palmeiras x são paulo
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Edição 14 Campeonato Brasileiro 2010 19/09/2010TRANSCRIPT
vs. São PauloPacaembu19 de setembro de 2010 - 16h
Edição 14 - Setembro de 2010
O versátil rivaldOJogador tem facilidade para atuar em várias posições
Bi BrasileirOLembrança da conquista do campeonato de 1973
editorial
Ecco, estamos novamente juntos ao nosso querido PALESTRA em mais uma edição da revis-ta MATCH DAY PALMEIRAS, com as informações sobre nostra equipe e também da partida desta 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Neste retorno ao estádio do Pacaembu, en-caramos o clássico contra o São Paulo, em um duelo que promete ser eletrizante. Nós precisa-mos da vitória para tentar embalar na compe-tição e ficar mais próximo da parte de cima da tabela, afinal já são três jogos que não vencemos como mandantes. Não podemos vacilar desse jeito diante de nostra fanática torcida.
Na história do confronto diante dos bambi-nos do Morumbi, perdemos mais jogos do que ganhamos, mas, nas apresentações válidas pelo Nacional, temos um amplo domínio, com o do-bro no número de vitórias.
Damos destaque nesta edição ao versátil Rivaldo, que chegou ao clube há menos de dois meses. O jogador se destacou no início do cam-peonato pelo Avaí, chamou a atenção do Felipão e tem atuado como volante, ala pela esquerda e até como meia de ligação.
Rivaldo assumiu a camisa 11, mesmo núme-ro do famoso jogador de mesmo nome, ídolo no VERDÃO na década de 1990. O volante afirma não sentir o peso dessa responsabilidade, e es-pera repetir a história do seu xará.
Na matéria que resgata o nosso passado glorioso, lembramos o segundo título brasileiro, conquistado em 1973. Foi o primeiro bicampeo-nato de nossa história, já que havíamos levanta-do a taça no ano anterior. Tínhamos um esqua-drão, conhecido como a Segunda Academia de Futebol, que contava com nomes do quilate de Leão, Luis Pereira e Ademir da Guia, entre outros.
E teve o sabor ainda mais especial porque fo-mos campeões no clássico diante do nosso rival São Paulo. Como tínhamos vencido os dois primei-ros jogos do quadrangular final, entramos na últi-ma partida precisando de um empate e seguramos o 0 a 0 que bastava para soltar o grito de felicidade.
Tenha uma boa leitura. Avanti, Palestra!
Giuseppe GalianiEDITOR CORNETEIRO FANáTICO
EXPEDIENTEO MATCH DAY, Programa Oficial, é uma
publicação da G8 SPORTS autorizada pela Sociedade Esportiva PALMEIRAS.
MATCH DAYP R O G R A M A O F I C I A L
Conselho Editorial: Diego RagonhaFabio AramakiPaulo Sanches
Textos: Alexandre de Aquino
MTB 53110Gustavo Criscuolo
MTB 54530Soraia Marão
Fotografias:José Teofilo Pereira
LogísticaAnderson Marques
Edição de Arte:Artur Guimarães
Duane Rios
Contato Comercial:[email protected]
Impressão: Gráfica Daleffi
Tiragem:10.000 exemplares
www.revistasmatchday.com.br
Quando a família palmeirense está em festa, a experiência no estádio se torna memorável. O jogador se inflama, o time todo se empolga e a chance de vitória é maior. Faça sua parte:
Compre seu ingresso de forma antecipada nos postos de venda ou pela internet;
Leve troco, caso vá adquirir a entrada na bilheteria do estádio;
Respeite a fila e mantenha a ordem;
Cante apenas em prol do time ou de seu ídolo. Evite provocações;
Esqueça os rojões e sinalizadores. Eles podem provocar acidentes;
Sente no lugar marcado previsto no ingresso;
Se consumir alimentos, busque uma lixeira para dispensar papéis e plásticos;
Quando usar o banheiro, colabore para a higiene do local.
