palmeiras x são paulo

20
vs. São Paulo Pacaembu 19 de setembro de 2010 - 16h Edição 14 - Setembro de 2010 O VERSÁTIL RIVALDO Jogador tem facilidade para atuar em várias posições BI BRASILEIRO Lembrança da conquista do campeonato de 1973

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Edição 14 Campeonato Brasileiro 2010 19/09/2010

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Page 1: Palmeiras x São Paulo

vs. São PauloPacaembu19 de setembro de 2010 - 16h

Edição 14 - Setembro de 2010

O versátil rivaldOJogador tem facilidade para atuar em várias posições

Bi BrasileirOLembrança da conquista do campeonato de 1973

Page 2: Palmeiras x São Paulo
Page 3: Palmeiras x São Paulo
Page 4: Palmeiras x São Paulo

editorial

Ecco, estamos novamente juntos ao nosso querido PALESTRA em mais uma edição da revis-ta MATCH DAY PALMEIRAS, com as informações sobre nostra equipe e também da partida desta 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Neste retorno ao estádio do Pacaembu, en-caramos o clássico contra o São Paulo, em um duelo que promete ser eletrizante. Nós precisa-mos da vitória para tentar embalar na compe-tição e ficar mais próximo da parte de cima da tabela, afinal já são três jogos que não vencemos como mandantes. Não podemos vacilar desse jeito diante de nostra fanática torcida.

Na história do confronto diante dos bambi-nos do Morumbi, perdemos mais jogos do que ganhamos, mas, nas apresentações válidas pelo Nacional, temos um amplo domínio, com o do-bro no número de vitórias.

Damos destaque nesta edição ao versátil Rivaldo, que chegou ao clube há menos de dois meses. O jogador se destacou no início do cam-peonato pelo Avaí, chamou a atenção do Felipão e tem atuado como volante, ala pela esquerda e até como meia de ligação.

Rivaldo assumiu a camisa 11, mesmo núme-ro do famoso jogador de mesmo nome, ídolo no VERDÃO na década de 1990. O volante afirma não sentir o peso dessa responsabilidade, e es-pera repetir a história do seu xará.

Na matéria que resgata o nosso passado glorioso, lembramos o segundo título brasileiro, conquistado em 1973. Foi o primeiro bicampeo-nato de nossa história, já que havíamos levanta-do a taça no ano anterior. Tínhamos um esqua-drão, conhecido como a Segunda Academia de Futebol, que contava com nomes do quilate de Leão, Luis Pereira e Ademir da Guia, entre outros.

E teve o sabor ainda mais especial porque fo-mos campeões no clássico diante do nosso rival São Paulo. Como tínhamos vencido os dois primei-ros jogos do quadrangular final, entramos na últi-ma partida precisando de um empate e seguramos o 0 a 0 que bastava para soltar o grito de felicidade.

Tenha uma boa leitura. Avanti, Palestra!

Giuseppe GalianiEDITOR CORNETEIRO FANáTICO

EXPEDIENTEO MATCH DAY, Programa Oficial, é uma

publicação da G8 SPORTS autorizada pela Sociedade Esportiva PALMEIRAS.

MATCH DAYP R O G R A M A O F I C I A L

Conselho Editorial: Diego RagonhaFabio AramakiPaulo Sanches

Textos: Alexandre de Aquino

MTB 53110Gustavo Criscuolo

MTB 54530Soraia Marão

Fotografias:José Teofilo Pereira

LogísticaAnderson Marques

Edição de Arte:Artur Guimarães

Duane Rios

Contato Comercial:[email protected]

Impressão: Gráfica Daleffi

Tiragem:10.000 exemplares

www.revistasmatchday.com.br

Page 5: Palmeiras x São Paulo

Quando a família palmeirense está em festa, a experiência no estádio se torna memorável. O jogador se inflama, o time todo se empolga e a chance de vitória é maior. Faça sua parte:

Compre seu ingresso de forma antecipada nos postos de venda ou pela internet;

Leve troco, caso vá adquirir a entrada na bilheteria do estádio;

Respeite a fila e mantenha a ordem;

Cante apenas em prol do time ou de seu ídolo. Evite provocações;

Esqueça os rojões e sinalizadores. Eles podem provocar acidentes;

Sente no lugar marcado previsto no ingresso;

Se consumir alimentos, busque uma lixeira para dispensar papéis e plásticos;

Quando usar o banheiro, colabore para a higiene do local.

