papo de homem id#38

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Orientação para quem tem um filho, paratente ou filho usuario de drogas

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"Fred, tenho um amigo que aparentemente to normal quanto qualquer outra pessoa. Trabalha, considerado um bom profissional, namora, sai com os amigos. E cheira cocana. Bastante. Faz isso todo final de semana e algumas vezes durante a semana. Mas o problema que ele parece acreditar que controla essa relao com a droga.Acho que sou a nica pessoa mais prxima que no usa drogas e sabe do que ele est vivendo de verdade, j que grande parte do atual crculo social dele tambm usa drogas e considera isso ok.Como ajudo o meu amigo viciado que acha que no est viciado? E ser que eu assumo essa responsabilidade ou deixo isso pra famlia ou pra ele mesmo se resolver?"* * *Engraado voc comear explicando que seu amigo normal, trabalha, tem namorada, sai com os amigos e... cheira cocana. Normalmente, a imagem que temos do viciado em qualquer coisa uma figura meio plida e decadente, mas a convivncia com qualquer substncia ocorre em qualquer lugar, de pessoas lindas, coradas e cheirosas at maltrapilhos sem rumo, ela no faz distino de gnero, classe, raa ou religio.Definir o vcio no nada simples e muitos que me procuram no consultrio por conta de questes com o uso de substncias me perguntam porque algumas pessoas enlouquecem ou se tornam dependentes em determinadas situaes e outras que atravessaram o mesmo tipo de experincia seguem bem e vivem tranquilamente. A resposta no to matemtica, mas existem personalidade mais vulnerveis, que diante de certos tipos de situaes e efeitos psicoativos, deixam aflorar problemas que estavam enjaulados nos pores da personalidade.Muitos defendem o uso indiscriminado, pois alegam que no so essencialmente perigosas, que j usaram (ou usam ocasionalmente) por uma fase na vida e no ficaram viciadas. Outras pessoas, no entanto, fizeram o mesmo uso ocasional ou regular e entraram numa mar de de uso abusivo da droga e no conseguiram parar.Quem vulnervel ao vcio?No importa se com jogo, droga, sexo ou comida, o vcio ativa regies muito parecidas do crebro e cria um ciclo de dependncia que varia muito de pessoa para pessoa, visto que so mentes e biologias diferentes.A personalidade vulnervel tirada do contexto social e biolgico no se explica isoladamente. Por esse motivo, muito difcil prever qual ser o efeito de uma droga na mente de uma pessoa. A quantidade de pessoas que ignora suas vulnerabilidades emocionais podem iniciar um caminho sem volta, ento, possvel abrir espao para refletir que perfil seria esse. E como saber a que tipo de substncia ou situao voc ser vulnervel? No h uma resposta simplista, mas algumas pistas que esto longe de retratar todas as possibilidades.1. Personalidade mais sugestionvel, ou seja, a pessoa sem convices e valores pessoais claros. Por sua baixa resilincia costuma aderir ao uso de droga como um tipo de status pessoal, um estilo de vida at ento no muito delineado. O valor do uso em grupo tambm refora o seu senso de pertencimento.2. Personalidade refratria, aquela que gosta de ser do contra. A droga assume um tipo de luta pessoal, algo que ela quer expor para contrapor a imagem interna de seus pais, como um atestado de liberdade pessoal.3. Personalidade exigente e rgida, costuma ser muito dura pois teme lidar com emoes intensas. Elas buscam na droga um tipo de diluidor da presso interna, como se estivesse subornando o guarda da priso para poder escapar de sua prpria dureza. Acaba sendo um jeito de liberar sua ousadia contida.4. Temperamento oscilante, normalmente so mais aderentes pela prpria condio de instabilidade e utilizam substncias como uma tentativa de regulador seu humor.5. Sensibilidade extrema, elas costumam usar para trancafiar um pouco o excesso de