Nada vai mudar o Nosso amor
Nada vai mudar esta paixão
palmeiras miNha vida é você
tu és quem mora No meu coração
por isso eu sou feliz,
por isso eu caNto forte
te amo meu verdão
torcida
Canta e vibra
p a l m e i r a s 5
Respeite a fila e mantenha a ordem;
6 p a l m e i r a s
história
A terceira edição do Campeonato Brasileiro foi longa e teve ao todo 40 participantes. O PALMEI-RAS, que havia derrubado os concorrentes e levan-tado a taça em 1972, comprovou o seu favoritismo e tornou-se o primeiro bicampeão. Um fato curioso da disputa é que o torneio foi encerrado no dia 20 de fevereiro de 1974.
Na primeira fase, os concorrentes foram dividi-dos em dois grupos de 20 equipes. Passaram para a disputa seguinte os 20 mais bem classificados, que foram separados em duas chaves de dez. Os dois melhores de cada grupo realizaram o quadrangular final. Seguiram em frente, VERDÃO, Internacional, São Paulo e Cruzeiro.
No primeiro jogo da fase decisiva, o PALMEIRAS, fora de casa, fez 1 a 0 no Cruzeiro, gol de Edu Bala. A segunda partida foi diante do Internacional, no Mo-rumbi, e vencemos, de virada, por 2 a 1, com os tentos de Ronaldo e Luis Pereira.
No confronto decisivo, diante do São Paulo, entra-mos precisando de um empate para garantir o bicam-peonato. O elenco era praticamente o mesmo do ano anterior, quando o mestre Oswaldo Brandão montou a famosa segunda Academia de Futebol, com desta-que para Leão, Luis Pereira, Leivinha e, principalmen-te, Ademir da Guia, o Divino.
Nosso adversário também tinha um grande time, com estrelas como Valdir Peres, Chicão, Pedro Rocha e Mirandinha, comandados pelo argentino José Poy. Fo-mos pressionados durante quase toda a partida, com inúmeras chances claras de gol.
Mas do outro lado estava a melhor equipe do Brasil, com uma defesa sólida, considerada até hoje a melhor de todos os tempos no Brasileirão. E o grande destaque daquela tarde foi o goleiro Leão. O camisa 1 fez importantíssimas defesas e impediu que a equipe fosse vazada. Com o 0 a 0, o VERDÃO soltou o grito de bicampeão.
O primeiro bicampeão brasileiroCampeã em 1972, a segunda Academia de Futebol repete a dose e leva em 1973
Nome oficial:Estádio Municipal Paulo
Machado de Carvalho
Capacidade atual:40.199 pessoas
Inauguração:27 de abril de 1940
pacaembu
Curiosidades:1° Jogo:28 de abril de 1940PALEsTRA 6 x 2 CoritibaCorinthians 4 X 2 Atlético-MG
Obs.: Um dia após a finalização das obras do estádio, o mesmo foi inaugurado com uma rodada dupla.
Mapa do estádio
Primeira decisão no estádio:Palestra Itália 2 x 1 CorinthiansData: 5 de maio de 1940
p a l m e i r a s 7
O novo Rivaldodo VERDÃO
Volante chega ao clube e assume a camisa 11, mesmo número do ídolo do passado
Rivaldo Barbosa dos Santos foi contratado pelo PALMEIRAS no começo de agosto, a pedido do técni-co Luiz Felipe Scolari, que ficou impressionado com a atuação do jogador em sua reestreia no comando alviverde na partida contra o Avaí.
O volante, que começou a carreira como meia no Santos, participou como coadjuvante das conquistas do Brasileirão de 2004 e do Paulista de 2006, pelo Pei-xe. Depois disso, Rivaldo peregrinou atrás da bola e passou por Guarani, Marília, Bahia, até que se transfe-riu para o Vaduz, de Liechtenstein, em 2009.