Nada vai mudar o Nosso amor

Nada vai mudar esta paixão

palmeiras miNha vida é você

tu és quem mora No meu coração

por isso eu sou feliz,

por isso eu caNto forte

te amo meu verdão

torcida

Canta e vibra

p a l m e i r a s 5

Respeite a fila e mantenha a ordem;

Page 6: Palmeiras x São Paulo

6 p a l m e i r a s

história

A terceira edição do Campeonato Brasileiro foi longa e teve ao todo 40 participantes. O PALMEI-RAS, que havia derrubado os concorrentes e levan-tado a taça em 1972, comprovou o seu favoritismo e tornou-se o primeiro bicampeão. Um fato curioso da disputa é que o torneio foi encerrado no dia 20 de fevereiro de 1974.

Na primeira fase, os concorrentes foram dividi-dos em dois grupos de 20 equipes. Passaram para a disputa seguinte os 20 mais bem classificados, que foram separados em duas chaves de dez. Os dois melhores de cada grupo realizaram o quadrangular final. Seguiram em frente, VERDÃO, Internacional, São Paulo e Cruzeiro.

No primeiro jogo da fase decisiva, o PALMEIRAS, fora de casa, fez 1 a 0 no Cruzeiro, gol de Edu Bala. A segunda partida foi diante do Internacional, no Mo-rumbi, e vencemos, de virada, por 2 a 1, com os tentos de Ronaldo e Luis Pereira.

No confronto decisivo, diante do São Paulo, entra-mos precisando de um empate para garantir o bicam-peonato. O elenco era praticamente o mesmo do ano anterior, quando o mestre Oswaldo Brandão montou a famosa segunda Academia de Futebol, com desta-que para Leão, Luis Pereira, Leivinha e, principalmen-te, Ademir da Guia, o Divino.

Nosso adversário também tinha um grande time, com estrelas como Valdir Peres, Chicão, Pedro Rocha e Mirandinha, comandados pelo argentino José Poy. Fo-mos pressionados durante quase toda a partida, com inúmeras chances claras de gol.

Mas do outro lado estava a melhor equipe do Brasil, com uma defesa sólida, considerada até hoje a melhor de todos os tempos no Brasileirão. E o grande destaque daquela tarde foi o goleiro Leão. O camisa 1 fez importantíssimas defesas e impediu que a equipe fosse vazada. Com o 0 a 0, o VERDÃO soltou o grito de bicampeão.

O primeiro bicampeão brasileiroCampeã em 1972, a segunda Academia de Futebol repete a dose e leva em 1973

Page 7: Palmeiras x São Paulo

Nome oficial:Estádio Municipal Paulo

Machado de Carvalho

Capacidade atual:40.199 pessoas

Inauguração:27 de abril de 1940

pacaembu

Curiosidades:1° Jogo:28 de abril de 1940PALEsTRA 6 x 2 CoritibaCorinthians 4 X 2 Atlético-MG

Obs.: Um dia após a finalização das obras do estádio, o mesmo foi inaugurado com uma rodada dupla.

Mapa do estádio

Primeira decisão no estádio:Palestra Itália 2 x 1 CorinthiansData: 5 de maio de 1940

p a l m e i r a s 7

Page 8: Palmeiras x São Paulo

O novo Rivaldodo VERDÃO

Volante chega ao clube e assume a camisa 11, mesmo número do ídolo do passado

Rivaldo Barbosa dos Santos foi contratado pelo PALMEIRAS no começo de agosto, a pedido do técni-co Luiz Felipe Scolari, que ficou impressionado com a atuação do jogador em sua reestreia no comando alviverde na partida contra o Avaí.

