um fátor indispensável na evolução humana; género neutro* tanto póde ser empregada para o bem como para o mal; espada de dois gumes, pode ferir o que a. possue* se dela não souber fazer Uso apropriado-.

Ensinêmos as crianças a Utilisar a sua vontade es­clarecida e potente a favor delas próprias*do progres* so social e do bem-estar humano.

Feliz do homem que se conhece e se possue a si mesmo!.

A causa principal' dos nossos revezes a inêzitos na vida, reside no seio de nós proprios.,

A timidez, a impreviden­cia, a vaidade* o orgulho, a cólera* a falta de calma e prudente critério, etc., etc.* são cancros que nos róem, dia a dia, as mais

elevadas qualidades de al­ma em nós latentes, impe- cilhos que nos obstruem o caminho e nos lançam, não raro, na vergonha e na de­solação da derrota.

Mostrêmos aos nossos fi­lhos aqueles monstros do caráter, ensinêmol-os a distinguil-os dentro d'eles proprios, e acostumêmo- los a, pela fôrça da vonta­de, ser domadores de feras.

Muito se vence, quem a si proprio se vence.

Quem sabe vencer seus inferiores impulsos e pai­xões* será o vencedor do mundo.

Façamos das crianças se­res fortes, não só de corpo, pela educação física, mas tambem de alma, pela for­mação do caráter.

Domínio dos seus ruins aspétos, nascimento e for­talecimento das superio­res emoções da bondade, do altruismo, do amor ao belo, ao justo, ao bom,— sçrã essa a maior fortale­za de que elas possam dar provas pela vida fóra, em beneficio proprio e da co­létividade.

Não faltam pais que, por um mal entendida aléto paternal, consentem aos filhos a satisfação de todos os seus caprichos e deze­jos, êrro fatal que tem co­mo consequencia a elimi­nação do caráter das cri­anças, o amolecimento das suas faculdades volitivas ao ponto de fazer d’elas, para o porvir* homens sem áção, inermes e fracos* prêza facil e segura dos vicios e atentações que a socieda­de lhes oferece.

Embarcações sem leme, á mercê das ondas, em mar encapelado..

Pelo contrário, comba­ter aqueles caprichos e de­zejo nos filhos, negar-se á sua satisfação, ensinar a dominal-os pelo podêr yo- litivo da mente, será esse o principal dever dos pais conscientes da sua missão.

Formar um caráter for­te, de homem bom e justo, n’um corpo robusto e são: — eis uma gloriosa tarefa para uma consciência es­clarecida.

A ngelo Johge .

jRecensiamcnfo politicoRecomendamos ás comis­

sões politicas das freguesias d’esle concelho a convenien- cia de irem já preparando os seus trabalhos para a prócima revisão do recen- siamento politico. Tornar o recensiamento o mais completo possivel é uma necessidade para o bom êzi­to dos trabalhos a realisar. Para esse íim aconselhá­mos que se organisem co­missões auciliares a fim de que nenhum dos nossos cor­religionários fique por ins­crever. As eleições de Ca­mara e Juntas de Paróquia serão feitas pelo prócimo recensiamento. Precisámos, por conseguinte, mostrar mais uma vez aos inimigos do Partido Republicano Portuguez, e de fórma bem evidente, a sua grande in­ferioridade.

§ e s s ã » oaulissarla d c 1© da cors-ejEle

Sob a presidencia do ci­dadão Joaquim Maria Gre­gorio estando presentes os veriadores, cidadãos Anto­nio Cristiano Saloio e José Teodozio da Silva, foram tomadas as seguintes deli­berações’:.