Permaneceu durante um ano na Europa. No início desta temporada, o atleta voltou para disputar o Pau-listão pelo Oeste de Itápolis. Atuou bem e chamou a atenção dos dirigentes do clube de Florianópolis, que o contrataram para o elenco do Nacional. Fez apenas oito jogos pelo time catarinense, não marcou gols, mas o bom futebol o trouxe ao VERDÃO.
Rivaldo fez a sua estreia na partida de ida da Copa Sul-Americana, contra o Vitória, em Salvador. Saiu der-rotado, mas a classificação veio na partida de volta,
com uma emocionante vitória por 3 a 0 no Pacaem-bu. Desde então não saiu mais da equipe, seja atuan-do como volante, como um ala pela esquerda ou um meia de ligação.
Logo em sua apresentação, Rivaldo deixou claro que sua intenção é jogar, não importa em qual posição. “Estou muito feliz em vestir a camisa do PALMEIRAS. Espero contribuir, trabalhar para ser campeão e ajudar o clube. Sou um volante que gosta de sair para o jogo, mas posso também atuar como ala pela esquerda, sem nenhum pro-blema”, disse.
O volante tem o mesmo nome do meia que fez sucesso pelo VERDÃO e conquistou títulos na década de 1990. Ambos nasceram em Pernambuco e, coinci-dentemente, foram donos da mesma camisa 11.
“É um motivo de muito orgulho receber a mesma camisa do Rivaldo. Espero conseguir repetir a história dele, que foi um grande ídolo aqui no PALMEIRAS. E não acredito que este fato deixará a camisa mais pesa-da”, finalizou com segurança o versátil alviverde.
personagem
8 p a l m e i r a s8 p a l m e i r a s
p a l m e i r a s 9p a l m e i r a s 9
www.fanat i cospe loverdao. com.br
Equipe campeã paulista de 1942
Especial - Histórias de campeão!
A
Time entra em campo com a Bandeira do BrasilCamisa que passou a ser utilizada a partir de 20/09/1942
COMO O PALESTRA SE TORNOU PALMEIRAS
II Guerra Mundial tem uma importância
fundamental na história do nosso clube.
Teoricamente, o Palestra Itália – apenas um
time de futebol brasileiro - nada tinha a ver
com ela, mas um ato de Getúlio Vargas, então presidente do
Brasil, em decreto-lei assinado em junho de 1942, obrigava todas
as instituições esportivas que tivessem nomes estrangeiros a
mudar suas denominações, por quê? Ninguém sabia explicar.Paralelamente às pressões governamentais e populares, eram
fortes também os interesses alheios nesta mudança. O São Paulo
FC tinha objetivos de grandeza e, para se tornar a potência que
sonhava, precisaria de um estádio de futebol. Desta forma, nada
mais interessante aos sãopaulinos que unir o útil ao agradável: se
não mudasse de nome, o Palestra – como determinava a lei -
perderia o Parque Antártica que, em leilão, poderia acabar nas
mãos do nosso rival.
Talvez tenha sido este o principal motivo que levou o então
presidente palestrino, Ítalo Adami, a aceitar a mudança no
nome. Já que a Nação parecia ultrajada com a palavra “Itália”,
que fosse ela, então, suprimida da denominação do alviverde. A
partir de então, o Palestra Itália passaria a se chamar “Palestra
de São Paulo”.
Tudo resolvido? Que nada. Ainda de
olho no Parque Antártica,
d i r i g e n t e s s ã o p a u l i n o s
lideraram uma campanha
popular exigindo alterações
ainda mais extensas. Tinham
os tricolores a certeza de
que nossa diretoria não
aceitaria mais este absurdo,
e que diante disso os
governantes do País
poderiam tomar nosso patrimônio e em seguida todo ele passar
às mãos são-paulinas.
Vale lembrar que toda a tese de “ultraje à Nação” se devia a dois
fatores: o primeiro à palavra “Palestra”, e o segundo à cor
vermelha, presente em nossas camisas ainda que de forma
bastante reduzida. Pura ignorância: “Palestra”, na verdade, é
uma palavra que nada tem de italiano, pois é um substantivo de
origem grega que significa “local onde se realizam reuniões”.