O volante, que começou a carreira como meia no Santos, participou como coadjuvante das conquistas do Brasileirão de 2004 e do Paulista de 2006, pelo Pei-xe. Depois disso, Rivaldo peregrinou atrás da bola e passou por Guarani, Marília, Bahia, até que se transfe-riu para o Vaduz, de Liechtenstein, em 2009.

Permaneceu durante um ano na Europa. No início desta temporada, o atleta voltou para disputar o Pau-listão pelo Oeste de Itápolis. Atuou bem e chamou a atenção dos dirigentes do clube de Florianópolis, que o contrataram para o elenco do Nacional. Fez apenas oito jogos pelo time catarinense, não marcou gols, mas o bom futebol o trouxe ao VERDÃO.

Rivaldo fez a sua estreia na partida de ida da Copa Sul-Americana, contra o Vitória, em Salvador. Saiu der-rotado, mas a classificação veio na partida de volta,

com uma emocionante vitória por 3 a 0 no Pacaem-bu. Desde então não saiu mais da equipe, seja atuan-do como volante, como um ala pela esquerda ou um meia de ligação.

Logo em sua apresentação, Rivaldo deixou claro que sua intenção é jogar, não importa em qual posição. “Estou muito feliz em vestir a camisa do PALMEIRAS. Espero contribuir, trabalhar para ser campeão e ajudar o clube. Sou um volante que gosta de sair para o jogo, mas posso também atuar como ala pela esquerda, sem nenhum pro-blema”, disse.

O volante tem o mesmo nome do meia que fez sucesso pelo VERDÃO e conquistou títulos na década de 1990. Ambos nasceram em Pernambuco e, coinci-dentemente, foram donos da mesma camisa 11.

“É um motivo de muito orgulho receber a mesma camisa do Rivaldo. Espero conseguir repetir a história dele, que foi um grande ídolo aqui no PALMEIRAS. E não acredito que este fato deixará a camisa mais pesa-da”, finalizou com segurança o versátil alviverde.

personagem

8 p a l m e i r a s8 p a l m e i r a s

Page 9: Palmeiras x São Paulo

p a l m e i r a s 9p a l m e i r a s 9

Page 10: Palmeiras x São Paulo

www.fanat i cospe loverdao. com.br

Equipe campeã paulista de 1942

Especial - Histórias de campeão!

A

Time entra em campo com a Bandeira do BrasilCamisa que passou a ser utilizada a partir de 20/09/1942

COMO O PALESTRA SE TORNOU PALMEIRAS

II Guerra Mundial tem uma importância

fundamental na história do nosso clube.

Teoricamente, o Palestra Itália – apenas um

time de futebol brasileiro - nada tinha a ver

com ela, mas um ato de Getúlio Vargas, então presidente do

Brasil, em decreto-lei assinado em junho de 1942, obrigava todas

as instituições esportivas que tivessem nomes estrangeiros a

mudar suas denominações, por quê? Ninguém sabia explicar.Paralelamente às pressões governamentais e populares, eram

fortes também os interesses alheios nesta mudança. O São Paulo

FC tinha objetivos de grandeza e, para se tornar a potência que

sonhava, precisaria de um estádio de futebol. Desta forma, nada

mais interessante aos sãopaulinos que unir o útil ao agradável: se

não mudasse de nome, o Palestra – como determinava a lei -

perderia o Parque Antártica que, em leilão, poderia acabar nas

mãos do nosso rival.

Talvez tenha sido este o principal motivo que levou o então

presidente palestrino, Ítalo Adami, a aceitar a mudança no

nome. Já que a Nação parecia ultrajada com a palavra “Itália”,

que fosse ela, então, suprimida da denominação do alviverde. A

partir de então, o Palestra Itália passaria a se chamar “Palestra

de São Paulo”.

Tudo resolvido? Que nada. Ainda de

olho no Parque Antártica,

d i r i g e n t e s s ã o p a u l i n o s

lideraram uma campanha

popular exigindo alterações

ainda mais extensas. Tinham

os tricolores a certeza de

que nossa diretoria não

aceitaria mais este absurdo,

e que diante disso os

governantes do País

poderiam tomar nosso patrimônio e em seguida todo ele passar

às mãos são-paulinas.