emocionalidade ou para extravasar de vez.6. Ansiedade e impulsividade, seja para potencializar ou abaixar seu estado de esprito, podem recorrer a substncias como um meio de atender seu imediatismo pessoal.7. Personalidades obsessivas, que tentam obter controle constante em suas vidas e so mais predispostas a algum tipo de compulso8. Personalidades hedonistas, pessoas que buscam aflitivamente o prazer para evitar qualquer tipo de sofrimento fsico e emocional.9. Personalidades destrutivas, ou seja, quanto mais algum tenta ajudar mais ela se afunda e sente piedade de si.A ineficincia das campanhas de combate e preveno s drogasO problema das abordagens oficiais no combate s drogas de quatro ordens:1) A figura retratada no cria identificao com o usurio ativo. Normalmente a imagem que ele faz de si mesmo de uma pessoa livre, descolada, sem medos ou limitaes e no de algum que parece um zumbi (ainda que muitos possam chegar nesse ponto). O carter preventivo talvez devesse ter outro tipo de abordagem, pois as figuras mdicas usadas para instruir parecem insossas j que ele no se v como um doente. muito diferente quando o lder de alguma comunidade, que represente um ideal comum, faz um depoimento. Nesses casos, como se seu irmo mais velho falasse e no seu pai autoritrio.2) O ponto sensvel e intocvel da questo que o efeito emocional e inicial da droga costuma ser (com exceo das "bad trips") prazeroso. O usurio novato no tem clareza do resultado longo prazo. O que importa no o que ir impactar sua vida social com o passar do tempo, mas o que ir vivenciar aqui e agora.3) Outro ponto ignorado se as drogas so inevitavelmente criadoras de dependncia para todos. Algumas drogas tem um maior poder de dependncia qumica e outras psicolgicas, e para cada efeito colateral a abordagem preventiva e de tratamento diferenciada.4) Cada droga precisa ser tratada com sua especificidade, pois o usurio de maconha nem sempre se identifica com o usurio de cocana, ecstasy ou LSD, j que cada uma delas tem sua "personalidade" prpria, seus efeitos e contextos de uso. Uma droga utilizada para esquentar um ambiente social diferente da que vai distorcer ou desacelerar.A droga como aparente proteoSempre que a ideia da droga veiculada, associada com abusos e degenerao, num cenrio meio obscuro, no estilo de uma cracolndia. A realidade que poucos se perguntam de verdade como a trilha entre o uso ocasional e continuado se desenvolve na prtica.O fato que a maioria nega que qualquer uso de substncia surge num contexto de socializao no qual a apresentao feita, normalmente por algum de confiana ou apreciao doato e que, como consequncia, advm algum tipo de efeito psicolgico rapidamente agradvel. Seja para estimular o humor, atenuar uma ansiedade social ou trazer as emoes flor da pele, as drogas tem um efeito no experimentado ordinariamente. De repente, a droga se torna amistosa ao usurio que passa a percebe-la no mais como o lobo mau que a mdia (e os pais) apresentava.Assim, a primeira dissonncia cognitiva surge, pois algo que sempre foi mostrado como perigoso deixa a pessoa momentaneamente mais confiante, falante, calma, cinestsica ou reflexiva.O efeito da droga no primeiro momento causa um impacto para o usurio de cinco tipos:1. Diminuio da presso interna (desejos cheios de intensidade ou algum tipo de angstia ou confuso pessoal)Esse efeito normalmente buscado por pessoas de personalidade mais rgida, com tendncia culpa, ansiedade, timidez e at em casos mais extremos, com tendncias psicticas. A droga tem um efeito anestesiante frente dureza pessoal com seu prprio desempenho criando uma sensao de mais valia ou invencibilidade. 