Sobre um oficio do se­cretário de finanças comu­nicar-lhe que a Comissão Ezecutiva concordou com a nomeação indicada; re­meter ao comandante do pôsto da Guarda Nacional Republicana desta vila uma cópia do oficio de Antonio Luiz Salgado; aderir ao Congresso de Educação Fisica da iniciativa do G i­násio Club Portuguez, co­municando-lhe esta resolu­ção; cobrar as multas aos mancebos constantes da relação enviada pelo co­mando do Grupo de Arti­lharia de Guarnição; con­ceder a licença pedida pe­la professora oficial, D. Henriqueta Marinho Falha­res; mandar cobrar a im­portancia constante do do­cumento enviado-pelo che­fe de serviços da Reparti­ção de Contabilidade da

Caixa Gerai de Depósitos; satisfazer o pedido feito pelo sr. Administrador d’este concelho* encarre­gando-se um empregado da camara de acompanhar a doente Germana Maca- rio aos hospitaes civis de Lisbôa. Em virtude de não haver quem se encarregas­se das miudezas do gado abatido no matadouro mu­nicipal pelo preço de $42 as de vaca e $22 as de car­neiro ou chibato, deliberou a Comissão Ezecutiva adju­dicar a venda a José de Sousa Gouveia pelos pre­ços respétivamente de $40 e $20; nomear para faze­rem parte da Comissão do recenseamento militar pa­ra o futuro ano de 1916, os seguintes cidadãos: efe­tivos — Antonio Rodrigues Caleiro Junior, José Joa­quim Gregorio, Manuel Jorge Aranha e João An­tonio Pereira Braga; subs­titutos— Antonio Jorge A- ranha, José Maria Mendes Junior, Antonio Marques da Bernardina e Francisco TavaFes Balisa.

SQ M E QS AMIMASSUm dos jornais mais in­

teressantes, mais bem redi­gidos e melhor ilustrados é inquestionavelmente oDeu- Iseher Trierfreund, de Lei- pzig.

N’um dos últimos núme­ros encontra-se um artigo intitulado A Protéção dos animaes e a ciência natural.

Para justificar esse titulo faz notar o autor, M. Lu- dwig Galligaris que não é só o interesse material que deve levar o homem a tra­tar bem os animais, pois que a isso o obriga um de­ver imposto pela natureza.

Assim o comprova a a- natomia, a psicologia, a fi­losofia, a vida de relação, etc.

Qs animaes são feitos de carne e osso, como os h o me n s; r e p ro du ze m- se co­mo eles;, devem comer, tra­balhar e repousar como nós outros; como nós estão ain­da expostos aos acidentes de trabalho, ás doenças, á morte, etc.

M. Galligaris invoca pa­ra apoio da sua tese* o tes­temunho de autores céle­bres tais como Descartes» Cuvier*J. Muller* Goethe, Lamark, etc.

Naturalmente estes sá­bios divergiram de opinião quanto a saber se os ani­mais têem uma alma, o que aliás não admira, visto que alguns ha que negam a ezistencia da alma mortal no proprio homem..

Como quer que seja, a ciência natural casa-se ad­miravelmente com o inte­resse individual sob o pon­to de vista da protéção..

Uma e, outra nos aconse­lham a amar e a defender de maus tratos os animaes que nos servem e nos a- mam.

Guiou-nos n esta singela notícia o extrato feito por M. Decroix no Boletim mensal da Sociedade pro- tetora dos animais de Pa.*- ris.

O ser uma pessoa sen­sível aos sofrimentos dos animais não é prova de desequilíbrio mental ou de perversão moral, como querem fazer acreditar al­gumas criaturas que não tem nem mentalidade nem moralidade..

E’ sim a idéia de justiça, levada quasi ao mácimo- de perfeição.

E dizemos quasi porque, álêm dessa ha outra mani- festaçao mais subida d.a idéia de justiça: é a que se opõ,e ao damno que muitos causam involuntária, ou. propositadamente ás coi­sas inanimadas.

L.uiz Leitão.

Comentários & Noticia*

ladssíáoDá-se como seguro que 0 gor

vêrno vae dar o indulto a alguns prisioneiros que, corr.ent.emente, são mencionados pela designação de o prêsos por questões, sociaes ».. Embora alguns d’eies se achem cumprindo pena por delitos gra­ves, é certo tambem que, talvez, todos juntos, não fizessem tanto mal como muitos confessos, cons­piradores que para vergonha,nos.- sa, ainda comem do Estado. F,’ justo 0 indulto ç tão justo qu© nos leva já a felicitar o governa, e com ele o sr. Presidente ds. KepubUca.