Vale lembrar que toda a tese de “ultraje à Nação” se devia a dois

fatores: o primeiro à palavra “Palestra”, e o segundo à cor

vermelha, presente em nossas camisas ainda que de forma

bastante reduzida. Pura ignorância: “Palestra”, na verdade, é

uma palavra que nada tem de italiano, pois é um substantivo de

origem grega que significa “local onde se realizam reuniões”.

Mesmo assim, o Parque Antártica se sentiu ameaçado de

invasão e depredação e, por isso, aos poucos os homens que

comandavam nosso clube perceberem que não haveria outra

saída a não ser mais uma mudança, desta vez radical. E assim se

fez. Reunidos em 18 de setembro de 1942, nossos dirigentes

resolveram tomar duas decisões: a partir de então, também a

palavra “Palestra” deixaria de existir em nosso nome, e o

vermelho seria suprimido de nossa camisa. E se decidiu que

nosso novo nome seria “Palmeiras”, numa homenagem a uma

extinta equipe, a Associação Atlética das Palmeiras.

A decisão da diretoria palestrina, então já palmeirense,

derrubou os escusos interesses do São Paulo que, inconforma-

do com a chance que perdera, deu início a um terrorismo contra

aqueles que chamavam de “italianos disfarçados de brasileiros”.

E, para piorar, o destino resolveu aprontar: justamente quando

pela primeira vez atuaríamos com nossos novos nome e

uniforme, o adversário seria o Tricolor. E mais: o vencedor

daquele clássico daria um gigantesco passo rumo ao título

paulista de 1942.

Diante deste quadro, os dirigentes são-paulinos criaram um

clima de guerra para a partida. Por meio das rádios e dos jornais,

insuflaram seus torcedores a recepcionarem da pior maneira

possível os “traidores disfarçados”, como nos classificavam.

Mas o Palmeiras preparava uma jogada de mestre.

Adalberto Mendes foi um sergipano, capitão do

Exército, muito ligado ao clube e autor intelectual de

brilhante estratégia para acabar com o clima de

hostilidade criado pelo São Paulo às vésperas da

partida: se a torcida são-paulina se preparava para

tratar os palmeirenses como se fossem italianos,

então provaríamos que nossos corações eram

brasileiros. Assim, ele orientou os jogadores a

entrarem no Pacaembu naquele 20 de setembro de

1942 carregando uma enorme bandeira do Brasil.

Assim se fez. Guiados pelo militar, os craques do

Verdão calaram o estádio por alguns instantes.Embora surpresos, rapidamente os torcedores

entenderam que, à sua frente, estava uma equipe de

origem italiana, sim, porém carregando o Brasil no

coração. E as vaias tão esperadas se transformaram

numa calorosa e extensa salva de palmas.

Bola rolando, o Palmeiras começa melhor e, aos 19

minutos, Cláudio Pinho abre o placar. Nossa alegria,

no entanto, durou apenas três minutos, pois

Waldemar de Brito empatou. O clássico seguiu

equilibrado até os 43 minutos, quando o médio-

esquerdo Del Nero fez o segundo gol palmeirense.

Na etapa final, Verdão e Tricolor continuaram

disputando um emocionante clássico, que teve mais

um gol palmeirense aos 14 minutos, marcado por

Echevarrieta. Os 3 a 1 no placar desestabilizaram o

SãoPaulo, que via o Verdão pular dois pontos à

frente na tabela e garantir matematicamente o título.

Talvez por isso, aos 19 minutos o zagueiro Virgílio

derrubou Og Moreira dentro da área, o que fez

Jaime Janeiro marcar pênalti. Inconformado,

Virgílio partiu pra cima do árbitro e, claro, foi

expulso.