Mesmo assim, o Parque Antártica se sentiu ameaçado de
invasão e depredação e, por isso, aos poucos os homens que
comandavam nosso clube perceberem que não haveria outra
saída a não ser mais uma mudança, desta vez radical. E assim se
fez. Reunidos em 18 de setembro de 1942, nossos dirigentes
resolveram tomar duas decisões: a partir de então, também a
palavra “Palestra” deixaria de existir em nosso nome, e o
vermelho seria suprimido de nossa camisa. E se decidiu que
nosso novo nome seria “Palmeiras”, numa homenagem a uma
extinta equipe, a Associação Atlética das Palmeiras.
A decisão da diretoria palestrina, então já palmeirense,
derrubou os escusos interesses do São Paulo que, inconforma-
do com a chance que perdera, deu início a um terrorismo contra
aqueles que chamavam de “italianos disfarçados de brasileiros”.
E, para piorar, o destino resolveu aprontar: justamente quando
pela primeira vez atuaríamos com nossos novos nome e
uniforme, o adversário seria o Tricolor. E mais: o vencedor
daquele clássico daria um gigantesco passo rumo ao título
paulista de 1942.
Diante deste quadro, os dirigentes são-paulinos criaram um
clima de guerra para a partida. Por meio das rádios e dos jornais,
insuflaram seus torcedores a recepcionarem da pior maneira
possível os “traidores disfarçados”, como nos classificavam.
Mas o Palmeiras preparava uma jogada de mestre.
Adalberto Mendes foi um sergipano, capitão do
Exército, muito ligado ao clube e autor intelectual de
brilhante estratégia para acabar com o clima de
hostilidade criado pelo São Paulo às vésperas da
partida: se a torcida são-paulina se preparava para
tratar os palmeirenses como se fossem italianos,
então provaríamos que nossos corações eram
brasileiros. Assim, ele orientou os jogadores a
entrarem no Pacaembu naquele 20 de setembro de
1942 carregando uma enorme bandeira do Brasil.
Assim se fez. Guiados pelo militar, os craques do
Verdão calaram o estádio por alguns instantes.Embora surpresos, rapidamente os torcedores
entenderam que, à sua frente, estava uma equipe de
origem italiana, sim, porém carregando o Brasil no
coração. E as vaias tão esperadas se transformaram
numa calorosa e extensa salva de palmas.
Bola rolando, o Palmeiras começa melhor e, aos 19
minutos, Cláudio Pinho abre o placar. Nossa alegria,
no entanto, durou apenas três minutos, pois
Waldemar de Brito empatou. O clássico seguiu
equilibrado até os 43 minutos, quando o médio-
esquerdo Del Nero fez o segundo gol palmeirense.
Na etapa final, Verdão e Tricolor continuaram
disputando um emocionante clássico, que teve mais
um gol palmeirense aos 14 minutos, marcado por
Echevarrieta. Os 3 a 1 no placar desestabilizaram o
SãoPaulo, que via o Verdão pular dois pontos à
frente na tabela e garantir matematicamente o título.
Talvez por isso, aos 19 minutos o zagueiro Virgílio
derrubou Og Moreira dentro da área, o que fez
Jaime Janeiro marcar pênalti. Inconformado,
Virgílio partiu pra cima do árbitro e, claro, foi
expulso.
Com um homem a menos e provavelmente tendo dereverter uma goleada
de 4 a 1, o São Paulo decidiu protestar de uma forma vergonhosa:
simplesmente abandonou o campo. Mas o mais gostoso foi a conclusão a
que se chegou logo após o fim da partida: o Palestra Itália morrera líder, e
o Palmeiras já nascia campeão. O feito ficou conhecido como “Arrancada
Heróica”, hoje batiza uma passarela que fica na Avenida Antártica, ao lado
do nosso estádio, e a data de 20 de setembro é oficialmente reconhecida
pela Prefeitura de são Paulo como o “Dia da S. E. Palmeiras”.
