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0 ANO D O M I N G O , 19 D E D E Z E M B R O D E 1915 N° 754
S E M A N A R IO R E P U B L IC A N O R A D IC A L
AssiaaáíHÉraAno. iS; semestre. S5o. Pagamento aueantado. para fóra: Ano. 1S20; semestre, Sõo; avuiso. S02.Para 0 B ra z ii: Ano. 2S00 (m o e d a fo r t e ) .
PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio
ji. 1U1 nuiijiiuu 1 íiíiunu Ij0 (Csssssposíçiio e issspressã®)1 RUA C Â N D ID O DOS REIS — 126,s a l d k g a l e g a
ií1 PisfolicaçõesAnúncios.— i.a publicação. $04 a linha, nas seguintes. $02.
Q Anúncios na _t.a pagina, contrato especial. Os autógrafos não 2 o s; se restituem quer se)am ou náo publicados.
dibétor-MANUEI T. PAULADA EDiTon-SILYESTRE GOMES CARVALHEIRA
Formação do caráter
Como quer que seja o caráter, o que decide, em cada homem, do seu bom ou mau êzito na vida, — porquanto as nossas áções sáo o resultado diréto dos nossos pensamentos, e consoante procedermos para com os. outros, assim os outros procederão para comnoscos, — facil é de compreender que seja a formação do caráter das crianças o que mais deve preocupar os pais e os educadores.
E como base fundamental dessa formação, po- nh.âmos desde o início — o império- de si mesmo,
Ensinemos as crianças desde o primeiro alvorocer da razão, a possuir-se a si próprias, a dominar-se em suas paixões e instintos,, a guiar o se_u corpo físico com a galhardia, com que ura cocheiro experimentado guia a sua viatura, e sempre a contento.dos superiores interesses, do bem e da verdade..
Habituem.ol-as a usar e a fortalecer o podêr dominador da sua vontade.
A vontade é um fátor indispensável na evolução humana; género neutro* tanto póde ser empregada para o bem como para o mal; espada de dois gumes, pode ferir o que a. possue* se dela não souber fazer Uso apropriado-.
Ensinêmos as crianças a Utilisar a sua vontade esclarecida e potente a favor delas próprias*do progres* so social e do bem-estar humano.
Feliz do homem que se conhece e se possue a si mesmo!.
A causa principal' dos nossos revezes a inêzitos na vida, reside no seio de nós proprios.,
A timidez, a imprevidencia, a vaidade* o orgulho, a cólera* a falta de calma e prudente critério, etc., etc.* são cancros que nos róem, dia a dia, as mais
elevadas qualidades de alma em nós latentes, impe- cilhos que nos obstruem o caminho e nos lançam, não raro, na vergonha e na desolação da derrota.
Mostrêmos aos nossos filhos aqueles monstros do caráter, ensinêmol-os a distinguil-os dentro d'eles proprios, e acostumêmo- los a, pela fôrça da vontade, ser domadores de feras.
Muito se vence, quem a si proprio se vence.
Quem sabe vencer seus inferiores impulsos e paixões* será o vencedor do mundo.
Façamos das crianças seres fortes, não só de corpo, pela educação física, mas tambem de alma, pela formação do caráter.
Domínio dos seus ruins aspétos, nascimento e fortalecimento das superiores emoções da bondade, do altruismo, do amor ao belo, ao justo, ao bom,— sçrã essa a maior fortaleza de que elas possam dar provas pela vida fóra, em beneficio proprio e da colétividade.
Não faltam pais que, por um mal entendida aléto paternal, consentem aos filhos a satisfação de todos os seus caprichos e dezejos, êrro fatal que tem como consequencia a eliminação do caráter das crianças, o amolecimento das suas faculdades volitivas ao ponto de fazer d’elas, para o porvir* homens sem áção, inermes e fracos* prêza facil e segura dos vicios e atentações que a sociedade lhes oferece.
Embarcações sem leme, á mercê das ondas, em mar encapelado..
Pelo contrário, combater aqueles caprichos e dezejo nos filhos, negar-se á sua satisfação, ensinar a dominal-os pelo podêr yo- litivo da mente, será esse o principal dever dos pais conscientes da sua missão.