2. Diminuio da presso externa (complexidade da vida, expectativa da sociedade e das figuras de autoridade)Pessoas influenciveis, com convices mais frgeis e que, de modo geral, so oprimidas por pais super-protetores ou contextos sociais de muita expectativa acabam recorrendo droga como uma blindagem emocional. Nossa sociedade especialmente opressiva no que se refere ao desempenho social, financeiro e profissional, e uma contracultura que permeia certos crculos recorrem droga como um auxiliar filosfico de aspiraes menos opressivas. A droga surge como uma promessa de ferramenta prtica para ajudar a pessoa a no se iludir pelo processo de pasteurizao capitalista. Ela induz a um tipo de emocionalidade mais diluda e menos carente de aprovao do mercado competitivo, ou seja, desacelera o ritmo interno e gera uma desconexo com a crueza do mundo.3. Busca de excitaoNem todas pessoas nasceram em contextos motivadores e otimistas que permitam o desenvolvimento do carisma. Uma substncia que pudesse conferir euforia, auto-embelezamento e uma sensao de intensidade sensorial viriam bem calhar. Em um ambiente de paquera, entre amigos ou contextos de diverso, seria bem perturbador seguir a noite agindo de modo passivo, asctico e fechado. A droga a promessa de excitabilidade fast food, use e se sinta incrvel. Irresistvel no buscar isso com frequncia, certo?4. Busca de pacificaoMentes agitadas, corpos inquietos, vidas atribuladas, noites insones e uma dificuldade de se posicionar com firmeza diante dos outros a rotina de muita gente. Pessoas assim veem quase como um milagre que a sensao de inadequao desaparea num passe de mgica, bastando pra isso alguns tragos. A droga se torna quase uma amizade ntima, a quem se deve muita gratido e carinho.5. Busca de interiorizaoNossa sociedade tem sido uma competente produtora de pessoas com problemas psiquitricos subclnicos. O relaxamento um estado de mente pouco cultivado. Por falta de instruo, persistncia ou treino adequado, o meio mais popular usar algum tipo de substncia que facilite esse canal de comunicao interno. Essa busca de profundidade no-estruturada to irresistvel que cria um abismo ainda mais perturbador entre o ritmo interno e o externo.Nossa sociedade paradoxalmente cria cenrios fragilizantes ao mesmo tempo em que condena qualquer tentativa do sujeito de atenuar seus efeitos predatrios. O uso crescente de substncias psicoativas (coisa que no recente), tambm o resultado da presso social asfixiante, em especial para pessoas que se sentem frgeis demais para seguir as regras (nada amistosas) do jogo. No raro so as pessoas mais delicadas so aquelas que ficam emaranhadas pelas drogas.Por que o adolescente o mais vulnervel?Durante 13 anos conduzi grupos com adolescentes, seja como voluntrio ou com terapia de grupo, e sei que essa a fase onde voc mais se sente habitando um planeta estranho. O adolescente est numa situao existencial de limbo, pois j no mais o docinho da mame e ainda no o adulto fodo (se que existe essa figura lendria). Ele est desajeitado no seu corpo, medroso em relao aos seus sentimentos, paralisado diante de suas escolhas, com presso interna e externa por todos os lados. O que seria mais desejvel numa fase dessa do que sentir uma sensao imediata de alvio, empoderamento e adequao social? Se algum disser que amarrar o rabo do gato deixaria ele menos inadaptado, certamente ele arriscaria a ideia para ficar menos deslocado no mundo.Famlia feliz de propaganda de margarina? Sem chance.Outro fator que paradoxalmente predispe ao uso de drogas ter pais autoritrios e cheios de bons exemplos para enfiar goela abaixo do filho. Se uma pessoa quer se diferenciar dos pais para criar sua identidade prpria, nada parece ser mais libertador do que fazer exatamente o extremo oposto do que os pais fazem.Atendendo filhos de pais que vivem uma vida sem muitos protocolos, muito engraado ver uma filha arrumando o decote da me e um filho levando o pai bbado para a cama. Eles querem ficar longe de tudo aquilo que lembra os pais e se tornam exemplos vivos de moralidade. Mas essa uma