20 de Setembro de 1942
há 68 anos
Camisa comemorativa, modelo utilizado nas décadas de 40 e 50
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Equipe campeã paulista de 1942
Especial - Histórias de campeão!
A
Time entra em campo com a Bandeira do BrasilCamisa que passou a ser utilizada a partir de 20/09/1942
COMO O PALESTRA SE TORNOU PALMEIRAS
II Guerra Mundial tem uma importância
fundamental na história do nosso clube.
Teoricamente, o Palestra Itália – apenas um
time de futebol brasileiro - nada tinha a ver
com ela, mas um ato de Getúlio Vargas, então presidente do
Brasil, em decreto-lei assinado em junho de 1942, obrigava todas
as instituições esportivas que tivessem nomes estrangeiros a
mudar suas denominações, por quê? Ninguém sabia explicar.Paralelamente às pressões governamentais e populares, eram
fortes também os interesses alheios nesta mudança. O São Paulo
FC tinha objetivos de grandeza e, para se tornar a potência que
sonhava, precisaria de um estádio de futebol. Desta forma, nada
mais interessante aos sãopaulinos que unir o útil ao agradável: se
não mudasse de nome, o Palestra – como determinava a lei -
perderia o Parque Antártica que, em leilão, poderia acabar nas
mãos do nosso rival.
Talvez tenha sido este o principal motivo que levou o então
presidente palestrino, Ítalo Adami, a aceitar a mudança no
nome. Já que a Nação parecia ultrajada com a palavra “Itália”,
que fosse ela, então, suprimida da denominação do alviverde. A
partir de então, o Palestra Itália passaria a se chamar “Palestra
de São Paulo”.
Tudo resolvido? Que nada. Ainda de
olho no Parque Antártica,
d i r i g e n t e s s ã o p a u l i n o s
lideraram uma campanha
popular exigindo alterações
ainda mais extensas. Tinham
os tricolores a certeza de
que nossa diretoria não
aceitaria mais este absurdo,
e que diante disso os
governantes do País
poderiam tomar nosso patrimônio e em seguida todo ele passar
às mãos são-paulinas.
Vale lembrar que toda a tese de “ultraje à Nação” se devia a dois
fatores: o primeiro à palavra “Palestra”, e o segundo à cor
vermelha, presente em nossas camisas ainda que de forma
bastante reduzida. Pura ignorância: “Palestra”, na verdade, é
uma palavra que nada tem de italiano, pois é um substantivo de
origem grega que significa “local onde se realizam reuniões”.
Mesmo assim, o Parque Antártica se sentiu ameaçado de
invasão e depredação e, por isso, aos poucos os homens que
comandavam nosso clube perceberem que não haveria outra
saída a não ser mais uma mudança, desta vez radical. E assim se
fez. Reunidos em 18 de setembro de 1942, nossos dirigentes
resolveram tomar duas decisões: a partir de então, também a
palavra “Palestra” deixaria de existir em nosso nome, e o
vermelho seria suprimido de nossa camisa. E se decidiu que
nosso novo nome seria “Palmeiras”, numa homenagem a uma
extinta equipe, a Associação Atlética das Palmeiras.
A decisão da diretoria palestrina, então já palmeirense,
derrubou os escusos interesses do São Paulo que, inconforma-
do com a chance que perdera, deu início a um terrorismo contra
aqueles que chamavam de “italianos disfarçados de brasileiros”.
E, para piorar, o destino resolveu aprontar: justamente quando
pela primeira vez atuaríamos com nossos novos nome e
uniforme, o adversário seria o Tricolor. E mais: o vencedor
daquele clássico daria um gigantesco passo rumo ao título
paulista de 1942.