Formar um caráter forte, de homem bom e justo, n’um corpo robusto e são: — eis uma gloriosa tarefa para uma consciência esclarecida.
A ngelo Johge .
jRecensiamcnfo politicoRecomendamos ás comis
sões politicas das freguesias d’esle concelho a convenien- cia de irem já preparando os seus trabalhos para a prócima revisão do recen- siamento politico. Tornar o recensiamento o mais completo possivel é uma necessidade para o bom êzito dos trabalhos a realisar. Para esse íim aconselhámos que se organisem comissões auciliares a fim de que nenhum dos nossos correligionários fique por inscrever. As eleições de Camara e Juntas de Paróquia serão feitas pelo prócimo recensiamento. Precisámos, por conseguinte, mostrar mais uma vez aos inimigos do Partido Republicano Portuguez, e de fórma bem evidente, a sua grande inferioridade.
§ e s s ã » oaulissarla d c 1© da cors-ejEle
Sob a presidencia do cidadão Joaquim Maria Gregorio estando presentes os veriadores, cidadãos Antonio Cristiano Saloio e José Teodozio da Silva, foram tomadas as seguintes deliberações’:.
Sobre um oficio do secretário de finanças comunicar-lhe que a Comissão Ezecutiva concordou com a nomeação indicada; remeter ao comandante do pôsto da Guarda Nacional Republicana desta vila uma cópia do oficio de Antonio Luiz Salgado; aderir ao Congresso de Educação Fisica da iniciativa do G inásio Club Portuguez, comunicando-lhe esta resolução; cobrar as multas aos mancebos constantes da relação enviada pelo comando do Grupo de Artilharia de Guarnição; conceder a licença pedida pela professora oficial, D. Henriqueta Marinho Falhares; mandar cobrar a importancia constante do documento enviado-pelo chefe de serviços da Repartição de Contabilidade da
Caixa Gerai de Depósitos; satisfazer o pedido feito pelo sr. Administrador d’este concelho* encarregando-se um empregado da camara de acompanhar a doente Germana Maca- rio aos hospitaes civis de Lisbôa. Em virtude de não haver quem se encarregasse das miudezas do gado abatido no matadouro municipal pelo preço de $42 as de vaca e $22 as de carneiro ou chibato, deliberou a Comissão Ezecutiva adjudicar a venda a José de Sousa Gouveia pelos preços respétivamente de $40 e $20; nomear para fazerem parte da Comissão do recenseamento militar para o futuro ano de 1916, os seguintes cidadãos: efetivos — Antonio Rodrigues Caleiro Junior, José Joaquim Gregorio, Manuel Jorge Aranha e João Antonio Pereira Braga; substitutos— Antonio Jorge A- ranha, José Maria Mendes Junior, Antonio Marques da Bernardina e Francisco TavaFes Balisa.
SQ M E QS AMIMASSUm dos jornais mais in
teressantes, mais bem redigidos e melhor ilustrados é inquestionavelmente oDeu- Iseher Trierfreund, de Lei- pzig.
N’um dos últimos números encontra-se um artigo intitulado A Protéção dos animaes e a ciência natural.
Para justificar esse titulo faz notar o autor, M. Lu- dwig Galligaris que não é só o interesse material que deve levar o homem a tratar bem os animais, pois que a isso o obriga um dever imposto pela natureza.
Assim o comprova a a- natomia, a psicologia, a filosofia, a vida de relação, etc.
Qs animaes são feitos de carne e osso, como os h o me n s; r e p ro du ze m- se como eles;, devem comer, trabalhar e repousar como nós outros; como nós estão ainda expostos aos acidentes de trabalho, ás doenças, á morte, etc.
M. Galligaris invoca para apoio da sua tese* o testemunho de autores célebres tais como Descartes» Cuvier*J. Muller* Goethe, Lamark, etc.
Naturalmente estes sábios divergiram de opinião quanto a saber se os animais têem uma alma, o que aliás não admira, visto que alguns ha que negam a ezistencia da alma mortal no proprio homem..
Como quer que seja, a ciência natural casa-se admiravelmente com o interesse individual sob o ponto de vista da protéção..