Page 2: Para Brazii: a ld k g a leg a Formação do jRecensiamcnfo ...... da razão, a possuir-se a si próprias, a dominar-se em suas paixões e instintos,, a guiar o se_u corpo físico com

O D O M I N G O

Q Q F E E ®E P E R O L 1 S

VINGANÇA

Ó França do Direito,Ó Terra da verdade,Tu que ora expões o peito A atro^ barbaridade D o povo ?nais nefando,Que pela dura guerra Quer abranger da Terra A vida toda, o mando.

França da Liberdade,Do Pensamento! Ó França Da Luz e da Bondade,Sê Terra da Vigança! . . .Do barbaro teutão,Milhafre vil, soberbo,N um golpe fundo, acerbo, Esmaga o coração.

P r a que não pulse mais P o r sobre toda a Terra A raça de chacais P ra quem a Vida é Guerra O França, Tu sê forte, A b a te esse «colosso» Esmaga esse molosso,Que vive sd da morte!

João Sereno.

L o u v a r e i » d e l i b e r a ç õ e sUm dia d’esta semana, infor­

mam nos, realisou-se na Associa­ção Comercial d ’esta vila uma pequena reunião qne pena foi nâo fosse grande como grande foi o fim a que ela se destinou: a- centar em não sahirem para fóra da terra as miudezas de porco, como torresmos, ossadas, coiratos, etc., sem que primeiro se abas­tecessem d’esses géneros os ha­bitantes d’esta viia, e defender o salario do trabalhador rural não permitindo que ganhe menos de quarenta centavos diários. Sào louváveis taes deliberações. Oxa­lá elas vão por diante como é justo que aconteça.

I te lig iã o e a lc o o lism oEntre religião e alcoolismo ha

um estreito parentesco. Segundo Jonh P. Arnold, na sua história da cerveja e da cervejaria, pu­blicada em Chicago, foram as religiões que inventaram o alcoo­lismo, que iniciaram o uso de bebidas espirituosas com o fim de produzir as sensações do ex- tase religioso. Foi depois d’isso que se espalharam as bebidas ine briantes, que tanto contribuem ôje, graças ás miseráveis condi­ções económicas em que vegeta o proletariado, para a decaden- cia física e intelectual da huma nidade.

E x p o s i ç ã o de A rte na expositores decorarem^ por suar s c o í l conta as suas instalações, desdeO s intuitos que presidem á V * decoração não prejudique

Exposição de A rte na E sco la as intalaçoes de outros exposito-que deve realisar-se em L isb ô a res

A p sico lo g ia d o s b e ijo s ...Ha beijos de frente, de costas,

de lado, macios e duros, sêcos e húmidos, rápidos e demorados, frios como o gêlo, incandescentes como lava, redondos, largos, tão largos como a cara de lua cheia e ponteagudos como a lâmina de um florete; leves e fugazes como os sonhos felizes; cheirosos, aro­maticos como a verbena e pesti­lentos como de carne putrefacta.

Ha-os tambem excécionaes, dul- cissimos como o mel de rosas e da côr de um bago de romã em taça de alvissimo leite: -— estes são os beijos castos dos namora­dos.

Ha-os ainda ásperos e cauteri- santes, da côr do limão espremi­do em escudela de pau; estes são os beijos de mulher a mulher.

Ha outros perfumados como a violeta, perfume santo e modesto; — são os beijos de mãe, beijos que têem o aroma do céo.

Os beijos de amiga para ami ga são pardos, pardos como a mentira.,

Eziste o beijo sublime: é o beijo do moribundo, última ca­ricia, halito derradeiro e amoroso de uma alma qne parte.

Este beijo, lutando com a ago­nia já nâo é humano; vem já de outro mundo— parece ser de ou­tra vida. Os labios o imprimem, mas nâo é d’eles,

E ' uma emanação do céo, do­ce bênção do espirito, que se ex­tingue na terra.

Conheoe-se, infelizmente, a sublimidade d’este beijo.

Ha, finalmente, os beijos de que a própria hiena se envergo­nharia: sâo os beijos de Judas.