Diante deste quadro, os dirigentes são-paulinos criaram um
clima de guerra para a partida. Por meio das rádios e dos jornais,
insuflaram seus torcedores a recepcionarem da pior maneira
possível os “traidores disfarçados”, como nos classificavam.
Mas o Palmeiras preparava uma jogada de mestre.
Adalberto Mendes foi um sergipano, capitão do
Exército, muito ligado ao clube e autor intelectual de
brilhante estratégia para acabar com o clima de
hostilidade criado pelo São Paulo às vésperas da
partida: se a torcida são-paulina se preparava para
tratar os palmeirenses como se fossem italianos,
então provaríamos que nossos corações eram
brasileiros. Assim, ele orientou os jogadores a
entrarem no Pacaembu naquele 20 de setembro de
1942 carregando uma enorme bandeira do Brasil.
Assim se fez. Guiados pelo militar, os craques do
Verdão calaram o estádio por alguns instantes.Embora surpresos, rapidamente os torcedores
entenderam que, à sua frente, estava uma equipe de
origem italiana, sim, porém carregando o Brasil no
coração. E as vaias tão esperadas se transformaram
numa calorosa e extensa salva de palmas.
Bola rolando, o Palmeiras começa melhor e, aos 19
minutos, Cláudio Pinho abre o placar. Nossa alegria,
no entanto, durou apenas três minutos, pois
Waldemar de Brito empatou. O clássico seguiu
equilibrado até os 43 minutos, quando o médio-
esquerdo Del Nero fez o segundo gol palmeirense.
Na etapa final, Verdão e Tricolor continuaram
disputando um emocionante clássico, que teve mais
um gol palmeirense aos 14 minutos, marcado por
Echevarrieta. Os 3 a 1 no placar desestabilizaram o
SãoPaulo, que via o Verdão pular dois pontos à
frente na tabela e garantir matematicamente o título.
Talvez por isso, aos 19 minutos o zagueiro Virgílio
derrubou Og Moreira dentro da área, o que fez
Jaime Janeiro marcar pênalti. Inconformado,
Virgílio partiu pra cima do árbitro e, claro, foi
expulso.
Com um homem a menos e provavelmente tendo dereverter uma goleada
de 4 a 1, o São Paulo decidiu protestar de uma forma vergonhosa:
simplesmente abandonou o campo. Mas o mais gostoso foi a conclusão a
que se chegou logo após o fim da partida: o Palestra Itália morrera líder, e
o Palmeiras já nascia campeão. O feito ficou conhecido como “Arrancada
Heróica”, hoje batiza uma passarela que fica na Avenida Antártica, ao lado
do nosso estádio, e a data de 20 de setembro é oficialmente reconhecida
pela Prefeitura de são Paulo como o “Dia da S. E. Palmeiras”.
20 de Setembro de 1942
há 68 anos
Camisa comemorativa, modelo utilizado nas décadas de 40 e 50
sociedade Esportiva Palmeiras Técnico Luiz Felipe Scolari
Goleiros
BrunoCarlosDeolaFabioMarcosRaphael Alemão
Zagueiros
DaniloFabrícioLeandro AmaroMaurício Ramos
Atacantes
Bruno OliveiraEwerthonKleberLennyLuanMaxPatrikTadeuVinícius
Laterais
Gabriel SilvaVítor
Volantes
EdinhoMárcio AraújoMarcos AssunçãoPierreRivaldoTinga
Meias
LincolnValdivia
elenco
Quando surge o alviverde imponente
No gramado em que a luta o aguarda
Sabe bem o que vem pela frente
Que a dureza do prélio não tarda
E o Palmeiras no ardor da partida
Transformando a lealdade em padrão
Sabe sempre levar de vencida
E mostrar que de fato é campeão
Defesa que ninguém passa
Linha atacante de raça
Torcida que canta e vibra
Por nosso alviverde inteiro
Que sabe ser brasileiro
Ostentando a sua fibra.