Uma e, outra nos aconselham a amar e a defender de maus tratos os animaes que nos servem e nos a- mam.
Guiou-nos n esta singela notícia o extrato feito por M. Decroix no Boletim mensal da Sociedade pro- tetora dos animais de Pa.*- ris.
O ser uma pessoa sensível aos sofrimentos dos animais não é prova de desequilíbrio mental ou de perversão moral, como querem fazer acreditar algumas criaturas que não tem nem mentalidade nem moralidade..
E’ sim a idéia de justiça, levada quasi ao mácimo- de perfeição.
E dizemos quasi porque, álêm dessa ha outra mani- festaçao mais subida d.a idéia de justiça: é a que se opõ,e ao damno que muitos causam involuntária, ou. propositadamente ás coisas inanimadas.
L.uiz Leitão.
Comentários & Noticia*
ladssíáoDá-se como seguro que 0 gor
vêrno vae dar o indulto a alguns prisioneiros que, corr.ent.emente, são mencionados pela designação de o prêsos por questões, sociaes ».. Embora alguns d’eies se achem cumprindo pena por delitos graves, é certo tambem que, talvez, todos juntos, não fizessem tanto mal como muitos confessos, conspiradores que para vergonha,nos.- sa, ainda comem do Estado. F,’ justo 0 indulto ç tão justo qu© nos leva já a felicitar o governa, e com ele o sr. Presidente ds. KepubUca.
O D O M I N G O
Q Q F E E ®E P E R O L 1 S
VINGANÇA
Ó França do Direito,Ó Terra da verdade,Tu que ora expões o peito A atro^ barbaridade D o povo ?nais nefando,Que pela dura guerra Quer abranger da Terra A vida toda, o mando.
França da Liberdade,Do Pensamento! Ó França Da Luz e da Bondade,Sê Terra da Vigança! . . .Do barbaro teutão,Milhafre vil, soberbo,N um golpe fundo, acerbo, Esmaga o coração.
P r a que não pulse mais P o r sobre toda a Terra A raça de chacais P ra quem a Vida é Guerra O França, Tu sê forte, A b a te esse «colosso» Esmaga esse molosso,Que vive sd da morte!
João Sereno.
L o u v a r e i » d e l i b e r a ç õ e sUm dia d’esta semana, infor
mam nos, realisou-se na Associação Comercial d ’esta vila uma pequena reunião qne pena foi nâo fosse grande como grande foi o fim a que ela se destinou: a- centar em não sahirem para fóra da terra as miudezas de porco, como torresmos, ossadas, coiratos, etc., sem que primeiro se abastecessem d’esses géneros os habitantes d’esta viia, e defender o salario do trabalhador rural não permitindo que ganhe menos de quarenta centavos diários. Sào louváveis taes deliberações. Oxalá elas vão por diante como é justo que aconteça.
I te lig iã o e a lc o o lism oEntre religião e alcoolismo ha
um estreito parentesco. Segundo Jonh P. Arnold, na sua história da cerveja e da cervejaria, publicada em Chicago, foram as religiões que inventaram o alcoolismo, que iniciaram o uso de bebidas espirituosas com o fim de produzir as sensações do ex- tase religioso. Foi depois d’isso que se espalharam as bebidas ine briantes, que tanto contribuem ôje, graças ás miseráveis condições económicas em que vegeta o proletariado, para a decaden- cia física e intelectual da huma nidade.
E x p o s i ç ã o de A rte na expositores decorarem^ por suar s c o í l conta as suas instalações, desdeO s intuitos que presidem á V * decoração não prejudique
Exposição de A rte na E sco la as intalaçoes de outros exposito-que deve realisar-se em L isb ô a res
A p sico lo g ia d o s b e ijo s ...Ha beijos de frente, de costas,
de lado, macios e duros, sêcos e húmidos, rápidos e demorados, frios como o gêlo, incandescentes como lava, redondos, largos, tão largos como a cara de lua cheia e ponteagudos como a lâmina de um florete; leves e fugazes como os sonhos felizes; cheirosos, aromaticos como a verbena e pestilentos como de carne putrefacta.
Ha-os tambem excécionaes, dul- cissimos como o mel de rosas e da côr de um bago de romã em taça de alvissimo leite: -— estes são os beijos castos dos namorados.