Com um homem a menos e provavelmente tendo dereverter uma goleada

de 4 a 1, o São Paulo decidiu protestar de uma forma vergonhosa:

simplesmente abandonou o campo. Mas o mais gostoso foi a conclusão a

que se chegou logo após o fim da partida: o Palestra Itália morrera líder, e

o Palmeiras já nascia campeão. O feito ficou conhecido como “Arrancada

Heróica”, hoje batiza uma passarela que fica na Avenida Antártica, ao lado

do nosso estádio, e a data de 20 de setembro é oficialmente reconhecida

pela Prefeitura de são Paulo como o “Dia da S. E. Palmeiras”.

20 de Setembro de 1942

há 68 anos

Camisa comemorativa, modelo utilizado nas décadas de 40 e 50

Page 11: Palmeiras x São Paulo

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Equipe campeã paulista de 1942

Especial - Histórias de campeão!

A

Time entra em campo com a Bandeira do BrasilCamisa que passou a ser utilizada a partir de 20/09/1942

COMO O PALESTRA SE TORNOU PALMEIRAS

II Guerra Mundial tem uma importância

fundamental na história do nosso clube.

Teoricamente, o Palestra Itália – apenas um

time de futebol brasileiro - nada tinha a ver

com ela, mas um ato de Getúlio Vargas, então presidente do

Brasil, em decreto-lei assinado em junho de 1942, obrigava todas

as instituições esportivas que tivessem nomes estrangeiros a

mudar suas denominações, por quê? Ninguém sabia explicar.Paralelamente às pressões governamentais e populares, eram

fortes também os interesses alheios nesta mudança. O São Paulo

FC tinha objetivos de grandeza e, para se tornar a potência que

sonhava, precisaria de um estádio de futebol. Desta forma, nada

mais interessante aos sãopaulinos que unir o útil ao agradável: se

não mudasse de nome, o Palestra – como determinava a lei -

perderia o Parque Antártica que, em leilão, poderia acabar nas

mãos do nosso rival.

Talvez tenha sido este o principal motivo que levou o então

presidente palestrino, Ítalo Adami, a aceitar a mudança no

nome. Já que a Nação parecia ultrajada com a palavra “Itália”,

que fosse ela, então, suprimida da denominação do alviverde. A

partir de então, o Palestra Itália passaria a se chamar “Palestra

de São Paulo”.

Tudo resolvido? Que nada. Ainda de

olho no Parque Antártica,

d i r i g e n t e s s ã o p a u l i n o s

lideraram uma campanha

popular exigindo alterações

ainda mais extensas. Tinham

os tricolores a certeza de

que nossa diretoria não

aceitaria mais este absurdo,

e que diante disso os

governantes do País

poderiam tomar nosso patrimônio e em seguida todo ele passar

às mãos são-paulinas.

Vale lembrar que toda a tese de “ultraje à Nação” se devia a dois

fatores: o primeiro à palavra “Palestra”, e o segundo à cor

vermelha, presente em nossas camisas ainda que de forma

bastante reduzida. Pura ignorância: “Palestra”, na verdade, é

uma palavra que nada tem de italiano, pois é um substantivo de

origem grega que significa “local onde se realizam reuniões”.

Mesmo assim, o Parque Antártica se sentiu ameaçado de

invasão e depredação e, por isso, aos poucos os homens que

comandavam nosso clube perceberem que não haveria outra

saída a não ser mais uma mudança, desta vez radical. E assim se

fez. Reunidos em 18 de setembro de 1942, nossos dirigentes

resolveram tomar duas decisões: a partir de então, também a

palavra “Palestra” deixaria de existir em nosso nome, e o

vermelho seria suprimido de nossa camisa. E se decidiu que

nosso novo nome seria “Palmeiras”, numa homenagem a uma

extinta equipe, a Associação Atlética das Palmeiras.

A decisão da diretoria palestrina, então já palmeirense,

derrubou os escusos interesses do São Paulo que, inconforma-

do com a chance que perdera, deu início a um terrorismo contra

aqueles que chamavam de “italianos disfarçados de brasileiros”.

E, para piorar, o destino resolveu aprontar: justamente quando

pela primeira vez atuaríamos com nossos novos nome e

uniforme, o adversário seria o Tricolor. E mais: o vencedor

daquele clássico daria um gigantesco passo rumo ao título

paulista de 1942.