B a n q u ete de hom en agemPela comissão que promoveu

a reunião de 22 de setembro no ministério do fomento, de acôrdo com a opinião manifestada por um grande número de lavradores, vae brevemente realisar se em Lisbôa um banquete de homena­gem aos ex.mos srs. dr. Manuel Monteiro e João da Camara Pes­tana, o primeiro por ter sido Mi­nistro e o segundo Diretor Ge­ral da Agricultura que efetiva- ram em defeza da agricultura

e dos interesses superiores da economia nacional, as medidas que n’aquela reunião de lavrado res se reclamaram.C om issão de su b s is ten -

c ia s .Sob a presidencia do sr. admi­

nistrador d’este concelho, nosso amigo José Augusto Saloio, reu­niu segunda feira passada no seu gabinete da administração a di­gna comissão de subsistencias, sendo todos de parecer que se dissolvesse a comissão, isto no proposito de se acabar com as tabelas de preços dos géneros ás quaes se atribue a escassez n’es- te concelho dos de primeira ne­cessidade.

Esta deliberação foi comunica da pelo sr. administrador do con­celho ao mui digno e ilustrado governador civil d’este distrito, sr. dr. Costa Gonçalves.

E sta n d a rte da ItaudaD em ocratica .A comissão de senhoras repu­

blicanas d’esta vila que tomaram a peito oferecer, por subscrição pública, um estandarte á distin­ta Banda Democratica, enviou nos a seguinte nota:

Custo do estandarte...... 93$60Despezas extraordinarias 3 >55

Soma........ y?í>lõProduto da subscrição.. ■ 97 >20

Resta........OO&Ud

A mesma comissão pede nos para, em seu nome, agradecermos aqui a todas as pessoas que por qualquer fórma as auciliaram nos seus trabalhos bem como a todas aquelas que se subscreveram pa­ra o estandarte, animando-as a proseguir animadamente na boa obra e a verem assim ôje, coroa­da do melhor êzito, a sua inicia­tiva.F e sta da T erra

Embora oom muito menos ani­mação que a costumada dos mais anos, lá se realisou no pitoresco alto da Atalaia, conforme noticiá­mos, a tradicional Festa da Ter­ra, não deixando, comtudo, de cumprir-se o programa marcado e correr tudo na melhor ordem, com o que imensamente folgámos.

“ O E sp era n to .,Recebemos o número unico

d’este pequeno jornal, datado de 15 do corrente, que a «Lisbona Esperantista Societo» dedica ao dr. Luiz Lazaro Zamenhof, au tor da lingua auciliar internacio nal, (esparanto) comemorando as­sim n’aquele dia o 56.° aniversa­rio do ilustre escritor.

P a ssa p o rte c e le s teEntre as coléções do museu

britânico ha o documento seguin te:

Marius, arcebispo de Kieff, de Haliez e de todas as Russias. a nosso senhor e amigo S. Pe­dro, porteiro de Deus, omnipo tente:

«Levámos ao teu conhecimen to que ôje mesmo morreu um servo de Deus, chamado princi pe Teodoro Wladimirski; ordenâ mos te que o conduzas diréta- mente, sem oposição alguma e sem demora, ao reino de Deus. Nós o absolvemos de todos os seus pecados, concedendo lhe a nossa benção. Por conseguinte, nada se opõe a que o deixem passar; e para qne assim seja, entregámos lhe a presente absol viçâo, feita em nosso mosteiro de Kieíf, ôje, 30 de Julho de 1341».

Quanto desembolçaria, para emolumentos, a familia do finado? Sim, porque os profissionais da religião não trabalham de gra­ç a ,. .

«C ulturas Irrigadas»Recebemos e agradecemos o

n.° 1 d’este boletim mensal de distribuição gratuita, que se pu­blica em Vila Franca de qne é proprietário o sr. José Tomaz de Sousa Pereira.

Caixa E con óm ica P o r tu ­gueza.O movimento da Caixa Eco­

nómica Portugueza durante o mez de novembro findo foi de 8.724:896,^75 na sua totalidade, sendo 4.6,57:525^66 de entradas e 4 067:371 $09 de sahidas, do que resulta um saldo positivo na importancia de 590.154$57, que adicionada ao já anteriormen­te ezistente prefaz o de21.428:789^46,

1 " -em 15 de Abril do prócimo ano de 1916, sendo o seu encerra­mento em 30 do mesmo mez, sào os mesmos que presidiram ao Certamen de festas escolares, realizado com tâo bom êzito du­rante os mezes de Maio, Junho e Julho de. 1914.