Ha-os ainda ásperos e cauteri- santes, da côr do limão espremido em escudela de pau; estes são os beijos de mulher a mulher.
Ha outros perfumados como a violeta, perfume santo e modesto; — são os beijos de mãe, beijos que têem o aroma do céo.
Os beijos de amiga para ami ga são pardos, pardos como a mentira.,
Eziste o beijo sublime: é o beijo do moribundo, última caricia, halito derradeiro e amoroso de uma alma qne parte.
Este beijo, lutando com a agonia já nâo é humano; vem já de outro mundo— parece ser de outra vida. Os labios o imprimem, mas nâo é d’eles,
E ' uma emanação do céo, doce bênção do espirito, que se extingue na terra.
Conheoe-se, infelizmente, a sublimidade d’este beijo.
Ha, finalmente, os beijos de que a própria hiena se envergonharia: sâo os beijos de Judas.
B a n q u ete de hom en agemPela comissão que promoveu
a reunião de 22 de setembro no ministério do fomento, de acôrdo com a opinião manifestada por um grande número de lavradores, vae brevemente realisar se em Lisbôa um banquete de homenagem aos ex.mos srs. dr. Manuel Monteiro e João da Camara Pestana, o primeiro por ter sido Ministro e o segundo Diretor Geral da Agricultura que efetiva- ram em defeza da agricultura
e dos interesses superiores da economia nacional, as medidas que n’aquela reunião de lavrado res se reclamaram.C om issão de su b s is ten -
c ia s .Sob a presidencia do sr. admi
nistrador d’este concelho, nosso amigo José Augusto Saloio, reuniu segunda feira passada no seu gabinete da administração a digna comissão de subsistencias, sendo todos de parecer que se dissolvesse a comissão, isto no proposito de se acabar com as tabelas de preços dos géneros ás quaes se atribue a escassez n’es- te concelho dos de primeira necessidade.
Esta deliberação foi comunica da pelo sr. administrador do concelho ao mui digno e ilustrado governador civil d’este distrito, sr. dr. Costa Gonçalves.
E sta n d a rte da ItaudaD em ocratica .A comissão de senhoras repu
blicanas d’esta vila que tomaram a peito oferecer, por subscrição pública, um estandarte á distinta Banda Democratica, enviou nos a seguinte nota:
Custo do estandarte...... 93$60Despezas extraordinarias 3 >55
Soma........ y?í>lõProduto da subscrição.. ■ 97 >20
Resta........OO&Ud
A mesma comissão pede nos para, em seu nome, agradecermos aqui a todas as pessoas que por qualquer fórma as auciliaram nos seus trabalhos bem como a todas aquelas que se subscreveram para o estandarte, animando-as a proseguir animadamente na boa obra e a verem assim ôje, coroada do melhor êzito, a sua iniciativa.F e sta da T erra
Embora oom muito menos animação que a costumada dos mais anos, lá se realisou no pitoresco alto da Atalaia, conforme noticiámos, a tradicional Festa da Terra, não deixando, comtudo, de cumprir-se o programa marcado e correr tudo na melhor ordem, com o que imensamente folgámos.
“ O E sp era n to .,Recebemos o número unico
d’este pequeno jornal, datado de 15 do corrente, que a «Lisbona Esperantista Societo» dedica ao dr. Luiz Lazaro Zamenhof, au tor da lingua auciliar internacio nal, (esparanto) comemorando assim n’aquele dia o 56.° aniversario do ilustre escritor.
P a ssa p o rte c e le s teEntre as coléções do museu
britânico ha o documento seguin te:
Marius, arcebispo de Kieff, de Haliez e de todas as Russias. a nosso senhor e amigo S. Pedro, porteiro de Deus, omnipo tente:
«Levámos ao teu conhecimen to que ôje mesmo morreu um servo de Deus, chamado princi pe Teodoro Wladimirski; ordenâ mos te que o conduzas diréta- mente, sem oposição alguma e sem demora, ao reino de Deus. Nós o absolvemos de todos os seus pecados, concedendo lhe a nossa benção. Por conseguinte, nada se opõe a que o deixem passar; e para qne assim seja, entregámos lhe a presente absol viçâo, feita em nosso mosteiro de Kieíf, ôje, 30 de Julho de 1341».