Diante deste quadro, os dirigentes são-paulinos criaram um

clima de guerra para a partida. Por meio das rádios e dos jornais,

insuflaram seus torcedores a recepcionarem da pior maneira

possível os “traidores disfarçados”, como nos classificavam.

Mas o Palmeiras preparava uma jogada de mestre.

Adalberto Mendes foi um sergipano, capitão do

Exército, muito ligado ao clube e autor intelectual de

brilhante estratégia para acabar com o clima de

hostilidade criado pelo São Paulo às vésperas da

partida: se a torcida são-paulina se preparava para

tratar os palmeirenses como se fossem italianos,

então provaríamos que nossos corações eram

brasileiros. Assim, ele orientou os jogadores a

entrarem no Pacaembu naquele 20 de setembro de

1942 carregando uma enorme bandeira do Brasil.

Assim se fez. Guiados pelo militar, os craques do

Verdão calaram o estádio por alguns instantes.Embora surpresos, rapidamente os torcedores

entenderam que, à sua frente, estava uma equipe de

origem italiana, sim, porém carregando o Brasil no

coração. E as vaias tão esperadas se transformaram

numa calorosa e extensa salva de palmas.

Bola rolando, o Palmeiras começa melhor e, aos 19

minutos, Cláudio Pinho abre o placar. Nossa alegria,

no entanto, durou apenas três minutos, pois

Waldemar de Brito empatou. O clássico seguiu

equilibrado até os 43 minutos, quando o médio-

esquerdo Del Nero fez o segundo gol palmeirense.

Na etapa final, Verdão e Tricolor continuaram

disputando um emocionante clássico, que teve mais

um gol palmeirense aos 14 minutos, marcado por

Echevarrieta. Os 3 a 1 no placar desestabilizaram o

SãoPaulo, que via o Verdão pular dois pontos à

frente na tabela e garantir matematicamente o título.

Talvez por isso, aos 19 minutos o zagueiro Virgílio

derrubou Og Moreira dentro da área, o que fez

Jaime Janeiro marcar pênalti. Inconformado,

Virgílio partiu pra cima do árbitro e, claro, foi

expulso.

Com um homem a menos e provavelmente tendo dereverter uma goleada

de 4 a 1, o São Paulo decidiu protestar de uma forma vergonhosa:

simplesmente abandonou o campo. Mas o mais gostoso foi a conclusão a

que se chegou logo após o fim da partida: o Palestra Itália morrera líder, e

o Palmeiras já nascia campeão. O feito ficou conhecido como “Arrancada

Heróica”, hoje batiza uma passarela que fica na Avenida Antártica, ao lado

do nosso estádio, e a data de 20 de setembro é oficialmente reconhecida

pela Prefeitura de são Paulo como o “Dia da S. E. Palmeiras”.

20 de Setembro de 1942

há 68 anos

Camisa comemorativa, modelo utilizado nas décadas de 40 e 50

Page 12: Palmeiras x São Paulo

sociedade Esportiva Palmeiras Técnico Luiz Felipe Scolari

Goleiros

BrunoCarlosDeolaFabioMarcosRaphael Alemão

Zagueiros

DaniloFabrícioLeandro AmaroMaurício Ramos

Atacantes

Bruno OliveiraEwerthonKleberLennyLuanMaxPatrikTadeuVinícius

Laterais

Gabriel SilvaVítor

Volantes

EdinhoMárcio AraújoMarcos AssunçãoPierreRivaldoTinga

Meias

LincolnValdivia

elenco

Quando surge o alviverde imponente

No gramado em que a luta o aguarda

Sabe bem o que vem pela frente

Que a dureza do prélio não tarda

E o Palmeiras no ardor da partida

Transformando a lealdade em padrão

Sabe sempre levar de vencida

E mostrar que de fato é campeão

Defesa que ninguém passa

Linha atacante de raça

Torcida que canta e vibra

Por nosso alviverde inteiro

Que sabe ser brasileiro

Ostentando a sua fibra.