A Sociedade de Estudos Peda­gógicos, pretende chamar a a- tençâo de todas as entidades a quem possa caber uma parce­la de trabalho educativo, para a cultura estética em todas as mo­dalidades e para o papel da A r ­te como elemento de educação.E ’ preciso que a Exposição de

( Arte na Escola seja uma prova J iniludível dos progressos que em matéria de educação Portugal tem realizado nos últimos tem­pos.

Em breve chegará ao conhe­cimento de todos o programa das festas e conferencias pedagógicas que a Comissão tenciona promo­ver durante o periodo da Expo­sição.

A Comissão Ezecutiva esfor- çar-se-ha por facilitar a ida á capital durante esse periodo, dos expositores e do professorado das províncias, procurando conseguir, álêm de outras condições favora- veis, abatimentos nos preços de transportes em caminhos de fer­ro e hospedagens.

A Exposição de Arte na Es­cola realisar-se ha sob a presi­dencia de honra de S. Ex.a o Sr. Presidente da Republica e com subsidio do Ministério de Ins­trução Pública.

Eis o Regulamento;Artigo 1.° — A Exposição de

Arte na Escola, Certame desti nado a chamar a atenção do paiz para a necessidade de utilisar a Arte como elemento de educação, consta do seguinte:

Arquitétúra escolar, mobiliá­rio escolar, decoração interior da Escola, o livro escolar e o ca­derno escolar sob o ponto de vista artístico, dezenho na Esco­la, educação do gôsto artístico, processos de ensino de Música na Escola, canto coral e traba­lhos artísticos ezecutados por a- lunos.

Art. 2.° — A Exposição de Arte na Escola inaugurar se ha solenemente em Lisbôa em 15 de abril de 1916 e encerrar-se ha em 80 do mesmo mez.

Art. 3.°— Aos expositores é permitido organizarem sessões de demonstração.

Art. 4.° — Para todos os gru­pos haverá prémios, (diplomas de medalhas de ouroe prata).

Art. 5.° — Para este efeito um júri de classificação será nomea do. em tempej oportuno.

Art. 6.°-— Cada expositor en­viará á Secretaria da Exposição até 1 de março, devidamente preenchido, o Boletim da inscri­ção. D ’este Boletim será envia­do recibo.

Art. 7.° — A Comissão Orga nizadora, tendo em vista os edi- ticios de que puder dispor * a superfície destinada a cada ins­talação, comunicará ao mais cur­to prazo possivel aos expositores qual é o local destinado á sua instalação.

Art, 8.° — Os objétos a ex­por deverão dar entrada median­te recibo bos edificios qne lhes, forem destinados até o dia 5 de abril, ás 16, horas,

$ nuiço,— Fica salva qualquer demora por motivo que a Comis- sâo julgar de fôrça maior.

Art. 9 ."— E ’ permitido aos

A rt. 10.° — São por conta dos expositores todas as despezas de transportes e instalação.

A rt. 11.° — A Com issão Orga­nisadora não se responsabiliza por qualquer prejuizo que sofram os objétos expostos.

Art. 12.°— E ’ consentida, me­diante autorização da Comissão Organizadora, a venda de ohjé- tos e a distribuição de impressos e reclamos.

§ único. — Os objétos que fo­rem vendidos podem ser reti­rados depois do encerramento da exposição.

Art. 13.° — Os expositores se­rão obrigados a retirar os objé­tos expostos no prazo de trez dias depois do encerramento da Ex­posição.

Art. 14.® — A Comissão Orga­nizadora reserva para si o direi­to de alargar os prazos estabele­cidos n’este Regulamento assim como de marcar para mais tarde o dia da inauguração ou encerra­mento da Exposição.

Lisbôa, Dezembro de 1915.

B anda D em ocraticaA convite da camara munici­

pal do concelho da Moita foi ali tocar domingo passado, abrilhan­tando assim a festa de reoéoâo feita á camara municipal de Lis­bôa que ali fôra de visita a dis­tinta Banda Democratica de Al­degalega. Todas as camaras d’es- ta região se fizeram ali represen­tar, o que constituiu uma festa de verdadeira confraternisação.