Quanto desembolçaria, para emolumentos, a familia do finado? Sim, porque os profissionais da religião não trabalham de graç a ,. .
«C ulturas Irrigadas»Recebemos e agradecemos o
n.° 1 d’este boletim mensal de distribuição gratuita, que se publica em Vila Franca de qne é proprietário o sr. José Tomaz de Sousa Pereira.
Caixa E con óm ica P o r tu gueza.O movimento da Caixa Eco
nómica Portugueza durante o mez de novembro findo foi de 8.724:896,^75 na sua totalidade, sendo 4.6,57:525^66 de entradas e 4 067:371 $09 de sahidas, do que resulta um saldo positivo na importancia de 590.154$57, que adicionada ao já anteriormente ezistente prefaz o de21.428:789^46,
1 " -em 15 de Abril do prócimo ano de 1916, sendo o seu encerramento em 30 do mesmo mez, sào os mesmos que presidiram ao Certamen de festas escolares, realizado com tâo bom êzito durante os mezes de Maio, Junho e Julho de. 1914.
A Sociedade de Estudos Pedagógicos, pretende chamar a a- tençâo de todas as entidades a quem possa caber uma parcela de trabalho educativo, para a cultura estética em todas as modalidades e para o papel da A r te como elemento de educação.E ’ preciso que a Exposição de
( Arte na Escola seja uma prova J iniludível dos progressos que em matéria de educação Portugal tem realizado nos últimos tempos.
Em breve chegará ao conhecimento de todos o programa das festas e conferencias pedagógicas que a Comissão tenciona promover durante o periodo da Exposição.
A Comissão Ezecutiva esfor- çar-se-ha por facilitar a ida á capital durante esse periodo, dos expositores e do professorado das províncias, procurando conseguir, álêm de outras condições favora- veis, abatimentos nos preços de transportes em caminhos de ferro e hospedagens.
A Exposição de Arte na Escola realisar-se ha sob a presidencia de honra de S. Ex.a o Sr. Presidente da Republica e com subsidio do Ministério de Instrução Pública.
Eis o Regulamento;Artigo 1.° — A Exposição de
Arte na Escola, Certame desti nado a chamar a atenção do paiz para a necessidade de utilisar a Arte como elemento de educação, consta do seguinte:
Arquitétúra escolar, mobiliário escolar, decoração interior da Escola, o livro escolar e o caderno escolar sob o ponto de vista artístico, dezenho na Escola, educação do gôsto artístico, processos de ensino de Música na Escola, canto coral e trabalhos artísticos ezecutados por a- lunos.
Art. 2.° — A Exposição de Arte na Escola inaugurar se ha solenemente em Lisbôa em 15 de abril de 1916 e encerrar-se ha em 80 do mesmo mez.
Art. 3.°— Aos expositores é permitido organizarem sessões de demonstração.
Art. 4.° — Para todos os grupos haverá prémios, (diplomas de medalhas de ouroe prata).
Art. 5.° — Para este efeito um júri de classificação será nomea do. em tempej oportuno.
Art. 6.°-— Cada expositor enviará á Secretaria da Exposição até 1 de março, devidamente preenchido, o Boletim da inscrição. D ’este Boletim será enviado recibo.
Art. 7.° — A Comissão Orga nizadora, tendo em vista os edi- ticios de que puder dispor * a superfície destinada a cada instalação, comunicará ao mais curto prazo possivel aos expositores qual é o local destinado á sua instalação.
Art, 8.° — Os objétos a expor deverão dar entrada mediante recibo bos edificios qne lhes, forem destinados até o dia 5 de abril, ás 16, horas,
$ nuiço,— Fica salva qualquer demora por motivo que a Comis- sâo julgar de fôrça maior.
Art. 9 ."— E ’ permitido aos
A rt. 10.° — São por conta dos expositores todas as despezas de transportes e instalação.
A rt. 11.° — A Com issão Organisadora não se responsabiliza por qualquer prejuizo que sofram os objétos expostos.
