pão quente diário devocional nº 26 18.08.2015 quem eu amo morreu hoje... o que deixei de fazer

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Pão Quente Diário Devocional Nº 26 – 18.08.2015 Quem eu amo morreu hoje... O que deixei de fazer? Pr. Claudio Santos O que passo a narrar é obra de ficção espiritual, pois foi inspirada em algo que Deus me deu, no entanto, acredito que seja para o despertamento pessoal e coletivo: “O culto estava ótimo, as pessoas adorando a Deus por intermédio dos louvores, orações, apresentações de poesias evangélicas e coreografias, na passagem da 1ª parte para o Ministério o Pastor pegou o microfone e começou a dizer como estava feliz com tudo o que estava acontecendo no culto e em sua vida, de repente, algo inesperado surpreendeu a igreja e ele... “Ai, está doendo muito, não consigo aguentar, por favor me ajudem não estou...” Uma pessoa gritou na igreja, pois estava sentindo muita dor, mas em meio aos gritos de dor veio subitamente o silêncio, da igreja, do pastor e da pessoa. Quando todos voltaram a atenção para quem estava gritando de dor, constataram que a pessoa era a esposa do pastor que estava com o microfone na mão, seu silêncio súbito foi em consequência de sua queda abrupta ao chão, o pastor largou o microfone e foi ao seu encontro, os que estavam próximos tentaram acudir, mas de maneira impressionante e rápida o óbvio foi constatado: ela morreu. O pastor incrédulo com o que uma irmã médica havia lhe dito, em meio ao alvoroço pediu que a colocassem na mesa que era utilizada para a ceia, no centro da igreja e bradou: “Vamos orar igreja, o Deus que salva, é o que sara, liberta e ressuscita! ” Todos ficaram espantados com a decisão, porém, por compaixão, por fé ou por solidariedade atenderam ao seu pedido, colocaram- na na mesa à frente do púlpito e todos começaram a clamar por uma maravilhosa ação de Deus. O tempo passou, mais ou menos trinta minutos de clamor, até que um dos outros pastores se aproximou do pastor que orava por sua esposa e disse-lhe: “Amado, é o fim, acabou, esse é o desejo de Deus. ” Diante do fato, da igreja, do cadáver e de sua situação o Pastor olhou para o corpo de sua esposa e começou a dizer, pedindo a todos que se assentassem: Minha esposa está deitado aqui, como se estivesse em um caixão, e algo está passando por minha cabeça, terei que levá-la

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Pão Quente Diário Devocional Nº 26 – 18.08.2015

Quem eu amo morreu hoje... O que deixei de fazer?

Pr. Claudio Santos

O que passo a narrar é obra de ficção espiritual, pois foi inspirada em algo que Deus me deu, no entanto, acredito que seja para o despertamento pessoal e coletivo:

“O culto estava ótimo, as pessoas adorando a Deus por intermédio dos louvores, orações, apresentações de poesias evangélicas e coreografias, na passagem da 1ª parte para o Ministério o Pastor pegou o microfone e começou a dizer como estava feliz com tudo o que estava acontecendo no culto e em sua vida, de repente, algo inesperado surpreendeu a igreja e ele...

“Ai, está doendo muito, não consigo aguentar, por favor me ajudem não estou...” Uma pessoa gritou na igreja, pois estava sentindo muita dor, mas em meio aos gritos de dor veio subitamente o silêncio, da igreja, do pastor e da pessoa. Quando todos voltaram a atenção para quem estava gritando de dor, constataram que a pessoa era a esposa do pastor que estava com o microfone na mão, seu silêncio súbito foi em consequência de sua queda abrupta ao chão, o pastor largou o microfone e foi ao seu encontro, os que estavam próximos tentaram acudir, mas de maneira impressionante e rápida o óbvio foi constatado: ela morreu. O pastor incrédulo com o que uma irmã médica havia lhe dito, em meio ao alvoroço pediu que a colocassem na mesa que era utilizada para a ceia, no centro da igreja e bradou: “Vamos orar igreja, o Deus que salva, é o que sara, liberta e ressuscita! ” Todos ficaram espantados com a decisão, porém, por compaixão, por fé ou por solidariedade atenderam ao seu pedido, colocaram-na na mesa à frente do púlpito e todos começaram a clamar por uma maravilhosa ação de Deus.