A Banda regressou ás 22 ho­ras e meia, sendo aguardada na estação do caminho de ferro por muito povo que a acompanhou n’uma volta á vila.

P r i s õ e sQuinta feira passada deram

entrada nas cadeias d’esta co­marca, Virgilio Antonio da Silva, de 33 anos de iaade, solteiro, sa­pateiro, natural de Lisbôa. atual- mente residente na vila da Moi­ta, pelo crime de agredir ali com uma facada no pescoço o mendi­go José Dias, natural d’aqt»ela vila; e Antonio Tomaz, tembem conhecido por Antonio Diabo, de 24 anos de idade, natural da vi­la da Moita, por agredir corpo- ralmente Manuel Manco, da mes­ma vila.

Ilum iu ação E lé tr icaDevido a uma rotura no chu­

pador da bomba de alimentação, faltou por uns trinta minutos a iluminação pública e particular n’esta vila na passada terça fei­ra, facto qne foi presenceado pe­los membros da Comissão Eze­cutiva e autoridade administra­tiva que logo correram á fábrica a saber da origem de tal aconte­cimento As rápidas e acertadas providencias tomadas pelo pes­soal deixou-nos a mais viva im­pressão do seu muito zêlo 9. competencia visto se tratar d’utn acontecimento inesperado.

C on sorcioEm Leça do Bailio (Porto)

consorciou-se quinta feira passa­da o sr. Eduardo Rodrigues Pe­reira Rato com a e x 1"1 sr.3 D* Paula Edwiges Felicidade Lobo. Foram padrinhos, por parto do noivo, seu pae, nosso amigo Joa­quim Duarte Pereira Rato, e por parte da noiva o sr. José DoroiQ' gos Bandeira e sua esposa.

Os nubentes passaram a ua de mel em Lisbôa.

T eatro R e cr e io popii!**1.Outro magnifico espétáculo a-

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O D O M I N G O 3

c;a para ôje o nosso amigo ■ de Carvalho, endiabrado

prezario do teatro R ecreio Po-Não resta dúvida que o

■ 00 será ôje pequenino parapular

este Povo\ atendendo aos atrati-v0S anunciados e aos bons ele­mentos de que se compõe o pro-

julgamentoRespondeu no tribunal d’es-

(j comarca em processo correcio- na[ no dia 16, acusado de vários fu r t o s , o conhecido gatuno José gregorio, tambem conhecido por Jlaniiel José Galego, solteiro, de37 anos de idade, natural d’esta vila, sendo condenado em dois an os de prisão e seis mezes de multa a dez centavos por dia.

ANÚNCIOS

A N U N C I O

(1.® publicação)

No dia 9 de janeiro pró­cimo, por doze horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, nos autos de carta precatória eiveis para nomeação de louva­dos, avaliação e arremata­ção de bens extrahida dos autos de ezecução de sen­tença que pende pelo Jui­zo de Direito da terceira Vara Civel da comarca de Lisbôa, em que é ezequen- te A Nova Companhia Nacional de Moagem, com séde em Lisbôa, e ezecuta­do Manuel Luiz Dias, re­sidente n’esta vila, vão á praça, para serem arrema­tados por quem maicr preço oferecer, acima do valor da sua avaliação, os prédios seguintes;

t.° Um predio urbano, composto de casa terrea para habitação, quintal e pòço, sito na rua Central, desta vila,, praso foreiro em 2$6o anuaes a Francis­co José Nepomuceno Ser­rano, no, yalor de cento e oitenta e seis escudos.

i86$ 00

a.0 Um predio urbano, ^e consta de pavimento terreo que serve para. ar­mazém ou adega, sito na ri<a Central,, desta vila, prazo foreiro em 4S70 a- tuiaes a Francisco José Ne­pomuceno Serrano,, no va- *ar de quatrocentos e seis feudos.