Art. 12.°— E ’ consentida, mediante autorização da Comissão Organizadora, a venda de ohjé- tos e a distribuição de impressos e reclamos.
§ único. — Os objétos que forem vendidos podem ser retirados depois do encerramento da exposição.
Art. 13.° — Os expositores serão obrigados a retirar os objétos expostos no prazo de trez dias depois do encerramento da Exposição.
Art. 14.® — A Comissão Organizadora reserva para si o direito de alargar os prazos estabelecidos n’este Regulamento assim como de marcar para mais tarde o dia da inauguração ou encerramento da Exposição.
Lisbôa, Dezembro de 1915.
B anda D em ocraticaA convite da camara munici
pal do concelho da Moita foi ali tocar domingo passado, abrilhantando assim a festa de reoéoâo feita á camara municipal de Lisbôa que ali fôra de visita a distinta Banda Democratica de Aldegalega. Todas as camaras d’es- ta região se fizeram ali representar, o que constituiu uma festa de verdadeira confraternisação.
A Banda regressou ás 22 horas e meia, sendo aguardada na estação do caminho de ferro por muito povo que a acompanhou n’uma volta á vila.
P r i s õ e sQuinta feira passada deram
entrada nas cadeias d’esta comarca, Virgilio Antonio da Silva, de 33 anos de iaade, solteiro, sapateiro, natural de Lisbôa. atual- mente residente na vila da Moita, pelo crime de agredir ali com uma facada no pescoço o mendigo José Dias, natural d’aqt»ela vila; e Antonio Tomaz, tembem conhecido por Antonio Diabo, de 24 anos de idade, natural da vila da Moita, por agredir corpo- ralmente Manuel Manco, da mesma vila.
Ilum iu ação E lé tr icaDevido a uma rotura no chu
pador da bomba de alimentação, faltou por uns trinta minutos a iluminação pública e particular n’esta vila na passada terça feira, facto qne foi presenceado pelos membros da Comissão Ezecutiva e autoridade administrativa que logo correram á fábrica a saber da origem de tal acontecimento As rápidas e acertadas providencias tomadas pelo pessoal deixou-nos a mais viva impressão do seu muito zêlo 9. competencia visto se tratar d’utn acontecimento inesperado.
C on sorcioEm Leça do Bailio (Porto)
consorciou-se quinta feira passada o sr. Eduardo Rodrigues Pereira Rato com a e x 1"1 sr.3 D* Paula Edwiges Felicidade Lobo. Foram padrinhos, por parto do noivo, seu pae, nosso amigo Joaquim Duarte Pereira Rato, e por parte da noiva o sr. José DoroiQ' gos Bandeira e sua esposa.
Os nubentes passaram a ua de mel em Lisbôa.
T eatro R e cr e io popii!**1.Outro magnifico espétáculo a-
O D O M I N G O 3
c;a para ôje o nosso amigo ■ de Carvalho, endiabrado
prezario do teatro R ecreio Po-Não resta dúvida que o
■ 00 será ôje pequenino parapular
este Povo\ atendendo aos atrati-v0S anunciados e aos bons elementos de que se compõe o pro-
julgamentoRespondeu no tribunal d’es-
(j comarca em processo correcio- na[ no dia 16, acusado de vários fu r t o s , o conhecido gatuno José gregorio, tambem conhecido por Jlaniiel José Galego, solteiro, de37 anos de idade, natural d’esta vila, sendo condenado em dois an os de prisão e seis mezes de multa a dez centavos por dia.
ANÚNCIOS
A N U N C I O
(1.® publicação)
No dia 9 de janeiro prócimo, por doze horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, nos autos de carta precatória eiveis para nomeação de louvados, avaliação e arrematação de bens extrahida dos autos de ezecução de sentença que pende pelo Juizo de Direito da terceira Vara Civel da comarca de Lisbôa, em que é ezequen- te A Nova Companhia Nacional de Moagem, com séde em Lisbôa, e ezecutado Manuel Luiz Dias, residente n’esta vila, vão á praça, para serem arrematados por quem maicr preço oferecer, acima do valor da sua avaliação, os prédios seguintes;
t.° Um predio urbano, composto de casa terrea para habitação, quintal e pòço, sito na rua Central, desta vila,, praso foreiro em 2$6o anuaes a Francisco José Nepomuceno Serrano, no, yalor de cento e oitenta e seis escudos.
i86$ 00
a.0 Um predio urbano, ^e consta de pavimento terreo que serve para. armazém ou adega, sito na ri<a Central,, desta vila, prazo foreiro em 4S70 a- tuiaes a Francisco José Nepomuceno Serrano,, no va- *ar de quatrocentos e seis feudos.