Hino Oficial do Palmeiras Composição: Gennaro Rodrigues

12 p a l m e i r a s

Page 13: Palmeiras x São Paulo
Page 14: Palmeiras x São Paulo

47 jogos16 vitórias23 empates

8 derrotas60 gols pró 49 gols contra

280 jogosPalmeiras x são Paulo

91 vitórias 90 empates 99derrotas 365 gols pró 377 gols contra

Pelo Brasileirão:

Dados gerais no confronto

são Paulo Futebol Clube Técnico Sérgio Baresi

Goleiros

BoscoDenisRogério Ceni

Zagueiros

Alex SilvaMirandaRenato SilvaSamuelXandão

Laterais

Diogo

MarlosSérgio Mota

Atacantes

DagobertoFernandãoFernandinhoLucas GaúchoRicardo Oliveira

IlsinhoJunior CesarThiago Carleto

Volantes

CasemiroCleber SantanaJeanRicharlysonRodrigo SoutoWellingtonZé Vitor

Meias

Carlinhos ParaibaJorge WagnerMarcelinho

elenco

14 p a l m e i r a s

Page 15: Palmeiras x São Paulo

Grêmio Prudentex

Palmeiras22 de setembro - Eduardo José Farah - 19h30

Campeonato Brasileiro

3 jogos1 vitória2 empates

0 derrotas4 gols pró3 gols contra

7 jogosPalmeiras xGrêmio Prudente

3 vitórias 4 empates o derrotas 13 gols pró 6 gols contra

No Brasileirão

Dados gerais no confronto

campeonato brasileiro

p a l m e i r a s 15

Page 16: Palmeiras x São Paulo

Primeiro Turno

1 9 0 9

campeonato brasileiro

Brinco de Ouro

1/9 - quarta-feira, 22h

A.C.G.

Ipatingão

Será consagrado campeão o time que somar mais

pontos ao final do campe-onato. Os quatro primeiros colocados garantem vaga

na Libertadores e os quatro últimos jogam a sére B

em 2011.

16 p a l m e i r a s

26/5 - quarta-feira - 12hSão Paulo x Palmeiras

Page 17: Palmeiras x São Paulo

Segundo Turno

1 9 0 9

A.C.G.

8/9 - quarta-feira - 22hVitória x Palmeiras

22/9 - quarta-feira - 19h30Prudente x Palmeiras

7/10 - quinta-feira - 21hPalmeiras x Avaí

31/10 - domingo - a definirPalmeiras x Goiás

21/11 - domingo - a definirPalmeiras x Atlético (MG)

12/9 - domingo - 16hPalmeiras x Vasco

25/9 - sábado - 18h30Flamengo x Palmeiras

10/10 - domingo - 16hBotafogo x Palmeiras

3/11 - quarta-feira - a definirAtlético (PR) x Palmeiras

28/11 - domingo - a definirPalmeiras x Fluminense

15/9 - quarta-feira - 22hGrêmio x Palmeiras

29/9 - quarta-feira - 19h30Palmeiras x Internacional

17/10 - domingo - a definirPalmeiras x Ceará

7/11 - domingo - a definirPalmeiras x Guarani

5/12 - domingo - a definirCruzeiro x Palmeiras

19/9 - domingo - 16hPalmeiras x São Paulo

2/10 - sábado - 16hSantos x Palmeiras

24/10 - domingo - a definirCorinthians x Palmeiras

14/11 - domingo - a definirAtlético (GO) x Palmeiras

Barradão

Eduardo José Farah

Pacaembu

Pacaembu

Pacaembu

Olímpico

Arena Barueri

Arena Barueri

Pacaembu

Arena do Jacaré

Pacaembu

João Havelange

João Havelange

Arena da Baixada

Pacaembu

Pacaembu

Vila Belmiro

Pacaembu

Serra Dourada

Os jogos a partir da 30ª rodada do Campeonato

Brasileiro ainda não tiveram horários definidos.

As datas destas partidas ainda podem ser alteradas

pela CBF.