Hino Oficial do Palmeiras Composição: Gennaro Rodrigues
12 p a l m e i r a s
47 jogos16 vitórias23 empates
8 derrotas60 gols pró 49 gols contra
280 jogosPalmeiras x são Paulo
91 vitórias 90 empates 99derrotas 365 gols pró 377 gols contra
Pelo Brasileirão:
Dados gerais no confronto
são Paulo Futebol Clube Técnico Sérgio Baresi
Goleiros
BoscoDenisRogério Ceni
Zagueiros
Alex SilvaMirandaRenato SilvaSamuelXandão
Laterais
Diogo
MarlosSérgio Mota
Atacantes
DagobertoFernandãoFernandinhoLucas GaúchoRicardo Oliveira
IlsinhoJunior CesarThiago Carleto
Volantes
CasemiroCleber SantanaJeanRicharlysonRodrigo SoutoWellingtonZé Vitor
Meias
Carlinhos ParaibaJorge WagnerMarcelinho
elenco
14 p a l m e i r a s
Grêmio Prudentex
Palmeiras22 de setembro - Eduardo José Farah - 19h30
Campeonato Brasileiro
3 jogos1 vitória2 empates
0 derrotas4 gols pró3 gols contra
7 jogosPalmeiras xGrêmio Prudente
3 vitórias 4 empates o derrotas 13 gols pró 6 gols contra
No Brasileirão
Dados gerais no confronto
campeonato brasileiro
p a l m e i r a s 15
Primeiro Turno
1 9 0 9
campeonato brasileiro
Brinco de Ouro
1/9 - quarta-feira, 22h
A.C.G.
Ipatingão
Será consagrado campeão o time que somar mais
pontos ao final do campe-onato. Os quatro primeiros colocados garantem vaga
na Libertadores e os quatro últimos jogam a sére B
em 2011.
16 p a l m e i r a s
26/5 - quarta-feira - 12hSão Paulo x Palmeiras
Segundo Turno
1 9 0 9
A.C.G.
8/9 - quarta-feira - 22hVitória x Palmeiras
22/9 - quarta-feira - 19h30Prudente x Palmeiras
7/10 - quinta-feira - 21hPalmeiras x Avaí
31/10 - domingo - a definirPalmeiras x Goiás
21/11 - domingo - a definirPalmeiras x Atlético (MG)
12/9 - domingo - 16hPalmeiras x Vasco
25/9 - sábado - 18h30Flamengo x Palmeiras
10/10 - domingo - 16hBotafogo x Palmeiras
3/11 - quarta-feira - a definirAtlético (PR) x Palmeiras
28/11 - domingo - a definirPalmeiras x Fluminense
15/9 - quarta-feira - 22hGrêmio x Palmeiras
29/9 - quarta-feira - 19h30Palmeiras x Internacional
17/10 - domingo - a definirPalmeiras x Ceará
7/11 - domingo - a definirPalmeiras x Guarani
5/12 - domingo - a definirCruzeiro x Palmeiras
19/9 - domingo - 16hPalmeiras x São Paulo
2/10 - sábado - 16hSantos x Palmeiras
24/10 - domingo - a definirCorinthians x Palmeiras
14/11 - domingo - a definirAtlético (GO) x Palmeiras
Barradão
Eduardo José Farah
Pacaembu
Pacaembu
Pacaembu
Olímpico
Arena Barueri
Arena Barueri
Pacaembu
Arena do Jacaré
Pacaembu
João Havelange
João Havelange
Arena da Baixada
Pacaembu
Pacaembu
Vila Belmiro
Pacaembu
Serra Dourada
Os jogos a partir da 30ª rodada do Campeonato
Brasileiro ainda não tiveram horários definidos.
As datas destas partidas ainda podem ser alteradas
pela CBF.
