panfleto - luta educadora- bloco de resistência socialista

2
______ Página 1 ______ Mais uma vez os profissionais da edu- cação demonstram que as condições de trabalho e de ensino nas escolas públicas do estado e município do Rio de Janeiro estão insustentáveis e por isso estamos em greve. O movimento que iniciamos em 2014 tem a responsabilidade de dar consequência ao que foi feito ano pas- sado, quando paramos as atividades por três meses e pautamos na sociedade o descaso dos governos com a educação. Garantimos um acordo, assinado no STF, que previa a implantação de 1/3 de planejamento extraclasse, “uma ma- trícula, uma escola”, redução do nume- ro de alunos por turma, entre outras. O tempo passou e nada foi feito! A greve que iniciamos no último 12 de maio já demonstra o seu potencial ao fazer o Ministro Fux convocar o Sepe e governos para uma audiência com objetivo de parar nossa mobilização. Acertadamente, não participamos de tal reunião, pois entendemos que esse espaço é inócuo e, não resolvendo nos- sos problemas antes, não será agora que resolverá. A decisão do ministro conci- liador de autorizar o “Estado a aplicar as sanções administrativas cabíveis, tais como: código 30 (falta) e desconto sala- rial dos dias paralisados” evidencia que o poder judiciário não será um aliado para termos vitórias concretas. Somente a luta nas escolas e nas ruas consegui- rão conquistar as melhorias que nossas escolas precisam. As ameaças judiciais não serão suficientes para intimidar uma categoria que já se convenceu de que o modelo de Cabral/Pezão e Eduardo Paes só servem para os banqueiros e empre- sários que veem o espaço escolar como mais um ambiente para lucrar. A tarefa fundamental dos educadores do Rio está colocada: fortalecer a greve unificada! Nesses quatro primeiros dias de greve já conseguimos um bom índice de paralização e ganharemos mais ade- são com a organização de mais coman- dos de greve eleitos em assembleias, o que dessa vez fará o movimento seguir o termômetro da mobilização de dentro das escolas. A greve unificada organi- zada por cada profissional da educação é a ferramenta capaz de conquistarmos o Plano de carreira unificado, reajus- te linear de 20% com paridade para os aposentados, fim da terceirização, cum- primento de 1/3 de planejamento extra- classe imediatamente, 30 horas para os funcionários administrativos, eleição di- reta para diretores, uma matrícula uma escola, equiparação salarial entre PEI, SÓ COM LUTAS TEREMOS CONQUISTAS!

Upload: marco-vinicius-moreira-lamarao

Post on 23-Jun-2015

327 views

Category:

Education


0 download

DESCRIPTION

Panfleto do campo de ativistas luta educadora-bloco de resistência socialista acerca da greve da educação de 2014.

TRANSCRIPT

Page 1: Panfleto - LUTA EDUCADORA- Bloco de Resistência Socialista

______ Página 1 ______

Mais uma vez os profissionais da edu-cação demonstram que as condições de trabalho e de ensino nas escolas públicas do estado e município do Rio de Janeiro estão insustentáveis e por isso estamos em greve. O movimento que iniciamos em 2014 tem a responsabilidade de dar consequência ao que foi feito ano pas-sado, quando paramos as atividades por três meses e pautamos na sociedade o descaso dos governos com a educação. Garantimos um acordo, assinado no STF, que previa a implantação de 1/3 de planejamento extraclasse, “uma ma-trícula, uma escola”, redução do nume-ro de alunos por turma, entre outras. O tempo passou e nada foi feito!

A greve que iniciamos no último 12 de maio já demonstra o seu potencial ao fazer o Ministro Fux convocar o Sepe e governos para uma audiência com objetivo de parar nossa mobilização. Acertadamente, não participamos de tal reunião, pois entendemos que esse espaço é inócuo e, não resolvendo nos-sos problemas antes, não será agora que resolverá. A decisão do ministro conci-liador de autorizar o “Estado a aplicar as sanções administrativas cabíveis, tais como: código 30 (falta) e desconto sala-rial dos dias paralisados” evidencia que

o poder judiciário não será um aliado para termos vitórias concretas. Somente a luta nas escolas e nas ruas consegui-rão conquistar as melhorias que nossas escolas precisam. As ameaças judiciais não serão suficientes para intimidar uma categoria que já se convenceu de que o modelo de Cabral/Pezão e Eduardo Paes só servem para os banqueiros e empre-sários que veem o espaço escolar como mais um ambiente para lucrar.

A tarefa fundamental dos educadores do Rio está colocada: fortalecer a greve unificada! Nesses quatro primeiros dias de greve já conseguimos um bom índice de paralização e ganharemos mais ade-são com a organização de mais coman-dos de greve eleitos em assembleias, o que dessa vez fará o movimento seguir o termômetro da mobilização de dentro das escolas. A greve unificada organi-zada por cada profissional da educação é a ferramenta capaz de conquistarmos o Plano de carreira unificado, reajus-te linear de 20% com paridade para os aposentados, fim da terceirização, cum-primento de 1/3 de planejamento extra-classe imediatamente, 30 horas para os funcionários administrativos, eleição di-reta para diretores, uma matrícula uma escola, equiparação salarial entre PEI,

SÓ COM LUTAS TEREMOS CONQUISTAS!

Page 2: Panfleto - LUTA EDUCADORA- Bloco de Resistência Socialista

______ Página 2 ______

PI e PII e reconhecimento do cargo de Cozinheira (o) Escolar.

Nossa luta está em sintonia com enfren-tamentos travados por educadores de outros municípios como Caxias, Niló-polis, Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, e de outros estados como Tocantins, Alagoas, São Paulo e Paraná. Em todos esses lugares o que se quer é o mesmo: derrotar o modelo que privilegia trans-ferências de dinheiro público para o se-tor privado e garantir dignidade a quem educa e aos estudantes. É preciso que te-nhamos a perspectiva de articular a luta nacionalmente.

A defesa da escola pública gratuita e de qualidade que empenhamos é parte das intensas mobilizações que vemos pelo país reivindicando melhores condições de trabalho, moradia e vida. No momen-to em que não tem mais como esconder os gastos públicos bilionários para rea-lização da Copa do Mundo, trabalha-dores de diversas categorias (vigilantes bancários, rodoviários, garis, servido-res da cultura, técnicos administrativos das universidades federais, operários do Comperj e das obras do PAC e mui-tos outros) se levantam em greve para defender seus direitos. Articular todos esses movimentos para uma greve geral é afirmar que os trabalhadores não vão pagar a conta da FIFA.

POR ISSO DEFENDEMOS:

Fortalecer a greve unificada! Garan-tir o funcionamento dos comandos de greve eleitos em assembleia!

Contra a judicialização da greve e cri-minalização dos movimentos sociais:

quem pauta a greve dos educadores são os educadores!

Ato das redes estadual e municipal do Rio dia 15 de maio, dia internacional de mobilização contra as injustiças da Copa!

Articular as greves da educação com as demais categorias em luta!

Acesse nossas Redes Sociais:

lutaeducadora.blogspot.comfacebook.com/LeLutaEducadora