4g6$oo

3.° Um predio urbano, 'jue consta d uma casa de d°is pavimentos terreos ' ados ao centro, por uma P te de dois pavimentos COtl\ quintal, pôço e diver- Sas instalações para chact- na gado suino, sito na ílla Manuel José Nepomu- Cef>o, desta vila, praso fo­

reiro em 2i$oo anuaes a Rita Maria da Piedade Lei­tão, no valor de um conto e quinhentos e oitenta es­cudos.

i : 58o$oo

4 o Um predio, compos­to de lojas e primeiro an­dar, com quintal e poço e varios telheiros para arre­cadação de madeiras, sito na Praça da Repubiica, desta vila, prazo foreiro em 3$20 anuaes, com lau­demio de dezena a Anto­nio Gouveia Dimas, no va­lor de um conto setecen­tos e quarenta e dois escu­dos e quarenta centavos.

i :742$4°

5.° Um predio urbano, composto de loja e primei­ro andar, sito na praça da Republica, desta vila, constitue dois prasos fo- reiros um do $70 e outro de 2$4o anuaes, com lau­demio de dezena, de que é senhorio directo Anto­nio Gouveia Dimas, no va­lor de seiscentos e sessen­ta e quatro escudos e vin­te centavos.

664^30

Pelo presente são cita­dos quaesquer credores incertos para assistirem á arrematação e usarem dos seus direitos, sob pena de revelia.

Aldeia Galega do Riba­tejo, 17 de dezembro de 1915-

O Escriváo de Direito

João Frederico de BritoFigueirôa Junior.

Verifiquei a eza.tidáo:0 Juiz de Direito,

Rocha Aguiam

E D IT A LA Comissão ezecutiva

da Camara Municipal de Aldegalega do Ribatejo faz publico que, em virtu­de da resolução do Sena­do Municipal, foi alterado o preço da licença para cães e cadefôs de caça ou de regalo para vinte cen­tavos ($20), afora os emo­lumentos e sêlo respetivo.

Deliberou egualmente o Senado Municipal que não podendo ter validade para o Concelho as. licenças de cães e cadelas tiradas em Camaras de Concelhos extranhos a este e perten­centes a cidadãos aqui re­sidentes, se procedesse nos termos legaes contra os portadores de taes licen­ças.

E para constar se man­

daram passar este e outros de egual teor que vão ser afixados nos lugares do costume.

Aldegalega do Ribatejo,11 de dezembro de 1915.O Presidente do Comissão Ezecutiva

Joquim Maria Gregorio.

l.° ANDAR

Vende-se, barato, o pre­dio de t.° andar na Aveni­da Antonio José d'Almei- da, pertencente ao dr, Sant’Ana Leite. Nesta re­dação se prestam esclare­cimentos.

DINHEIROEmpresta-se garantido

com hipoteca.N’esta redação se diz.

Vendem-se todas as propriedades pertencentes herança de Francisco daç.

Silva situadas na rua Már­tir de Montjuich, d’esta vi­la, e uma casa na Atalaia onde em tempos esteve instalada a escola, oficial.

Recebem-se propostas e prestam-se esclarecimen­tos nos escritórios do sr. dr. Paulino Gomes, nesta vila,, e de Antonio Ribas de Avelar, solicitador en­cartado e contador da 6»* vara civel,na calçada de S'. Francisco,. 4$ — 1..° D., Lis­bôa.

A.NTJNCIO

COMARCA DE ALDEGALEGA M RIBATEJO

($ .a publicação)

No dia 19 do corrente,, pelas quatuize horas, na casa de residencia de Ma­nuel Luiz Dias, sita no Pra­ça da Republica, N.0*- 63 e 64, desta vila, n.os autos eiveis de carta precatória para nomeação de louva­dos, ayaliaçãp e arremata­ção de bens, estraida dos autos de ezecução de sen­tença que pende, pelo Jui­zo de Direito da terceira vara civel da comarca de Lisbôa,. em que é ezequen­te a Nova Companhia Na­cional de Moagem,, com séde em Lisbôa ve ezecuta- tado o referido Manuel Luiz Dias, serão ali vendi­dos em almoeda e por. va­lor superior ao, dat sua a- valiação os bens penhora­dos. ao referido ezecutado e que constam de relogio de sala,, mesa de casa de jantar, cadeiras, camapés,

comoda, mesinha de sala, meia comoda antiga, lava- torio, mesinha de cabe­ceira, candieiro, quadros com retratos, secretária,ba­lança decimal, 2 balanças de banção, pezos, maquina de costura, varios artigos de mercearia, armação, bal­cão, talha para azeite e muitos outros artigos de mercearia, retrozeiro e ca­pelista.