minoria. Os filhos de pais dominadores e superprotetores praticamente so preparados para o vcio. Por que? Porque no foram instrumentados a desenvolver opinio prpria e sim a obedecer uma ordem superior, como se fosse uma verdade absoluta. Sem serem iniciados na arte do debate (e do questionamento autoridade dos pais) por que motivos eles argumentariam com o amigo que oferece uma substncia qualquer?A maioria dos pais s vai descobrir que se desconectou do filho bem tarde, quando muitos problemas j esto instalados. Simplesmente porque abraaram o papel de pais inquestionveis e no sabem lidar quando os filhos expem suas contradies, incompetncias humanas e feridas pessoais.O drogado se sente uma pessoa superior (e o no drogado tambm)A discusso sobre as drogas completamente diferente entre quem fala de dentro do universo do uso e de quem fala de fora. Os no-usurios olham os usurios como perdidos, fracos, incapazes, refns de prises emocionais. Curiosamente, os usurios pensam o mesmo de quem no usa.A autoimagem de quem usa droga a de uma pessoa que atravessou uma linha de coragem e agora faz parte de uma sociedade secreta, um mundo sem restries, moralismo ou "caretice". A imagem que ele faz do no-usurio uma das principais barreiras emocionais para a descontinuidade do uso. Como algum que se firmou no papel de descolado, leve, livre e solto vai querer voltar a se perceber como algum estereotipado como chato, mala, "sem vida", amargurado e conservador?Essas "converses" costumam ser acompanhadas de um momento de transio em que parece que o "dever chama a pessoa" como o nascimento de um filho, uma promoo profissional, a dedicao religiosa e uma busca por um tipo de crculo social que reforce valores como sacrifcio, resilincia, fora de carter em detrimento de prazer, descompromisso e "vida loka". So estigmas que se sustentam e se alimentam um do outro. Ambos os grupos carregam uma certa presuno em relao ao outro, um por se sentir a locomotiva da sociedade e outro por achar que sabe viver a vida de verdade.Para os usurios, a decadncia no perceptvel, pois os prejuzos so vistos como resultantes de um estilo de vida alternativo e moralmente superior aos no-usurios. Quem quer alertar os abusos ou exageros visto como um inimigo da "causa", um chato ou estraga-prazeres, algum que no entendeu nada da vida.Do lado do time de quem est na "curtio" tudo parece um grande compl para roubar os poucos momentos de alegria e entretenimento. como algum que vem abaixar o som no meio da festa sem perceber que o divertimento do anfitrio j comprometeu o bem-estar de toda a vizinhana. Os vizinhos so vistos como patticos e mal amados em oposio vida onde o amanh no existe.Paro quando eu quiser!Como falei no texto sobre "Alcoolismo", a frequncia, irrecusabilidade e as sequelas so os fatores que retratam o vcio. quando o "eu paro quando quiser" nunca chega no "eu quiser" e o sujeito nunca mais descobre se realmente consegue parar por 12 meses. Ele nunca tentou de verdade e no conseguiu perceber quais so os efeitos da abstinncia qumica e psicolgica.Somos especialistas em fingir para ns mesmos quando perdemos o controle das nossas emoes e j estamos terceirizando nossa autonomia. As pessoas abrem mo de sua vontade pessoal no trabalho, nos relacionamentos amorosos e tambm ao usar uma droga. Escolher cada passo muito angustiante e expe nossa potencial incompetncia diante das novidades.Quando o marinheiro comea a preferir o barco do que chegar na outra margem do rio, est procurando mais conforto na solido do que na conexo com as pessoas. Se o objetivo inicial implcito era ser menos inibido com as pessoas, a droga comea a se tornar ela prpria a companhia exclusivista, e at a antiga excitao j no tem mais efeitos sociabilizantes. Nessa hora a droga no uma ponte para as pessoas, mas um obstculo. A busca do prazer se torna um imperativo para