4g6$oo
3.° Um predio urbano, 'jue consta d uma casa de d°is pavimentos terreos ' ados ao centro, por uma P te de dois pavimentos COtl\ quintal, pôço e diver- Sas instalações para chact- na gado suino, sito na ílla Manuel José Nepomu- Cef>o, desta vila, praso fo
reiro em 2i$oo anuaes a Rita Maria da Piedade Leitão, no valor de um conto e quinhentos e oitenta escudos.
i : 58o$oo
4 o Um predio, composto de lojas e primeiro andar, com quintal e poço e varios telheiros para arrecadação de madeiras, sito na Praça da Repubiica, desta vila, prazo foreiro em 3$20 anuaes, com laudemio de dezena a Antonio Gouveia Dimas, no valor de um conto setecentos e quarenta e dois escudos e quarenta centavos.
i :742$4°
5.° Um predio urbano, composto de loja e primeiro andar, sito na praça da Republica, desta vila, constitue dois prasos fo- reiros um do $70 e outro de 2$4o anuaes, com laudemio de dezena, de que é senhorio directo Antonio Gouveia Dimas, no valor de seiscentos e sessenta e quatro escudos e vinte centavos.
664^30
Pelo presente são citados quaesquer credores incertos para assistirem á arrematação e usarem dos seus direitos, sob pena de revelia.
Aldeia Galega do Ribatejo, 17 de dezembro de 1915-
O Escriváo de Direito
João Frederico de BritoFigueirôa Junior.
Verifiquei a eza.tidáo:0 Juiz de Direito,
Rocha Aguiam
E D IT A LA Comissão ezecutiva
da Camara Municipal de Aldegalega do Ribatejo faz publico que, em virtude da resolução do Senado Municipal, foi alterado o preço da licença para cães e cadefôs de caça ou de regalo para vinte centavos ($20), afora os emolumentos e sêlo respetivo.
Deliberou egualmente o Senado Municipal que não podendo ter validade para o Concelho as. licenças de cães e cadelas tiradas em Camaras de Concelhos extranhos a este e pertencentes a cidadãos aqui residentes, se procedesse nos termos legaes contra os portadores de taes licenças.
E para constar se man
daram passar este e outros de egual teor que vão ser afixados nos lugares do costume.
Aldegalega do Ribatejo,11 de dezembro de 1915.O Presidente do Comissão Ezecutiva
Joquim Maria Gregorio.
l.° ANDAR
Vende-se, barato, o predio de t.° andar na Avenida Antonio José d'Almei- da, pertencente ao dr, Sant’Ana Leite. Nesta redação se prestam esclarecimentos.
DINHEIROEmpresta-se garantido
com hipoteca.N’esta redação se diz.
Vendem-se todas as propriedades pertencentes herança de Francisco daç.
Silva situadas na rua Mártir de Montjuich, d’esta vila, e uma casa na Atalaia onde em tempos esteve instalada a escola, oficial.
Recebem-se propostas e prestam-se esclarecimentos nos escritórios do sr. dr. Paulino Gomes, nesta vila,, e de Antonio Ribas de Avelar, solicitador encartado e contador da 6»* vara civel,na calçada de S'. Francisco,. 4$ — 1..° D., Lisbôa.