20ª rOdada

24ª rOdada

28ª rOdada

32ª rOdada

36ª rOdada

29ª rOdada

21ª rOdada

33ª rOdada

25ª rOdada

37ª rOdada

30ª rOdada

22ª rOdada

34ª rOdada

26ª rOdada

38ª rOdada

31ª rOdada

23ª rOdada

35ª rOdada

27ª rOdada

p a l m e i r a s 17

Page 18: Palmeiras x São Paulo

especial

Luiza Eluf aprova novo

formato do Estatuto TorcedorNo dia 27 de julho, o Brasil aprovou um novo formato para

o Estatuto do Torcedor. A medida foi uma tentativa de melho-rar a situação do país do futebol em vários aspectos. Respeito ao consumidor, um freio às brigas das torcidas e medidas mais drásticas aos que pretendem fraudar resultados são alguns dos pontos incluídos na nova Lei.

Empenhada em ver o aperfeiçoamento da organização do nosso país no próximo Mundial, a procuradora de Justiça do Ministério Público de São Paulo Luiza Eluf apoia as medidas tomadas e acredita que agora as coisas tendem a funcionar

melhor. “O primeiro passo foi dado. Resta-nos cuidar para que essas novas leis sejam bem fiscalizadas e aplicadas de

maneira rigorosa e correta”, afirmou Luiza. “Acredito ser esse o caminho para que as mulheres possam frequentar mais os estádios”, reforça.

A candidata do Partido Verde para a vaga de Depu-tada Federal, com o número 4369, sempre defendeu as causas femininas. Afinal, ela mesma teve que encarar diversos obstáculos durante a sua trajetória profissio-nal. Logo que ingressou no cargo, a procuradora se

deparou com um problema dos grandes ao cons-tatar que não existiam banheiros femininos para promotoras no fórum criminal de São Paulo. Por incrível que pareça, problema semelhante existe ainda hoje nos estádios, devido aos banheiros inadequados para as mulheres.

A procuradora já vê uma evolução muito grande em relação às mulheres no futebol, mas acredita que ainda precisa haver mais incentivo para elas no esporte. “Mesmo sendo um universo machista, acredito que, com a chegada da Copa do Mundo em 2014 e com o novo formato do Estatuto do Torcedor, cada vez mais as mulheres podem se interessar pelo futebol”, encerra.

Procuradora de Justiça acredita

que se aplicadas as leis de forma

rigorosa, cada vez mais mulheres

irão frequentar os estádios

Page 19: Palmeiras x São Paulo

O futebol é o grande entretenimento do brasi-leiro. O Estatuto do Torcedor prevê as responsabili-dades de dirigentes quanto à segurança e conforto nos estádios. Confira os principais artigos. Saiba que o clube coloca a disposição o serviço de Ou-vidoria. Além disso, foi recém criado o Juizado do Torcedor, no Fórum da Barra Funda, mais um órgão disponível para suas reclamações.

Art. 29. É direito do torcedor partícipe que os

estádios possuam sanitários em número compatível

com sua capacidade de público, em plenas condições

de limpeza e funcionamento.

Parágrafo único. Os laudos de que trata o art. 23

deverão aferir o número de sanitários em condições

de uso e emitir parecer sobre a sua compatibilidade

com a capacidade de público do estádio.

estatUtO tOrCedOr

Se você pudesse estar no gramado, qual função escolheria? Certamente não seria a de juiz ou bandeirinha. Além de suas profissões formais, as pessoas nesses “cargos” se dedicam a legitimar o resultado da partida, em-bora, às vezes, errem. Se você vai reclamar, faça isso dentro dos limites da desportividade, e com conhecimento da regra do jogo.

Trégua, juizão

Qualquer jogador que está em

campo pode trocar de posição com

o goleiro.

Verdade. Realmente qualquer

jogador pode trocar de posição com

o goleiro, desde que o árbitro seja

previamente avisado, e que a troca

ocorra em uma paralisação do jogo.

Realidade MitoEm uma substituição, o jogador deve sair pelo meio de campo, durante uma paralisação da partida, cruzando com o

seu substituto.

Incorreto. O jogador que esta saindo da partida pode deixar o campo por qualquer lugar, apenas o substituto que deve entrar pelo meio do campo.

Chega de violência

p a l m e i r a s 19

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