evitar a angstia de voltar para a realidade usual e a prpria abstinncia da substncia induz ao uso continuado. A interao humana foi embora e s restou a droga.O limite da decadnciaA droga vira um atalho que enfraquece a habilidade emocional do usurio at um ponto que a capacidade de rir ou ficar leve no ocorre sem a substncia. Aquele sonho encantado de liberdade vai embora.Para quem tem menos interesse por se desenvolver, isso parece no ser um problema, mas para quem inicialmente queria ter autonomia emocional, a droga se torna um fim em si mesma, uma muleta inibidora da personalidade.O ciclo comea a se repetir at um ponto que o aumento das quantidades versus o seu resultado denuncia uma falncia do gerenciamento emocional. O sujeito age como algum que passou tempo demais deitado e enfraqueceu os msculos das pernas. Quanto mais anda de muleta, mais confirma a profecia autorrealizadora de que ela necessria. A vida sem muletas no uma opo. Aquele apoio eventual, eletivo e transitrio se transforma num segundo corpo. Sem a droga, a mente no se move com fluncia e a pessoa j no se recorda como era a vida antes dela existir.Ningum percebe quando j perdeu coisas importantes porque elas so imateriais e invisveis, a linha cruzada silenciosamente. O nico juiz que poder atestar o vcio a deciso pela abstinncia voluntria de, no mnimo, 12 meses.A inconsequncia associada obsessividade gradual e crescente vai afastando as pessoas, causando perdas sociais que aumentam a angstia do usurio que finge ainda estar confortvel. Nessa hora a armadilha est armada, pois quanto mais perde, mais a droga se transforma no nico alvio.Esse o ponto em que a pessoa no est na cracolndia, mas j perdeu pessoas queridas o suficiente para se refugiar somente com seus companheiros de vcio. Esse clube se fecha ainda mais e o nico entretenimento que vivem o de usar a substncia e relembrar os tempos ureos e rir das histrias desastrosas como uma proteo cnica da prpria decadncia.O que fazer, ento?Essa resposta no fcil, pois um dos princpios da ajuda respeitar o livre arbtrio do outro. Mas como definir o momento da interveno com algum que j perdeu boa parte de sua liberdade de arbitrar sobre si mesma?Certamente, o apoio que vem de cima para baixo no ajuda, pois um amigo no-usurio ser visto como algum do time contrrio, daqueles que no entende nada sobre o assunto. A abordagem precisa ser gradual, efetiva, sem desespero ou dramatizaes. A frieza amorosa precisa entrar em ao diante de medidas cortantes.Como nenhum problema acontece isoladamente, preciso lembrar que o vcio em um dos seus membros o sintoma de um adoecimento familiar. A maior parte das famlias ignora os seus problemas de comunicao, problemas ocultos, rachaduras emocionais e prefere adotar o membro viciado como o "nico e verdadeiro problema". Com essa abordagem, todos os familiares projetam suas incapacidades na figura do "viciado degenerado", enquanto eles prprios no refletem sobre suas vidas. Parece que o problema foi coagulado numa pessoa s, enquanto o resto da famlia coloca todo o seu amor carregado de presuno moral como meio para oprimir ainda mais a pessoa que ficar cada vez mais blindada e certa de que sua nica companhia a droga.Se uma pessoa chega lado a lado, sem uma condenao moral declarada, para conversar, o acesso mais possvel. Infiltrar a semente da dvida sobre sua prpria trajetria o primeiro ponto a ser observado. Avaliar com a pessoa, ponto a ponto, dos objetivos dela e de como tem levado a vida, descobrir seus medos e sonhos mais profundos, ou seja, parar de se concentrar apenas na droga como se ela fosse a nica coisa que interessa na vida dela.Nos casos mais extremos, difcil pensar numa abordagem nica e isolada, um tratamento conjunto que envolva mdicos, famlia, psiclogos e um apoio social fundamental.Como sempre, o espao est aberto para discusses nos comentrios.