A.NTJNCIO
COMARCA DE ALDEGALEGA M RIBATEJO
($ .a publicação)
No dia 19 do corrente,, pelas quatuize horas, na casa de residencia de Manuel Luiz Dias, sita no Praça da Republica, N.0*- 63 e 64, desta vila, n.os autos eiveis de carta precatória para nomeação de louvados, ayaliaçãp e arrematação de bens, estraida dos autos de ezecução de sentença que pende, pelo Juizo de Direito da terceira vara civel da comarca de Lisbôa,. em que é ezequente a Nova Companhia Nacional de Moagem,, com séde em Lisbôa ve ezecuta- tado o referido Manuel Luiz Dias, serão ali vendidos em almoeda e por. valor superior ao, dat sua a- valiação os bens penhorados. ao referido ezecutado e que constam de relogio de sala,, mesa de casa de jantar, cadeiras, camapés,
comoda, mesinha de sala, meia comoda antiga, lava- torio, mesinha de cabeceira, candieiro, quadros com retratos, secretária,balança decimal, 2 balanças de banção, pezos, maquina de costura, varios artigos de mercearia, armação, balcão, talha para azeite e muitos outros artigos de mercearia, retrozeiro e capelista.
Pelo presente são citados quaesquer credores incertos para assistirem 3 dita almoeda e usarem dos seus direitos.
Aldeia Galega do Ribatejo, 8, de dezembro de1915.
O Escçivlfl.
João Frederico de- Brilo Ftgueirôa Junior.
Verifiquei a ezáydáo.O Juiz de Direitp
RscÂa■ Aguiam.
QREGORIO QIL
Cow fábrica de distilação na travessa do Dagar da. Cera (sja pontialja) oferece á sua tjumeçor sa clientela, álém de ag-uard,en.te bagaceira muito boa d.e qu.e-sem- pre te® graade quantidade para venda, finissima aguardente de peova (3Q?) para aelhosameiito de vinhos, assitjj cq itjo aguar dente ajjiíada muito melfeos; que a chamada de Evora. Os preços são sempre io&riores aos de qualquer parte e as qualidades muito superiores.
BORRASJE SARROSGregorio Gil, com fá
brica de distilação, previne os ex.‘p°s lavradores e mais pessoas interessadas que compra qualquer quantidade de Sarros, Borras, espremidas e secas:, e em especial Borras em liquida por preços muito elevados, Péde para não ligarem negocio com outras pessoas sem antes consultarem 05 seus preços,.
V E A Ç Ã ê N A S I O M A I 0 LEVANTAMENTO NACIONAL
O D O G M A D A O P I N I Ã O P1ÍÍB-LICA.
A artificialidade e 4~àeshQpfi;stidad&da. opirvqp publica. Qs traficíirh- tfi.s. da. letrav redonda. çna4ores da íjirga ticj<cja.id%opia !$». A fiarça do jor-- nal. independente e o envenenamenta subul causa do pelas suas in-foirnações.. Manifestações espontâneas preparadas a» samtw.o ezemplo d© caso Ferrer- A crueldade patológica das massas populares. À, fp rm açáp d.a opinião na época,do 1 error. O poderio da opin %) } ública é o pode; ío da. ignoranc a A competçjftcia profissional causa. de. inaptioáo p.ara a cní{:;ca dos. factos po- 1, ticos. Necessidade de dar á, patria um podêr que seja independente da o->. pini5&.
S o c ied ad e anón im a de resp o n sa b ilid a d e lim ita d a
Séde-Social: TRAVESSA.DE S.ANTO ANTONIO DA SÊ. N.° 12_
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cristão— A separação da igreja do EstadoO livro é dedicado ao eminente homem d'Estado o ilustre cidadão
DR. AFONSO COSTA, e é uma homenagem ao grande propagandista republicano DR. M AGALHAE? LIMA, Gráo-Mestre da Maçonaria Portugue z ó , á Maçonaria mundial e aos livres pensadores.
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DMA CAMPANHA DE AÇIO KAC10NALO LEVANTAMENTO N A CIO N A L
I V
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Uma cruel ilusão. O rei reduzido a simples pregoeiro público e a máquina dassinar. A falsa nobreza do rei constitucional. A irresponsabilidade real origem de degradação. Os famosos árgus da «monarquia nova». A «monarquia nova», menos monárquica do que a monarquia velha. A monarquia constitucional não é preferivel ao regimen republicano. O argumento do figurino inglez. Poder absoluto e poder arbitrário. O falso equilibrio social resultante do casamento do poder real com o poder do povo. O poder real, independente dos súbditos, não conduz ao despotismo. «Reis, goveenae ousadamente». O ezemplo que nos vem de França.
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