O tempo passou, mais ou menos trinta minutos de clamor, até que um dos outros pastores se aproximou do pastor que orava por sua esposa e disse-lhe: “Amado, é o fim, acabou, esse é o desejo de Deus. ” Diante do fato, da igreja, do cadáver e de sua situação o Pastor olhou para o corpo de sua esposa e começou a dizer, pedindo a todos que se assentassem:

Minha esposa está deitado aqui, como se estivesse em um caixão, e algo está passando por minha cabeça, terei que levá-la para os procedimentos normais e o sepultamento, mas quero falar rapidamente algo, que pode ser minha última mensagem ou dar início a um novo comportamento:

Num caixão não há vida, não há ciência, tão pouco alegria...

Num caixão não há dor e nem tristeza, pois elas ficam do lado de fora nas pessoas que amaram e respeitaram que está deitado no caixão...

Num caixão não há grandes espaços, ninguém precisa se movimentar, ainda que tenha sido um atleta, corredor ou simplesmente um caminhante...

Num caixão não existe debate, discussão, diferenças, preconceitos e complexos.

Num caixão existe uma certeza: a da morte física e eterna, para alguns, mas de vida eterna para outros.

Page 2: Pão quente diário devocional nº 26 18.08.2015   quem eu amo morreu hoje... o que deixei de fazer

Num caixão... nessa mesa está minha esposa, e havia tanta coisa ainda que eu queria lhe dizer, tantos planos que queria realizar com ela, mas.... Agora irmãos não posso mais, vivi muito ocupado, com os estudos, visitas, palestras, pregações, trabalho, todo o tipo de atividades onde ela não estava inserida, pouco tempo tinha com ela, poucas coisas fazíamos juntos, apesar de dizer para todos que ela era a mulher da minha vida... Se tivesse uma chance, uma única chance, faria tudo diferente...

O pastor descontrolado começa a chorar... alguns se aproximam dele para o consolar. Mas parece que este culto foi marcado para que coisas extraordinárias acontecessem:

Meu amado Deus ouviu a oração de seus filhos, e, eu ouvi a sua declaração quero ter você mais pra mim, vou exigir isto – a esposa do Pr. se levantou da mesa já falando e abraçando em prantos seu marido, as pessoas choraram, algumas ficaram impressionadas, mas a comoção e o temor se apoderou de todos os presentes, desviados se converteram, incrédulos creram, e quem estava brigado, ou de alguma forma se enquadrou no que o pastor disse à esposa enquanto estava sobre a mesa como morta foram à frente para se concertarem com Deus, a igreja, mas principalmente com quem diziam amar, porém não estavam praticando ações concretas de amor.”

Foi o que Deus me deu, talvez para alguns seja simples, para outros uma bobagem, mas e se sua esposa ou esposo, filho (a), alguém a quem você diz amar morresse hoje, o que você está deixando de fazer com ela, por ela e para ela? A morte significa separação, então, para alguns a morte já é uma realidade em vida: estão separados dentro de casa, dentro da igreja, dentro das empresas, se conhecessem, vivem juntos, mas não convivem em harmonia e amor. Deus irá cobrar isto de nós, a exemplo da parábola dos talentos, considere assim: “Te dei uma esposa, um (a) filho (a), um trabalho, uma igreja para pastorear, um salário, uma empresa para administrar, você só soube reclamar e enterrar o talento que te dei.”

Na manhã desse dia Deus possa nos fazer considerar a importância dos momentos que nos restam nesse planeta, em companhia de qualidade, com as pessoas que dizemos amar.

Deus nos abençoe.