Pelo presente são cita­dos quaesquer credores in­certos para assistirem 3 di­ta almoeda e usarem dos seus direitos.

Aldeia Galega do Riba­tejo, 8, de dezembro de1915.

O Escçivlfl.

João Frederico de- Brilo Ftgueirôa Junior.

Verifiquei a ezáydáo.O Juiz de Direitp

RscÂa■ Aguiam.

QREGORIO QIL

Cow fábrica de distilação na travessa do Dagar da. Cera (sja pontialja) oferece á sua tjumeçor sa clientela, álém de ag-uard,en.te bagaceira muito boa d.e qu.e-sem- pre te® graade quantidade para venda, finissima aguardente de peova (3Q?) para aelhosameiito de vinhos, assitjj cq itjo aguar dente ajjiíada muito melfeos; que a chamada de Evora. Os preços são sempre io&riores aos de qualquer parte e as qualidades muito superiores.

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brica de distilação, previne os ex.‘p°s lavradores e mais pessoas interessadas que compra qualquer quanti­dade de Sarros, Borras, espremidas e secas:, e em especial Borras em liquida por preços muito elevados, Péde para não ligarem ne­gocio com outras pessoas sem antes consultarem 05 seus preços,.

V E A Ç Ã ê N A S I O M A I 0 LEVANTAMENTO NACIONAL

O D O G M A D A O P I N I Ã O P1ÍÍB-LICA.

A artificialidade e 4~àeshQpfi;stidad&da. opirvqp publica. Qs traficíirh- tfi.s. da. letrav redonda. çna4ores da íjirga ticj<cja.id%opia !$». A fiarça do jor-- nal. independente e o envenenamenta subul causa do pelas suas in-foirnações.. Manifestações espontâneas preparadas a» samtw.o ezemplo d© caso Ferrer- A crueldade patológica das massas populares. À, fp rm açáp d.a opinião na época,do 1 error. O poderio da opin %) } ública é o pode; ío da. ignoranc a A competçjftcia profissional causa. de. inaptioáo p.ara a cní{:;ca dos. factos po- 1, ticos. Necessidade de dar á, patria um podêr que seja independente da o->. pini5&.

S o c ied ad e anón im a de resp o n sa b ilid a d e lim ita d a

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Esta Companhia realisa atualmente empréstimos; hipotecários a longo prazo, cujo encargo, compreen­dendo juro, comissão, amortisação e depreciação dos. titulos é inferior a 7 °[0, tendo os mutuários a.faculdade.: de antecipar, os seus empréstimos, total ou parcial e; em qualquer época,., em dinheiro ou em obrigações da. mesma taxa das que lhe foram entregues no acto do., ;contrato.

Recebe e guarda nas suas magnifiças CA SA S FOR.-. TES quaisquer papeis de crédito encarregando-se ds. receber OS. respetivos- juros.

Redíf esclarecimentos ao dr. Paulino Gomes DKGAltEGA. DO RIBATEJO, ou direlamente í séde da Campa

[nhta. 737

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cristão— A separação da igreja do EstadoO livro é dedicado ao eminente homem d'Estado o ilustre cidadão

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DMA CAMPANHA DE AÇIO KAC10NALO LEVANTAMENTO N A CIO N A L

I V

A D E G R A D A Ç Ã O D O P O D E R R E A L

Uma cruel ilusão. O rei reduzido a simples pre­goeiro público e a máquina dassinar. A falsa nobreza do rei constitucional. A irresponsabilidade real origem de degradação. Os famosos árgus da «monarquia no­va». A «monarquia nova», menos monárquica do que a monarquia velha. A monarquia constitucional não é preferivel ao regimen republicano. O argumento do figurino inglez. Poder absoluto e poder arbitrário. O falso equilibrio social resultante do casamento do po­der real com o poder do povo. O poder real, inde­pendente dos súbditos, não conduz ao despotismo. «Reis, goveenae ousadamente». O ezemplo que nos vem de França.

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