20ª rOdada
24ª rOdada
28ª rOdada
32ª rOdada
36ª rOdada
29ª rOdada
21ª rOdada
33ª rOdada
25ª rOdada
37ª rOdada
30ª rOdada
22ª rOdada
34ª rOdada
26ª rOdada
38ª rOdada
31ª rOdada
23ª rOdada
35ª rOdada
27ª rOdada
p a l m e i r a s 17
especial
Luiza Eluf aprova novo
formato do Estatuto TorcedorNo dia 27 de julho, o Brasil aprovou um novo formato para
o Estatuto do Torcedor. A medida foi uma tentativa de melho-rar a situação do país do futebol em vários aspectos. Respeito ao consumidor, um freio às brigas das torcidas e medidas mais drásticas aos que pretendem fraudar resultados são alguns dos pontos incluídos na nova Lei.
Empenhada em ver o aperfeiçoamento da organização do nosso país no próximo Mundial, a procuradora de Justiça do Ministério Público de São Paulo Luiza Eluf apoia as medidas tomadas e acredita que agora as coisas tendem a funcionar
melhor. “O primeiro passo foi dado. Resta-nos cuidar para que essas novas leis sejam bem fiscalizadas e aplicadas de
maneira rigorosa e correta”, afirmou Luiza. “Acredito ser esse o caminho para que as mulheres possam frequentar mais os estádios”, reforça.
A candidata do Partido Verde para a vaga de Depu-tada Federal, com o número 4369, sempre defendeu as causas femininas. Afinal, ela mesma teve que encarar diversos obstáculos durante a sua trajetória profissio-nal. Logo que ingressou no cargo, a procuradora se
deparou com um problema dos grandes ao cons-tatar que não existiam banheiros femininos para promotoras no fórum criminal de São Paulo. Por incrível que pareça, problema semelhante existe ainda hoje nos estádios, devido aos banheiros inadequados para as mulheres.
A procuradora já vê uma evolução muito grande em relação às mulheres no futebol, mas acredita que ainda precisa haver mais incentivo para elas no esporte. “Mesmo sendo um universo machista, acredito que, com a chegada da Copa do Mundo em 2014 e com o novo formato do Estatuto do Torcedor, cada vez mais as mulheres podem se interessar pelo futebol”, encerra.
Procuradora de Justiça acredita
que se aplicadas as leis de forma
rigorosa, cada vez mais mulheres
irão frequentar os estádios
O futebol é o grande entretenimento do brasi-leiro. O Estatuto do Torcedor prevê as responsabili-dades de dirigentes quanto à segurança e conforto nos estádios. Confira os principais artigos. Saiba que o clube coloca a disposição o serviço de Ou-vidoria. Além disso, foi recém criado o Juizado do Torcedor, no Fórum da Barra Funda, mais um órgão disponível para suas reclamações.
Art. 29. É direito do torcedor partícipe que os
estádios possuam sanitários em número compatível
com sua capacidade de público, em plenas condições
de limpeza e funcionamento.
Parágrafo único. Os laudos de que trata o art. 23
deverão aferir o número de sanitários em condições
de uso e emitir parecer sobre a sua compatibilidade
com a capacidade de público do estádio.
estatUtO tOrCedOr
Se você pudesse estar no gramado, qual função escolheria? Certamente não seria a de juiz ou bandeirinha. Além de suas profissões formais, as pessoas nesses “cargos” se dedicam a legitimar o resultado da partida, em-bora, às vezes, errem. Se você vai reclamar, faça isso dentro dos limites da desportividade, e com conhecimento da regra do jogo.
Trégua, juizão
Qualquer jogador que está em
campo pode trocar de posição com
o goleiro.
Verdade. Realmente qualquer
jogador pode trocar de posição com
o goleiro, desde que o árbitro seja
previamente avisado, e que a troca
ocorra em uma paralisação do jogo.
Realidade MitoEm uma substituição, o jogador deve sair pelo meio de campo, durante uma paralisação da partida, cruzando com o
seu substituto.
Incorreto. O jogador que esta saindo da partida pode deixar o campo por qualquer lugar, apenas o substituto que deve entrar pelo meio do campo.
Chega de violência
p a l m e i r a s 19